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Gestão Escolar e Inclusão

Gracineila Barbosa Brandão1


Marcos Paulo Duque Marinho2

RESUMO

O objetivo desse projeto é abordar a prática da gestão escolar no processo de inclusão, conhecendo
a metodologia e o papel do gestor no processo de desenvolvimento que torna a escola um ambiente
inclusivo. A criança é introduzida na escola com o objetivo de trabalhar seu desenvolvimento
pedagógico, para uma criança sem deficiência muitas vezes é um processo trabalhoso, já para uma
criança PCD as dificuldades são maiores, por isso a escola precisa ser acolhedora com todo um
trabalho inclusivo partindo do gestor, para que sua equipe saiba envolver o aluno num trabalho
diferenciado envolvendo toda equipe, e também as outras crianças para que o aluno não se sinta
diferente, a melhor maneira de recebe a criança e fazendo com que ela se sinta num ambiente
inclusivo e preparado para qualquer adversidade, que favoreça o aprendizado e o desenvolvimento
cognitivo, afetivo e social, para despertar o interesse pela escola precisa usar a linguagem natural
da criança, com atividades diversificadas e divertidas transformando a escola num lugar agradável
para o aprendizado, com objetivos voltados para o ensino pedagógico, o gestor precisa conhecer e
desenvolver mecanismo , fazendo com que a criança socialize com os demais ,ainda se pensa que o
gestor é o único que necessitar ter um olhar diferenciado para o processo inclusivo, mas a família e
a comunidade em geral precisa se envolver na caminhada pela escola inclusiva trabalhando junto
com a escola.

Palavra-chave: Inclusão. Gestão. Escola

1 INTRODUÇÃO

Iniciei estágio de observação na escola municipal Antônia alexandrina Bentes no período de cinco
a quatorze de agosto 2019, sendo realizado no horário vespertino, na secretária da escola observando
o trabalho e a metodologia da gestora e da secretaria conhecendo a documentação e recebendo o público
que buscava algum tipo de informação, a escola trabalha com o nível fundamental I, tem sete salas,
rampa e banheiro adaptado para cadeirante, oito funcionários, sendo um surdo, treze professoras, uma
bibliotecária, uma pedagoga e a gestora que passa o dia na escola apena sai para o almoço ou reuniões

1 Acadêmicos
2 Tutor
3 Centro Universitário Leonardo da Vince-UNIASSELVI-Licenciatura em Pedagogia (PED1509) –Estágio III
16/09/2019
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da secretaria de educação ou formação. A escola tem muitos alunos PCD a gestão escolar busca pelo
bom desempenho desses alunos usando a sala de recursos e orientado as professoras que faça um
trabalho diferenciado com esses alunos diariamente de maneira que a criança desenvolva suas
habilidades independente de suas dificuldades, algumas salas tem o apoio do mediador facilitando o
trabalho do professor que tem turmas cheias mesmo tendo um aluno PCD. Observei a maneira da
gestora lhe dá com os funcionários e professores sempre de maneira educada e respeitosa, a gestora
tem contado diariamente com os pais, incentivando que não deixe de levar as crianças para escola
independente da dificuldade. Nesse estágio aprendi muito, principalmente sobre o respeito entre pais,
professores e escola pública que buscam o direito das crianças com algum grau de deficiência de
estudar em uma escola regular , muito também se dá através da luta da gestão que acredita que todas
as crianças tem o mesmo direito, as escolas públicas ainda lutam com muita dificuldade para ensinar
valores e respeito pelas diferenças ensinado para os alunos ditos normais conceitos em relação ao
amor e o respeito ao próximo.

O objetivo desse trabalho é conhecer e saber como a gestão escolar pode influenciar no processo
de inclusão, qual o papel do gestor nesse processo e como suas metodologias são desenvolvidas para
que a inclusão aconteça, trabalhando o potencial do aluno, sua independência dentro da escola e junto
com seus novos amigos, sendo que muitos alunos por ter essa condição se tornam totalmente
dependente da família, não que não sejam capazes, mas pela superproteção familiar.

2 O PAPEL DO GESTOR EM BUSCA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA

O gestor escolar é peça fundamental para o desenvolvimento de inovações pedagógicas, pois


ele é capaz de garantir abertura de novos espaços e transformação do ambiente escolar. Para que suas
ações tenham efeito satisfatório no processo de inclusão, a flexibilidade no seu trabalho é uma
condição indispensável, tendo em vista que deverá considerar a diversidade de opiniões. E ao buscar
eficiência em seu trabalho atentar a influência da cultura de toda a comunidade escolar, mas não
utilizando apenas argumentos, mas também argumentos concretos. O gestor tem grande importância
na escola sendo necessário que ele busque sua atuação baseada na diversidade, em consequência da
liderança que exerce, todos que compõem este ambiente se espelham em suas ações neste sentido
deve ser o primeiro a ter consciência da importância da escola inclusiva, implementado práticas que
favoreçam este princípio, dando a escola unidade, e não atribuir dois espaços: um de ensino regular
e um de educação especial. Considerando como um todo e não compartimentado. Neste cenário, a
escola torna-se responsável por todos educandos, e não apenas por alunos regulares ou ditos
especiais, integrando os trabalhos com uma equipe multidisciplinar. É importante ressaltar que o
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novo traz receios, e o gestor deve estar atento a este temor, encorajando todos os participantes do
processo de inclusão, a busca de novas práticas, apoiando o corpo docente para a aquisição de uma
postura inclusiva, respeitando sempre a individualidade de cada um, a atuação do gestor se destaca
como uma das principais na tarefa de construir uma escola para todos, contudo, conseguir um
ambiente inclusivo não é tarefa fácil e necessita que o diretor seja resoluto e firme nas escolhas da
sua gestão, para que, assim, todas as áreas da escola trabalhem alinhadas com o objetivo de torna a
escola um ambiente inclusivo e saudável para todos. A educação inclusiva exige adaptações que
priorizem a formação dos recursos humanos, materiais e financeiros, juntamente com uma prática
voltada para o pedagógico, ações que estão vinculadas ao deferimento do gestor escolar, o diretor de
uma escola inclusiva deve estar pronto para atender as necessidades que vêm com a diversidade
apresentada pelo público discente da escola. Esse profissional deve trabalhar junto aos diversos
setores da instituição e ajudar na criação dos projetos pedagógicos para alinhar os interesses sociais
e as necessidades dos alunos, na educação inclusiva, isso deve se intensificar, pois não se pode, de
maneira alguma, tomar decisões que dividam alunos com necessidades especiais do restante da turma.
Deve-se lembrar de que alunos especiais e suas famílias tendem a ter fragilidades emocionais, o que
pode acarretar na evasão escolar, a educação inclusiva somente se efetivará nas escolas quando as
medidas administrativas e pedagógicas forem adotadas pela equipe escolar, amparadas na construção
de um sistema que efetive a prática, a inclusão escolar necessita possibilitar ao aluno o
desenvolvimento de suas capacidades, garantindo sua autonomia e independência. As políticas atuais
reiteram a proposta de “educação para todos”, baseada nas propostas legais que vigoram no território
nacional, assim as escolas necessitam revisar suas propostas e práticas pedagógicas, de modo a
acolher todos os alunos, e atuarem com qualidade e eficiência pedagógica, promover meios de
estabelecer relacionamentos pessoais adequados entre alunos é uma das formas mais eficazes e
importantes para tornar o ambiente escolar em um local acolhedor para alunos inclusos, esses alunos
em questão necessitam sentir-se incluídos de maneira mais natural possível, de forma humanística e
amorosa, o entanto, é preciso muito cuidado para não trabalhar de forma “piedosa”, pois isso pode,
em vez de agregar socialmente o estudante, acaba fragilizando o aluno, o gestor deve trabalhar junto
aos professores para desenvolver materiais e projetos que sejam capazes de envolver todo o público
discente de maneira integral, ao mesmo tempo, deve manter o contato entre ambiente escolar e
comunidade externa e manter essa comunicação viva, para alcançar metas, o diretor necessita
trabalhar diretamente com estratégias junto aos educadores, dando apoio, material se necessário
também treinamento.

O processo histórico do paradigma da educação inclusiva, evidente após a Conferencia


Mundial em Educação Especial, organizada pelo governo da Espanha, em cooperação com a Unesco,
realizada em Salamanca, em junho de 1994. Desse encontro resultou a Declaração de Salamanca,
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definindo princípios, políticas e práticas na área das necessidades educacionais especiais,


estabelecendo a proposta de educação para todos. A partir destas reflexões acerca das práticas
educacionais que resultam na desigualdade de diversos grupos, o documento Declaração de
Salamanca e Linhas de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais proclamam que as escolas
comuns representam o meio mais eficaz para combater as atitudes discriminatórias e que os currículos
devem ser adaptados as necessidades dos alunos e não o contrário. O projeto político pedagógico no
contexto da educação inclusiva, espera-se que expresse a igualdade de direito e a valorização das
diferenças como princípios fundamentais e inegociáveis da instituição, a serem respeitados em todas
as atividades. O gestor tem uma carga que precisa ser dividida com toda comunidade escolar apesar
dele ser peça fundamental do processo de inclusão, não conseguirá sozinho transformar a escola
regular em um ambiente inclusivo se não houver compromisso de todos, o gestor direciona os
trabalhos a cada um da equipe, cabe a eles desenvolver com qualidade, há muito a ser feito dentro
de uma escola para receber os alunos inclusos, são necessários adaptações na estrutura física da
escola, como banheiros, rampas, apoiadores e uma infinidades de transformações que necessita de
recursos financeiros que na maioria das vezes a escola não dispõe desses recursos, o diretor precisa
ter habilidade de criar mecanismos para obter recursos, envolvendo a comunidade, fazendo gincanas,
arraiais, festas e uma infinidades de estratégias para arrecada capital financeiro e transformar o
ambiente escolar comum em uma escola inclusiva.

3 VIVÊNCIA DE ESTÁGIO

Meu estágio iniciou dia 05 e finalizou dia 14 de agosto, participando do horário vespertino
Escola Municipal Antônia Alexandrina Bentes, localizada no bairro Cidade Nova, cheguei a escola
as 12:50, fui recebida pela pedagoga, observamos o funcionamento da escola, a acolhida das crianças,
a escola funciona no turno matutino e vespertino com Ensino Fundamental I, observei a escola tem
muita crianças PCD, algumas tem o apoio do mediador, conheci a gestora Karen Danielly é uma
pessoa muito gentil trata todos com muito carinho e respeito, fica muito pouco em sua sala, se reversa
entre a gestão e a secretaria sempre atenta a tudo que acontece na escola, a escola é muito procurada
pelos pais em busca de vaga, por ser referência no bairro, considerada a melhor de sua DDZ, é
reconhecida pelo bom tratamento que dá as crianças com deficiência, apesar de ser um escola
pequena tem uma boa estrutura para receber as crianças inclusas, fiquei na secretaria conheci o
trabalho feito dentro desse ambiente que ainda tem muito arquivo físico, fichas de crianças que
estudaram a muito tempo atrás, participei do planejamento que busca estratégias para melhorar o
desempenho das turmas, mas o foco maior e nas turmas de primeiro e segundo ano devido o
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desenvolvimento da leitura, a gestora e sempre bem assessorada por uma boa equipe, ainda tem o
trabalho da equipe que cuida da parte de criar fundos para as necessidades da escola com vendas e
eventos que possa ajudar em pequenas manutenções, sei que passei dias intensões dentro da escola o
trabalho da gestora e bem difícil, mas vi que com uma boa equipe entrosada o trabalho flui com
qualidade nos resultados.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO

As observações serviram como experiência para minha futura formação profissional. Onde vi a
vivência diária de um gestor e, como trabalhar com sua equipe, e quais os pontos negativos e positivos
dessa função que requer muita habilidade do profissional, fazendo com que o estagiário tenha a
certeza de que realmente quer trabalhar com educação e futuramente ser um gestor, acredito que a
rotina da sala de aula requer muito de um professor, mais a gestão é um trabalho muito mais
minucioso, porque o gestor lhe dá com toda uma comunidade e tem uma equipe para coordenar, o
sucesso do trabalho pedagógico se dar através das habilidades do gestor junto com sua equipe.

A observação e os levantamentos de dados foram feitos em 1 semana e 3 dias no horário


vespertino, não sendo suficiente para ver tudo o que acontece na escola, mas já dá para ter uma noção
dos acontecimentos, o gestor precisa ter uma boa preparação psicológica para lhe dar com tantas
obrigações, sendo que uma das principais funções do gestor e dá o suporte necessário a equipe
escolar, sendo que enfrenta inúmeras dificuldades em interagir com todos devido a divergências de
ideias, então o profissional precisa criar mecanismo para solucionar essas questões e escolher o
melhor caminho para desenvolver o ensino e aprendizagem dentro da escola, sendo que muitas
divergências se dá devido o processo de inclusão muitos professores senti dificuldades de trabalhar
com crianças deficientes, por não estarem preparados para o desafio, mesmo a secretaria de educação
dando suporte alguns professores resistem em ter uma criança PCD em sua sala.

5 CONSIDERAÇOES FINAIS

O estágio foi significativo as considerações em relação as minhas dúvidas, se realmente


trabalhar com educação vale a pena, e a parti de agora acredito que são muitas as dificuldades
principalmente na inclusão de alunos PCD, quando as crianças chegam a escola para receber o
conhecimento, sendo que o conhecimento prévio que elas carregam é pouco para o seu
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desenvolvimento, e alguns professores não estão preparados para trabalhar com crianças que tenha
algum tipo de deficiência exige mais atenção e mais preparo do professor. Acredito que os
profissionais precisam buscar a formação continuada, e aí nesse momento entra o gestor com
metodologia voltadas ao desenvolvimento e competências necessária para auxiliar e revelar as
competências do grupo de trabalho mostrando que todos precisam ter clareza sobre seu trabalho e
que precisam mudar para alcançar seus objetivos criar novas metodologias para lhe dar com as
crianças, criando aulas que todos possam participar, o gestor busca pela qualidade do ensino e para
que os alunos com deficiência sejam bem recebidos na escola, tendo a escola a adaptação necessária
para esses alunos, banheiro adaptado, rampa de acesso, mediador para crianças que necessitam, sala
de recurso e uma biblioteca com livros diversificados para atender o projeto de leitura que a escola
desenvolve com todos os alunos que tem dificuldades na leitura inclusive os alunos PCD sendo uma
escola referência da zona norte de Manaus acredito que o amor pelo trabalho desenvolvido faz com
que as coisas pareça mais fácil apesar de não ser.

REFERÊNCIAS

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Disponível em: http://www.cedipod.org.br/salamanca.htm.


Acesso em: 15 jan. 2007

RODRIGUES, D. (Org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo:
Summus, 2006

SANT’ANA, I. M Educação inclusiva: Concepções de professores e diretores. Psicologia em


Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p. 227-22-34, maio/ago. 2005.

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