desafios e como chegar lá. 5º ed. Campinas, SP. Papirus, 2012. SOBRE O AUTOR DO LIVRO
É doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo
(USP). Diretor de Educação a Distância da Anhanguera Educacional, é professor aposentado de Novas Tecnologias da Escola de Comunicações e Artes da USP. Autor dos livros A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá (5. ed, Papirus, 2011) e Desafios na comunicação pessoal (3. ed., Paulinas, 2007), é coautor de Novas tecnologias e mediação pedagógica (19 ed., Papirus, 2011). Pesquisa as inovações na educação presencial e a distância. Quando começamos falar de Educação, sabemos que no Brasil existem várias realidades, a partir da Educação Tradicional a te chegarmos a Educação Inovadora. Devido, estarmos caminhando por algumas mudanças complexas e lentas no processo pedagógico, e nos demais acontecimentos dentro e fora da escola. Diante disto, é necessário sabermos que o ato de educar não é um processo que ocorre apenas no espaço familiar e escolar, mas em todos os âmbitos sociais que um indivíduo frequenta. Isso é o resultado plausível que os processos de transmissão do conhecimento transmite à todos os indivíduos envolvidos naqueles espaços, do culturalmente que foi e está sendo adquirido e de cada quebra de paradigmas realizadas por pessoas, grupos, instituições, organizada ou espontaneamente, formal ou informalmente. Portanto, não podemos ficar de olhos fechados por causa da ineficiência do ensino atual, tendo em visa que observamos que grande parte dos estudantes em sua conclusão de série/ano não conseguem de fato adquirir os conhecimentos trabalhados e vivenciados em sala de aula durante todo tempo em que permaneceram na escola. A questão é saber a quem recai a culpa, aos alunos? Claro que, não. Sem dúvida há uma grave falha no processo educativo que é, em parte, culpa do sistema, mas de maior responsabilidade do professor. Para que a mudança tenha o resultado desejado, é importante que em primeiro lugar ter na escola, professores com um amadurecimento intelectual, emocional e ético, que façam jus mais a busca, a construção desses resultados do que eles pronto, aptos a promover práticas diferenciadas através de uma democracia de pesquisa e de comunicação. É necessário que se tire o pensamento negativo que há na função de “ser professor”. Em segundo lugar, as escolas precisam de gestores que estejam mais pertos dos educandos e educadores, apoiando as ideias inovadoras, e que procure trabalhar de forma democrática e participativa com todo corpo docente e toda comunidade escolar. Deve haver equilíbrio Outro fator especial na melhoria da escola, é fazer uso dos recursos tecnológicos para um bom desempenho das práticas pedagógicas aplicadas pelos educadores em sala de aula, aproximando assim, o aluno de uma realidade social que está se fazendo presente com novas informações, imagens e dados a cada dia, de forma rápida e atraente. A aquisição desses novos recursos fará com que os educandos se interessem mais pelos conteúdos vivenciados nas atividades proporcionadas, acontecendo isto, a responsabilidade dependerá cada vez menos dos professores, que ficam com o papel principal de assistência do aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los. Desta forma, a escola começa a modificar –se para sair do papel estável em que se encontra, buscando responder às atuais necessidades da sociedade e acompanhar o progresso científico e tecnológico mundial. Contudo isso não é uma tarefa fácil, afinal não há fórmula, receita ou modelo pronto para ser seguido. É preciso muita ousadia, tentativa, erros e acertos pra se encontrar uma nova forma de educar, mais dinâmica e eficiente. O importante neste momento é dar-se enfoque às melhorias do processo educacional, a nossa capacidade de aprender e mudar, e tirar o olhar apenas daquilo que continua estagnado. Perdemos muito tempo estudando para aprender coisas que não serão importantes para nosso crescimento como pessoa, nem muito menos como profissional. E passamos pouco tempo no que é importante, significativo, que nos ajuda a aprender para toda a vida. Na época em que vivemos com mudanças de ideias cada vez mais desenvolvidas, precisamos de espaços educativos que proporcionem para os nossos alunos uma promoção de saber inovadora, precisamos de escolas que não procurem prender os educandos em salas de aulas durante um período de tempo desnecessário, tendo em vista que existem muito mais conhecimentos fora da escola.. A escola precisa de arejamento, de intercâmbio, de sangue novo, de profissionais – gestores, educadores, funcionários - mais criativos, empreendedores, afetivos, melhor remunerados e com a noção clara das possibilidades e limites educacionais institucionais, profissionais e pessoais. Se a escola não busca preparar alunos que realizem pesquisas, que sejam criativos e empreendedores, então não adianta ter tanto trabalho e investir tanto dinheiro. Na verdade, não precisamos de uma escola ultrapassada em que insiste em práticas tradicionais , queremos uma escola que vivencie ideias inovadoras que transforme nossos alunos em grandes construtores de saberes juntos com professores estimulados e motivados a estarem naquele espaço de construção social e de quebra de paradigmas. As escolas tem que estarem muito mais abertas para
o mundo cada vez mais, começando pela comunidade
onde ela está inserida: abrir-se para o seu bairro,
dialogando com as principais pessoas, organizações
da região, abrir-se para os pais e famílias, trazendo-os
para dentro, como aprendizes e como colaboradores
no processo de ensinar e de aprender. Poder integrar-
se com os espaços interessantes do dia a dia. A escola
pode transformar-se em um conjunto de espaços
ricos de aprendizagens significativas, presenciais e
digitais, que motivem os alunos a aprender
ativamente, a pesquisar o tempo todo, a serem pró-
ativos, a saberem tomar iniciativas, a saber interagir.
Portanto, precisamos de uma escola que discuta, planeje e que faça uma real integração de todos os atores envolvidos nesse processo de ensino/aprendizagem, uma escola que procure não apenas formar alunos, mais que contribua para o senso critico e questionador, que trabalhe a todo tempo uma perspectiva para um futuro desenvolvido e tecnológico. Que seja uma escola com uma estrutura velha num mundo novo, que busque aplicar outras formas de aprender e de ensinar. A sociedade em que vivemos renova-se a cada momento. A sociedade vem crescendo em diferentes áreas profissionais levando o profissional das determinadas áreas buscarem aperfeiçoamento e estarem sempre buscando se renovar através de capacitações, mine cursos, entre outros. Antes o professor só se preocupava com o aluno em sala de aula. Agora, continua com o aluno no laboratório (organizando a pesquisa), na Internet (atividades a distância) e no acompanhamento das práticas, dos projetos, das experiências que ligam o aluno à realidade, à sua profissão (ponto entre a teoria e a prática), tembém o professor se restringia ao espaço da sala de aula. Agora precisa aprender a gerenciar também atividades a distância, visitas técnicas, orientação de projetos e tudo isso fazendo parte da carga horária da sua disciplina, estando visível na grade curricular, flexibilizando o tempo de estada em aula e incrementando outros espaços e tempos de aprendizagem. José Manuel Mouram, acredita que em um futuro próximo com um grupo de atitudes que sempre estarão promovendo um ensino/aprendizagem completo de ações visuais e interativas, transformando a educação em um processo permanente de aprendizagem muito além de espaços físicos e temporais. Segundo ele, estamos reaprendendo a nos relacionar enquanto cada vez mais inseridos a moderna sociedade da informação. E de forma qualitativamente melhor quando conseguimos integralizar todas as tecnologias que dispomos (as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais,musicais, lúdicas e corporais), em favor do processo de ensino/aprendizagem.