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O PROFESSOR COMO MEDIADOR NO

PROCESSO DE ENSINO

O Professor Como Mediador No Processo De Ensino-Aprendizagem

O mundo está mudando e isso está ocorrendo a uma velocidade sem precedentes na evolução histó-
rica da humanidade. A globalização, o surgimento de novas tecnologias, como o avanço das teleco-
municações e da informática, contribuem para que ocorra mudanças, também, na Educação. A inte-
ração professor - aluno vem se tornando muito mais dinâmica nos últimos anos.

O professor tem deixado de ser um mero transmissor de conhecimentos para ser mais um orientador,
um estimulador de todos os processos que levam os alunos a construírem seus conceitos, valores,
atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas, como cidadãos e futuros trabalhado-
res, desempenhando uma influência verdadeiramente construtiva.

A Educação deve não apenas formar trabalhadores para as exigências do mercado de trabalho, mas
cidadãos críticos capazes de transformar um mercado de exploração em um mercado que valorize
uma mercadoria cada vez mais importante: o conhecimento. Dentro deste contexto, é imprescindível
proporcionar aos educandos uma compreensão racional do mundo que o cerca, levando-os a um po-
sicionamento de vida isento de preconceitos ou superstições e a uma postura mais adequada em re-
lação a sua participação como indivíduo na sociedade em que vive e do ambiente que ocupa.

O desafio de contribuir com a educação do jovem e do cidadão, num momento de mudanças e incer-
tezas e a necessidade de resgatar valores tão importantes condizentes com a sociedade contemporâ-
nea leva o professor a entender que deverá exercer um novo papel, de acordo com os princípios de
ensino-aprendizagem adotados, como saber lidar com os erros, estimular a aprendizagem, ajudar os
alunos a se organizarem, educar através do ensino, entre outros.

O aluno precisa adquirir habilidades como fazer consultas em livros, entender o que lê, tomar notas,
fazer síntese, redigir conclusões, interpretar gráficos e dados, realizar experiências e discutir os resul-
tados obtidos e, ainda, usar instrumentos de medida quando necessário, bem como compreender as
relações que existem entre os problemas atuais e o desenvolvimento científico. Isso só será possível,
a partir do momento que o professor assumir o seu papel de mediador do processo ensino-aprendiza-
gem, favorecendo a postura reflexiva e investigativa. Desta maneira ele irá colaborar para a constru-
ção da autonomia de pensamento e de ação, ampliando a possibilidade de participação social e de-
senvolvimento mental, capacitando os alunos a exercerem o seu papel de cidadão do mundo.

O modo de entender e agir que nos possibilita não nos deixarmos abater pela adversidade e, até
mesmo, de utilizá-la para crescer. Uma das causas do fracasso do ensino é que tradicionalmente, a
prática mais comum era aquela em que o professor apresentava o conteúdo partindo de definições,
exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplica-
ção, pressupondo-se que o aluno aprendia pela reprodução. Considerava-se que uma reprodução
correta era evidência de que ocorrera a aprendizagem. Essa prática mostrou-se ineficaz, pois a repro-
dução correta poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno aprendeu a reproduzir, mas
não aprendeu o conteúdo. É necessário saber para ensinar. O professor deve se mostrar competente
na sua área de atuação, demonstrando domínio na ciência que se propõe a lecionar, pois do contrá-
rio, irá apenas "despejar" os conteúdos "decorados" sobre os alunos, sem lhes dar oportunidade de
questionamentos e criticidade.

Adequar a metodologia e os recursos audiovisuais de forma que haja a comunicação com os alunos,
é também, uma forma de fazer da aula um momento propício à aprendizagem.

É importantíssimo que o professor tenha, também, competência humana, para que possa valorizar e
estimular os alunos, a cada momento do processo ensino-aprendizagem. A motivação é imprescindí-
vel para o desenvolvimento do indivíduo, pois bons resultados de aprendizagem só serão possíveis à
medida que o professor proporcionar um ambiente de trabalho que estimule o aluno a criar, compa-
rar, discutir, rever, perguntar e ampliar idéias.

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Dentro das competências: científica, técnica, humana e política desenvolvidas pelo professor, é es-
sencial propiciar aos alunos condições para o desenvolvimento da capacidade de pensar crítica e lo-
gicamente, fornecendo-lhes meios para a resolução dos problemas inerentes aos conteúdos trabalha-
dos interligados ao seu cotidiano, fazendo com que ele compreenda que o estudo é mais do que
mera memorização de conceitos e termos científicos transmitidos pelo professor ou encontrados em
livros.

É um trabalho em que raciocínio e criatividade são recompensados.

É indispensável dar mais ênfase à aprendizagem do que aos programas e provas como é prática co-
mum em nossas escolas, pois no processo de ensino e aprendizagem, conceitos, idéias e métodos
devem ser abordados mediante a exploração de problemas, desenvolvendo competências para a in-
terpretação e resolução dos mesmos. E esta resolução não é um exercício em que o aluno aplica, de
forma quase mecânica, uma fórmula ou um processo operatório, mas uma orientação para a aprendi-
zagem, pois proporciona o contexto em que se pode aprender conceitos, procedimentos e atitudes.
Para que ocorram essas transformações, tão necessárias, é preciso que o professor demonstre pro-
fissionalismo, ética e, acima de tudo, compromisso com o sucesso dos alunos. O compromisso de
conduzi-los ao aprendizado. É o desafio para todos os que estão envolvidos em Educação.

Desafios da educação e o papel da escola

De acordo com Takahashi (2000), vários serão os desafios a serem encarados pela sociedade da in-
formação em todo o mundo; no entanto, cada país terá sua particularidade, uma vez que o desafio
reflete uma combinação singular de oportunidades e riscos.

No que se refere ao campo educacional, de acordo com Werthein (2000), os investimentos que incor-
poram as novas tecnologias implicam riscos e desafios, além da necessidade de os profissionais en-
volvidos terem ciência do verdadeiro papel que esses recursos vão desempenhar nas atividades edu-
cacionais.

Portanto, a realidade nos leva a repensar constantemente os modelos de aprendizagem. Ensinar e


aprender frente às novas tecnologias da comunicação e informação é um desafio que deve ser enca-
rado com profundidade.

Na dinâmica da vida contemporânea, as possibilidades que as tecnologias trazem para a sociedade


demonstram ainda mais evidência de que a educação pode ocorrer em diversos lugares de prática
social, rompendo o paradigma de que a aprendizagem só acontece em ambientes formais, mas é ine-
gável o papel que a escola exerce na formação e seu significado no processo educativo de sujeitos
que a integram. É no ensino formal que a educação se condiciona a um projeto pedagógico que ori-
enta a prática docente (Barbosa, 2004).

Nesse sentido, Baladeli e Barros (2012, p. 162) afirmam:

A escola como espaço para disseminação de conhecimento historicamente produzido representa a


primeira esfera de contato entre o sujeito e esse conhecimento científico. Assim, recai sobre ela a
emergência na adequação de paradigmas a fim de que possibilite a formação de sujeitos consoantes
com a realidade de uma sociedade globalizada.

Dessa forma, torna-se necessário o comprometimento que as instituições devem assumir com a for-
mação constante de seus professores, por meio de capacitações e possibilidades que desenvolvam
um ambiente e espaço para troca de saberes, permitindo uma aprendizagem constante por parte de
todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Sob essa ótica, de acordo com Sene (2008), não importa o termo a ser aplicado para definir o mo-
mento em que vivemos, mas a realidade demanda profundas mudanças no sistema educativo, a fim

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de atender à realidade imposta pela sociedade, o que requer necessidade de adaptação, mas neces-
sária.

A realidade imposta pela sociedade das tecnologias requer novos conhecimentos e a ampliação da
escolaridade por parte de todos. Consequentemente, torna-se importante que as escolas repensem
seus modelos pedagógicos (Provenzo; Waldhelm, 2009).

Ao tratar da sociedade da informação, não há como distanciar as novas tecnologias da informação e


comunicação; portanto, não há como também distanciar as escolas dessa realidade. De acordo com
Soares (2011), cada vez mais tem se tornado difícil ficar longe das novas tecnologias de informação e
comunicação, uma vez que o mercado de trabalho tem exigido muitos conhecimentos tecnológicos.
Sendo assim, a educação também precisa muito dessas ferramentas para que a aprendizagem seja
eficiente, o que requer compromisso de professores, alunos, instituições de ensino no sentido de pre-
parar essas pessoas.

O papel do professor e do aluno na construção do conhecimento

Os desafios enfrentados frente à realidade da sociedade contemporânea requerem abordagens que


conduzem a prática pedagógica numa reflexão para além do papel da escola, mas também sobre a
função do docente.

Segundo Perrenoud, (1999), a prática pedagógica depende de toda equipe envolvida, em um trabalho
coletivo, buscando diversas estratégias consideradas necessárias para o desempenho do exercício
da educação, criando o que denomina ‘revolução de competências’, que segundo esse autor só acon-
tecerá se, durante a formação, os futuros e atuais docentes experimentarem-na pessoalmente.

Portanto, o grande desafio passa a ser encarar uma nova realidade, exigindo maior comprometimento
e maior reflexão no fazer pedagógico do professor.

Para Provenzo e Waldhelm (2009), é nesse cenário de transformação que se insere a reflexão sobre
a didática e as novas tecnologias de informação e comunicação, em que cabe um novo comporta-
mento do professor, deixando de lado a ideia de que o saber é centrado na sua figura, mas pensar
num modelo de perspectiva transformadora no processo educativo.

Corroborando com esses autores, têm sido de extrema relevância os aspectos afetivos da relação
professor-aluno, em que o professor deve demonstrar competência humana, uma vez que ao estabe-
lecer um clima de confiança e respeito, passa a valorizar e estimular seus alunos. Com relação ao
uso das novas tecnologias da informação, pensar numa didática de forma a planejar bem suas ativi-
dades, aplicando esses recursos de maneira adequada e, sobretudo, a proposta da aula, possibili-
tando ao aluno refletir sobre as informações recebidas, desenvolvendo o senso crítico para elabora-
ção e construção do conhecimento (Ferreira; Souza, 2010).

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