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Introdução a Física Nuclear (4300406)

Prof. Valdir Guimarães

Instituto de Física

Aula 1 – Estrutura dos nucleons

17/08/2023 Valdir Guimaraes – Introdução a Física Nuclear 1


Física nuclear

Prótons e nêutrons são chamados de núcleons.

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Escala da matéria para quark
❑ Estudar Física Nuclear é estudar o âmago da matéria.
❑ A matéria que compõe todas as coisas no universo é na verdade um conglomerado de
alguns blocos fundamentais. A palavra-chave então é "fundamental”
❑ Os blocos fundamentais de construção são objetos que são simples e sem estrutura
não podem ser constituídos por nada menor.
❑ Prótons, nêutrons e elétrons não são as partículas fundamentais

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unidade massa/energia

Unidade de massa/energia
Massa de repouso de um elétron: 𝑚0 = 9,11 × 10−31 𝑘𝑔
Energia de repouso de um elétron: 𝑚0 𝑐 2 = 9,11 × 10−31 𝑘𝑔 × (3 × 108 )2 (𝑚/𝑠)2
= 8,20 × 10−14 𝐽
eV = eletron-Volts = energia adquirida por um elétron de
carga 1,6x10-19C submetido a um campo de 1 Volt.

Energia de repouso do eletron em unidades de eV 1eV = 1,602 × 10−19 𝐽

1𝑒𝑉
𝑚0 𝑐 2 = 8,20 × 10−14 𝐽 ( ) 𝑚0 𝑐 2 = 0,511 𝑀𝑒𝑉
1,602 × 10−19 𝐽
𝑀𝑒𝑉
Massa de repouso do eletron: 𝑚0 = 0,511
𝑐2
𝑀𝑒𝑉 1 𝑢. 𝑚. 𝑎. = 1,661 × 10−27 𝑘𝑔
Unidades de massa: 𝑘𝑔, 𝑢. 𝑚. 𝑎. , ,
𝑐2 𝑀𝑒𝑉
1 𝑢. 𝑚. 𝑎. = 931,5 2
𝑐
𝑀𝑒𝑉
1 2 = 1,782 × 10−30 𝑘𝑔
Valdir Guimaraes – Introdução a Física Nuclear 𝑐
1928 – Dirac e o pósitron
❑ Em 1928, o físico teórico Paul Dirac desenvolve uma versão da mecânica
quântica que incorporava a relatividade. A solução da equação de
Schrodinger podia ter soluções com energias positivas e negativas.

Paul Dirac
1902 - 1984

1933

❑ Dirac postulou que cada partícula teria uma antipartícula e propôs a ideia do pósitron
(antipartícula do elétron).
❑ As antipartículas são partículas de matéria com mesma massa mas cargas opostas.

❑ Essa ideia está relacionada com a simetria de


carga-paridade.
❑ Toda partícula, exceto méson-p (píon neutro) p0,
tem uma antipartícula.
❑ O meson-p neutro viola a simetria carga-paridade.
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Criação e aniquilação da antimatéria

❑ Dirac propôs a ideia do Mar de Dirac


❑ Partícula e antipartícula se aniquilam e são criadas a partir da transformação de fóton
com energia 2 vezes a massa de repouso da partícula.

aniquilação

criação

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Comprovação experimental

❑ A existência de antimatéria foi comprovada em um experiência com uma


câmara de nuvem por Carl Anderson (estudando raios cósmicos).
❑ Partículas de raios cósmicos interagem com liquido da câmara deixando
um traço.
❑ O campo magnético nessa câmara faz com que as partículas negativas se Carl Anderson
1905 - 1991
curvem para a esquerda e as partículas positivas se curvem para a direita.

1936

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1933 – Neutrino – a partícula poltergeist

❑ Entre 1932 e 1947 novas partículas elementares começaram a serem


descobertas.
❑ A primeira dessas descobertas foi o neutrino,
❑ O neutrino havia sido previsto numa solução teórica do físico Wolfgang
Wolfgang
Pauli proposta em 1930 para explicar o espectro continuo de energia dos Pauli
elétrons no decaimento Beta. 1900 - 1958

❑ Nesse decaimento-b era de se esperar que os elétrons carregassem toda


energia

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Década de 30

❑ Na década de 1930, seis partículas eram consideradas as constituintes fundamentais da


matéria:
próton, nêutron, elétron, pósitron e neutrino e o “fóton”

❑ Nesta época também investigava-se a natureza intrínseca da força eletromagnética,


considerando que ela derivava de uma “troca de fótons virtuais” entre as cargas elétricas.
❑ Teoria Quântica de Campos havia proposto a possibilidade de que a interação
eletromagnética entre partículas carregadas fosse dada por uma troca de partículas
(fótons).

repulsão atração

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1935 méson entra em cena

❑ Em 1935, Yukawa propôs uma teoria para explicar as forças nucleares.


❑ Ele propôs que a força nuclear entre nucleons (p-p, n-n e p-n) seria dada por
uma troca de uma partícula com massa 200 vezes maior do que a do elétron.
❑ A troca dessa partícula entre os prótons e nêutrons produziria uma atração entre
Hideki Yukawa
eles, de curto alcance, que poderia explicar a estabilidade nuclear
1907 - 1981
(em analogia ao fóton na interação eletromagnética).
❑ Por ter uma massa intermediária entre a do elétron e a do próton, recebeu o
1949
nome de “méson”. (méson=médio)

repulsão atração

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1947 - César Lattes e meson-p

❑ Uma equipe de físicos, Powell, Ochiallini e o brasileiro César


Lattes, estudando as partículas produzidas por raios
cósmicos, comprovaram a existência de mais um méson.
❑ Foi chamado de méson-p ou píon.
❑ Era uma partícula muito instável com um tempo de meia vida
de 2,6x10-8 s

massas

Decaimento

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Mais partículas foram sendo descobertas...

❑ Com o contínuo estudos da radiação cósmica e com aceleradores acelerando partículas


com cada vez mais energia, várias outras partículas foram sendo descobertas.
❑ Vieram então surpresas inexplicáveis: começaram a ser detectadas partículas que se
formavam em pares e que ‘viviam’ muito mais tempo que o previsto.
❑ Essas partículas foram então chamadas de ‘partículas estranhas’ – mésons K (ou káons)
❑ Isso foi apenas o prenúncio de uma torrente inesperada de novidades.

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Zoológico de partículas
https://ciencianamidia.wordpress.com/2008/12/09/o-discreto-charme-das-particulas-elementares/

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Quarks

❑ A conclusão é que as partículas não eram tão fundamentais e deveriam ser formadas por
partículas menores (quarks?)
❑ Quarks são partículas de matéria muito pequenas que formam as partículas elementares.
❑ Existem seis quarks e para cada quarks existe um anti-quark correspondente.

❑ Os quarks têm a característica não usual de possuírem uma carga


elétrica fracionária, diferente do próton e do elétron, que têm cargas
inteiras de +1 e -1, respectivamente.
❑ Os diferentes nomes correspondem a “sabores (flavors)” diferentes.
(Número quântico).

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Hádrons
❑ Os quarks existem somente em grupos e formam
as partículas chamadas Hádrons.

❑ Embora os quarks individuais tenham cargas elétricas


fracionárias, eles se combinam de tal maneira que os
hádrons possuem cargas elétricas inteiras

Hádrons

Bárions Mésons

Bárions são hádrons compostos por 3 Mésons são hádrons compostos por 2 quarks.
quarks. Todos bárions tem spin semi-inteiro Tem spin 0 ou 1.
1
,
3
etc. Massa intermediária entre elétron e próton.
2 2
Todos mésons são instáveis.
Massa próximas aos prótons.
(prótons, nêutrons, Lambda)

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Interações fundamentais
❑ O universo que conhecemos existe porque as partículas fundamentais interagem.
❑ Existem quatro interações fundamentais entre as partículas, e todas as forças
podem ser atribuídas a essas quatro interações!

gravitacional eletromagnética forte fraca

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Partículas transportadores de força.

❑ Pela teoria quântica de campos, todas as interações que afetam as partículas da matéria
são devidas a uma troca de partículas transportadoras de força, um tipo completamente
diferente de partícula.
❑ Essas partículas são como bolas de basquete atiradas entre as partículas da matéria.
❑ O que nós pensamos normalmente como "forças“ são, na verdade, os efeitos das partículas
transportadoras de força sobre as partículas da matéria.

repulsão atração

❑ Interação forte troca a cor dos


quarks (gluons).
❑ Interação fraca troca o sabor
dos quarks (bóson)

17/08/2023 Valdir Guimaraes


18– Introdução a Física Nuclear 18
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Além do modelo Padrão

O Modelo Padrão responde a muitas das perguntas sobre a estrutura e a estabilidade da matéria
com seus seis tipos de quarks, seis tipos de léptons, e quatro forças. Mas ainda existem muitas
perguntas sem resposta.
1) Porque vemos mais matéria do que antimatéria se deveríamos ter simetria entre as duas no
Universo ?
2) Os quarks e léptons são realmente fundamentais, ou são constituídos de partículas mais
fundamentais ?
3) Como a gravidade se encaixa em tudo isso?
4) Em nosso cotidiano, observamos apenas a primeira geração de partículas (elétrons, neutrinos
e quarks up/down). Porque a natureza "precisa“ das outras duas gerações?
5) O que é toda esta matéria extra no universo que não podemos explicar usando métodos
normais?
6) Porque o Modelo Padrão não pode prever a massa de uma partícula ? (O Modelo Padrão não
consegue explicar por que algumas partículas são do jeito que são).
7) Porque os neutrinos oscilam e trocam de sabores ?.
8) Effective Field Theory (Teorias de campo efetivas).
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❑ Uma geração ou família é uma divisão das partículas elementares.
❑ Entre gerações, partículas diferem apenas pela massa.
❑ Cada membro de uma geração posterior possui maior massa que a partícula correspondente da
geração anterior.
❑ Hierarquia de massa é responsável pelas gerações mais altas decaírem em gerações menores,
❑ Toda a matéria encontrada naturalmente no universo pertencerem a primeira geração.
❑ A segunda e terceira geração só são obtidos em ambientes de extrema energia como raios
cósmicos ou aceleradores de partículas.
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Porque temos mais matéria do que anti-matéria?

❑ De acordo com o Big-bang matéria e antimatéria foram criadas exatamente iguais.


Porque a matéria domina a antimatéria em nosso universo ?
❑ Uma pequena violação da simetria CP (carga-paridade) poderia responder.
❑ Violação da simetria carga-paridade pode ocorrer na interação fraca, que envolve
partículas como neutrinos e meson do tipo B.
❑ Neutrinos oscilam entre os 3 sabores: neutrinos de eletron, de muon e de tau.
❑ Mas para que eles possam oscilar é preciso que eles tenham uma massa, mesmo
que muito pequena.
❑ Neutrinos podem ser suas próprias anti-particulas e nesse caso eles seriam
considerados partículas de Majorana.
❑ Os méson-B neutros, B0 e B0s (com quark bottom e charm), espontaneamente se
transformam em suas próprias anti-partículas e voltam.
❑ Esse fenômeno é chamado de oscilação de partícula neutra.
❑ A existência de oscilações de mésons B neutros é uma previsão fundamental do
modelo padrão.

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Neutrinos: decaimento beta

❑ Neutrinos são partículas neutras que não interagem via eletromagnetismo.


❑ Decaimento beta radioativo normal, nêutrons se transformam em um próton, um
elétron e um antineutrino.

❑ Na verdade é um decaimento do quark down em up:

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❑ Neutrinos são léptons assim como o próprio eletron, muon e tau.
❑ Indícios indiretos indicam que as massas desses neutrinos são da ordem
de poucos elétrons-volt ou frações de elétrons-volt, entre 0.2 e 2.0 eV.

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Neutrinos: Solares

❑ Uma das fontes de neutrinos é o próprio Sol.


❑ Os neutrinos seriam produzidos em reações do ciclo pp do Sol.
❑ Decaimento Beta de alguns núcleos

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https://www.wikiwand.com/pt/Cadeia_pr%C3%B3ton-pr%C3%B3ton 25
Oscilação dos neutrinos

Um dos mais perplexos problema de física dos últimos 30 anos foi o problema dos
neutrinos solares. O número de neutrinos que chegam na Terra emitidos pelo Sol é um
fator 2 a 3 menor do que o esperado pelos modelos. Possíveis problemas:

1) As reações nucleares no Sol não sendo corretamente levadas em conta (ressonâncias ?).
2) A detecção não está sendo feita corretamente (Super Kamiokande, SNO etc.)
3) Os neutrinos oscilam e trocam de sabores durante a viagem Sol-Terra.

❑ A indicação é de que algo acontece no caminho.


❑ Neutrinos tem 3 sabores (eletron, muon e tau) que podem oscilar
entre eles, mas para isso precisam ter massa.
❑ Os neutrinos trocariam de sabores ao entrar na atmosfera da Terra.
❑ Detectores detectam apenas o neutrino de elétrons.

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Super Kamiokande
Super-Kamiokande:
❑ Localizado a 1 km debaixo da terra em uma mina na cidade de Hida (antiga Kamioka), Japão.
❑ consiste de 50.000 toneladas de água pura (leve H2O) rodeada por cerca de 11.200 tubos
fotomultiplicadores. A estrutura cilíndrica tem 41,4 metros e 39,3 metros de largura.
❑ Detectam faíscas de luz produzidas quanto um neutrino interage com o líquido.
❑ Kamiokande apenas neutrinos de eletrons. Super-Kamiokande todos.

É mais sensível aos neutrinos vindo da reação


de decaimento

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Neutrinos de reatores
❑ Reatores são fontes de neutrinos e podem ser utilizados para investigar oscilações
❑ Vários projetos como Chooz na França e KamLAND no Japão.

http://kamland.stanford.edu/

❑ Detector KamLAND (Japão)


❑ Cintilador liquido para detectar neutrinos
❑ O detector está no meio de 53 reatores japoneses.
❑ Neutrinos produzidos pelo fissão de 235,238U e 239,241Pu
❑ Fluxo de neutrinos é muito baixo.
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Ressonâncias
Ressonâncias emem reações
reações

❑ Alguns pesquisadores estão considerando a


possibilidade de existência de ressonâncias ainda não
observadas em reações do Sol.

Neutrinos solares

3He+3He= 6Be =4He+2p

activation

Possíveis ressonâncias no 6Be

Investigação da estrutura do 6Be no RIKEN-Japão


(V. Guimarães -2023).
Proposta de medida
17/08/2023 em Argone
Valdir Guimaraes Nov. a2023
– Introdução Física Nuclear 29
17/08/2023 29
29
Além do modelo padrão -> Teoria da unificação de tudo.

❑ A teoria GUT (Grand Unified Theory) onde as interações fortes e eletromagnéticas


seriam unidas está sendo desenvolvida.

Teoria de Tudo prevê:


❑ Monopolo magnético massivo pode existir.
❑ Próton e elétron devem ter absolutamente a mesma carga.
❑ Neutrinos tem massa (muito pequena).
❑ Nenhuma partícula é estável. Todas partículas devem decair em um dado momento.
❑ O próton deveria ter uma vida média com decaimento entre 1030 a 1035 anos.
❑ Tempo muito maior do que a estimativa para a idade do universo 108 anos.

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Hyper-Kamiokande
http://www.hyper-k.org/en/overview.html

❑ Projeto japonês para detectar decaimento do próton.


❑ 10 vezes mais volume que o Super-Kamiokande
❑ 40.000 detetores sensíveis a radiação Cherenkov.
❑ Ainda sendo montado. Operação Prevista 2024.
Decaimento do próton
positron

Píon neutro

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17/08/2023 31
31
Estimativa decaimento do próton.

Vamos supor que o tempo de meia vida do decaimento de um próton seja de 1033 anos,
vamos estimar quanto tempo teríamos para observar, na média, um próton sofrer um
decaimento num copo de água.

Um copo de água contém cerca de um quarto de litro, ou 250 g.


O número de moléculas em um copo de água é de aproximadamente:

Agora, cada molécula de água contém um próton em cada um de seus dois átomos de
hidrogênio mais oito prótons no átomo de oxigênio, dando um total de 10 prótons.
Assim, no copo de água temos 8,4 X 1025 prótons.

A constante de decaimento é então data por:

Esta é a probabilidade de qualquer próton específico decair em um ano.


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A probabilidade de que um próton em nosso copo de água decaia em um
intervalo de 1 ano é:

Teremos que esperar 1/P = 17 milhões de anos para ver um decaimento de um próton

O detector de neutrinos Super Kamiokande contém 50.000 toneladas de água.


Estime o tempo médio entre a detecção de decaimentos de prótons.

Novamente, como 1 mol de água vale 18g então 50.000 toneladas contém 7,4 x 1033
moléculas de H2O, que corresponde a 7,4 x 1034 prótons no detetor.

A probabilidade de algum próton no detector decair no intervalo de 1 ano é

Devemos esperar l/P ~ 0,02 ano (uma semana) para observação de um decaimento.

Hyper Kamiokande 10 vezes maior.


Então devemos esperar menos de um dia para observar um decaimento.

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