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PESCADO
DÉBORA J. HIRT LINTZMAIA
NOVEMBRO/2018
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DENOMINAÇÃO
4
EMBARCAÇÕES
MOTORES
INSUMOS PESCA EQUIPAMENTOS
ARTESANAL
DISTRIBUIÇÃ MÁQUINA
O
MÃO DE
OBRA TRANSFOR
MAÇÃO
PRODUÇÃO CONSUMIDOR
ELETRICIDADE
ALEVINOS
GELO
RAÇÃO
5
TANQUES/VIVEIROS TRANSPORTES
INTRODUÇÃO
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Principais espécies produzidas no Brasil
2010
Proteína - sarcoplasmática
• Proteínas encontradas no plasma de células musculares
• Mais de 100 tipos diferentes:
– Enzimas da glicólise
– mioglobina (Fe2+)
Proteína - miofibrilar
• Formadoras do tecido esquelético muscular
Proteína do estroma
• Sustentação das fibras musculares
• Melhor digestibilidade
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COMPOSIÇÃO
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Número de
Composição Umidade (g) Energia (kcal) Proteínas (g) Lipídios totais (g) Cinzas (g)
amostras
centesimal
Valor por 100 g
Matrinchã, inteiro, cru,
60,00 246 19,30 18,70 2,00 8
Brycon ssp.1
Tucunaré, filé, cru,
76,00 102 20,40 2,30 1,30 8
Cichla ssp.1
Traíra, filé, cru,
77,71 90* 20,70 0,84 1,39 32
Hoplias malabaricus5
Mapará, filé, cru,
Hypophthalmus 70,53 195 12,61 16,04 0,82 2
edentatus3
Pescada, filé, cru,
77,50 89 19,40 1,30 1,80 8
Plagioscion ssp.1
Curimatã, filé, cru,
Prochilodus nigricans 71,64 160 17,20 10,11 1,05 10
A.1,3
Jaraqui, inteiro, cru,
Semaprochilodus 67,00 177 18,60 11,40 3,00 8
ssp.1
Sardinha, filé, cru,
71,00 152 18,30 8,70 2,00 7
Triportheus ssp.1
Mandi, cru, Pimelodus
65,15 212 17,92 15,51 1,34 1
clarias B.2
*Estimado.
1AGUIAR, J.P.L. Tabela de composição de alimentos da Amazônia. Acta Amazônica, v.26, p.121-126, 1996.
2ANDRADE, M.O.; LIMA, V.A. Preparo, seleção, armazenamento e estudos químicos e sensoriais de conservas de mandi. 1975. 127p. Dissertação (Mestrado). FCF/USP, São
Paulo, 1975.
3CARVALHO, N.L.A; LESSI, E. Elaboração de uma semi-conserva de pescado de água doce “picles de peixe”. Tempo de cura, acidificação, textura e nível de sal. Acta Amazônica,
v.20, p.321-329, 1990.
4JESUS, R.S.; TENUTA FILHO, A. Caracterização química do mapará (Hypophthalmus edentatus). X Sem. PG da FCF/USP. 1995. p.37. <
http://www.fcf.usp.br/tabela/resultado.asp?IDLetter=E&IDNumber=99>. Acessado em 07-01-2013.
5SANTOS, A.B.; MELO, J.F.B.; LOPES, P.R.S.; MALGARIM, M.B. Composição química e rendimento do filé da traíra (Hoplias malabaricus). Revista da FZVA, v.7/8, p.140-150, 14
2000/2001.
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COMPOSIÇÃO
Carboidratos
No pescado os carboidratos presentes são reduzidos e sofre
constante alterações antes e após a captura;
– glicogênio
– mucopolissacarídeos
Minerais
• Micronutrientes com funções orgânicas importantes: regular
metabolismo enzimático, mantêm equilíbrio ácido-base,
facilitam transferência de compostos pelas membranas
celulares;
Vitaminas
• Boa fonte de vitaminas dois grupos:
– Hidrossolúveis: Vitaminas B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B6
(piridoxina, piridoxal e piridoxamina), vitamina C (L-ácido
ascórbico), niacina (ácido nicotínico), ácido pantotênico, biotina,
ácido fólico, ácido inositol, biotina, vitamina B12
– Lipossolúveis: Vitaminas A, D e E
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IMPORTÂNCIA DO PROCESSAMENTO
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ALTERAÇÕES NOS PESCADOS
Para se chegar a um produto de qualidade no estado de
fresco, a chave está no controle das fases de pré rigor e
de rigor mortis.
O pescado deve sofrer o abate imediatamente após a
captura, permitindo assim que o pescado fique mais
tempo isento da ação das enzimas e dos
microrganismos.
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DETERIORAÇÃO DE PESCADO
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DETERIORAÇÃO DE PESCADO
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Segundo Minozzo e Maluf (2007), Ogawa e Maia
(1999) e Beirão et al., (2000), o processo de
deterioração do pescado é complexo e um grande
números de físico-químicas ocorre em seu corpo até
a completa deterioração. Sendo 4 etapas, 1 liberação
de muco, 2 rigor mortis, 3 autólise e 4 decomposição
bacteriana:
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LIBERAÇÃO DO MUCO
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RIGOR MORTIS
O rigor mortis é considerado como uma contração
muscular irreversível, tornando-o rígido. Este processo
começa logo após a morte do pescado e termina com a
presença de elevada quantidade de bactéria
decompositora. Durante o rigor mortis ocorre uma
série de alteração na musculatura, como a falta de
produção de ATP, a falta de produção de anticorpos e a
elevação do pH. Com isto, o pescado fica um ambiente
propício para o desenvolvimento das bactérias que
termina com a sua completa deterioração. Desta forma,
temos que prolongar o período do rigor mortis, para
aumentar a validade do pescado para o consumidor
final. Para prolongar o rigor mortis, o pescado é
colocado sob congelamento, sob resfriamento ou sob o
processo de salga. 24
AUTÓLISE
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DECOMPOSIÇÃO
PEIXE FRESCO
HIGIENE
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DETERIORANTES: metabolismo INDICADORES: manipulação
em temperatura ideal
(Pseudomonas) inadequada (Staphylococcus
aureus)
INDICADORES: condições
higiênicas do pescado PATOGÊNICOS: veiculadores de
(Bactérias mesófilas,
coliformes totais, bolores e doenças (Vibrio, Salmonella, E.
leveduras) coli enteropatogênica)
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PROCESSAMENTO DE PESCADO
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ETAPAS DO PROCESSAMENTO DE PEIXE
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PROCESSO INICIAL
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PROCESSAMENTO
pele (10%)
aparas (5%)
cabeça (14%)
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ESCAMAR
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EVISCERAÇÃO
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FLUXOGRAMA DE FILÉ DE
PEIXE
Os filés são peças de carne
constituída por músculos dorsais e
abdominais (conforme figura abaixo)
que atualmente são uma das
apresentações culinárias mais
populares do pescado, sendo
apreciado devido a sua facilidade
para preparo.
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FLUXOGRAMA DE FILÉ DE
PEIXE
Este tipo de processamento é empregado geralmente
em espécies de peixes que não apresentam espinhos em
forma de “Y” na musculatura, tais como as tilápias. A
presença de tais espinhos não é um fator condicionante
para a filetagem de peixes, não impedindo a produção de
filé contendo espinhos e de menor qualidade, em outras
espécies como o curimbatá e o piavuçu ou o pacu.
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POSTA
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VENTRECHA
A ventrecha é obtida através do peixe desossada e
posteriormente cortado em forma de posta dividida
ao meio.
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SALGA DE PEIXE
1. Salga seca
2. Salga úmida O processo de salga baseia-se no princípio da
desidratação osmótica. Portanto, na salga, ocorre a
3. Salga mista remoção de água dos tecidos e a sua parcial
substituição por sal, visando diminuir ou até mesmo
impedir a decomposição do pescado, seja por
autólise, seja pela ação dos microrganismos 45
(OGAWA; MAIA, 1999).
SALGA SECA
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SALGA SECA
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SALGA ÚMIDA
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SECAGEM
Retirada de partículas de água do alimento. Na
ausência de água a atuação da maioria das enzimas
fica prejudicada ou inibida.
Secagem natural ou ao sol (Norte e Nordeste): O
alimento é exposto aos raios solares sem que haja
controle da umidade relativa, temperatura e
velocidade do ar.
Secagem artificial ou desidratação: Faz-se uso de
equipamentos, onde o alimento é acondicionado,
sendo controladas as variáveis temperatura,
umidade e circulação de ar.
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DEFUMAÇÃO
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SURIMI
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Etapas ilustrativas para a obtenção de surimi de
tilápia: (a) polpa de tilápia embalada; (b) e (c) processo
de lavagem da polpa; (d) decantação da polpa após
agitação lenta; (e) polpa após as três lavagens;
(f) surimi.
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FARINHA E ÓLEO DE TILÁPIA
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FARINHA
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PEIXE ENLATADO
O objetivo principal do enlatamento do pescado
consiste na preparação de um produto de boa
qualidade capaz de ser armazenado durante um
tempo razoável. É fundamental o frescor da matéria
prima utilizada no enlatamento. A diminuição do
frescor geralmente é acompanhada de alterações na
cor, sabor, odor e outras características da matéria
prima, e que interfere na elaboração de produtos de
boa qualidade (OGAWA; MAIA, 1999).
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PEIXE ENLATADO
Para que este produto possa ser conservado
satisfatoriamente, as seguintes condições devem ser
consideradas:
1. o conteúdo das latas deve ser isento de bactérias e
enzimas ativas;
2. as paredes da lata devem ser resistentes ao ataque de
qualquer substância de conteúdo, como também a
superfície exterior deve resistir à corrosão sob
condições razoáveis de armazenamento;
3. a lata deve ser hermeticamente fechada para evitar a
entrada de ar, água e contaminantes.
Todas estas condições nem sempre podem ser conseguidas
na prática, mais comercialmente se preparam alimentos
que, com segurança, tem vida útil média de 2 anos. 64
PEIXE ENLATADO
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PELE CURTIDA
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Etapas do Curtimento de Peles
Acabamento
Couro unitário ou
manta
Fonte: Souza, 2004
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OBRIGADA
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