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Tecnologia de raízes e
tubérculos
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Raízes e Tubérculos
As culturas tuberosas incluem um grande número de plantas com bulbos,
raízes e tubérculos, que são muito disseminadas nas regiões tropicais do
globo. Entre as culturas mais comuns cita-se a mandioca, mandioquinha-
salsa, inhame, taro, batata-doce, yacon, etc. A grande maioria destes cultivos
é de amiláceas, isto é, materiais nos quais predomina o amido como
componente.
O processamento pós-colheita pode vir a estabilizar esses cultivos, por
permitir aumentar o tempo de vida útil, melhorar o aproveitamento da
produção no campo e possibilitar maior flexibilidade de uso para a população
e maior demanda de produtos nos ambientes de consumo, como os
supermercados.
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Raízes e Tubérculos
Segundo a comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos: Raízes,
tubérculos e rizomas são as partes subterrâneas de plantas herbáceas,
primeiramente classificadas como hortaliças, utilizadas como alimento.
CNNPA nº12 de 1978
Tubérculo: batata, cará, inhame
Rizoma: araruta, gengibre, açafrão
Raiz: mandioca, batata doce, mandioquinha salsa
Bulbo: cebola, alho
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RIZOMA
BULBO
Raízes e Tubérculos
Raízes e Tubérculos
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Tuberosas amiláceas
30 – 40
• Mandioca
• Batata
• Inhame
60 – 80
• Cará
• Araruta
• Batata doce
• Mandioquinha salsa 80 - 84
Tuberosas amiláceas
Mandioca
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Mandioca
Nome científico: Manihot esculenta Crantz
Mito indígena: Mani oca, casa de Mani
Família: Euphorbiaceae
Nomes populares: Mandioca, macaxeira, aipim
Nome em inglês: Cassava
Origem: Brasil
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Descrição da planta
Raiz tuberosa
Película externa branco acinzentada ou marrom avermelhada
Casca branca e espessa rica em latex
Entrecasca:
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Descrição da planta
Cilindro central volumoso branco, róseo ou amarelado
Acúmulo de amido
Pode conter o princípio venenoso com menor intensidade
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Importância da Cultura
Tríplice utilização:
Maior parte: alimentação humana
Consumo das raízes na forma in natura
África e América Latina: dieta diária = principal fonte
de carboidratos
Alimentação animal: raízes frescas ou raspas em rações,
farelos da parte aérea ou misto
Indústria:
Produção
Grande capacidade de adaptação
Hoje: mais de 80 países produzem
Brasil: segundo maior produtor
Nigéria: maior produtor
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Produção
Fácil adaptação: produzida em todos os estados brasileiros
Mesmo em solo pobre e ácido
Produção no mundo
África
Principal produtor: líder absoluto
Ásia
Tailândia: Grandes indústrias de fécula de mandioca e pellets
para ração animal
Indonésia
América do Sul
Brasil
1970 30 milhões de ton
Atualmente ↓ produção 25 milhões de ton
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Produção no mundo
Brasil ↓ da produção???
Queda no consumo animal redução no uso para produção de rações
balanceadas
Queda no consumo humano preferência por massas
de trigo
Produção
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Produção
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Colheita
Épocas mais indicadas para colher
as plantas se encontram em período de repouso (já diminuíram
o número e o tamanho das folhas e dos lobos foliares = máximo
de produção de raízes com elevado teor de amido)
Colheita é primordialmente manual e/ou com auxílio de
implementos.
Afofador
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Colheita
2 etapas:
1)poda das ramas, efetuada (h= 20 a 30 cm acima do
nível do solo)
2) Arranquio das raízes, com a ajuda de ferramentas.
Colheita
Após o arranquio:
As raízes devem ser amontoadas em pontos para facilitar o recolhimento
pelo veículo transportador;
deve-se evitar que permaneçam no campo por mais de
24h;
evitar deterioração fisiológica e/ou bacteriológica.
Carregamento das raízes no campo: cestos, caixas,
sacos, grades de madeira
Transporte para o local de beneficiamento: animais,
carroças e caminhões.
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-Casca (periderme)
-Entrecasca (córtex)
-Polpa (Parênquima de armazenamen
amido)
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Raízes
Principal matéria prima da planta
Composição:
Componente %
Umidade 60,0 – 65,0
Amido 21,0 – 33,0
Proteínas 1,0 - 1,5
Lipídeos 0,18 – 0,24
Fibras 0,7 – 1,06
Cinzas 0,6 – 0,9
Fonte: Governo do Estado de São Paulo.
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Raízes
Alimentação humana
Alimentação animal
Folhas
Ricas em Vitamina A e C
A: 3000 UI
Hastes
Riqueza de nutrientes depende da idade da planta
+ velhas = + fibrosas
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Classificação prática
Depende do teor de compostos cianogênicos
Produtos da Mandioca
Minimamente processadas, cozidas, fritas,
Mandioca bolos, biscoitos, pães, sopas, beijus, purê,
empanadas, chips, cuscuz, cremes, pudins,
nhoque, etc
Alimentação
Hastes Animal Restante da produção
Amido (fécula), amido fermentado
(polvilho azedo), farinhas, raspas,
Indústria álcool
Maior destino
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Cultivares
Tradicionalmente, as variedades de mandioca (Manihot esculenta)
apresentam duas denominações: de mesa, para o consumo humano e
industrial, para o processamento em farinha, fécula ou mesmo alimentação
animal. A mandioca de uso culinário recebe diferentes denominações nas
diversas regiões do Brasil, tais com aipim, macaxeira ou mandioca de mesa.
Em geral é colhida precocemente, entre 6 e 12 meses, quando é menos
fibrosa.
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Cultivares
Para mesa
Para indústria
Têxtil
Alimentícia
Farmacêutica
Química
Ração animal
Para forragem
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Processamento de Mandioca
As mandiocas in natura são cada vez menos frequentes em mercados e
supermercados de cidades grandes. Além da deterioração pós-colheita,
precisam ser descascadas em casa e tem menores garantias de qualidade,
pois em geral não tem rótulo de produtor.
As principais formas de processamento são in natura, minimamente
processadas, resfriadas, congeladas cruas, congeladas depois de cozidas
(fritas e toletes), esterilizadas à vácuo e fritas (chips).
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Usos
Para o processamento é necessário considerar o
escurecimento enzimático
Após a colheita e após o descascamento
Processo de deterioração
Pode ser evitado com a aplicação de tratamentos antioxidantes:
Características de deterioração
Coloração em tons azul escuro ou marrom
Aparecimento de linhas vasculares ou escuras
Apodrecimento
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Processo de deterioração
Deterioração fisiológica primária
Linhas vasculares azuis ou negras próximas à
periferia da polpa
Posteriormente se estendem = descoloração
marrom mais generalizada
Aumento da acidez da polpa
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Processo de deterioração
Deterioração secundária
Pronunciada decomposição total
Ataque de microrganismos
Fermentações
Amolecimento da polpa
Processo de deterioração
Deterioração fisiológica pode ser retardada
Não separar raízes das hastes
Sintomas de podridão após 14-21 dias de colheita
Minimamente processada
1ª. Sanitização Corte e descascamento
Após primeira lavagem Manualmente
Hipoclorito de sódio Faca de aço inox
200ppm/15 min Descartar pontas das raizes
Parte mediana: cortar em
cilindros (6 cm)
Remover entrecasca
Dividir no meio
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Minimamente processada
2ª. Sanitização Drenagem
Após descascamento dos Uso de peneiras
cilindros Retirar excesso de água
Água clorada
(20ppm/2min)
Pode ser reutilizada para lavagem
inicial das raízes
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Minimamente processada
Embalagem e pesagem Estocagem
Polietileno com nylon Câmara fria ~5°C ou
Barreira ao vapor de água Geladeiras 7-10°C
e O2 Vida de prateleira: 15-30 dias
Pesagem: 200g a 2kg Congelamento -18 °C – Vida útil
Remover ar das de até 9 meses.
embalagens
Selar a vácuo
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Minimamente processada
Perdas
Entrecasca e pontas: 25 – 30%
(para raízes mais finas: ~40%)
Influenciadas por:
Qualidadedas raízes
Tempo de armazenamento na água pós-colheita
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Mandioca Chips
Características do produto
Cor
Sabor
Textura
Palatabilidade
Cuidado: óleo
Meio de transferência de
calor de alta qualidade
Saúde do consumidor
Custo
Crocância
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Mandioca Chips
Corte e descascamento
Recepção, Seleção,
Lavagem, Sanitização
Facas de aço inox
Igual à minimamente
Cilindros de 12 cm
processada Remover casca e
entrecasca
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Mandioca Chips
Lavagem e drenagem Corte em fatias
Igual à minimamente Cortador de frios
processada Espessura: 0,8 mm
↓espessura = ↑crocância
↓espessura = ↓tempo fritura
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Mandioca chips
Ponto de descarte do
• óleo
Fritura:
Óleo vegetal
150 - 170°C Testes imediatos
Kits que se baseiam na mudança
Qualidade do óleo química (quantidade de compostos
Influencia qualidade do produto polares)
e tempo de armazenamento
+ tempo = + degradação
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Mandioca Chips
Salga Drenagem
1% NaCl Retira o excesso de óleo
Pode-se adicionar outros Papel absorvente
condimentos ou aromas Temperatura ambiente
Em estufa de circulação de
ar forçada 40°C
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Mandioca Chips
Embalagem Pesagem
Seladora 40 – 80 g
• Polipropileno Depende do interesse do
• Polietileno mercado
Consumo:
Polipropileno com barreira de
alumínio associada à injeção 10 dias no máx.
de nitrogênio Ao abrigo da luz
• Retarda rancificação do
• óleo
• >30 dias
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Mandioca Chips
Estocagem Rendimento
Temperatura ambiente 15 a 35% do peso total das
raízes
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Industrialização da mandioca
Índice bom para indústria: 21 – 23% fécula
Matéria prima colhida em período adequado de desenvolvimento
Farinha d’água
Polvilho azedo
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Farinha de mandioca
Forma mais ampla de aproveitamento industrial da mandioca
Legislação: FARINHA é o produto obtido pela moagem de partes
comestíveis de matérias primas sãs e limpas, isentas de parasitas
ou substâncias terrosas
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Farinhas
Principais tipos de farinha:
Farinha d’água (fermentada)
Farinha seca (ralada)
Farinha mista
Farinha de raspa ou apara
Farinha do Pará
Farinhas temperadas
Farinha seca
Líquido é colocado para decantar
Recuperação do amido, conhecido por goma
Sobrenadante = tucupi
Farinha d’água
Muito consumida na Região Norte do Brasil
Produção:
Colocar as raízes na água (de riachos, tanques de
cimento) de 3 a 5 dias
Retira-se a casca (película e córtex)
Prensa-se
Torra-se.
Farinha d’água
Lavagem e
Mandioca Fermentação Ralação
descascamento
Peneiragem
(opcional) Acondicionamento Armazenamento
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Farinha d’água
Mandioca colocada para macerar
Até cascas soltarem
Amolecimento da raiz
Fermentação durante maceração
Não usa o líquido drenado para “goma”
Aroma butírico
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Lavagem e descascamento
Secagem e Moagem
Acondicionamento e armazenamento
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Fécula
Fécula = amido
Nome do produto:
Amido: substância amilácea encontrada nos grãos
Fécula: substância amilácea encontrada nas raízes
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E o Polvilho azedo?
Matéria prima: Polvilho doce fermentação
Polvilho azedo
Características diferentes para produtos de panificação
Sabor
Textura
Expansão
Polvilho azedo
Microrganismos com atividade amilolítica
Degradam a fécula
Bacillus subtilis
Paseudomonas alcaligenes
Lactobacillus plantarum
Corynebacterium manihot
Leuconostoc mesenteroides
Pseudomonas aeruginosa
Crescimento bom
42oC, pH 5-6
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Fermentação
Tanques
2/3 de fécula doce úmida
Recobre com água
Polvilho azedo
Sobrenadante é drenado
Superfície do amido é raspada
Eliminarimpurezas superficiais
Subproduto
Retirada do tanque
Esfarelado
Secagem
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Doce Azedo
pH 6,4 3,87
Acidez titulável mL soluto N/100g Máx 1,0 Máx 5,0
Cor Branca Levemente creme
Granulação Fina Muito fina
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Outros produtos
Fécula
Base da tapioca e polvilho
Biscoitos, beijus
Culinária geral
Escolha do tipo
Em todo país, depende da região = cultural
Região amazônica: Farinha e tucupi (líquido da massa da
mandioca ralada)
Minas: produção de amido (polvilho, pão de queijo)
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