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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS.............................................................................................. 11
CAPÍTULO 1
PREPARO DO SOLO E PLANTIO DE GRÃOS............................................................................... 15
CAPÍTULO 2
CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS GRÃOS................................................................... 19
CAPÍTULO 3
A QUÍMICA DOS GRÃOS......................................................................................................... 30
UNIDADE II
BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS............................................................................................................. 39
CAPÍTULO 1
RECEPÇÃO, AMOSTRAGEM E LIMPEZA DOS GRÃOS ............................................................... 40
CAPÍTULO 2
SECAGEM, SEPARAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO............................................................................. 42
CAPÍTULO 3
TRATAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE GRÃOS (AERAÇÃO E TRANSILAGEM)................................ 51
UNIDADE III
PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS.................................................................................... 56
CAPÍTULO 1
BOAS PRÁTICAS DURANTE O ARMAZENAMENTO....................................................................... 56
CAPÍTULO 2
CONTROLE DE MICRO-ORGANISMOS E PRAGAS..................................................................... 61
CAPÍTULO 3
NÍVEIS DE ARMAZENAMENTOS DE GRÃOS................................................................................ 68
CAPÍTULO 4
UNIDADES, SISTEMAS E TIPOS DE ARMAZENAMENTO................................................................. 72
UNIDADE IV
INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS........................................................................................................... 79
CAPÍTULO 1
PROCESSAMENTO DE GRÃOS E LEGUMINOSAS (MILHO, FEIJÃO, SOJA E AMENDOIM).............. 81
CAPÍTULO 2
CONSERVAÇÃO DOS GRÃOS INDUSTRIALIZADOS.................................................................... 92
CAPÍTULO 3
IMPORTÂNCIA DAS EMBALAGENS PARA A VIDA ÚTIL DOS GRÃOS............................................. 96
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 100
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Sem plantas, não haveria vida humana ou animal em nosso planeta. De todos
os grupos de plantas, as fanerógamas, angiospermas que produzem flores,
constituem quase todas as espécies utilizadas na alimentação da humanidade.
Dentre esse grupo, os grãos são umas das mais importantes. Desde os primeiros
coletores de sementes até o presente, os grãos têm sido fundamentais à
manutenção da vida. Estes alimentos são os fornecedores mais importantes de
energia da dieta há mais de 24 séculos e continuarão sendo a principal fonte
de alimento para a humanidade nos próximos anos. A maioria das culturas está
fortemente relacionada ao plantio e ao uso de grãos, por exemplo, o arroz tem sido
o principal alimento das civilizações asiáticas, enquanto o sorgo e o milho são os
alimentos básicos para as pessoas na África e na Índia. Na Europa, as sociedades
mais antigas e modernas tradicionalmente dependiam do trigo, centeio e cevada.
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Técnicas de datação utilizando carbono radioativo identificaram o Crescente
Fértil, localizado no sudoeste da Ásia (Oriente Próximo), atualmente composto
pela Turquia, Iraque, Irã, Síria e Turquemenistão, local da produção inicial de
cereais. As primeiras cevadas e trigos cultivados foram plantados nessa área.
A partir dessa região, os cereais e as tecnologias agrícolas primitivas mudaram
para leste e oeste, para Europa, Ásia e sul da África. Os cereais chegaram
à Grécia, Chipre e Vale do Indo através do Irã, em 6500 AC, ao Egito logo
após, 6000 AC, à Europa Central, em 5400 AC, ao sul da Espanha, por volta
de 5200 AC, e à Grã-Bretanha, por volta de 3500 AC (SERNA-SANDIVA,
2010). Independentemente da região ou civilização, o plantio e a colheita dos
diferentes gêneros e espécies de cereais rapidamente se tornaram a chave para
o desenvolvimento, a sofisticação e o conhecimento, e o principal catalisador do
crescimento e bem-estar da população. Os cereais se tornaram tão valiosos que
quase todas as religiões tinham um deus ou deusa específica, que poderiam ser
invocados para garantir a colheita de grãos.
Cereais como trigo, arroz, milho, aveia, cevada e sorgo são plantados na maior
parte das terras aráveis do mundo e constituem os principais alimentos e fontes
de carboidratos e proteínas que sustentam a população mundial, especialmente os
habitantes dos países em desenvolvimento. Há uma necessidade vital de continuar
fornecendo cereais para a crescente população mundial. O ser humano médio
dependerá dessas culturas nos próximos anos. Estimativas sugerem fortemente
que a produção de grãos terá que aumentar da atual produção de 2,4 bilhões de
toneladas para mais de 3,5 bilhões de toneladas, até o ano 2030. O desafio que
temos pela frente é enorme, devido a mudanças demográficas, falta de recursos
econômicos e o impacto sobre os recursos naturais da época, especialmente nos
países em desenvolvimento.
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O elevado nível de sofisticação das operações agrícolas vem definindo uma nova
realidade de trabalho para o Brasil e para o mundo. Estas novas abordagens
são constituídas por carreiras e oportunidades profissionais inéditas, em todas
as cadeias produtivas. Uma grande quantidade de profissionais extremamente
competentes, indo do laboratório de pesquisa até o ponto final de venda, devem
continuar contribuindo com seus melhores esforços para a manutenção do
bem-estar da população mundial.
Objetivos
Este material tem como objetivo:
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INTRODUÇÃO À
PRODUÇÃO DE UNIDADE I
GRÃOS
A previsão para a produção global de cevada, em 2020, foi reduzida em 1,2 milhões
de toneladas, impulsionada por perspectivas de menor rendimento na UE, e agora
está em 154,2 milhões de toneladas. Em contraste, a produção mundial de sorgo
deve chegar a quase 60 milhões de toneladas, 6% a mais que no ano anterior, após o
aumento das previsões para a Índia, México e EUA.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
A produção global de trigo foi reduzida em 1,4 milhão de toneladas, desde julho,
o que coloca a produção deste ano em 760,1 milhões de toneladas, ligeiramente
abaixo do bom resultado de 2019. A queda recente se deve, principalmente, aos
cortes nas previsões de produção na Argentina, na UE e no EUA, em 1,3 milhão,
4,0 milhões e 1,1 milhão de toneladas, respectivamente, o que superou as revisões
em alta para o Brasil, o Canadá, a Federação Russa e a Ucrânia. Os pequenos
aumentos nas previsões da produção de arroz, em relação aos dados de julho,
na Colômbia, Filipinas e EUA, compensaram as expectativas mais pessimistas
de produção na República Democrática Popular do Laos e no Vietnã. Como
resultado, a produção global de arroz, em 2020, ainda está projetada em um
recorde histórico de 509 milhões de toneladas (base beneficiada), um aumento
de 1,7 por cento em relação ao nível reduzido de 2019.
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
A revisão para baixo dos estoques globais de cereais deste mês e a elevação da
previsão de utilização mundial de cereais resultaram na queda da proporção de
estoques/consumo mundiais de cereais de 2020/21 para 31,8%, ligeiramente abaixo
dos dados de julho e o menor em quatro anos, mas ainda relativamente alto em
uma perspectiva histórica. A maior parte do ajuste para baixo dos estoques globais
é o resultado de uma redução esperada de 24,0 milhões de toneladas nos estoques
de milho nos EUA, desencadeada por perspectivas de produção reduzidas desde
o relatório anterior, em julho. Este corte nos estoques de milho reduz a previsão
de estoques globais totais de grãos para 432,1 milhões de toneladas, uma queda
de 30,9 milhões de toneladas desde julho, mas ainda 10,8 milhões de toneladas
(2,6%) acima de seus níveis iniciais.
Apesar de uma ligeira revisão para baixo (em 1,6 milhões de toneladas), os
estoques globais de trigo, no final da safra de 2021, também estão previstos
para aumentar 5,7 milhões de toneladas (2,0%) acima de seus níveis iniciais e
chegar a 282,2 milhões de toneladas, o segundo maior patamar já registrado. No
entanto, a maior parte do aumento previsto decorre de um aumento esperado
de 11,0 milhões de toneladas nos estoques de trigo da China, na temporada
anterior.
13
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
14
CAPÍTULO 1
Preparo do solo e plantio de grãos
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
Por outro lado, a técnica do cultivo mínimo promove uma mobilização do solo
extremamente reduzida. Esta diminuição do preparo não está relacionada
à redução da profundidade de trabalho no solo, mas sim ao número total de
operações realizadas, que são fundamentais para o estabelecimento das culturas.
Esta técnica tem como princípio básico a remoção mínima da cobertura do solo,
mantendo-se a maior parte desta cobertura, com o objetivo de se obter o plantio,
a germinação, o crescimento e a produção de forma satisfatória. Entretanto,
deve-se levar em consideração os níveis de água no solo e, principalmente, a
profundidade para o seu preparo (CAMARGO; ALLEONI, 1997).
Para ilustrar melhor esta metodologia, com a manutenção de, no mínimo, 30%
de cobertura da superfície do solo já ocorre uma elevada redução dos níveis de
evaporação de água, aliada a um aumento dos níveis de infiltração de água no solo.
Isso permite, imediatamente, uma maior disponibilidade de água, o que certamente
irá influenciar o aumento da produtividade nesta área de plantio. É importante
ressaltar que o processo de evaporação é o principal modo de perda de água do
solo durante o período que se estende entre a semeadura e a total cobertura do solo
pela cultura (SALTON; MIELNICZUK, 1995). Assim, a adoção da técnica de cultivo
mínimo permite uma redução dos efeitos negativos de algumas operações. Nas
abordagens mais drásticas, pode ocorrer a redução drástica, ou mesmo a eliminação
de uso de tratores no solo cultivado (BENEZ, 1972).
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
Além disso, o plantio direto tem muitos outros benefícios, por exemplo a
diminuição de perdas do solo e água por erosão, minimização de perdas de água
pelo processo de evaporação, baixa incidência de plantas daninhas e uma drástica
diminuição dos custos, pois ocorre uma redução dos custos de manutenção
nos equipamentos agrícolas, da demanda de mão de obra e do consumo de
combustíveis fósseis, aliado à preservação da estrutura e da fertilidade do solo.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
18
CAPÍTULO 2
Caracterização e propriedades dos
grãos
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
Todas as espécies de grãos são plantas com flores, classificadas como angiospermas,
que se reproduzem sexualmente com os órgãos masculino e feminino, localizados
nas flores, embora as flores possam ser discretas, em comparação com as de
outras plantas. Os grãos podem ser angiospermas monocotiledôneas (trigo,
milho, arroz, ente outros) ou dicotiledôneas (feijão, soja, café, entre outros) e
são constituídos basicamente pelo tegumento e pelo embrião (cotilédones e eixo
embrionário), além de um terceiro componente, denominado de endosperma,
podendo este ser ausente algumas vezes. Do ponto de vista funcional, as sementes
são constituídas por um tegumento (cobertura protetora), pelo eixo embrionário
(tecido meristemático) e um tecido de reserva constituído por endosperma,
cotilédones e, em alguns casos, pelo perisperma.
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
As sementes, em geral, são protegidas por uma fruta circundante, mas, no caso dos
cereais, o fruto é reduzido a um tecido externo fino (farelo) aderente à semente.
Os cereais são diferenciados taxonomicamente, por serem monocotiledôneas,
distintas das espécies de grãos dicotiledôneas, como leguminosas, pseudo-cereais
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
22
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
Trigo comum
Para a identificação de grãos de trigo, a dureza do grão é valiosa em fornecer
distinção, além de ser um atributo importante para a qualidade do comércio e do
processamento. A dureza do grão é julgada pela facilidade de cortar um grão com
uma lâmina afiada ou mordê-lo. A experiência em julgar a dureza dos grãos pela
mordida é uma habilidade adquirida, essencial para um criador nos primeiros
dias da criação de trigo. Muitas variedades são duras ou moles, mas pode haver
algumas durezas intermediárias.
A dureza do grão está relacionada à sua aparência geral, julgada como textura do
grão (vitreosidade); grãos macios geralmente parecem esbranquiçados, devido a um
endosperma opaco (branco; claramente visível cortando o grão ao meio), enquanto
grãos duros parecem vítreos (endosperma com tesão ou translúcido). Tanto a dureza
quanto a textura podem ser afetadas por variações sazonais, principalmente pela
chuva na colheita.
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
Os grãos de trigo são arredondados no lado dorsal, com uma prega longitudinal,
que percorre todo o comprimento do lado ventral. Observe a vista ventral do grão,
no canto superior direito de cada variedade. O embrião está localizado no lado
dorsal, no final do grão que está preso à cabeça. Na extremidade oposta do grão (a
extremidade apical) está um tufo de pelos, conhecido como ‘escova’.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
Trigo duro
Os grãos de trigo duro são geralmente maiores que os do trigo comum. O grão
duro é muito duro e é tradicionalmente vítreo. No comércio, sua cor é dada como
“âmbar”. Além disso, o comprimento das estruturas que compõem a escova é
geralmente curto. Exemplos de grãos de trigo duro são mostrados na Figura 3.
Uma característica que distingue os grãos de trigo duro é a forma da base do
grão (lado ventral, vista de lado), que geralmente é reta ou mesmo distintamente
curvada. O bico da glume. nas variedades de trigo duro. são alongadas.
Triticale
Cevada
Devemos deixar claro que a cevada em si é distinta do trigo por ter seu lema e pálea
fundidos ao grão após a colheita. Como resultado, existem várias outras distinções
valiosas disponíveis para identificar a variedade do grão de cevada, por exemplo: o
comprimento e a pilosidade da raquilha, a cor da camada de aleurona, a forma da
casca do lema no ponto de fixação para a raquis (eixo da inflorescência). A cor da
camada de aleurona pode ser mais claramente vista após a abrasão das camadas
externas da casca.
Figura 4. Diferenças morfológicas entre as cevadas de duas fileiras (A) e de seis fileiras (B).
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
Aveia
Arroz
Existe o famoso ditado de que ‘o arroz deve ter uma boa aparência e bom gosto’.
Esse ditado se aplica principalmente ao grão polido, após a remoção das camadas
de casca e farelo; esta é a forma em que a maior parte do arroz é vendida. Nesta
forma, é imediatamente evidente se há grãos calcários (com manchas opacas) ou
se há quebra do sol (fraturas parciais no grão). A extensão de grãos quebrados
também é evidente. As dimensões e as proporções comprimento-largura variam
consideravelmente. A avaliação das dimensões dos grãos varia de acordo com
os vários mercados: arroz basmati, geralmente longo e fino, em contraste com o
grão japonês, mais curto.
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 3
A química dos grãos
Esses recursos armazenados são a grande atração para muitos predadores (insetos,
animais, micro-organismos ou mesmo a humanidade), que desejam tirar proveito
do mecanismo da planta de perpetuar suas espécies. Portanto, não é surpreendente
descobrir que a variedade de nutrientes fornecidos pelos grãos cobre a maioria
dos requisitos da humanidade, bem como dos animais, que recorrem aos grãos
para sua nutrição. No entanto, existem algumas exceções, a saber, os grãos são
deficientes em algumas vitaminas e suas proteínas não fornecem um equilíbrio
completo de aminoácidos, sendo levemente deficientes em alguns aminoácidos
essenciais, particularmente lisina e, em menor grau, triptofano.
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
Nas últimas décadas, houve o reconhecimento de que os trigos que não possuem
um dos genes para a síntese de amido (o gene 4A, Wx-B1), por isso produzem
amido com propriedades adequadas à produção de macarrão porque o amido
possui maior poder de intumescimento (Seib, 2000). É importante ressaltar que
além de seus atributos nutricionais, o amido desempenha um papel fundamental
nas propriedades funcionais e no processamento de cereais. O amido possui
propriedades contrastantes se estiver em seus estágios nativo, gelatinizado
ou retrógrado. A maior parte do processamento de alimentos é direcionada à
gelatinização parcial ou total do amido, porque o amido tratado termicamente
se transforma em moléculas com alta afinidade pela água, que produz massas
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
É importante ressaltar que aproximadamente 80% das proteínas dos cereais são
consideradas reserva ou armazenamento. Na maioria dos cereais, a fração proteica
mais abundante é a prolamina. Essas proteínas de reserva são sintetizadas nos
protoplastídeos, durante o desenvolvimento dos grãos. As condições ambientais
e a fertilidade do solo afetam a quantidade de prolaminas. Em geral, um alto
nível de fertilização com nitrogênio aumenta a quantidade de prolaminas que
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
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INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE GRÃOS
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BENEFICIAMENTO UNIDADE II
DOS GRÃOS
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CAPÍTULO 1
Recepção, amostragem e limpeza dos
grãos
Figura 5. Representação esquemática dos procedimentos para a amostragem de grãos: (A) pontos de
amostragem no veículo para coletar amostras; (B) diferentes dispositivos utilizados para amostragem.
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CAPÍTULO 2
Secagem, separação e classificação
Alguns grãos de cereais, como o arroz em casca, são colhidos com alto teor de
umidade e, portanto, precisam de secagem artificial antes do armazenamento.
O valor desses grãos é geralmente mais baixo devido ao excesso de umidade
e à energia necessária para a secagem. A quantidade de peso perdida durante a
operação de secagem é conhecida como contração. Por exemplo, 1 tonelada de arroz
em casca, colhido a 24% de umidade, que requer secagem a 14% de umidade, tem
um encolhimento de 11,6%. O objetivo da secagem é reduzir o teor de umidade dos
grãos para níveis adequados para armazenamento (geralmente 14% para cereais),
manter a viabilidade dos grãos e reduzir, ao mínimo, os danos físicos dos grãos,
como fissuras por estresse. Isso é especialmente importante para o arroz em casca,
que geralmente é colhido com um teor de umidade acima de 22%. Temperaturas
de secagem de até 45° C são geralmente seguras, embora temperaturas mais altas
possam ser usadas para cereais destinados à alimentação. A secagem do arroz em
casca é mais elaborada do que outros cereais, devido à sua alta suscetibilidade a
rachaduras por estresse ou fissuras (Bakker-Arkema et al. 1977, Champagne 2004).
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BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE II
Nos secadores de batelada, o grão é colocado dentro de uma grande caixa rasa
de secagem, com uma base perfurada, onde o ar aquecido é forçado a subir
pelo leito de grãos e descarregado na atmosfera. Para os fluxos e pressões de ar
gerados por ventiladores típicos, a profundidade do grão é geralmente de 15 a
50 cm. Os secadores contínuos são os mais comuns porque são adequados para
grandes instalações. Eles geralmente operam em temperaturas mais altas do
que os secadores de lotes, para diminuir o tempo de desidratação. Os secadores
contínuos mais populares são os secadores de caçamba de fluxo contínuo e
secadores de coluna. Nos secadores de contra fluxo, o ar quente entra na parte
mais seca da cama e sai da parte mais úmida, enquanto nos secadores de fluxo
simultâneos o ar se move na mesma direção que o grão. O secador de caçamba
de fluxo contínuo é geralmente uma caçamba equipada com piso perfurado,
ventilador, espalhador de grãos e uma broca que transmite o grão existente para
resfriamento e armazenamento. O fluxo de grãos é controlado automaticamente
para evitar a secagem excessiva ou insuficiente. Os secadores de grãos de alta
temperatura geralmente consistem em múltiplos colunas verticais que retêm o
grão enquanto o ar aquecido é forçado através do leito de grão. O fluxo de ar varia
de 80 a 100 mt3, por tonelada, por minuto, com temperaturas de secagem que,
em alguns casos, chegam a 80° C. Nos secadores de fluxo simultâneos, o ar e o
grão fluem para baixo através da coluna. O ar mais quente desidrata a grão mais
úmido. A maioria dos secadores contínuos é posicionada verticalmente, embora
existam equipamentos horizontais no mercado (BAKKER-ARKEMA et al. 1977,
SAUER 1992).
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UNIDADE II │ BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS
A limpeza completa dos grãos é feita por aspiração de ar, em que peneiras reduzem
drasticamente a quantidade de material estranho, garantindo, aos processadores,
a melhor estabilidade possível dos grãos durante o armazenamento. Outros aparelhos
de limpeza raramente usados por elevadores de grãos, mas frequentemente usados
pelas indústrias de moagem, incluem separadores de disco e classificadores de
cores. Alguns aparelhos amplamente utilizados no processo de limpeza dos grãos
são descritos logo abaixo.
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BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE II
Separadores por gravidade: Estes aparelhos são utilizados para remover pedras,
vidro e metais não magnéticos que têm o mesmo tamanho de grão, mas que possuem
densidade diferente. Essas máquinas geralmente contêm apenas uma peneira,
posicionada em ângulos inclinados nos dois eixos. A tabela de gravidade trabalha
sob vibração de alta intensidade, que melhora a separação de partículas com base
na densidade. A maioria dos separadores de gravidade é usada para remover
seletivamente pedras. Outro uso importante é classificar os grãos danificados por
insetos e mofo, que têm densidade mais baixa em comparação aos grãos sólidos.
Separadores de gravidade são efetivamente usados para diminuir micotoxinas
e fragmentos de insetos em grãos, principalmente no milho. Um exemplo de
separadores por gravidade pode ser observado na Figura 7.
45
UNIDADE II │ BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS
46
BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE II
pode ser ajustado à cor do material que flui. Núcleos pouco coloridos refletem a
luz, que é detectada pela fotocélula de maneira diferente, causando uma explosão
automática de jato de ar comprimido, que remove os núcleos defeituosos (Posner;
Hibbs, 2005). Os classificadores de cores são muito caros e normalmente são
usados apenas em fábricas de grande capacidade e indústrias de alimentos. Um
modelo esquemático de um separador por cores pode ser observado na Figura 9.
Fundo de
contraste
Bocal do ejetor de ar
Semente
Fotocélulas
Existem vários fatores que afetam o valor comercial do grão e sua estabilidade
durante o armazenamento. Os grãos de cereais são inspecionados antes do
descarregamento, durante o armazenamento e no momento em que saem das
instalações de armazenamento, com o objetivo de determinar a qualidade e o valor
comercial, e estabelecer práticas de gerenciamento durante o armazenamento.
Nos EUA e em outros países exportadores, o grão é classificado e sub-classificado
para determinar o grau e a classe. Após a amostragem, a maioria dos lotes de
grãos é inspecionada e classificada por inspetores licenciados ou por funcionários
experientes. Esta operação é realizada especialmente para fins de exportação, a
fim de evitar controvérsias comerciais. Os principais fatores de classificação são:
umidade dos grãos, peso do teste, danos causados pelo calor e outros tipos de
danos. A classificação é extremamente importante para fins comerciais e para
tomar outras decisões importantes antecipadamente, como a necessidade de
secagem artificial, pré-limpeza de grãos e mistura com outros lotes de grãos.
Portanto, os grãos impuros recebidos são separados em, pelo menos, três
fluxos diferentes (contaminantes grandes, grãos limpos ou classificados e
contaminantes pequenos). A maioria das peneiras contém ímãs para prender
metais e algumas possuem um sistema de aspiração de ar integrado. Alguns
elevadores de grãos também usam tabelas de gravidade para remover pedras
e grãos danificados. Essas tabelas contêm apenas uma peneira inclinada,
posicionada em um determinado ângulo, e operam sob alta vibração. O grão
que chega, geralmente de peneiras ou separadores de moagem, flui através
dessa peneira e é separado de acordo com a densidade. Este sistema de limpeza
é ideal para remover pedras com o mesmo tamanho e forma do núcleo. Como
alternativa, as tabelas de gravidade são usadas para classificar os grãos
danificados (insetos e mofo) com menor densidade. Estas máquinas de limpeza
foram usadas com sucesso para reduzir as aflatoxinas no milho.
49
UNIDADE II │ BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS
50
CAPÍTULO 3
Tratamentos e conservação de grãos
(aeração e transilagem)
51
UNIDADE II │ BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS
52
BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE II
53
UNIDADE II │ BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS
54
BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE II
55
PRINCÍPIOS DE
ARMAZENAMENTO UNIDADE III
DOS GRÃOS
CAPÍTULO 1
Boas práticas durante o
armazenamento
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PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
A maioria dos grãos de cereal deve ser armazenada porque é colhida em épocas
específicas do ano e é utilizada gradualmente pelos diversos segmentos da
indústria. Geralmente, os grãos importados também são armazenados por períodos
significativos, porque normalmente são adquiridos em grandes quantidades,
a fim de manter baixos custos e grandes estoques. Sistemas adequadamente
projetados e gerenciados para preservar os cereais colhidos devem ter como
objetivo fornecer alimentos saudáveis, livres de danos causados por insetos,
mofo, micotoxinas, pesticidas, fragmentos de insetos e sujeira de roedores. O
objetivo final é gerenciar os grãos armazenados com sabedoria, com o mínimo de
perda, mantendo a qualidade nutricional.
57
UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
Para reduzir ao máximo este tipo de perda, é necessário que sejam adotadas
boas práticas de armazenamento de grãos (BPAG). Este conjunto de medidas
pode ser aplicado em qualquer escala de produção agrícola, independentemente
do tamanho da produção, com o intuito de assegurar a qualidade dos grãos,
bem como a saúde e bem-estar de todos envolvidos nessa cadeia (dos
trabalhadores rurais aos consumidores) (PIMENTEL et al., 2011). A chave para
o armazenamento adequado dos grãos é o controle da umidade. Teoricamente,
o controle da umidade é fácil, mas, em termos reais, é uma tarefa complicada,
porque o grão precisa ser protegido das chuvas e pode absorver a umidade do ar
circundante. Em termos práticos, o primeiro pode ser evitado projetando boas
instalações, enquanto o segundo é mais difícil de controlar. A umidade dos grãos
é controlada pela rotação, aeração e, em casos extremos, secagem artificial.
Existem muitos projetos diferentes de instalações de armazenamento de grãos.
O tipo de projeto é afetado pelo volume de grãos, fundos disponíveis, condições
ambientais médias, exigências de mão de obra e localização. Os grãos podem ser
armazenados por longos períodos de tempo, desde que a umidade seja mantida
abaixo do teor crítico e que insetos, fungos e pragas sejam controlados. De fato,
grãos viáveis com centenas de anos foram encontrados em cavernas e sítios
arqueológicos.
Cereais, como qualquer outro organismo vivo, são propensos a decair com o tempo.
O prolongamento de sua vida útil e qualidade de armazenamento requerem uma
compreensão do processo de deterioração e de seus múltiplos fatores causais.
A chave para manter o grão em ótimas condições é o controle do seu teor de
umidade. Quando a umidade do grão excede o nível permitido, ativa ou perde a
latência, devido à respiração. Os cereais armazenados têm latência, respiração
ou taxa metabólica praticamente inexistentes quando mantidos sob seu conteúdo
58
PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
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CAPÍTULO 2
Controle de micro-organismos e pragas
Desde o início da agricultura, os agricultores tiveram que competir com pragas por
produtos cultivados para consumo humano. Insetos, fungos, roedores e até pássaros
são os principais organismos que danificam os grãos armazenados e produtos
relacionados. Além de perdas diretas, esses agentes bióticos causam danos indiretos,
pois deixam importantes contaminantes, como fezes, urina, cabelos, partes do corpo
ou exoesqueletos, causando desodorizantes. Mais importante, os bolores são uma
fonte potencial de metabólitos secundários ou micotoxinas, que podem prejudicar e
até causar a morte de humanos e animais.
Existem mais de seis milhões de espécies de insetos, mas os cereais são o substrato
para aproximadamente 300. No entanto, apenas 20 a 30 deles são relevantes
para os grãos armazenados. Os ambientes temperados/frios inibem a atividade
das espécies, enquanto as áreas tropicais e subtropicais são o habitat preferido
para essas espécies. As zonas tropicais possuem todos os elementos essenciais
para a sobrevivência e proliferação: alimentos, condições favoráveis de umidade
relativa e temperaturas quentes e adequadas ao longo do ano (GARCIA-LARA
et al., 2007). A maioria dos insetos tem capacidade de hibernar e causar danos
importantes durante as estações que favorecem sua biologia. Os insetos são a
principal causa de perda de grãos no mundo. Além das perdas diretas, os insetos
contaminam grãos e produtos processados com material fecal, ácido úrico,
material semelhante a teia e fragmentos corporais. Alguns tipos também têm
a capacidade de atacar e danificar os materiais de embalagem e a estrutura dos
elevadores de grãos (GARCIA-LARA et al. 2007, SAUER 1992).
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UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
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PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
Figura 12. Besourinho-do-fumo (Lasioderma serricorne) responsável por perdas dos grãos de soja durante o
armazenamento.
Figura 13. Ephestia kuehniella larva (a) e adulto (b). Praga secundária responsável por infestar principalmente
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UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
A umidade e a temperatura dos grãos são os fatores mais importantes que afetam
o crescimento e o desenvolvimento dos insetos. Um alto teor de umidade dos
grãos e condições adequadas de temperatura favorecem um rápido crescimento
na população de insetos. Em termos gerais, 1,5% de umidade acima do teor crítico
de umidade dos grãos de cereais favorece a reprodução e resulta em importantes
perdas se os insetos não forem controlados. Os gorgulhos de celeiro, milho e
arroz são incapazes de se reproduzir quando os grãos contêm menos de 9% de
umidade. A temperatura afeta o desenvolvimento e a reprodução dos insetos.
A maioria dos insetos não se reproduz a temperaturas inferiores a 12°C ou
superiores a 34°C. A temperatura ideal para a reprodução é de cerca de 26°C.
Após os insetos, os fungos são os agentes bióticos mais importantes que afetam
o armazenamento dos grãos. Grãos geralmente vêm contaminados do campo.
Os bolores reduzem a viabilidade das sementes, a qualidade e a funcionalidade
dos grãos e, portanto, seu valor econômico. Os fungos também causam danos
primários e secundários. O primeiro é devido a potente atividade das enzimas
lipolíticas, amilolíticas e proteolíticas, que degradam os nutrientes armazenados;
e o segundo é devido a micotoxinas e mudanças na qualidade dos grãos (cores,
odores e sabores). Em termos gerais, os fungos são divididos em bolores de campo
e de armazenamento. O primeiro geralmente requer maior umidade e atividade de
água dos grãos, em comparação com os moldes de armazenamento. O gênero mais
importante e relevante de bolores de armazenamento é o Fusarium, Aspergillus e
(SAUER, 1992).
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PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
Existem vários tipos de aflatoxinas, a mais importante e tóxica nos grãos é a B1.
Outros metabólitos importantes são B2, G1, G2, M1 e M2. As aflatoxinas B e G
podem estar presentes em grãos contaminados, enquanto M1 e M2 são contrapartes
no leite produzido por animais lactantes ou mulheres que consumiram grãos ou
produtos contaminados por micotoxinas. Estes são derivados das aflatoxinas
B1 e B2, respectivamente. Esses metabólitos são de grande importância, pois
causam toxicidade em concentrações muito baixas (10 ppb). As aflatoxinas mais
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UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
comuns nos grãos de cereais são B1 e B2, produzidas por Aspergillus flavus.
Às vezes, as aflatoxinas G1 e G2 são encontradas em milho infestado por A.
parasiticus. Entretanto, devemos ressaltar que a presença de fungos não indica,
necessariamente, a existência de toxinas. Por exemplo, A. flavus não produz
aflatoxinas quando crescem a temperaturas relativamente baixas. A probabilidade
de produção de toxinas aumenta quando o bolor é estressado devido à falta de água
e a altas temperaturas ambientes (SAUER, 1992).
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PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
Por outro lado, existem três maneiras básicas de controlar roedores: uso de
armadilhas, aplicação de rodenticidas ou iscas venenosas e fumigação. As
armadilhas são comumente usadas, porque o uso de rodenticidas venenosos é
evitado. Eles podem dar uma indicação do grau de infestação e evitam a formação
de ofensores putrefativos de cadáveres mortos. É importante ressaltar que o uso
de rodenticidas é perigoso, pois, se consumidos por outros mamíferos, incluindo
predadores naturais e humanos, eles podem causar a morte. A fim de minimizar
acidentes, esses rodenticidas devem ser colocados dentro de caixas projetadas para
permitir apenas a entrada de ratos e claramente marcadas para indicar que eles
abrigam venenos perigosos. Dois tipos básicos de rodenticidas estão disponíveis
para uso no armazenamento de grãos. Eles são tóxicos agudos e venenos
crônicos. Os tóxicos agudos são projetados para a limpeza inicial de infestações
bem estabelecidas, enquanto os tóxicos crônicos, mais conhecidos como iscas
de anticoagulantes, têm sido a base para a maioria dos programas de controle
e prevenção de roedores. Existe, também, a possibilidade do uso de fumigantes
tóxicos, que é a maneira mais eficiente de controlar roedores, especialmente
em locais onde as populações estão fora de controle e as outras práticas de
controle não são eficazes. Para ter sucesso, especialistas com roupas e proteção
adequadas devem aplicar o fumigante em instalações hermeticamente fechadas.
Os fumigantes agudos mais populares são as diferentes formas de fosfeto (zinco,
alumínio, magnésio). Eles liberam gás fosfina tóxico, que produz mortalidade
dentro de 4 a 6 horas após a exposição. Outros fumigantes importantes são cianeto
de hidrogênio, cianeto de cálcio e brometo de metila. Os últimos fumigantes são
comuns e amplamente utilizados para eliminar insetos de grãos.
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CAPÍTULO 3
Níveis de armazenamentos de grãos
Sabemos que um país que não apresenta uma rede de armazenamento estruturada,
certamente não possuirá uma política de abastecimento adequada às suas
necessidades. E, na ausência de uma política de abastecimento satisfatória, não
será possível o realizar o controle dos preços dos produtos agrícolas. Assim, para
assegurar o sucesso de uma cadeia produtiva no agronegócio, devemos privilegiar
seus principais componentes, produção, armazenamento, agroindustrialização e
distribuição, que influenciam diretamente o preço dos produtos agrícolas.
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UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
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PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
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CAPÍTULO 4
Unidades, sistemas e tipos de
armazenamento
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PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
Nas unidades para armazenamento a granel, os grãos ficam estocados com ausência
de embalagens. Assim, estas unidades são constituídas por silos e armazéns
granaleiros, ou mesmo granelizados, em sistemas semi-herméticos, permitindo
que os grãos já secos sejam submetidos a processes de ventilação forçada de ar, por
meio de ventiladores ou dos processos de aeração por transilagem (movimentação
total dos grãos de uma unidade para outras) ou intra-silagem (movimentação
parcial dos grãos no interior da mesma unidade). As unidades que apresentam
este sistema de armazenamento possuem maior facilidade para a realização da
automação operacional em comparação às unidades convencionais, sendo mais
adequadas para atividades que necessitem de ventilação forçada ou aeração.
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PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
Figura 15. Exemplo de uma bateria de silos construídos com chapas metálicas.
Essa redução pode ser obtida espontaneamente, por meio do processo respiratório
dos grãos e organismos existentes, ou realizada de forma forçada, pelo uso do gás
nitrogênio ou gás carbônico, com a supressão de oxigênio, por exaustão do ar,
ou com a queima de velas, algodão ou outro material, no interior do recipiente, o
que reduz o oxigênio e acumula gás carbônico. Em alguns casos, ocorre a adição
de ácidos orgânicos de cadeia carbônica curta aos grãos ou estes são mantidos
em uma atmosfera modificada, através da redução de parte do oxigênio (queima
de chumaço de algodão embebido em álcool ou de uma vela). Estas medidas
são adotadas com o intuito de conservar bem os grãos por períodos de até dois
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UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
Além disso, devemos ressaltar que pequenas quantidades de grãos podem ser
armazenadas em tonéis, galões ou mesmo caixas, com a presença de produtos
abrasivos e higroscópicos, como areia fina lavada e seca ou até cinza peneirada e
seca. De uma forma simples, pode-se acomodar, sucessivamente, camadas com 4 a
5 cm de feijão seco, até valores próximos a 14%, e de areia ou cinza (1 a 2 cm), até o
limite, e fechar o recipiente.
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PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ PRINCÍPIOS DE ARMAZENAMENTO DOS GRÃOS
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INDUSTRIALIZAÇÃO UNIDADE IV
DOS GRÃOS
O futuro dos grãos está em grande parte nas mãos dos consumidores, que votam
com seu poder de compra e influenciam os outros com suas indicações. Essas
contribuições para as tendências gerais são complementadas pelas inovações
de cientistas e tecnólogos, que contribuem com possibilidades e realidades que
podem ser transformadas em novos produtos para os consumidores adotarem ou
rejeitarem. A qualidade e aceitabilidade dos produtos à base de grãos que chegam
ao consumidor são determinadas pela avaliação e gerenciamento da qualidade
em toda a cadeia de grãos. As melhorias nesses processos de determinação
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UNIDADE IV │ INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS
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CAPÍTULO 1
Processamento de grãos e leguminosas
(milho, feijão, soja e amendoim)
O milho (Zea mays) é um cereal extremamente versátil. Ele apresenta uma grande
variedade de utilização, que vai desde o seu consumo direto, sob a forma de milho
verde, até a sua comercialização pelos produtores e obtenção de subprodutos
utilizados por inúmeras indústrias das mais diversas áreas, como combustíveis,
química, bebidas e farmacêutica. O milho é uma excelente fonte de biomoléculas.
Em relação à sua constituição bioquímica geral, o grão de milho é formado por 61%
de amido, cerca de 16% de umidade, 9% de proteínas, 5,3% de pentosanas, 3,8%
de óleos, 2% de fibras e 1,6% de açúcares. De acordo com a Associação Brasileira
das Indústrias do Milho (Abimilho), a quantidade destinada para a alimentação
humana gira em torno de 15% do total de milho produzido no Brasil. Em 2013, o
consumo de milho era cerca de 2,2 milhões de toneladas, na indústria de moagem
a seco; 2,4 milhões de toneladas, na indústria de moagem úmida; e 1,02 milhão de
toneladas, para o consumo humano in natura.
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UNIDADE IV │ INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
Para que o amido seja convertido em xarope, ele deve, inicialmente, ser suspenso
em água e liquefeito, na presença de ácido ou mesmo da enzima α-amilase,
convertendo-o em uma solução com baixo teor de dextrose. Em seguida, ocorre
a adição da enzima glicoamilase, que prossegue com o processo de conversão
do amido. Após esta etapa, o material é transferido para refinadores, onde são
obtidas as misturas contendo as proporções corretas de açúcares, como dextrose
e maltose, para atender diferentes finalidades.
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UNIDADE IV │ INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
proteica, uma vez que o cozimento não destrói os taninos, mas remove uma boa
parte durante o seu cozimento. Um fato interessante é que o conteúdo de tanino
muda com a cor do grão. Devemos salientar que a digestibilidade das proteínas
dos feijões é maior nos feijões brancos e menor nos vermelhos. Isso ocorre pois
a digestibilidade é aumentada após o processamento térmico, especialmente pelo
calor úmido.
A soja (Glycine max) teve sua produção difundida no Brasil a partir dos anos,
em virtude da elevação de seu preço no mercado externo e pelo aumento da
demanda por farelo de soja na produção de suínos e aves, bem como o cultivo do
grão entre safras de trigo, na região sul. Atualmente, o Brasil é o segundo maior
produtor soja no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e o principal
comprador de soja do Brasil é a China. Em relação à sua industrialização, a
soja proveniente das regiões produtoras chega às unidades de processamento
industrial por meio de caminhões ou trens. Inicialmente, a carga passa pelo
setor de classificação e, em seguida, ela é encaminhada para a moega, para
descarregarem os grãos.
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UNIDADE IV │ INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS
Após o seu descarregamento, a soja passa pela etapa de pré-limpeza, realizada por
meio de peneiras vibratórias, responsáveis pela separação de uma grande quantidade
de cascas, pó ou outros materiais presentes. Os grãos de soja normalmente
apresentam mais de 12% de umidade. Assim, torna-se necessária uma etapa de
secagem dos grãos antes do armazenamento. Isso ocorre pela exposição dos grãos
de soja a uma corrente de ar quente. Após esta etapa, a soja pode ser armazenada
em silos ou ser processada logo em seguida.
Dentre os solventes, o mais utilizado é o hexano, uma vez que este solvente
dissolve com facilidade o óleo, sem reagir com os outros componentes da matéria
oleaginosa, possui pequena faixa de temperatura de ebulição, é imiscível em
água, impedindo a formação de azeótropos. Por outro lado, o hexano apresenta
algumas desvantagens, como alto custo e alta inflamibilidade. A mistura do
óleo com o hexano promove a formação de micelas, que são destiladas para a
separação do óleo e do solvente. Após essa etapa, o solvente restante do processo
é destinado a um evaporador e o farelo é destinado a um dessolventizador, com o
objetivo de eliminar todo o hexano, sendo posteriormente tostado.
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
Sabemos que a maioria dos óleos destinadas ao consumo humano são submetidos
ao processo de refinação, com o objetivo de melhorar diversas características,
como sua aparência, odor e sabor. Além disso, algumas substâncias também
são removidas, dentre elas substâncias colodais, proteínas, corantes (clorofila,
carotenoide ou xantofila), substâncias voláteis (hidrocarbonetos, álcoois,
aldeídos de baixo peso molecular) e substâncias inorgânicas (sais de cálcio,
fosfatos, silicatos). As principais etapas do processo de refinação do óleo de soja
são: degomagem, neutralização, branqueamento e desodorização.
Figura 18. Modelo de Prensa contínua, sendo: 1 – motor elétrico, 2 – redutor, 3 – entrada da semente
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UNIDADE IV │ INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
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UNIDADE IV │ INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS
O amendoim pode sofrer torrefação. Este processo confere o sabor típico que muitas
pessoas associam ao amendoim. Durante a torrefação, aminoácidos e carboidratos
reagem para produzir derivados de tetra-hidrofurano. A torrefação também seca
ainda mais os amendoins e faz com que fiquem marrons, pois o óleo de amendoim
mancha as paredes das células. Após a torrefação, os amendoins são preparados
para embalagem ou processamento adicional em doces ou manteiga de amendoim.
Existem 2 métodos principais para assar amendoins, a seco e com óleo.
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
Em relação à torrefação a óleo, ela também pode ser realizada em lote ou de forma
contínua. Antes de assar, os amendoins são descascados para remover as peles.
Torrefadores contínuos movem os amendoins em uma esteira rolante, através de
um longo tanque de óleo aquecido. Nos torrefadores contínuos e em lote, o óleo
é aquecido a temperaturas de aproximadamente 140°C, e o tempo de torrefação
varia de 3 a 10 minutos, dependendo das características desejadas e da qualidade
do amendoim. O óleo é constantemente monitorado quanto à qualidade, sendo
necessário realizar etapas de filtragem, neutralização e substituição frequentes,
para manter a qualidade. O óleo de coco é o preferido, mas os óleos como de
amendoim e de semente de algodão são frequentemente usados. O processo de
resfriamento ocorre após a torrefação de óleo, para que seja possível obter uma
torrefação uniforme. O resfriamento é obtido soprando grandes quantidades de ar
sobre os amendoins, tanto em transportadores, quanto em caixas de resfriamento.
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CAPÍTULO 2
Conservação dos grãos industrializados
Em regiões mais úmidas, é desejável ventilação, pois o produto das colheitas deve
apresentar níveis de umidade seguros antes de ser armazenado. A ventilação
pode não fornecer uma redução de umidade rápida o suficiente antes que ocorra
a deterioração pelos bolores. Assim, muitas vezes será necessário realizar outras
operações de secagem adicionais. Claramente, os requisitos de ventilação e exclusão
de insetos não são imediatamente compatíveis. Assim, representam cuidados de
extrema importância para a manutenção da qualidade dos grãos. O armazenamento
de espigas de milho, como antigamente era praticado, não é mais comum nos países
desenvolvidos. A mecanização e a industrialização mudaram essa abordagem de
armazenamento em grande parte do mundo. Atualmente, é praticado por pequenos
produtores, geralmente em países em desenvolvimento. Entretanto, num passado
não muito distante, o milho era geralmente seco, da mesma forma que pequenos
grãos de cereais eram armazenados sem restrições alguma.
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
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UNIDADE IV │ INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS
Pilhas criadas por grãos que caem livremente de um bico central são bastante
uniformes, pois grãos inteiros tendem a rolar do ápice pelas superfícies
inclinadas. O ângulo no qual a pilha de grãos se forma em relação ao plano
horizontal é chamado de ângulo de repouso, formado devido ao atrito entre os
grãos individuais. O ângulo de repouso depende, principalmente, do próprio
grão, bem como do teor de umidade desse grão. No caso do trigo, o ângulo é de
aproximadamente 25 graus; no caso do milho, o ângulo de repouso é um pouco
menor.
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
cada grão repousa sobre vários grãos abaixo dele, e parte do peso é distribuído
lateralmente por atrito grão-grão, até atingir as paredes, o que, em última análise,
suporta a maioria da coluna de grãos. Em todas as estruturas, ocorre alguma
sedimentação, e isso varia de acordo com o tipo de grão e o teor de umidade. O
trigo, por exemplo, é relativamente denso e a sedimentação pode ser de apenas
6% do volume, mas a aveia pode embalar até 28%. A sedimentação é um processo
contínuo, que surge por diversos fatores, por exemplo, o preenchimento dos
espaços de ar entre os grãos. Além disso, a sedimentação depende da geometria
do edifício de armazenamento (isto é, plano versus silo).
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CAPÍTULO 3
Importância das embalagens para a
vida útil dos grãos
Tais necessidades podem variar em relação à qualidade, que pode ser avaliada de
maneira diferente pelos potenciais compradores. Por exemplo, os gerentes das empresas
de armazenamento prestam atenção especial à condição do grão, com o objetivo de
garantir uma conservação boa e duradoura, enquanto os gerentes das indústrias de
processamento enfatizam a avaliação de sua qualidade tecnológica, no que se refere aos
produtos finais que desejam obter, como óleos, farinhas, entre outros. Os comerciantes,
mas principalmente os compradores, consideram, acima de tudo, a aparência, o cheiro
e o sabor dos produtos. De fato, a qualidade dos produtos no momento da venda
depende principalmente de fatores como teor de umidade, adulteração, contaminação
e infestação.
Alto teor de umidade dos grãos implica um risco aumentado de perdas, através do
desenvolvimento de insetos e fungos (bolores) durante o armazenamento, além
de alterar o cheiro, o sabor e a cor do grão, podem tornar os produtos impróprios
para consumo humano ou animal, produzindo toxinas perigosas (micotoxinas).
Além desses aspectos técnicos, fatores econômicos entram no preço dos produtos
que são vendidos úmidos. Assim, o grão úmido, que continua a secar durante o
armazenamento, causa uma perda de peso equivalente a uma perda de dinheiro
nas transações comerciais subsequentes. No momento da venda, portanto, preços
diferenciados devem ser estabelecidos de acordo com o teor de umidade dos
produtos, tanto para reconhecer os esforços dos vendedores ou para incentivá-los a
secar melhor seus produtos, como para garantia a compradores.
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
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UNIDADE IV │ INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS
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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS GRÃOS │ UNIDADE IV
A bolsa de sisal é mais resistente que as outras bolsas de fibra vegetal e agora é pouco
usada, exceto em países que produzem sisal (como México, Brasil e alguns países
africanos). Suas características são comparáveis às dos sacos de juta.
Os sacos de papel são mais vulneráveis e requerem manuseio mais delicado. Eles
oferecem pouca proteção contra umidade e insetos e devem ser armazenados em
boas condições. Eles são usados especialmente para embalar sementes. Quanto
às outras fibras vegetais, cânhamo e linho, elas praticamente não são mais usadas
para sacolas, por causa de seus altos custos.
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Referências
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
Figuras e quadros
Figura 1. Representação esquemática das estruturas básicas dos grãos. Fonte: Corrêa;
Silva (2014).
Figura 4. Diferenças morfológicas entre as cevadas de duas fileiras (A) e de seis fileiras
(B). Fonte: Adaptado de Ferns et al. (1975).
Figura 13. Ephestia kuehniella larva (a) e adulto (b). Praga secundária responsável
por infestar principalmente grãos de milho, soja, sorgo trigo e arroz. Fonte: https://
blog.aegro.com.br/pragas-de-armazenamento/. Acesso em: 20 dez. 2019.
104
REFERÊNCIAS
Figura 15. Exemplo de uma bateria de silos construídos com chapas metálicas.
Fonte: Paturca, 2014.
Figura 18. Modelo de Prensa contínua, sendo: 1 - motor elétrico, 2 - redutor, 3 - entrada
da semente condicionada, 4 - rosca helicoidal, 5 - cesto, 6 - cone de saída e 7 -saída da
torta. Fonte: Moretto; Fett (1989).
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