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1. Qual das técnicas de eletroerosão é mais utilizada e por que?
2. Quais são os materiais que podem ser usinados por remoção térmica?
Todos os materiais que apresentam uma fusão definida podem ser removidos por
processos térmicos no estado líquido. Praticamente todos os materiais podem ser
removidos termicamente por ablação e sublimação.
O material sólido é removido do dielétrico por filtros, de forma que temos que nos
preocupar apenas com o descarte dos filtros. Tratando-se de um dielétrico a base
de hidrocarbonetos, valem os cuidados e requesitos para o descarte dos mesmos.
Em princípio não. O dielétrico é mais uma função da máquina. Se ela foi projetada
para um hidrocarboneto, não pode empregar água e vice-versa.
6. Por que a água não pode ser usada como dielétrico em outros tipos de
processos já que para a eletroerosão por fio ela traz tantas vantagens?
8. Como é realizado o corte para analisar a seção de uma peça usinada por
eltro-erosão sem que o processo de corte afete as características do material e
possibilite a analise?
O fio de eletroerosão por fio pode ser direcionado por um jato de água. Não há
necessidade de proceder um endireitamento do mesmo.
15. Dielétricos mais densos podem provocar uma maior pressão no canal de
descarga já que uma maior quantidade de massa precisa ser deslocada para
formação do canal?
Exatamente.
22. Por que apenas para microerosão ou eletroerosão por fio é possível
trabalhar com água desmineralizada como dielétrico? Neste caso a fenda de
trabalho é menor. Existe alguma coisa relacionada ao tamanho da molécula?
Existe alguma influência no fato das moléculas da água serem polares e do
dielétrico serem apolares?
24. A água usada como dielétrico contém apenas partículas do metal usinado.
Ela pode se simplesmente filtrada e jogada na natureza sem causar danos
ambientais?
A água empregada na eletroerosão por faíscas é limpa. Pode botar até na bateria
do carro.
Totalmente é um termo forte. Sempre tem alguém que encontra mais uma
incógnita aqui e acolá. Mas o domínio tecnológico está bastante avançado.
No lugar do furo no eletrodo se forma uma espiga na peça. Esta espiga deve ser
removida posteriormente. Se o diâmetro do furo for pequeno, e/ ou o eletrodo
executar um movimento oscilatório correspondendo ao diâmetro do furo, esta
espiga já é eliminada durante o processo.
O zero absoluto ainda não foi atingido. Para se atingir temperaturas próximas ao
zero absoluto, trabalha-se com hélio líquido, que é resfriado por evaporação.
30. É dito no livro texto que na eletroerosão por fio utiliza-se água ao invés de
hidrocarbonetos como dielétrico, devido a uma série de vantagens
apresentadas. Uma destas vantagens é a formação de partículas erodidas
menores, facilitando por exemplo a lavação. Por que tais partículas são
menores do que as erodidas utilizando-se hidrocarbonetos como dielétrico?
Seria pelo fato de utilizar-se uma maior fenda de trabalho, sendo menor a
energia liberada em uma faísca?
Para a mesma energia de descarga, uma descarga realizada em água leva a uma
onda de choque mais abrupta, decorrente da menor compressibilidade e maior
densidade da água. A fenda de trabalho é função da tensão de descarga e deve ser
considerada. Se tivermos tensões de descarga maiores para a descarga em água,
teremos mais perdas para o dielétrico, e assim também partículas de remoção
menores, pois menos energia está disponível na mancha catódica sobre a peça.
31. Existe alguma indicação quanto ao tipo de fluido dielétrico usado nas
operações de desbaste ou acabamento?
Não.
42. Quais são as características dos fenômenos skin e pinch durante uma
descarga elétrica?
43. Quais propriedades físicas um material deve apresentar para poder ser
utilizado com o eletrodo ferramenta de erosão por faísca?
Na ‘retificação’ por EDM com eletrodo rotativo não há remoção abrasiva. O
termo é empregado de forma não adequada. Hoje, nos centros de EDM, quando se
dispõe do 4o e do 5o eixo, não se fala mais em ‘retificação’.
Não sei precisar, mas acredito que seja por motivos econômicos.
Materiais não condutores de eletricidade não podem ser erodidos por edm.
Cerâmicas dopads conduzem eletricidade e são trabalhadas assim como materiais
metálicos, observando características específicas de energia de descarga, etc. A
dopagem é feita na matéria prima (pó), antes da sinterização.
53. Como se deioniza a água para que esta possa ser utilizada como
dielétrico?
O dielétrico tem que ser continuamente filtrado. Com isto se resolve o problema
do excesso de grafite no dielétrico.
69. É possível de se fabricar uma peça do tipo ‘eixo escalonado’ pelo processo
de EDM?
Tecnicamente, não vejo por que não. Economicamente pode ser uma má escolha.
Não entendo como você quer cobrir a peça com algum tipo de cobertura que
depois sofrerá a remoção por EDM. A cavidade tem que ser feita
independentemente da cobertura inicial. O processo é um processo térmico de
remoção e temos que conviver com a ZTA.
74. Existe algum tipo de processo de remoção térmica que não fragilize a
superfície da peça? Em geral esta fragilização é preocupante ou não deve ser
levada em conta? Explique o por quê?
Não dou ênfase no termo retificação EDM. Prefiro EDM com eletrodo rotativo.
82. Por que só no metal duro é que existe uma diferença verificável a
qualidade superficial pelo uso de geradores de impulso a de relaxação. No
caso de outro material usinado, a variação da qualidade pelos dois geradores
não é considerável?
A eletroerosão por descarga elétrica só pode ser empregada para a furação das
palhetas estacionárias de uma turbina (estator), que não sofre a solicitação
dinâmica no limite da resistência, como é o caso das palhetas do rotor.
88. Pode-se afirmar que a eletroerosão é um processo que está sendo cada vez
menos empregado em matrizarias? O ideal na fabricação de matrizes seria a
associação do fresamento e da eletroerosão por faísca?
Na fabricação de matrizes de grande porte com formas pouco complexas a
eletroerosão por descargas elétricas (EDM) está perdendo o mercado para o
fresamento duro. N a fabricação de matrizes de pequeno porte o campo da EDM
ainda é muito grande.
92. Caso não ocorra o fluxo de água ascendente no início da furação (no
processo de furação por eletroerosão de bicos injetores ), o que acontecerá:
ocorrerá a conclusão do furo porém será mais demorado, ou o eletrodo irá
desgastar até o fim sem a conclusão do furo?
94. Porque, ao reverter os pólos na usinagem por faísca, se torna mais fácil a
remoção em materiais que formam óxidos mais estáveis (Al por exemplo),
uma vez que a resistência entre eletrodo-peça continuará a mesma?
Óxidos só se formam sobre o ânodo e na maioria dos óxidos metálicos, estes são
isolantes.
95. Que ordem de grandeza deve ter o tempo de intervalo (t0) para que se
dissipe o canal de ionização e o pulso seguinte possa se dar em outro local?
96. O processo de erosão por arco não foi aprofundado na apostila. Qual seu
embasamento e princípio de funcionamento?
Salientei que a retificação por EDM tem este nome por motivos históricos e
que se trata apenas de um processo EDM com eletrodo rotativo (que
originalmente foi instalado em uma retificadora plana). Pela cinemática
semelhante é possível traçar alguns paralelos. Mas não fazer uma comparação
direta. Todos os efeitos e resultados possíveis para EDM de penetração, são
possíveis para EDM com eletrodo rotativo. Inclusive obter uma forma em um
pacote composto de vários materiais distintos (cobre - ferro - alumínio - metal
duro, por exemplo) o que não seria possível na retificação.
fizermos o balanço térmico de uma descarga elétrica teremos que a energia
elétrica consumida se divide em três parcelas: uma que vai na forma de energia
térmica para o eletrodo, uma que vai para o dielétrico e a terceira que vai para a
peça. Se mudarmos as propriedades físicas destes três parceiros, mudaremos
também a parcela de energia que vai ser absorvida por cada um deles. Mantendo a
energia de descarga e alterando apenas o material do eletrodo de cobre para grafite
teremos que a parcela de energia que vai para o eletrodo de grafite é menor que a
parcela de energia que foi para o eletrodo de cobre. Consequentemente sobra mais
energia para o dielétrico e também para o eletrodo peça. Desta forma a taxa de
remoção aumenta.
Isto é fundamental. Pois temos que trabalhar com um líquido com
propriedades dielétricas e não com uma solução eletrolítica. A condutividade
residual da água destilada e deionizada ainda está situada na faixa de µS, de forma
que sempre teremos uma pequena parcela de remoção eletroquímica quando
trabalhamos com água como dielétrico.
Dominantemente.
A função de lavação tem que ser cumprida nos dois casos. Se empregarmos
a mesma energia de descarga, as variações no resultado serão dominantemente
função da mudança do material do eletrodo e não da lavação. A influência da
lavação é menor que a influência do material de eletrodo.
Faísca deionizada está errado. Deveria ser “Deionização da região onde ocorreu a
descarga imediatamente anterior”.
O tempo do intervalo tem que garantir que a região onde ocorreu a descarga seja
suficientemente deionizada para que não ocorra uma nova descarga no mesmo
local. Se a deionização foi suficiente, então na região desta descarga a abertura da
fenda de trabalho é maior que nas regiões vizinhas e a descarga seguinte não pode
ocorrer nesta região e sim numa da vizinhança.
114.Pode-se afirmar que quanto mais denso o dielétrico (até um certo limite),
melhor será a taxa de remoção? ...decorrente o fato que um dielétrico mais
denso propicia a passagem da fenda de trabalho e produz uma onda de
choque maior.
Um dielétrico mais denso tem maior inércia e leva à uma maior pressão no canal
de plasma, provocando uma onda de choque mais forte na implosão do canal de
plasma favorecendo a remoção.
O pulso gerado por um contato galvânico não é um pulso bom, pois não tem uma
participação eficiente na remoção de material.
116.Para obtenção de uma superfície mais bem acabada no processo de
eletroerosão por faísca é possível realizar a usinagem com a distância fixa
entre o eletrodo ferramenta e o eletrodo peça? Posso afirmar que se utilizar
baixas taxas de remoção os picos serão removidos, e assim que a distância for
suficientemente grande para que não haja mais descargas a superfície estará
“totalmente” lisa?
O alumínio tem baixa temperatura de fusão (+/-600o C), porém alta condutividade.
A baixa temperatura de fusão é dominante sobre o desgaste.
Não tenho informações sobre o uso de fio de carbono na EDM a fio. Mas fazendo
um paralelo com a EDM de penetração com grafite, ou mesmo com EDM com
eletrodo de cobre em dielétrico de hidrocarboneto, onde a deposição de carbono
sobre a peça leva à uma pequena difusão de carbono para a camada limite,
verificamos uma influência metalúrgica no componente. Esta porém é muito
pequena e se restringe à região afetada pela descarga (alguns µm)
120.O método de rebarbação por remoção termoquímica tem influência
sobre as características da superfície (textura e integridade)?
Eu não faria este experimento com Gasolina, nem que tivesse todo um aparato de
combate ao fogo à disposição.
122.Na eletroerosão, mesmo depois de ser filtrado o que é feito com o fluído
dielétrico quando saturado? Qual é a media de uso desse dielétrico?
Normalmente uma máquina de eletro erosão EDM é equipada com filtros para
limpar o dielétrico. As propriedades deste dependem de sua limpeza. Partículas
muito finas (principalmente pó de grafita) não são eliminadas pelos filtros e com o
tempo o dielétrico fica turvo. Costuma-se dizer que atingiu o fim de vida. Mas
tecnicamente poderia continuar sendo usado. O dielétrico a base de
hidrocarboneto velho pode ser queimado em qualquer tipo de incinerador
industrial. Dielétricos a base de água, quando contaminados com sais
(condutividade elétrica acima de 15µmS) podem ser descartados na rede pluvial.
123.Na eletroerosão a fio, o fio é sempre renovado para garantir que não
arrebente. Na maioria dos casos esse processo é feito durante a usinagem
constantemente. Esse fio é reaproveitado? Quantas vezes? O fio é feito apenas
de cobre?
Deve ser uma característica inerente à máquina com que você trabalhou. Ver
especificações técnicas do equipamento, eventualmente acionar o Fabricante.
Não necessariamente. Porém é um bom indicativo para quem trabalha com fios
muito finos. Dificilmente se vai trabalhar com fios mais espessos que 0,3 mm.
Mas fios de 0,05 mm de diâmetros são bastante limitados na espessura do material
cortado.
As máquinas para trabalharem com água devem ser feitas de materiais resistentes
à corrosão. Isto as torna mais caras na aquisição. A manutenção da água com
características d condutividade elétrica melhor que 15 µS é mais cara que a
manutenção de um hidrocarboneto.
Efeito Skin (pele): Numa mudança brusca de tensão e corrente os elétrons passam
a ser conduzidos pela superfície do condutor (típico em dimensionamentos de
condutores para radiofreqüência).
132.Um dielétrico sujo é aquele que não consegue levar as partículas erodidas
e fica um pó no fundo da cavidade?
136.Na figura 2.41 pág. 44 apostila, quando é citado raio externo é referencia
ao eletrodo ?
137.Quais as principais diferenças entre erosão por arco e erosão por faísca?
138.Por que materiais com ponto de fusão maior possui uma remoção de
material maior na eletroerosão por penetração?
Não é feita a rotação do fio. Ele desgasta apenas no lado dianteiro na linha de
corte.
Devido ao balanço energético. A grafita absorve menos calor que o eletrodo
de cobre, e consequentemente sobra mais energia da descarga para o eletrodo peça
e para o dielétrico.
Não.
145.No momento que o eletrodo desgasta ele fica com uma camada de resido
na superfície, deve-se limpar o eletrodo ou é insignificante para a descarga
elétrica?
147.O processo de remoção por ataque ácida pode ser usada para um alivio
de tensões superficiais resultantes de processos de usinagem anteriores, visto
que a remoção química não introduz novas tensões superficiais?
Para energia de descarga grande o cobre possui um desgaste relativo maior que o
grafite. (Ver gráfico na apostila).
151.O tempo de intervalo (na descarga) para uma eficiente taxa de remoção é
feita experimentalmente ou existe algo já como fonte de pesquisa?
O fio na eletroerosão é tracionado para ficar em uma linha reta. Quando ocorre
uma descarga elétrica sobre o fio, este esquenta e diminui a resistência à tração do
mesmo. Se ele estiver esticado demais, ele rompe.
168.Na fabricação dos bicos injetores para motores diesel, realizada pela
Bosch, seria viável a utilização de corte a laser no lugar da eletro-erosão a
fio? (Obs.: para se conseguir a conexidade negativa se posicionaria o foco
pouco antes do furo).
Eletroerosão por faíscas. Nesta o processo de corte com fio e de penetração estão
mais ou menos representados de forma simétrica, uma vez que um complementa o
outro.
Por que para tempos extremamente curtos de descarga temos uma maior remoção
no ânodo.
Não trabalhando com gerador de relaxação, que excita o fio em sua freqüência
natural, e sim com gerador de pulsos e procurar trabalhar com uma freqüência de
descargas longe da frequência natural do fio empregado.
O eletrodo é positivo. Usinar um canto vivo positivo é muito mais fácil que um
canto vivo negativo.
Para uma certa energia de descarga a energia total se divide entre a energia
dissipada na peça, no dielétrico e no eletrodo ferramenta. Se o eletrodo ferramenta
apresentar uma pequena condutividade térmica, a parcela de energia que pode ser
dissipada por ele diminui. Sobra mais para a peça e para o dielétrico, de forma que
os defeitos térmicos na peça aumentam.
O eletrodo na eletroerosão por faíscas não sofre ações mecânicas que possam
levar a uma alteração de forma significativa, porém a solicitação térmica dos
cantos vivos e maior que as regiões planas, de forma que os cantos vivos
desgastam mais depressa que as regiões planas.
Os fios de molibdênio apresentam uma maior resistência à tração que o fio a base
de cobre, tanto na temperatura ambiente, como também na temperatura de
trabalho. Isto permite trabalhar com fios mais finos (até 0,03 mm).
206.No caso da eletroerosão por faísca, podemos ter quatro formas de lavação
da fenda de trabalho, fig. 27 da apostila, no caso da letra c da figura, lavação
através do eletrodo. Como é a impressão resultante na peça, ela é na forma
do eletrodo, ou é em forma do eletrodo com uma região central por onde
passa o fluido de lavagem, que não ocorre eletroerosão ?
Na eletroerosão a fio não trabalhamos com fios de grafite. Pelo ao menos nunca
ouvi desta aplicação. Na eletroerosão de penetração empregando eletrodos de
grafite, temos uma região termicamente afetada maior que para o emprego de
eletrodo de cobre, para demais parâmetros iguais, por que no balanço da energia,
menos energia vai para o eletrodo de grafite. Sobra mais para a peça.
210.Se uma geometria complexa é requisitada numa peça com elevada dureza
(usinagem por eletroerosão), como será feita a geometria no eletrodo para se
obter tal peça? Será utilizado usinagem tradicional?
211.Sempre que se tiver alguma peça cuja cavidade tenha 2 lados abertos, é
mais vantajoso utilizar eletroerosão a fio do que penetração?
Quando se tratar de um furo passante, onde a parede pode ser descrito por
segmentos de linha retas, a eletroerosão por fio é o processo mais recomendado.
227.Por que na eletroerosão por fio, o fio deve ser renovado constantemente?
Isso é para que o desgaste do fio não tenha influência no processo?
Se você não renovar o fio (que está esticado até um valor próximo a tensão de
ruptura), ele rebenta.
231.A lavação lateral pode, embora que apenas em valores muito pequenos,
desviar o arco produzido na eletroerosão. Quais os problemas que isso traz ao
processo, mesmo se os desvios fossem maiores, já que o arco é estabelecido da
mesma maneira entre eletrodo e peça?
Como no processo de eletroerosão por faíscas temos uma região fundida, e nos
processos convencionais não, a Zona termicamente afetada é normalmente maior.
Portanto também podemos Ter regiões termicamente afetadas grandes em
processos de retificação de desbaste.
Por que as temperaturas são mais elevadas (trabalho de entrada dos elétrons na
superfície anódica).
235.Por que na usinagem por eletroerosão por faísca com eletrodo de grafite
é mais adequado o uso de altas correntes e tempos de erosão longos, sendo o
contrário do que ocorre com o eletrodo de cobre, onde diminuindo-se estes
parâmetros o desgaste do eletrodo é atenuado?
O que você quer dizer com ruptura? Átomos sendo partidos? Isto não ocorre neste
nível de densidade de energia. Sem risco de explosão termonuclear.
Fabricante? Não sei. Mas a máquina deve ter um controle adaptativo com uma
certa lógica embutida. Máquinas que não tem isto, hoje não vendem mais.
A área do eletrodo não tem uma grande influência na taxa de remoção do material,
uma vez que ocorre somente uma descarga por vez.
246.É comum o uso da eletroerosão como solução para usinagem de furo com
pequeno diâmetro e com comprimento relativamente grande, dada a
dificuldade de se obter tal furo com as técnicas usuais de usinagem?
Semelhante à eletroerosão por faíscas, só que muito menos tolerado. Não estamos
preocupados com a danificação metalúrgica do componente.
Quando se trabalha com dielátrico à base de água isto é feito (por exemplo na
eletroerosão a fio). Quando se trabalha com dielétrico à base de um
hidrocarboneto, isto é perigoso, pois o dielátrico pode se incendiar.
258.Para que se tenha um sistema estável não se pode ter variação muito
grande na vazão do dielétrico. Qual é a influência do dielétrico para causar
essa instabilidade na eletroerosão?
260.Com a aula prática que tivemos juntamente com o Luciano Sena, foi
comentado que o fluidos dielétrico utilizados na eletroerosão são geralmente
querosene e água deionizada. Foi comentado depois disso que a água ionizada
é mais utilizada para eletroerosão a fio e a querosene em processos com
eletrodo. Qual é a qualidade que cada um desses elementos possuem, que os
faz adequado aos referidos processos ?
Alumínio e aço não são adequados para a fabricação de eletrodos, devido a sua
boa erodibilidade por descargas elétricas. Se alguém usa eletrodos destes materiais
ele deve ter uma razão pessoal para fazê-lo.
271.Na eletroerosão por fio sempre ocorrerá o efeito barrilete por menor que
seja, ou é possível se obter uma superfície perfeitamente plana?
O canto vivo desgasta mais rapidamente que a parte plana do eletrodo, não por
conseqüência de concentração de linhas de fluxo, e sim pela pior dissipação do
calor no eletrodo o canto apresenta temperaturas mais elevadas que o restante do
eletrodo. Com isto uma tendência de arredondamento do canto. As descargas
ocorrem sempre na região mais próxima entre o eletrodo e a peça, de forma que
não ocorrem as concentrações típicas de concentração de linhas de fluxo, como na
remoção eletroquímica.
Normalmente era empregado o eletrodo de cobre, pois este podia ser usinado nas
mesmas instalações fabris que componentes de aço ou outros materiais. Nos
últimios anos foram desenvolvidas fresadoras “grafitieras”, com cabeçotes de até
180.000 rpm, comandadas numericamente, que adequadamente programadas
permitem usinar o eletrodo até elevados graus de acabamento só por fresamento
(normalmente empregando fresas de diamante). Isto está tirando muito do
mercado do eletrodo de cobre, pois se consegue garantir uma melhor estabilidade
dimensional da matriz fabricada (o coeficiente de dilatação térmica do grafite é
muito baixo).
Se você tem requisitos dimensionais para o seu molde, você deve procurar
descobrir quais os fatores que poderão influenciar o dimensional de seu
componente e com isto estabelecer limites para os fatores influentes. Por exemplo
a variação da temperatura durante a fabricação é um fator influente. A Força de
fixação é um fator influente. Aí entra o raciocínio de engenharia e a solução deve
ser encontrada individualmente. Para isto a gente mantém vocês durante 5 anos na
escola e garantir que vocês descubram correlacionar as diversas matéria. Pode até
ser que tenha alguma informação em alguma tabela. Mas acho que é mais um
problema de engenharia.
Tome como exemplo uma corda de violão. Se você exita uma corda de violão
numa freqüência maior que a freqüência natural, seja, ela recebe um novo impulso
contrário ao movimento, antes que tenha atingido o máximo de sua amplitude, ela
vai vibrar com uma amplitude menor. Isto também ocorre na eletroerosão por
faísacs, quando aumentamos a freqüência de descarga, tanto para o gerador de
relaxação, como também no gerador de pulsos.
Uma tubeira joga um jato de dielétrico de forma concêntrica com o fio, de cima
para baixo, de forma que garantimos um fluxo de água ou dielétrico na fenda de
corte.
A Bosch em Curitiba tem máquinas deste tipo, no entanto elas não são
denominadas de canais múltiplos, e sim máquinas com geradores múltiplos, e cada
eletrodo é conduzido por um sistema de controle, como se fosse uma máquina
individual. Apenas é possível fazer mais que uma operação por peça por vez.
Se você tem uma energia de descarga de, digamos 1 J. Esta energia deve ser
dissipada no eletrodo ferramenta, eletrodo peça e dielétrico. Mantendo o material
da peça e o dielétrico, trocando apenas o eletrodo de cobre pelo de grafite, e
repetirmos o balanço térmico, teremos que, conseqüência da maior condutividade
térmica do cobre, uma maior parcela da energia da descarga pode ser dissipada no
eletrodo de cobre que no eletrodo de grafite. Consequentemente temos mais
energia disponível para dissipar no dielétrico e no eletrodo peça. O dielétrico fica
mais quente e a peça sofre maiores danificações metalúrgicas.
A pergunta está um pouco confusa, mas acho que peguei. Para energia de descarga
muito grande a medição de tensões residuais na superfície revela níveis baixos,
muito mais baixo que as tensões residuais referidas ao regime de acabamento.
Mostra-se que abaixo da superfície as tensões residuais decorrentes do regime de
desbaste novamente aumentam e posteriormente caem ao valor do material de
base. O alívio de tensões na superfície não nos deve enganar com respeito ao uso
do componente. As trincas que aliviaram as tensões máximas estão presentes e
assim são fator que favorece a fadiga.