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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

ISAQUE SEZARETTO JORDÃO


MAX LEONARDO G. FERREIRA
ROBSON BEZERRA

Usinagem Eletroquímica

SÃO PAULO
2023
Introdução
A Usinagem Eletroquímica é um processo de usinagem não convencional, porém
existem aplicações e produtos muito comuns que são produzidos através desse
método.
Neste trabalho iremos apresentar uma revisão do funcionamento, aplicações,
componentes, vantagens e desvantagens do processo com o intuito de compartilhar o
quanto esse processo é interessante e diferente.
Esperamos que ao realizarem a leitura desse trabalho todos possam se entreter e
absorver o conhecimento contido nele de forma dinâmica e simplória.
O que é a Usinagem Eletroquímica?
Usinagem eletroquímica é um método que acaba a superfície da peça de trabalho
por meio de dissolução anódica de metal. A ferramenta de usinagem é o cátodo (-) que
atua com uma corrente CC e na presença de um fluido de eletrólito para criar a reação
anódica que remove material da superfície da peça de trabalho (+) de uma maneira
precisa.
Na Usinagem Eletroquímica a remoção do material se dá por reação química
(eletrólise) a nível atômico, com dissolução anódica controlada. No processo o cátodo é
a ferramenta e a peça é o anodo e ambos devem ser de materiais condutores elétricos.

Como o processo ECM funciona:


 As transferências de solução de eletrólito carregam a lacuna entre o cátodo
e a peça de trabalho, o que causa a transferência de elétrons a partir da
peça de trabalho para remover material da superfície.
 A distância de separação entre o cátodo e a peça de trabalho é a chave
para a regulação do processo de remoção de material.
 A forma do cátodo determina a forma final da peça de trabalho ou a
impressão (imagiologia) colocada sobre a peça de trabalho.
 A velocidade de remoção de material é ditada pela corrente CC aplicada.
 A quantidade de material removida é definida pelas Leis de Faraday.
 O material removido durante o processo deve ser filtrado para fora da
corrente de eletrólito, a fim de manter a qualidade do eletrólito constante
no intervalo entre o cátodo e a peça de trabalho.

Eletrólise, a base da usinagem eletroquimica


A palavra eletrólise vem da língua grega, em que eletro quer dizer “corrente elétrica”
e lise significa “quebra”. A eletrólise é uma reação não espontânea de decomposição
de uma substância, por meio de corrente elétrica.
A eletrólise ocorre quando uma corrente elétrica é passada entre dois materiais
condutores, mergulhados numa solução aquosa.
Na usinagem eletroquímica, o objetivo é a remoção de material, segundo um perfil
apresentado por uma ferramenta (eletrodo).

Visualizando a usinagem eletroquímica


A peça a ser usinada e a ferramenta constituem o ânodo e o cátodo,
respectivamente, mergulhadas num eletrólito, que pode ser uma solução de cloreto de
sódio. Uma diferença de potencial, geralmente de 10 volts, é aplicada entre os
eletrodos. A figura a seguir mostra a peça e o eletrodo em representação esquemática.
O eletrólito é bombeado numa velocidade aproximada de 3 a 30 m/s, através do GAP
entre os eletrodos, para remover os resíduos da usinagem e diminuir os efeitos
indesejáveis, como os decorrentes da geração de gás pelo cátodo e aquecimento
elétrico.
A velocidade de remoção do metal do ânodo ocorre, aproximadamente, na proporção
inversa da distância entre os eletrodos.
À medida que a usinagem prossegue, e com o movimento simultâneo do cátodo em
direção ao ânodo, a largura do GAP, ao longo do eletrodo tenderá a apresentar um
valor fixo. Sob essas condições, uma forma aproximadamente complementar àquela do
cátodo será reproduzida no ânodo.

Para finalizar, vale a pena enumerar algumas vantagens e limitações da usinagem


eletroquímica.
Componentes:
 Um tanque que tem a função de garantir o isolamento e a segurança do
trabalhador;
 A ferramenta;
 A peça a ser usinada;
 Ferramenta de fixação da peça;
 Um recipiente para o eletrólito contendo uma bomba, um filtro e um regulador
de vazão;
 Uma fonte de corrente elétrica.

 Fluido:
- O Eletrólito mais usado é o cloreto de sódio, devido ao seu ótimo custo-
benefício. O processo exige uma alta vasão afim de remover todas as impurezas
que estão entre a ferramenta e a peça.
Rugosidade Obtida (Ra):
 15,5 µm até 0,05 µm
Para um bom resultado é importante manter a tensão constante. Quanto maior a
corrente existente no processo maior será a remoção de material, todavia quando um
processo de alto fluxo de corrente é comparado com outros processos com um fluxo
menor é notório que os que usam a corrente menor apresentam um melhor
acabamento.

Vantagens:
· qualquer material condutor pode ser usinado por este método;
· a velocidade de retirada do material permite a obtenção de estados de superfície
rigorosos, sem danos à estrutura do metal;
· formas complexas podem ser reproduzidas por este método;
· não há desgaste da ferramenta; · é possível controlar a quantidade de material
removido.

Inconvenientes:
· problemas devidos à corrosão;
· dificuldades próprias do processo de eletrólise;
· existência de elevadas pressões hidráulicas;
· dificuldades para ajustagem da ferramenta.

Aplicações:
Metais ferrosos e não ferrosos, como aço carbono e liga, alumínio, titânio, metais com
fases refratarias (cermets, fase cerâmica e metal).

Indicação do Processo:
Fabricação de peças com uma relativa ausência de tensão que possa ser uma grandeza
negativa ao seu uso, como pás de turbinas, agulhas hipodérmicas e peças de
carburador.

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