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Eletrodeposição

Professora: Dra. Juliana C. Wiggers


Acadêmicos: Ghessyca Aparecida do Bonfim
Igor Bamberg
Victória Helena Buzalski
Galvanoplastia, Eletrodeposição metálica e
Galvanostegia.

Revestimento de um metal por outro que busca proteger essa peça


metálica contra a corrosão ou dar um tipo de retoque estético.

Acontece por meio da eletrólise (processo que


transforma energia elétrica em química), ou através de
um banho
Foi inventado no século XVIII pelo médico, investigador,
físico e filósofo italiano Luigi Galvani
Os revestimentos metálicos são películas
metálicas aplicadas sobre uma superfície
também metálica ou não, formando uma
barreira.

Entre os métodos de aplicação de revestimento


metálico comum ente empregados pela indústria,
destacam-se a deposição por imersão a quente, a
eletrodeposição e a deposição por aspersão
térmica.
Objetivos
Principais da
Eletrodeposição • Dificultar o contato da
superfície com o meio e
protegê-la contra a corrosão

• embelezá-la

• melhorar suas propriedades


tais como resistência,
espessura, condutividade etc.,
e aumentar sua durabilidade.
O Processo

Ocorre por meio da eletrólise,


fazendo passar corrente elétrica por
algum material líquido ou em solução
aquosa.
A fonte de alimentação faz-se necessária para que se estabeleça um fluxo
de corrente entre os dois eletrodos e a eletrólise possa ocorrer.

Os átomos do metal, funcionando como anodo, são oxidados e se


dissolvem na solução.

Os íons metálicos dissolvidos na solução se deslocam em direção ao


cátodo e são reduzidos na interface entre a solução e o cátodo, de forma que
eles se depositam na superfície da peça.
A peça que desejamos revestir precisa ser
condutora e ficar no eletrodo negativo (cátodo).

No eletrodo positivo (ânodo) deve ficar o metal que


queremos usar para revestir a peça.
Ao passar a corrente elétrica pelo sistema, no ânodo há
a oxidação do ouro, e a placa começa a sofrer
dissolução:

Au → Au3++ 3 e-.
Por outro lado, no cátodo, há a redução do Au +3 e a
deposição do ouro metálico formado nessa redução
sobre o anel:

Au3++ 3e- → Au.


Banho químico e banho eletrolítico
Banhos Eletrolíticos necessitam de uma fonte geradora de elétrons na
forma de corrente continua.

Banhos químicos não necessitam desta fonte externa, a deposição


química ocorre por uma reação química de oxirredução que gera os elétrons
necessários entre o íon metálico dissolvido no banho e o substrato da peça a ser
revestida.

O resultado final nas duas formas descritas será a deposição de um metal sobre a
peça.
ELETRODEPOSIÇÃO
 segue a Lei de Faraday, para qualquer reação eletroquímica, os elétrons devem passar através
de circuito conectando os dois eletrodos.

 “I’’ se torna uma medida conveniente da taxa de reação da célula,

 enquanto a carga Q passa por período de tempo “t” e indica a quantidade total da reação que
ocorreu (Q=I.t)

 todos os elementos liberados na eletrodeposição são proporcionais à quantidade de


eletricidade que passa na solução

 a espessura do depósito é proporcional ao tempo de deposição


Lei de Faraday :

m=

m = massa em gramas da espécie eletrodepositada

E = equivalente químico das espécies

I = corrente em amperes

t = tempo em segundos

F = constante de Faraday (1F=96500C)


Eficiência Catódica:

• Ec% =

• - diferença do peso do material antes e depois a deposição

• - massa calculada pela Lei de Faraday


A Indústria

• Drenos e Cavaletes para o


escoamento do efluente

• Inclinação do piso

• Paredes, Pisos e Iluminação


adequados

• Logística
Utilidade
Custos
http://dolarhoje.com/ouro/
Vantagens
• Capacidade de produzir filmes homogêneos ou mesmo
nanoestruturados sobre superfícies de geometrias complexas;

•  Alta resistência a abrasão e impacto;

• Permite melhor acabamento estético;

• Não interfere em conjuntos rosqueados.


Desvantagens
• Inclui o número limitado de elementos que podem ser depositados;

• Precisa de um substrato condutor;

• Presença de metais no efluente.


Impacto Ambiental

A eletrodeposição é uma imensa fonte de poluentes ao meio


ambiente, principalmente ao meio aquático, devido ao volume de
efluentes gerados, que contém metais e outros poluentes em quantidades
variáveis, caracterizando-se como um efluente bastante tóxico.
A maioria dos processos de revestimento metálico libera metais
pesados como o cádmio, cromo, cobre, ferro, manganês, níquel,
chumbo e zinco, muito comuns do processo galvânico. O cádmio e o
cromo são os grandes vilões desses processos, pois são contaminantes
muito perigosos para a saúde humana.
O cádmio, por ser um poluente cumulativo e extremamente tóxico,
ao ser inalado, causa sérios danos aos pulmões. Por via oral, pode
acumular-se nos rins e nos ossos.
A resolução nacional, CONAMA nº375 de 2005, e a estadual,
CONSEMA 128/2006 estabelecem os padrões de emissão de efluentes
nos corpos receptores, porém os tratamentos físico-químicos convencionais
aplicados pelas empresas têm dificuldade para atender tal resolução.
Alternativas para remoção dos
resíduos
Um estudo realizado por acadêmicos da PUC-RS de Gravataí-RS mostrou a eficiência da pinha da
Araucária Angustifólia em remover o Cromo VI, Cromo II e Ferro de efluentes resultantes dos
processos de galvanoplastia.
Principais Avanços Tecnológicos
O futuro dos revestimentos metálicos

Muitas pesquisas continuam a ser feitas neste setor, tanto para


minimizar a toxicidade dos resíduos provenientes desses processos
como também para aprimorar as técnicas de proteção contra os
efeitos deletérios que a corrosão provoca em todas as obras construídas
pelo homem.
As superligas estão chegando...

Um novo processo muito barato pode fazer com que metais como o
aço, por exemplo, se tornem dez vezes mais resistentes à corrosão. As
peças feitas com a nova tecnologia estão sendo testadas em campos de
petróleo nas costas da Austrália e da África. Alguns tipos de petróleo
contêm compostos químicos altamente corrosivos, tais como o sulfeto
de hidrogênio que danifica rapidamente os equipamentos de produção.
Ao implementar um método que "cria" metais de altíssima
performance de forma barata e eficiente, a empresa americana
Modumetal dá um passo importante para o desenvolvimento das
indústrias de construção civil, automotiva e de petróleo, visto que a
nova tecnologia promete fazer com que as peças tratadas durem muito
mais e, assim, reduzam o custo de prospecção de fontes não
convencionais de petróleo. Esta pode ser apenas a primeira de um amplo
espectro de aplicações.

Disponível em : http://www.icz.org.br/noticias-detalhes.php?cod=4920
Referências
• FUNDAMENTOS DA ELETRODEPOSIÇÃO INTRODUÇÃO, Prof. Dr. Haroldo de Araújo Ponte,
Universidade Federal do Paraná.

• Tratamento de Efluentes da Galvanoplastia por meio da Biossorção do Cromo e Ferro com escamas da
pinha Araucária Angustifólia. PUC/RS, 19 de novembro de 2010.

• MELO, Regis Lopes. ELETRODEPOSIÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E ESTUDOS DE CORROSÃO DE


CAMADAS DE Ni-Po-P. disponível em
<http://www.pgquim.ufc.br/wp-content/uploads/2011/11/DISSERTA%C3%87%C3%83O_Regis-Lopes-
Melo_2009.pdf>

• OLIVER. Samantha. Avaliação dos Impactos Ambientais gerados pela produção de resíduos industriais
no ramo metalúrgico : Recuperação e Recilcagem . Disponível em
<http://repositorio.ufpe.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/6506/arquivo8194_1.pdf?
sequence=1&isAllowed=y>
• LISBOA, Alexandre. Eletrodeposição de ligas metálicas nobres para a fabricação
de Jóias e Jóias foleadas. Disponível em
<http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/exatas/article/viewFile/623/591>;

• RESUMO ESCOLAR. Galvanoplastia ou Eletrodeposição. Dispoível em


<https://www.resumoescolar.com.br/quimica/galvanoplastia-ou-eletrodeposicao/> ;

• MUNDO EDUCAÇÃO. Galvanoplastia ou Eletrodeposição . Disponível em


<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/galvanoplastia-ou-
eletrodeposicao.htm>;

• UFRGS. Lume. Disponível em


<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/47618/Resumo_12094.pdf?
sequence=1>;
Pergunta
Explique por que a eletrólise não pode ocorrer com o uso de corrente
alternada.
R: Não podemos utilizar na eletrodeposição corrente alternada, pois se
assim fosse a alternância de polaridade da corrente alternada algo em
torno de 60 vezes por segundo entre o negativo e positivo teríamos ora
deposição (negativo) ora remoção (positivo) isso provoca depósitos sem
qualidade e totalmente irregulares.

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