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CORROSÃO E DEGRADAÇÃO

DOS MATERIAIS METÁLICOS

Prof. Vitor Correa Weiss


CORROSÃO METÁLICA

“É a deterioração e a perda de material devido a ação química ou eletroquímica do meio


ambiente, aliado ou não a esforços mecânicos."
(Gentil, 2011)
CORROSÃO METÁLICA

Por que se preocupar com a corrosão?


• 3 razões:
✓ Custo;
✓ Segurança;
✓ Conservação de recursos.

• Em relação aos custos:


Um estudo encomendado pelo Congresso Americano, realizado entre 1999 e 2001 estimou o custo total (direto e
indireto) da corrosão na ordem de US$ 276 bilhões (3,1% do PIB EUA). Este estudo também estimou os custos
associados aos diversos meios de combate à corrosão, e o valor encontrado foi de US$ 121 bilhões (1,38% do
PIB EUA).

No caso do Brasil, considerando o PIB na ordem de US$ 880 bilhões (em 2005), podemos estimar o custo anual
da corrosão em US$ 26,4 bilhões (3,0% do PIB) e o custo direto anual dos meios de combate à corrosão de US$
12 bilhões (1,38% do PIB).

Adotando-se as práticas já conhecidas de combate à corrosão, a economia anual pode chegar a US$ 8 bilhões
(1,0% do PIB)
CORROSÃO METÁLICA

• Em relação à segurança:
✓ Componentes e estruturas podem falhar por consequência de um
processo de corrosão: caldeiras, submarinos, aeronaves, vasos de
pressão, pontes, etc.

• Em relação à conservação dos recursos:


✓ As reservas de metais e a quantidade de energia disponível em nosso planeta são
limitadas.
✓A corrosão pode ser interpretada como o avesso de um processo metalúrgico e
muita energia é gasta em um processo de corrosão.

A deterioração leva:

• Ao desgaste Modificam as
• À variações químicas na composição propriedades
• À modificações estruturais dos materiais
Em geral a corrosão é um processo espontânea
PRODUTOS DA CORROSÃO
;
Produtos da corrosão são requisitos importantes na escolha do material para determinada aplicação.

Os produtos de corrosão dos materiais usados para embalagens na indústria alimentícia deve não ser tóxico como
também não pode alterar o sabor dos alimentos.

Folha de flandres: É um laminado com os dois lados


revestidos por estanho puro, desenvolvido para evitar
a corrosão e a ferrugem. Possui alta resistência e
maleabilidade e incorpora ao aço para obter rigidez.

Materiais para implantes de ossos humanos, implante dentário, marcapassos, etc, não regair com o
organismo
UMA LIGA METÁLICA MUITO IMPORTANTE

Aço inoxidável
é uma liga de ferro e crómio,
podendo conter também níquel,
molibdénio e outros elementos, que
apresenta propriedades físico-
químicas superiores
aos aços comuns, sendo a alta
resistência à oxidação atmosférica a
sua principal característica.
CORROSÃO METÁLICA

Processos de oxidação e redução


Em geral a corrosão é um processo espontânea
CORROSÃO METÁLICA

Processos de oxidação e redução


CORROSÃO METÁLICA

Processos de oxidação e redução

(instável) (estável)
PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS

•Atmosfera (poeira, poluição, umidade, gases: CO, CO2, SO2, H2S, NO2,...)

•Água (bactérias dispersas: corrosão microbiológica; chuva ácida, salinidade.)

•Solo (acidez, porosidade)

•Produtos químicos

➢ Um determinado meio pode ser extremamente agressivo, sob o ponto de vista da corrosão, para um
determinado material e inofensivo para outro.
MECANISMOS DA CORROSÃO

Mecanismo Químico (AÇÃO QUÍMICA) X Mecanismo Eletroquímico

Corrosão Química Corrosão eletroquímica


Espontânea Espontânea
Reações química comum Reações anódicas e catódicas
Não precisa de solução Precisa de solução (eletrólito)
Não há corrente elétrica Há corrente elétrica
MECANISMO QUÍMICO

Neste caso há reação direta com o meio corrosivo na ausência de água.


Os casos mais comuns a reação com o oxigênio ao ar seco em altas temperaturas (OXIDAÇÃO
SECA) e a dissolução do metal por um agente químico .

Dissolução simples: dissolução de metal em ácido.


MECANISMO QUÍMICO

OXIDAÇÃO SECA

A oxidação ao ar seco não se constitui corrosão eletroquímica porque não há eletrólito (solução aquosa para
permitir o movimento dos íons) e geralmente ocorre em elevadas temperaturas.

METAL + OXIGÊNIO ➔ ÓXIDO DO METAL

Muito comum em equipamentos metálicos que operam a altas temperaturas, como fornos e fogões.
MECANISMO QUÍMICO

OXIDAÇÃO SECA

A assim chamada camada passiva é uma fina camada de óxido que se forma na superfície do de alguns metais,
quando este entra em contato com o oxigênio. Então, juntamente com os átomos de oxigênio os átomos de do
metal formam uma camada de óxido densa e inerte à reação (por isso o nome "Camada passiva"), a qual
impede uma progressão da oxidação, portanto um enferrujamento do metal. A característica e durabilidade da
camada passiva dependem principalmente da composição de do metal ou da liga metálica..

Geralmente, o óxido do metal forma uma camada passivadora que constitui uma barreira para que a
oxidação continue (barreira para a entrada de O2).

⚫ Al
⚫ Fe a altas temp.
Essa camada apassivadora
⚫ Pb é fina e aderente - A
oxidação só se processa
⚫ Cr por difusão do oxigênio
⚫ Aço inox
⚫ Ti (latas de alimentos)
MECANISMO QUÍMICO
CAMADA PASSIVADORA
Como a camada passiva é formada?

✓ Os elementos da liga (cromo e o níquel) reagem com muita facilidade com o


oxigênio, pela sua afinidade química. Essa combinação forma uma película protetora
linear, fina e aderente na superfície do aço inox, que age contra agentes corrosivos.
✓ A camada passiva é formada pela reação entre o material e a água presente na
umidade do meio ambiente, que se condensa sobre a superfície fria do metal e libera
um oxi-hidróxido de cromo e ferro, onde predominam um óxido na região mais
próxima da superfície do inox e o hidróxido na oposta.
✓ Com o passar do tempo, a camada de óxido é potencializada e a de hidróxido
reduzida, enriquecendo com isso o filme passivo que protege a superfície do aço
inox contra processos de corrosão..

Quais as características da camada passiva?

✓ ao ser danificada se recompõe quase instantaneamente (por volta de 0,01 segundo);


✓ promove um processo contínuo de reação com o oxigênio do meio;
✓ invisível ao olho humano, de espessura finíssima (30 – 50 Å de espessura);
✓ extremamente aderente ao inox;
✓ tem sua resistência aumentada à medida que é adicionado mais cromo à liga;
✓ termodinamicamente estável pois não reage com outros elementos
MECANISMO QUÍMICO

EXEMPLO DE METAIS QUE FORMAM CAMADA PASSIVADORA DE ÓXIDO COM PROTEÇÃO


INEFICIENTE

⚫ Fe + ½ O2 ➔ FeO T= 1000 C (Óxido ferroso (Fe2+) - Camada protetora)

⚫ 3Fe + 2O2 ➔ Fe3O4 T= 600 C

⚫ 2Fe + 3/2 O2 ➔ Fe2O3 T= 400 C (Ferrugem Fe+3)


CORROSÃO ELETROQUÍMICA

As reações que ocorrem na corrosão eletroquímica envolvem transferência de elétrons. Portanto,


são reações anódicas e catódicas (REAÇÕES DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO)

A corrosão eletroquímica envolve a presença de uma solução que permite o movimento dos íons, ou seja,
uma solução eletrolítica.
CORROSÃO ELETROQUÍMICA

ELETRÓLITO

Água do mar, um eletrólito: em virtude da presença Concentração dos íons majoritários em água
acentuada de sais, é um eletrólito por excelência; outros salgada e água doce (mmol L -1)
constituintes como gases dissolvidos, podem acelerar os
processos corrosivos.
CORROSÃO ELETROQUÍMICA

MECANISMO ELETROQUÍMICO PARA UM METAL OU LIGA

Área anódica: (oxidação) Observe que temos um único metal


Na área onde se processa a corrosão ocorrem reações de ou uma liga mergulhada em um meio
corrosivo.
oxidação, sendo a principal a de passagem do metal da
forma reduzida (M0) para a forma iônica (Mn+).

Neste caso quem está sofrendo redução?


A resposta depende do meio corrosivo! O meio é
aerado (O2) ou desaerado (sem O2 )?
REDUÇÂO
0 2-
Aerado: redução do O2, H2O + 1/2 O2 +2e →2 OH-

REDUÇÂO
1+ 0
Desaerado: redução do H2, 2H2O + 2e→ H2 + 2OH-
CORROSÃO ELETROQUÍMICA

MECANISMO ELETROQUÍMICO PARA UM METAL OU LIGA

•Os elétrons gerados de cada átomo de metal que é oxidado devem ser transferidos para outro
componente químico (redução)

•As reações são de redução dos íons do meio corrosivo, as principais reações são:

✓Em meios aerados: caso normal de água do mar e águas naturais

H2O + 1/2 O2 + 2e → 2 OH-

✓Em meios desaerados: caso comum em águas doces industriais

2 H2O + 2e → H2 + 2 OH-
CORROSÃO ELETROQUÍMICA

O processo de corrosão eletroquímica é devido ao fluxo de elétrons, que se desloca de uma área da superfície
metálica para a outra. Esse movimento de elétrons é devido a diferença de potencial, de natureza
eletroquímica, que se estabelece entre as regiões.

Pilha de Daniell

REDUÇÃO OXIDAÇÃO
CORROSÃO ELETROQUÍMICA

SÉRIE GALVÂNICA DOS METAIS


CORROSÃO ELETROQUÍMICA

PILHA DE CORROSÃO FORMADA POR MATERIAIS DE NATUREZA QUÍMICA


DIFERENTE (CORROSÃO GALVÂNICA)

⚫ A diferença de potencial que leva à corrosão eletroquímica é devido ao contato de dois materiais de natureza
química diferente em presença de um eletrólito.

Exemplo: Uma peça de Cu e outra de Ferro em contato com a água salgada. O Ferro tem maior tendência de
se oxidar que o Cu, então o Fe sofrerá corrosão intensa.

Quanto mais separados na Comum em regiões de


série galvânica, maior a solda, pois a solda
ação eletroquímica geralmente é feita com
quando estiverem juntos. material diferente do
original
CORROSÃO ELETROQUÍMICA
PILHA DE CORROSÃO FORMADA PELO MESMO MATERIAL, MAS DE ELETRÓLITOS
DE CONCENTRAÇÃO DIFERENTES.

ÂNODO: o material CÁTODO: o material que


que tiver imerso na tiver imerso na solução
solução diluída mais concentrada
CORROSÃO ELETROQUÍMICA

EFEITOS DA MICROESTRUTURA
A presença de diferentes fases no material, leva a diferentes f.e.m e com isso,
na presença de meios líquidos, pode ocorrer corrosão preferencial de uma
dessas fases.

Diferenças composicionais levam a diferentes potenciais químicos e com isso, na presença


de meios líquidos, pode ocorrer corrosão localizada.

A presença de tensões levam a diferentes f.e.m e com isso, na presença de


meios líquidos, pode ocorrer corrosão localizada.
MEIOS DE PROTEÇÃO

PRINCIPAIS MEIOS DE PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO

⚫ PINTURAS OU VERNIZES
⚫ RECOBRIMENTO DO METAL COM OUTRO METAL MAIS RESISTENTE À CORROSÃO
⚫ GALVANIZAÇÃO: Recobrimento com um metal mais eletropositivo (menos resistente à corrosão – Metal de
sacrifício)
MEIOS DE PROTEÇÃO

MÉTODO DE COMBATE A CORROSÃO


MEIOS DE PROTEÇÃO

PROTEÇÃO CATÓDICA

A proteção catódica é a técnica que transforma a estrutura metálica que se deseja proteger em
uma pilha artificial, evitando, assim que a estrutura se deteriore.

É graças à proteção catódica que tubulações enterradas para o transporte de água, petróleo e gás,
e grandes estruturas portuárias e plataformas marítimas operam com segurança.

A proteção catódica de estruturas metálicas é baseada na injeção de corrente elétrica por meio de
duas técnicas: a proteção por anodos galvânicos (espontânea) e a proteção por corrente
impressa (não espontânea).
MEIOS DE PROTEÇÃO

PROTEÇÃO GALVÂNICA OU PROTEÇÃO CATÓDICA


Proteção galvânica ou catódica: Utiliza-se o processo de formação de pares metálicos (UM É DE SACRIFÍCIO), que
consiste em unir-se intimamente o metal a ser protegido com o metal protetor, o qual deve ser mais eletropositivo
(MAIOR POTÊNCIAL DE OXIDAÇÃO NO MEIO). O metal de sacrifício funcionará como um ânodo de sacrifício e o
metal protegido como cátodo. (Zn, Al e Mg)
MEIOS DE PROTEÇÃO

PROTEÇÃO CATÓDICA COM CORRENTES IMPRESSA

É aplicada uma corrente sob a estrutura metálica a proteger (em função da área total da estrutura), evitando
assim os processos corrosivos.
MEIOS DE PROTEÇÃO

PROTEÇÃO ANÓDICA
•A proteção anódica utiliza-se de um revestimento catódico, o revestimento é mais nobre que o
metal base protege-o contra a corrosão. Um grande problema desse tipo de proteção é que
qualquer porosidade ou ruptura desta camada provocará o aparecimento de uma célula galvânica
onde o metal base é o anodo e sofrerá uma corrosão localizada. Portanto, no revestimento
catódico deve-se ter o cuidado para não deixar falhas no mesmo.

•Os revestimentos catódicos aplicados sobre o aço são o estanho, chumbo, níquel, cromo, cobre
e os metais raros como prata ouro e platina
MEIOS DE PROTEÇÃO

PROTEÇÃO ANÓDICA
A proteção anódica consiste na aplicação de uma corrente anódica na estrutura a proteger, o
material a ser protegido funciona como anodo.

A corrente anódica favorece a passivação ou seja a formação da película protetora do material


dando-lhe resistência à corrosão

A proteção anódica é empregada com sucesso somente para os metais e ligas que tendem a
formar película protetora, especialmente o titânio, o cromo, ligas de ferro-cromo, ligas de ferro-
cromo-níquel...

No Brasil o emprego da proteção anódica é muito restrito.


MEIOS DE PROTEÇÃO
MEIOS DE PROTEÇÃO

RECOBRIMENTO DO METAL COM OUTRO METAL MAIS RESISTENTE À CORROSÃO

Eletrodeposição Imersão à quente


MEIOS DE PROTEÇÃO

ELETRODEPOSIÇÃO
Eletrodeposição: aplica-se uma fonte continua de corrente elétrica. [Eletrólise- processo não-
espontâneo, Cátodo(-) e o Ânodo(+) ]

Os metais mais usados neste tipo de aplicação são: Zn, Sn, Ni, Cr, Cu, Au e Ag; a peça a
ser revestida é colocada como cátodo (-) de uma cuba eletrolítica, em que se tem como
eletrólito sais do metal recobridor e podendo ter como ânodo o metal recobridor ou um eletrodo
inerte;

Niquelagem: a solução de NiSO4 (eletrólito) é mantida a 50 - 60 oC.

Ni0
As reações que ocorrem no ânodo e cátodo são:
Ânodo(+) Ni  Ni+2 + 2e
Cátodo(-) Ni+2 +2e  Ni
Solução de NiSO4
MEIOS DE PROTEÇÃO

ELETRODEPOSIÇÃO
⚫ Exemplo: Cromagem, Niquelagem, revestimento de arames com Cobre, etc.
⚫ Dependendo do revestimento e do material revestido, pode haver formação de uma pilha de corrosão
quando houver rompimento do revestimento em algum ponto, acelerando assim o processo de corrosão.
MEIOS DE PROTEÇÃO

IMERSÃO OU BANHO À QUENTE


Imersão a Quente:
Neste processo o metal base é mergulhado em um banho fundido do metal que o recobrirá, como:
zinco, chumbo, estanho, etc.
Galvanização (zincagem a fogo) - forma-se uma camada superficial do zinco fundido do banho
( 440 a 470 C) sobre o metal base.

Permite a deposição de camadas de zinco e zinco-ferro bem maiores (espessas) que na aplicação
eletrolítica e ainda é obtida num tempo muito curto o que permite uma alta produtividade.
MEIOS DE PROTEÇÃO

IMERSÃO OU BANHO À QUENTE

Mecanismo de proteção: O zinco da camada mais externa se oxida dando Zn(OH)2 que em grande
quantidade caracteriza a corrosão branca.
O Zn(OH)2 reage com o CO2 do ar formando uma camada protetora de ZnCO3.

Zn(OH)2 + CO2  ZnCO3 + H2O

Óxido ácido, reage com água formando o ácido carbônico

(CO2+ H2O →H2CO3), que reage com o Zn(OH)2.

Aço galvanizado
Taxa de Corrosão (velocidade de corrosão)

A velocidade com que se processa a corrosão é dada pela massa de material desgastado, em uma certa área,
durante um certo tempo, ou seja, pela taxa de corrosão

onde: onde:

mm/ano = é a perda de espessura, em mm por mpy = é a perda de espessura, em milésimos de polegada


ano; por ano
∆m = perda de massa, em mg; ∆m = perda de massa, em mg;
S = área exposta, em cm2; S = área exposta, em pol2;

t = tempo de exposição, em dias; t = tempo de exposição, em horas;

ρ = massa específica do material, em g/cm3. ρ = massa específica do material, em g/cm3.

3,65= constante para ajuste de unidades 534= constante para ajuste de unidades
Taxa de Corrosão (velocidade de corrosão)

Para conversão das taxas dadas em mmpy/ano Relações Utilizadas (“Fórmulas” utilizadas para converter
e mpy para mdd usa-se as seguintes expressões a unidade de perda de massa por área e tempo para uma
unidade de penetração por tempo ou vice-versa):

Mdd = mg/dm2/dia unidade de penetração por tempo

Ipy (polegadas de penetração por ano)

mmpy (mm de penetração por ano)

➢ mdd = 696 x d x ipy (mg/dm2.dia)

➢ mpy = 1000 x ipy (mili-polega/ano)

➢ mmpy = 25,4 x ipy (mm de penetração por ano)

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Exercícios

1) Durante um ensaio eletroquímico (corrosão galvânica) de 4 horas com uma amostra de aço carbono em um meio
corrosivo ( água “doce”) , observou-se que a perda de massa foi de 0,4 mg e que a área exposta durante o ensaio foi
de 6,0 cm2 , calcule a taxa de corrosão do material em mm/ano. Dado: r= 7,8 g/cm3 (do aço carbono)

Taxa de corrosão uniforme (mm/ano) Corrosividade


< 0,025 Baixa
0,025 a 0,12 Moderada
0,13 a 0,25 Alta
> 0,25 Severa
Exercícios

2) Considere um ensaio eletroquímico (corrosão galvânica) de 2 horas com uma amostra de magnésio em um meio
corrosivo de água salgada , sabendo que a perda de massa foi de 8,32x10-3 g/cm2 e que a área exposta durante o
ensaio foi de 5,0 cm2 , calcule a taxa de corrosão do material. Dado: r= 1,72 g/cm3 (da amostra de Mg)
Exercícios
3) Uma placa metálica apresenta as seguintes dimensões: comprimento (C) = 80 mm , altura (A) = 20 mm,
espessura (E) = 1,2 mm. Sua massa inicial é 14,976 g. A placa é totalmente imersa em um meio agressivo onde
permanece durante 28 horas e 48 minutos. Após lavagem e secagem ao ar, a placa foi submetida a nova pesagem
e apresentou massa 14,914 g. Admitindo que a corrosão seja uniforme, pede-se:

a) calcule a taxa de corrosão em mm/ano, mdd e mpy.


b) Classifique o material metálico quanto a resistência à corrosão com auxílio da tabela dada

Taxa de corrosão Classificação do material


Tc < 5 mpy Boa resistência - apropriados para partes críticas de equipamentos
5 mpy < tc < 50 mpy Média resistência - metais usados no caso em que uma alta taxa de corrosão é tolerada, ex. tanques,
tubulações, corpos de válvulas
tc > 50 mpy Baixa resistência – Metais de uso não recomendado
Exercícios

4) Tambores metálicos com 60 cm de diâmetro e 97,5 cm de altura, são utilizados para armazenamento de um produto
liquido. Os tambores são usados deitados. Para armazenamento, é utilizado somente 90% do volume útil do tambor. A
espessura da parede na parte cilíndrica é 1,8 mm e nos tampos 2,3 mm. Sabe-se que o tambor não mais pode ser
utilizado para a finalidade quando qualquer das espessuras ficar reduzida a 0,9 mm. Admitindo que a corrosão seja
uniforme, pergunta-se:

a) qual o tempo de vida útil do tambor?


b) decorrido o tempo de vida útil, quais as espessuras da parede lateral, e do tampo?

Dados:
material metálico da parte cilíndrica: tc = 20 mdd e d = 7,6 g/cm3
material metálico dos tampos: tc = 0,2 ,mpy e d = 7,2 g/cm3
Exercícios

5) Tambores de aço com 60 cm de diâmetro interno e 78 cm de altura, são utilizados para o armazenamento de um
produto líquido, cujo MDD do aço no meio considerado vale 28,5. Os tambores armazenados deitados e para o
armazenamento, é utilizado somente 80% do volume útil do tambor. A espessura da parede na parte cilíndrica é de
1,9 mm e nos tampos 1,7 mm. Sabe-se que o tambor não pode mais ser utilizado para esta finalidade, quando
qualquer das espessuras ficar reduzida a 1,1 mm. Admitir corrosão uniforme. Qual o tempo de vida útil do tambor.

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