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de Cultivares
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À GENÉTICA................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
A COMPLEXIDADE DO MATERIAL GENÉTICO............................................................................ 16
CAPÍTULO 2
GENÉTICA E EVOLUÇÃO......................................................................................................... 22
CAPÍTULO 3
GENÉTICA MOLECULAR E DE POPULAÇÕES............................................................................. 29
CAPÍTULO 4
GENÉTICA MENDELIANA.......................................................................................................... 37
CAPÍTULO 5
DIVISÕES CELULARES: MITOSE E MEIOSE.................................................................................. 46
CAPÍTULO 6
ESTRUTURA E DUPLICAÇÃO DE DNA......................................................................................... 58
CAPÍTULO 7
BIOSSÍNTESE DE RNA E PROTEÍNAS........................................................................................... 64
CAPÍTULO 8
MUTAÇÕES GÊNICAS E CROMOSSÔMICAS............................................................................. 71
UNIDADE II
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS............................................................................................................... 77
CAPÍTULO 1
DIVERSIDADE GENÉTICA.......................................................................................................... 81
CAPÍTULO 2
PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE........................................................................................ 91
CAPÍTULO 3
RESISTÊNCIA GENÉTICA DE PLANTAS AOS PATÓGENOS............................................................. 98
UNIDADE III
MELHORAMENTO DE CULTIVARES........................................................................................................ 113
CAPÍTULO 1
IMPORTÂNCIA, OBJETIVOS E CONCEITOS DE MELHORAMENTO GENÉTICO............................. 122
CAPÍTULO 2
ESTRATÉGIAS DE SELEÇÃO..................................................................................................... 129
CAPÍTULO 3
SISTEMA DE REPRODUÇÃO DE PLANTAS E SUA IMPLICAÇÃO NO MELHORAMENTO................. 136
CAPÍTULO 4
ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES CULTIVADAS................................................................. 142
UNIDADE IV
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES.................................................................................. 147
CAPÍTULO 1
MÉTODOS DE CONDUÇÃO DE PLANTAS AUTÓGAMAS, ALÓGAMAS E DE PROPAGAÇÃO
VEGETATIVA........................................................................................................................... 151
CAPÍTULO 2
MELHORAMENTO POR POLIPLOIDIA E MUTAÇÃO................................................................... 165
CAPÍTULO 3
MELHORAMENTO PARA RESISTÊNCIA ÀS PRAGAS: DOENÇAS, INSETOS E NEMATOIDES............ 177
CAPÍTULO 4
MELHORAMENTO PARA CONDIÇÕES TROPICAIS E ESTACIONAIS............................................ 183
CAPÍTULO 5
MELHORAMENTO PARA LONGEVIDADE (QUALIDADE FISIOLÓGICA) DA SEMENTE.................... 190
CAPÍTULO 6
MELHORAMENTO UTILIZANDO CISGENIA, TRANSGENIA E SUPEREXPRESSÃO GÊNICA .............. 195
CAPÍTULO 7
MARCADORES MOLECULARES APLICADOS NA SELEÇÃO E NO MELHORAMENTO GENÉTICO.. 206
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 213
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e
reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio.
É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus
sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas
conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Com isso, o avanço nas pesquisas científicas ao longo dos anos tem contribuído
para o desenvolvimento de alternativas na produção agrícola, principalmente no
quesito melhoramento genético. A aplicação da Engenharia Genética na produção
de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) também ganhou força nos
últimos anos, por ser alternativa ao uso dos agrotóxicos. O melhoramento genético de
cultivares gera outras cultivares que possuem as mesmas características fenotípicas
originais, mas os seus valores nutricionais possuem potencial mais elevado, por
exemplo, ou ainda seleciona cultivares mais resistentes ao ataque de insetos por
meio de técnicas de inserção de genes provenientes de outras plantas ou de micro-
organismos.
8
Objetivos
» Introduzir conceitos fundamentais sobre a gética e o melhoramento das
cultivares agrícolas.
9
INTRODUÇÃO À UNIDADE I
GENÉTICA
As informações contidas nesta unidade foram baseadas nos livros “Biologia Celular
e Molecular”, de Junqueira e Carneiro (2005); “Fundamentos da Biologia Celular”,
de Alberts, Bray, Johnson, Lewis, Raff, Roberts e Walter (2006); “Microbiologia”,
de Tortora, Funke, Case, (2012) e “Microbiologia: fundamentos e perspectivas”, de
Black, (2002).
Podemos inferir que uma das propriedades dos micro-organismos mais interessantes
em bioprocessos é a capacidade das células vivas em reproduzir clones por incontáveis
gerações com uma fidelidade impecavelmente magnífica. Essa replicação celular
de herdeiros clonais ao longo dos milhões de anos, na estrutura das moléculas que
contêm a informação genética, na estrutura celular e na herança molecular do DNA,
está cada vez mais sendo explorada em processos escalonados nos quais encontramos
micro-organismos.
11
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Replicação do DNA
Para que o DNA possa ser transcrito em RNA e traduzido em proteína, as fitas de DNA
parentais precisam ser desenroladas para que a DNA polimerase consiga ter acesso
às informações contidas das duplas fitas do DNA e assim poder duplicá-las. A fase
de alongamento da replicação inclui duas operações distintas, porém relacionadas: a
síntese da fita líder e a síntese da fita complementar. Várias enzimas na forquilha de
replicação são importantes para a síntese de ambas as fitas.
Depois que toda a parte necessária (gene que vai codificar para alguma proteína
importante naquele momento para o organismo) do DNA (que se encontra desenrolada
na forquilha de replicação) é duplicado.
As proteínas são os produtos finais das vias de informação do DNA. A todo o instante,
uma célula envia sinais para o organismo de que precisa de proteínas específicas para
executar funções próprias (proteínas relacionadas ao citoesqueleto, ao reparo de DNA,
ao dano às células, às proteínas sinalizadoras, entre muitas outras). Essas proteínas
precisam ser sintetizadas em resposta às necessidades da célula naquele momento e
direcionadas para locais intrínsecos nas células bem como degradadas quando não
forem mais necessárias.
12
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Transcrição
Duplicação Tradução
Proteína
RNA
DNA
DNA molde
Fonte: http://biologia.resumoparavestibular.com.br/2015/12/transcricao-replicacao-e-traducao.html.
13
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
DNA ligase
Vetor recombinante
4 – O DNA é introduzido
dentro da célula hospedeira.
DNA hospedeiro
5 – A propagação (clonagem)
produz muitas cópias do DNA
recombinante.
14
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
DNA que
1 – Um vetor com um 2 – O DNA é clivado em contém o gene
Bactéria plasmídeo é isolado. fragmentos por uma de interesse.
enzima.
3 – O gene é
inserido no
plasmídeo.
A quantidade de DNA por núcleo depende da espécie em questão, podendo ser vários
ou apenas um. De modo mensurável, essa medida, expressa em pares de bases (pb),
é representada como “valor C”. Assim, as células somáticas, diploides, possuem um
16
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» São cinco moléculas diferentes de snRNA, quais sejam: Ul, U2, U4, U5 e
U6.
» cópia única;
17
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
» medianamente repetitivos;
» altamente repetitivos.
Nos genes de cópia única, cada sequência de nucleotídeo aparece somente uma vez
por genoma haploide, aqui encontramos a maioria dos genes estruturais, ou seja,
aqueles que codificam proteínas. Os genes de cópia única constituem:
» 54% do de anfíbios;
A heterocromatina pode ser tanto (i) constitutiva – quando for formada por sequências
de DNA altamente repetitivas e estiver condensada – quanto (ii) facultativa – quando
não contiver DNA repetitivo, e podendo estar condensada em algumas células e
descondensada em outras.
18
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» são curtas;
dR A T dR
3,4 nm
P P
dR T A dR
P P
dR C G dR
P P
dR G C dR
2,0 nm
19
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Complexamente, a célula passa por dois estágios genéticos, quais sejam: a divisão
em duas células-filhas, conhecida como mitose; e o outro que se intercala entre duas
divisões sucessivas, a intérfase.
Ácidos nucleicos
O DNA e o RNA são designados em conjunto como ácidos nucleicos, pois foram
descobertos pela primeira vez nos núcleos das células. Os nucleotídeos são as unidades
estruturais dos ácidos nucleicos.
» base nitrogenada;
» grupo fosfato.
DNA
De acordo com o modelo proposto por Watson e Crick, a molécula de DNA consiste em
duas cadeias longas enoveladas uma em torno da outra formando uma dupla hélice.
» açúcar desoxirribose;
» bases nitrogenadas.
20
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
RNA
O RNA é diferente do DNA em inúmeros aspectos, veja alguns:
21
CAPÍTULO 2
Genética e evolução
As informações contidas nesta unidade foram baseadas nos livros “Genética de Micro-
organismos em Biotecnologia e Engenharia Genética”, de Azevedo (1985); “Tipagem
Genética de Micro-organismos”, de Alves et al. (2007); “Genes: conceitos e aplicações”,
de Lewin (2001); e “Molecular biology of the cell”, de Alberts et al. (2017).
Genes e evolução
» A diversidade é a pré-condição para a evolução.
O DNA funciona como uma hélice de fita dupla, preservada pelo pareamento de bases
nitrogenadas específicas (A=T; C=G). A sequência de bases codifica a informação
genética, e a estrutura complementar do DNA possibilita a replicação exata deste
durante a multiplicação celular.
Gene é uma esfera de DNA que é capaz de codificar um produto funcional que é a
proteína. A ordem de um gene é transpassada para gerar molécula singular de RNA,
o RNAm. A informação do RNAm, então, é traduzida em uma ordem específica de
aminoácidos que originam a proteína.
22
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Conceito de evolução
Em teoria, quando falamos de evolução, discutimos qualquer alteração alélica da
população, visando torná-la mais adaptada.
» recombinação genética;
» poliploidia;
» hibridação interespecífica;
» seleção natural;
» seleção artificial.
Recombinação
› mutação gênica;
› segregação mendeliana;
› crossing-over.
23
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Mutação
Tipos de mutação
» Mutação gênica.
› espontâneas;
› induzidas.
A b c d e
a b c d e
A B C D E
a B C D E
Importância da variabilidade
» Pré-requisito utilizado para o melhoramento de plantas.
24
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Área
duplicada
25
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Seleção Natural
Ocorre apenas caso as recombinações genéticas e as mutações consigam promover
variabilidade, se houver alterações ambientais.
26
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Dessa forma, entendemos que, caso uma proteína tenha a sua conformação estrutural
modificada, ao longo da evolução, isso permitirá às células desempenharem novas
funções. Interessantemente esse processo foi acelerado por mecanismos genéticos,
possibilitando que a duplicação ocasional de genes propicie que uma das cópias possa
evoluir, de maneira independente, para desempenhar nova função dentro das células.
Examinando:
» Recrutamento de genes.
Problemas comuns
» estabelecimento da homologia;
27
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Soluções
Neurônio
25 µm
Mas lembre-se que, da mesma forma que a modificação de uma proteína pode causar
mudanças em alguns níveis morfológicos, bioquímicos, e genéticos, pode também não
resultar em diferenças visíveis.
28
CAPÍTULO 3
Genética molecular e de populações
500 rr = 500 R
500 = Rosa 500 r
300 RR = 600 R
300 = Vermelha
Assim, podemos nos questionar, por que os alelos da hemofilia são tão raros em todas
as populações humanas e o alelo que causa anemia falciforme é tão comum em algumas
populações africanas? Quais mudanças podemos esperar na frequência de anemia
falciforme em uma população que recebe migrantes africanos? Quais mudanças
podem ocorrer em populações de insetos que estejam sujeitos aos inseticidas, geração
após geração?
29
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Fenômenos estudados
» sistemas de cruzamento;
» mutações;
» fluxo gênico;
» seleção natural;
» deriva genética.
› taxas de mutação;
› coeficientes de seleção;
› taxas de migração.
› tamanhos populacionais;
› número de gerações.
30
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Cromátides
Cêntromero
Metacêntrico Submetacêntrico
Acrocêntrico
31
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
A A A a a a
Frequência genotípica
32
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
A carga genética, definida como a fração populacional que não se reproduz mais por
uma causa de natureza genética, pode ser mutacional, recombinacional ou resultante
de seleção natural. Geralmente, o seu valor é calculado comparando:
» Uma população que não apresenta aquele fator genético com outra
população que apresenta aquele fator genético. No caso de uma
população sem seleção, o valor de referência é um.
Adoção
Sexo desconhecido
I irmãos
Indíviduo falecido
Gêmeos verdadeiros
III Homem afetado
Lei de Hardy-Weinberg
Equilíbrio de Hardy-Weinberg
» infinita;
» reprodução sexuada;
» acasalamentos aleatórios;
» diploide;
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
» migração;
» mutação;
» seleção;
» dispersão;
» tamanho populacional;
» endogamia;
Genética de populações
Nas populações de animais, nas quais os genótipos dos reprodutores são dificilmente
conhecidos, era extremamente complicado antecipar as relações genotípicas da prole
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INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Solenoide
Nucleossoma
Histonas
Frequência gênica
» Durante muitos anos, essas vacas foram acasaladas com touros Hereford
e com cornos, ao longo desse tempo, não apareceu nenhum filho sem
cornos.
35
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Resposta:
Resposta:
36
CAPÍTULO 4
Genética mendeliana
As informações contidas nesta unidade foram baseadas nos livros “Genética de Micro-
organismos em Biotecnologia e Engenharia Genética”, Azevedo (1985); “Tipagem
Genética de Micro-organismos”, Alves et al. (2007); “Genes: conceitos e aplicações”,
Lewin (2001) e “Microbiologia”, Tortora, Funke e Case (2012).
Genética mendeliana
A genética mendeliana nos permite predizer a distribuição genotípica bem como
fenotípica da progênie resultante do acasalamento e engloba:
» cruzamento;
» hibridização;
» híbrido;
» traços constantes;
» autofertilização;
» fertilização cruzada;
» caracteres ou traços;
» linhagens puras.
37
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
A B
Estigma
base
asa
Ovário
labelo
Estame C
38
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» Cada família tinha nascido de uma semente distinta e, por isso, possuía
características diferentes:
Interessantemente, Mendel notou que por muitas gerações, cada família havia
conservado sua característica, ou seja:
Mendel, então, cruzou ervilhas puras de sementes amarelas (P) com ervilhas puras de
sementes verdes (P), observando:
39
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
F1
F2
Cada indivíduo passa para seus descendentes apenas um dos fatores do par de uma
determinada característica em cada gameta (células sexuais).
Assim:
40
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» Quando a ervilha amarela pura (P) é cruzada com uma ervilha verde
pura (P), o híbrido (F1) recebe um fator “V” e um fator “v” sendo,
portanto, portador de ambos os fatores.
Como as ervilhas obtidas em F1 eram todas amarelas, significa que apenas 1 fator
se manifestou, o fator “V”. Hoje, entendemos que as ervilhas que possuem 2 fatores
diferentes para a mesma característica (Vv) são chamadas de “heterozigotos” e as
ervilhas que possuem os 2 fatores iguais (vv) são chamadas de “homozigotos”. No caso
das ervilhas amarelas puras (VV), elas são chamadas de homozigotos dominantes e as
ervilhas verdes (vv) são chamadas de homozigotos recessivos.
P VV vv
F1 Vv Vv
F2 VV Vv Vv vv
› Uma ervilha Vv produz metade dos seus gametas com o fator “V” e a
outra metade com o fator “v”.
41
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Sumariamente:
» Cada ervilha Vv forma metade (1/2) dos gametas “V” e metade (1/2) “v”.
Figura 17. Formação dos gametas e cruzamento de dois indivíduos heterozigotos Vv.
Gametas
V v
1/2 1/2
1/4 1/4
V
1/2 VV Vv
Gametas
1/4 1/4
v
1/2 Vv vv
» hereditariedade;
» dominante;
42
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» recessivo;
» heterozigoto;
» homozigoto.
» Ele cruzou ervilhas com sementes amarelas e lisas com ervilhas que
possuíam sementes verdes e rugosas.
Já sabendo que:
Resultando em.
43
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
› VR (25%);
› Vr (25%);
› vR (25%);
› vr (25%).
44
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Figura 18. Representação dos cruzamentos que resultaram na Segunda Lei de Mendel.
Ervilha Ervilha verde
amarela e lisa e rugosa
Geração P
VVRR
VVrr
Gametas VR
VT
Amarela
e lisa
Geração F GAMETAS MASCULINOS
VvRr
Amarela
e lisa
VvRr VR Vr vR vT
VR
Amarela e Amarela e Amarela e Amarela e
lisa VVRR lisa VVRr lisa VvRR lisa VvRr
GAMETAS FEMININOS
Vr
Amarela e Amarela e Amarela e Amarela e
lisa VVRr rugosa VVrr lisa VvRr rugosa Vvrr
vR
Amarela e Amarela e Verde e lisa Verde e lisa
lisa VvRR lisa VvRr vvRR vvRr
vr
Amarela e Amarela e Verde e lisa Verde e rugosa
lisa VvRr rugosa Vvrr vvRr VVrr
Geração F2
Observe que, no total, temos 16 possíveis combinações de fatores, mas, apenas quatro
tipos diferentes de sementes são observados. Por que isso acontece? Porque os
heterozigotos manifestam a característica dominante, assim:
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CAPÍTULO 5
Divisões celulares: mitose e meiose
As informações contidas nesta unidade foram baseadas nos livros “Genética de Micro-
organismos em Biotecnologia e Engenharia Genética”, Azevedo (1985); “Tipagem
Genética de Micro-organismos”, Alves et al. (2007); “Genes: conceitos e aplicações”,
Lewin (2001); e “Microbiologia”, Tortora, Funke e Case, 2012.
CITOCINESE
MITOSE
FASE M
INTÉRFASE
Replicação do DNA
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INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Fase S
Intérfase
Mitose
Passadas as fases S e G2, a célula vai para o passo M, cujo início é a mitose
propriamente dita – na qual as cromátides-irmãs são separadas e segregadas para o
par de núcleos-filhos idênticos. Uma vez concluída a mitose – que é tradicionalmente
dividida em cinco etapas: (i) prófase, (ii) prometáfase, (iii) metáfase, (iv) anáfase e (v)
telófase –, o próximo evento da fase M é a citocinese, em que se tem a divisão da célula
em duas metades, cada uma com um núcleo idêntico.
47
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Envelope
nuclear intacto. Formação do
fuso mitótico.
Cinetocoro.
Microtúbulo do
cinetocoro. Cromossomo em
movimento ativo.
48
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Cromossomo no
polo do fuso.
Microtúbulo de
cinetocoro.
Cromossomos-filhos
Encurtamento dos
microtúbulos do Polo do fuso se movendo
cinetocoro. para fora.
49
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Anel contrátil
começando a se
contrair.
Centrossomo.
Microtúbulos interpolares.
Formação do envelope nuclear ao
redor de cromossomos individuais.
Depois do fim da mitose, começa a citocinese (lembre-se: ainda estamos na fase M). Na
citocinese, o citoplasma é dividido em 2 por um anel contrátil de actina e filamentos de
miosina, que comprime a célula em duas partes para criar duas células-filhas, cada
uma com um núcleo.
Embora a divisão nuclear seja seguida pela divisão citoplasmática, como tudo na vida,
há exceções. Algumas células sofrem múltiplos ciclos de divisão nuclear sem divisões
citoplasmáticas adicionais.
50
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» desenvolvimento embrionário;
» crescimento;
» renovação celular;
» regeneração;
» produção assexuada;
Meiose
A meiose é a divisão celular em que uma célula diploide (2n), após uma replicação
do DNA, sofre duas divisões celulares sucessivas, originando quatro células haploides
(n), cada uma com metade do número de cromossomos presente na célula original. A
maioria dos organismos eucarióticos se reproduz de forma sexuada: os genomas de
dois doadores se misturam para gerar uma hereditariedade geneticamente distinta
de ambos os doadores, gerando células diploides. A reprodução sexuada depende do
processo especializado de divisão nuclear chamado de meiose, que produz células
haploides, ou seja, contém uma única cópia de cada cromossomo.
Esse processo promove a variabilidade das espécies de reprodução sexuada bem como
permite a recombinação gênica.
51
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Na meiose I, os dois cinetocoros irmãos estão localizados lado a lado em cada homólogo
e ligados a microtúbulos do mesmo polo do fuso. A clivagem proteolítica da coesina, ao
longo dos braços das cromátides-irmãs, separa os braços e termina a recombinação,
possibilitando que os homólogos duplicados se separem na anáfase I. Dessa forma,
a coesina residual, nos centrômeros, mantém unidas as irmãs. A quebra da coesina
centromérica permite que as cromátides-irmãs se separem na anáfase II.
Homólogo paternal
Homólogo maternal
Pareamento e recombinação de
homólogos duplicados.
Pares homólogos se
alinham no fuso.
Segregação de homólogos na
anáfase 1.
Cromossomos duplicados se
alinham individualmente no fuso.
Segregação de cromátides-irmãs na
Segregação de cromátides-irmãs
anáfase.
na anáfase 2.
52
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» algas;
» protozoários; e
» fungos.
O zigoto é inicialmente diploide (2n) e, logo após a sua formação, acontece a meiose,
originando quatro esporos haploides (n).
» algas multicelulares;
» plantas.
O zigoto é diploide (2n) e gera um indivíduo diploide (2n); ocorre a meiose, originando
os esporos haploides (n), os quais produzirão indivíduos também haploides (n); então
ocorre a mitose, formando os gametas.
Meiose gamética acontece nos animais origina os gametas haploides (n). A fecundação
restitui a condição diploide (2n) dos indivíduos.
Fecundação
Zigoto
diploide
Meiose zigótica
Indivíduos
haploides
Fecundação
Zigoto
diploide
Individuo
diploide
Fonte: adaptado de https://dynamicon.com.br/wp-content/uploads/2019/02/Divis%C3%A3o-Celular-e-Fases-da-Mitose.pdf.
53
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Fases da meiose
Fecundação
Individuo diploide
Centrossomo duplicado
Centrossomo
Nucléolo
Cromossomo duplicado
54
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Prófase I
Fase muito longa, que contém acontecimentos primordiais, e por isso é dividida em
cinco subfases, como discutimos anteriormente.
Metáfase I
Quebras Quiasma
Quiasma
Quebras
Tempo
D
A B C
Resultado das permutações
55
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Anáfase I
Telófase I
Citocinese I
Prófase II
Novos núcleos.
Duplicação e separação dos
cromossomos.
56
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Metáfase II
Anáfase II
Telófase II
Citocinese II
Divisão citoplasmática
57
CAPÍTULO 6
Estrutura e duplicação de DNA
As informações contidas nesta unidade foram baseadas nos livros “Biologia molecular
da célula”, Alberts et al. (2017); “Tipagem Genética de Micro-organismos”, Alves
et al. (2007); “Genes: conceitos e aplicações”, Lewin (2001); e “Microbiologia”,
Tortora, Funke e Case (2017).
Replicação do DNA
Na duplicação do DNA, uma molécula de DNA de fita dupla é convertida em duas
moléculas idênticas. Assim, a estrutura complementar das sequências das bases
nitrogenadas presentes no DNA é a chave para a compreensão da duplicação genética,
uma vez que graças a complementariedade de bases, uma fita do DNA pode funcionar
como molde para a produção da fita complementar, duplicando a informação
hereditária dos organismos.
Fonte: https://www.resumoescolar.com.br/biologia/resumo-sobre-dna/.
58
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Para que o DNA seja transcrito em RNA e traduzido em proteína, as duplas fitas
parentais precisam ser desenroladas, permitindo o acesso da DNA-polimerase
às informações contidas naquelas fitas para, então, poder duplicá-las. A fase de
alongamento da replicação inclui duas operações distintas, porém relacionadas: as
sínteses da fita líder e da fita complementar. Para a sintetizar ambas, várias enzimas
na forquilha de replicação são fundamentais. Depois que toda a parte necessária
(gene que vai codificar para alguma proteína importante naquele momento para
o organismo), o DNA (que se encontra desenrolado na forquilha de replicação) é
duplicado.
Forma ligações covalentes para unir as fitas de DNA; liga os fragmentos de Okazaki e os novos segmentos no
DNA-girase
reparo de excisão.
Endonuclease Corta o esqueleto de DNA em uma fita de DNA; facilita o reparo e as intenções.
Fotoliase Utiliza a energia da luz visível para separar os dímeros de pirimidina induzidos pela luz ultravioleta (UV).
Topoisomerase Relaxa o superenovelamento acima da forquilha de replicação; separa DNA circular no final da replicação.
59
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
» Cada fita de DNA atua como molde e, por isso, direciona quem pareia
com quem, ou seja, especifica a sequência de nucleotídeos que a sua
fita complementar deverá ter, produzindo duas células-filhas de DNA
idênticas.
DNA
Utilização da informação
genética intracelular para Possiblidade de transferência Possiblidade de transferência
produção proteica essencial ao horizontal da informação vertical da informação genética,
metabolismo e funcionamento genética, entre células da para células da próxima
celular. mesma geração. geração.
Novas
combinações
Transcrição gênicas
Tradução
60
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» Sintetizar o DNA.
» Sequenciar o DNA.
Açúcar desoxirribose T A T A
Fosfato C G
1 – A dupla G C
hélice de DNA se
separa após as
ligações de Forquilha de
hidrogênio se replicação C G
romperem.
A
T T A
2 – As ligações G C G C
de hidrogênio A T
se formam T
A
entre os novos
nucleotídeos. A T A
3’
A T 5’
3 – Enzimas
catalisam a G C G
C b) Duas fitas de DNA antiparalelas.
formação de
ligações 3’ 5’
fosfato entre
a) Forquilha de replicação.
nucleotídeos.
Certo! Agora, como o DNA sabe exatamente qual parte do seu genoma será duplicado
naquele momento? Você já ouviu falar em forquilhas de replicação? E em bolha
replicativa?
61
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
OH OH
Açúcar A T A T
Fosfato
C G C G
G C G C
OH P
A T A
T
OH
P P P
P
P A hidrólise da ligação de
C C
fosfato fornece a energia para
OH
a reação.
Quando um nucleosídeo
trifosfato se liga ao açúcar, ele
perde dois fosfatos.
62
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
DNA-polimerase
Enzimas (helicase)
desenovelam a dupla-
hélice da
fita-molde.
Forquilha de
replicação
Iniciador de RNA
DNA-ligase une
DNA-primase os fragmentos 5
descontínuos da ’
Fragmento fita atrasada.
de Okazaki 3’
5
’ Molécula de DNA DNA-polimerase
3’ da fita-molde .
63
CAPÍTULO 7
Biossíntese de RNA e proteínas
64
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
RNA-polimerase RNA-polimerase
mRNA Nucleotídeos de RNA
Proteína DNA
Transcrição G C G C A
A
A C G T G C G
T C
T C
RNA-polimerase ligada ao DNA. AFM 10 G
RN
C A C GA Fita-molde de DNA
Promotor
(Início do
gene) RNA-polimerase Síntese de RNA
RNA Sítio de terminação
(Final do gene)
Fita de RNA
completa
65
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Síntese de RNA
3 – O local de síntese move-se
ao longo do DNA; o DNA que
foi transcrito se enovela
novamente.
Região de terminação
(final do gene)
4 – A transcrição atinge a
região de terminação.
66
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
» alongamento;
» terminação.
A C U CG G GU A A C U CG AA G A U C C A UG A
RNA Mensageiro
Códon
67
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
68
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
Proteína
Sítio A
Sítio E
mRNA
mRNA
O ribossomo move-se ao longo do mRNA.
3 – O segundo códon do mRNA se pareia comum tRNA carreando 4 – O ribossomo se move ao longo do mRNA até
o segundo aminoácido no sítio A. O primeiro aminoácido se une que o segundo tRNA esteja no sítio P. O próximo
ao segundo por uma ligação peptídica. Isso liga o peptídeo ao códon a ser traduzido é conduzido ao sítio A. O
tRNA no sítio P. primeiro tRNA ocupa agora o sítio E.
mRN
mRNA A
5 – O segundo tRNA se une ao terceiro por 6 – O ribossomo se move ao longo do mRNA e novos
ligação peptídica e o primeiro tRNA é liberado, aminoácidos são adicionados aumentando a cadeia
no sítio E. polipeptídica.
Nova proteína
U
Polipeptídeo
liberado
mRNA mRNA
Códon de término
8 – Finalmente, o último tRNA é liberado e o ribossomo
7 – Quando o ribossomo atinge um códon de término, o
desfaz o complexo. O polipeptídeo liberado forma uma
polipeptídeo é liberado.
nova proteína.
69
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
70
CAPÍTULO 8
Mutações gênicas e cromossômicas
Variabilidade genética
Evolução e adaptação
Alterações genotípicas:
Mutação
As mutações são um erro que ocorre durante a replicação do material genético, esse
erro pode ser tanto espontâneo quanto induzido. Elas, geralmente são resultantes de:
› deleção;
› inserção;
71
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
› neutras;
› silenciosas;
› desvantajosas;
Tipos de mutações
O tipo mais comum de mutação envolve um único par de base nitrogenada (A, T, C
ou G). Neste caso, o pareamento pode ser desregulado, uma vez que A pareia com T
e C pareia com G, se uma das bases sofre mutação, ou seja, era A e vira C, haverá um
pareamento errôneo entre C e T.
72
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
DNA da célula-filha
No próximo ciclo de
DNA da célula-filha replicação, a adenina pareia Replicação
a timina, gerando um A=T no
lugar de um C=G original. DNA da célula-filha
Aminoácidos
73
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
DNA molde
Transcrição
mRNA
Tradução
Aminoácidos
DNA molde
Mutação missense
mRNA
Aminoácidos
Mutação nonsense
Mutação de fase de
leitura
74
INTRODUÇÃO À GENÉTICA │ UNIDADE I
HNO2 Replicação
DNA-filho alterado
DNA-neto alterado
Radiação
Outra categoria de mutágenos potentes são os raios gama e os raios X, por terem a
capacidade de ionizar átomos. A penetrabilidade da radiação ionizante faz os elétrons
saltarem das camadas usuais. O bombardeamento de elétrons causado por essas
radiações provoca mais dano – e este é cumulativo.
Resultantes desse bombardeio seguido de dano, os íons e radicais livres são altamente
reativos e levam a uma cascata de mudanças. Alguns desses íons levam a oxidação de
bases nucleotídicas no DNA, o que provoca erros no reparo e na replicação do código
genético, ocasionando mutações. Além disso, é possível que ocorra ruptura de ligações
fortes e importantíssimas, as ligações covalentes, principalmente as do arcabouço de
açúcar-fosfato do DNA, provocando rupturas físicas nos cromossomos.
75
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Figura 44. Mutação por radiação ultravioleta com geração de dímero de timina, seguida de excisão de
Clivagem por
Exonuclease remove o DNA
endonuclease.
danificado.
Novo DNA
76
BIODIVERSIDADE UNIDADE II
EM PLANTAS
O Brasil possui uma das floras mais ricas do mundo – com aproximadamente 19% da
flora mundial –, composta por mais de 56.000 espécies de plantas, sem contar com os
fungos. Nosso entendimento da diversidade e de como estão as plantas não vasculares
no país consiste ainda em um processo lento, mesmo com pesquisas – discutidas em
grupos de algas – que tenham demonstrado a perda de espécies por causa da poluição
ambiental. O destaque em levantamentos de floras locais, ao invés de pesquisas
taxonômicas mais amplas, tem atrapalhado as estimativas da quantidade total de
espécies para a maioria dos grupos taxonômicos. Os dados sobre as angiospermas,
principalmente as monocotiledôneas (das quais, aproximadamente, 45% são
endêmicas), são os mais completos.
Dentro desse grupo, as informações disponíveis são mais confiáveis, tendo sido
nomeados alguns padrões de distribuição, níveis de endemismos e centros de
diversidade. Estão em crescente desenvolvimento medidas lideradas para catalogar a
flora do Brasil, acrescentando estudos que muito contribuem para a elevação do nosso
conhecimento, como os seminários para a definição de prioridades – organizados
pelo Ministério do Meio Ambiente –, os quais já identificaram áreas prioritárias para
a conservação nos principais biomas do país; procederam à elaboração de listas de
espécies de plantas ameaçadas de extinção; e fizeram a organização de dados sobre
os materiais-tipo das espécies do Nordeste por meio da Iniciativa Darwin. Essas
iniciativas têm sugerido a real importância de se desenvolver a quantidade e a área
geográfica dos estudos de sistemática e taxonomia no Brasil, ações que necessitam
de base financeira adequada e de sistemas de aperfeiçoamento para especialistas
nessas áreas.
77
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
78
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
adaptem, todas elas estão ameaçadas de extinção, não por causa do envelhecimento,
mas por causa da probabilidade finita de extinção como um fato inevitável.
79
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
80
CAPÍTULO 1
Diversidade genética
• Mutação • Recombinação
genética
Alteração Crossing-over
permanente Reprodução
do DNA sexuada
A genética na agropecuária
Devido ao desenvolvimento da biotecnologia, especialmente a tecnologia do DNA
recombinante e a genômica, foram feitas importantes contribuições, como a produção
de insulina e somatostatina. A maior eficiência na produção desses itens possibilita
atender à crescente demanda mundial por preços mais acessíveis. No que diz respeito
às plantas, a introdução de resistência ao herbicida glifosato e a vários insetos (Bt)
melhorou bastante o manejo das culturas. Essas duas resistências são dois genes
encontrados nas bactérias do solo, incluindo soja, milho e outros vegetais. Espera-se
que algumas plantas e/ou animais, em breve, sejam transformados em verdadeiras
fábricas de drogas. Esse fato ocorreu em ovinos transgênicos que produzem uma
proteína terapêutica, a antitrombina humana, comercializada nos Estados Unidos e na
Europa. Biodiversidade agrícola , genética e sistemas agrícolas podem ser entendidos
como o processo de relações e interações entre e dentro do manejo da diversidade de
81
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
» mutação;
» migração;
» seleção natural;
» deriva genética;
» casamento preferencial;
» mudanças no DNA;
82
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
» novos alelos;
» variação genética.
Divergência
Diversidade
Adaptabilidade genética
Medida do número de prole dos animais que sobreviveram até a idade reprodutiva
quando comparados com um grupo controle:
83
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
Adaptabilidade (f)
Deriva genética
Causa altas frequências para alelos de condições deletérias ou letais em uma
população. Constitui-se flutuação alélica aleatória que opera em um pequeno pool de
genes em uma população pequena.
População pequena
84
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
e pode ajudar a mantê-las a longo prazo. A pesquisa genética, portanto, tornou-se uma
prioridade na determinação de estratégias de continuidade.
» cruzamento aleatório;
» seleção natural;
» mutações;
» migrações.
Indivíduos
procuram cruzar com
Aumento de
São mais
predadores.
Um genótipo
se torna mais
raro.
85
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
Novas
variações
aparecem.
Um genótipo
se transforma
em outro.
Muitos
e
Deixam
Genótipos que
saíram se
tornam raros.
86
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
prévio das espécies a serem estudadas, assim como a maioria das espécies neotrópicas.
Eles são baseados na amplificação aleatória de fragmentos de DNA usando iniciadores
de sequência aleatória.
A tecnologia RAPD é vantajosa é por ser simples, rápida e barata. Quanto aos
marcadores, eles apresentam a desvantagem de serem dominantes por natureza.
Os estudos filogeográficos em plantas baseiam-se, principalmente, na variabilidade
do genoma do cloroplasto (cpDNA), que possui herança uniparental, baixas taxas
de mutação e sem recombinação. A estrutura genética desse genoma é afetada por
relações históricas e fluxo genético ancestral entre as populações, além de eventos
como a formação de gelo e as mudanças climáticas ao longo do tempo geológico.
Dessa maneira, a pesquisa geográfica sistemática fornece um método para detectar a
correlação entre a distribuição geográfica do haplótipo e sua relação genealógica.
Frequência dos
alelos permanece
constante.
Tempo
Efeito fundador
O efeito fundador ocorre quando uma população materna cria novas populações (A1,
A2 ou A3), quando um novo habitat é colonizado ou porque parte dessa população
se separa e funda uma nova. Esse efeito ocorre, por exemplo, quando as ilhas são
povoadas por alguns indivíduos de populações continentais.
87
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
População A1
População A2
População A
População A3
88
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
mesma espécie ou espécies relacionadas. No que diz respeito às plantas, elas podem
ser mantidas em seu próprio habitat natural (preservação in situ) por manutenção em
tubos de ensaio em jardins, estufas, câmaras frigoríficas e laboratórios (conservação
ex situ) ou através de processos externos.
89
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
Par de cromossomos
homólogos
Centrômero
A B Ponto de quiasma A` B` C` D`
Cromatídes
Existe variação genética entre indivíduos da reprodução sexual e entre seus parentais.
A variação genética individual é causada pela meiose e pela fertilização: a meiose
ocorre porque a separação dos cromossomos homólogos acontece aleatoriamente
e também devido ao cruzamento; já a fertilização, porque provém da combinação
aleatória de gametas e possui informações genéticas diferentes.
90
CAPÍTULO 2
Preservação da biodiversidade
Insetos
Plantas
Aracnídeos
Fungos
Moluscos
Algas
Espécies por descobrir
Protozoários
Crustáceos
Nematoides
0 6
Bactérias
X10000
91
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
1. Biodiversidade.
FLORA Plantas
Animais FAUNA
Ecossistema Micro-
organismos
92
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
A importância da biodiversidade
A proteção e o uso sustentável da diversidade biológica, bem como a possibilidade de
produzir bens e serviços ambientais, bem como a geração de emprego e renda, são
as melhores maneiras de avaliar e proteger nosso patrimônio ambiental. Veja várias
funções da biodiversidade essenciais para atividades ambientais, econômicas, sociais e
culturais abaixo:
» funções ambientais;
» variabilidade e adaptação;
» produtos florestais.
Explosão do Exploração
Impactos
crescimento excessiva dos
ambientais
populacional recursos naturais
A biodiversidade também está ligada à variação genética que ocorre em cada espécie.
Isso é importante porque permite que todos se adaptem às mudanças comuns no
93
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
ambiente. A temperatura varia de dia para dia (quente) a noite (frio) e o ano todo
(verão/inverno). A umidade varia em diferentes épocas do ano (seca e estação das
chuvas) ou de uma área para outra, como no deserto, onde a água é escassa, enquanto
as florestas tropicais apresentam maior umidade. A fonte de luz é principalmente
do sol, variando dos trópicos (maior luminosidade) ao polar (menor luminosidade).
A salinidade pode ser alta (oceano, mar) ou baixa (rio, lago doce). Todo organismo
precisa se adaptar a essas e outras condições, algumas das quais são tão extremas que
podem levar ao processo de especiação, ou seja, ao surgimento de novas espécies.
Se
considerarmos Se Entre 10.000 e
que existem 2 1000.000
milhoes de
considerrmos
espécies 100 milhões de extinções por
distintas no Entre 200 e espécies ano
planeta. 2.000 extinções
por ano.
Ameaças à biodiversidade
As ações humanas nos ecossistemas estão afetando cada vez mais a flora e a fauna
da Terra. O declínio do endemismo em uma dada espécie é uma forte ameaça à
biodiversidade. Nesse caso, nosso país mostrou impacto negativo, pois várias espécies
animais e vegetais derivadas de ambientes endêmicos, como a Mata Atlântica e o
Cerrado, enfrentam sérias ameaças de extinção (SANTOS, 2010).
94
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
Perda de
Introdução de
biodiversidade Perda de habitats Efeito de broda
espécies exóticas
nativa
Degradação do
Efeitos negativos Redução de Perda de serviços
solo e dos corpos
na cadeia alimentar variedade genética ambientais
d'água
Alteração na
Redução da
diversidade e na Alterações
absorção de
abundância das microclimáticas
carbono
espécies
95
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
Refúgios que mantêm a biodiversidade são as melhores opções para ajudar a combater
a perda de biodiversidade. Portanto, a proteção de áreas protegidas permanentes
ao longo dos cursos de água e a proteção legal da propriedade ajudam a manter a
biodiversidade. O Código Florestal Brasileiro (Lei no 4.771, de 15 de setembro de
1965) prevê uma área protegida permanente (APP) e uma área protegida estatutária
(RL). Define-se como área protegida permanente aquela coberta ou descoberta por
vegetação natural. Essa iniciativa visa, além de proteger as funções ambientais dos
recursos hídricos, paisagem, estabilidade geológica, biodiversidade, fluxo gênico de
plantas e animais, proteger o solo e garantir o bem-estar humano.
» superexploração;
» poluição.
96
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
Conservação da agrobiodiversidade
A proteção da biodiversidade agrícola não é apenas uma questão ambiental. A
segurança alimentar e nutricional de toda a população, o desenvolvimento rural
sustentável, a inclusão social e o combate à fome e à pobreza estão direta ou
indiretamente relacionados à proteção e uso dos recursos da biodiversidade agrícola.
Hoje, cerca de 75% dos 1,2 bilhões de pessoas mais pobres do mundo vivem em áreas
rurais e dependem da agricultura para sua subsistência. Portanto, as comunidades
locais devem ser continuamente incentivadas a apreciar e reconhecer a importância de
seu papel na proteção e no uso da biodiversidade (MACHADO et al., 2008).
97
CAPÍTULO 3
Resistência genética de plantas aos
patógenos
Mecanismos de resistência:
98
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
Assim, quando as plantas ou partes delas morrem, elas são decompostas por micro-
organimos, que usam os componentes das plantas como fonte de nutrientes para seu
crescimento e desenvolvimento. À medida que a diversidade de micro-organismos nos
tecidos vegetais em decomposição tende a aumentar, a competição por alimentos se
torna difícil. Para escapar dessa competição, um método alternativo que alguns micro-
organismos podem usar é adaptar-se a esse novo nicho e desenvolver estratégias para
obter o tecido menos competitivo das plantas que vivem nos alimentos. No entanto,
apesar de as plantas secretarem certa quantidade de nutrientes na rizosfera e/ou no
sistema radicular, sua concentração máxima está localizada no tecido, citoplasma e/ou
exossomo e, portanto, a rizosfera necessita que micro-organismos invadam os tecidos
das plantas.
O RNH é apenas um sistema de defesa bem projetado que protege as plantas dos
micro-organismos e envolve mecanismos físicos e bioquímicos. Esses mecanismos
99
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
As doenças causadas por bactérias fitopatogênicas são um dos vários fatores que
reduzem a produtividade das culturas e prejudicam gravemente os sistemas agrícolas,
e o controle de bactérias patogênicas é dificultado pela falta de produtos com atividade
antibacteriana. Certas doenças, causadas por patógenos vegetais, colocam em
risco a segurança alimentar e a estabilidade econômica em vários países. No Brasil,
por exemplo, o câncer, a ferrugem cítrica e a doença do dragão amarelo continuam
ameaçando os citros.
Dessa forma, neste capítulo, serão abordados os mecanismos que as plantas usam
para limitar ou prevenir infecções bacterianas que se concentram na identificação
de genes responsáveis e no uso (potencial) desses genes na agricultura. Finalmente,
serão discutidos também os mecanismos bacterianos que identificam a inibição da
resistência.
100
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
101
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
resistência costuma ser um efeito indireto de outros fatores, o que torna mais difícil
lidar com a resistência dessa planta às doenças. Por exemplo, existem doenças simples
(crescimento aritmético) que geralmente afetam as raízes do hospedeiro, enquanto
doenças de interesse composto (crescimento exponencial) afetam as partes aéreas da
planta. Nesse caso, dependendo da situação, tanto a resistência oligomérica quanto a
poligênica podem desempenhar um papel, embora a resistência oligomérica seja mais
adequada para casos de doenças de interesse simples.
Por exemplo, supondo que exista uma variante de planta com o gene de resistência
R1, através da hipótese gene a gene, qualquer raça de um patógeno com um gene
de virulência será capaz de superar a resistência conferida pelo gene R1 hospedeiro.
Portanto, tanto esta como outra raça causarão doenças nessa raça, mas a última raça
tem pouca viabilidade no hospedeiro R1 devido a genes de virulência desnecessários.
No entanto, depende se o gene de resistência no hospedeiro é forte ou fraco, o que será
explicado mais adiante. Após um breve comentário, agora podemos nos concentrar
nas seguintes formas principais de resistência das plantas às doenças:
a. Resistência vertical
102
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
c. Resistência completa
d. Imunidade
e. Tolerância
f. Hipersensibilidade
103
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
104
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
Figura 63. Teoria gene a gene para o parossistema Oryza saliva-Pyricularia orzae oryza.
A a
Patógeno
Produto elicitor do Não tem produto,
gene AVR. ou o produto não é
específico.
Hospedeiro
Resistente Suscetível
R
Suscetível Suscetível
r
Ar Ar
105
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
106
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
Esses compostos são tóxicos para ampla gama de micro-organismos e, para serem
patógenos em plantas que produzem esses metabólitos secundários, um mecanismo
de desintoxicação deve existir. Convencionalmente, compostos bioquímicos de
metabólitos secundários de plantas, com efeitos antimicrobianos, são classificados
em fitoalexinas e filoalexinas. Essas definições são baseadas na dinâmica sintética dos
compostos antimicrobianos e não em sua composição, o que, às vezes, pode causar
confusão, uma vez que o mesmo composto químico pode ser considerado como
fitoalexina em uma planta e a mesma planta em outra como fitoantecipina ou mesmo a
mesma molécula, uma fitoalexina em um órgão e fitoantecipina em outro órgão.
107
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
108
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
Domínio
extracelular
Domínio
intracelular
RLK RLP RLK RLP RLK RLK RLP
FLS2
Ca2+
Reconhecimento de BAK1
MAMP/PAMP O2
O2-
Ca2+
MAPKKK
RbohD
MAPKK
CDPKs
Sinalização MAPK
WRXY
Genes de defesa
NÙCLEO
Indução genética
CITOPLASMA
109
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
Os micro-organismos parasitas que conseguem extrair alimentos dos tecidos vivos das
plantas usam estratégias diferentes de parasitismo e são classificados em três tipos:
parasitas necrotróficos, parasitas hemibiotróficos e parasitas biotróficos. As diferenças
básicas entre eles são o tipo de infecção, o tipo de patógeno, os sintomas causados,
a variedade de hospedeiros e, finalmente, o tipo de resistência do hospedeiro da
planta. Patógenos necrotróficos incluem tipos de fungos, oomicetos e bactérias, usam
estratégias de patogênese altamente destrutivas que levam à rápida maceração dos
tecidos das plantas e extensa necrose. Uma característica marcante desses patógenos
é, portanto, a capacidade de extrair nutrientes de tecidos vegetais mortos. Para causar
a doença, os patógenos necrotróficos excretam fatores patogênicos, como fitotoxinas,
110
BIODIVERSIDADE EM PLANTAS │ UNIDADE II
111
UNIDADE II │ BIODIVERSIDADE EM PLANTAS
112
MELHORAMENTO UNIDADE III
DE CULTIVARES
Outra maneira de reduzir os danos causados pela falta de água é desenvolver plantas
mais resistentes ao estresse hídrico ou usar a água com mais eficiência. Esse trabalho foi
113
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
desenvolvido por vários criadores de todo o mundo. No entanto, apesar dos progressos
realizados, ainda há muito a ser feito para reverter as perdas atuais e futuras. Para que
o melhoramento das plantas adaptadas à escassez de água tenha maiores perspectivas
de sucesso, é preciso conhecer a probabilidade e as características da finitude da água
– como intensidade, duração e tempo – dependendo do estágio. Isso ocorre porque
a resposta ao estresse depende de uma combinação de características e propriedades
da planta. Existem dois princípios que podem ser usados nas cultivares adequadas à
escassez de água: melhorias na tolerância à seca ou na eficiência do uso da água. Do
ponto de vista fisiológico, no entanto, é contraditório melhorar ambas as propriedades
simultaneamente (BASSETT, 2013).
114
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Inovação
Lucro
Depósito
Diretiro
intelectual
Proteção
Utilização
115
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
Característica
desejada
116
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Por outro lado, os pesquisadores apontam danos ao meio ambiente como problemas
causados pelo uso de OGM. O aumento da convergência de culturas, incluindo
organismos geneticamente modificados, a destruição de ecossistemas naturais e a
substituição de culturas tradicionais que se adaptam ao meio ambiente, causaram
enorme perda de biodiversidade e colocaram em risco muitas espécies valiosas. Essa
perda de variabilidade genética é chamada erosão genética. Também não há pesquisas
suficientes sobre os efeitos na saúde dos consumidores finais desses produtos e dos
agricultores que os manipulam. Além disso, a maioria das pesquisas é conduzida por
empresas que, certamente, concentram-se mais em seus lucros do que no impacto a
longo prazo na saúde e no bem-estar do consumidor.
117
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
Outro ponto fundamental é que o aprimoramento das variedades locais deve ser
realizado com os agricultores para que as técnicas de seleção genética possam ser
discutidas e repassadas a eles, de modo a poderem realizar a seleção com eficiência,
sem cometerem erros de manejo que possam levar à erosão genética local. - Assim, é
necessário que projetos com esse objetivo tenham forte componente de treinamento
para técnicos e agricultores que, com a ajuda de polos comunitários, realizem cursos
de aperfeiçoamento participativo e de gestão da agroecologia e agrobiodiversidade
(MACHADO et al., 2008).
118
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
» Registro da cultivar.
Esses três estágios só podem ser alcançados por meio de criação sexual ou engenharia
genética. Para se estabelecer novo programa de aprimoramento genético, alguns
119
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
120
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Para que um marcador seja usado para reprodução, ele deve ser mais eficiente e/ou
mais barato do que qualquer outro tipo de análise para uma determinada característica
fenotípica; estar associado à característica de interesse; ser reproduzível, rapidamente;
e ter detecção simples (se possível).
121
CAPÍTULO 1
Importância, objetivos e conceitos de
melhoramento genético
122
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
123
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
Cultivar distinta
Se distingue claramente de qualquer outra cuja existência seja bem conhecida na data
do pedido de proteção intelectual.
4 5 6 7 8 9
1 2 3
Podem não
ser claras.
Diferenças claras
Cultivar homogênea
Consiste naquela que é suficientemente uniforme nas suas características relevantes.
A B
124
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Cultivar estável
São aquelas que deixam inalteradas suas propriedades relevantes após sucessivas
propagações. Nesse caso, também podemos ter variedades sem estabilidade, cujas
propriedades essenciais mudam com sucessivas multiplicações.
Cultivar nova
Refere-se àquela que não tenha sido disponibilizada para venda ou negociação.
Brasil
Primeiro oferecimento à venda ou
à comercialização.
125
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
126
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Plantas que possuem o gene produtor de toxina de Bacillus thuringiensis; a toxina mata os insetos
Algodão Bt e milho Bt
que se alimentam das plantas.
O gene antissenso bloqueia a degradação da pectina. Dando maior duração para as frutas nas
Tomate MacGregor
prateleiras do supermercado.
Possui o gene produtor da toxina B. thuringiensis, patógeno de insetos; a toxina mata os insetos
Pseudomonas fluorescens
que se alimentam de raízes quando eles ingerem a bactéria.
Pseudomonas syringae Não produz proteína que normalmente inicia a formação indesejável de gelo em plantas.
Lavouras resistentes a Round-up Plantas que possuem o gene bacteriano; permite a utilização do herbicida de ervas daninhas sem
(glifosato) dano para plantas cultivadas.
Mas, intrinsecamente, como podemos gerar uma planta transgênica? Aqui veremos
um exemplo clássico e muito utilizado na engenharia genética.
127
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
128
CAPÍTULO 2
Estratégias de seleção
Seleção
A seleção é um efeito natural – ou artificial – que pode alterar a frequência dos alelos
em determinada população, porque apenas algumas pessoas estão envolvidas na
formação das gerações seguintes.
» combinada.
No entanto, para serem úteis para a seleção, as variáveis precisam ter alta
herdabilidade, serem fáceis de medir e estarem altamente correlacionadas com
a resposta da planta ao estresse hídrico. Para seleção, podem ser utilizadas
características fisiológicas (condutância estomática, capacidade fotossintética,
composição da membrana plasmática, fechamento dos estômatos); morfologia
(área foliar, espessura epidérmica, desenvolvimento central das costelas, densidade
estomática); ou agronomia morfológica (desenvolvimento radicular, raízes e proporção
do caule, intervalo entre a inflorescência do milho e a ponta da espiga, tamanho do
caule da cana), desde que atendam aos pré-requisitos acima, cada espécie e condições
de estresse devem ser avaliadas com antecedência.
130
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Uma estratégia inovadora foi aplicada ao arroz para selecionar a progênie para
resistência à seca. Foi realizado cruzamento entre um genótipo com alta produção
de grãos e uma variedade local com uma característica de raiz longa. Cada uma
das famílias F3 foi dividida em duas partes e plantada com e sem estresse hídrico.
O rendimento de grãos e a biomassa na colheita foram avaliados. No ano seguinte,
foi avaliado o desenvolvimento da raiz. Houve alta correlação entre densidade e
comprimento das raízes, principalmente em profundidades inferiores a 30cm, e
a resposta ao estresse hídrico. Assim, nas gerações futuras desse cruzamento, a
seleção pode ser feita com base no comprimento da raiz, que pode ser avaliada
antecipadamente, o que acelera o trabalho de melhoria.
Estratégias
O controle genético tanto da tolerância à seca quanto da eficiência do uso da água são
quantitativos e envolvem vários loci distribuídos em diferentes regiões do genoma.
Assim, a escolha do método de melhoramento a ser utilizado deve considerar o
sistema reprodutivo da espécie, a herdabilidade e o tipo de herança das características
mais importantes, o que deve ser estudado previamente. Entre os diferentes métodos
clássicos de melhoramento, os mais usualmente utilizados para a adaptação ao deficit
hídrico são o genealógico (para plantas autógamas) e a seleção recorrente (para
plantas alógamas).
131
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
» híbridos naturais.
» sequenciamento de genoma;
» mapeamento genético;
» transformação genética.
É provável que a hibridação sexual controlada seja feita porque citros e gêneros
relacionados são geralmente compatíveis sexualmente. Essa técnica não é apenas
importante para gerar variabilidade, mas também para permitir o uso de fontes de
adaptação à vida com estresse biótico (causado por pragas) e abióticos (em termos de
clima e solo) e genes com características interessantes de horticultura. Frutas cítricas
relacionadas. Vários fatores afetam o sucesso da hibridação sexual controlada, tais
como: o domínio da tecnologia; as condições climáticas, em particular a temperatura
e a precipitação; a ocorrência de doenças nas flores com foco na podridão cítrica; e as
propriedades genéticas das espécies envolvidas no cruzamento, em particular como o
grau de poliembrionia de pais do sexo feminino que, mais baixo, possibilita a formação
de mais híbridos. Esses fatores determinam a eficiência do cruzamento, bem como a
razão entre o zigoto e o embrião de célula nuclear presente na semente.
132
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
somáticas envolvem alterações no DNA que são relativamente comuns nos citros
e podem ser mantidas por meio da reprodução vegetativa e embriões nucleares. As
taxas de mutação variam de acordo com a raça, o ambiente e as práticas culturais –
principalmente a poda.
Mutagênicos físicos – como raios gama, raios X e partículas de nêutrons – são usados
para a mutagênese pontual. Nesse caso, o gene é alterado pelos processos de exclusão,
adição e/ou substituição de nucleotídeos. Como apenas um dos alelos é alterado, a
herança é quase sempre recessiva, o que significa que a homozigose deve ocorrer para
expressar o caráter mutado. Como a mutação pontual é um evento aleatório, deve-se
realizar um processo de seleção dos genótipos gerados, a fim de buscar materiais com
características interessantes (OLIVEIRA, 2013).
Hibridação somática
133
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
» genealógico (pedigree);
» população (bulk);
» retrocruzamento simples.
134
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
135
CAPÍTULO 3
Sistema de reprodução de plantas e
sua implicação no melhoramento
136
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Tipos de reprodução
Existem duas maneiras de produzir plantas: sexual e assexuadamente. A reprodução
sexual é caracterizada pela formação de gametas (meiose), na qual os gametas
masculino e feminino se fundem (fertilizam) para formar um embrião, que então
forma uma semente. Na reprodução assexuada ou assexuada, novas plantas são
formadas por meio de órgãos vegetativos especializados.
Para fins de reprodução, as espécies intermediárias podem ser tratadas como alógamas
ou autógamas. As espécies reprodutivas autógamas, alógamas e vegetativas têm
estruturas genéticas diferentes e, por esse motivo, os métodos ou processos utilizados
para desenvolver variedades são diferentes.
Alógamas Autógamas
100 95 5 0
% cruzamento
% autofecundação
0 5 95 100
Intermediárias
Fonte: adaptado de Souza Jr., 2013.
Estrutura genética
Espécies autógamas praticam autofecundação natural. É exemplo o cruzamento de
duas variedades obtidas artificialmente.
138
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Plantas autógamas
Plantas intermediárias
139
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
Plantas alógamas
Plantas alógamas são aquelas que preferem realizar polinização cruzada (acima de
95%). Nesse caso, a fertilização ocorre quando o pólen de uma planta fertiliza o ovo
da flor de outra planta. As espécies alógamas são caracterizadas por heterozigosidade,
que mostra heterose e endogamia. As espécies alógamas são divididas em três grupos,
dependendo do tipo de flor:
140
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
141
CAPÍTULO 4
Origem e evolução das espécies
cultivadas
A evolução das culturas, iniciada há cerca de 13.000 anos, está sujeita aos mesmos
processos evolutivos naturais que estão conscientes ou inconscientemente ligados à
ação humana e levam à domesticação. Nesta visão geral, são apresentados os fatores
evolutivos mais importantes, como mutação, hibridação, migração, seleção e deriva
genética, os quais estão, em certa medida, relacionados à origem, desenvolvimento
e domesticação de plantas cultivadas. Também são apresentados exemplos de como
esses processos influenciaram a diversidade intra e interespecífica de culturas com
o surgimento de novas variedades ou mesmo de novas espécies. Em geral, esses
processos têm impactado a expansão, manutenção e redução da variabilidade
genética das culturas.
142
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
Mutação
A mutação é um dos fatores evolutivos que produzem variação genética e é definida
como qualquer alteração na sequência de nucleotídeos, na estrutura e no número de
cromossomos (FUTUYMA, 2006). Essas alterações podem ocorrer espontaneamente
nas células ou pela ação de substâncias mutagênicas, ionização e radiação ultravioleta,
levando à substituição incorreta de bases contendo nitrogênio e a alterações
no valor ou na estrutura dos cromossomos. Mutações genéticas relacionadas a
características agronômicas podem promover a domesticação de certas plantas
cultivadas, principalmente em gramíneas, como trigo, arroz e milho (LADIZINSKY,
1998). Essas culturas de várias mutações genéticas ganharam maior capacidade de
reter inflorescências na inflorescência, tornando sua propagação mais dependente
da ação humana. Como a grama, as uvas (Vitis vinifera) sofreram várias mudanças
relacionadas à produção de frutas durante a domesticação. KIM et al. (2004)
confirmaram a presença de um códon de terminação pré-maturo e a adição de bases
na região que codifica a enzima chalconisomerase (CHI). Essa mutação fez com que
o gene CHI fosse inativado, impediu a síntese de flavonoides e produziu o acúmulo
de derivados da chalcona e, eventualmente, produziu a cebola. No arroz, a exclusão
do gene qSW5 – responsável pelo controle do número de células e da largura dos
grãos nas glumas – levou ao aumento da produção de sementes, o que é benéfico
para os primeiros agricultores a selecionar manualmente essas variedades durante a
domesticação dessa espécie (SHOMURA et al., 2008).
143
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
Matsuoka et al. (2002), pesquisando o fluxo dos genes entre variedades de milho e
seu parental selvagem, o teosinto (Zea mays ssp. mexicana), descobriram que esse
mecanismo alterou a estrutura genética das variedades cultivadas, contribuindo para
a sua sobrevivência em ambientes extremos, como altas altitudes. Em outro aspecto,
o fluxo dos genes da planta domesticada para seu parental selvagem pode minimizar
sua aptidão e atrapalhar sua estadia em seu habitat natural, além de ocasionar a
desestruturação dos genes do táxon e sua eliminação, já que o híbrido criado pode
demonstrar heterose e disputar com os formatos selvagens.
144
MELHORAMENTO DE CULTIVARES │ UNIDADE III
145
UNIDADE III │ MELHORAMENTO DE CULTIVARES
146
MÉTODOS DE
MELHORAMENTO UNIDADE IV
EM CULTIVARES
O melhoramento genético tem como objetivo primordial promover resistência a
pragas e doenças que acometem as cultivares agrícolas, uma vez que o controle de
doenças por meio da utilização de variedades resistentes é mais sustentável quando
comparado ao uso de agrotóxicos. Entretanto, o melhoramento genético também
possui “calcanhares de Aquiles”, um deles é a variabilidade genética dos organismos
fitopatogênicos, que inclui:
» fungos;
» bactérias;
» vírus;
» nematoides.
» mesma espécie;
» morfologicamente semelhantes;
» mesma virulência.
» resistência;
» suscetibilidade.
Observe que muitas cultivares de feijão possuem resistência à doença causada pelo
micro-organismo Colletorichum lindemuthianum, já outras cultivares possuem
suscetibilidade pelo mesmo micro-organismo, mas “raça/espécie fisiológica” diferente.
Lembre-se de que, mesmo que o melhorista conheça estas diferenças, é importante
147
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Engenharia – Geração de
Cruzamentos – Coleção de
genética diversidade germoplasmas.
genética.
– Experiência do
– Seleção, melhorista.
avaliação e testes.
– Produção de
sementes. – Ensaios de
campo.
– Lançamento,
distribuição e – Testes
comercialização da laboratoriais.
nova cultivar.
Exemplificando:
No café, temos duas variedades: (1) Híbrido de Timor e (2) Icatu, então:
148
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
» Graus da resistência:
› imunidade;
› alta resistência;
› resistência moderada;
› resistência vertical;
› resistência horizontal;
› não preferência;
› suscetibilidade;
› alta suscetibilidade;
› escape;
› evasão;
› resistência induzida.
» Causas da resistência/suscetibilidade:
› adaptação e reprodução;
· glicosídeos;
· taninos;
· saponinas;
149
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
· alcaloides;
· óleos essenciais;
› estímulo nutritivo;
› idade da planta;
› fisiologia da planta;
› enxertia;
› características do inseto;
› condições ambientais.
150
CAPÍTULO 1
Métodos de condução de plantas
autógamas, alógamas e de
propagação vegetativa
Autofecundação
Assexuada Sexuada ou cruzamentos
» Melhoramento e manejo.
151
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Estrutura genética
» O melhoramento de plantas autógamas obtém linhagens puras
superiores.
Espécies autógamas
Elas praticam autofecundação natural, com isso, a frequência de locos heterozigotos
(Aa) geralmente é extremamente baixa, próxima de zero. Isso ocorre, pois em cada
geração de autofecundação a proporção esperada de indivíduos heterozigotos é
reduzida pela metade.
Sexuada
1- (1/2) n = homozigotos
152
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
» 24 = 16 genótipos;
F1 Aa
: : : : : :
: : : :
» presença de diferentes genótipos;
153
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» mutações genéticas;
Espécies alógamas
As espécies alógamas são aquelas que realizam, geralmente, polinização cruzada, em
torno de 96%. Assim, a fertilização acontece quando o pólen de uma planta fertiliza
o estigma da flor de outra planta. As espécies alógamas são caracterizadas pela
heterozigose, apresentando tanto a heterose quanto a endogamia. Existem inúmeros
mecanismos que incentivam bem como determinam a alogamia. Lembre-se de que a
alogamia, utiliza a fecundação cruzada. Muitas espécies de importância econômica no
mundo são alógamas, como o milho, por exemplo.
AABBCCDD
AABBCCdd
AABBccdd
aabbCCDD
aabbCCdd
:
aabbccdd
Fonte: adaptado de Garcia e Pinheiro, 2010.
O milho é uma espécie monoica, com flores do sexo feminino e flores (pendão)
do sexo masculino.
As plantas alógamas não transmitem seus genótipos para a geração seguinte – como
ocorre em espécies autógamas –, mas sim os seus alelos.
154
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
p(A) q(a)
Assim, temos:
Efeitos da alogamia:
» carga genética.
155
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Genótipos Frequências
AA p2
Aa 2pq
aa q2
Propagação vegetativa
A propagação vegetativa é simplesmente uma multiplicação assexuada de partes da
planta, com o intuito de obter-se um indivíduo geneticamente idêntico à planta mãe.
Não há recombinação genética, neste caso, uma vez que utilizamos partes vegetativas
como caules, folhas ou raízes.
» bulbos;
» tubérculos;
» rizomas;
» manivas;
» colmos;
» estacas.
156
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
› Eucalyptus spp.;
› cana-de-Açúcar;
› mandioca;
› batata;
› bananeira;
› Citrus;
› palmeiras.
Clones
Reprodução integral
do genótipo.
157
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Características:
Geração de variabilidade:
› 4 genótipos diferentes;
158
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Clone 1 x Clone 2
(A1A2) (A3A4)
F1
Seleção de genitores
Necessário considerar
» Genealogias.
» Divergência genética.
» Complementaridade.
» Performance:
› Reduzir a endogamia.
159
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Genitores
» Cultivares comerciais.
» Variedades locais.
» Bancos de germoplasma.
Objetivos
Biparentais Multiparentais
C1 C2 C1 C2
F1(C1xC2) F2(C1xC2) C3
População
base
F1(C1xC2)xC3
Multiparentais
C1 C2 C3 C4
F1(C1xC2) F1(C3xC4)
População
F1(C1xC2)(C3x C4) base
160
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Tipos de cruzamentos
Etapas da seleção
Etapa 1
» seleção:
» clonagem;
» multiplicação.
Etapa 2
» poucas repetições;
» seleção:
» clonagem;
» multiplicação.
161
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Etapa 3
» seleção:
» clonagem;
» multiplicação.
Etapa 4
» seleção:
› clonagem;
› multiplicação.
Etapa 5
› nova cultivares.
162
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Genótipos inferiores
µ Genótipos superiores
Vantagens
» Seleção e multiplicação apenas do melhor clone.
Desvantagens
Assexuadas restritas
» Introdução de germoplasma.
163
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Assexuadas facultativas
4º Etapa 5º Etapa
Bordadura Bordadura
164
CAPÍTULO 2
Melhoramento por poliploidia e
mutação
165
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» euploides;
» aneuploides.
Um exemplo clássico é o Triticale uma vez que este cereal foi obtido do cruzamento
entre Triticum aestivum e Secale cereale. Como vimos, estes híbridos interespecíficos
possuem genomas diferentes, então duplicam o número total de cromossomos para
tornarem-se espécies férteis.
Gametas
n=2
Híbrido
Espécie A
2n=4
n=3
Espécie B Alopoliploidia
2n=6
Fonte: adaptado de Poliploidia, 2019.
166
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Zigoto
autopoliploide
Meiose anormal
Auto
não disjunção
fecundação
Cariótipo das 4n = 12
espécies parentais tetraploide
2n = 6
Gameta
167
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Causas da poliploidia
» Não separação dos cromossomos durante a mitose ou a meiose.
» Durante a meiose I:
168
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Erro na meiose
2n
2n 4n
Óvulo e
espermatozoide
diploide
Efeitos da poliploidia
A poliploidia pode estimular/conduzir a formação de novas espécies. Por isso, é
considerada um tipo de melhoramento em plantas. Estima-se que a maioria das
plantas existentes sejam poliploides. Interessantemente, para o melhoramento, as
espécies poliploides apresentam inúmeros conjuntos cromossômicos das espécies
originárias, fornecendo à planta poliploide muitas vantagens adaptativas.
169
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Híbrido estéril
n=9
n=9
Raphanus
2n = 18
Híbrido fértil
x
n+n=9+9 Raphanobrassica
Brassica
2n = 18 2n + 2n = 18 + 18
(4n) = (36)
» hibridação interespecífica;
» poliploidização.
170
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
1. Avena strigosa;
2. Avena brevis;
3. Avena nudbrevis;
4. Avena hirtula;
5. Avena weistii.
Marcadores
moleculares
de tolerância
QTLs.
Arroz de
Arroz tolerante qualidade elite
à seca
Com semelhança
à qualidade de
elite.
Plantas
selecionadas
QTLs de tolerância
à seca. Arroz tolerante à seca e
de qualidade elite.
171
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» Relações filogenéticas.
Poliploidia induzida
Cerca de 40% das espécies cultivadas são poliploides, entre elas:
» Morango octaploide.
172
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
173
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Alterações genéticas:
» Pontes telofásicas.
» Cromossomos em anel.
» Micronúcleos.
» Triploidia.
» Fragmentação cromossômica.
174
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
» cor de tegumento;
» folha;
» caule;
» flor.
175
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» exploração econômica;
» forma de reprodução;
» bases genéticas;
» hibridação artificial;
» características adaptativas;
» ciclo vegetativo.
176
CAPÍTULO 3
Melhoramento para resistência às
pragas: doenças, insetos e nematoides
Como estudamos ao longo desta apostila, e deste curso, todos os métodos que
utilizamos para o controle de pragas e doenças na agricultura – incluindo o
melhoramento genético e a utilização de agrotóxicos – possuem vantagens,
desvantagens e limitações. Assim, a utilização de cultivares resistentes não pode ser
empregada para todas as culturas agrícolas, como também não é a solução para todos
os problemas relacionados com as perdas econômicas nas lavouras, muito embora
esse método seja incluído nos programas de amplo espectro do controle integrado.
» resistência;
» tolerância;
177
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Obtenção
de
progênese
Cn
...
Recombinação C2 Avaliação
C1
C0
Seleção
Graus de resistência
Nós conseguimos observar inúmeras respostas de cultivares ao ataque de determinado
inseto, e, portanto, atribuímos graus de resistência, conforme a seguir:
Dessa forma, podemos mensurar que a cultivar é considerada resistente quando a sua
constituição genotípica é menos injuriada em comparação a outra cultivar em igual
condição. A resistência genética é uma forma de controle de pragas interessantíssima,
por envolver, na maioria dos casos, mais de um gene. É extensa a lista de insetos
capazes de dizimar uma cultivar, gerando danos que influenciam negativamente o
178
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
sucesso dos empreendimentos agrícolas. Além dos graus de resistência, nós podemos
classificar as cultivares, também, no que diz respeito ao tipo de resistência.
Tipos de resistência
» Não preferencial: ocorre quando a planta é menos utilizada pelo
inseto – tanto para alimentação quanto para oviposição ou abrigo – do
que outra planta em iguais condições.
Assim, podemos dizer que a tolerância de uma cultivar está diretamente relacionada
com a capacidade da planta em ser menos influenciada aos ataques externos quando
comparada a outra planta nas mesmas condições.
» antibiose;
179
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Doenças
Fitossanidade
Pragas Invasoras
Manejo Controle
Variedade
ecológico do biológico
adaptativa
solo natural
Sem
Diversidade de agrotóxicos e
plantas adubos
minerais
180
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
» região;
» estação;
» época do ano;
» cultivar.
» ambientes de cultivo;
» sistemas de produção;
» sistemas agrícolas;
» variabilidade patogênica.
181
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» antracnose;
» ferrugem;
» mancha angular;
» murcha de Curtobacterium;
» murcha de fusário.
» mosaico dourado;
» mofo branco;
» mela;
» podridões radiculares.
» Variabilidade do patógeno.
182
CAPÍTULO 4
Melhoramento para condições tropicais
e estacionais
» déficit hídrico;
» salinidade do solo;
» excesso de umidade;
» secas;
» geadas;
» fotoperíodo;
» acidez do solo;
» estresse térmico;
183
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» pH;
» disponibilidade de nutrientes;
» fotoperíodo.
Influência do fotoperíodo
O que é o fotoperíodo e como ele pode influenciar no crescimento das culturas
agrícolas?
Muitas espécies, tanto vegetais quanto animais, possuem o ciclo de vida direcionado
pelo relógio biológico. Algumas cultivares podem ter o estado de maturação alterado
por conta de dias ou noite mais longos. A regulação do fotoperíodo interfere em vários
processos fisiológicos da planta, tais como:
» crescimento vegetativo;
» processo de ramificação;
» formação de pigmentos;
» pubescência;
» desenvolvimento radicular;
184
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
» dormência;
» morte.
Germoplasma
Hibridação
Transformação
Variação clonal convencional e
genética
somática
Variedade comercial
185
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» pH;
» acidez potencial;
» solubilidade de nutrientes.
186
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
A calagem é uma prática bem conhecida para corrigir a acidez do solo em culturas
anuais, ainda que não seja praticada com a regularidade necessária.
» a neutralização do Al3+;
» a elevação do pH;
187
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» aumento da respiração;
» senescência de folhas;
» redução de flores;
» redução da fotossíntese;
» aumento da transpiração;
» estresse hídrico.
188
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Os melhoristas, então, realizam modificações nas cultivares para que estas possuam
resistência genética ao calor, obtendo genótipo mais produtivo que outro sob estresse
térmico. Levando em consideração:
» Biologia Molecular.
Claro que a genética e a biologia molecular não poderiam ficar de fora, não é mesmo?
Alguns melhoristas estão utilizando as proteínas heat shock, que são proteínas
sintetizadas em plântulas que foram submetidas ao estresse térmico, auxiliando
cultivares na tolerância ao calor.
189
CAPÍTULO 5
Melhoramento para longevidade
(qualidade fisiológica) da semente
» Desuniformidade.
190
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Obtenção de
linhagens
População inicial
Autofecundações
sucessivas
Seis a oito gerações
n linhagens
homozigóticas
» efeito maternal;
» germinação;
A avaliação bem como a descrição dos efeitos da qualidade fisiológica das sementes
sobre o estabelecimento e o consequente desempenho das cultivares têm sido
extremamente importante, principalmente sob o ponto de vista do agronegócio. Nesse
aspecto, destacam-se as culturas de milho e soja.
191
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
L1 x L1: AAbbCCDDeeff = L1
L2 x L2: aaBBccDDeeFF = L2
Híbrido: L1 x L2
AaBbCcDDeeFf
192
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
› populações;
› variedades sintéticas;
› híbridos comerciais.
» Explorar a heterose.
Autofecundações
Variedade A Variedade B
Linhagem B
Autofecundação (A X B)
≠ Grupo
heterolítico
Linhagem A resistente
193
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Figura 99. Melhoramento genético: híbrido simples; híbrido duplo; híbrido triplo.
194
CAPÍTULO 6
Melhoramento utilizando cisgenia,
transgenia e superexpressão gênica
Gene Gene
Gene
indesejado indesejado
indesejado
Cultivar Cultivar
Retorno atual atual
Transferir em
plasmídeo Transferir em
Geração Agrobacterium plasmídeo
F1 Agrobacterium
Genes
requeridos para Genes
a transferência. requeridos para
a transferência.
Geração
F2
Nova cultivar
195
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» Aumentar a produção.
A engenharia genética é uma alternativa importante, uma vez que tem possibilitado a
transferência de genes provenientes de micro-organismos, insetos, animais e outras
plantas na defesa de plantas contra patógenos, pragas e doenças.
196
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
cDNA do gene de
Corpúsculo polar fusão
Zona Pelúcida
Pronúcleo Masculino
197
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Monocultura
Agrotóxicos
Macanização
intensica do solo
Pragas
< Biodiversidade
» Selecionar plantas.
198
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Célula da planta de
tabaco.
Célula
transformada.
Em 1994, Tai et al. transformaram cultivares de tomate com o gene Bs2 proveniente
do pimentão gerando plantas transgênicas que apresentaram fenótipo de resistência
suportado por esse único gene.
199
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
O gene AtNPR1 também foi capaz de gerar resistência contra Candidatus Liberibacter
asiaticus, agente causador do huanglongbing nas cultivares de laranja doce hamlin
e valencia (Citrus sinensis). Esse amplo espectro ocorre provavelmente porque a
expressão heteróloga de AtNPR1 induz a expressão de inúmeros outros genes ligados à
resistência a doenças nas cultivares modificadas geneticamente.
Gene de uma
Soja
enzima de outro
transgênica
organismo
Resistente à Modificação do
herbicidas DNA
200
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Introdução em
Agrobacterium. Inserção do gene no
plasmídeo.
Partículas de
ouro cobertas
com DNA.
Transferência para o
genoma da planta.
Bombardeamento e
introdução no genoma
na planta.
Seleção de células
contendo o
transgene.
Interessantemente, os transgenes têm sido cada vez mais incorporados nas variedades
já melhoradas pelos métodos convencionais. Mas, como todos os métodos de
melhoramento de cultivares, a transgenia precisa ser validada e acompanhada, uma
vez que pode acontecer:
201
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Isolamento
do DNA
Bactéria bacteriano.
Clonagem
do DNA.
Extração do
gene de
interesse.
Inserção do
gene nas
células da
Planta planta.
202
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
» identificação e isolamento;
» transformação;
» seleção;
» regeneração;
» testes de biossegurança;
» aprovação.
Identificação
e isolamento
Transformação
Seleção
Aprovação Testes de
biossegurança
Regeneração
203
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Identificação e isolamento
» Identificação de característica reconhecida como importante para uma
planta.
Transformação
» Inserção do gene de interesse no genoma da planta.
Clonagem Transformação
Isolamento do
gene que codifica
para a toxina.
B. thurigiensis
Vetor de
clonagem A. tumefaciens
Regeneração
204
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Seleção
» Identificação das células que receberam o gene de interesse.
Regeneração
» Obtenção da planta completa a partir da célula vegetal transformada.
Testes de biossegurança
» Durante todo o processo de desenvolvimento da planta transgênica,
realiza-se inúmeros testes de biossegurança tanto nas casas de vegetação
quanto em campos experimentais.
Aprovação
» Depois de passar por todos os testes de biossegurança, a planta é
submetida à avaliação dos órgãos reguladores de diferentes países.
205
CAPÍTULO 7
Marcadores moleculares aplicados na
seleção e no melhoramento genético
Com os avanços na área da genética bem como das técnicas de biologia molecular –
esta aliada, principalmente, à tecnologia do DNA recombinante, à reação em cadeia
da polimerase (PCR), e ao sequenciamento do DNA –, valiosos mecanismos foram
desenvolvidos para a obtenção dos marcadores moleculares que podem ser aplicados
no melhoramento genético.
206
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
» Southern Blot;
» Macro e Microarrays.
207
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» Infraestrutura.
» da infraestrutura;
208
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Essa seleção nos permite diferenciar as cultivares que possuam o gene de resistência.
Chamamos esta identificação de Seleção Assistida por Marcadores (SAM).
» herança quantitativa;
209
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
Germoplasma
» Caracterizar o germoplasma.
Genética
mendeliana
Genética
molecular
210
MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES │ UNIDADE IV
Pré-melhoramento
» Hibridações e autofecundações.
» Mapeamento comparativo.
Melhoramento
» mapeamento genético;
» seleção genômica;
Pós-melhoramento
» identidade genética;
» mais produtivas;
211
UNIDADE IV │ MÉTODOS DE MELHORAMENTO EM CULTIVARES
» seleção;
» mutação;
» erosão genética;
» migração/contaminação.
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