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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS.................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
RESPONSABILIDADES................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)...................................................................... 13
CAPÍTULO 3
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA................................................................................ 18
UNIDADE II
PROTEÇÃO DO AMBIENTE E DE TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE.......................................................... 26
CAPÍTULO 1
PROTEÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO................................................................................. 26
CAPÍTULO 2
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE.............................................................................................. 28
UNIDADE III
MANEJO DE MATERIAIS QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E RADIOATIVOS......................................................... 36
CAPÍTULO 1
MANIPULAÇÃO DE REAGENTES QUÍMICOS.............................................................................. 36
CAPÍTULO 2
MANIPULAÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO............................................................................... 39
UNIDADE IV
CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA..................................... 45
CAPÍTULO 1
CLASSE DE RISCO 1, 2, 3 E 4.................................................................................................. 45
CAPÍTULO 2
NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 1, 2, 3 E 4..................................................................................... 63
UNIDADE V
TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO.......................................................................... 66
CAPÍTULO 1
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO................................................................................... 66
CAPÍTULO 2
DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO....................................................................................... 72
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 81
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
Sejam bem vindos ao Caderno de Estudos de Biossegurança. Nessa disciplina serão
abordados conceitos sobre a importância da biossegurança no ambiente de trabalho
e no meio ambiente, a fim de se preservar tanto a saúde pública quanto a do meio
ambiente. Durante a disciplina será conceituado um conjunto de ações referente à
prevenção, minimização e eliminação de riscos dos profissionais em diversos setores
de serviços da saúde e cuidados com o meio ambiente em geral.
»» disciplina;
»» consciência ética;
Assim, o termo biossegurança envolve três bases principais: respeito à vida, valores
éticos e responsabilidade social. Para que essas bases possam ser respeitadas, é de
extrema importância o entendimento do conceito de risco, perigo e acidente:
8
Objetivos
»» Garantir a segurança dos trabalhadores e do meio ambiente.
9
BIOSSEGURANÇA:
DEFINIÇÕES E UNIDADE I
INSTRUMENTOS
CAPÍTULO 1
Responsabilidades
10
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS│ UNIDADE I
Outra definição para o termo biossegurança é aquela estabelecida pela Agência Nacional
da Vigilância Sanitária (ANVISA) como “Condição de segurança alcançada por um
conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes
às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente.”.
Por fim, dentre as várias definições para biossegurança, a questão que fundamenta o
termo é a garantia de que todo e qualquer procedimento científico seja seguro para
os profissionais executores, os pacientes (quando houver) e para o meio ambiente,
não excluído, no entanto, a geração de resultados de qualidade. Para que suas ações
sejam efetivas, é necessária a informação de todas as partes envolvidas em atividades
de risco. É importante que as diretrizes atuais sejam praticadas de maneira correta
para minimizar os riscos existentes, pois a existência de leis não garante a ausência de
riscos. Os elementos básicos para a contenção/controle dos agentes de risco podem ser
resumidos nos seguintes aspectos:
12
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS│ UNIDADE I
O meio laboral deve conter uma Comissão de Biossegurança a qual deve possuir, por
sua vez, as seguintes responsabilidades em biossegurança:
»» Caso haja acidente, sua causa deve ser investigada a fim de encontrar
soluções que minimizem sua repetição.
13
CAPÍTULO 2
Equipamentos de Proteção Individual
(EPI)
Luvas
As luvas são usadas para a prevenção contra a contaminação das mãos durante a
manipulação de materiais contaminados, atuando como uma barreira de proteção e
reduzindo a probabilidade dos microrganismos que estão presentes nas mãos de serem
transmitidos durante o procedimento realizado. Assim, o uso das luvas é importante
para todos que trabalham em ambiente laboratorial, manipulando amostras biológicas,
preparando soluções, fazendo atendimento ao paciente ou lavagem de material. É
importante que o descarte da luva seja feito quando há suspeita de contaminação ou
quando sua integridade estiver comprometida. Não se deve usar luvas fora da área de
trabalho, para abrir portas ou atender telefone. Além disso, o uso das luvas não substitui
a lavagem das mãos, sendo esse outro fator a ser considerado.
14
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS│ UNIDADE I
As luvas de nitrila não contêm proteínas do látex e são bastante resistentes. Por serem
resistentes aos produtos solventes, vários óleos e alguns ácidos, seu uso é recomendado
para preparo de soluções, lavagem de material e em ambientes de manufatura.
Geralmente são fabricadas sem pó, nas cores azul, roxa e branca.
Luvas de látex
Luvas de vinil
As luvas produzidas em vinil (ou cloreto de vinila) são fortes e podem ser reutilizadas.
O vinil usado na fabricação é um polímero sintético resistente, portanto, seu uso é
recomendado para limpezas em geral por ser uma barreira contra microrganismos.
15
UNIDADE I │BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS
Avental
Existem vários tipos de jaleco que são usados como barreira de proteção com o objetivo
de reduzir as oportunidades de contato com microrganismos ou substâncias nocivas.
O uso de jaleco protege a pele do contato com fluidos corpóreos, sangue, material
infectado etc. O jaleco deve:
Avental Impermeável
Figura 2. Avental.
Máscaras e respiradores
Utilizados para a proteção de boca e nariz da inalação ou respingos de substâncias
químicas voláteis, tóxicas ou partículas em aerossol.
16
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS│ UNIDADE I
Respirador
Devem ser usados durante a manipulação de reagentes químicos voláteis ou em áreas
de contaminação com aerossóis de material biológico para a proteção do aparelho
respiratório. Veja exemplos de máscaras e respiradores na figura 3.
Óculos de proteção
Protegem os olhos contra respingos de substâncias químicas, partículas, material
biológico ou exposição a radiações perigosas, como a luz ultravioleta (UV).
Protetor facial
Protege a face contra respingos de substâncias químicas, partículas e material biológico,
raios ultravioleta (UV). Devem ter o visor de acrílico, ser leve e resistente.
17
UNIDADE I │BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS
»» protetor auricular;
É obrigação do empregador adquirir o EPI, fornecer somente EPI aprovado pelo órgão
nacional competente, orientar e treinar o trabalhador quanto ao uso e conservação, exigir
o uso, substituir EPI extraviado ou danificado, responsabilizar-se por sua manutenção
e higienização e comunicar ao MTE sobre qualquer irregularidade observada.
Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), como o próprio nome diz, são dispositivos
de proteção, no âmbito coletivo, dos trabalhadores expostos a determinados riscos. Os
principais objetivos de EPC são:
Lava-olhos
Utilizado para lavar os olhos em casos de respingos ou salpicos acidentais. Podem fazer
parte do chuveiro ou não.
Chuveiro de emergência
Chuveiro para banho em local de fácil acesso em casos de acidentes com fogo ou
produtos químicos.
19
UNIDADE I │BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS
Dispositivo de pipetagem
Dispositivos para sucção de pipetas como, por exemplo, pipetador automático, pera de
borracha e outros.
20
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS│ UNIDADE I
As CSB possuem filtros de alta eficiência. O mais comum é o chamado HEPA (High
Efficiency Particulate Air) que possui eficiência de 99,93% para partículas de 0,3 μm
de diâmetro, chamada de MPPS (Maximum Penetration Particulate Size). Como as
CSB são projetadas de acordo com o tipo de microrganismo ou produto que vai ser
manipulado, as CSB são classificadas em três diferentes tipos:
»» Classe I;
»» Classe III.
É a forma mais simples de cabine. O fluxo do ar ocorre de fora para dentro, sem a
recirculação do ar. Ela é recomendada para trabalho com microrganismos de baixo a
moderado risco. A presença do filtro HEPA permite que o ar seja filtrado antes de ser
liberado no laboratório ou ambiente de trabalho.
Também conhecida como capela de fluxo laminar, possuem uma área de trabalho isenta
de contaminação externa devido ao seu fluxo de ar unidirecional. Assim, devido a esta
corrente de ar limpo (alto grau de limpeza), é garantida a manipulação com segurança
dos materiais biológicos ou estéreis que não podem ser contaminados.
Cabine de Classe II A
21
Cabine de Classe II B1
A) abertura frontal. B) vidraça corrediça. C) filtro HEPA para exaustão. D) espaço de exaustão.
22
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS│ UNIDADE I
A) abertura frontal. B) vidraça corrediça. C) filtro HEPA para exaustão. D) filtro HEPA para suprimento de ar. E) espaço posterior.
F) ventilador.
Cabine de Classe II B2
Esse tipo de cabine também protege o produto, o operador e o meio ambiente. Pode
ser usada com materiais que liberam odores, agentes biológicos tratados com produtos
químicos e radioativos, operações de risco moderado e permite manipulação de
microrganismos de risco biológico de classes I, II e III. Também é utilizada durante a
homogeneização e/ou centrifugação de materiais de risco biológico.
23
UNIDADE I │BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS
A) abertura frontal. B) vidraça corrediça. C) filtro HEPA para exaustão. D) filtro HEPA para suprimento de ar. E) espaço de
exaustão com pressão negativa. F) ventilador. G) filtro HEPA adicional para suprimento de ar.
Cabine de Classe II B3
24
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS│ UNIDADE I
A) abertura frontal. B) vidraça corrediça. C) filtro HEPA para exaustão. D) filtro HEPA para suprimento de ar. E) espaço de
exaustão com pressão negativa.
A) abertura frontal. B) vidraça corrediça. C) filtro HEPA para exaustão. D) filtro HEPA para suprimento de ar. E) espaço de
exaustão com pressão negativa.
25
UNIDADE I │BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS
A) compartimento para fixação de luvas longas de borracha à cabine. B) vidraça corrediça. C) filtro HEPA para exaustão. D)
filtro HEPA para suprimento de ar. E) autoclave dupla saída na extremidade ou caixa de passagem da cabine. O sistema de
exaustão da cabine precisa ser conectado a um sistema de exaustão independente.
26
PROTEÇÃO DO
AMBIENTE E DE UNIDADE II
TRABALHO E DO
MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO 1
Proteção do ambiente de trabalho
Apesar das pequenas diferenças nas definições, o meio ambiente de trabalho deve ser
saudável e os trabalhadores e gestores devem colaborar para a proteção, melhoria e
bem-estar dos trabalhadores; além da execução de práticas de sustentabilidade desse
ambiente.
27
UNIDADE II │PROTEÇÃO DO AMBIENTE E DE TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE
I. a soberania;
II. a cidadania;
V. o pluralismo político.
28
CAPÍTULO 2
Proteção do meio ambiente
Existem medidas de proteção ambiental que devem ser sempre executadas a fim de
proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais presentes. Tais
medidas fornecem uma melhoria da qualidade de vida da população e devem ser
estabelecidas em áreas de domínio público ou privado.
As medidas listadas abaixo são simples, porém, colaboram amplamente com a proteção
do meio ambiente:
»» Deixar aparelhos fora da tomada quando não estão sendo usados. Quando
deixados em modo standby há um consumo de energia que pode variar
de 15% a 40% da energia utilizada quando em uso.
29
UNIDADE II │PROTEÇÃO DO AMBIENTE E DE TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE
30
BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS│ UNIDADE I
Grupo A
Resíduos com possível presença de agentes biológicos que podem apresentar risco de
infecção. Este grupo é classificado em A1, A2, A3, A4 e A5. Saiba mais sobre o descarte
do Grupo A no Capítulo 2 da Unidade V dessa apostila.
Grupo B
Esse grupo abrange resíduos que contém substancias químicas que podem apresentar
risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Enquadram-se nesse
grupo produtos hormonais e antimicrobianos, citostáticos, imunossupressores,
antirretrovirais, desinfetantes, resíduos contendo metais pesados, reveladores e
fixadores (para revelação de imagem) e demais produtos considerados perigosos,
segundo a classificação da NBR 10.004 da ABNT. Para esse grupo, o descarte deve ser
realizado da seguinte maneira:
Grupo C
31
UNIDADE I │BIOSSEGURANÇA: DEFINIÇÕES E INSTRUMENTOS
Fonte: <http://pixabay.com/en/radioactive-nuclear-irradiant-98737/>.
Grupo D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico, podem ser
equiparados aos resíduos domiciliares. Enquadram-se neste grupo, papel de uso
sanitário e fralda, absorventes higiênicos, resto alimentar, resíduos provenientes das
áreas administrativas, dentre outros.
Grupo E
32
PROTEÇÃO DO AMBIENTE E DE TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE│UNIDADE II
33
UNIDADE II │PROTEÇÃO DO AMBIENTE E DE TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE
34
PROTEÇÃO DO AMBIENTE E DE TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE│UNIDADE II
Material químico ou resíduo químico é aquele que contêm substâncias químicas que
podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Enquadram-
se nessa categoria os seguintes grupos de compostos:
O descarte de resíduos químicos deve ser feito de maneira a não colocar em risco a
integridade dos ensaios, a saúde das pessoas e a preservação do meio ambiente. Deve,
também, ser considerada a ocorrência de possíveis reações que podem ser desencadeadas
pelas misturas dos produtos químicos. Portanto, seguem algumas orientações para o
descarte seguro e correto de soluções ou reagentes.
35
UNIDADE II │PROTEÇÃO DO AMBIENTE E DE TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE
Todo o recipiente coletor deve ser de material estável, resistente, devidamente fechado
e identificado com símbolo de risco, além de não ultrapassar 80% do volume do frasco
coletor.
Os resíduos químicos devem ser armazenados de acordo com a NBR 12.235 da ABNT.
Deve haver, em local de fácil visualização, a identificação de “abrigo de resíduos
químicos”, a sinalização de segurança com símbolo baseado na norma NBR 7500
da ABNT. O lugar deve ter ventilação, armário de EPI, extintores de incêndio e ser
construído de alvenaria.
36
MANEJO DE
MATERIAIS
QUÍMICOS, UNIDADE III
BIOLÓGICOS E
RADIOATIVOS
CAPÍTULO 1
Manipulação de reagentes químicos
Sabe-se que a interação entre dois ou mais produtos químicos pode resultar em uma
reação química violenta. Portanto, deve-se considerar que as reações com o oxigênio, por
exemplo, podem produzir substâncias tóxicas, calor, combustão e até mesmo explosão.
Assim, para a prevenção de tais riscos, devido à natureza química dos produtos, é
necessário o conhecimento de substâncias químicas chamadas de incompatíveis.
37
UNIDADE III │MANEJO DE MATERIAIS QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E RADIOATIVOS
Grau de risco
Substância
Inalação Ingestão Irritação cutânea Irritação ocular
Ácido cianídrico 4 4 2 4
Ácido fluorídrico 4 4 4 4
Ácido fórmico 4 3 4 4
Ácido oxálico 3 3 3 3
Acroleína 4 3 3 4
Anidrido ftálico 3 - 2 3
Anilina 3 3 2 2
Benzeno 3 2 2 2
Bromo 4 4 4 4
Cianeto de potássio - 4 3 4
Cloro 4 - 3 4
Cloronitrobenzeno 4 3 3 3
Etanolamina 3 2 2 3
Fenol 2 3 4 4
Flúor 4 - 4 4
Formaldeído 3 3 3 3
Hidrocarbonetos poli-halogenados 4 3 2 3
Iodo 4 4 4 4
Iodometano 4 - - -
Isocianatos 4 - 3 3
Mercúrio 4 1 - 1
Nitrobenzeno - 4 3 4
Piridina 3 2 2 3
Toluidina 3 3 2 2
Vapores nitrosos 4 - 2 3
A tabela acima mostra os diferentes graus de risco quando em contato com determinadas
substâncias.
38
MANEJO DE MATERIAIS QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E RADIOATIVOS│ UNIDADE III
39
CAPÍTULO 2
Manipulação de material biológico
Venenos ou toxinas
Além dos agentes infecciosos de pessoas, animais e plantas, os venenos ou toxinas
podem ser produzidos por microrganismos e tornarem-se perigosos e causarem
doenças sérias ou fatais às pessoas e/ou animais. Assim, procedimentos normativos
devem ser oferecidos em ambientes que possuem tais substâncias a fim de minimizar
as oportunidades de acidentes em laboratório. Essas normas, segundo o Manual de
Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia e a Fundação Nacional
da Saúde (FUNASA), Ministério da Saúde – Segurança Epidemiológica, incluem:
Fluidos biológicos
Existem precauções básicas que devem ser utilizadas durante a manipulação de sangue,
secreções e contato com mucosas e pele que não estejam íntegras. Essas são medidas de
prevenção que incluem a utilização de EPI a fim de reduzir a exposição do profissional
aos fluidos biológicos durante determinado procedimento, incluindo cuidados especiais
com manipulação de descarte de materiais perfurocortantes.
40
MANEJO DE MATERIAIS QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E RADIOATIVOS│ UNIDADE III
»» Realização de curativos.
»» Aplicações de medicamento.
»» Endoscopia.
»» Broncoscopia.
»» Procedimentos dentários.
Tecidos e órgãos
Ao se trabalhar com células, tecidos e órgãos deve ser preparado um procedimento com
todas as especificações a serem realizadas, inclusive orientações de possíveis riscos.
Apesar do baixo número de casos documentados sobre infecção em funcionários que
manipulam cultura de células, como por exemplo, a do macaco Rhesus, há um risco em
adquirir uma infecção por meio de exposição ao sangue humano, líquidos corporais e
aerossóis. Dentre potenciais riscos associados às células e tecidos humanos destacam-
se os patógenos de sangue HBV e HIV. Em relação à infecção por agentes presentes em
tecidos humanos, destaca-se o Mycobacterium tuberculosis, que pode estar presente
nos tecidos pulmonares. Em casos de autoinoculação as células humanas tumorais
também podem oferecer riscos potenciais.
41
UNIDADE III │MANEJO DE MATERIAIS QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E RADIOATIVOS
Microrganismos
Microrganismos ou micróbios são organismos que podem ou não causar doenças. Os
microrganismos causadores de doenças podem ser de vários tipos, por exemplo:
O chamado risco biológico pode ser causado por um microrganismo que, em contato
com o homem, pode causar doença. Fontes de contaminação dos manipuladores,
segundo o Manual de Biosseguraça em Laboratórios de Saúde Pública (1998), podem
estar relacionadas com:
»» amostras biológicas;
»» animais.
42
MANEJO DE MATERIAIS QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E RADIOATIVOS│ UNIDADE III
Centrífuga de bancada
É recomendada para testes que são realizados com diversos tipos de amostras, não
necessariamente em um único procedimento. Podem ser utilizados frascos de diversos
tamanhos e volumes, uma vez que muitas centrífugas oferecem a utilização de mais um
rotor, possibilitando variações tanto no volume da amostra quanto da velocidade.
43
UNIDADE III │MANEJO DE MATERIAIS QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E RADIOATIVOS
Centrífuga de refrigeração
44
MANEJO DE MATERIAIS QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E RADIOATIVOS│ UNIDADE III
»» Sempre verificar se os tubos ou placas estão bem fechados para não haver
projeção de partículas infecciosas no ar.
45
CLASSES DE RISCO
DOS AGENTES
BIOLÓGICOS UNIDADE IV
E NÍVEIS DE
BIOSSEGURANÇA
CAPÍTULO 1
Classe de Risco 1, 2, 3 e 4
Classe de risco 1
Compreendem os agentes que não possuem capacidade de causar doença em pessoas ou
animais sadios comprovadamente. São organismos de baixo risco individual e coletivo.
Classe de risco 2
Compreendem os agentes que possuem capacidade de causar doença em pessoas ou
animais, embora não apresentem riscos mais sérios aos profissionais, animais e meio
ambiente. São organismos de risco individual moderado e risco coletivo limitado.
46
CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
Classe de risco 3
Compreendem os agentes que normalmente causam doenças graves em humanos ou
animais, no entanto, tais doenças podem ser tratadas com medicamentos ou terapias.
São organismos de risco individual alto e risco coletivo moderado.
Classe de risco 4
Compreendem agentes que causam doenças graves em homens e animais, e podem
ser disseminadas na comunidade e meio ambiente. Esses agentes são, principalmente,
representados pelos vírus. São organismos de alto risco individual e coletivo.
Classe de risco 1
A classe de risco 1 é representada por agentes biológicos que não estão incluídos nas
classes de risco 2, 3 e 4. Incluem os agentes que não demonstram capacidade de causar
doenças no homem e animais. A ausência de um determinado agente biológico nas
classes de risco 2, 3 e 4 não significa a inclusão automática na classe de risco 1. Deve-se
fazer uma avaliação de risco que é baseada em diversos critérios, como por exemplo,
as propriedades conhecidas de organismos pertencentes ao mesmo gênero ou família.
Classe de risco 2
Bactérias
Actinomadura madurae,
A. pelletieri;
Actinomyces spp,
A. gerencseriae,
A.israelli,
47
UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
Aeromonas hydrophila;
Amycolata autotrophica;
Bacteroides fragilis;
B. bacilliformis,
B. henselae,
B. vinsonii,
B. quintana;
Borrelia spp,
B. anserina,
B.burgdorferi,
B. duttoni,
B. persicus,
B. recurrentis,
B. theileri,
B.vincenti;
Bordetella bronchiseptica,
B. parapertussis,
B. pertussis;
Campylobacter spp,
C.septicum,
C. coli,
C. fetus,
C. jejuni;
Cardiobacterium hominis;
Chlamydia pneumoniae,
48
CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
C. trachomatis;
Corynebacterium spp,
C. diphtheriae,
C. equi,
C. haemolyticum,
C. minutissimum,
C.pyogenes,
C. pseudotuberculosis,
C. renale;
Dermatophilus congolensis;
Edwardsiella tarda;
Eikenella corrodens;
Enterobacter aerogenes/cloacae;
Enterococcus spp;
Erysipelothrix rhusiopathiae;
Mycobacterium avium/intracellulare,
M. cheloni,
M. fortuitum,
M. kansasii,
49
UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
M. malmoense,
M. marinum,
M. paratuberculosis,
M. scrofulaceum,
M. simiae,
M. szulgai,
M. xenopi,
M. asiaticum,
M. leprae;
Mycoplasma caviae,
M. hominis,
M. pneumoniae;
Neisseria gonorrhoea,
N. meningitidis;
Nocardia asteroides,
N. brasiliensis,
N. otitidiscaviarum,
N. transvalensis,
N. farcinica,
N. nova;
Pasteurella spp,
P. multocida;
Prevotella spp;
Proteus mirabilis,
P. penneri,
P. vulgaris;
50
CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
Providencia spp,
P. alcalifaciens,
P. rettgeri;
Rhodococcus equi;
Serpulina spp;
Sphaerophorus necrophorus;
Staphylococcus aureus;
Streptobacillus moniliformis;
Streptococcus spp,
S. pneumoniae,
S. pyogenes,
S. suis;
Treponema spp,
T. carateum,
T. pallidum,
T. pertenue;
Vibrio spp,
V. cholerae 01 e 0139,
V. vulnificus,
V. parahaemolyticus;
Yersinia spp,
Y. enterocolitica,
Y. pseudotuberculosis
Parasitas
Acanthamoeba castellani;
51
UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
Angiostrongylus spp,
A. cantonensis,
A. costaricensis;
Balantidium coli;
Capillaria spp,
C. philippinensis;
Clonorchis sinensis,
C. viverrini;
Coccidia;
Cyclospora cayetanensis;
Dipetalonema streptocerca;
Diphyllobothrium latum;
Dracunculus medinensis;
Enterobius;
Fasciolopsis buski;
Giardia spp,
Heterophyes;
Isospora;
Leishmania spp,
L. major,
52
CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
L. mexicana,
L. peruvania,
L. tropica,
L. ethiopia,
L. brasiliensis,
L. donovani;
Loa loa;
Microsporidium;
Paragonimus westermani;
Schistosoma haematobium,
S. intercalatum,
S. japonicum,
S. mansoni,
S. mekongi;
Trichinella spiralis;
Trichuris trichiura;
Wuchereria bancrofti 26
53
UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
Fungos
Cryptococcus neoformans,
Epidermophyton spp,
E. floccosum;
Exophiala dermatitidis;
Fonsecaea compacta,
F. pedrosoi;
M. mycetomatis;
Microsporum spp,
M. canis,
M. aldouinii;
Neotestudina rosatii;
Penicillium marneffei;
Pneumocystis carinii;
Sporothrix schenckii;
54
CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
Trichophyton spp,
Trichophyton rubrum.
Acremonium falciforme,
A. kiliense,
A. potronii,
A. recifei,
A. roseogriseum;
Aphanoascus fulvescens;
Aspergillus amstelodami,
A. caesiellus,
A. candidus,
A. carneus,
A. glaucus,
A. oryzae,
A. penicillioides,
A. restrictus,
A. sydowi,
A. terreus,
A. unguis,
A. versicolor;
Beauveria bassiana;
Candida pulcherrima,
C. lipolytica,
C. ravautii,
C. viswanathii;
Chaetomium spp;
55
UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
Chaetoconidium spp;
Chaetosphaeronema larense;
Cladosporium cladosporioides;
Conidiobolus incongruus;
Coprinus cinereus;
Cunninghamella geniculata;
Curvularia pallescens,
C. senegalensis;
Cylindrocarpon tonkinense;
Drechslera spp;
Exophiala moniliae;
Geotrichum candidum;
Hansenula polymorpha;
Lasiodiplodia theobromae;
Microascus desmosporus;
Mucor rouxianus;
Mycelia sterilia;
Mycocentrospora acerina;
Oidiodendron cerealis;
Paecilomyces lilacinus,
P. viridis,
P. variotii;
Penicillium chrysogenum,
P. citrinum,
P. commune,
P. expansum,
P. spinulosum;
Phialophora hoffmannii,
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CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
P. parasitica,
P. repens;
Phoma hibernica;
Phyllosticta spp,
P. ovalis;
Pyrenochaeta unguis-hominis;
Rhizoctonia spp;
Rhodotorula pilimanae,
R. rubra;
Schizophyllum commune;
Scopulariops acremonium,
S. brumptii;
Stenella araguata;
Taeniolella stilbospora;
Tetraploa spp;
Trichosporon capitatum;
Tritirachium oryzae;
Volutella cinerescens.
Vírus
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UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
River, Keystone, Serra do Navio, Trivittatus, Guaroa; Grupo C :Apeu, Caraparu, Itaqui,
Marituba, Murutucu, Nepuyo, Oriboca; Grupo Capim: Capim, Acara, Benevides,
Benfica, Guajará, Moriche; Grupo Guamá: Ananindeua, Bimiti, Catú, Guamá, Mirim,
Moju, Timboteua;Grupo Simbu: Jatobal, Oropouche, Utinga; vírus Turlock, Belem,
Mojuí dos Campos, Pará e Santarém;
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CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
Herpesvirus de cobaias,
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UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
Vírus Yaba.
Classe de risco 3
Bactérias
Bacillus anthracis;
Chlamydia psittaci;
Clostridium botulinum;
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CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
Coxiella burnetii;
Hemophilus equigenitalis;
Rickettsia akari,
R. australis,
R. canada,
R. conorii,
R. montana,
R. prowazeckii,
R. rickettsii,
R.siberica,
R. tsutsugamushi,
Yersinia pestis.
Fungos
Vírus e Prions
Hantavirus incluindo vírus Andes, Juquitiba, Dobrava (Belgrado), Hantaan, Seoul, Sin
Nombre, outras amostras do grupo recentemente isoladas;
Flavivirus incluindo vírus da Febre Amarela não vacinal, Murray Valley, Encefalite
Japonesa B, Powassan, Rocio, Sal Vieja, San Perlita, Spondweni;
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UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
Oncornavirus C e D.
Classe de risco 4
Filovirus incluindo vírus Marburg, Ebola (todas as cepas) e outros vírus relacionados;
Herpesvirus do macaco (vírus B);
Orbivirus incluindo vírus da peste equina africana e vírus da língua azul;
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CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
»» aérea;
»» oral;
»» cutânea;
»» ocular.
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CAPÍTULO 2
Nível de Biossegurança 1, 2, 3 e 4
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CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
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UNIDADE IV │ CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
»» a entrada e saída das pessoas deve ocorrer após uso de chuveiro e troca
de roupas.
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TRANSPORTE
OU DESCARTE UNIDADE V
DE MATERIAL
BIOLÓGICO
CAPÍTULO 1
Transporte de material biológico
Por isso, deve-se ter atenção especial com as embalagens durante o transporte. Em
relação à embalagem e transporte, materiais biológicos incluem:
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UNIDADE V │ TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
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TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO │ UNIDADE V
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UNIDADE V │ TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
Também deve ser solicitado à VISA local do serviço destinatário, se esse apresenta
condições técnicas e de infraestrutura para comportar e garantir qualidade do
material a ser recebido. Caso as VISAs verifiquem conformidade para as atividades
de transporte e recebimento, o serviço de hemoterapia remetente deve realizar
o peticionamento da autorização à Anvisa.
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TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO │ UNIDADE V
Fonte: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/de9eb6004627473db6c3bfec1b28f937/Protocolo+de+peticionamento
+e+instrutivo+2014+xlsx.docx?MOD=AJPERES>
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UNIDADE V │ TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
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CAPÍTULO 2
Descarte de material biológico
Os profissionais que trabalham na área da saúde podem estar expostos a variados riscos,
especialmente os considerados biológicos. Sabe-se que uma das fontes de contaminação,
tanto para esses profissionais quanto para o meio ambiente, deve-se aos resíduos
tóxicos, que podem ser classificados em comuns, infectantes, químicos, radioativos ou
perfurocortantes, como visto anteriormente. Desse modo, existem algumas instruções
para a conscientização das pessoas que podem estar expostas a determinados riscos.
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UNIDADE V │ TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
A1
Todos os resíduos do grupo A1 devem ser previamente tratados antes de serem recolhidos
da unidade geradora. O tratamento químico ou físico deve ser validado para a garantia da
eliminação ou redução dos microrganismos em equipamento que seja compatível com
o Nível III de Inativação microbiana, seguindo orientações publicadas pelo Ministério
da Saúde – Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico,
correspondente aos respectivos organismos. O subgrupo A1 é composto por:
»» inóculos;
»» meios de cultura;
»» bolsas transfusionais;
A2
O descarte de qualquer resíduo desse subgrupo deve ser submetido a tratamento antes
da disposição final. Todo resíduo deve ser devidamente acondicionado. No caso dos
resíduos conterem microrganismos de alto risco (classe de risco 4), esses devem ser
submetidos a processos físicos ou químicos para a eliminação ou redução da carga
microbiana em equipamento compatível com Nível III de Inativação Microbiana para
serem então submetidos à processo de incineração.
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TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO │ UNIDADE V
A3
A4
A5
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UNIDADE V │ TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
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TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO │ UNIDADE V
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UNIDADE V │ TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO
Na desinfecção de alto nível apenas alguns esporos bacterianos que são mais resistentes
e os lentivurus conseguem sobreviver. Nesta inativação é usado glutaraldeído, solução
de peróxido de hidrogênio, hipoclorito de sódio (1000 ppm), cloro e compostos clorados,
ácido peracético e pasteurização (75°C / 30 min).
»» Compostos de cloro: possui ação oxidante, por isso seu uso deve
ser controlado. Para atividade germicida, normalmente é usada uma
concentração de 2%. O hipoclorito de sódio tem ação de amplo espectro
sendo efetivo como bactericida e viricida.
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TRANSPORTE OU DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO │ UNIDADE V
Como visto, existem dois efeitos dos diferentes agentes químicos supracitados, os
chamados germicidas. Tais agentes químicos podem, então, produzir ação bactericida
ou bacteriostática, definidas a seguir:
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Para (não) finalizar
Os textos a seguir contêm informações sobre doenças importantes que desafiam a saúde
pública.
Ebola
O Ebola é um vírus altamente infeccioso e pode atingir uma taxa de mortalidade de até
90% dos casos.
Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de mais de 300 casos de uma
doença hemorrágica detectada no Zaire (hoje República Democrática do Congo).
Durante esse surto, varias pessoas morreram rapidamente. No entanto, ele foi
descoberto em 1976 durante uma epidemia no Sudão e na República Democrática do
Congo, ambos ocorridos ao mesmo tempo. Por ser uma região próxima ao Rio Ebola,
a doença foi referenciada com o mesmo nome do rio. Os hospedeiros naturais do vírus
Ebola são morcegos frutíferos, sendo que a aparição da doença está relacionada com
ocorrências de infecção gerada por meio do manejo de chimpanzés, gorilas, morcegos
e macacos contaminados.
O vírus pertence à família Filoviridae e ao gênero Ebolavirus. Até hoje foram detectados
cincos espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire.
Dependendo da cepa, a taxa de mortalidade pode variar entre 25% e 90%. O mais letal
dentre as cinco espécies é a do Zaire. O período de incubação do vírus pode ser de 1 a
21 dias e sua transmissão somente é iniciada após o aparecimento dos sintomas, por
meio do contato direto com sangue, tecidos ou fluidos corporais e pessoas ou animais
infectados ou então pelo contato de objetos contaminados.
Texto adaptado - informações disponíveis no website MSF - Médicos Sem Fronteiras <http://
www.msf.org.br> e CDC – Centers for Disease Control and Prevention <http://www.cdc.gov>.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Dengue
A dengue também é uma doença viral e a sua forma mais grave pode ser mortal.
A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo mosquito que pode
transmitir a febre amarela. O A. aegypti é originário do Egito, porém, por meio da
sua dispersão, hoje ele é encontrado em várias partes do mundo. Atualmente, é uma
doença endêmica de regiões tropicais e subtropicais com elevado crescimento em áreas
urbanas.
O modo de transmissão é realizado pela fêmea do mosquito, que pica a pessoa infectada
retransmitindo o vírus. O período de incubação do vírus no corpo humano varia de 3
a 15 dias, porém, com uma média de 5 a 6 dias. Não existe transmissão do vírus pelo
contato de uma pessoa sadia com pessoas doentes e/ou suas secreções.
Texto adaptado - informações disponíveis no website MSF - Médicos Sem Fronteiras <http://
www.msf.org.br> e IOC – Instituto Oswaldo Cruz <http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/
curiosidades.html>.
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Referências
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REFERÊNCIAS
Sites
<www.anvisa.gov.br>.
<http://www.cdc.gov>.
<http://www.fibracirurgica.com.br>.
<http://www.fiocruz.br/>.
<http://www.msf.org.br>.
<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf>.
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov>.
<http://www.resol.com.br/cartilha11/gerenciamento_etapas.php>.
<https://scholar.google.com.br>.
<http://www.scielo.br>.
<http://www.splabor.com.br/blog/centrifuga-2/centrifuga-para-laboratorio-
resultados-sao-obtidos-apos-rotacoes-de-alta-velocidade/>.
83
REFERÊNCIAS
<http://www.who.int/en/>.
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