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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 5
Introdução.................................................................................................................................... 8
Unidade I
BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA...................................................................................................... 9
Capítulo 1
Evolução da bioética.......................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
História, principais princípios bioéticos e atuação da bioética na
biomedicina estética........................................................................................................... 14
Unidade Ii
ASPECTOS GERAIS E CONFECÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)....... 25
CAPÍTULO 1
Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE)...................................................... 25
Unidade iII
REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL................................................................................ 31
CAPÍTULO 1
Definição de anamnese e seus princípios......................................................................... 31
CAPÍTULO 2
Equipamentos utilizados na anamnese facial.................................................................. 36
CAPÍTULO 3
Principais disfunções estéticas da face........................................................................... 40
CAPÍTULO 4
Equipamentos utilizados na anamnese corporal........................................................... 54
capítulo 5
Principais disfunções estéticas corporais...................................................................... 57
Unidade iV
RESPONSABILIDADE LEGAL DO BIOMÉDICO(A) ESTETA........................................................................... 65
CAPÍTULO 1
Regulamentação da biomedicina estética...................................................................... 65
CAPÍTULO 2
Responsabilidade civil e regulamentação das clínicas de estéticas........................... 68
Referências................................................................................................................................... 73
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
A biomedicina estética é a mais recente área de atuação do biomédico(a), no entanto,
apesar de a sua regulamentação ter ocorrido há pouco tempo, essa área já desponta
como uma das mais promissoras da biomedicina. Por meio de comprovações científicas
dos métodos empregados, o biomédico(a) esteta desenvolve e aplica os procedimentos
para tratar as disfunções estéticas do corpo, tais como: rugas, estrias, gordura localizada,
lipodistrofia ginoide, flacidez, entre outras, disponibilizando para o paciente o retorno
da autoestima e confiança por meio dos tratamentos.
Porém, para o profissional alcançar o sucesso nessa área tão concorrida, ele deve ter
disposição para buscar constante atualização, por meio de cursos extracurriculares,
congressos, simpósios e estágio prático em clínicas, pois todos os dias surgem
novos procedimentos, cosméticos e equipamentos que prometem revolucionar
o setor. Além disso, conhecer os princípios bioéticos, saber realizar uma anamnese
com segurança e compreender quais são os aspectos jurídicos que regem a atuação
do biomédico(a) esteta são fatores primordiais para alcançar o sucesso e satisfação
profissional.
Logo, por esta apostila o aluno terá a oportunidade de aprender sobre os fundamentos
que compõem a biomedicina estética, bem como obter os conhecimentos necessários
para começar a trilhar um caminho promissor e repleto de oportunidades.
Objetivos
»» Adquirir conhecimento sobre os principais princípios bioéticos e
acontecimentos históricos que desenvolveram essa ciência.
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BIOÉTICA NA
BIOMEDICINA Unidade I
ESTÉTICA
Capítulo 1
Evolução da bioética
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UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
1947: criação do código de Nuremberg, devido aos fatos ocorridos durante a Segunda
Guerra Mundial. Além disso, foi formando o Tribunal Internacional para julgar
os nazistas responsáveis pelos experimentos com os prisioneiros nos campos de
concentração (SALLES et al., 2010).
1948: é aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a Declaração Universal
dos Direitos Humanos. Ainda que não representasse um dever legal, serviu para a
formação de dois tratados elaborados pela ONU, foram eles: o Tratado Internacional
dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais e o Tratado Internacional dos Direitos
Civis e Políticos (SALLES et al., 2010).
1953: Watson e Crick descobrem a estrutura do DNA, abrindo novos caminhos para o
desenvolvimento da Engenharia Genética. Consequentemente, questionamentos éticos
a respeito das aplicações que essa descoberta poderia trazer foram discutidos (SALLES
et al., 2010).
1960: o Concílio Vaticano II foi convocado pelo Papa João Paulo XXIII para discutir
uma reconstrução da igreja católica, pois ela iria se tornar mais aberta ao mundo
moderno e aos problemas éticos (SALLES et al., 2010).
1960: a igualdade dos diretos civis para todas as pessoas (negros e brancos) é defendida
por Martin Luther King. Além disso, ele pede o término da segregação racial e do
preconceito trabalhista (SALLES et al., 2010).
1961: a vida sexual e social das mulheres foi transformada com o advento da pílula
anticoncepcional. Com isso, uma “Bioética Feminista” é criada para defender a
autonomia da mulher sobre o seu corpo (SALLES et al., 2010).
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BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
1970/1971: a palavra “bioética” foi utilizada pela primeira em artigos publicados pelo
oncologista, bioquímico e biólogo “Van Rensselaer Potter” intitulados: “Bioethics:
The Science of Surviral e Biocybernetics and Survival”. Ademais, uma compilação
de artigos foram publicados em forma de livro, “Bioethics: Bridge to the Future”.
O cientista fazia parte do corpo docente da Universidade de Wisconsin, nos Estados
Unidos. De acordo com muitos autores, foi a partir dos estudos de Potter que nasceu a
Bioética (SALLES et al., 2010).
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UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
esse estudo realizou uma pesquisa sobre sífilis em uma população negra sem adotar os
princípios éticos (SALLES et al., 2010).
1979: o livro “Ética prática” é publicado por Peter Singer. A obra discute os motivos
pelos quais a vida de todos os seres vivos precisa ser respeitada (SALLES et al., 2010).
2004: o Centro Universitário São Camilo, sediado na cidade de São Paulo, cria o
primeiro Mestrado em Bioética do Brasil (SALLES et al., 2010).
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BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
2010: a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), situada na cidade do Rio de Janeiro, RJ,
introduz o Doutorado em Bioética, Ética Aplicada e Saúde (SALLES et al., 2010).
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CAPÍTULO 2
História, principais princípios bioéticos
e atuação da bioética na biomedicina
estética
Processos históricos
A bioética é a ciência que mais cresce em todo o mundo. Ela é um campo que integra
várias matérias, chamada “transdiciplinaridade” pelos pesquisadores da temática, ou
seja, é a junção de vários conceitos de disciplinas diferentes que, estimulada pela mídia,
abrangem temas como células-tronco, clonagem, aborto, eutanásia, banco de órgão,
entre outros. Acabam por despertar o interesse da sociedade e dos pesquisadores, pois
os conhecimentos e reflexões sobre esses temas polêmicos se difundiram pelo mundo
inteiro, transformando a bioética na ciência do momento (SAKAGUTI, 2007).
Não existe um consenso entre os cientistas que trabalham com bioética a respeito de
um acontecimento específico que deu origem a ela. No entanto, existem vários fatores
e contextos históricos que somados levaram ao seu surgimento, dentre eles, podemos
destacar a Segunda Guerra Mundial (SAKAGUTI, 2007).
Além disso, a religião esteve presente no nascimento da bioética, por meio de análises
realizadas e propostas geradas em torno dos avanços tecnológicos alcançados pela área
médica. Na década de 1950, a grande maioria dos professores ou autores de bioética
eram rabinos, pastores ou teólogos católicos (SAKAGUTI, 2007).
Após a Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1950 e 1960, observamos o surgimento
de movimentos de reivindicação dos direitos individuais, tais como: movimentos
feministas, proteção à criança e à juventude, contra a segregação racial, revolução
sexual, entre outros (SAKAGUTI, 2007).
Todos esses movimentos foram fundados devido a dois documentos que surgiram com
o término da Segunda Grande Guerra: O Código de Nuremberg (1947) e a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948) (SAKAGUTI, 2007).
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BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
Nos primórdios do século XX, a relação entre médico e paciente era de total
confidencialidade. Era muito comum o fato de o profissional ir até a casa do enfermo
realizar consultas e tratar de todos os membros da família. Devido a isso, as famílias
consultavam-se com o mesmo médico durantes anos. No entanto, no começo da década
de 1960 essa relação afetuosa mudou por causa ao aumento do número de hospitais, a
inserção de equipamentos de diagnósticos e de análises clínicas, das pesquisas clínicas
e o advento das especializações médicas. A facilidade e a comodidade, aliadas ao ponto
de vista econômico de concentrar em um mesmo local todos os profissionais da saúde,
onde poderiam trabalhar juntos para atingir os melhores resultados, ajudaram a mudar
essa relação (SAKAGUTI, 2007).
Dessa forma, o paciente passou a ser tratado como um número de série ou de acordo
com a patologia que portava, perdendo a sua identidade. A mudança na forma de
tratamento dos médicos não mais permitiu estreitar os laços na relação médico-paciente
e a identificação de médico da família foi perdida por esses profissionais (SAKAGUTI,
2007).
No ano de 1969, foi publicado, nos Estados Unidos, o Código de Direitos do Paciente
Hospitalizado que ratificava os direitos do paciente. Tal declaração garantia que o
enfermo seria respeitado e teria total autonomia sobre as decisões referentes ao seu
corpo (SAKAGUTI, 2007).
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unidAdE i │ BioÉtiCA nA BioMEdiCinA EStÉtiCA
Durante o ano de 1969, foi realizada uma reunião organizada pelo psiquiatra Willard
Gaylin e pelo filósofo Daniel Callahan. Eles reuniram psiquiatras e filósofos para estudar
e elaborar normas a respeito das pesquisas e experimentação no campo biomédico.
Esses atos levaram a formação do “Institute of Society, Ethics and Life Sciences”, com
sede em Hasting on Hundson, Nova Iorque – EUA (SAKAGUTI, 2007).
Somente no ano de 1970 o termo “bioética” foi utilizado pela primeira vez. Esse fato
ocorreu nos Estados Unidos, por meio da publicação do artigo intitulado “The sience
of survivial”, escrito pelo oncologista Van Rensselaer Potter. Em 1971, o bioquímico,
biólogo e oncologista publicou um artigo que virou referência na área – “Bioethics:
bridge to the future” (SAKAGUTI, 2007).
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BioÉtiCA nA BioMEdiCinA EStÉtiCA │ unidAdE i
Princípios bioéticos
Os fundamentos da bioética ou ética não são os seus princípios, no entanto, os princípios
éticos norteiam o caminho referente à reflexão ética e representam um conglomerado
de referências e meios que contribuem para a construção da ação ética. Existem
diferentes modelos bioéticos, cada um propõe seus princípios, os apresentando em uma
determinada ordem. Essa hierarquia não representa uma hegemonia entre um e outro
princípio, representa apenas a ordem na qual foi construída a reflexão ética (RAMOS;
JUNQUEIRA, 2007).
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UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
Como o próprio nome já diz, este princípio da bioética obriga o profissional da saúde
a não causar nenhum tipo de malefício ao paciente. Muitos autores consideram o
princípio da não maleficência como o princípio fundamental da escola Hipocrática.
Além disso, ele é utilizado constantemente para impor uma condição moral ao
profissional da área da saúde. Tratando-se, portanto, do dever ético mínimo que um
biomédico(a) esteta precisa ter para exercer sua profissão. O não cumprimento desse
princípio coloca o profissional em uma situação de prática negligente da biomedicina
estética (LOCH, 2002).
Este princípio tem grande importância, pois, em muitos casos, os riscos de causar
danos ao paciente são inseparáveis de um determinado procedimento que é destinado
a tratar aquele tipo de disfunção. Pois, qualquer procedimento estético envolve riscos e
o paciente tem que está ciente dos possíveis problemas.
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BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
Nesse exemplo, os danos ao paciente são relativamente pequenos e não oferecem risco de
morte. Porém, se o paciente tiver algum tipo de alergia aos componentes utilizados pelo
pelling o risco de ocasionar malefícios definitivos é elevado. Com isso, o procedimento
não poderá ser realizado.
Princípio da beneficência
Este princípio da beneficência apoia-se na temática que devemos fazer o bem ao próximo.
Quando utilizado por profissionais da área biomédica, o trabalhador tem o dever moral
de zelar pela saúde do paciente. Não apenas no que diz respeito à assistência técnica,
mas também deve ser levado em consideração à ética. Ou seja, todos os conhecimentos
e habilidades adquiridos pelo profissional ao longo da sua formação devem ser usados
para servir o paciente, visando sempre minimizar os riscos e potencializar os benefícios
do tratamento (KOTTOW, 1995).
Esse princípio necessita de ações positivas por parte do biomédico(a) esteta. Faz-se
necessário que o profissional trabalhe para beneficiar o seu paciente. Ademais, os
procedimentos que serão realizados precisam ser avaliados e analisados, levando em
conta o benefício versus riscos e/ou custos (LOCH, 2002).
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UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
Princípio da justiça
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BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
portuguesa no século XIII. O seu significado também pode ser interpretado como: algo
que está em conformidade com o que é de direito, com o que é justo.
Dessa maneira, não seria ético tomar uma decisão que levasse o biomédico(a) ou
paciente a se prejudicar. É a partir desse princípio que se estrutura a chamada “objeção
de consciência”, que representa o direito de um determinado profissional recusar-se a
realizar determinado procedimento, aceito ou revindicado pelo paciente, mas que vai
contra as convicções éticas desse profissional (RAMOS; JUNQUEIRA, 2007).
De maneira mais clara, as ideias de Culver e Gert explicam que somente devemos agir
paternalisticamente em relação a um paciente quando a intenção for beneficiá-lo e não
o executor do ato ou terceiros.
Existem duas formas de beneficiar uma pessoa. A primeira é promover algum bem para
o indivíduo, tais como: produzir prazer, liberdade ou oportunidade. A segunda forma é
buscar inibir ou amenizar um mal que está acometendo ao paciente, que pode ser uma
dor ou incapacidade de realizar algo (COHEN; MARCOLINO, 2002).
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UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
Por outro lado, também podemos fazer uma análise do paternalismo baseando-se no
princípio da autonomia. Esse princípio foi formalizado somente no ano de 1947, por
meio do código de Nuremberg, no qual foi estabelecido normas para a realização de
pesquisa com seres humanos. Para isso, desde então é obrigatório à apresentação do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ao indivíduo que participará de uma
determinada pesquisa biomédica (FREITAS; HOSSNE, 1998).
A palavra autonomia tem sua origem no idioma grego, cujo “auto” significa “próprio”
e “nomos” relacionam-se com “leis, regras”. Ou seja, autonomia significa ter
autodeterminação ou autogoverno sobre as suas próprias decisões que irão afetar a
integridade, a saúde, as relações interpessoais, a vida, e a integridade. (FILHO, 2011).
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BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
O processo de envelhecimento não é visto com naturalidade por grande parte dos
pacientes. Muitos desejam eternizar a beleza que possuíam na juventude e, aqueles que
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UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
Logo, o biomédico(a) esteta que irá atender seu paciente deve primeiramente realizar
uma anamnese com bastante destreza e respeitar os princípios da bioética, pois muitas
vezes o paciente pode querer fazer determinado procedimento baseado nos resultados
obtidos por um amigo ou familiar ou pode ter visto algo nas mídias sociais que
determinado tratamento promete realizar milagre. No entanto, cada organismo possui
suas particularidades e deve sempre ser tratado com um ser único. Devido a isso, é
primordial individualizar os tratamentos estéticos.
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ASPECTOS GERAIS E
CONFECÇÃO DO TERMO Unidade Ii
DE CONSENTIMENTO LIVRE
E ESCLARECIDO (TCLE)
CAPÍTULO 1
Termo de consentimento livre e
esclarecido (TCLE)
No documento firmado entre as partes, ficou estabelecido que o médico iria custear
todas as despesas do pesquisado, além disso, forneceria uma remuneração no valor
de U$ 150,00. O estudo durou 1 ano e sofreu fortes críticas éticas pela forma como foi
desenvolvido, pois o pesquisado não recebeu todas as informações necessárias e o seu
envolvimento com o experimento não aconteceu de forma voluntária. No entanto, esse
relato é considerado o vanguardista do TCLE (MINOSSI, 2011).
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UNIDADE II │ ASPECTOS GERAIS E CONFECÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Durante a história da bioética, observamos que nem sempre houve uma preocupação
com o participante de um experimento ou até mesmo de um procedimento médico.
Existe uma infinidade de relatos com o desrespeito causado por cientistas ou médicos
que não se preocupavam com a autonomia das pessoas. Esses fatos envolviam dor,
sofrimento, humilhação e até mesmo mortes. O perfil das pessoas que tinham sua
autonomia privada eram prisioneiros de guerra, pobres, escravos e condenados à morte
(SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
Também podemos destacar a Declaração Universal dos Direitos do Homem que foi
assinada em dezembro de 1948, na cidade de Paris, representando a primeira tentativa
da humanidade em estabelecer paramentos humanitários válidos para todos os
habitantes do planeta, independente de cor, sexo, classe social, religião, língua, entre
outros. (SAKAGUTI, TRINDADE, 2007).
No fim dos anos 1950, nos Estados Unidos, vários pacientes começaram a denunciar
pesquisadores que omitiram informações a respeito dos procedimentos. Porém,
foi somente a partir da década de 1960 com a Declaração de Helsinque que os
consentimentos passaram a receber uma análise mais detalhada (SAKAGUTI,
TRINDADE, 2007).
Por fim, em 1993, ocorreu à criação das “Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas
Biomédicas Envolvendo Seres Humanos”. Esse documento promoveu uma valorização
dos TCLE em todas as pesquisas com seres humanos (SAKAGUTI, TRINDADE, 2007).
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ASPECtoS gErAiS E ConfECção do tErMo dE ConSEntiMEnto liVrE E ESClArECido (tClE) │ unidAdE ii
Com isso, uma comissão do Conselho Nacional de Saúde foi formada e ouviu diferentes
nichos da população para elaborar um documento detalhado e abrangente. Ao fim do
processo, a Resolução no 196/1996, sobre Pesquisas Envolvendo Seres Humano, foi
publicada e encontra-se atualmente em vigor (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1996).
Ademais, o TCLE deve ser submetido ao CEP de acordo com as diretrizes da resolução
no 196/1996. O comitê irá avaliar se o TCLE esclarece os pontos principais da pesquisa
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UNIDADE II │ ASPECTOS GERAIS E CONFECÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Uma das finalidades do TCLE é servir como uma peça contratual entre o biomédico(a)
e o paciente, conforme os princípios jurídicos, defendendo os direitos das partes
envolvidas na causa junto à justiça e no conselho de classe do profissional (SAKAGUTI;
TRINDADE, 2007).
Por outro lado, de acordo com uma vertente, o TCLE é um documento informativo
e esclarecedor. Por isso, não deveria ser utilizado com instrumento de defesa do
profissional, pois, para muitos profissionais da saúde que trabalham com procedimentos
minimamente invasivos (injetáveis), essa tática é vista como um desvio da prática
sensata, induzida principalmente por profissionais incompetentes, devido ameaça de
processos por negligência profissional. Além disso, apesar de o paciente ter assinado o
TCLE concordando com o tratamento, nada impede que ele entre na justiça e processe
o biomédico(a) esteta em casos de erros ou falta de assistência por parte do profissional
(MINOSSI, 2011).
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ASPECTOS GERAIS E CONFECÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) │ UNIDADE II
Elaboração do TCLE
De acordo com as normas da resolução no 196/1996, o TCLE é um documento elaborado
pelo pesquisador ou biomédico(a) e precisa ter a assinatura ou impressão digital do
paciente e/ou responsável legal e visto do profissional. Em alguns casos, também é
utilizado a assinatura de uma testemunha para dar mais credibilidade ao documento.
Além disso, o termo precisa ser elaborado em uma linguagem acessível, de preferência
sem a utilização de termos técnicos, e deve apresentar os seguintes itens: (SILVA et al.,
2005; SAKAGUTI; TRINDADE, 2007; MINOSSI, 2011).
»» Benefícios esperados.
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UNIDADE II │ ASPECTOS GERAIS E CONFECÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
»» Ser direto e breve na redação do texto, Para que o paciente possa ler todo
o TCLE e absorver todas as informações necessárias.
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REALIZAÇÃO DE
ANAMNESE FACIAL Unidade iII
E CORPORAL
CAPÍTULO 1
Definição de anamnese e seus
princípios
Uma boa anamnese é aquela que possui contato entre o profissional de saúde e o
paciente. No entanto, para realizar esse procedimento com destreza, é necessário
dedicação e tempo adequado de atendimento. Pede-se para o profissional que, antes
de começar a consulta, avalie como está seu humor, atenção e disposição. Caso essas 3
características apresentem escassez, o atendimento poderá ser prejudicado e a relação
cordial entre biomédico(a) esteta e paciente não existirá. Além disso, cumprimentar
o paciente, ter um tom de voz adequado e olhar direcionado demonstram interesse e
dedicação por parte do profissional em ouvir as queixas do paciente (Carrió, 2012).
1. Deixe o paciente expor suas queixas livremente. Ouça com atenção todas
as informações passadas.
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UNIDADE III │ REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL
32
REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL │ UNIDADE III
Algumas perguntas são classificadas como essenciais em uma anamnese, pois por elas
é possível obter informações relevantes sobre a vida do paciente e as expectativas que
ele possui com a realização dos tratamentos estéticos. Algumas dessas perguntas são:
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UNIDADE III │ REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL
8. Utiliza marca-passo?
9. Possui hipertensão?
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
O biomédico(a) esteta pode elaborar outros tipos de perguntas de acordo com a sua
experiência e necessidade. Cada profissional possui, portanto, suas particularidades
que compõe a anamnese.
Essa conduta é extremante importante, pois o profissional tem que saber como está
a saúde do paciente antes de começar os procedimentos. Especialmente aqueles que
promovem a liberação de lipídios, tais como: intradermoterapia, ultrassom cavitacional,
criolipólise, hidrolipoclasia, entre outros. Assim, evita-se uma alteração acentuada nos
níveis lipídicos e possíveis patologias.
Além disso, não existe um modelo pré-determinado para elaboração de uma ficha de
anamnese. Cada biomédico(a) esteta deve elaborar a sua própria ficha de acordo com
a sua vivência clínica e os procedimentos que realiza. No entanto, os pontos que foram
abordados no tópico anterior desta apostila são fundamentais que estejam presentes,
pois norteiam o profissional durante a consulta.
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CAPÍTULO 2
Equipamentos utilizados na anamnese
facial
Fotografia
A fotografia digital é uma ferramenta de grande utilidade na biomedicina estética.
Revistas científicas e muitos profissionais usam essa metodologia para acompanhar a
evolução dos tratamentos. No entanto, para a fotografia contrastar com a realidade, é
imprescindível que o profissional utilize equipamentos de qualidades e tenha noção
dos princípios básicos de fotografia. Tais como; iluminação, distância, ângulo e
enquadramento. A correta utilização dos princípios básicos de fotografia atenuam as
falhas técnicas e valorizam os resultados obtidos nos tratamentos estéticos (AZULAY
et al., 2010).
Uma utilização dos benefícios da fotografia na prática do dia a dia ocorre em avaliação
quantitativa de melanina. Em tratamentos de hipercromias cutâneas com luz intensa
pulsada, é possível realizar uma análise de antes e após o tratamento, por meio de
fotos, analisando quantitativamente a melanina. Dessa maneira, a associação das
metodologias beneficia a análise do tratamento (CYMBALISTA; OLIVEIRA, 2006).
Luz de Wood
O físico Robert W. Wood (1868-1955) criou, em 1903, uma lâmpada que é
bastante utilizada em procedimentos estéticos: a Lâmpada de Wood. (WOOD,
1919). O equipamento utiliza um arco de mercúrio de alta pressão, juntamente com
um filtro feito de silicato de bário, possuindo 9% de óxido de níquel (Filtro de Wood).
Esse filtro é opaco a todas as luzes, com exceção as luzes que estão na banda entre
320nm (nanômetros) e 400nm, com picos de 365nm. No entanto, para que ocorra a
fluorescência no tecido, o comprimento de onda deve está situando entre 340nm e
400nm (ASAWANONDA; TAYLOR, 1999).
36
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Com isso, a Luz de Wood, assim que ilumina uma região com grande quantidade de
melanina, esse local absorve toda a luz deixando a região que não possui uma quantidade
significante de melanina refletir a luz. Dessa maneira, as variações de pigmentação da
pele tornam-se mais evidentes (AZULAY et al., 2010).
Na biomedicina estética, a Luz de Wood pode ser utilizada para diagnosticar disfunções
estéticas ligadas à pigmentação, tais como: hipopigmentação ou hiperpigmentação.
Essas alterações epidérmicas ocorrem devido a alterações na quantidade de melanina
(JILSON, 1981).
Figura 2. Na imagem (a) o paciente foi fotografado quando exposto a luz comum. Na imagem (b) o paciente
foi fotografado após ser iluminado pela luz de Wood. Com isso, podemos observar com mais detalhes as
hiperpigmentações presentes no nariz e na região da mandíbula.
37
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 3. Na imagem (a) o paciente foi iluminado com luz comum para a observação das acnes vulgar. Já na
imagem (b) o mesmo paciente foi fotografado com a presença da luz de Wood, mostrando a fluorescência
O uso da Luz de Wood é bastante difundido na biomedicina estética, com isso, algumas
observações referentes à coloração que a pele apresenta quando exposta a luz são
importantes para o diagnóstico da disfunção estética e posterior tratamento. Além
disso, existe uma grande variedade de aparelhos que utilizam a Luz de Wood, como é o
caso do “Dermaview”.
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REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL │ UNIDADE III
»» Marrom: pigmentação.
»» Laranja: oleosidade.
Lentes de aumento
As lentes de aumento são comumente utilizada nos consultórios de biomédicos(as)
estetas durante a avaliação do rosto do paciente, bem como na execução de determinados
procedimentos que necessitam de um aumento de área. No mercado existe uma grande
variedade de lentes e acessórios para esse fim. Com isso, o profissional deve pesquisar e
analisar qual equipamento vai suprir suas necessidades no consultório.
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CAPÍTULO 3
Principais disfunções estéticas da face
Acnes
A acne é uma dermatose que pode surgir devido a uma alteração no tecido estratificado
pavimento queratinizado. Não obstante, a bactéria Propionibacterium acnes, possui
como fonte de alimento as secreções produzidas pelas glândulas sebáceas, por
esse motivo ela pode entrar em contato com os poros promovendo a inflamação
do folículo piloso, causando lesões que irão levar ao surgimento das acnes. Além
disso, hipersecreção das glândulas sebáceas e liberação de mediadores químicos de
inflamação na pele ajudam a promover o aparecimento das acnes (COSTA et al., 2008;
THIBOUTOT et al., 2006).
40
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 4. paciente portador de acne vulgar. Há comedões abertos ou fechados, porém não estão inflamados.
41
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 7. paciente portador de acne conglobata. Neste caso, é observado uma grande quantidade de nódulos
42
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 8. paciente portador de acnes fulminans. Observamos a presença de pápulas, pústulas, nódulos
Melasma
O melasma é classificado como uma hipermelanose crônica, caracterizada por máculas
acastanhadas simétricas e assintomáticas em áreas expostas a luz (fotoexpostas)
(SANCHEZ et al., 1981), que atinge principalmente a região frontal da face e a malar.
As mulheres, em especial as gestantes, são as principais vítimas, no entanto, homens
também sofrem com a disfunção estética, porém em menor quantidade (RIGOPOULOS
et al., 2007; BOLANCA et al., 2008). Ele está presente em todas as raças, particularmente
em portadores de fototipos altos que vivem em regiões que possuem altos índices de
radiação ultravioleta (UV) (HASSUN et al., 2008; VICTOR et al., 2008).
Por outro lado, distúrbios vasculares nos melanócitos que apresentam receptores
de crescimento do endotélio vascular poderiam ser influenciados por elementos
angiogênicos, elevando a vascularização e auxiliando na hiperpigmentação cutânea
(SANCHEZ et al., 1981). Ademais, pré-disposição genética (SANCHEZ et al., 1981) e
43
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 9. vários melasmas em paciente do sexo feminino. Nas regiões: frontal, temporal, mandibular, mentoniana
e zigomática.
44
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 10. Melasma do tipo extrafacial, apresentando pigmentação castanha na área do pescoço. Nota-se que
As ROS são geradas pelo estresse oxidativo e são responsáveis pela ativação do fator
de crescimento celular e de citocinas inflamatórias. Atuando principalmente na matriz
celular, causando indução de mieloproteinas e degeneração do tecido conjuntivo.
Ademais, as ROS causam avarias no DNA genômico e mitocondrial, dificultando a
regeneração do organismo. Essa alteração no DNA contribui para a perda dos telômeros
(DIAS; ADRIANO, 2012).
A perda da senescência é causada pelas perdas dos telômeros. Eles constituem porção
final dos cromossomos, que sofrem encurtamento à medida que as células vão se
dividindo. A perda contínua das sequências de telômeros é um fator limitante para a
capacidade de replicação celular, pois as células com telômeros mais curtos tornam-se
instáveis geneticamente e sofrem apoptose. O encurtamento dos telômeros é acelerado
pelo estresse oxidativo e por inflamação, possuindo a dieta como agente participativo
nos dois processos (DIAS; ADRIANO, 2012).
45
UNIDADE III │ REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL
Os radicais livres são responsáveis por causarem lesões nas células, que podem ser
prevenidas ou reduzidas via atividades dos antioxidantes, encontrados em muitos
alimentos. Esses podem atuar de forma direta, neutralizando a ação dos radicais livres,
ou de forma indireta, como coparticipantes em sistemas enzimáticos com a função
antioxidante (DIAS; ADRIANO, 2012).
Esses fatores contribuem para o aparecimento das rugas, que são definidas como sulcos
ou pregas presentes na superfície da pele e correspondem aos primeiros sinais de
envelhecimento que o organismo apresenta. Elas são originárias de um processo normal
de envelhecimento, porém são potencializadas por fatores ambientais (epigenéticos)
(BRAND et al., 2009).
A glabela é uma das principais regiões afetadas pelas rugas. Ela fica localizada entre
as sobrancelhas e sua contração está relacionada a sentimentos, tais como: raiva,
frustração, irritação, preocupação, cansaço. (FINN et al., 2003). Os músculos que
compõem a glabela são os seguintes: corrugadores e orbiculares das pálpebras,
procerus, depressores do supercílio e as fibras inferiores do músculo frontal (SOMMER;
SATTLER et al. 2001). A atividade exacerbada desses músculos provoca o aparecimento
de linhas hipercinéticas perpendiculares, de acordo com a contração dos músculos.
Dessa maneira, as rugas horizontais, verticais e oblíquas são formadas (MADEIRA;
MARQUES, 2003).
A literatura considera que as rugas da glabela são iguais na grande parte da população,
possuindo apenas uma pequena diferenciação entre os gêneros (os homens possuem a
46
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
pele mais espessa e maior massa muscular) (DRAELOS, 2006), idade e etnia (AHN
et al., 2000).
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 12. Fotoenvelhecimento intenso causando pelo excesso de exposição a raios solares, ocasionando o
48
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
telangiectasias
São definidos como vasos que medem de 0,1 mm a 1 mm, visíveis ao olho nu, pois são
bastante superficiais e representam os capilares, vênulas ou arteríolas dilatadas.
As telangiectasias de origem arteriolar são vermelhas e salientes, quando comparadas a
superfície da pele; as vênulares são azuladas e podem apresentar saliência. Já as de origem
capilar são vermelhas no começo, evoluindo para um quando de coloração azulada ou
arroxeada e torna-se saliente devido à pressão hidrostática venosa (CYMOROT, 2012).
rosácea
Rosácea é uma palavra derivada do latim e significa “semelhantes a rosas”. Não obstante,
na clínica ela é definida como uma afecção crônica da pele, com incidência relativamente
alta, atingindo principalmente a área centro-facial, com ênfase nas regiões malares,
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 14. paciente portador de rosácea com eritema e telangiectasia nas bochechas, nariz e na região
nasolabial. pápulas e pústulas inflamatórias estão ao longo do nariz. Além disso, a ausência de comedões facilita
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Efélides
Efélides são comumente conhecidas como sardas e compreendem pequenas máculas
benignas castanhas e bem demarcadas que são encontradas na pele de indivíduos que
possuem fototipo entre I e II, especialmente aqueles que possuem pele bem clara com
cabelos louros ou ruivos. Essas disfunções estéticas aparecem no início da infância e
vão diminuindo com o passar dos anos. Além disso, os caucasianos são os mais afetados
pelas efélides com igual distribuição de casos entre homens e mulheres, no entanto,
asiáticos também possuem efélides (AVRAM et al., 2008).
51
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
.
Fonte: (YANG et al., 2013).
flacidez facial
A flacidez facial é ocasionada pela perda progressiva da elasticidade, do relaxamento da
estrutura do tecido conjuntivo e do aprofundamento das dobras cutâneas, ocasionando
a proeminência dos tecidos submandibular e submentoniano. Como consequência da
união de fatores intrínsecos, como a idade e fatores extrínsecos, tais como: tabagismo e
exposição à radiação ultravioleta, esses fatores potencializam as chances de desenvolver
flacidez na face (KALIL et al., 2012).
Figura 19. A paciente apresenta flacidez facial. É possível observar que grande parte da sustentação da
musculatura da face foi perdida devido a fatores intrínsecos e extrínsecos.
52
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 20. paciente portadora de flacidez na região do pescoço, ocasionado pela e idade e por fatores
epigenéticos.
Fonte: Babak Azizzadeh. Disponível em: <http://faceliftnet.com/ulthera-before-and-after/>. Acessado em: 8 de julho de 2015.
53
CAPÍTULO 4
Equipamentos utilizados na anamnese
corporal
Adipômetro
Utilização do adipômetro
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
fita métrica
Com a fita métrica é possível avaliar as medidas dos pacientes com rapidez e precisão.
No entanto, o seu uso deve seguir alguns princípios, quando for realizada a mensuração
das regiões.
» Abdominal:
3. Passar a fita métrica ao redor da cintura por cima da cicatriz para mesurar
o abdome.
5. Após a medição, a soma das 3 medidas deve ser feita, para identificar a
perda de medidas total na região abdominal, em casos de tratamentos
estéticos corporais visando gordura localizada.
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Balança
As balanças são extremamente úteis para acompanhamento da evolução dos tratamentos
estéticos. Em especial aqueles que provocam a redução de gordura corporal.
É muito importante estarmos ciente do IMC dos nossos pacientes, para futuramente
não causarmos eventuais frustrações a eles, por isso, a anamnese, como dito em
capítulos anteriores, é fundamental. Nessa hora, se o paciente apresenta-se em
sobrepeso (pré-obesidade), sabemos que o indicado é associarmos junto com
um tratamento de redução de peso, orientação nutricional e prática esportiva,
assim, biomédicos(as) estetas devem fazer parcerias com outros profissionais
da saúde, para conquistar grandes públicos e deixar claro para o paciente que
tratamentos estéticos não cirúrgicos apresentam comprovação científica em
gordura localizada para pacientes que tenham IMC normal, os quais obtêm
melhores resultados.
56
capítulo 5
Principais disfunções estéticas corporais
Estrias
As mulheres são as principais vítimas das estrias, apresentando uma incidência duas
vezes e meia maior. Elas surgem no começo da puberdade e durante a gravidez.
As regiões mais afetadas são: face lateral dos quadris, glúteos, abdome e
mamas. Já nos homens as áreas que podem apresentar estrias são: parte externa das
coxas, região lombossacra e dorso (KALIL et al, 2012). Além disso, nas gestantes as
estrias estão presentes em 90% dos casos (KORGAVKAR; WANG, 2015).
57
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 21. paciente portadora de estrias vermelhas. Ademais, as estrias podem cobrir grandes áreas do corpo,
mas isto acontece raramente. Este tipo de caso pode ser ocasionado pelo uso corticosteroides ou pela síndrome
de Cushing.
Figura 22: Alguns homens e mulheres são propensos a desenvolver estrias na parte superior do braço, abdome,
nádegas e coxas. Essas modificações tendem a ocorrer durante a puberdade, mas também pode ser
observados com a perda de peso. As estrias novas são vermelhas ou arroxeadas, enquanto estrias antigas são
brancas.
Nas avaliações, o estágio em que a estria se encontra deve ser levado em exterma
consideração, pois, as estrias recentes e eritematosas possuem maiores chances
de adquirir resultados satisfatórios. Em contrapartida, as tardias e brancas são
mais difícies de serem tratadas.
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
lipodistrofia ginoide
As lipodistrofias ginoides, também conhecida popularmente como “celulites”, são
modificações que acontecem no tecido adiposo e na microcirculação, ocasionada
por alterações dos tecidos sanguíneos e linfáticos, causando fibroesclerose no tecido
conectivo. A lipodistrofia ginoide é oriunda de uma série de eventos complexos que
abrangem epiderme, derme e tecido subcutâneo, sendo considerado um acontecimento
degenerativo e não uma inflamação. No entanto, há evidências que sugerem o
envolvimento do estrogênio na formação das celulites. Além disso, fatores como
obesidade, sobrepeso, gordura localizada e flacidez cutânea (KALIL et al, 2012), o uso
de contraceptivos hormonais (AVRAM, 2005), estresse (AVRAM, 2005), estilo de vida
sedentário (AVRAM, 2005), hereditariedade (ROSSI; VERGNANINI et al., 2000),
idade (RAO et al., 2005), sexo (RAO et al., 2005), disfunções hormonais (MILANI
et al., 2006), tabagismo (ROSSI; VERGNANINI et al., 2000), gravidez (ROSSI;
VERGNANINI et al., 2000), ingestão excessiva de cafeína e bebidas alcoólicas (ROSSI;
VERGNANINI et al., 2000), nutrição inadequada (ROSSI; VERGNANINI et al., 2000),
mudanças circulatórias (MILANI et al., 2006) e fatores mecânicos (MILANI et al.,
2006) podem contribuir para o desenvolvimento das celulites.
Figura 23. Desenho esquemático de uma pele saudável e de uma pele afetada por lipodistrofia ginoide.
59
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Na maioria das vezes, o diagnóstico da celulite é realizando pela própria paciente que
procura o biomédico(a) esteta em busca de tratamento. Com isso, cabe ao profissional
realizar a anamnese e classificar o grau da celulite. Neste caso, durante o exame clínico
o biomédico(a) deve realizar a mensuração da circunferência, teste do pinçamento,
aferição do peso e do índice de massa corpórea (IMC), além da documentação
fotográfica, que é de fundamental importância para comparação dos resultados pós-
tratamento.
A literatura descreve vários métodos para diagnosticar a celulite, tais como: termografia
(MILANI et al., 2008), ultrassom (RONA et al., 2006), ressonância magnética
(QUERLEUX et al., 2002), tomografia computadorizada (ROSSI; VERGNANINI,
2000), laser doppler (RONA et al., 2006), biópsia, xenografia, bioimpedância (ROSSI;
VERGNANINI, 2000) e plicometria (RONA et al., 2006). Porém, na prática clínica da
grande maioria dos biomédicos(as) estetas, todos esses aparelhos não são utilizados
devido altos valores empregados pelos fabricantes.
60
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
flacidez corporal
Flacidez é um acontecimento que ocorre devido à desnutrição e redução das fibras
colágenas e elásticas que sustentam os tecidos do organismo, ocasionando o decaimento
da pele e dos músculos. Este processo acontece de maneira gradual e contínua,
sofrendo influências de vários fatores, tais como: distúrbios hormonais, sedentarismo,
predisposição genética, gravidez, tabagismo, alimentação desregrada, radiação
ultravioleta, oscilações de peso (BORELLI; CURI, 2012).
A flacidez pode ser classificada em flacidez cutânea e muscular e são combatidos pelos
exercícios anaeróbicas, como a musculação, alimentação balanceada, proteção solar e
com tratamentos estéticos que estimulem a neocolagênase. Atualmente, existem várias
modalidades de tratamentos que estimulam a neocolagênese, tais como: estímulos
elétricos, térmicos e químicos com associações de outras tecnologias (BORELLI;
CURI, 2012).
61
UNIDADE III │ REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL
O tecido adiposo possui várias funções, tais como: acúmulo de energia, modelamento
da superfície corporal e proteção contra choques mecânicos e isolamento térmico.
Além disso, ele preenche os espaços entre outros tecidos e auxilia a manter certos
órgãos em suas posições normais. Por fim, o tecido adiposo também possui atividade
secretora, sintetizando diversos tipos de moléculas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
Existem dois tipos de tecido adiposo, que possuem distribuição corporal, estrutura,
fisiologia e patologia diferentes. Uma variedade é o tecido adiposo comum, amarelo ou
unilocular, nas quais suas células, quando completamente desenvolvidas, apresentam
apenas uma gotícula de gordura que ocupa todo o citoplasma celular. E o tecido adiposo
pardo, ou multilocular, formado por células que apresentam várias gotículas lipídicas e
numerosas mitocôndrias (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
Este tipo de tecido adiposo apresenta uma cor que varia entre o branco e o amarelo-escuro,
de acordo com a dieta de cada indivíduo. Essa coloração é ocasionada pelo acúmulo de
caroteno na gotícula de gordura. Praticamente todo o tecido adiposo presente no adulto
é de origem unilocular. Além disso, seu acúmulo em determinadas partes do corpo é
ocasionado por fatores genéticos, idade e sexo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
O tecido adiposo unilocular forma o panículo adiposo, camada disposta sobre a pele e
que apresenta uma espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido. No entanto,
com o passar da idade, o panículo adiposo tende a desaparecer de certas regiões
e acumula-se em outras. Essa distribuição da gordura corporal é regularizada pelos
hormônios sexuais e pelos hormônios produzidos pela camada cortical da glândula
adrenal (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
O acúmulo desses lipídeos que ocorre nos adipócitos é ocasionado principalmente por
triglicerídeos, ou seja, ésteres de ácidos graxos e glicerol. E esse armazenamento ocorre
da seguinte maneira (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004):
62
REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL │ UNIDADE III
O tecido adiposo multilocular é conhecido também como tecido adiposo pardo devido
a sua cor. Essa característica é derivada da abundante vascularização e das numerosas
mitocôndrias presentes em suas células. Diferente do tecido adiposo unilocular, que
pode ser encontrado em todo o corpo, o multilocular possui a sua distribuição limitada,
localizando-se em áreas determinadas. Nos recém-nascidos, esse tecido apresenta sua
localização bem determinada, porém como ele não se desenvolve, sua quantidade nos
adultos é muito reduzida (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
Gordura localizada
A literatura relata que o acúmulo de gordura na região central do corpo aumenta os riscos
de desenvolvimento de várias doenças, tais como: hiperinsulinemia, hiperlipidemia,
hipertensão, gota, atrite e diabetes mellitus (PITANGA; LESSA, 2005).
63
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 25. Desenho esquemático dos tipos de gordura localizada: ginoide e androide.
64
RESPONSABILIDADE LEGAL Unidade iV
DO BIOMÉDICO(A) ESTETA
CAPÍTULO 1
Regulamentação da biomedicina
estética
1. Avaliação e acompanhamento.
2. Eletroterapia e eletroestimulação.
3. Laserterapia:
›› Epilação a laser;
›› Fototerapia e LED;
65
UNIDADE IV │ RESPONSABILIDADE LEGAL DO BIOMÉDICO(A) ESTETA
4. Microagulhamento.
5. Peelings químicos:
›› Superficial;
›› Médio.
6. Peelings mecânicos:
›› Hidrodermobrasão;
7. Biotecnologias:
›› Radiofrequência;
›› Ultra-cavitação;
›› Ultrassom dissipado;
›› Ultrassom focalizado;
›› Endermologia;
›› Criolipólise.
›› Carboxiterapia;
›› Preenchimentos injetáveis;
›› Toxina Botulínica.
9. Cosmetologia avançada.
66
RESPONSABILIDADE LEGAL DO BIOMÉDICO(A) ESTETA │ UNIDADE IV
Observações:
67
CAPÍTULO 2
Responsabilidade civil e
regulamentação das clínicas de
estéticas
Além disso, o parágrafo único do artigo 927 do Código Civil relata que: “haverá
obrigação de reparar o dano independentemente de culpa”. Ou seja, a culpa não é um
fator primordial do código, essenciais são a conduta humana, o dano ou lesão realizada
e vínculo de causalidade entre a conduta e o dano (ANGHER, 2015).
68
RESPONSABILIDADE LEGAL DO BIOMÉDICO(A) ESTETA │ UNIDADE IV
Isto é, a culpa do paciente acontece quando o dano realizado for ocasionado pelo
próprio paciente. Exemplo: o biomédico(a) esteta recomenda que o paciente não tome
sol após o CO2 fracionado ou peeling para evitar manchas, não obstante, o paciente
não segue as recomendações. Terceiros causam algum tipo de maléfico ao paciente que
compromete o tratamento. E caso fortuito ou de força maior sucede quando procede de
efeitos imprevistos ou inevitáveis. Esses princípios estão listados no Código Civil, artigo
393 (OLIVEIRA, 2008).
No caso do biomédico (a) esteta, o tipo de dano mais evidente que pode provocar é o
dano estético que lesa a beleza física do paciente, comprometendo a harmonia corporal.
Este tipo de lesão pode ser permanente, o que impossibilita a correção do malefício.
Ademais, o dano estético em muitos casos, vem acompanhado de lesões morais ou
materiais, por isso elas são consideradas eventos complexos que devem ser analisadas
não somente no âmbito estético, mas também em relação à expectativa criada pelo
procedimento que não foi correspondida (OLIVEIRA, 2008).
A lesão estética no paciente provoca sofrimento, pois esse esperava uma alteração positiva
da sua aparência sem a modificação física maléfica. Não obstante, essa modificação
ocasiona no paciente uma dor moral, além de uma alteração física desagradável
(OLIVEIRA, 2008). Exemplos: cicatrizes, hipercromias, hipocromias, entre outros.
69
UNIDADE IV │ RESPONSABILIDADE LEGAL DO BIOMÉDICO(A) ESTETA
Por fim, ressaltamos que é de extrema importância que o biomédico(a) esteta consulte
um advogado especializado nesta área antes de começar a exercer sua profissão, para que
as dúvidas do âmbito jurídico sejam elucidadas. Ademais, as informações repassadas
nesta unidade são baseadas nas sanções empregadas aos médicos, tendo em vista que
até o presente momento não existem condutas específicas aos biomédicos(as) estetas.
70
RESPONSABILIDADE LEGAL DO BIOMÉDICO(A) ESTETA │ UNIDADE IV
›› Junta comercial;
71
unidAdE iV │ rESPonSABilidAdE lEgAl do BioMÉdiCo(A) EStEtA
Para ter acesso a todas as portarias e leis que regem o campo da estética, basta
acessar o site da ANVISA e realizar as consultas de interesse. <http://portal.anvisa.
gov.br/wps/portal/anvisa/home>.
Além disso, toda empresa que presta serviços ou fornece algum tipo de produto precisam
observar e respeitar as regras que compõem o Código de Defesa do Consumidor (CDC),
que foi publicado em 11 de setembro de 1990, e regulariza as regras que compõe a
relação entre consumidor e fornecedores.
72
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