2016
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Profª. Sabrina de Souza
Profª. Mayara Giero
Profª. Luíza Hochheim
646.7
S719e Souza; Sabrina de
Estética avançada / Sabrina de Souza; Mayara Giero; Luíza
Hochheim: UNIASSELVI, 2016.
178 p. : il
ISBN 978-85-515-0038-5
Bons estudos!
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
A GESTANTES.............................................................................................................. 1
VII
3.1 DOENÇAS ASSOCIADAS ............................................................................................................. 31
3.1.1 Tratamento . ................................................................................................................................ 33
3.1.2 Recomendações dietéticas ........................................................................................................ 34
3.2 TIPOS DE DIETA ............................................................................................................................. 34
4 ATIVIDADE FÍSICA ............................................................................................................................ 35
4.1 MEDICAMENTOS .......................................................................................................................... 36
5 CIRURGIA ............................................................................................................................................. 36
6 TRATAMENTOS ESTÉTICOS ........................................................................................................... 37
6.1 ACUPUNTURA ............................................................................................................................... 37
6.2 MASSAGEM ..................................................................................................................................... 40
6.3 CRIOLIPÓLISE . ............................................................................................................................... 40
7 FLACIDEZ .............................................................................................................................................. 41
7.1 ABORDAGENS TERAPÊUTICAS PARA FLACIDEZ: CORRENTE RUSSA ......................... 42
8 ESTRIAS ................................................................................................................................................. 42
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 42
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 46
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 48
VIII
4.1 MECÂNICA ..................................................................................................................................... 74
4.2 MÉTODO LEDUC ........................................................................................................................... 74
4.3 MÉTODO VODDER ........................................................................................................................ 76
4.4 DRENOMODELADORA . .............................................................................................................. 77
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 78
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 84
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 85
IX
2.3.6 Drenagem linfática manual ...................................................................................................... 127
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 129
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 130
X
UNIDADE 1
OBESIDADE E ATENDIMENTO
ESPECIALIZADO
A GESTANTES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
• compreender a obesidade;
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está organizada em três tópicos. Em cada um deles você
encontrará dicas, textos complementares, observações e atividades que lhe
darão uma maior compreensão dos temas a serem abordados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
INTRODUÇÃO À ESTÉTICA
AVANÇADA
1 INTRODUÇÃO
UNI
3
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
4
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
5
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
UNI
UNI
6
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
2.7 FIBROBLASTO
É a célula mais comum do tecido, responsável pela formação das fibras
e do material intercelular amorfo. Sintetiza colágeno, mucopolissacarídeo e
também fibras elásticas. A forma ativa da célula é denominada de fibroblasto,
possui prolongamentos citoplasmáticos irregulares, e seu núcleo apresenta forma
ovoide, de cor clara, com o núcleo evidente e cromatina fina. Os fibroblastos são
particularmente ativos durante o processo de reparação. A atividade fibroblástica
é influenciada por vários fatores, tais como regimes dietéticos e níveis de hormônio
esteroide. Na deficiência em vitamina C existe uma dificuldade na formação de
colágeno (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
2.9 EPIDERME
A epiderme é a camada mais externa da pele, constituída essencialmente
por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, é permeada apenas pelos
poros dos folículos pilossebáceos e pelas glândulas. A espessura da epiderme
8
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
geralmente é muito delgada, varia entre 0,6 mm (face) e 1,3 mm (mão) e não conta
com sistema de irrigação sanguínea direta, já que os nutrientes são transportados
por ela via difusão celular. Como todo epitélio, as células da epiderme se renovam
indefinidamente, graças a uma atividade mitótica contínua. A principal função da
epiderme é produzir queratina, uma proteína fibrosa maleável, responsável pela
impermeabilidade cutânea, e nas células que estão envolvidas nesta função são
denominados queratinócitos. A epiderme em geral é constituída de quatro a cinco
camadas, devido à camada lúcida estar ou não inclusa, pois é observada somente
em amostras espessas de pele (KEDE; SABATOVICH, 2009; GUIRRO; GUIRRO,
2004; PUJOL, 2011).
9
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
2.9.5 Melanócitos
Na pele normal, os melanócitos são encontrados na camada basal, onde
estão dispersos entre os queratinócitos desta mesma camada. Cada melanócito
supre um número de ceratinócito aos quais ele está associado, constituindo uma
unidade epidermolânica. E cada melanócito encontra-se em contato com 30 a
40 queratinócitos, não possuem tonofibrilas e nem junções desmossômicas com
células adjacentes (PUJOL, 2011). As organelas, conhecidas como melanossomos,
produzem o pigmento melanina, estes grânulos de melanina movem-se do
citoplasma para os dendritos e depois são transferidos para os queratinócitos da
vizinhança, onde formam uma camada protetora sobre o núcleo do queratinócitos,
protegendo então o DNA nuclear de mutações causadas pela radiação ultravioleta
(PUJOL, 2011; OBAGI, 2004). A variação de cor de pele normal, inclusive devido
às diferenças raciais, não se dá somente pelo aumento do número de melanócitos,
mas também do tamanho destas células e da distribuição dos melanossomos, da
distribuição do pigmento nesses melanossomos, e até da quantidade de melanina
produzida. Na pele negra, os melanossomos são largos, isolados e individualmente
ligados na membrana. Também os dendritos são mais espessos, longos e
ramificados. Na pele branca, os melanossomos são menores e estão envolvidos
pela membrana em grupos (OBAGI, 2004).
10
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
UNI
2.10 DERME
A derme, camada da pele que fica logo abaixo da epiderme, forma a parte
estrutural do tegumento do corpo. “A espessura da derme varia de 0,6 mm em
pálpebras e a 3 mm na palma da mão e na planta do pé, sendo mais espessa no
dorso que na parte anterior do corpo e mais grossa nos homens que nas mulheres”
(PUJOL, 2011, p. 41). A derme, de origem mesodérmica, é subdividida em dois
componentes: a porção papilar e a porção reticular: (KEDE; SABATOVICH, 2009).
O limite entre elas é dado pelo plexo vascular superficial, que se situa um
pouco abaixo da base dos cones epidérmicos.
2.10.1 Vascularização
A pele é constituída por uma vasta rede de vasos sanguíneos, que se
dá por dois plexos, o plexo superficial e o plexo profundo. Estes plexos correm
paralelos à superfície cutânea e estão ligados por vasos comunicantes dispostos
perpendicularmente que lhe propiciam elementos nutritivos, e colhem as substâncias
residuais e contribuem, igualitariamente, para o controle da temperatura corporal,
e por diversas artérias, que lhe transportam o sangue rico em oxigênio e nutrientes,
que penetram pela hipoderme e permanecem adjacentes à superfície cutânea no
limite com a derme. A partir daí surgem verticalmente pequenas arteríolas que, ao se
unirem às papilas dérmicas, transformam-se em finos capilares, que se encarregam
das trocas entre o sangue e a pele. Estes capilares vão posteriormente se juntar,
transformando-se em vênulas que se alastram a um plexo de veias dispostas em
paralelo com a rede arterial (KEDE; SABATOVICH, 2009).
2.10.2 Inervação
A pele é um órgão inervado tanto por nervos motores autônomos quanto
por nervos sensoriais somáticos. O sistema autônomo da pele é constituído
exclusivamente por fibras simpáticas que são responsáveis pela piloereção, pela
constrição da vasculatura cutânea e pela secreção do suor. As fibras que inervam as
glândulas écrinas, embora também simpáticas, são uma exceção no corpo humano
por terem acetilcolina, e não a neropinefrina, como principal neurotransmissor.
“O sistema somático é mediador das sensações de dor, prurido, tato suave e tato
discriminatório, pressão, vibração, apropriação, bem como a sensação térmica”
(KEDE; SABATOVICH, 2009, p. 7).
2.11 HIPODERME
Hipoderme, ou camada subcutânea da pele, é a porção mais profunda
da derme. Consiste em tecido conjuntivo frouxo e células adiposas, os quais
formam uma camada de espessura variável, dependendo de sua localização no
corpo, rica em nervos e vasos sanguíneos (PUJOL, 2011). Como a hipoderme é
formada basicamente por gordura, sua espessura é bastante variável, conforme a
constituição física de cada pessoa. Ela apoia e une a epiderme e a derme ao resto do
seu corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do seu corpo e acumula
energia para o desempenho das funções biológicas (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE DERMATOLOGIA, s.d.).
12
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
3 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
A pele representa cerca de 16% do peso corporal, exercendo diversas
funções, como regulação térmica, defesa orgânica, controle do fluxo sanguíneo,
proteção contra diversos agentes do meio ambiente e funções sensoriais, como
frio, calor, pressão, dor e tato. Entretanto, a pele muda com o tempo, como uma
roupagem contínua e flexível (PANDOLFO, 2010). O envelhecimento é classificado
por muitos autores como um estado de terceira idade, ou até mesmo de quarta idade,
contudo, o envelhecimento não é um estado e sim um processo de degradação
progressiva e diferencial, algo que decorre do tempo, ou seja, um processo natural
e imutável ao qual todos estamos submetidos. É considerado o processo de morte
do organismo e está intimamente ligado à dificuldade de definir a idade biológica,
por isso justifica-se a inexistência de uma definição de envelhecimento que atenda
aos múltiplos fatores que o compõem. Dessa forma, torna-se impossível datar seu
início, porque a velocidade da gravidade do envelhecimento varia de indivíduo para
indivíduo de acordo com o nível no qual ele esteja situado (biológico, psicológico
ou sociológico). Todo organismo celular sofre mudanças fisiológicas e vive por um
tempo limitado, passando por três fases: (1) crescimento e desenvolvimento: ocorre
na primeira fase da vida, é a fase em que se dá o crescimento e se desenvolvem
os órgãos e o organismo adquire capacidades funcionais que o tornam apto a
reproduzir; (2) reprodutiva: é caracterizada pela capacidade de reprodução do
indivíduo, que garante a sobrevivência, a perpetuação e a evolução da própria
espécie; (3) senescência ou envelhecimento: a última fase, quando se dá o declínio
da capacidade do organismo.
14
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
UNI
15
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
• Estresse: desde a última década, o estresse vem sendo investigado com maior
intensidade, como efeito nocivo à pele. Sob condição de estresse, a pele pode
diminuir sua velocidade de reparo, diminuindo sua função, passando a permitir
maior permeação de diferentes substâncias e facilitando a perda de água (PUJOL,
2011).
UNI
6 TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
Embora o envelhecimento seja muito estudado, ainda não se sabe qual a
exata natureza das alterações anatômicas, histológicas e funcionais que ocorrem,
assim como não se conhece exatamente o mecanismo biológico que determina tais
alterações. Existem diversas teorias publicadas, porém, todas tentam explicar as
causas do envelhecimento. E apesar de extensas pesquisas, nenhuma teoria única
e definitiva sobre o envelhecimento ganhou aceitação geral (GUIRRO; GUIRRO,
2004).
16
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
UNI
17
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
• Teoria da multiplicação celular: esta teoria foi exposta no livro Biology of Aging,
de Hayflick, e defende a tese de que todas as células do organismo (exceto as
cerebrais) possuem capacidade intrínseca de se multiplicar, e que a capacidade
de multiplicação vai diminuindo com o passar dos anos até sua parada total.
Sendo assim, o autor conclui que o envelhecimento é o desgaste das células. Esta
teoria perdeu espaço no âmbito científico, já que sua explicação determina mais
consequências do envelhecimento do que causas.
• Teoria dos radicais livres: é a teoria mais aceita dentre todas as apresentadas, sendo
a que melhor explica os fatos. Para entendermos melhor essa teoria, primeiro
vamos explicar o que são radicais livres. As moléculas orgânicas e inorgânicas
e os átomos que contêm um ou mais elétrons não pareados, com existência
independente, podem ser classificados como radicais livres (HALLIELWL, 1994
18
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
apud BIANCHI; ANTUNES, 1999). Essa configuração faz dos radicais livres
moléculas altamente instáveis, com meia-vida curtíssima e quimicamente muito
reativas. A presença dos radicais é crítica para a manutenção de muitas funções
fisiológicas normais (POMPELLA, 1997).
UNI
7 FOTOPROTEÇÃO
Não existe bronzeado seguro! A afirmação da Academia Americana de
Dermatologia (ADD), anunciada oficialmente em 1988, depois de uma série de
estudos sobre os efeitos nocivos do Sol sobre a pele, atualmente ainda faz sentido.
E os filtros solares são considerados os melhores cosméticos mantenedores da
juventude (PUJOL, 2011). Hoje, 90% das rugas são causadas pelo Sol, cujos raios,
quando em excesso sobre a pele, desencadeiam uma série de reações nem sempre
agradáveis para o organismo, como a destruição das fibras de colágeno, a produção
anormal das fibras de elastina e alterações na vascularização dérmica (MACEDO,
2005). Os filtros solares surgiram no início do século, mas só se popularizaram
em 1970, quando o câncer de pele começou a se tornar devastador (MACEDO,
2005). Leia a seguir parte do artigo “Proteção à radiação ultravioleta: recursos
disponíveis na atualidade em fotoproteção”, sobre o efeito nocivo do Sol sobre a
pele:
19
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
(320-400 nm). A radiação UVA, por sua vez, é classificada em UVA1 (340-400 nm)
e UVA2 (320-340 nm).
8 ABORDAGENS TERAPÊUTICAS
• Elastina: como a elastina também é uma proteína, a sua função nos cosméticos
é de hidratação, sendo, portanto, bastante discutida a sua ação biológica.
FIGURA 4 – MICROAGULHAMENTO
22
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ESTÉTICA AVANÇADA
23
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
24
• A camada granulosa encontra-se aproximadamente no meio da epiderme,
constituída em três a cinco camadas de ceratinócitos achatados, os quais sofrem
apoptose, morte programada, com o núcleo se fragmentando antes que as células
morram.
• A camada córnea tem espessura variável de acordo com sua localização anatômica,
pode ser definida como um mosaico de várias camadas, composto de intercalações
entre “tijolos” hidrofílicos (corneócitos) e cimento hidrofóbico (estruturas lipídicas
lamelares intercelulares).
• Embora o envelhecimento seja muito estudado, ainda não se sabe qual a exata
natureza das alterações anatômicas, histológicas e funcionais que ocorrem, assim
como não se conhece exatamente o mecanismo biológico que determina tais
alterações.
• Hoje, 90% das rugas são causadas pelo Sol, cujos raios, quando em excesso
sobre a pele, desencadeiam uma série de reações nem sempre agradáveis para o
organismo, como a destruição das fibras de colágeno, a produção anormal das
fibras de elastina e alterações na vascularização dérmica.
25
AUTOATIVIDADE
26
Considerando que a formulação de um fotoprotetor exige a observação de
diversos fatores que são responsáveis pela obtenção de um produto ideal, avalie
as afirmações a seguir:
Indique:
a) Se todas as afirmativas forem falsas.
b) Se apenas 2 e 4 forem as afirmativas verdadeiras.
c) Se todas as afirmativas forem verdadeiras.
d) Se apenas 1, 2 e 3 forem as afirmativas verdadeiras.
e) Se apenas 1 e 4 forem afirmativas verdadeiras.
a) 95.
b) 90.
c) 50.
d) 20.
e) 5.
a) Células de Langerhans.
b) Células de Merkel.
c) Queratinócitos.
d) Melanócitos.
e) Adipócitos.
28
UNIDADE 1
TÓPICO 2
OBESIDADE E FLACIDEZ
1 INTRODUÇÃO
A obesidade é considerada como uma das enfermidades coletivas próprias
da superalimentação, que está presente em países desenvolvidos e em vias
de desenvolvimento. É definida como um aumento generalizado de gordura
corporal, isso se deve a um balanço energético positivo, em que a ingestão supera o
gasto. Todo um sistema de vida inadequado provavelmente favorece a obesidade:
sedentarismo, hábitos familiares inadequados, alimentação insatisfatória, enfim,
neste tópico estudaremos a obesidade, seus fatores e suas abordagens terapêuticas.
2 OBESIDADE
A obesidade é uma doença crônica com prevalência elevada e crescente no
Brasil e em todo mundo. Segundo dados de 2013, publicado pela pesquisa Vigitel
(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico) (PORTAL BRASIL, 2014), o número de pessoas acima do peso cresceu
numa média de 1,37% ao ano entre 2006 e 2012, sendo que, em 2013, mais da
metade dos brasileiros (50,8%) apresentava, no mínimo, sobrepeso.
3 DIAGNÓSTICO
Devido à praticidade e à boa correlação com a porcentagem de gordura
corporal, veja a determinação do Índice de Massa Corporal (IMC):
29
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
30
TÓPICO 2 | OBESIDADE E FLACIDEZ
Apneia do sono
Arritmias
Artrose
Câncer
Cirrose hepática
Coletilíase
Demência
Depressão
Diabetes
Dislipidemia
Hipertensão
Incontinência urinária
Infarto do miocárdio
Insuficiência cardíaca
Síndrome da Hipoventilação
Trombose venosa
FONTE: A autora.
31
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
FIGURA 7 – ESTRIAS
32
TÓPICO 2 | OBESIDADE E FLACIDEZ
FIGURA 9 – HIRSUTISMO
3.1.1 Tratamento
Diante desse cenário (alta prevalência de obesidade e sua correlação com
elevada mortalidade), mais de dois terços da população americana estão inseridos
em algum tipo de tratamento contra obesidade. Entretanto, entre estes que tentam
emagrecer, somente 20% o conseguem efetivamente.
Apesar de, em muitas situações, para se atingir o IMC normal seja necessária
a perda 30 a 40% do peso corporal, estudos indicam que a redução de 5% a 10%
do peso corporal já é suficiente para se reduzir (parcialmente) a mortalidade e
a morbidade associada à obesidade. Por exemplo, um indivíduo de 1,79 m com
120 kg deveria perder pelo menos 40 kg para atingir o IMC ideal, entretanto, caso
consiga reduzir de 6 a 12 kg (5% a 10% do peso original), já se percebe melhora
nos indicadores de saúde. Dessa forma, o primeiro passo num tratamento contra
obesidade deve ser o estabelecimento de uma meta, com a perda de, no mínimo,
5% a 10% do peso atual.
33
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
UNI
Apesar das várias opções de dietas, estudos científicos têm mostrado, com
consistência, que mais importante que a escolha do tipo de dieta é a aderência à
dieta escolhida (ALHASSAN et al., 2008; WADDEN, 2011; SLENTZ et al., 2004),
ou seja, segundo a literatura médica, o que deve nortear a opção da dieta (dentre
aquelas comentadas) é a capacidade do indivíduo de se adaptar e mantê-la, e não
a discussão de qual a melhor.
Os principais tipos de dietas convencionais são: (A) dieta balanceada com
redução de calorias; (B) dieta com redução de gorduras; (C) dieta com redução de
carboidratos; (D) Dieta do Mediterrâneo.
34
TÓPICO 2 | OBESIDADE E FLACIDEZ
4 ATIVIDADE FÍSICA
A maioria dos trabalhos científicos indica que a atividade física, quando
como tratamento isolado, contribui para uma perda de peso apenas pequena.
Acredita-se que essa baixa efetividade dos exercícios físicos em promover grande
perda de peso se deve ao fato de que poucos indivíduos conseguem atingir
intensidade e frequência suficientes para significativa perda de peso (SLENTZ et
al., 2004; THOROGOOD et al., 2011; SHAW et al., 2006).
35
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
4.1 MEDICAMENTOS
Diversas opções medicamentosas existem para auxiliar no tratamento
da obesidade. Como regra geral, opções farmacológicas somente devem ser
utilizadas em pacientes com obesidade que apresentaram falha do tratamento
prévio não medicamentoso. Adicionalmente, ainda não existe opção alguma que
cure a obesidade, havendo recuperação do peso poucas semanas após a suspensão
da medicação. Ainda não estão aprovados medicamentos para uso contínuo
específicos para obesidade (BRAY et al., 2012; LI Z. et al., 2012; ARA R. et al., 2012).
Dessa forma, o tratamento farmacológico da obesidade deve ser realizado
temporariamente, durante o período em que o indivíduo corrige o estilo de vida
causador de ganho de peso.
5 CIRURGIA
Entre aqueles pacientes com IMC acima de 35 kg/m2 e que apresentaram
falha nos tratamentos clínicos supracitados, existem opções cirúrgicas para
resolução da obesidade (MECHANICK et al., 2013).
36
TÓPICO 2 | OBESIDADE E FLACIDEZ
6 TRATAMENTOS ESTÉTICOS
6.1 ACUPUNTURA
A acupuntura é o recurso terapêutico mais conhecido da MTC no Ocidente e
é feita pela inserção de agulhas, promovendo a circulação e o desbloqueio da energia,
além de retirar as energias perversas do corpo. A técnica de inserção de agulhas
promove a mobilização, a circulação e o fortalecimento das energias humanas.
Consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo, chamados de
"Pontos de Acupuntura", com objetivo de efeito terapêutico em diversas condições
de desarmonias ou desequilíbrio orgânico. “A tradução do termo em chinês é Chen-
Chui, sendo Chen (agulha) e Chui (fogo), respectivamente” (YAMAMURA, 2004,
p. 28). As raízes da acupuntura de origem oriental, hoje incorporadas no Ocidente,
apresentam diversas aplicações em áreas variadas, inclusive no tratamento de
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UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
UNI
FONTE: HE, L. Effects of acupuncture on body mass index and waist-hip ratio in the
patient of simple obesity. Zhongguo Zhen Jiu, Feb 2008. p. 95-97. Disponível
em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18405150>. Acesso em: 30 ago.
2016.
• Metal: pulmão e intestino grosso. Seu sentimento é tristeza, seu paladar é o picante
e estação outono.
38
TÓPICO 2 | OBESIDADE E FLACIDEZ
39
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
6.2 MASSAGEM
A massagem pode ser definida como o uso de diversas técnicas manuais
com objetivo de promover a mobilização da gordura, aumento da circulação
vascular periférica e auxílio na eliminação de toxinas (BORGES, 2006). A massagem
do tecido adiposo pode auxiliar nos processos emagrecedores, pois melhora
a aparência da pele e seus contornos, estimula as funções viscerais e diminui a
ansiedade e o estresse (TACANI et al., 2010).
6.3 CRIOLIPÓLISE
A criolipólise é uma técnica não invasiva, sendo um procedimento que
consiste no resfriamento, controlado e localizado do adipócito, por um período
de 40 a 60 minutos, com temperaturas acima do congelamento, porém, abaixo
da temperatura corporal normal entre 36 e 37C (ROCHA, 2013). A técnica expõe
ao frio, aumenta a necessidade de produção de calor pelo corpo e promove a
homeotermia através da liberação de hormônios pelo hipotálamo, que induzem à
utilização dos ácidos graxos livres como substratos energéticos nas mitocôndrias,
promovendo um dispêndio de energia, ou seja, o aumento das taxas metabólicas
(ROCHA, 2013). O mecanismo pelo qual ocorre a morte das células gordurosas
ainda não está claramente entendido. No entanto, alguns autores, em seus estudos
pré-clínicos, sugerem que há um processo inflamatório culminando na morte
celular programada, apoptose, o que precede a redução da gordura localizada,
e na diferenciação celular (JEWELL; SOLISH; DESILETS, 2011; ZELICKSON
et al., 2009; AVRAM et al., 2009; NELSON et al., 2009; MULHOLLAND, PAUL;
CHALFOUN, 2011 apud ROCHA, 2013), enquanto que outro autor acredita que
a gordura eliminada pela criolipólise é metabolizada pela mesma via natural do
metabolismo de gordura (FERRARO et al., 2012 apud ROCHA, 2013).
40
TÓPICO 2 | OBESIDADE E FLACIDEZ
UNI
7 FLACIDEZ
A flacidez é uma “sequela” causada por vários episódios ocorridos
ao longo dos anos, como a inatividade física, o emagrecimento demasiado, o
envelhecimento, entre outros. Nesses casos, os músculos tornam-se flácidos devido
a essas circunstâncias. A musculatura perde a tonicidade e sem contornos definidos;
as fibras musculares tornam-se atrofiadas e flácidas (LIMA; RODRIGUES, 2012). A
flacidez muscular e a hipotonia muscular são consideradas por alguns como uma
entidade única, ao passo que para outros são independentes. “É preciso que fique
claro para o esteticista que sua intervenção só será possível no caso de hipotonia
muscular, pois no caso de flacidez de pele, somente a cirurgia resolverá o problema”
(GUIRRO; GUIRRO 2004, p. 338). Tendo a pele comportamento viscoelástico,
pode-se concluir que quando o limite elástico é ultrapassado por algum motivo,
por exemplo, “um indivíduo magro que se torna obeso em um curto período de
tempo e depois emagrece novamente, ao cessar o estímulo, ela não volta ao seu
tamanho original, dando origem a esse “excesso de pele”, denominado flacidez
estética” (GUIRRO; GUIRRO, 2004, p. 339).
41
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
8 ESTRIAS
Kede e Sabatovich (2009) definem estrias como uma atrofia da pele, em
linhas, por rápido estiramento, de modo retilíneo, curvilíneo ou sinuoso, nela
ocorre uma atrofia da epiderme, com limite derme epidérmico retificado. É uma
constante busca de recursos e técnicas apropriados para a reparação do tecido
lesado pelas estrias, na busca de alternativas para, senão erradicar, pelo menos
minimizar as consequências físicas e psicossociais dos portadores de estrias
(PEREIRA; SILVA; SILVA, 2008; AZEVÊDO; TEIXEIRA; SANTOS, 2009).
LEITURA COMPLEMENTAR
Resumo
42
TÓPICO 2 | OBESIDADE E FLACIDEZ
Discussão
43
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
É possível notar neste estudo que tanto a perda de peso como a redução do
IMC e das medidas de cintura e quadril das voluntárias foram fatores determinantes
de satisfação para as mulheres. Estudos mostram que o coaching pode ser uma
intervenção motivacional em termos de adesão ao tratamento conforme observado
em pacientes com problemas de alcoolismo (MILLER; ROLLNICK, 2001).
Conclusão
45
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, vimos que:
• Diante desse cenário (alta prevalência de obesidade e sua correlação com elevada
morbidade e mortalidade), mais de dois terços da população americana estão
inseridos em algum tipo de tratamento contra obesidade. Entretanto, entre estes
que tentam emagrecer, somente 20% o conseguem efetivamente.
• A maioria dos trabalhos científicos indica que a atividade física, quando como
tratamento isolado, contribui para uma perda de peso apenas pequena. Acredita-
se que essa baixa efetividade dos exercícios físicos em promover grande perda
de peso se deve ao fato de que poucos indivíduos conseguem atingir intensidade
e frequência suficientes para significativa perda de peso.
46
• Diversas opções medicamentosas existem para auxiliar no tratamento da
obesidade. Como regra geral, opções farmacológicas somente devem ser utilizadas
em pacientes com obesidade que apresentaram falha do tratamento prévio não
medicamentoso. Adicionalmente, ainda não existe opção alguma que cure a
obesidade, havendo recuperação do peso poucas semanas após a suspensão da
medicação. Também ainda não estão aprovados medicamentos para uso contínuo
específicos para obesidade.
• Entre aqueles pacientes com IMC acima de 35 kg/m2 e que apresentaram falha
nos tratamentos clínicos supracitados, existem opções cirúrgicas para resolução
da obesidade.
47
AUTOATIVIDADE
( ) V – F – F – F.
( ) F – F – F – V.
( ) V – V – V – V.
( ) V – V – F – F.
48
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Ocorrem diversas transformações com o corpo da mulher, e veremos todas,
com detalhes, neste terceiro tópico da Unidade 3. São mudanças imunológicas,
endócrinas, metabólicas e vasculares que fazem com que a mulher grávida fique
mais suscetível a alterações de pele, tanto fisiológicas quanto patológicas (KEDE;
SABATOVICH, 2009).
49
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
UNI
50
TÓPICO 3 | GESTANTES: RESPOSTA DO CORPO E CUIDADOS
51
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
2.2.3 Melasma
O melasma é uma melanodermia que se caracteriza por uma mancha de
coloração castanha-clara a escura, que pode iniciar ou se intensificar na gestação.
As alterações pigmentares são muito comuns na gestação, alguns autores afirmam
que 90% das gestantes sofrem com essas alterações. Para Kede e Sabatovich (2009),
essas alterações são decorrentes de estímulos hormonais (estrogênio, progesterona,
ou melano-estimulante – MSH), que estimulam os melanócitos da pele e das
mucosas a produzirem mais melanina. “Geralmente, a hiperpigmentação é leve e
raramente generalizada, porém, nota-se uma hiperpigmentação mais evidente nos
mamilos, nas auréolas mamárias, genitália externa e na linha alba do abdome, que
se transforma em linha negra” (KEDE; SABATOVICH, 2009, p. 411). Cicatrizes,
nevos (pintas ou sinais) e sardas já existentes tornam-se mais pigmentados.
Um dos fatores ambientais mais importantes para o surgimento do melasma/
hiperpigmentação é a exposição ao Sol. A radiação ultravioleta causa peroxidação
dos lipídios nas membranas celulares, levando à geração de radicais livres, que
estimula os melanócitos a produzirem melanina em excesso. Após a gestação, existe
regressão parcial ou completa dessa hiperpigmentação, informação que acalma
as pacientes. Entretanto, para resguardar a normalidade dos tecidos durante a
gestação, deve-se orientar a paciente quanto aos cuidados a seguir.
52
TÓPICO 3 | GESTANTES: RESPOSTA DO CORPO E CUIDADOS
UNI
FONTE: A autora.
UNI
• Idade da gestante: mulheres mais novas têm uma pele mais “firme”, apresentando
maior facilidade de rompimento das fibras elásticas. Quanto mais jovem for a
gestante, maior será o risco de desenvolvimento de estrias. Gestantes acima de
30-35 anos têm um risco bem mais baixo.
• Peso do feto: quanto maior for o crescimento da barriga na gestação, maior será
a esgarçamento da pele e, consequentemente, maior será o risco de aparecerem
54
TÓPICO 3 | GESTANTES: RESPOSTA DO CORPO E CUIDADOS
estrias. Por isso, o tamanho do bebê é um fator de risco relevante. Por motivos
óbvios, uma gravidez gemelar também aumenta muito as chances de surgirem
estrias.
UNI
55
UNIDADE 1 | OBESIDADE E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A GESTANTES
FIGURA 14 - DIASTASE
57
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, vimos que:
• A gestante necessita de cuidados especiais com a pele para evitar ou, pelo menos,
amenizar distúrbios de pigmentação e do tecido que podem acontecer.
• Kede & Sabatovich (2009) indicam o ácido ascórbico, ou vitamina C, por ser um
dos mais antigos despigmentantes naturais utilizados, possante redutor, que
mantém a melanina sob forma reduzida e descorada.
58
• O surgimento de estrias na gravidez, chamadas em medicina de striae gravidarum, é um
acontecimento extremamente comum, chegando a acometer de 70% a 90% das gestantes.
• A massagem para grávidas deve ser uma massagem geral, nunca massagear de
maneira rigorosa ou extremamente profunda, não se deve alongar excessivamente
e também não se deve massagear o abdome da gestante, exceto com um acariciar
superficial.
59
AUTOATIVIDADE
60
UNIDADE 2
DA REVISÃO: DO SISTEMA
LINFÁTICO, CICATRIZAÇÃO E O
EMPREGO DA ESTÉTICA NAS FASES
DE CICATRIZAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um deles você encontra-
rá atividades e leituras complementares visando uma melhor compreensão
dos conteúdos abordados.
61
62
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, quando falamos em drenagem linfática, é imprescindível
sabermos as funções, as estruturas, os conceitos, a fisiologia do sistema linfático,
os quais são fundamentais para a compreensão e a aplicabilidade dos recursos
estéticos, por isso é necessário aprofundar os estudos para que possa entendê-las e
assim colocar em prática nos seus protocolos de atendimento.
63
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
Para Goss (1988, p. 598.), “o sistema linfático é uma grande rede de capilares,
que coletam a linfa nos variados órgãos e tecidos do organismo e a encaminham
dos capilares linfáticos para a circulação sanguínea”.
Fritz (2002, p. 114) cita que o sistema linfático é responsável pelas seguintes
funções:
64
TÓPICO 1 | REVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO
UNI
Borges (2010, p. 374) reforça que “os vasos linfáticos podem ser classificados
em ordem crescente de tamanho e complexidade, em capilares linfáticos, pré-
coletores, vasos coletores e troncos linfáticos”.
UNI
Conforme Guirro e Guirro (2004, p. 25), “os capilares linfáticos são fechados,
e suas extremidades levemente dilatadas em forma de pequenos bulbos, sendo
encontrados nas áreas onde também se localizam os capilares sanguíneos”.
DICAS
2.1.2 Pré-coletores
É nos pré-coletores que ocorre o início da movimentação da linfa no sistema
linfático. Entretanto, os pré-coletores se manifestam de forma sinuosa, e apresentam
uma grande quantidade de válvulas, sendo que o espaço compreendido entre uma
válvula de outra se denomina linfangion (LEDUC; LEDUC, 2007). Para Andreoli e
Pazinatto (2009), os linfagions são unidades contráteis funcionais que apresentam
atividade rítmica e autônoma, e é em razão dessas válvulas que o fluxo da linfa se
mantém unidirecional.
DICAS
67
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
68
TÓPICO 1 | REVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO
DICAS
69
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
2.1.6 Linfa
A partir do momento em que o líquido intersticial recebe o efeito da
pressão osmótica para dentro dos capilares linfáticos, passa a receber o nome de
linfa, sendo que a linfa apresenta um líquido incolor e viscoso, o qual pode ser
considerado semelhante ao plasma sanguíneo (ANDREOLI; PAZINATTO, 2009).
70
TÓPICO 1 | REVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO
E
IMPORTANT
3.1 EDEMA
Em geral, o edema fica mais evidente ao anoitecer, ocorre devido ao
desequilíbrio entre a filtragem e a evacuação da linfa. Desse modo, os tecidos
excedem sua capacidade de suportar tais líquidos e acabam por aumentar a
pressão entre os tecidos e a pele se distende, gerando, por fim, o edema (LEDUC;
LEDUC, 2007).
71
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
DICAS
• Edema sem cacifo: é um grave tipo de edema, o qual contém uma coagulação
do fluido e consequentemente fibrose, a que denominamos de fibroedema. Para
identificar esse tipo de edema, deve-se pressionar a pele e observar que o líquido
intercelular não se desloca, ou seja, não forma depressão na pele.
72
TÓPICO 1 | REVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO
UNI
Por fim, é importante saber que o edema está ligado a uma insuficiência linfática.
3.2 LINFEDEMA
Segundo Andreoli e Pazinatto (2009), o linfedema é uma patologia do sistema
linfático que, na maioria das vezes, acomete mais as mulheres do que os homens
e é caracterizada pela insuficiência de drenagem ocasionada pelos coletores ou
gânglios linfáticos. Pode ser dividida em congênita, em que o indivíduo nasce com
uma quantidade reduzida de vasos linfáticos, ou o linfedema adquirido, devido a
uma lesão no sistema linfático, seja por consequentes agressões no sistema linfático,
ocasionado por cirurgias muito invasivas ou até mesmo em tratamentos de câncer,
por exemplo, de mama, já que em alguns casos são retirados os linfonodos da
região axilar.
73
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
UNI
4.1 MECÂNICA
Mais conhecida como pressoterapia, o intuito deste aparelho é gerar uma
leve pressão para que a linfa flua em direção ao sistema circulatório.
da linfa que se encontra nos vasos com a finalidade de levar esses líquidos captados
para longe da zona de captação.
FONTE: A autora.
UNI
75
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
Gusmão (2010) ainda comenta que quanto maior for o edema, mais leve
deverá ser a pressão exercida, sempre com manobras leves e repetidas de cinco a
sete vezes na mesma região, e a orientação da drenagem vai depender do sentido
do fluxo linfático, no entanto, sempre no sentido proximal distal.
76
TÓPICO 1 | REVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO
UNI
4.4 DRENOMODELADORA
É a junção da drenagem linfática com a massagem modeladora, sendo
que esta última utiliza manobras mais fortes, como amassamento, rolamento,
pinçamento e deslizamento, com a intenção de alcançar as camadas mais
profundas da pele. No entanto, como já vimos antes, a drenagem linfática prioriza
movimentos com pressões suaves e lentas, e é impossível realizar manobras que
atinjam os vasos profundos sem danificar os superficiais.
77
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
UNI
Segue sugestão de leitura para agregar conhecimento com relação a esta técnica
de drenomodeladora: <http://www.esteticanatv.com.br/drenomodeladora-venda-tecnica-
impossivel/>.
LEITURA COMPLEMENTAR
78
TÓPICO 1 | REVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO
E foi na Europa que surgiram os primeiros estudos sobre como esse líquido
poderia ser drenado do corpo sem prejudicá-lo. O casal dinamarquês Emil Vodder
e Estrid Vodder introduziu a técnica na história da medicina. Alguns anos mais
tarde, o belga Albert Leduc, aluno de Vodder, trouxe uma outra vertente para
os procedimentos de drenagem linfática. No Brasil, nos anos 1990, o professor
José Maria Godoy desenvolve outro método e traz mais uma revolução para essa
prática. Agora, você vai conhecer mais sobre as três principais modalidades de
drenagem linfática manual permitidas no Brasil, saber a história de seus fundadores
e entender como elas funcionam. Tudo pelo conhecimento e experiência de
profissional que vive cada uma das técnicas intensamente, no mundo acadêmico
e na prática clínica.
Segundo ela, os vasos linfáticos que interessam para esta modalidade são
os localizados na pele. “80% da circulação linfática acontece na pele. Por esse
motivo, os movimentos que compõem essa técnica são suaves, tracionando a pele,
auxiliando na recolha e transporte da linfa”, aponta. Eles são leves porque muita
força nas manobras pode causar danos. “A pele tem uma espessura (que é variável
79
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
Genebra, 1969. O casal Vodder vai até a Suíça ministrar mais de um dos
cursos sobre o método de drenagem linfática que tinham criado. E lá na plateia
estava o fisioterapeuta Albert Leduc. Daí por diante, o aluno que, anos mais
tarde, se tornaria um ilustre professor, começou a estudar o sistema linfático,
desenvolvendo em laboratório pesquisas relacionadas à técnica de circulação da
linfa.
80
TÓPICO 1 | REVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO
causar alergias ao paciente para não gerar processos inflamatórios, uma vez que
seu sistema imunológico está debilitado”, enfatiza Fernanda Feijoeiro.
Então, ele e Maria de Fátima foram à Europa fazer cursos com grandes
nomes da área, como Foldi, Casley Smith, Blanc e Albert Leduc. A partir daí, uma
nova maneira de fazer a drenagem linfática começou a florescer em suas mentes.
“Foi durante o curso de Casley Smith que Fátima questionou sobre a utilização de
bastonetes para facilitar a drenagem linfática. A partir dessa sugestão, passamos a
analisar a anatomia linfática e, dessa forma, nasceu um novo conceito baseado em
movimentos lineares”, comenta o médico.
terapia. Isso ocorre porque o paciente precisa iniciar a sessão em algum aparelho
de drenagem linfática mecânica por uma hora, depois, realizar mais 15 minutos de
estímulo cervical e, por fim, 45 minutos de drenagem manual. Nesse último caso,
a pressão ideal dos movimentos deve ser de, aproximadamente, 30 a 40 mmHg.
FONTE: TONI, Patrícia. Drenagem linfática manual: o legado Vodder, Leduc e Godoy.
Negócio Estética. São Paulo, n. 15, p. 20 – 24. maio/junho 2016.
83
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
84
AUTOATIVIDADE
a) III - I – II.
b) III - II - I.
c) II - I - III.
d) II - III - I.
I- Capilares linfáticos.
II- Pré-coletores.
III- Coletores.
a) III - I - II.
b) III - II - I.
c) II - I - III.
d) II - III - I.
85
3 O sistema linfático é uma rede complexa de vasos linfáticos e capilares
linfáticos, que tem como função principal defender o organismo de
substâncias nocivas à saúde, assim como auxiliar na proteção contra vírus
e bactérias. Para auxiliar na defesa do organismo há uma série de elementos
que participam dessa proteção. Com relação aos componentes do sistema
linfático, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a) F - F - F - V.
b) V - V - V - F.
c) F - F - V - V.
d) V - F - F - F.
86
UNIDADE 2 TÓPICO 2
REVISÃO: CICATRIZES, CICATRIZAÇÃO E
FASES DA CICATRIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico aprenderemos sobre a inflamação e suas fases de cicatrização,
para então, no próximo tópico, correlacionarmos com os procedimentos estéticos.
2 INFLAMAÇÃO
Uma das mais fascinantes capacidades do ser vivo é a capacidade de
reparar seu tecido danificado.
87
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
88
TÓPICO 2 | REVISÃO: CICATRIZES, CICATRIZAÇÃO E FASES DA CICATRIZAÇÃO
Segundo Borges (2010), essa fase é caracterizada por alguns sinais clássicos
no processo inflamatório:
Por fim, nesta fase ocorre o rompimento da membrana celular, e isso faz com
que a histamina seja liberada, um dos principais agentes químicos modificadores
da lesão (BORGES, 2010).
89
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
Legenda: TNF-α, fator de necrose tumoral alfa; TGF-α. fator de crescimento de transformação
alfa; TGF-β, fator de crescimento de transformação beta; PDGF, fator de crescimento derivado das
plaquetas; VEGF, fator de crescimento derivado do endotélio vascular; IL-1, interleucina 1
Adaptado de Broughton and Attinger, 2006¹²
90
TÓPICO 2 | REVISÃO: CICATRIZES, CICATRIZAÇÃO E FASES DA CICATRIZAÇÃO
ATENCAO
Por fim, Borges (2009) comenta que a relação aos sintomas descritos nesta
fase pelos pacientes apresenta edema, alterações de sensibilidade, dor e sensação
de dormência, sendo estes dois últimos os principais desconfortos nessa fase.
91
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
92
TÓPICO 2 | REVISÃO: CICATRIZES, CICATRIZAÇÃO E FASES DA CICATRIZAÇÃO
Epiderme
Derme
Passo 2
Após algumas horas, forma-se uma crosta e células do estrato germinativo
migram ao longo das bordas do ferimento. Células fagocitárias removem
resíduos, e mais células deste tipo são conduzidas para o local através da
circulação aumentada na região. A congulação ao redor das margens da
área afetada isola parcialmente a região.
Coágulo
Macrófagos
e fibroblastos
Glândula Células epiteliais
Sudoríferas migratórias
Tecido de
granulação
Passo 3
Ao longo da semana seguinte ao ferimento, o coágulo é reabsorvido
por células epidermicas que migram sobre o emaranhado produzido
pela atividade dos fibroblastos. A atividade fagocitária ao redor do local
praticamente terminou, e o coágulo de fibrina está se desintegrando
Fibroblastos
Passo 4
Após algumas semanas, o coágulo se desprende e a epiderme se completa.
Uma depressão rasa marca o local da lesão, mas fibroblastos na derme
continuam a criar tecido cicatricial que gradualmente nivelará a epiderme
sobrejacente
Tecido
cicatricial
93
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
2.3.4.1 Complicações
Alguns fatores podem interferir no processo cicatricial: fatores locais
(infecção, edema, isquemia), fatores sistêmicos (hipotireoidismo, tabagismo,
diabetes, uso de corticoides), entre outros fatores, como o estado nutricional do
indivíduo (CAMPOS; BRANCO; GROTH, 2016).
94
TÓPICO 2 | REVISÃO: CICATRIZES, CICATRIZAÇÃO E FASES DA CICATRIZAÇÃO
FIGURA 21 – FIBROSE
LEITURA COMPLEMENTAR
96
TÓPICO 2 | REVISÃO: CICATRIZES, CICATRIZAÇÃO E FASES DA CICATRIZAÇÃO
Referências do Artigo
97
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
98
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, vimos que:
99
AUTOATIVIDADE
( ) V - F - F - V.
( ) F - F - V - F.
( ) V - F - V - F.
( ) V - F - F - F.
100
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, associaremos alguns aparelhos de eletroterapia mediante
as fases do processo cicatricial, já que nos casos de pós-operatórios devemos ter
muita cautela, determinar qual melhor protocolo estético, pois se não definirmos o
protocolo adequado, teremos sérias complicações.
101
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
2.1 ULTRASSOM
O ultrassom é uma técnica que realiza vibrações de ondas mecânicas
acústicas de alta frequência que irão se reproduzir pelos tecidos biológicos.
102
TÓPICO 3 | O USO DA ELETROTERAPIA NAS FASES DA CICATRIZAÇÃO
2.2 MICROCORRENTES
É uma corrente que normaliza a atividade do interior da célula após esse
ter sofrido algum tipo de lesão, uma vez que apresenta a capacidade de penetrar
nas células, garantindo a homeostase, pelo contrário das outras correntes com
intensidades maiores que somente passam sobre a célula e não a permeiam
(AGNES, 2013).
FIGURA 24 - ANTES
FIGURA 25 - DEPOIS
2.3 ENDERMOLOGIA
A endermologia, também conhecida como vacuoterapia, é um método que
realiza pressão negativa com o intuito de promover uma mobilização do tecido,
ou seja, auxiliará na maleabilidade. No entanto, a aplicação deve ser realizada de
maneira suave, para não gerar traumas no tecido lesionado (BORGES, 2010).
104
TÓPICO 3 | O USO DA ELETROTERAPIA NAS FASES DA CICATRIZAÇÃO
DICAS
Muito cuidado! Caso essa técnica não for realizada corretamente, poderá causar
flacidez, rompimentos dos capilares e também hematomas.
105
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
UNI
DICAS
O LED pode ser um forte aliado para o tratamento de fibroses e edema, inclusive
associando outras técnicas, como o ultrassom e a radiofrequência.
2.5 RADIOFREQUÊNCIA
Agnes (2013) cita que a radiofrequência, com relação às fases cicatriciais,
é indicada para cicatrizes e aderências, fibroses e até mesmo edemas, PORÉM É
CONTRA INDICADO PARA QUELÓIDES.
106
TÓPICO 3 | O USO DA ELETROTERAPIA NAS FASES DA CICATRIZAÇÃO
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
107
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
considerada um dos maiores avanços dos últimos tempos, sendo também um dos
procedimentos mais utilizados para a busca do corpo perfeito.
Silva (2001) afirma que o êxito da cirurgia plástica não depende somente
do ato cirúrgico. Os cuidados pré e pós-operatório também influenciam em um
resultado estético mais satisfatório, que podem ser fatores preventivos de possíveis
complicações.
Durante uma intervenção cirúrgica, o que ocorre é uma lesão nas células que
estimulam uma resposta fisiológica de reação inflamatória. Há uma substituição
das células lesionadas por tecido cicatricial, este fundamentalmente composto
por fibras de colágeno. Conforme Guirro e Guirro (2004), as fibras de colágeno
proporcionam a força que une as duas superfícies da ferida. Eles também afirmam
que o colágeno é a proteína mais abundante que temos no corpo humano e que
30% de toda a proteína de nosso corpo é de colágeno.
108
TÓPICO 3 | O USO DA ELETROTERAPIA NAS FASES DA CICATRIZAÇÃO
Para que a recuperação seja mais eficaz e o corpo responda melhor, o uso
de terapias combinadas, como drenagem com ultrassom, endermologia, entre
outras, pode trazer um melhor resultado no tratamento da fibrose. Para melhorar
a cicatrização e facilitar a modelagem corporal, vale iniciar o pós-operatório com
drenagem linfática no dia seguinte à cirurgia. Os tratamentos pós-operatório são
realizados com o intuito de aumentar o fluxo sanguíneo da região, melhorando a
vascularização no local, prevenindo e eliminando a formação de fibrose
(CERVÁSIO, 2010).
2 OBJETIVO
3 METODOLOGIA
109
UNIDADE 2 | DA REVISÃO: DO S. L. , CICATRIZAÇÃO E O EMPREGO DA E. NAS FASES DE CICATRIZAÇÃO
4 RESULTADOS
5 CONCLUSÃO
6 REFERÊNCIAS
110
TÓPICO 3 | O USO DA ELETROTERAPIA NAS FASES DA CICATRIZAÇÃO
111
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, vimos que:
112
AUTOATIVIDADE
( ) F – V – F – V.
( ) F – V – V – F.
( ) V – F – F – V.
( ) V – F – V – F.
3 Maria, com 52 anos de idade, com orientação médica, procura uma clínica
estética para realizar um tratamento pós-cirúrgico de uma lipoaspiração
realizada há cinco dias. De acordo com essas informações, assinale a
alternativa CORRETA:
113
114
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está organizada em três tópicos. Em cada um deles você encon-
trará dicas, textos complementares, observações e atividades que lhe darão
uma maior compreensão dos temas a serem abordados.
115
116
UNIDADE 3
TÓPICO 1
TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS
NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade, abordaremos um tema de grande importância para o
mundo da estética, portanto, convidamos você, prezado acadêmico, a adentrar
neste universo para descobrir e desbravar este fascinante mundo!
2 ESTÉTICA
A estética está cada vez mais em evidência. A eficiência da cirurgia
plástica não depende apenas do procedimento cirúrgico. A preocupação com o
procedimento pré e pós-operatório tem sido fator importante para a diminuição
de complicações e no auxílio de resultados estéticos satisfatórios.
117
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
NOTA
Pela primeira vez, o Brasil superou os Estados Unidos como o líder mundial em
número de cirurgias plásticas. Em 2013, o país realizou 1,49 milhão de operações, quase 13%
do total mundial – em território americano, foram 1,45 milhão. Em terceiro lugar está o México,
com 486 mil cirurgias.
• Se você é fumante, interrompa este hábito por pelo menos três semanas antes
da cirurgia. O cigarro interfere com a boa oxigenação dos tecidos e atrapalha a
cicatrização.
118
TÓPICO 1 | TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
• Não fazer uso de anti-inflamatório, tipo aspirina/AAS, por pelo menos duas
semanas antes da cirurgia. Medicamentos para emagrecer devem também ser
suspensos (principalmente no caso de cirurgias corporais).
• Evitar exposição solar prolongada por pelo menos duas semanas antes da cirurgia.
• Vitamina C: tomar 1 comprimido (500 mg) três vezes ao dia, iniciar dois dias antes
da cirurgia. Estes medicamentos lhe serão prescritos previamente pelo médico.
• Peça para alguém da família ou amigo para lhe acompanhar até o hospital/clínica.
• Comunicar qualquer anormalidade que possa lhe ocorrer, como gripe, período
menstrual, indisposição, entre outros, até dois dias antes da cirurgia.
• Limpeza de pele, já que o cliente terá de ficar um bom tempo sem este
procedimento.
119
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
UNI
120
TÓPICO 1 | TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
NOTA
De acordo com o cirurgião plástico Carlos Uebel, diretor da Isaps, 35% dos
procedimentos estéticos hoje são realizados pelo público masculino. Conforme o especialista,
lipoaspiração, remoção do excesso de pele nas pálpebras e microimplante capilar para corrigir
a calvície são os preferidos deles. Independentemente do gênero, antes de se submeter a
uma cirurgia ou procedimento estético, é importante observar alguns quesitos para evitar
arrependimentos e, principalmente, prejuízos à saúde. O bom senso sempre deve prevalecer.
2.3.1 Ultrassom
É importante que os esteticistas conheçam o comportamento físico e
fisiológico do ultrassom, para podermos fazer a correta utilização do aparelho,
respeitando os parâmetros permitidos para o uso em estética.
FIGURA 27 - ULTRASSOM
E
IMPORTANT
Você, como profissional, deve ser apto e capacitado antes de manusear qualquer
tipo de aparelho ou efetuar qualquer procedimento, e ser formado na área. Leia atentamente o
manual que acompanha o aparelho e faça cursos disponibilizados pela empresa que o vendeu.
Existem diversos modelos no mercado, analise atentamente o que cada um oferece antes de
comprar.
122
TÓPICO 1 | TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
2.3.2 Microcorrentes
De acordo com Borges (2006), a microcorrente tem por objetivo
especificamente emitir os sinais bioelétricos do corpo humano, gerando uma
corrente elétrica para compensar a bioeletricidade que está diminuída nas células
lesionadas. Isto aumentará a capacidade do corpo em transportar nutrientes para
as células da área afetada.
123
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
UNI
2.3.3 Pressoterapia
A pressoterapia é indicada no pós-operatório onde haja edema persistente,
ela funciona como uma drenagem linfática, porém de forma mecânica. Antes
de iniciar a sessão, é necessário fazermos a mobilização e a liberação de todos
os pontos do sistema linfático. Utilizaremos em pós-operatório de lipoaspiração,
lipoescultura e hidrolipoclasia com a presença de edema persistente.
124
TÓPICO 1 | TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
FIGURA 30 - PRESSOTERAPIA
2.3.4 Radiofrequência
É um dos tratamentos queridinhos do momento, principalmente para
tratamento de flacidez, por isso se tornou um grande aliado no pós-operatório
de abdominoplastia, mamoplastia, tratamentos para internos de coxas e braços.
Vamos entender um pouco mais sobre como funciona este eficiente recurso.
125
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
FIGURA 31 - RADIOFREQUÊNCIA
Dentro dos protocolos de estética, o laser vem sendo muito utilizado nos
seguintes casos:
• Revitalização cutânea;
• Hipotonia cutânea;
• Renovação celular nas peles maduras;
• Processos acneicos;
• Queda de cabelos;
• Prevenção do envelhecimento precoce;
• Pós-cirúrgico de cirurgias plásticas faciais e corporais.
126
TÓPICO 1 | TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
UNI
Você sabe qual é a diferença entre laser de alta e baixa potência? A potência,
ou seja, o número de fótons emitidos por segundo, diferencia os efeitos que ocorrerão no
tecido. Se o laser é de alta potência, muita energia será depositada em uma pequena área, o
que promoverá destruição do tecido, caracterizando efeitos térmicos e, portanto, cirúrgicos. Já
com o laser de baixa potência a energia depositada no tecido é menor e é absorvida por ele
para acelerar seus processos biológicos, o que caracteriza os efeitos fotoquímicos e fotofísicos
do laser, conhecidos como Laserterapia.
NOTA
128
RESUMO DO TÓPICO 1
129
AUTOATIVIDADE
130
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
“A busca da cirurgia plástica emana de uma finalidade transcendente. É
uma tentativa de harmonização do corpo com o espírito, da emoção com
o racional, visando estabelecer um equilíbrio que permita ao indivíduo
sentir-se em harmonia com sua própria imagem e com o universo que o
cerca” (IVO PITANGUY, 1998, p. 39).
Com o passar dos anos, nossas células vão perdendo sua capacidade de
reprodução e, com isso, muitos fatores são afetados em nosso organismo. A partir
dos 30 anos de idade, a produção de colágeno diminui drasticamente e, com
isso, inicia-se o aparecimento de rugas e linhas de expressão. Por esse motivo,
as cirurgias plásticas faciais voltadas à remoção de excesso de pele, correção de
linhas de expressão, preenchimento, entre tantos outros recursos, entram em cena,
porque recorremos a todas elas para retardar o processo de envelhecimento.
Temos ainda uma categoria de correções faciais que não estão ligados a
fatores de envelhecimento, mas, sim, a fatores de genética, que são as cirurgias
estéticas faciais para correção de características que consideramos inestéticas.
Exemplo: correção de nariz adunco, orelhas de abano e queixo proeminente.
• Rinoplastia.
• Otoplastia.
• Ritidoplastia ou lifting completo.
• Mini lifting.
• Lifting frontal.
• Blefaroplastia.
• Mentoplastia.
131
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
2 RINOPLASTIA
A rinoplastia é uma cirurgia plástica para correção estética ou não do nariz.
Normalmente, é procurada por mulheres e homens por uma influência do perfil
emocional do indivíduo. Quando realizada a cirurgia de correção do septo nasal,
sua complexidade aumenta e, consequentemente, uma maior chance de haver
necessidade de retoques ou reoperações para corrigir insatisfações (DONCATTO;
GIOVANAZ; DECUSATI, 2009).
132
TÓPICO 2 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS
FIGURA 34 - RINOPLASTIA
NOTA
3 OTOPLASTIA
Esta cirurgia tem o objetivo de corrigir a chamada “orelha de abano”, é
um dos procedimentos estéticos mais procurados entre homens e mulheres, sejam
jovens, adultos ou crianças, pois em qualquer idade esta má formação é motivo
de chacota entre indivíduos da sociedade, levando a um abalo emocional muito
grande e podendo resultar em traumas psicológicos que podem acompanhar a
pessoa por sua vida toda, diminuindo assim sua autoconfiança. A cirurgia plástica
para a correção de orelha é indicada a partir dos seis anos de idade, que é quando
a orelha já atingiu o tamanho da orelha de um adulto.
133
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
• A faixa compressiva deve ser usada por aproximadamente dois meses ou até que
o médico autorize sua retirada.
• Evitar deitar-se sobre as orelhas por aproximadamente um mês e evitar traumas
na região.
• Retorno ao trabalho ocorre em poucos dias.
• Atividades físicas intensas devem ser suspensas por pelo menos um mês
(OTOPLASTIA, s.d., s.p.).
134
TÓPICO 2 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS
FIGURA 35 - OTOPLASTIA
4 RITIDOPLASTIA
Ritidoplastia ou lifting facial, como é mais conhecida, é a cirurgia plástica
que tem como objetivo remover o excesso de pele e flacidez do rosto e pescoço. É
mais procurada entre as mulheres e seu resultado visa uma pele mais rejuvenescida,
sem modificar os traços e expressões do paciente.
Recomendações pós-operatórias:
135
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
• Compressas com água fria sobre os olhos poderão ser úteis para
diminuir o tempo de edema e proporcionar certo conforto pós-
operatório.
FIGURA 36 - RITIDOPLASTIA
136
TÓPICO 2 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS
5 MINI LIFTING
O mini lifting é uma técnica de cirurgia plástica que visa eliminar o excesso
de pele e flacidez do rosto nos graus leve a moderado. Os graus elevados de
flacidez e pele recebem a recomendação de ritidoplastia, conforme foi estudado
anteriormente. Lembram?
NOTA
A diferença entre mini lifting e lifting de face é que o mini lifting não
realiza alterações profundas, como o tratamento da musculatura do pescoço
ou cervical. Da mesma forma, não atinge a região frontal, realizando a elevação
completa das sobrancelhas como a ritidoplastia é capaz de fazer.
137
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
6 LIFTING FRONTAL
O lifting frontal tem como objetivo reposicionar as sobrancelhas e amenizar
as rugas da testa. Estas são consequências que ocorrem com o nosso corpo.
Ninguém está livre da ação da gravidade e da contração da musculatura, por mais
que as pessoas cuidem, seus efeitos são inevitáveis.
138
TÓPICO 2 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS
7 BLEFAROPLASTIA
Também conhecida como cirurgia de pálpebra, esta intervenção tem como
objetivo melhorar a aparência das pálpebras superiores, das pálpebras inferiores,
ou de ambas. A cirurgia proporciona aparência rejuvenescida na área ao redor dos
olhos, fazendo com que o olhar pareça mais desencadeado e alerta.
• Repouso necessário por pelo menos sete dias, podendo ser mais de acordo com
a sensibilidade de cada paciente.
• Atividades físicas mais intensas devem ser suspensas por pelo menos duas
semanas.
• Os hematomas ao redor dos olhos desaparecerão após duas semanas,
aproximadamente.
• Durante os primeiros dias é comum uma irritação dos olhos e uma maior
sensibilidade à luz e ao vento. Para evitá-las, devem ser usados óculos escuros.
• Evitar sol, vento e friagem, por 14 dias.
• Sessões de drenagem linfática serão muito bem-vindas assim que o médico liberar.
• Lentes de contato poderão ser usadas após a 3ª semana.
139
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
DICAS
FIGURA 38 - BLEFAROPLASTIA
8 MENTOPLASTIA
A mentoplastia ou cirurgia do queixo é um procedimento que visa ajustar a
deformidade do queixo, que pode estar em posição mais avançada ou retraída em
relação ao seu posicionamento ideal. O queixo considerado ideal é aquele que está
em harmonia com o restante do rosto.
140
TÓPICO 2 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS
• Durante os três primeiros meses o paciente deve evitar apanhar sol ou estar sujeito
a temperaturas muito altas para que a cicatriz não obtenha um aspecto escuro e
inestético;
• O uso de cremes hidratantes só deve ser retomado depois dos pontos terem sido
retirados. Neste período é recomendado que a lavagem do rosto seja feita apenas
com água e um sabão neutro;
141
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
NOTA
143
AUTOATIVIDADE
1 Uma cliente chega até sua clínica de estética após sete dias de realização
de uma cirurgia de pálpebras, queixa-se de muito edema e desconforto em
função da cirurgia estética e solicita a você um protocolo para aliviar esses
sintomas. Qual a sua postura com relação ao relatado e o que você fará para
ajudar a aliviar estes sintomas?
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144
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
As cirurgias plásticas, por muito tempo, eram realizadas por cirurgiões em
geral, até porque as especialidades médicas começaram a surgir somente a partir
do século XVIII (JUNIOR, 2005).
• Lipoaspiração.
• Lipoescultura.
• Prótese de mama.
• Mamoplastia redutora.
• Abdominoplastia.
• Dermolipectomia do braço.
• Dermolipectomia da coxa.
• Prótese de glúteo.
• Ginecomastia.
• Prótese peitoral.
• Reconstrução de mama.
• Lipo abdominoplastia.
Vamos lá?!
145
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
DICAS
2 LIPOASPIRAÇÃO
De um modo geral, segundo Souto, Freitas e Merheb (2005), a lipoaspiração
é definida como um procedimento cirúrgico para a remoção de células de gordura
do tecido celular subcutâneo, cânulas são conectadas a um sistema de aspiração com
o intuito de modelação corporal. A lipoaspiração não é indicada para tratamento
de obesidade, apenas para tratamento de lipodistrofias localizadas.
146
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS CORPORAIS
• Após a retirada dos pontos, permaneça com o curativo de micropore por mais
duas semanas.
• Não dirija antes de 10 dias.
• A exposição ao Sol pode ser feita após 90 dias gradativamente, utilizando-se
protetor solar.
• Os exercícios físicos moderados e atividade sexual podem ser iniciados após 30
dias.
• Aguarde para fazer sua “dieta ou regime de emagrecimento”, após a liberação
médica, a antecipação desta conduta por conta própria poderá determinar retardo
na cicatrização.
FIGURA 41 - LIPOASPIRAÇÃO
3 LIPOESCULURA
Você deve estar se questionando qual é a diferença entre lipoaspiração e
lipoescultura, também conhecida como lipoenxertia. Vamos esclarecer de forma
rápida e objetiva: a lipoaspiração apenas faz a retirada da gordura do corpo, e
a lipoenxertia faz o reaproveitamento da gordura retirada, ou seja, retira-se a
gordura de um local para colocar em outro.
147
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
linfática manual e a utilização do ultrassom, o uso da cinta elástica por pelo menos
um mês e meio é indispensável.
4 MAMOPLASTIA DE AUMENTO
A mamoplastia de aumento tem como objetivo, como o próprio nome já
sugere, aumentar os seios através do implante de prótese mamária de silicone. Ela
é indicada para pacientes que têm seios pequenos ou que após a amamentação
perderam volume mamário, sem que houvesse ptose de mama.
Existem três técnicas mais utilizadas para a colocação da prótese, que são:
pariareolar inferior = em volta da aréola, submamária = no sulco da mama, ou
ainda a incisão axilar = através da axila. A localização da prótese pode ser em dois
espaços diferentes: embaixo da glândula mamária ou atrás do músculo. Todas
essas particularidades serão decididas em conjunto com o médico, depois de
discutidos todos os prós e contras de cada técnica (MAMOPLASTIA, s.d.).
148
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS CORPORAIS
5 MAMOPLASTIA REDUTORA
Diferentemente da mamoplastia de aumento, a mamoplastia redutora tem
por objetivo, como o próprio nome sugere, reduzir a mama. Aí você deve estar se
perguntando: o que levaria alguém a reduzir as mamas se a maioria das mulheres
recorre ao aumento de mamas? Seios muito grandes podem gerar problemas de
coluna e outros problemas, devido ao seu alto peso. Também é indicada para os
casos de seios caídos, mas, nestes casos, normalmente é feito o implante de prótese
apenas para levantar os seios.
149
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
E
IMPORTANT
6 ABDOMINOPLASTIA
A cirurgia plástica de abdômen tem como objetivo remover o excesso de
gordura e de pele da região do abdômen. Muitas mulheres passam pelo processo
de engordar e emagrecer ao longo da vida, o que acaba gerando flacidez excessiva
e, em muitos casos, estrias. Desta forma, temos à disposição esta cirurgia para
realizar essas correções. Vamos entender um pouco mais sobre esse processo.
150
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS CORPORAIS
Pacientes fumantes precisam ficar por até um mês sem fumar antes da
cirurgia para se evitar complicações na cicatrização.
151
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
FIGURA 44 - ABDOMINOPLASTIA
7 DERMOLIPECTOMIA DO BRAÇO
A dermolipectomia de braço é a cirurgia plástica que tem como objetivo
remover o excesso de pele e, em alguns casos, o excesso de gordura da região
posterior do braço.
• Evitar levantar os braços por um período de 30 dias, para não ocorrer tração
excessiva da cicatriz e ela não alargar.
• Evitar banhos quentes e demorados por 21 dias.
• Evitar fumar por 30 dias antes e após a cirurgia para não interferir na cicatrização.
• Evitar dirigir por 21 dias.
152
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS CORPORAIS
8 DERMOLIPECTOMIA DE COXA
A dermolipectomia de coxa é a cirurgia plástica que tem como objetivo
remover o excesso de pele e, em alguns casos, o excesso de gordura da região
interna da coxa.
mais extensa, que poderá chegar até a proximidade dos joelhos. A extensão da
cicatriz manterá estreita relação com a intensidade da flacidez e, portanto, com a
quantidade de tecido a ser removido.
9 PRÓTESE DE GLÚTEO
Também conhecida como gluteoplastia de aumento, este procedimento
é utilizado para o embelezamento da região glútea. Segundo Gonzalez (2005), o
aumento das nádegas por implante e os tratamentos de ptose por liftings são os
154
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS CORPORAIS
• Subcutâneas – subfasciais.
• Retromusculares (entre músculo glúteo maior e médio).
• Intramusculares (espaço criado cirurgicamente dentro da massa do glúteo maior).
Existem vários tipos e modelos de prótese de glúteo, cada uma com uma
indicação específica para o tipo de nádega do paciente. A forma pode ser redonda
ou anatômica, conforme a projeção da prótese. O conteúdo é gel de silicone de alta
coesividade (propriedade que as moléculas do gel de silicone têm de manter-se
ligadas, não permitindo que o gel escorra, caso o implante se rompa.) O tipo e o
formato de prótese serão indicados e escolhidos pelo médico, após estudo e análise
do paciente.
• Evitar esforços nos primeiros 30 dias, exercícios podem ser retomados após 60
dias.
• Não deitar de barriga para cima por pelo menos 21 dias.
• Jamais tomar injeções na região glútea.
• Não se expor ao Sol.
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UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
• Não tomar medicamentos à base de ácido acetil salicílico por ao menos 14 dias
após a cirurgia.
• Sessões de drenagem linfática assim que houver liberação médica.
E
IMPORTANT
FIGURA 47 - GLUTEOPLASTIA
10 PRÓTESE DE PANTURRILHA
A cirurgia para aumento da panturrilha é um procedimento cirúrgico
que está ganhando cada vez mais adeptos. É realizada com a finalidade de dar
volume à região da panturrilha, porque existem muitas pessoas com coxas grossas
e panturrilha fina, o que esteticamente não fica bonito. A perna terá sua projeção
aumentada para trás.
156
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS CORPORAIS
Uma meia elástica deve ser usada por pelo menos 30 dias após a cirurgia. Sessões de
drenagem linfática podem ser realizadas para diminuição de edema.
Após dois meses de cirurgia já se tem uma boa noção de qual será o
resultado final, porém só após seis meses, como em todas as outras cirurgias, é que
teremos o resultado final de como ficou o procedimento.
157
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
11 GINECOMASTIA
Esta cirurgia plástica é especialmente voltada ao público masculino. Ela
tem como objetivo corrigir o aumento da mama masculina, que pode ocorrer por
diversos motivos.
O paciente não poderá fazer esforços por pelo menos 21 dias. O uso da
malha compressiva deverá ser feito durante um mês e meio. As complicações
neste tipo de cirurgia são raras, porém hematoma, infecção, abertura dos pontos e
queloide podem ser queixas de alguns pacientes.
158
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS CORPORAIS
FIGURA 49 - GINECOMASTIA
12 PRÓTESE PEITORAL
A cirurgia plástica não é mais uma coisa só de mulheres. Os homens estão
perdendo a vergonha de serem vaidosos e têm procurado cada vez mais a cirurgia
para resolver problemas e melhorar a autoestima. A prótese de peitoral é bastante
buscada por homens que, mesmo com muita malhação, não conseguem grande
aumento dos músculos. A cirurgia também pode ser indicada para os casos de
Síndrome de Poland, na qual falta parte ou a totalidade do músculo peitoral em
uma ou nas duas mamas.
159
UNIDADE 3 | DAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO: AS NOÇÕES DE CIRURGIA PLÁSTICA FACIAL E CORPORAL
13 LIPO-ABDOMINOPLASTIA
A lipo-abdominoplastia é a junção de dois procedimentos cirúrgicos:
lipoaspiração + abdominoplastia. A primeira é utilizada para remoção do excesso
de gordura sem, no entanto, remover o excesso de pele, e a abdominoplastia é
utilizada para a remoção do excesso de pele sem remoção do excesso de gordura.
Desta forma, uma complementa a outra.
160
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE CIRURGIAS PLÁSTICAS CORPORAIS
FIGURA 51 – LIPO-ABDOMINOPLASTIA
161
LEITURA COMPLEMENTAR
A cirurgia plástica é hoje uma área de atuação bastante ampla, que pode
ser definida pelo conjunto de procedimentos clínicos e cirúrgicos utilizados
pelo médico para reparar e reconstruir partes do revestimento externo do corpo
humano. Permite, assim, a correção de eventual desequilíbrio psicológico causado
pela deformação. O objetivo final é sempre o de promover melhor qualidade de
vida para os pacientes.
162
Os procedimentos cirúrgicos podem ser agrupados: aqueles para
rejuvenescimento facial; para melhorar o contorno corporal, as cirurgias para
alterar o volume e forma da mama, as destinadas a melhorar a forma do nariz, da
orelha etc.
Parece fundamental que a avaliação seja mais clara para que essas
intervenções possam ser consideradas como o são quaisquer outros procedimentos
médicos. Acreditamos que elas são benéficas para melhorar a qualidade de vida
dos pacientes, mas devem ser estudadas com critérios mais científicos baseados
em evidências.
A estética do corpo humano não pode ser medida pelos critérios clássicos
de avaliação científica, pois o conceito do belo é subjetivo e sujeito a variações e
gosto individual; no corpo humano não há belo "normal", e a estética filosófica se
preocupa com o belo ideal, artístico, por definição fora da média. É difícil defini-lo,
pois é variável segundo os costumes, a época, a raça e a população.
Parece-nos evidente que o conceito ideal de beleza não deva ser utilizado
para definir o resultado da cirurgia e a capacidade do cirurgião plástico. No
estágio atual da ciência não há como chegarmos à perfeição estética para toda a
humanidade.
163
A comparação entre diferentes técnicas é fundamental para determinar
qual seria a mais eficiente para aquela indicação. A introdução de nova técnica só se
justifica quando vier substituir outra, já realizada, com vantagem. Há necessidade
de casuísticas maiores, seguidas com tempo adequado, para que essa comparação
seja mais conclusiva.
165
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
• Mamoplastia redutora: tem por objetivo, como o próprio nome sugere, reduzir
a mama.
• Prótese peitoral: a prótese de peitoral é bastante buscada por homens que, mesmo
com muita malhação, não conseguem grande aumento dos músculos.
166
AUTOATIVIDADE
a) Como você descreve a relação das pessoas com a sua autoimagem nos dias
de hoje?
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167
168
REFERÊNCIAS
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177
ANOTAÇÕES
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