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Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem serão caracterizados os métodos e práticas da avaliação
nutricional e conheceremos os procedimentos usuais para a abordagem do estado nutricional do
paciente, assim como o passo a passo adotado para identificar indivíduos em risco nutricional.
Bons estudos.
A triagem de risco nutricional é a etapa onde ocorre a identificação do risco e a tomada de decisão
sobre a intervenção e, ainda, aponta potenciais pacientes com perfil para a terapia nutricional. É
indicado que o procedimento de triagem seja aplicado pela equipe multidisciplinar de saúde que
atua na admissão hospitalar e deve ser rápido. E como instrumento de avaliação do estado
nutricional e o diagnóstico de risco, deve adotar os indicadores: índice de massa corporal (IMC) ou
circunferência do braço, aparência de déficit nutricional ou perda de peso involuntário, redução da
ingestão alimentar e gravidade da doença ou estresse metabólico.
Tomando-se por base o descrito, faça uma breve resenha sobre a etapa de triagem de risco
nutricional destacando os indicadores do estado nutricional e de risco.
Infográfico
Boa leitura!
Nutrição
Contemporânea 8ª Edição
Gordon M. Wardlaw
Anne M. Smith
W266n Wardlaw, Gordon M.
Nutrição contemporânea [recurso eletrônico] / Gordon
M. Wardlaw, Anne M. Smith ; tradução: Laís Andrade,
Maria Inês Corrêa Nascimento ; revisão técnica: Ana Maria
Pandolfo Feoli. – 8. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre
: AMGH, 2013.
CDU 612.39
Ferro
REVISÃO CONCEITUAL
Entre os preceitos básicos de um bom planejamento alimentar, podemos citar o consumo de
alimentos variados, uma dieta balanceada que inclua alimentos dos cinco grupos principais
e moderação no tamanho das porções, para evitar o excesso de calorias. Ao escolhermos ali-
mentos de alta densidade nutricional, como leite desnatado, frutas, legumes, pães e cereais
integrais, estaremos garantindo uma dieta rica em nutrientes, sem muitas calorias. Muitos
desses alimentos também são importantes fontes de fitoquímicos, o que adiciona ainda mais
benefícios à dieta. Consumir alimentos de baixa densidade calórica, como frutas e legumes,
também ajuda a controlar o peso, já que esses alimentos promovem saciedade por terem pou-
cas calorias em relação ao seu peso ou volume.
Saladas têm baixa densidade calórica, es- 2.2 Estados de saúde nutricional
pecialmente se restringirmos a quantidade de
molhos e, sobretudo, de itens adicionais, como A saúde nutricional do nosso corpo é determinada considerando-se o estado nu-
cubinhos de bacon, queijo ou croutons. tricional em relação a cada nutriente de que necessitamos. Em geral, três categorias
Nutrição Contemporânea 63
TABELA 2.2 Densidade calórica de alguns alimentos comuns (em ordem relativa)
Tabela adaptada de Rolls B, The Volumetrics Eating Plan. New York: HarperCollins, 2005. Atualmente, os refrigerantes são muito
mais consumidos do que o leite, mas não são
benéficos para a dieta. O consumo de refrige-
de estado nutricional são reconhecidas: estado de nutrição desejável, subnutrição rantes representa 10% da ingestão de calorias
e supernutrição. O termo distúrbio nutricional pode se referir a um estado de su- dos adolescentes na América do Norte e está
pernutrição ou de subnutrição. Nenhuma dessas condições é favorável à saúde. A associado à ingestão deficiente de cálcio pelos
quantidade de cada nutriente necessária para manter um bom estado nutricional jovens dessa faixa etária.
é a base da ingestão diária recomendada, que vemos nos rótulos de alimentos e
publicações. O planejamento alimentar que visa atender essas necessidades será
discutido adiante, neste Capítulo.
Funções corporais
ou supernutrição). Esse conceito genérico corporais associado ao Na toxicidade do ferro, as
pode ser aplicado a todos os nutrientes. declínio do estado células do fígado são
nutricional. Na carência de Reservas adequadas particularmente afetadas.
Escolhemos o ferro como exemplo por- de nutrientes, como
ferro, as proteínas que
que a carência de ferro é a deficiência nu- contêm ferro e, por sua vez, ferro, e valores
tricional mais comum em todo o mundo. o suprimento de oxigênio sanguíneos
aos tecidos diminuem. Isso adequados, como
acarreta sintomas clínicos, os dos componentes
como fadiga após que contêm ferro.
exercício físico.
Ruim
Supernutrição
O consumo prolongado de mais nutrientes do que o corpo necessita pode causar
supernutrição. A curto prazo (1-2 semanas), a supernutrição pode causar apenas
alguns sintomas, como desconforto estomacal, no caso da ingestão excessiva de
ferro. Porém, se o excesso continua, alguns nutrientes podem se acumular gerando
níveis tóxicos, que levam a doenças graves. Um exemplo é a ingestão excessiva de
vitamina A durante a gravidez, causando defeitos congênitos.
O tipo mais comum de supernutrição nos países industrializados é o consu-
mo excessivo de calorias, que frequentemente causa obesidade. A longo prazo, a
obesidade acaba sendo a causa de outras doenças graves, como o diabetes tipo 2 e
algumas formas de câncer.
No caso da maioria das vitaminas e dos minerais, há uma grande distância
entre a ingestão recomendável e o excesso. Por isso, mesmo quando a pessoa faz
uso diário de um suplemento vitamínico e mineral, junto a uma dieta balanceada,
provavelmente não haverá risco de ingestão de uma dose nociva de qualquer nu-
triente. No caso da vitamina A e dos minerais cálcio, ferro e cobre, a distância entre
a ingestão recomendável e a supernutrição é menor. Logo, se você faz uso de suple-
mentos nutricionais, preste atenção no total de vitaminas e minerais que você está
ingerindo, somando-se os suplementos com a dieta, a fim de evitar toxicidade (ver
outros conselhos sobre suplementos nutricionais no Cap. 8).
Parâmetros Exemplo
Informações História clínica (p. ex., doenças atuais, cirurgias realizadas no passado,
básicas peso atual, história de peso e medicamentos usados atualmente)
História social (estado civil, condições de moradia)
História clínica familiar
Escolaridade
Situação econômica
(A) Peso baixo em relação à altura, história de perda recente de cerca de 5 kg, desgaste da
musculatura do tronco e dos membros superiores
(B) Baixa concentração das vitaminas tiamina e folato no sangue
(C) Transtorno psicológico, lesões faciais e movimentos descoordenados
(D) Na última semana, a alimentação consistiu, basicamente, em vinho e hambúrgueres
(E) Mora, atualmente, em um abrigo para indigentes; tem apenas 70 reais na carteira e está
desempregado
Avaliação: requer atendimento médico e recuperação nutricional.
66 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith
FIGURA 2.3 A avaliação nutricional completa inclui dados antropométricos, bioquímicos, clínicos e dietéticos. As informações sobre as condições
econômicas (socioeconômicas e ambientais) complementam o processo de avaliação nutricional.
REVISÃO CONCEITUAL
O estado nutricional desejável é aquele em que o corpo recebe nutrientes em quantidade
suficiente para funcionar bem e ainda consegue acumular reservas para os períodos de maior Às vezes, o infarto do miocárdio é o primeiro
necessidade. Quando a ingestão de nutrientes não supre as necessidades do corpo, surge o
sinal de que a alimentação da pessoa não está
quadro de subnutrição. Os sintomas desse aporte inadequado de nutrientes podem levar me-
equilibrada com suas necessidades fisiológicas.
ses ou anos para se manifestar. Deve-se evitar sobrecarregar o organismo com nutrientes, pois
isso leva à supernutrição. O estado nutricional pode ser avaliado por meio dos dados antropo- Cerca de 25% das vítimas de infarto não sobre-
métricos, bioquímicos, clínicos, dietéticos e econômicos (ABCDE). vivem a esse evento.
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Exercícios
As medidas antropométricas incluem:
1)
A) Altura, peso, pregas cutâneas e circunferências corporais.
Indique o IMC (índice de massa corporal) e o estado nutricional de um adulto com peso atual
3) de 50 kg e altura 1,76 m.
Aplique a fórmula do IMC abaixo:
D) Idade acima de 70 anos, perda de peso nos últimos seis meses e exames bioquímicos
adequados.
E) Inapetência, gripe e perfil glicêmico normal e idade acima de 70 anos, perda de peso nos
últimos seis meses e exames bioquímicos adequados.
Apresentamos os parâmetros (métodos e práticas) para análise dos fatores de base no processo de
Avaliação Nutricional, que são: dados antropométricos, bioquímicos, clínicos e dietéticos e, ainda,
importantes informações sobre as condições econômicas (socioeconômicas e ambientais).
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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