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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
QUALIDADE............................................................................................................................... 9
UNIDADE II
MEDIDAS PREVENTIVAS......................................................................................................................... 21
CAPÍTULO 1
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES............................................................................... 21
CAPÍTULO 2
MEDIDAS DE ORIENTAÇÃO PARA PREPARO PRÉ-CIRÚRGICO DAS MÃOS.................................. 37
CAPÍTULO 3
MEDIDAS PREVENTIVAS DE ORIENTAÇÃO PARA COLETA DE AMOSTRAS MICROBIOLÓGICAS DE
FORMA SEGURA E EFICAZ....................................................................................................... 40
UNIDADE III
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE................................... 67
CAPÍTULO 1
MEDIDAS PARA PREVENÇÃO DE PNEUMONIA RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE............. 67
CAPÍTULO 2
MEDIDAS PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À
SAÚDE.................................................................................................................................... 81
CAPÍTULO 3
MEDIDAS PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA (IPCS).......... 93
CAPÍTULO 4
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)..................................... 111
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
A segurança do paciente é tema complexo e, como tal, a principal ameaça é fazê-lo
inacessível. Nos últimos anos, tem-se assistido o pleno desenvolvimento de política e
estratégia globais em países com diferentes níveis de desenvolvimento, implantados
pela Organização Mundial da Saúde. Dessa maneira, a opção estratégica pela segurança
tem sido incluída nas agendas das instituições, organizações e sistemas de saúde.
Pode-se ressaltar que, apesar de ser uma temática bastante discutida atualmente, há
que se pesquisar, de forma a atender aos anseios dos profissionais sobre métodos
adequados de conduzir e melhorar a qualidade da assistência prestada por meio do
controle e da prevenção dos efeitos adversos, implementando medidas adequadas para
prevenir danos ao paciente, incentivando os profissionais de saúde fazer pesquisas
nessa área para que se possa ampliar os conhecimentos nessa área.
Objetivos
»» Conhecer a importância da qualidade para assistência à saúde e segurança
do paciente.
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ASSISTÊNCIA DE UNIDADE I
QUALIDADE
CAPÍTULO 1
Qualidade
Para se obter um cuidado de excelência, devemos buscar contribuição por meio de uma
assistência de qualidade, pois tem crescido nos últimos anos uma busca de qualidade
na área da saúde, devendo levar em consideração as pesquisas de autores clássicos
sobre a qualidade na indústria, como foi na área industrial que a gestão da qualidade
se tornou mais desenvolvida e fecunda, inspirando boa parte das iniciativas existentes
hoje nos serviços de saúde.
Segundo Juran (1990), um serviço ou produto será de qualidade quando for “adequado
à utilização pretendida”, ou seja, se servir para o que estava previsto. Portanto, o
profissional de saúde deve buscar a qualidade e pesquisar quais são as expectativas e
necessidades do cliente que pretende atender.
Segundo Deming (1989), “depende do sujeito que julgará o produto ou serviço”. Ainda,
de acordo com Ishikawa (1993), “satisfação dos requisitos dos consumidores desse
produto ou serviço”.
a. provedor;
A sintonia entre esses três componentes básicos deve se moldar ao público-alvo ao qual
é ofertado o serviço, de acordo com as necessidades e expectativas, bem como a falta da
interação entre esses componentes leva ao problema na qualidade oferecida.
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UNIDADE I │ ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE
Oferecer qualidade dos serviços de saúde, naturalmente, não é exatamente igual oferecer
automóveis, máquinas de lavar, alimentação, ou serviços de saúde. Desta forma,
convém especificar um pouco mais a definição de qualidade, para entender melhor o
que se caracteriza por um produto ou serviço de qualidade do nosso tipo específico de
“empresa”.
Assim, segundo ANVISA (2013), não é possível escolher uma universalmente válida, até
porque esse tipo de definição não existe, mas é importante unir o conceito de qualidade
em função da missão do serviço ou serviços de saúde em questão, considerando
realisticamente as circunstâncias do meio em que ele(s) está(ão) inserido(s). Por
exemplo, circunstâncias como os serviços públicos ou privados, com acesso universal
ou dirigidos a determinada população e até mesmo os recursos disponíveis, poderiam
ser considerados. Entretanto, um aspecto importante deste âmbito de definição é a
compreensão de que a qualidade não depende de um único fator, mas da presença de
uma série de componentes atributos ou dimensões.
DETERMINANTES CONCEITOS
Confiabilidade Abrange consistência de desempenho e confiabilidade. Também significa que a empresa honra com seus
compromissos. Especificamente envolve: precisão nas contas, manutenção dos registros de forma correta e
realização do serviço no tempo designado.
Presteza Refere-se ao desejo e presteza que os empregados têm em prover os serviços. Envolve rapidez nos serviços,
por exemplo: postar um recibo ou contatar um cliente rapidamente ou realizar rapidamente um serviço.
Competência Significa possuir as habilidades necessária e o conhecimento para realizar o serviço, envolvendo:
conhecimento e habilidades do pessoal de atendimento, conhecimento e habilidades do pessoal de apoio
operacional, capacidade de pesquisa de organização.
Acessibilidade Refere-se a proximidade e a facilidade de contato, significando que o serviço pode acessível por telefone, o
tempo de espera para receber o serviço não é muito extenso, tem um horário de funcionamento e localização
conveniente.
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ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE│ UNIDADE I
Cortesia Abrange educação, respeito, consideração e amabilidade do pessoal de atendimento. Compreende também
consideração com a propriedade do cliente (por exemplo: não usar sapatos sujos no carpete).
Comunicação Significa manter os clientes informados em linguagem que sejam capazes de compreender. Pode significar
que a companhia deve ajustar sua linguagem para diferentes consumidores, aumentando o nível e a
sofisticação para os mais bem educados e conversando de maneira simples e direta com os mais simples.
Também compreende: proporcionar explicação do serviço , preços, descontos e garantia ao consumidor que
um eventual problema será resolvido.
Credibilidade Considera a honestidade e implica em que a empresa esteja comprometida em atender aos interesses e
objetivos dos clientes, abrange: nome, reputação da empresa, características, pessoas dos atendentes e nível
de interação com os clientes durante a venda.
Segurança Ausência de perigo, risco ou dúvidas, abrangendo: segurança física, financeira e confidencialidade.
Compreensão e conhecimento do Significa esforça-se para compreender as necessidades do cliente, envolvendo: aprendizado sobre os
cliente requisitos específicos do cliente, proporcionar atenção individualizada, reconhecer clientes constantes e
preferenciais.
Aspectos Tangíveis Significa a inclusão e demonstração de evidencias física ao serviço, tais como: instalações, aparência do
pessoal, ferramentas e equipamentos utilizados nos serviço; representação física do serviço, tais como: um
cartão de crédito plástico, ou uma prestação de contas, além de outros clientes, presentes nas instalações.
Tríade da qualidade
Segundo Donabedian (1980), a qualidade apresenta uma tríade composta por: estrutura,
processo e resultado, que será especificado a seguir.
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UNIDADE I │ ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE
Figura 1.
Fonte: DONABEDIAN, A. The seven pillars of quality. Arch Pathol Lab Med. 1990 Nov;114(11):1115-8.
Pilares da qualidade
Por sua vez, a efetividade é a relação entre o benefício real oferecido pelo sistema de
saúde ou pela assistência e o potencial esperado. Os resultados, mesmo que adequados,
devem também ser “efetivos”, ou seja, produzirem os efeitos esperados dentro de um
sistema operacional.
Esse é um caminho quase indissociável para outros dois conceitos: a aceitabilidade dos
usuários – quando estes percebem que o sistema capta informações de diversos fluxos
para melhoria no atendimento de suas necessidades –, e a legitimidade, como o mais
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ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE│ UNIDADE I
Entretanto, a conquista inicial da acessibilidade não deve ser esquecida, pois é condição
para o alcance dos demais pilares da qualidade.
Ademais, a qualidade na saúde pode ser definida, atualmente, numa triangulação de:
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UNIDADE I │ ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE
Figura 2.
Fonte: FRAGATA, J. Segurança dos doentes – uma abordagem prática. Lidel: 2011; 312 p.
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ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE│ UNIDADE I
8o princípio: elimine o medo, de tal forma que todos trabalhem de modo eficaz para
a empresa.
10o princípio: elimine lemas, exortações e metas para a mão de obra que exijam nível
zero de falhas e estabeleçam novos níveis produtividade. Tais exortações apenas geram
inimizades, visto que o grosso das causas da baixa qualidade e da baixa produtividade
encontra-se no sistema, estando, portanto, fora do alcance dos trabalhadores.
12o princípio: remova as barreiras que privam o operário horista de seu direito de
orgulhar-se de seu desempenho. A responsabilidade dos chefes deve ser mudada de
números absolutos para a qualidade; remova as barreiras que privam as pessoas da
administração e da engenharia de seu direito de orgulharem-se de seu desempenho.
Isto significa a abolição da avaliação anual de desempenho ou de mérito, bem como da
administração por objetivos.
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UNIDADE I │ ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE
Ciclo PDCA
O PDCA é aplicado principalmente nas normas de sistemas de gestão e deve ser utilizado
(pelo menos na teoria) em qualquer empresa, de forma a garantir o sucesso nos negócios,
independentemente da área ou departamento (vendas, compras, engenharia etc.).
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ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE│ UNIDADE I
Figura 3.
Este passo é estabelecido com bases nas diretrizes da empresa. Quando traçamos um
plano, temos três pontos importantes para considerar:
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UNIDADE I │ ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE
O PDCA utilizado para atingir metas padrão, ou para manter os resultados num certo
nível desejado, pode então ser chamado de SDCA (S de standard).
b. Executar o método.
Neste passo, devem ser executadas as tarefas exatamente como estão previstas nos
planos.
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UNIDADE I │ ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE
É importante mencionar que a segurança tem interseções com quase todas as demais
dimensões da qualidade.
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MEDIDAS UNIDADE II
PREVENTIVAS
CAPÍTULO 1
Limpeza e desinfecção de superfícies
Portanto, a definição das áreas dos serviços de saúde foi feita considerando o risco
potencial para a transmissão de infecções, sendo classificadas em áreas críticas,
semicríticas e não críticas, conforme descrito a seguir:
São áreas que oferecem maiores riscos de transmissão de infecções, com ou sem pacientes; onde se realizam grande
número de procedimentos invasivos, ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos ou de alto risco. São exemplos
desse tipo de área:
»» Centro Cirúrgico (CC).
»» Centro Obstétrico (CO).
»» Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
»» Unidade de diálise e hemodiálise.
»» CME.
»» Pronto-socorro.
Áreas críticas
»» Unidades de isolamento.
»» Expurgos.
»» Laboratório.
»» Serviço de Nutrição e Dietética (Banco de Leite Humano e Lactário).
»» Área suja da lavanderia.
»» Banco de sangue.
»» Farmácia.
»» Necrotério; entre outras.
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UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
São áreas onde o risco de transmissão de infecções é menor, pois, embora existam pacientes, estes não requerem
cuidados de alta complexidade ou em isolamento. São compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas
de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. São exemplos desse tipo de área:
»» Unidades de Internação – Enfermarias (Clínica médica, cirúrgica, pediátrica, ortopédica e Maternidade).
»» Ambulatório.
Áreas
semicríticas »» Posto de Enfermagem.
»» Banheiros.
»» Elevadores.
»» Corredores.
São todos os demais compartimentos dos estabelecimentos assistenciais de saúde não ocupados por pacientes e onde
Áreas não críticas não se realizam procedimentos de risco. São exemplos desse tipo de área:
»» Vestiário, copa, áreas administrativas, almoxarifado.
Fonte:<http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
a. Limpeza concorrente
É o procedimento de limpeza realizado diariamente, em todas as unidades dos estabelecimentos de saúde com a
Definição finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os materiais de consumo diário (sabão, papel toalha, álcool gel etc.) e
recolher os resíduos.
»» Todas as superfícies horizontais (bancadas e mesas).
»» Mobiliários administrativos e de assistência (camas e grades, mesa de cabeceira, mesa de refeição, suporte de soro,
lixeiras, painel de gases, carro de curativo etc.).
»» Equipamentos em uso (bomba de infusão, ventilador mecânico, monitores, incubadora etc.).
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MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
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UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
d. Limpeza terminal
Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo todas as superfícies horizontais e verticais, internas e externas,
Definição equipamentos e mobílias. É realizada na unidade do paciente após alta hospitalar, transferências, óbitos, ou nas
internações de longa duração (programada).
»» Na limpeza terminal, os equipamentos e as mobílias devem ser higienizados primeiramente. Prosseguir com a
limpeza em sentido unidirecional do teto, das paredes (de cima para baixo) e por último do piso (do fundo para o
início).
»» O cronograma de limpeza terminal deve estar afixado em local de fácil acesso e deve ser assinado pelo
responsável tanto da equipe de higienização e limpeza quanto da equipe de enfermagem, após a realização da
Observações limpeza prevista.
»» O cronograma não deve se limitar às enfermarias e salas cirúrgicas, mas levar em conta todas as áreas presentes
no setor (posto de enfermagem, sala de procedimentos, repousos, expurgos etc.).
»» Limpeza terminal programada de áreas críticas: intervalo máximo de 15 dias.
»» Limpeza terminal em áreas semicríticas e não críticas: intervalo máximo de 30 dias.
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
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MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Por ser local que necessita sabidamente de interrupção da via de transmissão dos micro-
organismos, é o último local do setor a ser realizada a limpeza, e requer equipamentos
e materiais diferenciados dos demais locais higienizados previamente.
Conforme o tipo de isolamento, serão seguidas as rotinas orientadas pelo NCIH, inclusive
uso dos EPIs. Todo material e equipamento utilizado neste processo pela equipe de
higienização deverá ser lavado com água e detergente e posteriormente desinfetado.
Deve também ter identificação como de uso exclusivo para a área de isolamento.
No banheiro, o vaso sanitário deverá ser higienizado por último. Utilizar sacos plásticos
para acondicionamento nos recipientes dos resíduos, conforme orientações da Comissão
de Resíduos.
»» Secar cuidadosamente.
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UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
Específica em salas cirúrgicas e de parto, com o objetivo de remover as partículas que foram depositadas nas
superfícies, equipamentos e mobiliários.
»» Antes do primeiro procedimento cirúrgico do dia.
a) Limpeza Preparatória
»» Se o local estiver sem uso por mais de doze horas, mesmo após a limpeza terminal.
»» É indicada a utilização do álcool a 70% com fricção mecânica por 30 segundos nas superfícies de mobiliários
e equipamentos.
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MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Realizada diariamente entre as cirurgias, para a limpeza das superfícies dos equipamentos e mobiliários,
recolhimento de roupas, lixo e limpeza do piso.
Primeiramente são realizadas as atribuições da equipe Enfermagem, seguida das atribuições da equipe de
Higienização e Limpeza.
»» Recolher instrumentais e demais materiais e encaminhar ao expurgo.
»» Retirar roupas e dispor no hamper.
b) Limpeza Concorrente
»» Limpeza (com pano umedecido em solução detergente) seguida de desinfecção (fricção por álcool a 70%) das
mesas auxiliares, bancadas, equipamentos, mobílias (incluindo rodas dos carrinhos móveis).
»» Recolhimento do lixo e roupas do hamper.
»» Limpeza com água e sabão seguida de desinfecção por hipoclorito de sódio a 1% no piso.
Obs.: Entre as cirurgias, a limpeza do teto, paredes e portas deve ser realizada se houver necessidade (presença
de sujidade ou matéria orgânica).
Nas salas cirúrgicas a limpeza terminal deve ser realizada diariamente após o término de todas as cirurgias
programadas, ou ao final do dia em horário pré-estabelecido pelo setor.
»» Faz parte da limpeza terminal diária a área de lavabo.
»» Todos os equipamentos, mobiliários e superfícies da sala cirúrgica devem ser higienizados com água e sabão e
posteriormente desinfetados com fricção por álcool a 70%.
c) Limpeza Terminal
»» Deverão ser obrigatoriamente lavados com água e sabão o teto, as paredes e piso, nessa ordem e conforme
POP específico.
»» A desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% deve ser obrigatoriamente realizada no piso e paredes,
respeitando-se o tempo de ação (10 minutos), sendo posteriormente enxaguado com pano úmido e limpo.
Obs.: Proceder à desinfecção com hipoclorito de sódio no teto somente se houver presença de matéria orgânica.
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em:9/11/2016.
Produto Indicação
Pode ser utilizado em mobiliário em geral, exceto em acrílico por causar opacidade. Bactericida, virucida, fungicida; não é
Álcool a 70%
esporicida. Deve ser aplicado por fricção e secar naturalmente.
Indicado para uso em superfícies fixas, piso e paredes. Bactericida, virucida, fungicida. Possui amplo espectro, ação rápida
Hipoclorito de sódio de 0,02 e baixo custo. Fica inativo na presença de matéria orgânica, por isso exige limpeza prévia da superfície com água e sabão.
a 1,0% Respeitar a diluição indicada e deixar agir por 10 minutos, seguido de enxágue com água pura. Pode deixar resíduos,
possui toxicidade alta e é corrosivo para metais.
Tem seu espectro de ação de acordo com a concentração da fórmula do composto, o tempo de exposição e o pH. Pode
Quaternário de amônio ser inativado na presença de matéria orgânica e também deve ser enxaguado. É bactericida, pouco corrosivo e apresenta
baixa toxicidade. Pode ser utilizado em acrílico e é recomendado para unidades de neonatologia e ambiente de nutrição.
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
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UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
Quadro 4.
Equipe Atribuições
»» Ambiente físico: teto, paredes, piso, portas, maçanetas, janelas, interruptores, luminárias, bancadas, mesas, pias,
lavabos, dispensadores de sabão/álcool/papel toalha, cortinas, ar condicionado (externo e grades), sanitários,
geladeiras etc.
»» Telefones, computadores/teclados, impressoras, armários, demais superfícies administrativas.
»» Mobílias sem paciente no leito: camas e grades, colchão, mesas auxiliares, mesas de cabeceira, suportes de
Equipe de higienização soro, painel de gases, macas etc.
e limpeza »» Mobílias com paciente no leito: poderão higienizar as mesas auxiliares desde que sejam desocupadas pela
equipe de enfermagem.
»» Mobília da sala cirúrgica: mesas auxiliares desocupadas, painel de gases desocupado.
»» Lixeiras.
»» Carro de curativo vazio para limpeza terminal.
»» Equipamentos de assistência ao paciente: bombas de infusão, respiradores, monitores, incubadoras, berço
aquecido, bisturi elétrico, esfigmomanômetro, estetoscópio, aparelhos de glicemia e oximetria, equipamentos de
exame por imagem; carro anestésico etc.
»» Mobiliários na presença de paciente no leito: mesa de cabeceira, colchão, cama e grades, suporte de soro,
painel de gases em uso etc.
Equipe de enfermagem
»» Mobília das salas cirúrgicas: maca cirúrgica, braçadeiras, perneiras; monitores, focos de luz, e demais
equipamentos assistenciais.
»» Carro de curativo ocupado/em uso (limpeza concorrente).
»» Limpeza concorrente (diária) da bancada do posto de preparo de medicação.
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
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MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
»» Não realizar a varredura seca nas áreas internas dos serviços de saúde.
Toda área com presença de matéria orgânica deverá ser rapidamente limpa
e desinfetada, independentemente da área do hospital e da programação de
limpeza.
»» Realizar movimento único e reto, em uma só direção (de cima para baixo
nas paredes, e do fundo para a porta de entrada, ou de dentro para fora),
evitando movimentos aleatórios, observando o princípio descrito no item
acima.
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UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
30
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
»» Não tocar com a mão enluvada, locais como: maçanetas de portas, botões
de elevadores, parapeitos e grades de segurança.
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UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
Quadro 5.
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MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
Limpeza concorrente
Quadro 6.
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Definir passos para o desenvolvimento das atividades na limpeza concorrente, realizada diariamente para limpar e organizar o ambiente, repor
materiais de consumo diário e recolher resíduos, em todas as unidades dos estabelecimentos de saúde.
APLICAÇÃO
Em todas as unidades dos estabelecimentos de saúde de acordo com a classificação das áreas. Inclui limpeza de superfícies horizontais, mobiliários,
equipamentos, portas, maçanetas, parapeitos de janelas, piso e instalações sanitárias.
RESPONSÁVEIS
Auxiliar de limpeza e encarregados de limpeza.
FREQUÊNCIA
»» Áreas críticas: 3 vezes ao dia.
»» Áreas semicríticas: 2 vezes ao dia.
»» Áreas não críticas: 1 vez ao dia.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
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UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
»» EPI’s (luvas de borracha de cor amarela e azul, sapato impermeável, máscara se necessário, touca).
»» Carro funcional.
»» Detergente neutro diluído.
»» 2 baldes (1 para água limpa e 1 para água com detergente).
»» Rodo.
»» Pano exclusivo para limpeza do piso.
»» Flanelas para limpeza de mobiliários:
›› Placa de sinalização;
›› Esponjas;
›› Sacos transparente com a simbologia “resíduo comum” e brancos com a simbologia “resíduo infectante”;
›› Álcool a 70%;
›› Hipoclorito de sódio a 1% (será utilizado na limpeza concorrente do piso se houver matéria orgânica ou em áreas/leitos de isolamento de
contato);
›› Materiais de consumo diário (sabão, álcool gel, papel toalha etc.).
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
»» Higienizar as mãos.
»» Reunir material em carro funcional e encaminhar-se ao setor.
»» Cumprimentar os pacientes e explicar o que será feito.
»» Paramentar-se com luvas de cor amarela.
»» Recolher os sacos contendo resíduos do local, fechá-los e acondicioná-los na sala de resíduos segundo sua classificação.
»» Paramentar-se com luvas de cor azul.
»» Iniciar a limpeza dos mobiliários (conforme POP).
»» Realizar a limpeza do piso conforme a técnica de dois baldes (segundo POP).
»» Se no piso houver matéria orgânica, prosseguir à desinfecção (conforme POP).
»» Higienizar lixeiras (conforme POP nº10).
»» Paramentar-se com luvas de cor amarela, higienizar o banheiro (conforme POP).
»» Por último, realizar higienização das áreas/leitos de isolamento.
»» Repor saco plástico nos cestos de resíduos de acordo com grupo utilizando luvas de cor amarela.
»» Retirar as luvas.
»» Realizar estética da unidade colocando mobiliários nos respectivos lugares.
»» Repor materiais de consumo diário (sabonete, papel toalha, papel higiênico, álcool gel e outros).
»» Detectar materiais e equipamentos que não funcionam (ex.: vaso sanitário entupido, papeleira quebrada, torneira sem funcionar etc.).
»» Reunir material e encaminhá-lo ao DML.
»» Retirar EPIs.
»» Higienizar os EPIs e materiais e guardá-los no armário (conforme POP).
»» Higienizar as mãos.
ITENS DE CONTROLE
»» A retirada de materiais/equipamentos provenientes da assistência antes da realização da limpeza cabe à equipe de enfermagem (ex.: bombas,
soros, equipos, seringas etc.).
»» Nos leitos ocupados, a equipe de higienização deve observar as responsabilidades de limpeza e desinfecção concorrente dos mobiliários
conforme Manual de recomendações para Limpeza e Desinfecção de Superfícies do NCIH.
a. Na presença de pacientes: podem higienizar as mesas auxiliares dos leitos, desde que sejam desocupadas pela equipe de enfermagem.
A limpeza do leito ocupado compete à equipe de enfermagem.
A equipe de higienização não deve higienizar camas quando ocupadas por pacientes.
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
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MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Limpeza terminal
Quadro 7.
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Definir passos para o desenvolvimento das atividades na limpeza terminal, que trata-se de uma limpeza mais completa e minuciosa.
APLICAÇÃO
Em todas as unidades dos estabelecimentos de saúde de acordo com a frequência por classificação das áreas.
Inclui limpeza de:
»» teto, paredes, piso, divisória de leitos;
»» janelas, vidros, portas, peitoris, luminárias, grades de ar condicionado;
»» painel de gases;
»» equipamentos;
»» todos os mobiliários (cama, colchões, macas, mesas de cabeceira, mesas de refeição, armários, bancadas etc.);
»» pias e sanitários.
RESPONSÁVEIS
Auxiliar de limpeza e encarregados de limpeza.
FREQUÊNCIA
»» Sempre após a alta/óbito/transferência.
»» Em internações prolongadas.
»» De forma programada conforme o setor:
›› Áreas críticas: 3 vezes ao dia;
›› Áreas semicríticas: 2 vezes ao dia;
›› Áreas não críticas: 1 vez ao dia.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
»» EPI’s (luvas de borracha de cor amarela e azul, sapato impermeável, máscara se necessário, touca, óculos).
»» Carro funcional.
»» 3 baldes distintamente identificados (1 para água limpa, 1 para água com detergente, 1 para desinfetante).
»» Rodo.
»» Pano exclusivo para piso.
»» Pano para paredes e teto.
»» Pano exclusivo para limpeza de mobiliários.
»» Placa de sinalização.
»» Esponjas.
»» Sacos transparente com a simbologia “resíduo comum” e brancos com a simbologia “resíduo infectante”.
»» Álcool a 70%.
»» Hipoclorito de sódio a 1%.
»» Detergente neutro.
»» Vassoura com cerdas de nylon e cabo de alumínio ou plástico.
»» Máquina para limpeza.
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
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UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
»» Higienizar as mãos.
»» Reunir material em carro funcional, e encaminhar-se ao setor.
»» Cumprimentar os pacientes e explicar o que será feito.
»» Paramentar-se com luvas de cor amarela.
»» Recolher os sacos contendo resíduos do local, fechar e acondicionar na sala de resíduos em containers específicos para cada grupo.
»» Paramentar-se com luvas de cor azul.
»» Primeiramente higienizar teto, em sentido unidirecional, com o auxílio de rodo e pano embebido com água e detergente. Proceder ao enxágue com
pano embebido em água limpa. Secar.
»» Logo após, higienizar as paredes em sentindo unidirecional de cima para baixo, utilizando esponja verde (ou pano) com água e detergente.
»» Enxaguar a parede com pano e água limpa em movimentos retilíneos e secar.
»» Proceder à limpeza das janelas, vidros, portas, parapeitos, com esponja verde embebida no detergente neutro em movimentos retilíneos e de cima
para baixo, enxaguar com pano e água limpa e secar.
»» Repetir a ação quantas vezes forem necessárias, até retirar todo excesso de sabão.
»» Trocar a água sempre que apresentar-se suja.
»» Higienizar o mobiliário (conforme POP ).
»» Paramentar-se com luvas de cor amarela.
»» Lavar o piso com água e detergente neutro e o auxílio de uma enceradeira, com movimento unidirecional, da área mais suja para a área mais
limpa, ou do fundo da sala para a porta.
»» Na ausência da enceradeira, deve-se proceder à limpeza do piso com auxílio de rodo e pano limpo e exclusivo, conforme a técnica de 2 baldes,
(segundo o POP ), procedendo à limpeza rigorosa por despejo da solução detergente e fricção da superfície.
»» Enxaguar todo o piso com água limpa, retirando o excesso de água com auxílio de um rodo direcionando para o banheiro.
»» Secar o piso com auxílio de pano seco e limpo.
»» Se a situação for indicada, realizar desinfecção com hipoclorito do piso e paredes (conforme POP ).
»» Higienizar o banheiro (conforme POP ).
»» Impermeabilizar o piso, caso seja necessário.
»» Repor saco plástico nos cestos de resíduos.
»» Retirar as luvas amarelas e realizar estética da unidade, colocando o mobiliário nos respectivos lugares.
»» Reunir material e encaminhá-lo para local específico.
»» Higienizar os EPI’s e guardá-los em local específico.
»» Higienizar as mãos.
»» Assinar check list, anexado atrás da porta do DML.
Fonte: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-
de-saude-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 9/11/2016.
36
CAPÍTULO 2
Medidas de orientação para preparo
pré-cirúrgico das mãos
1. Indicação:
2. O que utilizar:
37
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
A antissepsia com álcool a 70% não possui efeito residual, por isso deve ser usado
apenas nos casos de sensibilidade aos outros agentes degermantes.
A limpeza das unhas deve ser realizada pela fricção com escova de uso individual
ou limpador de unhas especial (de uso único).
Técnica
Figura 5.
38
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
39
CAPÍTULO 3
Medidas preventivas de orientação
para coleta de amostras
microbiológicas de forma segura e
eficaz
O profissional responsável pela coleta será também responsável por identificar de forma
correta e legível o material a ser encaminhado ao laboratório de microbiologia.
Coleta
Identificação da amostra:
»» Leito e setor.
40
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Considerações de segurança:
41
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
»» Higienizar as mãos.
»» Calçar luvas.
42
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
»» Retirar os pontos.
»» Retirar as luvas.
»» Higienizar as mãos.
»» Observações importantes:
Cultura de escarro
Utilizado principalmente no diagnóstico de tuberculose pulmonar, pneumonia
bacteriana, viral ou por micoplasma, bronquite, suspeita de micoses pulmonares.
É importante a participação do paciente na coleta de escarro sob a supervisão da
enfermagem ou fisioterapia. Vale ressaltar, que esse material não é o recomendado
43
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
»» Orientar o paciente para escovar os dentes, somente com água (não utilizar
pasta dental) e enxaguar a boca várias vezes, inclusive com gargarejos.
Obs.: Colher somente uma amostra por dia, se possível o primeiro escarro da manhã,
antes da ingestão de alimentos. Em caso de pacientes com dificuldades para escarrar,
esta amostra poderá ser induzida por inalação ou ser realizada coleta por aspiração
transtraqueal.
44
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
»» Higienizar as mãos.
»» Retirar as luvas.
»» Higienizar as mãos.
Urocultura
45
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
»» Higienizar as mãos.
»» Higienizar as mãos.
»» Higienizar as mãos.
Obs.: Caso o paciente seja incapaz de colher a amostra, o profissional de saúde deverá
colher por meio de uma cateterização de alívio.
46
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Esse tipo de coleta deverá ser restrito a pacientes impossibilitados de colher amostra
de jato médio por micção espontânea e com punção suprapúbica contraindicada e que
estejam em uso de cateter vesical de demora.
47
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
Caso a urocultura seja realizada após a retirada de uma sonda vesical de demora,
recomenda-se a coleta após 48h da suspensão do dispositivo. Amostras realizadas antes
desse prazo podem fornecer resultados positivos indicativos de colonização, sem que
estejam necessariamente associados a uma infecção.
A contaminação com saliva, que contém uma microbiota bacteriana variada, pode
dificultar o isolamento do verdadeiro agente infeccioso.
48
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
»» Higienizar as mãos.
»» Calçar as luvas.
49
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
»» Higienizar as mãos.
»» Retirar as luvas.
»» Identificar a amostra.
»» Higienizar as mãos.
50
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
51
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
»» Inserir o fragmento no frasco de boca larga estéril e seco (se for realizar
estudo histopatológico, retirar outro fragmento e colocar em frasco com
formol).
»» Concluir o curativo.
Observações:
»» Higienizar as mãos.
52
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
»» Calçar as luvas.
»» Retirar as luvas.
»» Higienizar as mãos.
»» Higienizar as mãos.
»» Calçar as luvas.
53
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
A meningite aguda é uma das infecções mais comuns do sistema nervoso central
(SNC) e são mais frequentemente causadas por bactérias ou por vírus. Vale ressaltar
a importância da coleta de hemocultura complementar ao líquor uma vez que o
acometimento meníngeo ocorre na maioria das vezes por via hematogênica.
»» Retirar paramentação.
»» Higienizar as mãos.
54
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Cultura de fezes
A coleta deve ser realizada no início ou fase aguda da doença, antes de iniciar a
antibioticoterapia.
»» Higienizar as mãos.
»» Calçar as luvas.
»» Coletar 1 a 2 g de fezes.
»» Retirar as luvas.
»» Higienizar as mãos.
Observações:
Técnica para a coleta dos líquidos: pleural, ascítico, biliar, articular e outros. Não é
recomendada coleta de swab.
55
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
Dicionário de termos
Introdução
56
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Indicação clínica
»» Idealmente, a coleta deve ser feita antes do início da antibioticoterapia de
pacientes que configurem quadro clínico sugestivo de infecção e suficiente
para serem submetidos à internação e que apresentem:
57
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
Número de amostras
»» Não é recomendada a coleta de amostra única.
Para maior clareza, definimos neste documento que a coleta de uma amostra de
hemocultura corresponde a uma punção. Ou seja, para cada frasco, uma punção de sítio
diferente, considerando a existência do frasco de cultura conforme rotina da instituição.
Portanto, a coleta de uma amostra única deve ser inibida, já que um número substancial
de bacteriemias pode não ser detectado e impossibilita a discriminação de possíveis
contaminantes. Além disso, hemoculturas falsamente positivas levam a trabalho extra
ao laboratório, realização de exames adicionais, uso desnecessário de antibióticos e
tempo prolongado de internação, com aumento dos custos.
58
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Cada amostra deve ser coletada de punções separadas e de sítios anatômicos diferentes.
Os frascos com sangue de uma mesma punção são considerados uma mesma amostra
de sangue, não sendo recomendados.
59
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
Volume de sangue
Esta é uma das variáveis mais críticas para a positividade do exame, pois quanto maior
o volume, maior será a chance de positividade. Todavia, deve-se respeitar a idade do
paciente (adulto ou criança) e o volume recomendado pelo fabricante para os tipos de
frasco utilizados, mantendo a proporção de sangue/caldo de cultura de 1:5 a 1:10.
Técnica de coleta
A antissepsia adequada da pele é parte fundamental do processo e é o fator que
determina a probabilidade de uma hemocultura positiva ser considerada contaminação
ou infecção.
A tintura de iodo 1-2% (álcool iodado) ou preparações com clorexidine alcoólico 0,5%
parecem ser equivalentes entre si e ambos apresentam menores taxas de contaminação
do que preparações de iodo-povidine (PVPI). Clorexidine tem a vantagem de ser incolor
e menos irritante para a pele.
60
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Nota: clorexidine alcoólico para limpeza da pele pode ser substituído por álcool-iodado
ou álcool 70%. Não voltar a tocar o local onde foi feita antissepsia. Se houver suspeita
de contaminação da área, repetir o procedimento de antissepsia.
Obs.: Caso estejam disponíveis frascos aeróbios e anaeróbios, deve-se colher na primeira
punção o total de sangue necessário aos dois frascos (20ml) e distribuí-lo, colocando
primeiramente o sangue no frasco anaeróbio, sem troca de agulhas. Neste caso, uma
punção irá corresponder a dois frascos diferentes. A segunda punção, coletada em sítio
distinto, também será distribuída da mesma forma entre os dois frascos.
61
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
Os mesmos cuidados para inserção devem ser adotados na retirada do cateter. Na pele
ao redor do cateter deve ser realizada antissepsia com solução iodada ou de clorexidina.
Após a secagem da solução sobre a pele (cerca de 30 segundos a 1 minuto), o cateter é
removido cuidadosamente. O excesso de antisséptico sobre a pele pode ser removido,
ao final, com álcool 70%.
62
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
Obs.: Para a amostra de sangue obtida a partir de cateter vascular, deve ser realizada
a assepsia do local a ser puncionado com álcool 70% (dispositivo), seguindo as demais
instruções de técnica, não sendo necessário descartar o volume inicial de sangue ou
lavar o acesso com salina para eliminar heparina ou outros anticoagulantes, pois
a alta concentração proteica dos meios de cultura normalmente neutraliza o efeito
antimicrobiano eventual.
O presente protocolo estabelece critérios para o recebimento das amostras que deve ser
observado pelo servidor da unidade de patologia clínica no ato de entrega ou busca da
amostra clínica.
63
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
64
MEDIDAS PREVENTIVAS │ UNIDADE II
›› Controle de medicamentos.
›› Frascos de soros.
›› Bolsas de sangue.
›› Portadores.
›› Equipamentos.
›› Outros.
6. Testes especiais
65
UNIDADE II │ MEDIDAS PREVENTIVAS
66
MEDIDAS
PREVENTIVAS
DE INFECÇÕES UNIDADE III
RELACIONADAS
À ASSISTÊNCIA À
SAÚDE
CAPÍTULO 1
Medidas para prevenção de
pneumonia relacionada à assistência à
saúde
Definição
A pneumonia relacionada à assistência à saúde é definida como aquela que ocorre 48
horas ou mais após a internação, que não estava, portanto, incubada no momento da
admissão. Entre as infecções hospitalares relacionadas à assistência é a segunda mais
prevalente, sendo a primeira dentro das Unidades de Terapia Intensiva.
A mortalidade global nos episódios de PAV varia de 20 a 60%, refletindo em grande parte
a severidade da doença de base destes pacientes, a falência de órgãos e especificidades
da população estudada e do agente etiológico envolvido. Estimativas da mortalidade
atribuída a esta infecção variam nos diferentes estudos, mas aproximadamente 33%
dos pacientes com PAV morrem em decorrência direta desta infecção. (BRASIL, 2013)
67
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
»» Administração de antimicrobianos.
»» Admissão em UTI.
»» Alcalinização gástrica.
»» Intubação endotraqueal.
»» Intubações subsequentes.
»» Sonda enteral.
»» Posição supina.
»» Sedação ou coma.
68
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
4. Fatores do hospedeiro:
»» Extremos de idade.
»» Desnutrição.
»» Fumo.
»» Imunossupressão.
Figura 6.
69
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
3. Nutrição enteral: pacientes que recebem dieta enteral devem ser mantidos
em decúbito elevado (30 a 45°).
70
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
71
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
»» Utilizar sondas estéreis para aspiração com sistema aberto, de uso único.
73
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
»» São de uso individual, devem ser limpos e enxaguados com água estéril
e desinfetados com álcool a 70% a cada uso, com troca a cada 48 horas.
74
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Pré-operatório:
»» A dor, que interfere com a tosse e inspiração profunda, deve ser controlada
com analgésicos ou com contenção adequada (narcóticos deprimem o
reflexo da tosse e inspiração profunda).
»» Fisioterapia respiratória.
76
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Limpeza
77
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Circuito respiratório
Equipamento anestésico
78
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Quadro 9. Rotina de troca dos materiais de assistência respiratória como medidas preventivas.
79
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Sistema de aspiração fechado “trach Troca a cada 3 dias ou quando houver Seguir recomendações do fabricante.
care”. sujidade/mal funcionamento. Descartar após o uso.
Troca a cada paciente ou quando houver
Após o uso no mesmo paciente, realizar desinfecção
sujidade.
Ambu com álcool a 70% e manter protegido.
Caso tenha sido utilizado em internações
Desinfecção de alto nível no CME.
prolongadas, trocar em 15 dias.
Mensurar e esvaziar o frasco quando necessário,
reutilizando para o mesmo paciente, desde que
Sistema coletor de drenagem de tórax. Trocar selo d’água a cada 12h.
seguida técnica asséptica e utilizado água estéril ou
soro fisiológico para refazer o selo d’água.
Caso não seja utilizado após montado, trocar a cada
Trocar filtro umidificador, válvula anestésica e
24h.
circuito a cada paciente.
Circuito anestésico. Realizar a limpeza seguida de esterilização ou
Trocar circuitos e filtros após o equipamento
desinfecção de alto nível do circuito anestésico e
anestésico ser utilizado em pacientes
seus acessórios, de acordo com orientações do
sabidamente infectados.
fabricante.
Realizar desinfecção com álcool a 70% após o uso
Respirômetros e sensores de oxigênio. Troca a cada paciente.
em cada paciente.
Limpar com tecido embebido com solução
detergente.
Cabo de laringoscópio. Limpeza e desinfecção a cada uso. Remover com pano úmido.
Secar o cabo e desinfetá-lo por fricção com álcool
a 70%
Desconectar a lâmpada.
Higienizar a lâmina com água corrente e detergente.
Lâmina de laringoscópio. Limpeza e desinfecção a cada uso.
Secar e proceder a desinfecção com álcool a 70%
ou encaminhar à termodesinfecção.
Fio guia. Esterilização a cada uso. Esterilização a cada uso.
Fonte:<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/272166/Programa+Nacional+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+e+Cont
role+de+Infec%C3%A7%C3%B5es+Relacionadas+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde+(2013-2015)/
d1d0601f-004c-40e7-aaa5-0af7b32ac22a>. Acesso em: 10/11/2016.
80
CAPÍTULO 2
Medidas para prevenção de infecção
do trato urinário relacionada à
assistência à saúde
A ITU é a infecção hospitalar (IH) mais comum em qualquer hospital do mundo. Sendo
que cerca de 80% das ITU são associadas ao uso de cateteres ou sondas urinárias, 12 a
16% dos pacientes internados vão apresentar ITU relacionada ao uso de cateter vesical
(ITUCV) em algum momento da internação, e o risco diário de desenvolver ITU varia
de 3-7% em pacientes quando da permanência de um cateter urinário.
Classificação
As ITUs podem ser classificadas quanto à localização anatômica em ITU inferior/baixa
ou ITU superior/alta; quanto à complicação em complicadas ou não complicadas; e
quanto à sintomatologia em sintomático ou assintomático. Seguem abaixo as respectivas
definições.
81
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Fisiopatologia
Para que ocorra infecção, as bactérias precisam ter acesso à bexiga, fixar-se ao epitélio
do trato urinário e colonizá-lo para evitar a sua eliminação com a micção, além de
escapar dos mecanismos de defesa do organismo e iniciar a inflamação.
82
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Etiologia
Os micro-organismos que causam a ITU nosocomial são normalmente oriundos:
Entre os fungos que infectam o trato urinário, o destaque vai para a Candida spp.
83
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Fatores de risco
A duração da cateterização tem sido demonstrada repetidamente como um dos mais
importantes fatores de riscos, relacionados à infecção associada ao cateter. Assim,
entre pacientes não bacteriúricos à internação, 10% a 20% irão apresentá-la após
cateterização. Isto aumenta de 3% a 10% para cada dia adicional de permanência do
cateter com sistemas fechados de drenagem, chegando a 50% até o 15o dia e quase 100%
em 30 dias. Entre os pacientes com bacteriúria, 20% a 30% desenvolverão sintomas de
ITU.
5. Idade avançada.
6. Sexo feminino.
8. Diabetes Mellitus.
9. Medicamentos imunossupressores.
Manifestações clínicas
Como descrito anteriormente, a ITU pode ser sintomática ou assintomática, de modo
que neste último, portanto, não há presença de sinais e sintomas, mesmo havendo
bacteriúria importante em urocultura. Já nas sintomáticas é possível identificar um ou
mais sinais e sintomas, os quais podem variar, de acordo com a faixa etária do indivíduo
acometido.
84
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Análise urinária
Nos neonatos, o exame do sedimento urinário para avaliação de piúria e os testes para a
detecção de nitrito ou estearase leucocitária não possuem sensibilidade, especificidade
ou valor preditivo positivo adequados para a confirmação de infecção do trato urinário.
Da mesma forma, exames com resultados negativos não são bom preditores de ausência
de infecção.
85
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Tratamento
O tratamento da ITU se baseia na antibioticoterapia, extremamente eficaz para a
maioria dos pacientes, aliviando os sintomas e negativando as uroculturas.
Bacteriúria assintomática
É geralmente benigna e não deve ser tratada com antimicrobianos, exceto em situações
bem estabelecidas, a fim de evitar o aparecimento de resistência bacteriana.
86
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Urocultura
A urocultura quantitativa é o exame mais importante para o diagnóstico de uma infecção
urinária, pois:
Aceita-se que contagens iguais ou maiores que unidades formadoras de colônias por ml
(UFC/ml) indiquem ITU, com probabilidade acima de 80% em apenas uma amostra,
e maior que 90% com duas coletas sucessivas. Contagem menor é indicada como
contaminação.
No adulto, as culturas de urina devem ser obtidas com a utilização de técnica apropriada:
Aspiração suprapúbica
A aspiração da urina a partir da bexiga por via suprapúbica é a técnica mais fidedigna
para identificar bacteriúria. Esta técnica tem sido largamente utilizada e a experiência
87
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
1. Deve ser realizada pelo menos uma hora após o paciente ter urinado.
Cateterismo vesical
Quando a aspiração da urina por via suprapúbica não puder ser realizada, o cateterismo
vesical é considerado um método apropriado. O cateterismo vesical deve ser realizado
cuidadosamente e popr meio de técnica asséptica para evitar traumatismos e infecção
relacionada ao procedimento.
Saco coletor
A obtenção de urina para cultura através de saco coletor não é considerada uma
abordagem adequada quando é necessário determinar o diagnóstico de forma rápida
e segura. Esta forma de coleta deve ser utilizada apenas para afastar o diagnóstico
88
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Pessoal
Uso do cateter
f. Higiene das mãos: a lavagem das mãos deve ser realizada imediatamente
antes e depois da inserção do cateter ou de qualquer manipulação do
sistema.
g. Inserção do cateter:
90
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Irrigação
Coleta de amostras
Fluxo urinário
c. A bolsa coletora deve sempre ser mantida abaixo do nível da bexiga. Não
deixe a bolsa coletora encostar-se ao chão.
91
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Manutenção do cateter
92
CAPÍTULO 3
Medidas para prevenção de Infecção
Primária de Corrente Sanguínea (IPCS)
Definição de termos
»» Antissepsia – processo de eliminação ou inibição do crescimento de
micro-organismos em pele e mucosa.
93
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
94
ASSISTÊNCIA DE QUALIDADE│ UNIDADE I
Fisiopatogenia da infecção
95
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
3. Preparo da pele:
96
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
4. Estabilização:
5. Coberturas:
6. Manutenção:
7.
97
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
8. Remoção do cateter:
98
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Local de punção
Inserção
Preparo da pele
99
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Manejo e manutenção
Troca/remoção
100
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
101
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
9. Utilizar curativo com gaze estéril nas primeiras 24 horas. Após esse
período, substituir por MTS.
11. Na troca da cobertura atentar para que não haja deslocamento do cateter.
102
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Cateter umbilical
1. O cateter umbilical deve ser reservado para situações de emergência ou
quando não houver outra opção de acesso, devendo ser substituído assim
que possível.
7. Remover cateteres umbilicais assim que possível, (quando não mais forem
necessários) ou quando surgir qualquer sinal de insuficiência vascular.
Flebotomia
103
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
12. Na troca da cobertura atentar para que não haja deslocamento do cateter.
104
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
14. Este item será direcionado aos cateteres destinados ao acesso vascular de
curta permanência para hemodiálise, no que diz respeito à prevenção de
IPCS.
16. Os locais mais indicados para a inserção dos cateteres para hemodiálise
são as veias jugular e femoral, ao invés de veia subclávia, pelo alto risco
de estenose.
Acesso intraósseo
105
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Sistemas de infusão
106
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Sistema de conexão luer lock na porção distal do equipo, para adaptação segura em
cateteres, dânulas entre outros.
Realizar desinfecção das conexões com álcool a 70% por meio de fricção vigorosa com,
no mínimo, três movimentos rotatórios, utilizando gaze limpa ou sache, sempre antes
de acessar o dispositivo.
O injetor lateral se for utilizado, se destina apenas a conexões com sistema sem agulhas
do tipo luer lock (seringas equipos e extensores).
Conectores
2. Realizar desinfecção das conexões com álcool a 70% por meio de fricção
vigorosa com, no mínimo, três movimentos rotatórios, utilizando gaze
limpa ou sache, sempre antes de acessar o dispositivo.
Dânulas (torneirinhas)
3. O sistema de conexão luer lock deve ser usado para adaptação segura nos
cateteres ou extensores.
107
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
7. Realizar desinfecção das conexões com álcool a 70% por meio de fricção
vigorosa com, no mínimo, três movimentos rotatórios, utilizando gaze
limpa ou sache.
Extensores multivias
Transdutores de pressão
108
MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
Bomba de Infusão
109
UNIDADE III │ MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Cateter venoso central Sem troca programada. Realizar a troca na presença de sinais flogísticos ao
redor da inserção do cateter, ou quando o paciente
apresentar sinais de infecção sem foco identificado.
Cateter venoso central para hemodiálise Sem troca programada. Manter punção identificada.
Cateter de Swan Ganz Troca com 5 dias. O risco de infecção aumenta a partir do 5o dia.
Troca com 72 horas, ou na presença de
Cateter periférico Manter punção identificada.
sinais flogísticos.
Retirar se:
»» Secreção purulenta no local de inserção.
Arterial: 5 dias.
Cateter umbilical »» IPCS suspeita com instabilidade hemodinâmica ou
Venoso: 14 dias.
IPCS confirmada.
»» Mau funcionamento.
Trocar se:
»» Secreção purulenta no túnel ou em sítio de inserção
com falha do tratamento sistêmico.
Cateter semi-implantável Não há indicação de troca pré-programada.
»» IPCS suspeita com instabilidade hemodinâmica ou
IPCS confirmada.
»» Mau funcionamento.
Trocar se:
»» Manisfestações locais infecciosas (punção de pus
Cateter totalmente implantado Não há indicação de troca pré-programada no reservatório)
»» IPCS com instabilidade hemodinâmica.
»» Mau funcionamento.
Equipo de infusão contínua (juntamente Trocar em intervalo menor se apresentar sujidades.
com macrogotas, microgotas, bureta, polifix, Troca com 72 horas.
torneirinha etc.) Manter equipos identificados.
Equipo de infusão intermitente (ex.: atb) Troca com 24 horas. Manter equipo identificado.
Equipo para administração de soluções Infundir emulsões lipídicas em até 12h. Utilizar equipo
Troca com 24 horas.
lipídicas. exclusivo.
Equipo para nutrição parenteral. Troca com 24horas. Utilizar equipo exclusivo.
Equipo para administração de sangue e Utilizar equipo único.
Após cada infusão (bolsa).
hemocomponentes Desprezar após infusão da bolsa.
Troca a cada 7 dias, ou na presença de
Agulha de cateter totalmente implantado
sinais flogísticos ao redor da inserção do
(cytocan).
cateter, ou febre de origem indeterminada.
Agulha de cateter totalmente implantado
Troca a cada 24h.
(agulha huber point).
Fonte: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/272166/Programa+Nacional+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+e+Contr
ole+de+Infec%C3%A7%C3%B5es+Relacionadas+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A>0+Sa%C3%BAde+(2013-2015)/
d1d0601f-004c-40e7-aaa5-0af7b32ac22a>. Acesso em: 14/11/2016.
110
CAPÍTULO 4
Medidas de Prevenção de Infecção de
Sítio Cirúrgico (ISC)
As infecções de sítio cirúrgico são aquelas que ocorrem como complicações de uma
cirurgia comprometendo a incisão, tecidos, órgãos ou cavidade manipulada, podendo
ser diagnosticada até 30 dias após realização do procedimento, ou até um ano após em
caso de implantes de próteses.
As ISC estão entre as mais frequentes infecções relacionadas à assistência à saúde
(IRAS). Elas apresentam graus de acometimento e gravidade bastante variáveis, desde
o acometimento do local da incisão ou pequenos abscessos de parede, até coleções
intracavitárias e infecções relacionadas a próteses que podem levar o paciente a quadros
graves de septicemia e a novas abordagens cirúrgicas. Além disso, dor periódica,
cicatrizes, deformidades, incapacidades e consequentemente o óbito também podem
ocorrer. Como resultado, elas representam morbidade e mortalidade significativas,
além de custos elevados relacionados aos gastos diretos com o tratamento, exames
laboratoriais e de imagem, além do tempo de hospitalização prolongado, tendo um
impacto importante para os pacientes e para as instituições de saúde.
Quanto mais longa a internação antes da cirurgia, maior será a incidência de infecção.
Isso se explica pela aquisição da microbiota hospitalar pelo paciente, sendo que a
colonização aumenta proporcionalmente ao tempo de hospitalização, especialmente
com bacilos aeróbicos gram negativos (ANVISA, 2013).
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Bactérias gram negativas aeróbias e anaeróbias são mais comuns após procedimentos
contaminados ou potencialmente contaminados, sendo frequentemente polimicrobianas
em especial após cirurgias abdominais.
Fatores de risco
a. Relacionados ao paciente:
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Preparo do paciente
Tricotomia pré-operatória
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2. Avisar o paciente que a área preparada poderá ser maior que a necessária
para a cirurgia.
3. Não utilizar toalhas de tecido para recolher os pelos e sim fita adesiva
(esparadrapo).
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Banho pré-operatório
O preparo pré-operatório da pele do paciente tem sido uma das medidas consideradas
na redução da ISC. Tem por finalidade remover a sujidade e parte da microbiota que
coloniza a pele do paciente.
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Quadro 12. Horário para o banho pré-operatório de acordo com o tipo de cirurgia.
1. Roupa privativa.
Obs.: Trocar a roupa privativa quando visivelmente suja ou contaminada com material
biológico.
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Degermação:
Antissepsia:
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Antissépticos recomendados:
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e
descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal
e subungueal.
A antissepsia com álcool a 70% não possui efeito residual, por isso deve ser usado
apenas nos casos de sensibilidade aos outros agentes degermantes. Não aplicar álcool
após degermação com outros agentes, pois ele inibe o efeito residual.
A limpeza das unhas deve ser realizada pela fricção com escova de uso individual ou
limpador de unhas especial (de uso único).
Paramentação do cirurgião
1. Roupa privativa.
5. Óculos de proteção.
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7. Luvas estéreis.
Técnica cirúrgica
1. Minimização os traumas.
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Síntese:
2. Após sutura, a região deve ser irrigada com solução fisiológica a 0,9%,
estéril, sendo proibida a perfuração do frasco, o que ocasionaria
contaminação do fluido e consequente contaminação do sítio de incisão
ainda não cicatrizado.
Profilaxia antimicrobiana
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Ambiente:
Circulação de pessoal
O ato de circular em uma sala cirúrgica exige conhecimentos e habilidades essenciais,
portanto a circulação na sala operatória consiste em atividade desenvolvida
exclusivamente pela equipe de enfermagem: enfermeiros, técnicos ou auxiliares de
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Cuidados gerais
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O curativo da ferida cirúrgica deve ser realizado com técnica estéril. Deve-se higienizar
as mãos antes e após o procedimento, usar luvas estéreis e produtos estéreis.
Nos casos em que a incisão foi fechada primariamente, em que a ferida é limpa e sem
drenagem, a cobertura estéril que a protege poderá ser retirada após 24 a 48 horas,
visto que a camada fibrina une as bordas, consolidando-as e impede a penetração de
microrganismos na incisão cirúrgica.
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Retirada de pontos
O tempo para retirada dos pontos deve respeitar o processo de cicatrização da ferida.
Sua retirada precoce pode levar a deiscência da ferida e seu adiamento permite que o
fio funcione como corpo estranho levando a reações inflamatórias.
Técnica:
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MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE │ UNIDADE III
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Referências
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REFERÊNCIAS
CRUZ, Jenner; CRUZ, Helga Maria Mazzarolo; BARROS, Rui Toledo. Atualidades
em nefrologia. São Paulo: Sarvier, 2006.
______. The seven pillars of quality. Arch Pathol Lab Med. 1990 Nov; 114(11):1115-8.
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REFERÊNCIAS
FRAGATA, J. Segurança dos doentes – uma abordagem prática. Lidel: 2011, 312 p.
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