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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL......................................................................... 9
CAPÍTULO 2
PARÂMETROS BIOQUÍMICOS................................................................................................... 17
CAPÍTULO 3
CONSUMO ALIMENTAR.......................................................................................................... 21
CAPÍTULO 4
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL......................................................................... 24
UNIDADE II
AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS................................................................................................................. 28
CAPÍTULO 1
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES................................................................................................................... 28
CAPÍTULO 2
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS................................................................................... 31
CAPÍTULO 3
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE GESTANTES................................................................................ 35
CAPÍTULO 4
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS IDOSOS.................................................................................. 37
UNIDADE III
PRESCRIÇÃO DIETÉTICA E PRONTUÁRIOS.............................................................................................. 40
CAPÍTULO 1
PRONTUÁRIOS....................................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 43
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
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Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
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Introdução
A avaliação nutricional é o ponto de partida para a intervenção nutricional, visando a recuperação
e(ou) manutenção do estado de saúde de seu cliente. É por meio desta avaliação que serão
determinados os passos para elaborar o plano terapêutico e acompanhar de maneira clara a adesão
e o desenvolvimento do tratamento escolhido.
Não se pode determinar o estado nutricional de um indivíduo por um único parâmetro, por isso
empregamos quantas avaliações forem necessárias e quantas estiverem ao nosso alcance para
determinar com a maior precisão possível o diagnóstico nutricional.
Este caderno de estudos não pretende esgotar o assunto nem abordá-lo em todas as suas variantes,
mas sim, apresentar os métodos mais utilizados de avaliação e estimular o interesse para outras
possibilidades.
Objetivos
»» Orientar sobre os melhores métodos de avaliação nutricional em cada fase da vida e
de acordo com a condição de saúde do indivíduo.
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MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO UNIDADE I
NUTRICIONAL
CAPÍTULO 1
Antropometria e composição corporal
A antropometria é a obtenção das medidas corporais de um indivíduo, sendo utilizadas para definir
o tamanho corporal e seus constituintes. Por meio da antropometria é que se obtém a composição
corporal. Os componentes corporais que podem normalmente causar alterações de peso são os
ossos, os músculos e as gorduras.
Peso
Peso atual: usado sempre que for possível pesar o indivíduo. Deve sempre ser feito em balança
calibrada (digital ou plataforma).
Peso usual: peso normalmente apresentado pelo indivíduo. Usado para avaliar mudanças recentes
de peso.
Peso = 0,5759 x (CB em cm) + 0,5263 x (Circ. Abd em cm) + 1,2452 x (CP em cm) –
4,8689 x (Fem = 1; Masc = 2) – 32,9241
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UNIDADE I │ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Peso ajustado: usado quando a adequação do peso for inferior a 95% ou superior a 115% para o
cálculo das necessidades energéticas.
Estatura
A estatura é sinônimo da altura e refere-se à medida longitudinal do indivíduo. Já o termo
comprimento é usado para esta medida quando tomada com o indivíduo deitado, utilizada para
crianças ou em indivíduos impossibilitados de ficarem em pé.
Medida direta: medida por meio estadiômetro, com escala em centímetros. O indivíduo deve
estar descalço, sem adereços na cabeça. O posicionamento deve ser ereto, com os pés paralelos,
o peso distribuído em ambos os pés e braços ao longo do corpo. O indivíduo deve encostar na
superfície do estadiômetro 5 pontos: calcanhares, panturrilhas, glúteos, escápula e região occipital.
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL │ UNIDADE I
Medidas indiretas: estimativa da altura por medidas alternativas ao comprimento linear ou feita
de forma indireta:
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UNIDADE I │ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
»» Extensão dos braços: é a distância entre as pontas dos dedos médios de cada mão,
quando os braços estão estendidos lateralmente no nível do ombro, formando um
ângulo de 90º com o corpo. A medida obtida refere-se à estimativa da estatura.
Sua utilização em indivíduos deve estar associada a outros indicadores para estabelecer um diagnóstico
nutricional correto. Como não distingue a composição corporal, ao utilizar apenas o IMC podemos
classificar como obesos indivíduos que apresentam um aumento de peso em massa magra.
Circunferência do braço
Esta medida deve ser tomada após a marcação do ponto médio do braço, com o braço estendido ao
longo do corpo e a palma da mão voltada para a coxa. A fita métrica deve ser ajustada em torno do
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL │ UNIDADE I
braço, com atenção para não apertar a fita, comprimindo a pele, não deixar folga e não deixar o dedo
entre a fita e o braço, alterando o valor real da medida.
As medidas devem ser efetuadas no hemicorpo direito, exceto quando houver especificações
diferentes na referência utilizada, como lado não dominante.
Instruções gerais:
»» os dedos devem formar a prega a 1cm do ponto desejado e a medida deve ser feita
com o adipômetro exatamente no local marcado;
1 ver tabela de percentis na avaliação do adulto
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UNIDADE I │ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
»» utiliza-se 3 medidas para verificar possíveis erros. Caso a diferença entre medidas
seja maior que 5%, uma nova série de medidas deverá ser realizada, utilizando-se o
valor médio como referência;
PC Tríceps: realizada na marcação do ponto médio do braço, na face posterior do braço. O braço
deve estar ao longo do corpo, relaxado. Destaca-se a dobra do tecido muscular e faz-se a medição.
Deve-se atentar para pinçar apenas a dobra referente ao músculo triciptal para não superestimar a
quantidade de gordura. Apresenta forte correlação com a gordura corporal total e o percentual de
gordura total.
PC Bíceps: também realizada na marcação do ponto médio, deve ser segurada verticalmente e
aplica-se o medidor. Deve ser usada juntamente com outras medidas para estimar a composição
corporal.
PC Subescapular: essa prega é medida 2cm abaixo do ângulo inferior da escápula, formando um
ângulo de 45º entre esta e a coluna. Braços e ombros devem estar relaxados.
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL │ UNIDADE I
PC Suprailíaca: encontra-se essa prega na linha média axilar e acima da crista ilíaca. Deve ser
medida na diagonal. O avaliado deve afastar o braço para trás.
Circunferências
As circunferências abdominal e de quadril são indicativos da distribuição da gordura corporal,
diferenciando-as em androide (obesidade superior, do tipo “maçã”) e ginoide (obesidade inferior, do
tipo “pera” ).
Esta medida deve ser avaliada com o paciente em pé, ao final da expiração, no ponto médio entre o
último arco costal e a crista ilíaca.
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UNIDADE I │ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Bioimpedância
A bioimpedância é um método rápido não invasivo e bem aceito para avaliação da composição
corporal de um indivíduo. Seu princípio se baseia na condutividade elétrica através dos componentes
corporais com a colocação de eletrodos nos pés e nas mãos do indivíduo. Os valores de condutividade
são utilizados em fórmulas e transformados em informações tanto sobre a quantidade e porcentagem
de gordura corporal e massa muscular, como hidratação do corpo. Deve-se atentar para as
orientações do fabricante do aparelho para colocação dos elétrodos. A verificação da referência
adotada pelo fabricante também é importante para descrição em trabalhos ou comparações com
outras medições.
Por apresentarem diferenças entre os aparelhos, a utilização do mesmo equipamento nas avaliações
de bioimpedância garantem melhores resultados sem o risco de diferenças entre equipamentos.
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CAPÍTULO 2
Parâmetros bioquímicos
A avaliação bioquímica é mais uma ferramenta de avaliação nutricional, que deve se somar as outras
na busca de um resultado fidedigno do estado nutricional do indivíduo. Além de serem usados na
avaliação inicial, os dados bioquímicos são importantes no monitoramento e na análise da eficácia
da terapêutica nutricional escolhida.
São muitos os exames que podem ser solicitados. Aqui serão listados os mais comuns.
Elevada em:
»» Desidratação
»» Infusão endovenosa de albumina
Deficiência nutricional
Albumina Redução da síntese proteica Diminuída em:
»» Desnutrição
Perda de proteínas
»» Absorção diminuída
»» Necessidade aumentada
»» Perda excessiva (edema, ascite etc.)
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UNIDADE I │ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL │ UNIDADE I
Elevada em:
»» Doença renal
»» Tumores
Eritrograma Diagnóstico de anemais
Diminuída em:
»» Anemias ferropênicas
»» Talassemias
Elevada em:
»» Infecções
»» Doenças autoimunes
»» Neoplasias
»» Trauma
Leucograma Diagnóstico de infecções e inflamações »» Exercício físico
Diminuída em:
»» Doenças hematológicas
»» Desnutrição
»» Radiação
»» Trauma
Elevadas em:
»» Uso de antiácidos
»» Uso de enemas
»» Nutrição parenteral total
»» Coma diabético
»» Hipotireoidismo
Magnésio Monitoramento do magnésio sanguíneo Diminuída em:
»» Má absorção
»» Diarréias
»» Vômitos
»» Glomerulonefrite
»» Alcoolismo
»» Desnutrição
»» Grandes queimados
Elevadas em:
»» Hiperlipidemia
»» Hipotireoidismo
Monitoramento de fatores de risco para »» Gravidez
Colesterol total
doenças cardíacas
Diminuídas em:
»» Dano hepático
»» Anemia crônica
Elevadas em:
»» Exercício vigoroso
»» Consumo de álcool
Monitoramento de fatores de risco para Diminuídas em:
Colesterol HDL
doenças cardíacas »» Situação de estresse
»» Obesidade
»» Tabagismo
»» Doença hepática
Elevadas em:
»» Hipercolesterolemia
Monitoramento de fatores de risco para
Colesterol LDL »» DM
doenças cardíacas
»» Insuficiência renal crônica
»» Dieta hiperlipídica
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UNIDADE I │ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Elevadas em:
»» Toxicidade pela vitamina D
Diminuídas em:
»» Deficiência grave de vitamina D
Vitamina D Raquitismo »» Osteomalácia
»» Raquitismo
»» Tuberculose
»» Má absorção
»» Doença hepática grave
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CAPÍTULO 3
Consumo alimentar
Por ser um método que depende da memória e(ou) colaboração do indivíduo, há possibilidade de
erro tanto subestimando quanto superestimando o consumo alimentar.
Recordatório de 24 Horas
Neste método, devemos contar com a memória do entrevistado, que deverá se lembrar de tudo o
que ingeriu (alimentos e bebidas) nas últimas 24 horas ou no dia anterior. A aplicação deste método
em dias imediatamente posteriores aos finais de semana, festas ou feriados, pode resultar em uma
amostra “falsa”, pois não representa a ingestão habitual do indivíduo.
O registro é feito em medidas caseiras, sendo útil utilizar fotos que representem estas porções ou
mesmo os utensílios, evitando erros de nomenclatura ou de tamanho.
Vantagens:
»» baixo custo;
Desvantagens:
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UNIDADE I │ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Questionário de frequência do
consumo alimentar
O questionário de frequência do consumo alimentar (QFCA) é um dos métodos de avaliação mais
utilizados em estudos epidemiológicos, em que se associa o consumo alimentar com doenças crônicas.
Seu uso não é comum em hospitais, devido à característica pontual de avaliação nutricional, mas é
muito útil em acompanhamentos ambulatoriais. O QFCA pode fornecer informações qualitativas,
quantitativas ou semiquantitativa, dependendo de seu desenho e objetivo. Veja os exemplos a seguir.
A lista de alimentos que constitui este instrumento deve ser baseada em alimentos comuns a
população estudada ou fontes específicas de um nutriente, se estes forem o objetivo da pesquisa. Já
em ambiente ambulatorial, o ideal é que a lista seja variada, sem entretanto alongar-se muito para
evitar o cansaço e a dispersão da atenção do entrevistado.
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL │ UNIDADE I
Quanto mais detalhes possuir um QFCA, maior deverá ser o treinamento do entrevistador e melhor
a explicação dada ao entrevistado. QFCA podem ser preenchidos pelo próprio entrevistado, desde
que este se sinta seguro e tenha entendido o funcionamento do instrumento.
Vale lembrar que todo QFCA novo deve ser validado antes do seu uso (veja “para saber mais”).
Este método tem como vantagem a anotação dos alimentos no momento do consumo, não dependendo
da memória e minimizando erros. Entretanto, o consumo pode ser alterado, já que o indivíduo sabe
que esse registro será avaliado e pode optar por alimentos que julgar mais “saudáveis”, alterando seu
consumo habitual.
Para estabelecer o melhor método de avaliação, deve-se levar em consideração o objetivo final, a
população atendida e o tempo para avaliação desse consumo.
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CAPÍTULO 4
Avaliação nutricional subjetiva global
A Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) foi desenvolvida para ser utilizada na avaliação do
estado nutricional de pacientes hospitalizados, buscando identificar aqueles em risco nutricional.
É composta de história médica (mudança de peso, ingestão alimentar, sintomas gastrintestinais e
capacidade funcional) e exame físico.
Sua aplicação é rápida, não invasiva e de baixo custo. Entretanto o profissional deve estar bem
treinado para identificar os sinais do exame físico que serão usados na pontuação. Profissionais com
pouca experiência podem confundir os parâmetros.
Pacientes que estão acamados há um longo período podem ter uma avaliação errônea quanto à
perda de peso, já que o quadro destes pacientes pode estar estável no momento da avaliação.
1. Mudança de peso
A. Peso de 6 meses atrás: ___ Peso atual:____ Mudança de peso: ____ Kg ___%
A B C
______ diminuição
2. Ingestão dietética
B _____houve mudança
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL │ UNIDADE I
_____ jejum
3. Sintomas Gastrintestinais A B C
Tipo:
______ piorou
5. Evidência de:
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UNIDADE I │ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Redução das massa muscular (fronte, clavícula, ombro, escápula, costelas, quadríceps,
panturrilha, joelho, entre os ossos, na mão entre o polegar e o dedo indicador):
Ascite
Desnutrido leve/moderado: Nem a classificação “A” nem “C” estão claramente indicadas.
Gordura subcutânea
Círculos escuros,
Abaixo dos olhos depressão, pele solta Depósito de gordura visível
flácida, “olhos fundos”
Massa muscular
Observar de frente, olhar dos dois É possível observar o
Têmporas Depressão Depressão leve
lados músculo bem definido
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL │ UNIDADE I
EDEMA/ ASCITE
Tentar identificar Em pacientes com mobilidade,
outras causas não observar o tornozelo e naqueles Edema aparente Edema leve a Sem sinais de retenção de
relacionadas com a com atividade muito leve observar significante moderado líquidos
desnutrição o sacro
Fonte: Baxter Subjective Global Assessmnet – Training Packet, 1995 – Extraído de Cuppari, 2002
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AVALIAÇÕES UNIDADE II
NUTRICIONAIS
CAPÍTULO 1
Avaliação nutricional de crianças
e adolescentes
Para as crianças, os índices e os parâmetros utilizados são peso por idade, estatura por idade, peso por
estatura e IMC por idade. Já os adolescentes são avaliados por IMC por idade e estatura por idade.
Existem outros métodos de avaliação desta população, como pregas e circunferências, mas são
menos utilizados na prática.
Avaliação antropométrica
Para utilização dessas curvas, é necessária a tomada de peso, estatura, cálculo do IMC, além da idade
da criança.
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AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS │ UNIDADE II
A avaliação das curvas de crescimento são feitas a partir do traçado da linha gerada após a marcação
das medidas obtidas nas consultas.
Peso
O peso é a medida mais tradicional utilizada para avaliação de crianças. Para esta aferição de
crianças de 0 a 2 anos utiliza-se balança pediátrica, com a criança completamente despida e na
presença dos pais ou responsável. Deve-se retirar inclusive a fralda, que molhada pode representar
até 20% do peso da criança.
Comprimento/estatura
Para esta medida, deve-se utilizar o antropômetro ou régua antropométrica em crianças de zero
a dois anos. A criança deve estar completamente despida, sem adereços e na presença de pais
ou responsáveis.
Para crianças de 2 a dez anos, utiliza-se o estadiômetro ou antropômetro vertical. Neste caso, a
criança deve estar descalça e sem adereços na cabeça, sempre na presença de pais ou responsáveis.
Avaliação bioquímica
Os exames bioquímicos solicitados às crianças e aos adolescentes são os mesmos utilizados para
a avaliação de adultos, com a diferença apenas nos valores de referência. Os mais comuns são:
hemograma, colesterol total e frações, triglicérides, hemoglobina glicosilada e glicemia. Em crianças
com desnutrição, torna-se importante avaliar as proteínas séricas, especialmente a albumina.
Caso seja detectada alguma alteração, o nutricionista deve fazer a intervenção nutricional necessária
e encaminhar o cliente ao profissional mais adequado para o acompanhamento conjunto do caso.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS
Até os 7 anos de idade, as informações referentes a ingestão alimentar da criança são colhidas
dos pais ou responsáveis. A partir desta idade, a criança pode responder aos questionamentos,
só sendo necessário recorrer aos adultos caso haja alguma dúvida ou lacuna no preenchimento.
Os acompanhantes da criança devem ser orientados a não interferir nas respostas, exceto se
questionados diretamente. Outro fator importante é o questionamento aos responsáveis sobre a
ingestão da criança, e não do que foi oferecido. Muitas vezes, são referidos os alimentos e as porções
que foram oferecidos à criança, mas que não necessariamente foram consumidos.
As crianças a partir dos 7 anos, costumam responder melhor aos recordatórios de 24 horas ou dia
habitual, por não serem tão extensos quanto o QFCA e por serem identificados dentro da rotina (ex.:
que horas acordou, qual foi o café da manhã, e assim por diante).
A avaliação da ingestão pode ser realizada inclusive com bebês, quando em alimentação
complementar. A mãe ou o responsável deve referir o horário das refeições, o tipo de alimentação
oferecida (papa de frutas, leite, papa salgada etc.) e a porção caseira do alimento.
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CAPÍTULO 2
Avaliação nutricional de adultos
Avaliação antropométrica
A avaliação nutricional de um indivíduo adulto segue as orientações dadas na Unidade I – Métodos
de avaliação nutricional.
Os principais indicadores utilizados são peso, estatura, circunferência abdominal e pregas cutâneas
ou bioimpedância.
IMC
O IMC de adultos deve ser classificado de acordo com os pontos de corte estabelecidos pela
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Um estudo realizado pela American Câncer Society com 750.000 homens e mulheres, avaliou a
relação do IMC com todas as causas de mortalidade, evidenciando o grande risco de desenvolvimento
de doenças crônicas não transmissíveis com o aumento do IMC.
31
UNIDADE II │ AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS
Uma outra maneira, é avaliar o IMC conjuntamente com a circunferência da cintura, como mostra
o quadro a seguir:
Circunferência do braço
A adequação da circunferência do braço em adultos pode ser avaliada localizando-se a medida
encontrada na tabela de percentis de Frisancho (1990).
32
AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS │ UNIDADE II
Pregas cutâneas
As medidas de pregas cutâneas mais utilizadas em adultos são as do tríceps, bíceps, subescapular e
suprailíaca (consultar Unidade I). Deve-se observar os pontos de corte.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS
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CAPÍTULO 3
Avaliação nutricional de gestantes
Avaliação antropométrica
A avaliação antropométrica da gestante é de grande importância para o acompanhamento do
ganho de peso na gestação, além de ser um indicador de baixo peso ou obesidade gestacional.
A detecção precoce do baixo peso possibilita a recuperação do estado nutricional da gestante e
reduz assim o risco de recém-nascidos de baixo peso. Já o diagnóstico de obesidade permite que
o ganho de peso durante a gestação seja adequado, reduzindo o risco de diabetes gestacional e
hipertensão arterial.
Os parâmetros mais utilizados são peso atual e pré-gestacional e estatura, servindo de base para o
cálculo do IMC.
Atualmente, a avaliação das gestantes é feita por meio de uma curva de IMC específica para esta
situação, preconizada pelo Ministério da Saúde e que tem como indicadores a idade gestacional
e o IMC.
Avaliação
1. Calcular a Idade Gestacional (IG) por meio da data da última menstruação (DUM),
contando os dias a partir do primeiro dia. Caso não se conheça a DUM, utilizar o dia
5 para DUM no início do mês, dia 15 para DUM no meio do mês e dia 25 para DUM
no final do mês.
3. Após o cálculo do IMC, marcar seu IMC na curva (figura a seguir), classificando seu
estado nutricional gestacional, sendo:
A: adequado
S: sobrepso
O: obesidade
A curva deve sempre ser ascendente. Curvas nulas (horizontal) ou descendetes indicam défice,
sendo necessária a avaliação das condutas adotadas e a adesão da gestante às orientações.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS
Tabela com o ganho de peso recomendado, segundo o estado nutricional inicial da gestante
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CAPÍTULO 4
Avaliação nutricional dos idosos
»» uso de inúmeras medicações, que podem causar falta de apetite, afetar a absorção
de nutrientes, sonolência, diarreia etc.;
»» perda da dentição;
Por isso, a avaliação do idoso deve abordar todas as modificações características, além dos hábitos
culturais e da renda.
Avaliação antropométrica
A avaliação antropométrica deve ser feita levando-se em consideração as orientações dadas na
Unidade I. As principais medidas utilizadas na avaliação do idoso são peso, estatura, IMC, PCT e
circunferência da panturrilha. As outras pregas (suprailíaca, subescapular e bíceps são usadas para
cálculo de estimativa de peso e estatura).
IMC
O Índice de Massa Corporal possui uma classificação diferente para os idosos:
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UNIDADE II │ AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS
Outras medidas
A adequação da circunferência do braço e da PCT em idosos, pode ser avaliado localizando-se a
medida encontra na tabela de percentis de Nhanes (1994 – extraído de ROSSI, 2008)
Homens
Mulheres
Circunferência da panturrilha
A circunferência da panturrilha é um indicador sensível de massa muscular em idosos. Sua medida
deve ser feita na maior circunferência da panturrilha, com o indivíduo sentado ou em pé (neste caso,
o joelho deve estar flexionado em 90º, apoiado no solo ou apoio).
Valores abaixo de 31cm são marcadores de desnutrição. Esta medida não deve ser usada em casos
de edema em membros inferiores.
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AVALIAÇÕES NUTRICIONAIS │ UNIDADE II
Avaliação bioquímica
Ao analisar os resultados de exames bioquímicos de idosos, deve-se levar em consideração alterações
possivelmente causadas por medicamentos.
Nesta avaliação, ao analisar o colesterol, o profissional deve estar atento não apenas aos valores
elevados, que representam fatores de risco para doenças cardiovasculares, mas também a valores
diminuídos (hipocolesterolemia), que indicam desnutrição.
Consumo alimentar
A avaliação do consumo alimentar desta população pode ser feita diretamente ao cliente, quando
este tiver condições cognitivas para responder. Caso contrário, as respostas poderão ser dadas pelos
familiares ou cuidadores profissionais.
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PRESCRIÇÃO
DIETÉTICA E UNIDADE III
PRONTUÁRIOS
CAPÍTULO 1
Prontuários
Por ter caráter sigiloso, as informações contidas em um prontuário não podem ser reveladas
a ninguém, salvo sob autorização escrita do paciente. Suas informações estão protegidas pelo
segredo profissional.
Nele devem ficar registrados todos os atendimentos prestados, orientações, prescrições, faltas
em atendimento e todo tipo de contato do profissional com o paciente (caso do atendimento
ambulatorial/consultório, onde muitas vezes acontece o contato telefônico ou por e-mail).
»» Identificação do paciente.
»» Folha de anamnese.
»» Exame físico/avaliação.
»» Folhas de prescrição.
»» Exames.
Dada a importância do prontuário, as seguintes regras devem ser observadas em seu preenchimento:
40
PRESCRIÇÃO DIETÉTICA E PRONTUÁRIOS │ UNIDADE III
»» É proibido o uso de corretivo (em caso de erro, deve-se anular a anotação passando-se
um risco e escrevendo “sem efeito” ao lado)
»» Letra legível.
»» Não deixar espaços ou folhas em branco (caso ocorra, anular o espaço ou a folha
com um risco).
Ao se fazer uma anotação no prontuário, deve-se inserir o dia e a hora do atendimento, começando a
evolução pela identificação do cliente, seguindo de anamnese alimentar, avaliação antropométrica,
exames complementares solicitados e resultados, diagnóstico nutricional e prescrição da terapia
nutricional indicada, sempre assinando e carimbando a evolução (nome do profissional completo,
profissão e número de registro no conselho de classe).
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Para (não) Finalizar
Chegou ao final da nossa jornada, porém este caderno de estudos não encerra nosso estudo sobre
avaliação nutricional o assunto que é muito extenso.
Existem muitas outras formas de avaliação, embora menos comuns, mas não menos importantes, e
há ainda uma gama enorme de possibilidades a serem estudadas.
O Brasil, embora tenha avançado muito em suas pesquisas, ainda utiliza como base de avaliação
e estudos materiais de outros países, o que obviamente não reflete nossa realidade. O treino e o
estudo constante trarão à você não apenas o conhecimento profundo do que já existe, mas também
mostrará as deficiências que ainda existem nesta área, abrindo novas possibilidades de trabalho e
estudo.
42
Referências
ATALAH, E; CASTILLO, C. L.; CASTRO, R. S.; AMPARO ALDEA, P. Propuesta de un nuevo estándar
de evaluación nutritional de embarazadas. Rev. Med. Chile, 125: 1429-1436, 1997.
BARBOSA, R. M.S. et al. Avaliação do consumo alimentar de crianças pertencentes a uma creche
filantrópica na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, Brasil. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., 6 (1):
127-134, jan. / mar., 2006.
FISBERG, R. M. et al. Inquéritos Alimentares: métodos e bases científicos. São Paulo: Manole,
2005.
LEW, E. A., GARFINKEL, L. Variations in mortality by weight among 750,000 men and
women. J Chronic Dis. 563-576, 1979.
43
REFERÊNCIAS
MONTEIRO, C. A.Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e suas doenças.
São Paulo: Hucitec; Nupens/USP; 1995
NACIF, MAL. Avaliação Antropométrica no ciclo da vida. 2. ed. São Paulo: Metha, 2011.
RABITO, E. I., VANNUCCHI, G. B., SUEN, V. M. M. et al. Weight and height prediction of
immobilized patients. Rev. Nutr., 19(6): 655-661, 2006.
ROSSI, L et al. Avaliação Nutricional – Novas perspectivas. São Paulo: Roca/ Centro Universitário
São Camilo, 2008.
SOARES, J. L. M. F. et al. Métodos Diagnósticos: consulta rápida. Porto Alegre: Artmed Editora,
2002.
VICTORA C. G., et al. Uma nova curva de crescimento para o século XXI (Versão preliminar
de capítulo de livro gentilmente cedida pelo Dr. Cesar Victora à CGPAN)
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic –
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Sites
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