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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
GESTÃO DA QUALIDADE......................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
EVOLUÇÃO E CONCEITOS DA QUALIDADE................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DA QUALIDADE.................................................................................. 16
CAPÍTULO 3
DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE.................................................... 24
UNIDADE II
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO.......................................................................................... 31
CAPÍTULO 1
AS FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE.............................................................................. 32
CAPÍTULO 2
FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS DE QUALIDADE.......................................................................... 58
CAPÍTULO 3
FERRAMENTAS PARA A GESTÃO DE RISCO .............................................................................. 77
UNIDADE III
PROTOCOLOS.................................................................................................................................... 104
CAPÍTULO 1
A IMPORTÂNCIA DO USO DE PROTOCOLOS.......................................................................... 104
CAPÍTULO 2
IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLOS.......................................................................................... 108
UNIDADE IV
INDICADORES.................................................................................................................................... 113
CAPÍTULO 1
A IMPORTÂNCIA DO USO DE INDICADORES.......................................................................... 113
CAPÍTULO 2
CONSTRUÇÃO DE INDICADORES.......................................................................................... 117
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 126
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
A qualidade nas organizações de saúde é um dos temas mais discutidos ultimamente,
já que várias organizações a estabeleceram como um valor dentro dos seus princípios
organizacionais (missão, visão e valores). A melhoria contínua, a excelência dos serviços
prestados, a inovação e a economicidade são pilares que se perpetuam e se fortalecem
com as exigências do mercado e dos usuários, que se tornaram mais conscientes de seus
direitos e do exercício da cidadania.
Será, então, que 0,1% é tão insignificante assim? O que podemos fazer para
melhorar os processos e minimizar as chances de falhas?
7
Objetivos
»» Introduzir o tema gestão da qualidade e sua importância na saúde.
8
GESTÃO DA UNIDADE I
QUALIDADE
CAPÍTULO 1
Evolução e conceitos da qualidade
O conceito de qualidade não é recente nem foi “inventado” no século XXI. Desde o antigo
testamento já há relato de busca por materiais mais resistentes para a construção de
armas, edificações e para a melhoria de produtos, bens ou serviços, ou seja, até os povos
mais antigos já demonstravam preocupação com a qualidade e a segurança daquilo que
usavam ou entregavam como resultado do seu trabalho.
9
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
Com isso, surgiram nesse período vários especialistas da área da qualidade, como
Deming, Juran, Crosby, Feigenbaum, entre outros, com visão e foco descritos nas
quadros 1 e 2 a seguir.
Já nas décadas de 1980 e 1990, o conceito “qualidade” passou a circular nos meios de
comunicação, levando as empresas a se transformarem, quebrarem paradigmas, com
vistas à sustentabilidade econômica, social, ambiental, acirrando a competitividade
entre as organizações em busca de mais clientes.
Esse movimento refletiu mudanças na gestão das organizações, cujo foco dirigiu-se à
reestruturação, à inovação e à busca de excelência, por meio de práticas mais eficientes e
focadas nas demandas dos clientes internos e externos. Dentre as mudanças requeridas,
destacam-se: a visão sistêmica da organização dos seus processos institucionais, a
transformação dos indivíduos, com ações dirigidas por novos paradigmas, estímulo
ao desenvolvimento de novas capacidades, de criatividade e de alta produtividade,
mobilizando sujeitos mais capazes, criativos e produtivos.
Verifica-se, nesse contexto, por parte das organizações, tendência à valorização e retenção
dos talentos humanos para atuarem como agentes participativos do replanejamento e
da ressignificação do trabalho vigente.
10
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
11
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
Independentemente da definição que se utiliza, está claro que existem várias formas de
se entender e definir o que é qualidade. É preciso entender que ela é definida de acordo
com as expectativas, exigências e necessidades do consumidor e, para tanto, é preciso
conhecê-lo e ouvi-lo.
Visando facilitar o conceito de qualidade, pode-se inferir que ela pode ser desdobrada
em elementos básicos, como (MARSHALL, 2008):
12
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
Tendências, momentos
importantes ou surgimento
Idealizador ou País ou empresa
Década de novos conceitos nos
responsável pioneira
processos de melhoria da
qualidade
Formulação dos conceitos
00-10 Qualidade com foco na
de administração científica e
produtividade
produtividade Frederick Taylor Midavale Stell Co.
Formulação dos conceios de
controle da qualidade
20 Qualidade com foco na produtividade
Sistematização dos processos de
Henri Ford Ford Motors
produção em massa
Formulação dos conceitos de
30 Qualidade com foco na produtividade controle estatístico do processo Walter Shewhart Lab. Bell Telephone
(CEP)
Utilização das técnicas de controle
nas indústrias bélicas norte- Vários EUA
40 Qualidade com foco na conformidade americanas
Estudos sobre o custo da qualidade Joseh Juran Várias
Formulação dos conceitos de falha H. A. Watson Várias
Sistematização do Programa 5S Várias Japão
Concepção das teorias motivacionais
*Abraham Maslow
* Hierarquia das necessidades Várias
50 Qualidade com Foco na Produtividade *Frederick Herzberg
* Teoria dos dois fatores
Formulação do conceito
Douglas McGregor Várias
teoria X e Y
13
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
14
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
Tendências, momentos
importantes ou surgimento
Idealizador ou
Década de novos conceitos nos País ou empresa Pioneira
responsável
processos de melhoria da
qualidade
Integração e otimização da cadeia
de suprimento: fornecedor, empresa,
cliente Lopez de Arriortúa VW Resende
*Consórcio modular
*Condomínio industrial
Concepção da terceira versão da ISO
Vários GM Gravataí
9000
1ª Década Qualidade com foco Tendência de customização a cada
no conhecimento empresa das metodologias e técnicas Vários Europa
nos processos de qualidade
Tendência de sistematização e
integração de conceitos ambientais e Vários Várias
sociais aos processos produtivos
Tendência de utilização de
conhecimento multidisciplinar e
Vários Várias
multidepartamental para integração na
organização
Fonte: Rodrigues (2010)
Tratamento bem-sucedido
Qualidade e segurança
Pacientes Curto período de internação
Facilidade de acesso
Respeito aos seus direitos
Remuneração e reconhecimento
Força de trabalho Segurança ocupacional
Oportunidade de desenvolvimento
Impacto na saúde da população
Governo Gerenciamento efetivo
Redução de custos
Benefício mútuo
Fornecedores Continuidade
Relacionamento
Comportamento responsável
Sociedade
Transparência e ética
15
CAPÍTULO 2
Princípios da gestão da qualidade
16
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
17
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
Liderança
Envolvimento
Foco no cliente
de pessoas
GESTÃO DA
Benefícios
mútuos nas
relações Abordagem de
QUALIDADE
processos
com os
fornecedores
Abordagem
Abordagem
factual para a
sistêmica para
tomada de
a gestão
decisão
Melhoria
contínua
18
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
Confiabilidade
Rentabilidade Resultados
Capacidade
Eficiência Velocidade
Eficácia
Resultados Rentabilidade
Efetividade
Produtividade Flexibilidade
19
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
Abordagem do SGQ
20
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
A Alta Direção, por meio de suas ações e liderança, tem a responsabilidade de criar
ambiente no qual as pessoas estejam envolvidas e o sistema de gestão da qualidade
opere eficazmente, já que todos, independentemente do nível, têm responsabilidade no
SQG.
Abordagem de processo
As organizações necessitam identificar e gerenciar seus processos inter-relacionados e
interativos, utilizando recursos para transformar os insumos (entradas) em produtos
(saídas). Frequentemente, a saída de um processo resultará diretamente na entrada do
21
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
processo seguinte. Para o líder, é importantíssimo conhecer todas essas etapas do seu
processo, pois, assim, poderá identificar falhas e oportunidades de melhoria.
Uma definição mais ampla traz processo como conjunto de atividades ou funções
estruturadas em uma sequência lógico-temporal, com objetivo definido, realizadas
por pessoas e/ou máquinas que visam transformar recursos (entradas), agregando
valores, por meio de transformação e de uma lógica preestabelecida (metodologia
de processamento), resultando em bens e serviços (produtos) para a sociedade e/ou
clientes.
Uma ferramenta que pode ser utilizada para melhor detalhar os processos é o Sipoc,
detalhado no Capítulo 2, Seção 2.1.
Melhoria contínua
A melhoria contínua tem como objetivo aumentar a probabilidade de melhorar a
satisfação dos clientes e das partes interessadas. Sendo assim, as ações para a melhoria
incluem:
22
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
23
CAPÍTULO 3
Documentação do Sistema de Gestão
da Qualidade
»» política da qualidade;
»» manual da qualidade;
»» procedimentos documentados;
»» instruções de trabalho;
»» planos de qualidade;
»» especificações;
»» documentos externos;
»» registros.
24
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
25
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
26
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
27
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
28
GESTÃO DA QUALIDADE │ UNIDADE I
29
UNIDADE I │ GESTÃO DA QUALIDADE
30
FERRAMENTAS DA
QUALIDADE E DO UNIDADE II
RISCO
31
CAPÍTULO 1
As ferramentas básicas da qualidade
Fonte: <http://www.clixmarketing.com/blog/2015/06/18/why-good-old-fashioned-brainstorming-is-important-in-ppc/>.
A vantagem dessa técnica é que ela é simples, rápida e útil. Além disso, como é técnica
de grupo, favorece ideias mais qualificadas pela interação entre pessoas com diferentes
perspectivas, experiências e conhecimento.
Por outro lado, o brainstorming é menos estruturado que outras técnicas utilizadas
com objetivos semelhantes, como as técnicas de consenso. Atualmente, porém, já
existem instrumentos que auxiliem nessa estruturação. Além disso, o ele não garante
a confidencialidade na exposição das ideias, o que pode provocar a inibição de pessoas
mais tímidas ou de um nível hierárquico inferior, que podem não se expressarem
livremente nem sem constrangimentos quando indagadas. Outra limitação é que não
inclui priorização das ideias, sendo, muitas vezes, necessário complementar a discussão
com outro tipo de ferramenta – por exemplo, uma matriz de priorização.
Quando usar?
32
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Como usar?
33
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Fonte: <https://sarabstacy.com/2016/12/07/post-it-note-mentality/>.
Principais etapas
»» Fase de classificação: a equipe repassa toda a lista para ter certeza de que
todos entenderam todas as ideias.
Fluxograma
Técnica de representação gráfica que se utiliza de símbolos convencionados para
permitir a descrição clara e precisa do fluxo, da sequência ou do passo a passo de um
processo.
34
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Quando usar?
Como usar?
35
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
O objetivo é coletar dados que deverão ser processados e analisados, com vistas a obter
informações para monitorar as decisões gerenciais. As folhas de verificação transformam
as “opiniões” em “fatos”.
Quando usar?
»» Para construir, a partir de cada cenário, visão mais clara dos fatos.
36
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
»» Para organizar algo que deve ser feito ou para evitar esquecimentos,
falhas e faltas.
Como usar?
TOTAL 23 32 26 35 30 26 31 203
Fonte: Elaborada pelo autor.
37
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Total 60 20
Fonte: Elaborada pela autora.
Quando usar?
38
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Como usar?
»» ter certeza de que as ações não terão qualquer efeito colateral; caso
contrário, deverá tomar outras ações para eliminá-lo;
39
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
O que fazer? Onde? Como fazer? Por quê? Quem? Até quando? Quanto?
Diagrama/Gráfico de Pareto
É um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a
menor, permitindo a visualização dos problemas e das causas mais importantes, o que
facilita a proposição de melhorias nos itens prioritários.
Quando usar?
Como usar?
40
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
»» Os dados podem ser agrupados por tempo, local, tipo, sintoma, turno,
locais, defeitos, reclamações, equipamentos ou outros fatores para
aprofundar as análises.
Resumindo, o gráfico de Pareto serve para identificar os problemas por meio do uso
de diferentes escalas de medida, para analisar diferentes grupos de dados, para medir
o impacto de mudanças efetuadas no processo, para detalhar as maiores causas em
partes mais específicas.
Os problemas mais frequentes nem sempre são os mais caros. Por isso, é
importante utilizar ferramentas adequadas para analisar os dados e tomar a
melhor decisão. Eventos mais frequentes ou de maior custo nem sempre são os
mais importantes – uma queda que resulte em óbito, por exemplo, requer mais
atenção do que 100 quedas sem dano.
41
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
20 100,00%
18
15 80,00%
15
10 60,00%
10 8
40,00%
5 20,00%
2
0 0,00%
Combustível Bicos injetores Tanque de Bomba de Filtro de Cabo das velas
adulterado entupidos combustível combustível combustível com defeito
com sujeira com defeito entupido
Nº de Ocorrências % Acumulado
Quando usar?
42
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Como usar?
43
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Efeito
44
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Descrição
do Evento
Adverso
(Efeito)
Fatores do Fatores
Fatores de Fatores de Ambiente de Estratégicos e
Equipamentos Treinamento Trabalho Organizacionais
Etapas de elaboração:
45
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Quadro 9. Passo 1: identificar os requisitos do cliente. Passo 2: associar a prioridade a cada saída usando uma
escala numérica.
2 – Avaliar a importância 10 9 8 8
para o cliente (notas de
1 a 10)
1 = menor importância
RESULTADOS
10 = maior importância
ANUAIS
CTQ 1
CTQ 2
CTQ 3
CTQ 4
1 – Listar as principais
saídas/CTQ
Causa 1
Causa 2
Causa 3
Causa 4
Causa 5
Causa N
Fonte: Elaborada pelo autor.
Quadro 10. Passo 3: listar todas as entradas (do mapa de processo detalhado e do diagrama de Ishikawa)
3 – Colocar as causas do 10 9 8 8
problema levantado, por
exemplo, na análise do
diagrama de Ishikawa
RESULTADOS
ANUAIS
CTQ 1
CTQ 2
CTQ 3
CTQ 4
Causa 1
Causa 2
Causa 3
Causa 4
Causa 5
Causa N
46
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Quadro 11. Passo 4: correlacionar as entradas e saídas usando uma escala numérica (0,1,3,9). Passo 5: fazer a
10 9 8 8
4 – Estabelecer a relação
entre causas e saídas
CTQs: 9 – alta relação; 3 –
RESULTADOS
ANUAIS
média relação; 1 – baixa
CTQ 1
CTQ 2
CTQ 3
CTQ 4
relação e 0 – não há
relação
Causa 1
5 – Os resultados finais
Causasão
2 dados pela soma das
Causa 3 linhas: cada causa é
Causa 4 multiplicada pela
importância de cada saída
Causa 5
/CT, e somada no final
Causa N
Fonte: Elaborada pelo autor.
Quadro 12. Passo 6: ordenar as entradas pelos maiores totais dos resultados anuais
10 9 8 8
RESULTADOS
para o menor impacto
ANUAIS
CTQ 1
CTQ 2
CTQ 3
CTQ 4
Maior impacto
Causa 1
Causa 2
Causa 3
Causa 4
Causa 5
Menor impacto
Causa N
Fonte: Elaborada pela autora.
47
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Com essa técnica, complementa-se a avaliação de impacto fazendo uma crítica sobre
qual seria o grau de esforço para lidar com uma causa em particular. Esforço pode dizer
respeito a:
Alimentado
pela matriz
Esforço
de causa e
efeito
Maior Menor
impacto impacto
Baixo
Alto Baixo
Impacto
Fonte: Departamento de Melhoria Contínua SBIBAE.
Esforço para:
Alto
- implementaçã
o das
mudanças;
Esforço
- coleta de
dados;
- tempo para
Baixo
análise.
Alto Baixo
Impacto
b
48
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
DESCARTAR
COMPLEXOS
Pode requerer investimento,
Pode requerer
Alto
maior esforço e custo, além
investimento, maior
de não trazer impactos tão
esforço e custos
sensíveis
Esforço
PRIORITÁRIOS
VER E AGIR?
– Tomar a ções VER-E- Eventuais ações VER-E-AGIR,
Baixo
AGIR
que podem não trazer
– Elaborar plano de impactos significativos
coleta de dados
– Elaborar plano de
an álise
Alto Baixo
Impacto
Fonte: Departamento de Melhoria Contínua SBIBAE.
Estratificação
Estratificação de dados é uma ferramenta útil para a gestão da qualidade e do risco,
que consiste em dividir um grupo de dados em diversos subgrupos com base em
características que os diferenciam dos demais, ou seja, a criação de estratos.
Causas da variabilidade nos processos podem ser oriundas de fatores que, ao serem
estratificados ao se aprofundar um dado, pode indicar oportunidades de melhoria e
controle dos processos. Logo, consegue-se ter visão mais macro do que está acontecendo.
Pode ser feita antes da coleta de dados, quando se quer procurar determinados
fenômenos, ou depois, quando se quer investigar as causas que realmente afetam os
resultados.
Quando usar?
49
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Vantagens
30
25
20
15
10
0
0-20 21-40 41-60 61-80 > 80
Gráfico de controle
São gráficos para examinar se o processo está ou não sob controle. Baseado em dados
de amostragem, sintetiza amplo conjunto de dados, usando métodos estatísticos para
observar as mudanças dentro do processo.
50
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Quando usar?
Como usar?
51
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
1,5
1,2
0,9
0,6
0,3
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Número de
amostras
Dados coletados Média LIC LSC
O fato de os dados coletados estarem dentro dos LSC e LIC não quer dizer que
eles atendam às expectativas, significa apenas que o processo é consistente. Ou
seja, o processo está controlado, mas não é capaz de atender às especificações.
A especificação é algo que se espera atingir, e limites de controle é aquilo que o
processo pode fornecer como consistência.
Histograma
É um gráfico estatístico em colunas que mostra a variação/variabilidade de um grupo
de dados relativos a uma mesma variável, por meio da distribuição de frequência, em
torno da média. No histograma, o eixo vertical se refere à frequência da ocorrência. Por
isso, a altura da coluna vertical é proporcional a essa frequência. O eixo horizontal, por
sua vez, mostra a característica de medida dividida em classes.
Quando usar?
52
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
6
6
4
Frequência
3 3 3
3
2 2 2 2
2
1 1
1
0
0
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 Mais
Diagrama de dispersão
O diagrama de dispersão ou de correlação é utilizado para comprovar a relação entre
uma causa e um efeito. Trata-se de uma representação gráfica de valores simultâneos
de duas variáveis relacionadas a um mesmo processo.
Quanto mais forte o agrupamento, mais forte é o grau de correlação entre as variáveis.
Os pontos no 0 não se agrupam em torno de uma linha reta, o que significa que não há
relação linear entre as duas variáveis.
Quando usar?
Como usar?
54
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
80
70
60
50
Idade
40
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12
Número de atendimentos
Fonte: Elaborada pela autora.
Benchmarking
O benchmarking é um processo sistemático e contínuo de avaliação de produtos, serviços
e processos de trabalho de organizações que são reconhecidas como representantes
das melhores práticas, com a finalidade de comparar desempenhos e identificar
oportunidades de melhoria na organização que está realizando o processo.
55
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Ferramenta 5S
A metodologia 5S (Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, em japonês – separar,
armazenar, limpar, padronizar e sustentar) tem como objetivo prioritário prevenir
a ocorrência de problemas e criar ambiente de trabalho enxuto que permita que as
pessoas proporcionem o melhor atendimento da forma mais eficiente possível. Ele é o
alicerce de um sistema organizacional seguro ao estabelecer padrões iniciais e conduzir
as melhorias nos processos.
56
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Benefícios do 5S
57
CAPÍTULO 2
Ferramentas Estratégicas de Qualidade
Quando usar?
Deve ser usado pelos gestores antes do mapeamento de seus processos, auxiliando-os a
definirem fornecedores, entradas, processos, saídas e clientes relacionados ao serviço,
permitindo o desdobramento retroativo dos indicadores-chave das entregas para os
clientes em cada etapa do processo.
Como usar?
Para criar um Sipoc do processo, devem ser seguidos alguns passos. São eles:
58
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
S I P O C
Supplier Input Process Output Customer
(fornecedores) (entrada) (processo) (saídas) (clientes)
Ciclo PDCA
Também conhecido como ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming, o ciclo PDCA é um
método norteador para melhoria contínua de um processo organizacional. Visa
monitorar com eficácia a gestão dos processos por meio de identificação e análise das
situações indesejáveis e da busca de soluções, mediante prévio planejamento adequado
do processo.
59
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Quando usar?
Como usar?
Para cada uma das fases do ciclo PDCA, há várias ferramentas de melhoria que podem
ser aplicadas.
Fase P:
60
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Fase D:
Fase C:
Fase A:
61
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Definir claramente o
1 Identificação problema e reconhecer sua Brainstorming e 5W2H
importância.
Investigar as
características específicas Folha de verificação, gráfico
2 Observação do problema, com visão de Pareto e estratificação
P ampla e por vários pontos
de vista
N
Bloqueio efetivo
?
S
Prevenir o reaparecimento do Gráfico de
Padronização problema acompanhamento e
7 fluxograma
Gráficos (utilizar
Histórico do
2 sempre dados Qual a frequência do problema? Como ocorre?
problema
históricos)
Brainstorming,
5W2H e
Diagrama de
Mostrar perdas Pareto
O que está se perdendo? O que é possível
3 atuais e ganhos Gráficos
ganhar?
viáveis
62
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
- Fazer um cronograma
para referência, que
3 Cronograma e meta Elaboração do cronograma deve ser atualizado em
cada processo.
- Definir uma meta a ser
atingida.
- Existe evidência
Se o bloqueio é impossível, ou se for provocar
técnica de que é
efeitos indesejáveis, pode ser que a causa
possível bloquear? determinada não seja a causa fundamental, mas um
Não - O bloqueio geraria efeito dela. Transforme a causa no novo problema e
? Teste de consistência da efeitos pergunte outro por que, voltando ao início do
Sim causa fundamental indesejáveis? processo.
63
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
5W1H
-Itens de
controle e
-Itens de
verificação
64
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Não
O bloqueio foi efetivo? Pergunta: a causa
? fundamental foi Utilizar as informações levantadas nas tarefas
Sim efetivamente anteriores para a decisão.
encontrada e Se a solução foi falha, retornar ao processo 2
bloqueada? (observação).
65
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Aplicação do método de
2 Planejamento do ataque aos
solução de problemas nos
planos remanescentes - Reavaliar os itens pendentes, organizando-
que forem importantes
os para uma futura aplicação do método de
solução de problemas.
- Se houver problemas ligados à própria
forma que a solução de problemas for
tratada, isso pode se transformar em tema
para os projetos futuros.
É utilizada para identificar os pontos fortes e fracos de uma organização, assim como
as oportunidades e ameaças às quais ela está exposta. Essa ferramenta geralmente
é aplicada ao Planejamento Estratégico, para analisar o cenário interno e externo,
com o objetivo de compilar tudo em uma matriz e, assim, facilitar a visualização das
características que fazem parte da sigla.
66
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
com as forças e fraquezas que ela possui. Já o segundo ambiente refere-se às questões
externas, ou seja, questões que não estão sob o controle da organização.
As forças e fraquezas são avaliadas pela equipe com base no atual momento da
organização. As oportunidades e ameaças são as previsões de futuro ligadas direta ou
indiretamente aos fatores externos.
67
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
A análise de SWOT deve ser desenvolvida e interpretada de forma que se consiga unir
os principais componentes que atuam como elementos da análise externa e interna. O
seu “diagnóstico” deve ser confiável, integrando as necessidades apresentadas na gestão
estratégica com o intuito de fundamentar o planejamento de médio e longo prazo da
organização.
68
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Finanças/Sociedade
Para sermos bem-sucedidos
financeiramente, como deveríamos ser
vistos?
Processos internos
Cliente
Para alcançarmos nossa Visão e Para satisfazermos nossos
clientes, em que processos
visão, como deveríamos ser
vistos pelos nossos clientes?
estratégia de negócios devemos
alcançar a excelência?
Aprendizado
Para alcançarmos nossa visão, como
sustentaremos nossa capacidade de
mudar e melhorar?
69
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Lean Manufacturing
O Lean Manufacturing surgiu do Sistema Toyota de Produção, que se baseia no aumento
da eficiência das etapas de produção por meio da redução contínua de desperdícios, além
da integração das atividades e da identificação de como elas se relacionam, buscando
atividades que não agregam valor para focar na otimização dos recursos.
70
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Com essa abordagem, grandes empresas aplicam projetos Lean Seis Sigma para solução
de problemas cuja complexidade varie de baixa a alta, em que toda a estrutura dos
projetos seja baseada no DMAIC.
71
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Na fase de Definição, identifica-se qual o processo e/ou operação deverá ser tratado
e melhorado. Para isso, procura-se compreender quais são as necessidades críticas
para o cliente. Após, compreende-se quais são as necessidades dos clientes, avalia-se a
viabilidade econômica do projeto pela estimativa inicial de ganhos financeiros e outros
benefícios.
Atribuir à área
responsável e
acompanhar o projeto
para o alcance de cada
meta
Estudar as
A meta pertence Estabelecer a
variações dos
à área de meta de cada
problemas
problema
atuação da prioritários
prioritário
equipe? identificados
Ir para a etapa
de análise
72
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Identificar e
Analisar o Priorizar as Quantificar a
Analisar dados organizar as
processo causas importância
do problema e causas
gerador do potencias do das causas
seu gerador potenciais do
problema problema potenciais
problema
73
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
PLANO DE CONTROLE
Processo: Data (cr iação):
Dono do pr ocesso: Data (r evisão) :
Ramal: Responsável pelo plano:
Equipe:
74
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Assim, pequenas melhorias bem padronizadas nos processos levam a grandes resultados
ao longo do tempo, uma vez que o processo não retorna ao estágio anterior às melhorias.
75
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
»» Black Belt: são profissionais que coordenam os projetos Seis Sigma, com
dedicação exclusiva; conhecimentos de modelos de gestão; técnicas,
ferramentas e programas para a busca da qualidade; capacidade de
conhecer e interpretar estratégias; habilidade para trabalhar e coordenar
equipes; e responsáveis por disseminar o conhecimento Seis Sigma.
Você sabia?
Como no judô, os profissionais do Seis Sigma são divididos em faixas (belt) com cores
diferentes.
76
CAPÍTULO 3
Ferramentas para a Gestão de Risco
77
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Evolução do paciente: porte ou perda permanente de função (sensória, Evolução do paciente: redução temporária de função corporal
motora, fisiológica ou intelectual), suicídio, estupro, reação transfusional (sensorial, motora, fisiológica ou intelectual), deformação, intervenção
hemolítica, cirurgia/procedimento em paciente errado ou parte errada do cirúrgica necessária, aumento no tempo de permanência para três ou
corpo, sequestro de criança ou entrega de criança para família errada. mais pacientes, nível aumentado de cuidado para três ou mais pacientes.
Evolução do visitante: Morte ou hospitalização por três dias ou mais. Evolução do visitante: hospitalização de um ou dois visitantes.
Evolução do staff:* Uma morte ou hospitalização de 3 ou mais Evolução do staff: hospitalização de um ou dois membros do staff ou
profissionais do hospital. três ou mais afastamentos ou restrições para execução de tarefas por
dano ou doença.
Equipamento ou edificação:**
Equipamento ou edificação:**
Fogo: Qualquer fogo que seja maior que incipiente.
Fogo: não aplicável – veja evento moderado e gravíssimo.
Evolução do paciente: aumento no tempo de permanência ou aumento Evolução do paciente: não houve dano, nem aumento no tempo de
no nível de assistência para um ou dois pacientes. permanência, nem aumento no nível da assistência.
Evolução do visitante: avaliação e tratamento para um ou dois Evolução do visitante: houve avaliação e não foi necessário nenhum
visitantes (sem hospitalização). tratamento ou recusou tratamento.
Evolução do staff: despesas médicas, ou mais afastamentos ou Evolução do staff: somente primeiro atendimento, sem afastamento
restrições para execução de tarefas por dano ou doença. nem restrições para execução de tarefas por danos ou doença.
Equipamento ou edificação:** Equipamento ou edificação:**
Fogo: Estágio incipiente ou menor. Fogo: Não aplicável – veja evento moderado e gravíssimo.
Fonte: Traduzida e adaptada de VHA National Center for Patient Safety – Severity Rating.
Índices de Probabilidade
Fonte: Traduzida e adaptada de VHA National Center for Patient Safety – Severity Rating.
78
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Método Hazop
A técnica denominada Estudo de Perigo e Operabilidade (Hazard and Operability
Studies –Hazop) visa identificar os problemas de operabilidade de um processo.
79
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
TERMOS DEFINIÇÕES
Nenhum(a) ou não Nenhuma parte do resultado pretendido é atingida ou a condição pretendida está
ausente.
Exceto Nenhuma parte da intenção é atingida, algo completamente diferente acontece (por
exemplo, fluxo ou material errado).
80
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
81
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
A metodologia da análise da causa raiz é um processo que pode ser definido em quatro
etapas:
1. coleta de dados;
Coleta de dados
82
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Nessa etapa, o investigador deve identificar a causa básica, ser claro e evitar classificações
genéricas. Quanto mais específica for a definição do investigador a respeito do evento,
mais fácil será chegar à conclusão sobre por que o evento ocorreu, logo será mais fácil
deduzir recomendações que impeçam sua recorrência.
Essa fase inicia-se logo que os primeiros dados começam a ser coletados. Nela gera-se
um mapa, que vai sendo modificado. À medida que mais dados relevantes são coletados,
mais conclusões começam a surgir.
Nessa etapa, é sugerido utilizar um fluxograma, para informar o que é feito em cada
etapa, os materiais ou serviços que entram e saem do processo, as decisões que devem
ser tomadas e as pessoas envolvidas.
Essa descrição deve ser feita de maneira cuidadosa para que a comunicação dessas
“declarações” seja compreensível e tenha como alvo os sistemas da instituição e não os
indivíduos.
São as ações corretivas para evitar a ocorrência do evento, devendo ser descritas como
ações recomendadas.
83
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Princípios comuns
»» Para ser efetiva, a ACR deve ser realizada de maneira sistemática como
esforço de uma equipe multiprofissional apoiada em investigação
minuciosa e evidências documentadas.
84
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
Identificação consequência
Gravidade / 1 2 3 4 5
Domínio
Insignificante Menor Moderado Maior Catastrófico
»» Ferimento grave
que, em longo »» Incidente que leva à
»» Lesão mínima ou prazo, leva à morte.
doença que exige »» Ferimentos incapacidade/
intervenções moderados que »» Múltiplas lesões
»» Lesão mínima deficiência.
Impacto no menores. exigem intervenção permanentes ou de
que não requer
Paciente profissional. »» Aumento no tempo efeitos irreversíveis à
nenhuma »» Aumento no de internação saúde.
intervenção ou tempo de »» Aumento no tempo de hospitalar por mais »» Evento que tem
tratamento internação internação hospitalar de 15 dias. impacto sobre um
hospitalar de 1 a de 4 a15 dias
3 dias »» Má gestão dos grande número de
pacientes de longa pacientes.
permanência.
»» Diminuição
permanente do
funcionamento
corporal.
»» Lesão que requer
»» Lesão ou doença
atendimento »» Morte ou perda
ocupacional com
ou intervenção »» Lesão que requer permanente da
danos permanentes
médica atendimento ou função principal
à saúde, exigindo
ambulatorial. intervenção médica (motor, sensorial,
tempo fora do
»» Incapacidade com hospitalização/ fisiológica ou
»» Sem lesão ou lesão trabalho de mais de
e/ou restrição »» intervenção intelectual) não
superficial, sem 15 dias (INSS).
temporária à especializada relacionada com
necessidade de »» Atendimento
atividade (menos requerida (cirurgia ou o curso natural da
tratamento. médico com
de 3 dias). procedimento). doença ou condição
»» Sem incapacidade. internação em UTI
»» Dano moral e/ »» Incapacidade subjacente.
Colaborador »» Vítima consciente e
ou estético, temporária em longo
e/ou tratamento de
»» Dano moral e estético
deambulando. alta complexidade.
recuperável, sem prazo, de 4 a 14 dias. não recuperável,
»» Sem danos morais »» Reação hemolítica
repercussão »» Restrições definidas com repercussão
e/ou estéticos. de transfusão.
psicológica. sem comprometimento psicológica
»» Sem tempo fora do »» Incapacidade
»» Incidentes com profissional. irreparável.
trabalho. parcial com
terceiros que »» Dano moral e »» Surto de acidentes de
restrições definitivas
precisam de estético recuperável, trabalho.
e comprometimento
atendimento com repercussão »» Surto ou evento
profissional.
ou intervenção psicológica transitória. relacionado com
»» Dano moral e
médica infecção.
estético de difícil
ambulatorial.
recuperação
com repercussão
psicológica de
longo prazo.
85
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
»» Dano reversível,
afetando mais de 5
áreas.
»» Interdição de 10 a
20 leitos.
»» Dano reversível,
»» Mau
afetando de 2 a 5
funcionamento
áreas.
ou má utilização »» Dano de grande
»» Interdição de 5 a 10
de equipamento, magnitude e/ou de
»» Dano reversível, leitos.
instalação ou grande extensão,
afetando apenas »» Mau funcionamento
material médico de afetando a prestação
uma área. ou má utilização
alta criticidade. do serviço.
»» Interdição de 1 a de equipamento,
»» Contaminação da »» Interdição de mais de
5 leitos. instalação ou material
comunidade do 20 leitos ou de mais
»» Dano naturalmente »» Mau médico de média
entorno por agente de cinco setores.
reversível (sem funcionamento criticidade.
biológico, químico »» Atentado terrorista.
necessidade de ou má utilização »» Contaminação da
ou físico (raio de »» Falta de fornecimento
tomada de ação), de equipamento, comunidade do
Ambiente 200m). total de energia
não afetando a instalação entorno por agente
hospitalar »» Dano/furto de elétrica por período
prestação do ou material biológico, químico ou
bens próprios superior a 8 horas
serviço. médico de baixa físico (raio de 50m).
ou de terceiros nas áreas não críticas
»» Dano/furto de criticidade do »» Dano/furto de
(maior ou igual a ou superiores a 15
bens próprios ou entorno por bens próprios ou
R$100.000,00). segundos nas áreas
de terceiros (até agente biológico, de terceiros (até
»» Falta de críticas ou de alto
R$500,00). químico ou físico R$30.000,00).
fornecimento risco (UTI, semi-
(raio de 10m). »» Falta de fornecimento
total de energia intensiva e CCO
»» Dano/furto de total de energia elétrica
elétrica por período com procedimentos
bens próprios ou por período inferior a
superior a duas invasivos etc).
de terceiros (até duas horas nas áreas
horas nas áreas »» Explosão ou incêndio
R$5.000,00). não críticas.
não críticas ou maior que o estágio
»» Roubo, extorsão ou
perda de geração incipiente.
estelionato.
própria de energia
»» Incêndio em estágio
elétrica (sistema de
incipiente ou menor.
alimentação elétrica
de emergência) por
período superior a
15 segundos.
»» Assalto violento.
»» Impacto grave ao
»» Impacto pontual, meio ambiente,
»» Impacto ambiental
facilmente podendo abranger
Meio »» Dano naturalmente com abrangência
previsível e com inclusive a
Ambiente reversível (sem restrita, com »» Dano irreversível ao
possibilidade comunidade, com
necessidade de possibilidade de meio ambiente.
imediata de possibilidade de
tomada de ação). recuperação, mas com
recuperação do recuperação difícil
custo relativo.
meio ambiente. e/ou altamente
custosa.
»» Não entrega do
»» Perda de 0,1 »» Entrega incerta do objetivo principal.
- 0,25% do objeto inicial. Perda
»» Falha em encontrar
budget. »» Perda de 0,25 - 0,5% de 0,5 - 1,0% do
especificação.
do budget. budget.
»» Pequena perda. »» Reivindicações
»» Perda de contrato/
abaixo de »» Reivindicação entre »» Reivindicação
»» Risco de pagamento baseado
25.300. 25.300 - 253.000. entre 253.000 - e
reivindicação em resultados.
2.530.000.
mínima. »» Perda financeira »» Perda financeira de
Financeiro »» Reinvindicações
de pequena média proporção, »» Perda financeira de
»» Perda financeira acima de 2.530.000.
proporção, relacionada a grande proporção,
insignificante, sem
danos às atividades
relacionada a equipamento, relacionada a »» Perda financeira de
equipamento, instalação ou material equipamento, grande proporção,
(até R$500,00).
instalação médico instalação ou relacionada a
ou material (até R$50.000,00). material médico equipamento,
médico (até (maior que instalação ou material
R$10.000,00). R$1.000.000,00). médico (maior que
R$200.000,00).
86
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
»» Cobertura da
mídia local.
»» Curto prazo para »» Cobertura da mídia
reestabelecimento local. »» Cobertura nacional »» Cobertura nacional
»» Rumores potenciais
da confiança do da Mídia com da Mídia com mais
Imagem para interesse
público. »» Longo prazo para menos de três dias de três dias de
publico. reestabelecimento da de exposição. exposição.
»» Meios de confiança do público.
especulação
pública não foram
atingidos.
Fonte: Adaptação das escalas: Clinical Risk Management Guidelines for the Western Australian Health System- 2009 e A risk
matrix for a risk manager of NHS -2007.
Pergunte: Empreender
Nível de análise Perguntas Achados Causa raiz?
por que? uma ação?
Quais são os
O que
Evento Sentinela detalhes? (Breve
aconteceu? descrição)
Quando o evento
ocorreu? (Data, dia
O que da semana, horário)
Evento Sentinela
aconteceu?
Qual área/serviço foi
afetada (o)
Quais são as
etapas do
processo,
Por que isso
conforme ele foi
aconteceu?
desenhado (fazer
um diagrama de
fluxo pode ser útil)
87
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Quais são os
fatores mais
proximais? Que etapas
(Tipicamente estiveram envolvidas
são as (ou contribuíram)
“causas para o evento?
especiais de
variação”)
88
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
89
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Em que
medida a
Por que isso
prevenção
aconteceu? Clara
de resultados
Que sistemas comunicação
adversos é
e processos das
veiculada
estão prioridades
como alta
subordinados
prioridade?
àqueles
Como?
fatores
proximais? O que pode ser feito
Fatores para a proteção
incontroláveis contra estes fatores
incontroláveis?
Causa-Raiz /
Medidas de
Oportunidade Estratégias para redução do risco Prazo Responsável
Efetividade
e Melhoria
A HFMEA é uma ferramenta que permite avaliar de modo sistemático os pontos críticos
nos processos, classificando-os pela severidade dos efeitos potenciais de suas falhas e
pela probabilidade de ocorrência, permitindo priorizar os riscos a serem controlados.
Para a sua aplicação, forma-se uma equipe, mapeia-se o processo, faz-se a análise de
risco e depois avaliam-se os modos de falha a eles relacionados.
90
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
tempo necessário para aplicação da ferramenta pode tornar-se uma limitação para
o uso dos profissionais na prática diária da gestão, pois envolve várias reuniões para
determinação e classificação dos modos de falha e suas causas potenciais.
Quando usar?
Método utilizado para prevenir erros pela tentativa de identificar todas as maneiras que
um processo ou subprocesso pode falhar, ou seja, os seus modos de falha, estimando
a probabilidade de sua ocorrência e, então, tomando medidas para evitar que elas
ocorram.
Modo de falha: “Um modo de falha é definido como sendo toda e qualquer falha que
seja inerente a um equipamento ou componente, e que resulte em uma perda funcional
sobre o sistema ou um subsistema”.
Vantagens
91
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Etapa 1 – Selecionar o
processo de alto risco
e formar a equipe
Etapa 8 –
Estapa 2 – Descrever
Implantaçao e
graficamente o
monitoramento do
processo
processo novo
Etapas do HFMEA
Etapa 7 – Análise e Etapa 3 – Identificar
teste do processo os modos de falha e
novo os seus efeitos
Etapa 5 Identificar
a causa raiz do
modos de falha
São priorizados os processos com a maior propensão a falhas que coloquem em risco
as pessoas atendidas pela instituição, pode ser um processo novo ou modificado em
função da ocorrência de um evento sentinela ou uma variação significativa e repentina
de um resultado.
Os processos de alto risco podem ter uma ou mais das seguintes características
que ajudam na sua identificação: variabilidade na entrada; complexidade; falta de
padronização; etapas estreitamente acopladas sem margem para recuperação de erros;
alta dependência de intervenção humana; inibição da comunicação e colaboração em
estruturas hierárquicas; tempo curto para realização do processo, tornando difícil a
identificação e resposta a variações; e tempo longo para realização do processo, o que
leva à perda de foco, ao tédio e à distração.
92
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
O tamanho da equipe vai depender do processo que será analisado e das áreas que ele
influência.
Nessa etapa, o processo é revisto e documentado graficamente. Cada passo deve ser
identificado e compreendido pelos membros da equipe. A equipe também deve entender
o relacionamento do processo com outros processos de cuidado.
Para ajudar na documentação, a equipe pode recorrer a uma ou mais pessoas com
conhecimento científico no processo ou seus subprocessos. Se o processo for longo e
complexo, a equipe pode achar necessário dividi-lo em subprocessos e documentá-los
separadamente.
Nessa etapa, a equipe procura identificar os modos de falha dos processos, ou seja, a
maneira particular que um processo terá falhado ou poderia falhar. Ao mesmo tempo,
são determinados os efeitos para cada modo. Efeitos, nesse caso, são os resultados do
modo de falha, o impacto de determinado modo no processo ou em parte dele.
93
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Após a equipe já reunir número razoavelmente grande de dados, utiliza-se então uma
tabela para tabulá-los.
N° HFMEA:
HFMEA
Elaborado por: Grupo HFMEA
Equipe:
Início do HFMEA Término do HFMEA
Processo: Etapa:
Causas potenciais
Efeitos potenciais
modo de falha)
Modo de falha
Ocorrência
Gravidade
Controles
Atividade
Detecção
atuais
O objetivo dessa etapa é determinar o peso de cada modo de falha na redução de eventos
adversos associados a determinado processo ou a sua ligação com outro processo, por
meio da quantificação do risco. Isso é importante para priorizar os modos de falha e
estabelecer quais merecerão uma análise aprofundada pela análise de causa-raiz na
próxima etapa. Em um processo complexo, podem ser identificados bom número
muitos modos de falha efeitos. De forma ideal, todos deveriam ser analisados quanto
à causa-raiz. Entretanto, isso poderia consumir tempo demasiadamente longo para
analisar modos de falha raros e sem gravidade, com potencial muitíssimo pequeno de
contribuir para a ocorrência de eventos adversos. Daí a necessidade de priorização.
94
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
A quantificação do risco será dada pelo Nível de Prioridade de Risco (NPR), que é baseado
na gravidade* x probabilidade** x detectabilidade***. O produto dessa operação será o
resultado do nível do risco. Pode-se, por exemplo, utilizar as quadros 19 e 20, ou outras
com a mesma função.
Quanto maior o número, mais atenção o modo de falha vai merecer, justificando a
análise das causas da sua ocorrência. Sendo assim, arbitrou-se um valor, 100, como
ponto de corte, abaixo do qual a análise do modo de falha não precisará progredir.
**Detectabilidade – É o grau em que alguma coisa, no caso o modo de falha, pode ser
percebida. A detectabilidade é atribuída para o modo de falha. Quanto mais um passo
do processo for acoplado ao outro, ou seja, quanto mais rapidamente ele segue um
ao outro, menor é a possibilidade de detecção de um modo de falha e a oportunidade
de intervenção para corrigir problemas (controles, barreiras e outros mecanismos) e
proteger o paciente.
É preciso conhecer as causas do modo de falha para identificar ações de melhoria que
permitam eliminá-las ou reduzi-las. Nesse caso, é utilizada a Análise de Causa-Raiz. O
objetivo dessa análise é orientar a escolha das melhores estratégias para a redução de
risco durante o redesenho do processo na próxima etapa. A análise consiste basicamente
em perguntar uma sequência de “por quês” para explorar cada vez mais profundamente
as causas do modo de falha e seus inter-relacionamentos. Na aplicação do método,
95
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
O desenho e o redesenho dos processos com vistas à segurança pode dar-se em três
níveis. Eliminar, sempre que possível, a oportunidade de falha; criar salvaguardas para
prevenir que a falha atinja pessoas; e mitigar os efeitos dos erros que atingem as pessoas.
Cada nível foca em um dos elementos usados para o cálculo do NPR, determinando uma
estratégia de redesenho. Assim o primeiro nível aposta na estratégia de diminuição da
probabilidade de ocorrência da falha; o segundo nível, de aumentar o grau de detecção
da falha; e o terceiro nível, de diminuir a gravidade dos efeitos da falha.
O redesenho deve ser direcionado para as características dos processos de alto risco, cada
uma dessas remete a uma abordagem diferente, sendo as mais comuns a padronização,
a simplificação, a otimização, a automação, a adoção de mecanismos a prova de falha, a
documentação, o treinamento e outras.
Para terminar essa etapa, a equipe deve elaborar um plano de ação para organizar a
implementação do redesenho, utilizando a ferramenta 5W2H, por exemplo.
O processo novo deve ser testado antes de ser aplicado em larga escala. O teste pode ser
feito “no papel”, por meio de uma simulação ou um teste-piloto.
96
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
O método prevê que a primeira pergunta, ou seja, o primeiro dos porquês, deve ser
construída utilizando o próprio problema, e deve-se responder “porque” o problema
está ocorrendo. O segundo deve ser construído utilizando a resposta do primeiro
porquê, e assim sucessivamente, até que se tenha alcançado a causa-raiz do problema.
Descrição simplificada dos cinco passos que devem ser dados para aplicar o método:
97
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
1. Continue perguntando “por que” até que não se possa mais perguntar
mais porquês.
Para análise dos 5 porquês, embora seja denominada assim, pode-se utilizar menos
(três por exemplo) ou mais porquês, de acordo com a necessidade, até encontrar a
causa-raiz.
Esse método, de aparência fácil, pode ser difícil de ser praticado, porque requer
disciplina lógica do moderador e da equipe para que as relações de causa e efeito sejam
respeitadas na construção da análise. Caso essas relações se percam, a análise pode
ficar sem sentido.
Com a abordagem dos 5 Porquês é possível investigar mais a fundo o problema para
que, ao encontrar a sua raiz, este possa ser corrigido. Para cada causa associada ao “por
que” respondido, deve ser evidenciado que realmente a causa é real, e não apenas uma
hipótese ou suposição dos investigadores. Em outras palavras, para cada causa descrita
em cada um dos porquês, evidências que provem que a resposta é verdadeira devem ser
coletadas.
5 Porquês
3º Porquê
2º Porquê 4º Porquê 5º Porquê
1º Porquê Por que isto
Por que isto [resposta (Por que isto [resposta Por que isto [resposta
(Por que esta causa está [resposta do 2º
do 1º porquê] está do 3º porquê] está do 4º porquê] está
contecendo? porquê] está
acontecendo acontecendo) acontecendo?
acontecendo
Causa Raiz
98
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
D – Desenho (Design)
E – Equipamento (Equipment)
99
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
P – Procedimento (Procedures)
100
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
O – Operadores (Operators)
Os fatores psicológicos, incluindo frustração, ansiedade, tédio e estresse, são fatores que
não podem ser negligenciados na investigação pela metodologia Depose, assim como
os fatores fisiológicos, como fadiga, privação do sono ou uso de substâncias psicoativas,
incluindo álcool e drogas.
S – Suprimentos (Supplies)
101
UNIDADE II │ FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO
Ambiente (Environment)
Deve ser dispensada especial atenção à presença de barulho ou calor excessivo, eventuais
ou permanentes que podem ser agravados pela falta de planejamento de obras, reformas,
manutenção de infraestrutura, e outras condições em que o profissional é submetido,
como a agitação do setor e os estímulos visuais.
102
FERRAMENTAS DA QUALIDADE E DO RISCO │ UNIDADE II
P – Procedure/ Procedimento
Identificados problemas no desenho do procedimento/política; falta previsão de barreiras (dupla checagem, lista de verificação);
falta de procedimento; procedimento errado/desatualizado; uso inadequado/falha na interpretação do procedimento/política?
O – Operators/Operadores
Identificados problemas de capacitação/conhecimento/ habilidade do(s) profissional (ais); fatores psicológicos (estresse; tédio,
frustação, ansiedade, desconhecimento); fisiológicos (sono, fadiga, álcool, drogas); quadro insuficiente, desconhecimento do
procedimento/ equipamento; lapsos de atenção, memória; falha de planejamento ou na resolução de problemas; falha de
comunicação; violação?
S – Supplies/ Suprimentos
Identificados problemas no desenho dos suprimentos/medicamentos; faltam barreiras pré-uso (dupla checagem, lista de
verificação) houve sobre/subuso de recursos; falta de suprimento/medicamento; suprimento/ errado/improprio; uso inadequado?
E – Environment/Ambiente
Gerenciamento, falhas de infraestrutura, falta de manutenção; falta de planejamento (obras, reformas, novas instalações), falha na
previsão; barulho, agitação, calor, estímulos visuais; falha de procedimento relacionado ao ambiente.
103
PROTOCOLOS UNIDADE III
CAPÍTULO 1
A importância do uso de protocolos
104
PROTOCOLOS │ UNIDADE III
Quanto à sua natureza, podem ser clínicos e/ou de organização dos serviços. Protocolos
clínicos são instrumentos direcionadores da atenção à saúde dos usuários, apresentando
características voltadas para a clínica, as ações preventivas, promocionais e educativas;
e são recomendações desenvolvidas sistematicamente para auxiliar os médicos ou
profissionais de saúde a tomar decisões sobre tratamentos apropriados para condições
clínicas específicas.
Algumas vezes, os protocolos são demandados pelos gestores e profissionais dos serviços
de saúde, a partir de problemas concretos do dia a dia, como eventos adversos. Em outras
situações, podem resultar de diretrizes que signifiquem a orientação política do SUS
em cada local e a cada momento. Assim, os protocolos podem ser instrumentos muito
úteis na organização do processo de trabalho e na resolubilidade das ações no âmbito
das unidades de saúde. Porém, é importante lembrar que, embora útil e necessário, o
emprego de protocolos apresenta limites, pois pode restringir-se a atos e procedimentos
preestabelecidos e não responder às reais demandas clínicas em diferentes situações
(WERNECK, 2009). Por isso as adaptações institucionais são necessárias.
Outras vantagens têm sido apontadas para o uso de protocolos de assistência, tais
como: maior segurança aos usuários e profissionais, redução da variabilidade de
ações de cuidado, melhora na qualificação dos profissionais para a tomada de decisão
assistencial, facilidade para a incorporação de novas tecnologias, inovação do cuidado,
uso mais racional dos recursos disponíveis e maior transparência e controle dos custos.
Ainda como vantagens, protocolos facilitam o desenvolvimento de indicadores de
processo e de resultados, a disseminação de conhecimento, a comunicação profissional
e a coordenação do cuidado.
105
UNIDADE III │ PROTOCOLOS
»» a organização do trabalho;
»» os fluxos administrativos;
106
PROTOCOLOS │ UNIDADE III
A revisão de literatura, entendida como busca e análise crítica das publicações, é etapa
estratégica na elaboração de protocolos. Encontrar as melhores evidências sobre o
assunto proposto será fundamental para a construção de protocolos consistentes.
107
CAPÍTULO 2
Implantação de protocolos
Início: identificação do
problema/seleção de evidências
Logo, o primeiro passo para a implantação dos novos protocolos é a definir a pergunta.
Uma dúvida clínica é transformada em uma pergunta clara e distinta.
O segundo passo é a busca das evidências. Há extensa literatura científica, porém
os estudos podem apresentar metodologia pouco confiável. Utilizam-se, então, as
108
PROTOCOLOS │ UNIDADE III
Elaboração do protocolo
Ao se elaborar um protocolo, considerar alguns itens importantes:
109
UNIDADE III │ PROTOCOLOS
Grau de
Características
recomendação
110
PROTOCOLOS │ UNIDADE III
No
1 2 3 4 5 6 7
Lowest Highest possible
possible quality quality
4. Integrar as interfaces.
111
UNIDADE III │ PROTOCOLOS
Avaliar e aprimorar
Criar cultura e clima
o sistema
adequados
Analisar
Identificação dos pontos críticos
Coletar e processar
Estabelecer as os dados e
interações resultados
Normatizar as
Identificar e
melhores práticas
controlar os riscos
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INDICADORES UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
A importância do uso de indicadores
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UNIDADE IV │ INDICADORES
Tipos de indicadores
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UNIDADE IV │ INDICADORES
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CAPÍTULO 2
Construção de indicadores
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UNIDADE IV │ INDICADORES
Consequentemente, com essas definições, ficará mais fácil definir quais estruturas,
processos e resultados devem ser medidos.
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Um indicador pode ser uma taxa ou um coeficiente, um índice, uma razão, proporção,
incidência, prevalência, um número absoluto ou um fato.
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INDICADORES │ UNIDADE IV
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UNIDADE IV │ INDICADORES
Definição de metas
Os indicadores são definidos para quantificar os resultados das ações e para estabelecer
e valorar o cumprimento dos objetivos específicos e das metas, diante da natureza e
especificidade do processo. Para todos os principais indicadores, devem ser estabelecidas
metas desafiadoras, porém possíveis de serem alcançadas.
As metas e os objetivos também devem ser coerentes e realísticos, diante das estratégias,
do potencial da organização, dos investimentos e das medidas adotadas; exequíveis,
diante da natureza do processo; desafiadores, diante do comprometimento e da visão
empreendedora dos colaboradores e gestores; comparáveis com os mercados, de outros
processos, ou de outras organizações, concorrentes ou não.
A meta do indicador é o valor que será trabalhado no momento, devendo ser revisto
e alterado periodicamente, visando alcançar um objetivo. Já o objetivo é algo macro,
que se pretende alcançar com o tempo e com as melhorias implantadas nos processos.
Normalmente, as metas são estabelecidas com base em série histórica (tendência),
literatura e benchmark.
O PDCA é o caminho para atingir as metas. Se você não atingiu a sua meta, é sinal
de que o plano de ação foi insuficiente e que é preciso um plano complementar
para que se refaça o ciclo PDCA.
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INDICADORES │ UNIDADE IV
Validação do indicador
O processo de validação visa examinar e certificar a confiabilidade, a rastreabilidade e a
qualidade das informações que serão utilizadas para a tomada de decisão, determinadas
na definição dos indicadores e estabelecidas nas fichas técnicas.
Análise do indicador
A situação de um indicador, de forma pontual, num dado momento, dificilmente
oferecerá informações relevantes para os processos decisórios; para avaliar e julgar a
evolução do indicador é preciso ter parâmetros e observar. Os indicadores auxiliam,
com base em dados, conhecer a real situação dos processos nos aspectos ou dimensões
que se busca aperfeiçoar, favorecendo o diagnóstico das deficiências para sua mitigação:
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UNIDADE IV │ INDICADORES
Divulgação do indicador
A comunicação é um fator preponderante para o envolvimento e engajamento das
equipes em relação ao que se pretende alcançar. O alinhamento de conhecimentos gera
sinergia e um senso comum de atuação, mantendo o ritmo de atuação na busca do
melhor desempenho.
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INDICADORES │ UNIDADE IV
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Referências
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
NBR ISO 31010: 2012. Gestão de riscos: técnicas para o processo de avaliação de
riscos.
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REFERÊNCIAS
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