Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
no Processamento de Alimentos
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
CONTROLE DE QUALIDADE................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
CONCEITOS GERAIS DA QUALIDADE E CONTROLE DE QUALIDADE (CQ).................................. 14
CAPÍTULO 2
FERRAMENTAS DA QUALIDADE NO PROCESSO DE PRODUÇÃO................................................ 18
CAPÍTULO 3
QUALIDADE NOS LABORATÓRIOS E NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA................................................ 27
UNIDADE II
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS.............................................................................................................. 45
CAPÍTULO 1
AMOSTRAGEM E PREPARO DE MATERIAIS................................................................................. 46
CAPÍTULO 2
COMPOSIÇÃO CENTESIMAL.................................................................................................... 51
CAPÍTULO 3
DENSIDADE, COLORIMETRIA, REFRATOMETRIA E TITULOMETRIA.................................................. 67
CAPÍTULO 4
CROMATOGRAFIA E ESPECTROFOTOMETRIA............................................................................ 75
CAPÍTULO 5
GRANULOMETRIA E MATÉRIAS ESTRANHAS NOS ALIMENTOS...................................................... 82
UNIDADE III
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS.............................................................................................................. 90
CAPÍTULO 1
IMPORTÂNCIA DOS MICRO-ORGANISMOS NOS ALIMENTOS.................................................... 92
CAPÍTULO 2
MICRO-ORGANISMOS INDICADORES E PATOGÊNICOS.......................................................... 103
CAPÍTULO 3
CONTAGEM DE BOLORES E LEVEDURAS................................................................................ 108
CAPÍTULO 4
CONTAGEM DE COLIFORMES TOTAIS, TERMOTOLERANTES E ESCHERICHIA COLI..................... 110
CAPÍTULO 5
CONTAGEM DE BACILLUS CEREUS......................................................................................... 118
CAPÍTULO 6
CONTAGEM DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS......................................................................... 122
UNIDADE IV
ANÁLISES SENSORIAIS......................................................................................................................... 125
CAPÍTULO 1
CONCEITOS DE ANÁLISE SENSORIAL: CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS...................................... 127
CAPÍTULO 2
RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E TREINAMENTO DE JULGADORES................................................ 131
CAPÍTULO 3
TESTES DISCRIMINATIVOS....................................................................................................... 135
CAPÍTULO 4
TESTES SENSORIAIS DESCRITIVOS............................................................................................ 142
CAPÍTULO 5
MÉTODOS AFETIVOS: TESTES DE PREFERÊNCIA E ACEITAÇÃO.................................................. 145
UNIDADE V
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS............................................................................................... 150
CAPÍTULO 1
QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA NA CADEIA PRODUTIVA DOS ALIMENTOS........................... 151
CAPÍTULO 2
NORMAS DE QUALIDADE: ISSO 9000; 90001; 14000 E 22000............................................... 155
CAPÍTULO 3
SISTEMAS DE CERTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE................................................................... 161
CAPÍTULO 4
LEGISLAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL PARA ALIMENTOS........................................................ 171
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 175
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
No século XIX o uso e a execução verdadeira da qualidade total pelos
administradores eram somente instrumentos básicos de monitoramento nos
procedimentos e utilizados comummente nas indústrias. Na atividade real,
eram uma ação básica realizada por coordenadores e gestores de indústrias
sobre as etapas do processo produtivo. Naquela época, os produtos não tinha
um controle e monitoramento tão rígido em relação aos manuseios técnicos e
a ação estava mais voltada sobre os funcionários. Assim, o aspecto “qualidade”
era considerado de fácil implantação e as definições eram muito falhas. Nessa
visão de antigamente, era comum eles divulgarem um determinado produto aos
clientes com um kit de manutenção agregado.
8
eram considerados de “má qualidade” e a indústria japonesa, para conseguir
se manter forte em relação aos seus concorrentes no mercado internacional,
necessitava entregar produtos bons e com qualidade.
Objetivos
» Transmitir conceitos básicos de gestão da qualidade e qualidade total, as
principais abordagens e os modelos de gestão da qualidade.
9
10
CONTROLE DE UNIDADE I
QUALIDADE
11
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
TQCCW
TQC
Estatística
Supervisor
Operador
12
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
O Japão, a partir daí, começou sua revolução gerencial em silêncio, o que ia contra,
em estilo, porém acontecia concomitantemente à revolução tecnológica barulhenta
do Ocidente, e chegou a se confundir com uma revolução cultural. Essa alteração
quieta de postura gerencial propiciou ao Japão o bom resultado atingido e que
usufrui até atualmente como potência mundial. A etapa pós-guerra proporcionou
ainda mensurações novas a organização das instituições. Com base na não
compatibilidade entre seus produtos e as necessidades do mercado, elas
adotaram um planejamento estratégico, pois demonstrava uma preocupação
com o local externo às instituições. A crise dos anos 1970 ressaltou naquela
época a relevância da distribuição de conteúdos informativos. Variantes sobre
informação, socioculturais e políticas tornaram-se importantíssimas e deram
início a modificações no modelo gerencial.
13
CAPÍTULO 1
Conceitos gerais da Qualidade e
Controle de Qualidade (CQ)
» Durabilidade.
» Confiabilidade.
» Precisão.
» Facilidade de operação.
» Manutenção.
14
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
Todos esses assuntos podem ser visualizados nas ISOs que são exigências dos
consumidores locais, e principalmente dos internacionais. A ISO 9001, que
se consiste no sistema de gestão da qualidade, exige que haja na empresa um
sistema de gerenciamento de qualidade que englobe toda a empresa, desde a
alta direção até o colaborador cuja atividade seja mais simples. Para o meio
ambiente, há também uma norma, que é a ISO 14001, a qual define um sistema
de gestão ambiental. Falaremos mais detalhadamente das normativas no
Capítulo 2 da Unidade V desta apostila.
» Qualidade intrínseca.
» Custo.
15
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
» Atendimento.
» Moralidade.
» Segurança.
» Ética.
16
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
a instituição, sendo ela nas pessoas, nos setores, nos sistemas, na venda, no
atendimento e na assistência pós-venda.
Figura 2. Qualidade.
Qualidade
Atributo
Gestão
indivídual
17
CAPÍTULO 2
Ferramentas da qualidade no processo
de produção
Duas décadas atrás a qualidade era vista como um diferencial para as organizações.
As que possuíam qualidade predominavam e comandavam o mercado à frente das
demais concorrentes com qualidade inferior, que buscavam bastante aumentar
e melhorar suas características para permanecerem competindo nesse mercado.
Com a globalização, a concorrência ficou cada vez mais disputada. Ela deixou de
ser apenas local e se transformou mundialmente. A concorrente não fica mais
somente na esquina. A concorrente está em todas as partes do mundo.
Diagrama de Ishikawa
18
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
EFEITO
As causas de uma falha podem ser unidas por meio da definição dos 6M, como
relutância de problemas em materiais, métodos, mão de obra, máquinas, meio
ambiente e medidas. A utilização dos 6M pode auxiliar a encontrar as causas
de um problema ocorrido e proporcionar uma estrutura inicial para melhorar o
raciocínio na sua avaliação.
Folhas de verificação
19
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
EFEITO
Diagrama de Pareto
O Diagrama de Pareto objetiva expor a relevância de todas as condições, com
o intuito de selecionar a etapa de início para a resolução da falha ocorrida,
demonstrar a causa básica do problema e acompanhar sua evolução. Velfredo
Pareto foi um economista italiano que chegou à conclusão de que a riqueza não
era uniforme entre todos. Ele avaliou que cerca de 20% do povo detinha 80%
da riqueza, elaborando uma situação de distribuição desigual. Os diagramas de
Pareto podem ser utilizados para mostrar falhas mais relevantes por meio da
sua intuição de divergentes aspectos de mensuração, como frequência ou custo.
Histograma
O histograma constitui uma ferramenta de espalhamento de informações por
meio de um gráfico de barras que indica a quantidade de unidades em cada
grupo formado. Um histograma é, basicamente, um gráfico de demonstração de
uma variedade de conteúdos informativos.
Diagrama de dispersão
O diagrama de dispersão indica o acontecimento, utilizando uma variável
quando a outra é alterada, para testar prováveis ligações de causa e efeito.
Cartas de controle
A utilização das cartas de controle é baseada nas tendências dos aspectos
de visualização em um determinado período. Os limites de monitoramento
são calculados com base em fórmulas simples de informações levantadas no
20
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
processo. As cartas de controle podem trabalhar tanto com dados por variável
(mensuráveis) como com dados por atributo (discretos).
100%
80%
60%
40%
20%
0%
A B C D E F
Tipos de defeitos
Fonte: adaptado de https://qualidadeonline.wordpress.com/2009/11/04/dicas-de-qualidade-diagrama-de-pareto-ishikawa-e-
5w1h/. Acesso em: 23 jun. 2020.
Brainstorming
O brainstorming, denominado também de tempestade de pensamentos, tem
o objetivo de facilitar a elaboração de resoluções originais e constitui-se de
duas etapas primordiais; a fabricação de pensamentos seguida da verificação
dos pensamentos sugeridos. Apresenta como finalidade inicial o julgamento
antecipado. Com isso, colabora para a criação de ideias, a utilização da
imaginação e a quebra de barreiras mentais. Desse modo, fica conhecido como
um liberador da criatividade por não haver ocorrências alógicas. O intuito
fundamental é elaborar uma grande quantidade de pensamentos prováveis
em relação a uma dificuldade específica e necessariamente real. A dificuldade
deverá ser simples e, se inserida a uma questão complexa, esta deverá ser
decomposta. Sendo assim, poderá ser aplicado o brainstorming a cada uma
das partes. Essa ferramenta é bastante aplicada para encontrar soluções
para problemas e oportunidades em potencial, para o aperfeiçoamento da
qualidade.
21
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
Ciclo PDCA
O ciclo PDCA consiste em uma ferramenta que orienta de modo eficaz a aplicação
de uma certa atividade. É visto como uma definição de aperfeiçoamento
constante, implicando, literalmente, um processo sem fim. O ciclo PDCA
também é chamado por ciclo de Deming, devido à homenagem ao famoso “guru”
da qualidade. O ciclo tem início por meio da etapa P, que significa planejar,
englobando a análise da atual técnica ou do problema a ser pesquisado, e
envolve a caracterização da necessidade, a averiguação, a determinação dos
objetivos e o estabelecimento da técnica, criando um plano de ação em que se
usa a ferramenta 5W2H.
Planejar
Checar
22
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
Por quê?
Como? Onde? Quem?
Programa 5S
O Programa 5S foi idealizado por Kaoru Ishikawa no ano de 1950, no Japão,
logo após a Segunda Guerra, e muito provavelmente insuflado na precisão
que tinha de sequenciar o enorme conflito que se estabeleceu no país após a
guerra. As consequências indicadas pelo programa foram bem positivas e
eficazes na organização das empresas, e continua até hoje sendo considerado
como a principal ferramenta de gestão no Japão e em diversos lugares do
mundo. A gestão da qualidade é essencial para se afirmar o modo de trabalho
de uma instituição e para realizar o monitoramento de trabalhos, comunicação,
informação e formalização de processos. A finalidade principal é oferecer
serviços com qualidade e eficiência para a plena satisfação do consumidor.
Então, foi a partir disso que o Programa dos 5S passou a ser uma das principais
ferramentas dentre as muitas existentes utilizadas na aplicação do Sistema
da Qualidade Total em uma instituição. O Programa 5S pode ser inserido
23
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
Figura 8. 5S.
Seiton Seiso
Ordenação Limpeza
24
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
Neste senso, organizar quer dizer “dividir o que é realmente necessário do que
não é necessário”. Posterior a essa divisão inicial, precisa-se destinar para
outro lugar apropriado tudo o que foi selecionado como não necessário para
aquele determinado ambiente. O Senso de Utilização aconselha que além de
categorizar os excessos e desperdícios, também devemos classificar “o porquê
do excesso”, para que este não aconteça novamente.
25
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
26
CAPÍTULO 3
Qualidade nos laboratórios e na
indústria alimentícia
27
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
28
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
dessa qualidade precisa ser de uma pessoa ou setor para garantir a obtenção
consistente de produtos satisfatórios a um custo mínimo.
Programas da qualidade
29
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
» Exclusão.
» Remoção.
» Inibição.
30
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
» Fábrica e imediações.
» Pessoal.
» Limpeza e sanitização.
» Equipamentos e utensílios.
» Processos e controles.
» Armazenamento e distribuição.
31
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
32
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
» Potabilidade da água.
33
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
» Agentes tóxicos.
34
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
35
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
Passo 1
Passo 2
36
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
Passo 3
Passo 4
Passo 5
Princípio 1
Princípio 2
Determinação dos Pontos Críticos de Controle (PCC): esse processo é feito por
meio da árvore de decisão. Precisamos lembrar que, se houver um perigo em
que o combate é necessário e não houver nenhuma ação provável de controle,
precisa-se alterar o produto ou redesenhar esse princípio, com o intuito de
37
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
Princípio 3
Princípio 4
Princípio 5
Princípio 6
Princípio 7
38
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
39
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
Análise de perigos
Identificação de potenciais riscos de contaminação do alimento.
Identificação de medidads para controlar e regular estes perigos.
40
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
42
CONTROLE DE QUALIDADE │ UNIDADE I
Auditorias internas
É obrigatória a realização de auditorias internas para o atingimento das
normativas da qualidade. Para sua realização, é preciso formar um grupo
de auditores, liderada por um auditor-líder, que possui função de avaliar e
monitorar todas as fases da auditoria e também deve participar da seleção dos
outros elementos do grupo auditor, preparar o plano de auditoria, representar o
grupo de auditoria juntamente à gerência da qualidade e apresentar o relatório
da auditoria. É de responsabilidade do grupo de auditores:
» Relatar os resultados.
43
UNIDADE I │ CONTROLE DE QUALIDADE
O controle de qualidade interno pode ser feito por meio de análises duplicadas,
ensaios usando conteúdos de referência, relações interlaboratoriais,
repetições da análise e amostra cega. Quanto ao controle de qualidade
externo, pode-se apresentar análises de proficiência, que têm os
benefícios de averiguar a capacidade técnica, a performance dos métodos,
os reagentes e aparelhos, a tomadas de decisões corretivas etc.
44
ANÁLISES FÍSICAS E UNIDADE II
QUÍMICAS
45
CAPÍTULO 1
Amostragem e preparo de materiais
Inspeção da amostra
46
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Amostras sólidas
Para as amostras que são sólidas, como farinhas e grãos, deve-se homogeneizar
a amostra, balançando a embalagem antes ou após a abertura. Para carnes,
é necessário dividir os ossos, pele ou couro e destacar estas informações
sobre as propriedades da amostra que está sendo manipulada, para posterior
ensaio dos resultados. Para peixes e frutos do mar, é necessário remover os
elementos não comestíveis, como as espinhos.
Amostras líquidas
Já para as amostras que são líquidas, deve-se, para homogeneizá-las,
balançar bem a embalagem antes de sua remoção da embalagem original.
47
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
a b
Figura 12. Etapas do quarteamento manual de uma amostra sólida: (a) espalhamento da amostra em papel
filtro, formando um quadrado/retângulo, (b) separação em quatro partes em forma de cruz, e (c) devolução de
a) b) c)
A B B
C D C
48
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
A B E F
C D G H
REJEITADOS REJEITADOS
» Evaporar em banho-maria.
50
CAPÍTULO 2
Composição centesimal
Composição centesimal
Denominamos de composição centesimal de um alimento a relação em que
surgem, em 100 g de um certo alimento, as congregações homogêneas que o
constituem. A composição centesimal de um alimento abrange o modo simples
do valor nutritivo ou valor calórico, assim como a parte de elementos em que
aparecem, em 100g de produto considerado, parte que se é comestível do
alimento, as congregações iguais de características substanciais de um alimento.
51
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
» Proteínas (N x 6.25).
» Fibra alimentar.
52
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
A água que está presente nos alimentos pode se apresentar tanto no modo livre
quanto ligada a outro elemento químico. A água livre não se encontra ligada a
nenhuma estrutura molecular dentro da célula. Ela constitui a maior porção
de água que há nos alimentos, e a sua deliberação é relativamente fácil pela
maioria dos métodos existentes. Vejamos um dos principais procedimentos
para a determinação da umidade de um alimento.
Determinação de umidade:
53
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Figura 15. Pesagem do cadinho (a) e balança tarada após pesagem do cadinho (b).
a) b)
Fonte: IAL (2008).
100 x N
Unidade (%) =
P
Em que:
54
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
» Assegurar que o cadinho que será utilizado na análise esteja limpo, não
trincado e não rachado, para não haver interferências nos resultados.
Figura 16. Aparato para o preparo de amostras para a determinação de cinzas: (a) cadinho de porcelana, (b)
a) b) c)
Fonte: IAL (2008).
Pesagem da amostra/cadinho:
55
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Determinação:
Figura 18. Coloração de amostra após incineração em mufla para a determinação de cinzas.
56
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Fonte: https://http2.mlstatic.com/bico-bunsen-tripe-tela-com-amianto-kit-30-off-D_NQ_NP_985370-MLB27926853112_082018-F.
jpg. Acesso em: 24 jun. 2020.
57
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Não se deve deixar a amostra entrar em chamas. Caso ela pegue fogo,
deve-se inserir um prato de alumínio em cima do cadinho, para abafar e,
consequentemente, apagar o fogo. Identificar essa amostra que pegou fogo e,
se os resultados da determinação forem diferentes dos resultados das demais
amostras, repetir a análise.
100 x N
Cinzas ( % ) =
P
Em que:
58
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
59
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Determinação:
Figura 20. Sistema montado (condensador, corneta contendo a amostra e balão contendo éter) no extrator
Soxhlet.
60
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Recuperação do éter:
» Realiza-se os cálculos.
Em que:
A extração por Bligh & Dyer é feita a frio, mantendo-se a integridade dos lipídios
extraídos, o que possibilita seu uso posteriormente para qualquer finalidade;
propriedade muito atrativa para a extração de óleos de peixe, altamente
insaturados. Outra vantagem é o fato de esse método independer da umidade
da amostra (BLIGH; DYER, 1959; UNDELAND; HÄRRÖD; LINGNERT, 1998).
61
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Para uma extração eficiente pelo método de Bligh & Dyer, é essencial manter
as proporções 1:2:0,8 e 2:2:1,8 entre os volumes usados no sistema ternário de
solventes, antes e posterior à diluição, respectivamente. Esses volumes foram
determinados para amostras com 80% de umidade, sendo que mudanças na
umidade da amostra exigem a regulagem da água do sistema de solventes, de
modo a assegurar as proporções citadas. A amostra é homogeneizada com o
metanol e clorofórmio, os quais estão em uma proporção que formam somente
uma fase com a amostra. Na sequência, acrescenta-se mais clorofórmio e água,
proporcionando-se a formação de 2 fases separadas; (I) uma de clorofórmio,
contendo lipídios, e (II) uma de metanol acrescido de água, contendo tudo o
que não é lipídeo. Em seguida, isolamos a fase que possui o lipídeo, evaporando
o clorofórmio presente nela. Estipulamos o total de lipídeos pesando o obtido
(BLIGH; DYER, 1959; BRUM, 2004; CHRISTIE, 1982; PARK; ANTONIO, 2006).
Determinação:
Digestão:
62
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Destilação:
Titulação:
» Titular com solução padrão de ácido sulfúrico 0,05 mol L-1 ou solução
padrão de ácido clorídrico 0,1 mol L-1 até a viragem do indicador.
V x M x f x 0,014 x 100
Nitrogênio total ( % ) =
P
Em que:
63
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Fibra alimentar
A fibra é constituída por elementos que não são digeríveis pelo organismo humano
e animal. Esse elemento não apresenta nenhum valor nutritivo, porém auxilia
no instrumento fundamental para os movimentos peristálticos do intestino. As
fibras não se dissolvem em ácido e em base diluídos em condições específicas
(CECCHI, 2003; DAMODARAN, 2010). Nos dias de hoje, há vários procedimentos
para se realizar o ensaio de fibras, entretanto nenhuma é completamente efetiva
(CECCHI, 2003; MORETTO, 2008). Diversos laboratórios de universidades
utilizam, nas aulas práticas, as técnicas de determinação de fibra bruta, obtida
por meio da extração ácida e alcalina (CECCHI, 2003).
» Após esse tempo, lavar a amostra com água quente para neutralizá-la.
Neste caso, deve-se adicionar a água quente no béquer e, com o auxílio de
um bastão de vidro, homogeneizar a amostra. A água deve ser descartada
logo em seguida em um balde para ser neutralizada.
64
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
» Refazer esse procedimento com mais 20mL de acetona álcool etílico (1:1,
v/v).
Fibra brutas ( % ) =
( A-B ) x 100
C
Em que:
65
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
66
CAPÍTULO 3
Densidade, colorimetria, refratometria e
titulometria
Densidade
A densidade é, muitas vezes, realizada em análise de alimentos que se
encontram no estado líquido. É avaliada por diversos instrumentos, sendo os
mais requisitados:
» Picnômetros.
» Brix.
» Gay-Lussac.
» Baumé.
» Quevenne.
67
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Colorimetria
A cor é um fator de suma relevância quando abordamos o tema qualidade dos
alimentos, primordialmente devido ao seu caráter visual claro de identificação
de alguma anomalia, principalmente em frutas e hortaliças, indicando o seu
valor.
68
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
69
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
A mensuração das cores dos alimentos é de suma relevância, pois nos proporciona
indicadores para medições da qualidade de alimentos crus e processados para
utilização em controle de qualidade, documentação e comunicação. Vários
programas de mensuração de cor são aplicados para medir uma elevada
variedade de alimentos, como frutas/vegetais frescos e processados, produtos
lácteos, carnes (incluindo peixes e aves), especiarias, temperos, cereais, grãos,
óleos, xaropes, açúcar e bebidas.
» Consistência da cor.
» Minimização de resíduos.
Refratometria
A refratometria consiste em um processo de refração de líquidos em uma certa
amostra de alimento. Para se mensurar a refratometria, um instrumento de
forte tecnologia é aplicado; o refratômetro. São mecanismos de muita exatidão
e que viabilizam a mensuração de índices refratométricos em soluções líquidas
(aquosas).
70
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Nesse exemplo, somente uma gota da nova solução é necessária para que o
refratômetro consiga analisar e indicar a concentração de açúcar do alimento.
Essa gota é inserida no prisma do aparelho e, ao alterar o índice de refração, a
indicação do resultado é mostrado no painel digital.
Princípio da Refração
71
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Ao viajar através de um certo método, a luz transcorre uma linha reta. Porém,
quando passa de um ambiente para outro, é refletido e desviado; a refração
ocorre. Uma vez que a luz tenha cruzado a fronteira entre os dois meios, continua
a viajar em linha reta, porém a direção não é a mesma do início. Isso se torna
perceptível quando olhamos para um lápis submerso em um copo com água;
esse é o fenômeno da refração.
Refratômetro
Como já introduzimos anteriormente, o instrumento refratômetro é bastante
aplicado em procedimentos de qualidade em indústrias alimentares, de bebidas
e medições em campo, realizando a medida instantânea de quantidades de
açúcar, sais e porcentagem alcoólica em soluções aquosas por meio do índice
de refração.
72
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Titulometria
A titulometria abrange as técnicas titulométricas ou titulometria baseadas
em processos de averiguação de quantidade de um reagente que compõe
concentração conhecida e é consumido pela substância, sendo analisada até a
total reação dele.
Titulometria volumétrica
» Titulometria de complexação:
73
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
74
CAPÍTULO 4
Cromatografia e espectrofotometria
Cromatografia
Cromatografia em coluna
75
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Tempo
Reservatório
Amostra proteica
(fase móvel)
Suporte poroso
Registrador Detector
Efluente
Coletor de frações
76
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
A mistura de proteínas é
adicionada à coluna
contendo permutadores de
cátions.
As proteínas movem-se
através da coluna em
velocidades determinadas
por suas cargas finais no
pH utilizado. Com
permutadores de cátions,
as proteínas com mais
carga final negativa
movem-se mais rápido e
eluem mais cedo
Grânulos de polímero
com grupos
funcionais
carregados
negativamente.
Cromatografia de afinidade
Este tipo de cromatografia é um das mais utilizados para purificar proteínas
recombinantes expressas em meio de cultura líquida. Esse tipo de purificação
se baseia na afinidade de ligação.
Os poros na coluna têm um grupo químico que é unido por ligação covalente
conhecida como ligante, e esse ligante deve ser específico à proteína inteira ou
a alguma parte dessa proteína. Assim que um mix de proteínas é inserido na
coluna, qualquer proteína com afinidade para esse ligante se liga aos poros, e
sua migração através da matriz é mais devagar.
77
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
A mistura de proteínas é
adicionada à coluna
contendo um ligante
covalentemente ligado
ao polímero, específico
para a proteína de
interesse.
Espectrofotometria
A espectrofotometria consiste em uma técnica de ensaio quantitativo
instrumental mais utilizado nos estudos biológicos, físicos e químicos. Refere-
se a ensaios ópticos abrangentes em mensurações de absorção de radiação
eletromagnética.
Espectrofotometria Óptica
78
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Espectrofotômetro
O espectrofotômetro consiste em um instrumento muito requisitado em
laboratórios. Seu trabalho é realizar aferições e relacionar a quantidade de luz,
ou seja, a energia radiante, absorvida por uma certa solução. Esse aparelho
é utilizado para identificar e determinar a concentração de substâncias, que
absorvem energia radiante, em um solvente, além de apresentar uma grande
diversidade de utilizações presentes em variadas áreas, tais como a química,
física bioquímica e biologia molecular. O desenvolvedor do espectrofotômetro
foi o químico americano Arnold O. Beckman, em 1940.
A mistura de
proteínas é
adicionada à coluna
que contém um
polímero com
ligações cruzadas.
As moléculas de
proteínas
separam-se por
tamanhos;
moléculas
maiores passam
mais livremente,
aparecendo nas
Grânulos de
frações iniciais.
polímero
poroso
79
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Lei de Lambert-Beer
A lei de Lambert-Beer, também denominada de lei Beer-Lambert ou lei Bouguer,
relaciona a absorção da luz, ou seja, a radiação eletromagnética em geral, às
propriedades do material pelo qual a luz passa.
Essa lei afirma que existe uma relação logarítmica entre a transmissão (ou
transmitância) T da luz através de uma substância e o produto entre o coeficiente
de absorção da substância e a distância que a luz viaja dentro da substância
(distância percorrida) L. O coeficiente de absorção pode ser escrito como
um produto entre um tamanho chamado absorbância molar do absorvente e
a concentração, C. A absorção molar está associada a transições eletrônicas,
rotativas ou vibratórias de cada espécie em consideração e pode ser vista como
uma “impressão digital” de cada espécie química. O coeficiente de absorção
também pode ser um produto entre uma seção de choque de absorção e a
densidade numérica N dos absorvedores.
80
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Cubeta
Feixe transmitido
Amostra
» Desvios químicos:
» Desvios instrumentais:
81
CAPÍTULO 5
Granulometria e matérias estranhas nos
alimentos
82
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
queijo com uma faca inteira, formiga em aveia, insetos em embalagens plásticas
perfuradas, fungos com cabelos, inseto enferrujado no pão, material estranho
com aspecto pedregoso na solução salina com cabelo de roedor adornado, frutas
cristalizadas com pedaços de barata, sintéticos de sacos de ráfia em farinha,
baguete com mofo, pão congelado, pronto para assar com amido de trigo e bolas
de gordura.
83
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Sujidades pesadas:
São as substâncias estranhas que são obtidas do produto por sedimentação. Sua
separação é baseada na diferença de densidade entre as partículas do produto e
os líquidos utilizados durante a imersão, por exemplo clorofórmio e tetracloreto
de carbono. As fezes ou fragmentos de fezes de insetos e roedores, areia, terra,
vidro e ossos podem ser descritos como sujidades pesadas.
Sujidades leves:
São partículas estranhas lipofílicas mais leves que podem ser separadas do
produto por flutuação, usando-se uma mistura líquida do tipo óleo-água.
Exemplos de sujidades leves incluem: fragmentos de insetos, insetos inteiros,
ácaros, fungos, pelos de roedores, farpas de penas e similares.
84
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
85
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
No campo
Figura 30. Principais fungos causadores de danos qualitativos e quantitativos nos grãos.
Aspergillus spp.
Visto através de lupa
estereoscópica.
86
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
No transporte ou estocagem
Figura 31. Principais insetos (Carunchos e traças de cereais) que infestam sementes armazenadas.
No processamento
87
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
Usando telas de proteção nas portas e janelas e limpeza adequada dos depósitos,
a incidência desses poluentes pode ser bastante reduzida.
Na distribuição
Pelo consumidor
88
ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS │ UNIDADE II
Em um silo, pelo menos uma parte da população de ácaros (Acarus siro) parece
migrar constantemente de superfície para piso e de superfície para superfície,
contribuindo efetivamente para a disseminação de micro-organismos,
principalmente fungos presentes no produto. Além disso, contaminam os
alimentos com exúvias, cadáveres e fezes, o que leva a alterações no paladar e
no olfato. As pessoas que manipulam produtos armazenados podem apresentar
sintomas de pele (dermatite) se entrarem em contato com os ácaros que afetam
esses produtos.
89
ANÁLISES UNIDADE III
MICROBIOLÓGICAS
Muitas técnicas e variações de diferentes métodos que podem ser utilizados para
a detecção quantitativa e qualitativa de micro-organismos em alimentos são
relatadas na literatura. No entanto, é desejável usar um método aprovado pelo
órgão regulador. Esses podem ser métodos padrão ou métodos recomendados.
Atualmente, esses métodos geralmente são divididos em métodos convencionais
e métodos rápidos.
90
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
O foco na qualidade e segurança dos alimentos diz respeito não apenas aos
consumidores, mas também aos fabricantes, aos fornecedores, aos laboratórios
de serviços de análise e à pesquisa fora do governo, pois a saúde pública está
ameaçada. Bactérias, leveduras, fungos e alguns protozoários são os micro-
organismos mais comuns nos alimentos, especialmente as bactérias. Alguns
desses micro-organismos causam degradação, enquanto outros podem impedir
o crescimento de organismos que podem causar doenças. É o que acontece
durante a fermentação, por exemplo, quando o leite é fermentado para produzir
queijo.
91
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
CAPÍTULO 1
Importância dos micro-organismos nos
alimentos
» Técnicas de cultivo.
92
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
Indústria de Alimentos
Micro-organismos
Indústria química e
farmacêutica Energia
» Putrefação:
» Fermentação:
» Rancidez:
93
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
» Entre 3000 e 1200 a.C., os judeus utilizaram o sal do Mar Morto para a
conservação de diversos alimentos.
94
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
» Produção de doenças.
» Alterações benéficas.
Deterioração microbiana
» Cor.
» Odor.
» Sabor.
» Textura.
» Aspecto.
Produção de doenças
» Infecções.
» Intoxicações.
» Toxinfecções.
95
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
» Solo e água.
» Plantas.
» Utensílios.
» Manipuladores.
» Ar e poeira.
Alterações benéficas
96
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
Alimento
Substrato para
micro-organismos
Deterioração Benefícios
Infecção
» Microbianas.
» Físicas ou mecânicas.
» Químicas.
» Bioquímicas ou enzimáticas.
» Desejáveis.
97
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Alimento
Contaminação por
micro-organismos
Alimento
contaminado
Intoxicações
Crescimento de
micro-organismos
Infecções
Alterações
Características
físicas e químicas
Deterioração
» Físicas.
» Químicas.
» Biológicas.
› Reações de Maillard.
› Maturação.
98
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
› Decomposição.
› Micro-organismos.
› Intoxicações.
Alterações
nos
alimentos
Alterações microbianas
Alterações químicas
99
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Reação de Maillard:
» Escurecimento.
» Mudanças na aparência.
Alterações desejáveis
101
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Fungos
Bactérias
Protozoários
Vírus
Agente (%)
Bactérias 87
Vírus 9
Parasitos 1
Substâncias químicas 4
102
CAPÍTULO 2
Micro-organismos indicadores e
patogênicos
» Deteriorantes.
» Patogênicos.
» Produtores de alimentos.
» Indicadores.
Alimentos semiperecíveis:
Alimentos perecíveis:
» Infecções:
103
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
» Intoxicações:
» Toxinfecções:
» Solo e água.
» Plantas.
» Utensílios.
» Manipuladores.
» Ambiente.
» Infecções.
» Intoxicações.
» Toxinfecções.
Crescimento microbiano
Influenciado
Tipo de alimento
105
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
» Acidez.
» pH.
Características Condições
inerentes ao ambientais
produto prevalentes
Fatores ou Fatores ou
parâmetros parâmetros
intrínsecos extrínsecos
106
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
» Temperatura.
» Atmosfera gasosa.
Interferem na multiplicação de
micro-organismos
107
CAPÍTULO 3
Contagem de bolores e leveduras
108
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
Figura 43. Esquema geral de análise para contagem de bolores e leveduras em placas.
10-1 10-2 10-3
Homogeneização 1mL
9mL
(H2Op)
25g de amostra
+
225ml de água 0,1mL 0,1mL 0,1mL
Peptonada (H2Op)
Plaqueamento em superfície
Colônias de leveduras
Colônias típicas de bolores
5 colônias
Observação microscópica da
morfologia das células
% de colônias confirmadas
CONTAGEM DE LEVEDURAS
CONTAGEM DE BOLORES (UFC/g) (UFC/g)
O somatório é igual à
CONTAGEM TOTAL DE BOLORES E
LEVEDURAS (UFC/g)
Fonte: adaptado de Silva et al. (2007).
109
CAPÍTULO 4
Contagem de coliformes totais,
termotolerantes e Escherichia coli
110
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
Coliformes totais
Este grupo inclui os gêneros bacterianos Escherichia, Enterobacter, Klebsiella
e Citrobacter, incluindo cerca de 20 espécies, como bactérias provenientes do
trato gastrointestinal de humanos e outros animais de sangue quente, além
de vários gêneros e tipos de bactérias que não são entéricas. Portanto, sua
enumeração em água e alimentos como indicação de contaminação é menos
representativa que a enumeração de coliformes termotolerantes ou E. coli.
Teste confirmativo para coliformes totais: o meio de cultura usado contém sais
biliares que inibem o crescimento de micro-organismos Gram-positivos e a
lactose é usada como substrato para a produção de gás a partir do coliforme.
Os tubos de Durhan mostram testes positivos à medida que a produção de gás
natural aumenta.
Coliformes termotolerantes
O conceito é o mesmo que para os coliformes totais, mas é restrita a membros
que são capazes de fermentar lactose a uma produção de gás de 24 a 48 horas a
44,5-45,5°C. Ao realizar essa análise, objetiva-se a determinação de coliformes
de origem gastrointestinal, no entanto sabe-se que cepas de Enterobacter e
Klebsiella pertencentes a esse grupo não podem ser de origem fecal (água, solo
e vegetais).
111
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Escherichia coli
Entre as bactérias conhecidas nos habitats fecais, a E. coli é a mais conhecida dos
coliformes termotolerantes e é mais facilmente distinguida dos membros não
tolerantes ao calor. Todos os outros membros do grupo têm associações suspeitas
com contaminação fecal e E. coli, e, embora também possa ser introduzido em
alimentos de fontes não resistentes ao calor, esse é de longe o indicador mais
conhecido de contaminação fecal. Sua presença em alimentos crus é vista como
um indicador direto ou indireto de contaminação fecal. A contaminação direta
ocorre durante o processamento de matérias-primas de origem animal e devido
à falta de higiene pessoal. A contaminação indireta pode ocorrer a partir de
águas poluídas e águas residuais. Nos alimentos tratados termicamente, sua
presença é vista com grande preocupação.
112
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
Homogeneização 1mL
9mL 9mL
(H2O) (H2O)
25g de amostra
+
225ml de água 1mL 1mL 1mL
Teste presuntivo
Caldo lactose
(9mL)
113
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
114
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
plasmídicos. Escherichia coli com adesão difusa (DAEC) é definida pelo padrão
de adesão difusa no teste de células HEp-2 e causa a síndrome da diarreia
aquosa em adultos e crianças.
» Salmonella spp.
» Shigella spp.
» Escherichia coli.
» Vibrio cholerae.
115
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
» Monitorar.
» Classificar.
116
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
117
CAPÍTULO 5
Contagem de Bacillus cereus
» B. anthracis e B. cereus
» B. thuringiensis
118
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
» B. mycoides e B. pseudomycoides
» B. weihenstephanensis
Métodos de análise
119
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Figura 45. Esquema geral de análise para contagem de Bacillus Cereus em placas.
10-1 10-2 10-3
Homogeneização 1mL
9mL
(H2Op)
25g de amostra
+
0,1mL 0,1mL
225ml de água 0,3mL 0,3mL 0,1mL
peptonada
(H2Op)
COLORAÇÃO DE ESPOROS
E LIPÍDIOS
INTRACELULARES
Série Bioquímica 1 Série Bioquímica 2
Agar Nutriente
Agar Nutriente TSA-Sangue
Caldo Caldo V. Caldo Caldo VP Agar
B. cereus
Lisozima Fendi 1% Nitrato Bacillus Tirozina 30ºC
30-32ºC
30ºC 3 30ºC 24-48h
35ºC 35ºC 35ºC 35ºC 35ºC 24h
dias 18-24h
48h 24h 24h 48h 72h
TESTE DE TESTE DE
CRESCIMENT ATIVIDADE
TESTE COLORAÇÃO TESTE DE
TESTE TESTE TESTE TESTE O RIZOIDE HEMOLÍTICA
RESISTÊNCIA GLUCOSE NITRATO DE CRISTAIS MOTILIDADE
VP (+) DECOMPOSIÇÃ DE TOXINAS
LISOZIMA (+) ANAERÓBICA O TIROSINA (+)
GLICOSE (+)
120
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
Figura 46. Esquema geral de análise para contagem de Bacillus Cereus pelo NMP.
10-1 10-2 10-3
Homogeneização 1mL
9mL
(H2Op)
25g de amostra
1 mL 1mL 1mL
+
225ml de água
peptonada
(H2Op)
COLORAÇÃO DE ESPOROS
E LIPÍDIOS
INTRACELULARES
Série Bioquímica 2
Série Bioquímica 1
Agar TSA-Sangue
Caldo Caldo V. Caldo Agar Nutriente Nutriente
Caldo VP Agar B. cereus
Lisozima Fendi 1% Nitrato Bacillus Tirozina 30ºC
30-32ºC
30ºC 3 30ºC 18- 24-48h
35ºC 35ºC 35ºC 35ºC 35ºC 24h
dias 24h
48h 24h 24h 48h 72h
TESTE DE TESTE DE
TESTE CRESCIMEN ATIVIDADE
TESTE COLORAÇÃO TESTE DE
GLUCOSE TESTE TESTE TESTE TO RIZOIDE HEMOLÍTICA
RESISTÊNC ANAERÓBIC DE CRISTAIS MOTILIDADE
NITRATO VP (+) DECOMPOSIÇÃ
IA LISOZIMA A
DE TOXINAS
O TIROSINA (+)
(+) GLICOSE (+)
Caldo Tripticase
de Soja (TSB)
121
CAPÍTULO 6
Contagem de Staphylococcus aureus
» Náusea.
» Vômitos.
» Cólicas.
» Prostração.
» Pressão baixa.
» Queda de temperatura.
122
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS │ UNIDADE III
Métodos de análise
A contagem de S. aureus em alimentos é realizada levando-se em consideração
três objetivos distintos:
123
UNIDADE III │ ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Figura 47. Esquema geral de análise para contagem de Staphylococcus aureus em placas.
10-1 10-2 10-3
Homogeneização 1mL
9mL
(H2Op)
25g de amostra
+
225 ml de água 0,1mL 0,1mL
0,3mL 0,3mL 0,1mL
peptonada (H2Op)
Agar Baird-Parker
(BP)
(plaqueamento
em superfície)
TESTE DE COAGULASE
1+ 2+ 3+ 4+
Tubos confirmados
CONTAGEM S. aureus UFC/g
124
ANÁLISES UNIDADE IV
SENSORIAIS
A análise sensorial é baseada nas reações das pessoas às várias sensações que
resultam de reações fisiológicas, sendo o resultado de certos estímulos, e gera a
interpretação das propriedades intrínsecas dos produtos. Para fazer isso, deve
haver contato e interação entre as partes, os indivíduos e os produtos.
Visão
No olho humano, se o sinal de luz cair na camada fotossensível (retina), causará
um fenômeno complicado, que gerará impulsos elétricos. Esses impulsos elétricos
atingem o cérebro sob a orientação do nervo óptico, gerando percepção visual e
sendo percebidos e interpretados. O olho, como fotorreceptor, pode sentir luz,
brilho, cor, forma, movimento e espaço. Quando a energia radiante da região
visível do espectro (380 a 760nm) atinge a retina, indivíduos fisiologicamente
normais percebem a cor. A cor é basicamente caracterizada por saturação ou
pureza, luminosidade ou brilho. Ao avaliar a acuidade visual de um indivíduo,
alguns testes podem ser aplicados, como o teste Munsell-Farnsworth 100 Hue.
Olfato
A membrana mucosa do nariz humano possui milhares de neurorreceptores
e o bulbo olfativo é conectado a um “banco de dados” no cérebro, que pode
armazenar o cheiro da vida de um indivíduo em um nível psicológico. No sentido
125
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
Audição
O ouvido humano tem a função de converter as ondas mecânicas fracas no ar
em estímulo neural, que é decodificado e interpretado por uma parte do cérebro
(córtex auditivo) para identificar diferentes ruídos. Para avaliar a capacidade
de discernimento de um indivíduo, certas características do produto podem ser
usadas tanto auditivas quanto táteis, como a firmeza dos pés, a crocância de
biscoitos ou batatas fritas e a crocância de maçãs, o grau de formação de espuma
das azeitonas e bebidas carbonatadas, cujo som ou ruído pode ser identificado
por mordidas quebradas entre os dentes, e pela formação de espuma nos
alimentos.
Tato
É toda a sensibilidade da pele humana. É reconhecer a forma e condição dos
corpos mediante o contato direto com a pele. Ao tocar o alimento com as mãos
ou a boca, o indivíduo pode avaliar mais facilmente sua textura do que quando
usa a visão e a audição. A textura, considerada o grau de dureza, é definida
como a força necessária para romper uma substância entre os molares (sólido)
ou entre a língua e o palato (semissólido). Para avaliar a capacidade das pessoas
de se diferenciarem, alguns produtos, com diferentes graus de dureza, podem
ser apresentados para reconhecimento, como amêndoas (duras), azeitonas
(sólidas), requeijão (mole) etc.
Gosto
Na boca, a língua é o maior órgão sensorial e é coberta por uma membrana
que cobre os mamilos, as células gustativas ou as papilas gustativas, e o corpo
126
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
Conceitos de análise sensorial:
características sensoriais
127
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
Características sensoriais
Consiste em um método subjetivo para avaliar as características sensoriais
de alimentos, bebidas e água. Esse método considera opiniões individuais ao
interpretar os efeitos de estímulos sensoriais únicos ou múltiplos, com base
nas impressões (únicas ou múltiplas) percebidas pelos órgãos sensoriais (visão,
olfato, paladar, tato e audição), e essas impressões geram uma explicação dos
atributos intrínsecos e da descrição. A maneira de definir atributos sensoriais é
descrever componentes relacionados aos atributos do produto, tais como:
Aparência
Refere-se a atributos visíveis, como aparência, cor, transparência, brilho,
opacidade, forma, tamanho, consistência, espessura, grau de efervescência
ou carbonização e características da superfície. A cor é uma propriedade que
pode causar diferentes comprimentos de onda da luz para estimular a retina,
cuja percepção é limitada a fontes de luz e deve ser avaliada com iluminação
suficiente (como a luz do dia, natural ou artificial). Cabines visuais especiais
de controle de cores são geralmente usadas na avaliação. É também definido
com maior coerência e uniformidade por intermédio de molduras cromáticas,
discos ou dicionários de cores. Ao avaliar a aparência e a cor, uma tabela com
expressões comuns pode ajudar a melhorar a designação.
Odor e aroma
O cheiro é percebido pelo órgão olfativo quando certas substâncias voláteis e o
aroma são sugados durante a degustação via retronasal. O juiz deve aproximar a
128
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
Sabor e gosto
É considerada uma experiência mista, mas um único cheiro, sabor e toque são
produzidos durante o processo de degustação. Sentindo-se principalmente por
intermédio do paladar e do olfato, também é afetado pelo toque, calor, dor e/
ou sensação motora. O juiz deve coletar uma certa quantidade da amostra, não
exagerar e continuar engolindo, tomando cuidado para não se sentir cansado.
Entre uma amostra e outra, recomenda-se enxaguar a boca com água filtrada ou
neutralizar o sabor comendo maçãs, pão ou biscoitos de manteiga. O juiz deve
evitar um sabor forte por, pelo menos, 30 minutos antes do teste e não deve
deixar o corpo desconfortável.
129
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
130
CAPÍTULO 2
Recrutamento, seleção e treinamento
de julgadores
Equipes sensoriais eficazes devem ser formadas com base em critérios específicos
que possam afetar a percepção pessoal do produto avaliado, como fisiologia
(receptores sensoriais, sistema nervoso), psicologia (relações estímulo-resposta)
e sociologia (idade, sexo, raça, hábitos alimentares). Ao selecionar as
pessoas que compõem a equipe sensorial, existem requisitos que devem ser
considerados, tais como:
131
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
132
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
Tipos de juízes
Segundo Anzaldúa-Morales (1994), os juízes são divididos em três tipos:
133
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
Seleção e treinamento
A seleção é feita para verificar a capacidade dos juízes em identificar diferenças
do produto. Essa seleção pode ser feita de duas maneiras, seja por soluções
químicas representativas dos quatro gostos básicos (doce, salgado, azedo e
amargo), determinando os limites mínimos de detecção ou por identificação,
ou seja, usando o produto a ser examinado.
134
CAPÍTULO 3
Testes discriminativos
» Iluminação.
» Temperatura.
135
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
Você está recebendo três amostras codificadas, sendo duas iguais e uma diferente. Identifique com um círculo a amostra diferente:
Comentários:
Fonte: adaptado de ABNT, NBR 12995 (1993).
136
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
Você está recebendo uma amostra padrão (P) e duas amostras codificadas. Uma das amostras codificadas é igual ao padrão. Faça um círculo nessa
amostra:
____________ ____________ ____________
Comentários:
Fonte: adaptado de ABNT, NBR 13169 (1994).
Esse teste pode ser usado para pré-seleção em um grande número de amostras.
Uma série de três ou mais amostras codificadas aleatoriamente é apresentada
ao juiz em ordem crescente ou decrescente da força de um atributo particular
ou preferido.
Você está recebendo quatro amostras codificadas. Avalie cada uma, colocando-as em ordem crescente da intensidade do atributo específico.
Comentários:
Fonte: adaptado de ABNT, NBR 13170 (1994).
137
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
entre as amostras. Se a diferença entre a soma das ordens for maior ou igual
ao valor da lista pré-definida, você poderá concluir que há uma diferença
significativa entre as amostras no nível de significância correspondente.
A quantidade de juízes deve ser de, pelo menos, cinco especialistas ou quinze
juízes selecionados. Para testes de preferência de laboratório, use 30 ou mais
juízes, e, para testes de consumidor, use 100 ou mais juízes. As amostras devem
ser apresentadas de maneira equilibrada ou aleatória.
Você está recebendo duas amostras codificadas. Uma amostra codificada é mais intensa no atributo (especificar). Identifique-a com um círculo.
____________ ____________
Comentários:
Fonte: adaptado de ABNT, NBR 13088 (1994).
138
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
O juiz deve ser informado de que uma das amostras pode corresponder ao
controle. O resultado é interpretado por meio de análise de variância e um teste
de comparação de médias múltiplas. Se houver interesse em comparar a amostra
de teste com a amostra de controle, o teste apropriado é o de Dunnett; unilateral
ou bilateral. O número de juízes deve ser de, pelo menos, 7 ou 15 especialistas.
As amostras são geralmente apresentadas em um desenho de bloco completo
balanceado ou aleatório.
A escala ordinal especifica categorias como uma sequência ordenada, mas não
indica o tamanho das diferenças entre categorias, sendo usada para testes de
139
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
Você está recebendo uma amostra-controle (C) e três amostras codificadas. Compare cada uma com o controle quanto ao atributo (especificar).
Expresse o valor da diferença utilizando a escala abaixo:
1 2 3 4 5
valor
_________ _________
_________ _________
140
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
Comentários:
141
CAPÍTULO 4
Testes sensoriais descritivos
142
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
143
UNIDADE II │ ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS
144
CAPÍTULO 5
Métodos afetivos: testes de preferência
e aceitação
» Preferência (escolha).
» Aceitação (categoria).
145
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
____________ ____________
Comentários:
Fonte: adaptado de ABNT, NBR 13088 (1994).
Tabela 12. Modelo de escala hedônica (estruturada verbal, numérica, bipolar, nove pontos).
146
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
Tabela 13. Modelo de escala do ideal (estruturada verbal, numérica, cinco pontos).
147
UNIDADE IV │ ANÁLISES SENSORIAIS
Tabela 14. Modelo de escala de atitude ou de intenção (estruturada verbal, numérica, bipolar, sete pontos).
Hoje, a análise sensorial pode ser usada para diferentes propósitos, como, por
exemplo, para determinar padrões, estabelecer padrões de qualidade e padrões
de referência, para que matérias-primas, ingredientes e produtos finais possam
ser classificados e avaliados. Outra aplicação importante está no controle de
qualidade da produção industrial, cujo objetivo é manter as características
comerciais do produto e atender às necessidades dos consumidores. A análise
sensorial também desempenha um papel importante no desenvolvimento de
novos produtos.
148
ANÁLISES SENSORIAIS │ UNIDADE IV
149
HIGIENE E LEGISLAÇÃO UNIDADE V
DE ALIMENTOS
A relação entre alimentação, nutrição e saúde tem recebido mais atenção nas
últimas décadas. Nesse contexto, o gerenciamento da qualidade dos alimentos
está se tornando cada vez mais exigente e requer atualização constante, seja
por meio de novas tecnologias, proteção ambiental ou cumprimento de nova
legislação e pelos perigos associados à cadeia alimentar, e buscam controles
alternativos para garantir a segurança do consumidor. Os processos de higiene
adequados desempenham um papel importante na indústria de alimentos
quando se trata de aspectos econômicos e comerciais. A produção de alimentos,
de acordo com os padrões relevantes de controle de qualidade, permite cobrir
os custos de produção e atender aos desejos dos consumidores.
150
No entanto, conhecer a lei é um dos pré-requisitos para a implementação de
higiene e de boas práticas na indústria de alimentos. Isso requer conhecimento
das leis, ordenanças e resoluções aplicáveis m ais importantes que estão sujeitas
à vigilância sanitária da agência à qual sua empresa está sujeita. A indústria
de alimentos, portanto, exige procedimentos de higiene corretos e praticáveis
que promovam as condições de manuseio e produção de maneira eficiente e
legal, como pré-requisito básico para garantir um alimento saudável, isento de
impurezas e que contribua para seus valores e requisitos com a qualidade dos
alimentos.
CAPÍTULO 1
Qualidade higiênico-sanitária na
cadeia produtiva dos alimentos
Limpeza
Este é o primeiro procedimento importante usado para a higiene. O principal
objetivo é remover substâncias que normalmente são notadas a olho nu, como
ingredientes orgânicos e/ou minerais (terra, poeira), graxa e outras sujeiras
que não são boas para a qualidade dos alimentos.
Desinfecção
Este é o segundo grande passo para a higiene. Baseia-se na eliminação de
micro-organismos patogênicos e na redução do número de bactérias saprófitas. O
procedimento inclui o uso de agentes químicos ou físicos para reduzir o número
de micro-organismos presentes nas instalações, máquinas e aparelhos para um
nível que não cause contaminação de alimentos, ou seja, níveis toleráveis.
151
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
Sanitização
A sanitização inclui a redução, por meios químicos ou físicos, do número de
micro-organismos presentes nas instalações, nas máquinas e nos aparelhos na
medida em que eles não contaminem os alimentos, ou seja, níveis toleráveis.
Higienização
A higienização inclui a limpeza e desinfecção de toda a empresa, desde
instalações, equipamentos e aparelhos até ambientes mais básicos
(HOFFMANN, 1998; SILVA, 2010). O termo higienização é originado do
grego hygieine, que significa “saúde”. Na indústria de alimentos, os processos
higiênicos incluem uma série de práticas projetadas para desenvolver boas
condições higiênicas iniciais para ambientes de processamento, como
superfícies de instalações, equipamentos e instrumentos (SILVA et al.,
2010). A higiene adequada desempenha um papel fundamental na produção
de alimentos que atendem aos padrões microbiológicos legalmente
exigidos. A higiene adequada também desempenha um papel importante
se os aspectos econômicos e comerciais forem levados em consideração. A
produção eficiente e padronizada de alimentos garante que os consumidores
estejam satisfeitos com a compra de seus produtos.
Limpeza
Desinfecção Higienização
Sanitização
152
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS │ UNIDADE V
A atuação dos profissionais responsáveis p ela qualidade das unidades industriais
de alimentação e nutrição deve ser extremamente preventiva. Ao monitorar
a avaliação microbiológica do ambiente, os equipamentos, os utensílios e os
operadores, de acordo com um plano de amostragem claro, a qualidade dos
alimentos fornecidos aos usuários pode ser significativamente melhorada.
153
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
154
CAPÍTULO 2
Normas de qualidade: Isso 9000;
90001; 14000 e 22000
Com o tempo, vários padrões foram criados em todo o mundo. Nos Estados
Unidos, os contratados de defesa devem registrar seu SGQ de acordo com os
padrões MIL-Q9858A e MIL-145208 145. Em 1979, o Reino Unido criou o
padrão BS-5750 para o SGQ e outros para setores mais específicos, como o
NQA-1, garantia de qualidade para usinas nucleares; boas práticas de fabricação
(BPF), no campo de dispositivos médicos, medicamentos e alimentos; o (API)
Q1 na Associação da Indústria de Petróleo; CSA Z2–9 - canadense; e AQAP1 e
–3 - Publications Allou Quality Assouran–e - da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN).
155
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
A dissoeminação mundial dos padrões ISO foi muito rápida. No Brasil, o evento
se manifestou com maior intensidade nos anos 1990, logo após o governo ter
lançado o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP). Esses
padrões, mesmo que atualmente sejam “istos co”o garantia ou mesmo como
“sinônimo” de qualidade por razões de marketing, apenas estipulam que
processos ou serviços de produção industrial atendem a critérios estritamente
definidos e podem ser auditados por terceiros a qualquer momento. Em teoria,
um produto ruim issobém pode receber a certificação ISO, desde que as fases
do processo de produção sejam registradas por escrito, bem como as medidas a
serem tissodas em caso de não conformidade.
9003: Inspeção e
ensaios finais
9004: Modelos de
sistemas de qualidade ISO
Fonte: adaptado de http://www.qsp.org.br/da_reparacao.shtml. Acesso em: 27 jun. 2020.
156
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS │ UNIDADE V
A primissoa série ISO 9000 contém cinco padrões (da ISO 9000 à ISO 9004)
e foi originalmente projetada para a indústria. Ela segue padrões de vários
níveis e, devido à sua flexibilidade inerente, também é aplicada a outros setores
da economia, desde 1990, comissoonstrução, serviços, saúde, hospitalidade e
educação.
» Manuais.
» Procedimentos.
» Instruções de trabalho.
» E registros de qualidade.
A ISO busca que as empresas forneçam seus documentos de uma maneira que
seja acessível a todos, rápida e fácil de entender, e trabalhem de uma maneira que
atenda aos requisitos para que eles possam atender aos requisitos da empresa
padrão. Um exemplo é issoter o equipamento limpo e em boas condições de
funcionamento.
157
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
Portanto, a certificação ISO não pode garantir a maior qualidade dos produtos
ou serviços de uma empresa em particular, mas pode desenvolver produtos ou
serviços de maneira paissonizada. No entanto, um dos aspectos mais importantes
da certificação e manutenção dos selos ISO são as auditorias internas, ou seja,
a empresa precisa realizar auditorias contínuas, auditorias internas, para
encontrar possíveis defeitos e tomar as medidas necessárias para corrigir e até
evitar falhas futuras.
Isso evita que as pessoas percam suas tarefas. Cisso resultado, toda a
documentação e o compromisso de todos com a qualidade podem ser mantidos.
A ISO não adota medidas obrigatórias; pissoanto a decisão de seguir ou não
suas recomendações depende de cada país ou empresa.
Os padrões ISO podem ser usados quando as empresas fornecedoras são obrigadas
a executar o gerenciamento da qualidade de acordo com certos princípios (como
regulamentos do governo brasileiro, padrões internacionais, padrões nacionais
e padrões da empresa). A conformidade das especificações do produto também
depende de outros fatores importantes para a padronização e para o bom
gerenciamento, como design, desenvolvimento, planejamento, pós-produção,
instalaçãissosuporte técnico e marketing. Os requisitos especificados no sistema
de qualidadissoropostissoela norma ISO complementam os requis–tos técnicos
especificados em produtos e serviços.
Portanto, para que uma empresa obtenha um certificado ISO 14000 ou melhor,
14001, é necessário atender aos requisitos relacionados à sua política ambiental
e aos procedimentos para identificar, entender, gerenciar e controlar os
158
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS │ UNIDADE V
159
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
Exiissom muitas maneiras que levam à qualidade. Uma das maneiras mais
discutidas é usar osissodrões elaborados pela ISO como um instrumento para
garantir a quissodade. Para evitissoo amplo uso de normas, a ISO criou um
comitê para avaliar as normas já criadas e introduzir as normas para o sistema
de qualidade da série ISO 9000, em 1987. A ISO quer que a documentação da
empresa seja acesissoel a todos, rápida de fácil entendimento, e que os meios
para executar o trabalho atendam aos requisitos dos padrões. A ISO 22000 foi
criada de tal maneira que havia apenas um padrão reconhecido globalmente,
que não apenas garante a segurança dos alimentos, mas também impede a
criação de barreiras comerciais disfarçadas de tecnologias.
160
CAPÍTULO 3
Sistemas de certificação e
rastreabilidade
» Aumenta a produtividade.
Requisitos
Política da qualidade
Objetivos da qualidade são diretrizes para a alta gerência que visam melhorar
os processos que afetam a satisfação do cliente, a qualidade do produto e do
serviço e devem ser documentados. Para definir esses objetivos, deve-se:
162
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS │ UNIDADE V
» Reclamações de clientes.
163
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
164
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS │ UNIDADE V
» Procedimentos.
» Instruções de trabalho.
» Planos de inspeção.
» Desenhos.
» Especificações do material.
165
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
Reclamações de clientes
» Ser identificadas.
166
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS │ UNIDADE V
Auditorias internas
As auditorias devem:
167
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
168
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS │ UNIDADE V
169
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
Itens não conformes devem ser registrados durante o processo e no produto final.
Os procedimentos devem estar em vigor para que seja possível tomar medidas
corretivas e documentar a causa. Tome medidas corretivas para eliminar a
causa, impedir a recorrência de produtos não conformes em todas as etapas do
processo e avaliar a eficácia dessas medidas. Ferramentas de qualidade devem
ser usadas para identificar as causas de não conformidades, como: ciclo PDCA,
diagrama de causa e efeito (Ishikawa), brainstorming.
170
CAPÍTULO 4
Legislação horizontal e vertical para
alimentos
171
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
Apesar das condições gerais aplicáveis às medidas nacionais de proteção da saúde
humana, animal e vegetal, é claro que as medidas sanitárias e fitossanitárias em
nível nacional, seja por nome ou por acidente, tornaram-se verdadeiras barreiras ao
comércio.
172
HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS │ UNIDADE V
Esse contrato estipula que qualquer ação que seja considerada compatível
com os padrões, normas e outras recomendações do Códex é considerada
apropriada, necessária e não discriminatória. O Acordo SPS é complementado
por um programa de harmonização (compatibilidade) para requisitos
nacionais com base em padrões internacionais. Esse trabalho é coordenado
pelo Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da OMC.
Códex Alimentarius
A Comissão do Códex Alimentarius (CCA) foi criada em 1961 como um
órgão intergovernamental com a participação de 152 países. Desde 1962,
ela é responsável pela implementação do Programa Conjunto de Padrões
Alimentares da FAO/OMS, que se baseia nos princípios de proteção da saúde
do consumidor e regulamentação das práticas de comércio de alimentos.
173
UNIDADE V │ HIGIENE E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS
» Regulamentos de higiene.
» Regulamentos de rotulagem.
174
Referências
175
REFERÊNCIAS
176
REFERÊNCIAS
177
REFERÊNCIAS
178
REFERÊNCIAS
179
REFERÊNCIAS
Figuras
FIGURA 10. Fragmentação da amostra. Disponível em: http://revista.
spemd.pt/article_full/92. Acesso em: 27 jun. 2020.
180
REFERÊNCIAS
http://www.marconi.com.br/produto/186/extrator-de-gordura-soxhlet-
fracionada-6-provas. Acesso em: 27 jun. 2020.
181
REFERÊNCIAS
182