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Acreditação Hospitalar
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PANORAMA DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR........................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
PANORAMAS MUNDIAL E BRASILEIRO........................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE ACREDITAÇÃO................................................................................................. 14
UNIDADE II
GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR......................................................................... 17
CAPÍTULO 1
ASSESSORIA DE GESTÃO DA QUALIDADE................................................................................. 17
CAPÍTULO 2
LEGISLAÇÃO APLICADA......................................................................................................... 28
UNIDADE III
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE................................................................................................ 35
CAPÍTULO 1
PADRONIZAÇÃO.................................................................................................................... 35
UNIDADE IV
PROCESSO DE AUDITORIA EM SERVIÇOS EM SAÚDE............................................................................. 43
CAPÍTULO 1
AUDITORIA E AVALIAÇÃO EM SAÚDE....................................................................................... 43
UNIDADE V
ÉTICA NOS TRABALHOS DE AUDITORIA.................................................................................................. 50
CAPÍTULO 1
ÉTICA EM AUDITORIA.............................................................................................................. 50
UNIDADE VI
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR........................................................................................... 56
CAPÍTULO 1
IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO............................................................................. 56
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 133
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
Entende-se que o futuro será das organizações que possuírem certificação, quebrando o paradigma
da fragmentação da saúde e proporcionando serviços que realmente atendam às necessidades da
população, com segurança, inclusive superando as expectativas dos pacientes, essência da excelência.
A padronização dos processos de avaliação vem ao longo dos anos evoluindo e aprimorando a
identificação de critérios, indicadores e padrões cada vez mais significativos para os vários serviços
hospitalares.
Este caderno, portanto, tem o objetivo de proporcionar informações acerca do Sistema da Qualidade
e Acreditação Hospitalar, com o compromisso de orientar os profissionais da área de Auditoria em
Saúde, para que possam desempenhar suas atividades com eficiência e eficácia.
Objetivos
»» Conhecer os panoramas mundial e brasileiro da Acreditação Hospitalar.
8
PANORAMA DA
ACREDITAÇÃO UNIDADE I
HOSPITALAR
CAPÍTULO 1
Panoramas Mundial e Brasileiro
Panorama Mundial
O movimento de Acreditação iniciou-se nos Estados Unidos, em 1917, por uma iniciativa do American
College of Surgeons de instaurar um programa de padronização hospitalar. Com os avanços na
área cirúrgica, principalmente da anestesia, criou-se a necessidade de internação do paciente, o que
provocou o estabelecimento, em 1919, de regras mínimas para o cuidado com os recém-operados e
a organização do corpo clínico.
9
UNIDADE I │ PANORAMA DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
qualidade dos cuidados prestados à Saúde. Para tanto, a Joint Commission vem desenvolvendo,
juntamente com profissionais da área, padrões de alta qualidade, estimulando instituições de
Saúde a alcançarem e excederem esses padrões por meio da Acreditação e da educação voltada
para a melhoria da qualidade.
Atualmente, ela é a maior acreditadora de instituições de Saúde nos Estados Unidos, avaliando cerca
de 18.000 estabelecimentos, que se submetem voluntariamente a este processo de Acreditação. Entre
os 6.800 hospitais norte-americanos, aproximadamente, 80% são acreditados pela Joint Commission.
»» Hospitais
»» Ambulatórios
»» Laboratórios
»» Redes de Saúde
»» Saúde Comportamental
Além disso, vários órgãos governamentais dos Estados Unidos, que autorizam, em nível federal
e estadual, o funcionamento de instituições de Saúde, se valem da Acreditação feita pela Joint
Commission, sendo utilizada para:
»» reembolso de custos;
A Joint Commission International (JCI) alia o conhecimento técnico de avaliação na área da Saúde
com o conhecimento específico de cada país e da sua cultura, para oferecer serviços de consultoria no
mundo inteiro. A JCI tem a sua liderança reconhecida na implementação de programas de melhoria do
desempenho e de sistemas de avaliação. É mantida e operada pela Joint Commission on Accreditation
of Healthcare Organization (Comissão Conjunta para a Acreditação de Instituições de Saúde), com sede
nos Estados Unidos.
Desde 1994, a Joint Commission International vem prestando consultoria a governos, hospitais e
outras instituições de Saúde, em mais de 35 países: especialmente na Europa Ocidental, no Oriente
Médio e na África, na América Latina e no Caribe, na Europa Central e Oriental, Ásia e na área do
Pacífico, como também nos países independentes.
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PANORAMA DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE I
Panorama Brasileiro
A partir desta iniciativa, o Ministério da Saúde pretendia canalizar esforços para a criação de um
Órgão Nacional de Acreditação, que definia normas claras para o desempenho satisfatório dos
serviços de saúde no país, autorizando as agências avaliadoras e ratificando o trabalho desenvolvido
com base nessas normas. No entanto, os profissionais de Saúde defendem que este órgão, ainda que,
orientado por diretrizes gerais do Governo, tenha autonomia que permita uma estrutura flexível e a
indispensável imparcialidade na avaliação.
Instituições Acreditadoras
São organizações de direito privado, com ou sem fins econômicos, credenciadas pela Organização
Nacional de Acreditação, com a responsabilidade de proceder à avaliação e à certificação da
qualidade dos serviços, no processo de Acreditação, em nível nacional.
»» avaliar a qualidade das organizações de Saúde, dos serviços para a Saúde e dos
programas de Saúde;
11
UNIDADE I │ PANORAMA DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
»» Diagnóstico Organizacional
Solicitação de Credenciamento
A instituição deve atender aos requisitos da Norma NO 2 – Credenciamento de Instituições
Acreditadoras, remetendo formalmente à ONA o documento-padrão de solicitação, com os
documentos para o credenciamento, em anexo, e a taxa de inscrição de credenciamento paga.
O profissional de Saúde quando compreende todos os riscos inerentes de sua profissão, que podem
vir a prejudicar o paciente, a si mesmo e até a Instituição que anseia por novas expectativas,
vislumbra o conceito da Acreditação Hospitalar.
12
PANORAMA DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 2
Métodos de Acreditação
Métodos
Um Sistema de Avaliação de Qualidade bem-elaborado, especificamente voltado para a assistência
médica em hospitais, obedecendo a padrões específicos de desempenho, constitui-se no processo
de Acreditação e este busca reduzir os riscos para pacientes e profissionais e aumentar com isso as
chances de sucesso.
O Serviço de Acreditação tem início com uma avaliação de qualidade e de procedimentos, baseando-
se em padrões internacionalmente legitimados por órgãos reconhecidos pelos organismos médicos.
Essa avaliação gera um conjunto de orientações para a Organização, objetivando à melhoria de
seu desempenho. Após implantadas as mudanças, o paciente passa a receber, com mais segurança,
um tratamento de melhor qualidade e garantia de seus direitos, com um nível de conformidade
satisfatório apresentado pelas organizações avaliadas e o reconhecimento de instituições de
credibilidade comprovada, como as que fazem parte do CBA.
Conclui-se que o processo de Acreditação Hospitalar não visa à simples fiscalização ou à punição,
mas ao estímulo, ao aperfeiçoamento contínuo dos serviços e dos profissionais, assim como à
formação de uma mentalidade voltada para a educação permanente daqueles que atuam em Saúde,
em equipe e em contextos sociais e tecnológicos específicos. Quanto aos usuários em potencial, estes
terão acesso à lista de hospitais acreditados, o que lhes possibilitará uma noção exata das condições
de atendimento oferecidas.
Convém lembrar que Acreditação difere de outros sistemas existentes por ser um processo avaliativo
independente, periódico, voluntário e reservado, diferenciando-se por:
14
PANORAMA DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE I
Método do CBA
Em julho de 1997, na esteira das iniciativas do Ministério da Saúde, foi instituído o Consórcio
Brasileiro de Acreditação de Serviços de Saúde (CBA). A criação desta entidade foi uma iniciativa da
Fundação Cesgranrio, juntamente com a UERJ e o Colégio Brasileiro de Cirurgiões, após uma visita
à sede da Joint Commission International, nos EUA. Esta resultou em apoio e assessoria técnica
para a realização da Oficina de Trabalho “A Acreditação Hospitalar no Contexto da Qualidade em
Saúde”, com o intuito de divulgar as ideias de Acreditação, analisando o contexto das instituições de
Saúde e promovendo o intercâmbio de experiências entre países.
A partir daí, essas três instituições, unidas à Academia Nacional de Medicina, buscam a viabilizar a
avaliação e o aprimoramento da qualidade na área de Saúde. Elas pretendem também estabelecer
intercâmbio com prestadores de serviço, financiadores do atendimento à Saúde e representantes de
usuários, profissionais de saúde e instituições técnico-científicas.
Método do CQH
O Programa de Controle da Qualidade Hospitalar (CQH) foi desenvolvido pela Associação Paulista
de Medicina (APM) e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) a
partir de 1991, visando a contribuir para a melhoria contínua do atendimento médico-hospitalar do
Estado de São Paulo, com metodologia própria. É um projeto de assessoria permanente e educativa
aos hospitais. Seus principais objetivos são viabilizar a melhoria do atendimento médico-hospitalar,
estimulando a boa qualificação dos profissionais, e a valorização do ambiente de trabalho. Além
disso, o Programa prioriza a ação planejada para a obtenção de resultados concretos.
Seu principal papel é o de avaliar o desempenho das instituições de Saúde de forma a contribuir
para o melhor atendimento da sociedade em geral. Para isso, busca estimular, na alta direção
dos hospitais, o compromisso com a GQT, promovendo palestras e cursos para os funcionários,
sensibilizando-os para uma mudança de mentalidade. Como meta final, o Programa do CQH
incentiva a formação de equipes multiprofissionais de autoavaliação dentro dos hospitais, para o
controle da qualidade.
15
UNIDADE I │ PANORAMA DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
16
GESTÃO DA QUALIDADE
E ACREDITAÇÃO UNIDADE II
HOSPITALAR
CAPÍTULO 1
Assessoria de Gestão da Qualidade
A Assessoria de Gestão da Qualidade foi criada, em 1998, para dar continuidade ao Programa de
Gestão pela Qualidade Total (PGQT), implantado em 1993, com a finalidade de modernizar a gestão
do INCA, com foco na qualidade da gestão e da assistência.
Em 2004, o INCA reformula seus preceitos em prol da qualidade e decide por uma metodologia mais
específica para a área da Saúde, firmando contrato com o Consórcio Brasileiro de Acreditação de
Sistemas e Serviços de Saúde (CBA) para a implantação da Acreditação Hospitalar Internacional nas
suas unidades hospitalares.
Para orientar os diferentes setores do Instituto com vistas à otimização de seus processos, a
Assessoria de Gestão da Qualidade elabora indicadores de desempenho e satisfação de clientes
– números que possibilitam detectar as virtudes e as falhas nos serviços prestados – e implanta
normas e procedimentos que permitem uma administração mais integrada e eficiente.
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UNIDADE II │ GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Histórico
Histórico da evolução da busca pela qualidade no INCA.
1993/1994
1995/1996
18
GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE II
1997/1998
1999/2000
»» Autodiagnósticos setoriais.
2001/2002
»» Comitê Benchmarking.
19
UNIDADE II │ GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
2003/2004
2005/2006
Avaliação Educacional para Acreditação Hospitalar das cinco Unidades Hospitalares do INCA –
Planos de Ação e Treinamentos de Acreditação Hospitalar, Gestão de Processos, Qualidade no
Atendimento e Indicadores de Desempenho Implementação de novas práticas para atender as não
conformidades.
2007/2008
2009/2010
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GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE II
2011
21
UNIDADE II │ GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Em meados dos anos 1970, os hospitais foram classificados segundo uma avaliação feita pelo
INPS chamada “Regras de Classificação Hospitalar (RECLAR)” e, dependendo desta classificação,
recebiam valores diferenciados. A RECLAR a princípio pretendia avaliar a qualidade do
serviço oferecido.
Tal sistema se mostrou instável, pois incentivava a adoção de procedimentos mais caros pelos
médicos e valorizava a utilização de equipamentos, mais do que a qualidade dos serviços. Em outras
palavras, gastava-se muito na cura para um resultado insuficiente. A prevenção, dizia-se, embora
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GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE II
não necessariamente mais barata era mais eficaz. Nas duas décadas seguintes, muito se debateu
sobre o sistema de saúde no Brasil, até a criação do SUS, em 1990.
A polêmica entre a saúde pública preventiva e a assistência médica individual ainda hoje polariza
as discussões. A eficácia das organizações médico-assistenciais são postas em destaque, sendo
corriqueiras as queixas sobre as más condições físicas e materiais de hospitais e clínicas, públicos
e privados.
Os setores hospitalares públicos e privados perceberam que era necessário dar uma resposta à
sociedade no que tange à qualidade da prestação oferecida, sendo esta a origem da retomada da
antiga ideia da RECLAR, um tanto esquecida desde a criação do INAMPS.
Essas duas instituições nacionais disputam o mercado potencial de aferição da qualidade assistencial,
mas dependem de que as organizações prestadoras de serviço vejam alguma vantagem em serem
“certificadas ou acreditadas” por uma ou outra instituição aferidora.
A ONA é beneficiada quando o então ministro da Saúde, pela Portaria no 538, de 17 de abril de 2001,
a reconhece como “instituição competente e autorizada a operacionalizar o desenvolvimento do
processo de acreditação hospitalar no Brasil” o qual à época e até hoje inexiste oficialmente.
Meses depois, o mesmo ministro aprova o “Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar – 3a Edição”
Portaria no 1.970, de 25 de outubro de 2001, feito pela ONA. No ano seguinte, o Diretor – Presidente da
ANVISA republica-as como “Resoluções da Direção Colegiada”. Esta curiosidade pode ser constatada
na leitura, em anexo, da referida Portaria Ministerial e das Resoluções – RE no 921, de 29 de maio de
2002, e Resolução da Diretoria Colegiada – RDC no 12, de 26 de janeiro de 2004.
Desde, então, outras resoluções da ANVISA foram editadas dando reserva de mercado para a ONA.
Ainda, em 2001, a ANVISA fez um convênio com esta instituição (Convênio ANVISA – ONA no 26 de
2001) no qual foram repassados significativos recursos financeiros para a ONA formar “acreditadores”
que trabalhem para ela, prestando serviços aos hospitais e às clínicas e sendo por isso remunerada
privadamente.
A ONA já “acreditou” quase seis dezenas de organizações no Estado de São Paulo. O Consórcio Brasileiro
de Acreditação, do Rio de Janeiro, em desvantagem por não ter tido, até o momento, um padrinho
regional em boa posição na hierarquia da ANVISA ou do Ministério da Saúde, só “acreditou” cerca de
20 organizações.
23
UNIDADE II │ GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
contratada pelo SUS ou por seguradoras privadas. Aplicadas, no entanto, as exigências destes
manuais, tanto o da ONA quanto do CBA, se terá apenas um punhado de organizações em condições
de serem “acreditadas”.
Pode-se prever que os critérios de aferição serão suavizados, como ocorreu com a RECLAR e haverá,
provavelmente, um repartição de mercado entre os atuais “acreditadores”. Continua, no entanto, a
discussão sobre a eficácia dos modelos assistenciais vigentes perante as reais necessidades da saúde
pública brasileira.
O CBA, por sua vez, busca aproximar-se do Ministério da Saúde, promovendo eventos envolvendo
os hospitais federais no Rio de Janeiro.
Para aumentar a confusão, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) possui as seguintes
atribuições, conforme a Lei no 9.961, de 28 de janeiro de 2000:
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GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE II
As atribuições legais dessas organizações superpõem-se umas às outras. No que diz respeito à
certificação de laboratórios analíticos, a ANVISA por meio da REBLAS faz praticamente o mesmo
trabalho do INMETRO. Também neste caso a Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública
(RNLSP), a cargo da Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, tem função similar. Já a ANS, por
hora, não está exercendo essa atividade aferidora nos laboratórios de patologia clínica, a cargo do
INMETRO, mas não demorará muito a fazê-lo.
No que diz respeito às organizações médico-assistenciais, a ANS tem nas suas atribuições a
competência de verificação da qualidade o que também é atribuição da ANVISA. No momento, o
que se pode chamar de acreditação não vem sendo feito diretamente pela ANVISA, mas por uma
organização privada, contudo é ela que estabelece os parâmetros oficiais.
O Sinmetro foi instituído pela Lei no 5.966, de 11 de dezembro de 1973, para criar uma infraestrutura
de serviços tecnológicos capaz de avaliar e certificar a qualidade de produtos, processos e serviços,
por meio de organismos de certificação, rede de laboratórios de ensaio e de calibração, organismos
de treinamento, organismos de ensaios de proficiência e organismos de inspeção, todos acreditados
pelo Inmetro.
Organismos do Sinmetro
Entre as organizações que compõem o Sinmetro, as seguintes podem ser relacionadas como principais.
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UNIDADE II │ GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Integrantes do Conmetro
»» Ministros:
›› do Desenvolvimento;
›› da Ciência e Tecnologia;
›› do Meio Ambiente;
›› da Justiça;
›› da Defesa;
»» os Presidentes:
›› do Inmetro;
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GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE II
medição em relação às exigências técnicas e legais obrigatórias, as quais têm o objetivo de assegurar
uma garantia pública do ponto de vista da segurança e da exatidão das medições.
A Metrologia Legal tem, como objetivo principal, proteger o consumidor tratando das unidades
de medida, dos métodos e dos instrumentos de medição, de acordo com as exigências técnicas
e legais obrigatórias. Com a supervisão do governo, o controle metrológico estabelece adequada
transparência e confiança com base em ensaios imparciais. A exatidão dos instrumentos de medição
garante a credibilidade nos campos econômico, saúde, segurança e meio ambiente.
No Brasil, as atividades da metrologia legal são uma atribuição do Inmetro, que também colabora para
a uniformidade da sua aplicação no mundo, pela sua ativa participação no Mercosul e na Organização
Internacional de Metrologia Legal (OIML). A metrologia legal permeia todos os níveis e setores de
uma nação desenvolvida. Durante a sua vida, as pessoas terão contato com um grande número
de instrumentos de medição sujeitos à regulamentação metrológica. As ações governamentais, no
campo da metrologia legal, objetivam, por um lado, a disseminação e a manutenção de medidas e de
unidades harmonizadas, e de outro, a supervisão e o exame de instrumentos e métodos de medição.
A exatidão das medições assume especial importância no campo médico em face dos vários efeitos
negativos que resultados de menor confiabilidade podem provocar à saúde humana. A credibilidade
da medição é necessária onde quer que exista conflito de interesse, ou onde quer que medições
incorretas levem a riscos indesejáveis aos indivíduos ou à sociedade.
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CAPÍTULO 2
Legislação Aplicada
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GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE II
Considerando o Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar que vem sendo desenvolvido pelo
Ministério da Saúde, no Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde, criado
pela Portaria GM/MS no 1.107, de 14 de junho de 1995;
Considerando a necessidade de adotar medidas que apontem para a melhoria contínua da qualidade
da assistência prestada pelos hospitais brasileiros, independente de seu porte, sua complexidade e
sua vinculação institucional;
Considerando que o estabelecimento prévio de padrões a serem atingidos pelos hospitais é condição
indispensável para o desenvolvimento de programas de acreditação e que o Manual Brasileiro de
Acreditação Hospitalar é um instrumento específico para avaliar a qualidade assistencial destas
instituições, de forma sistêmica e global;
29
UNIDADE II │ GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
30
GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE II
...
...
31
UNIDADE II │ GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Considerando que os laboratórios devem prestar serviços que atendam aos princípios fundamentais
de gestão da qualidade analítica e de boas práticas de laboratório;
Considerando que os laboratórios devem prestar serviços que exijam elevada confiabilidade nos
resultados analíticos obtidos, resolve:
§ 1o Para fins da autorização de que trata o art. 1o, os órgãos e as entidades a que
pertencem os laboratórios deverão encaminhar petição à ANVS/MS acompanhada
de comprovação de estarem participando de programa de credenciamento,
coordenado pelo INMETRO, que compreende as seguintes fases.
1- Cadastramento
2- Pré-Credenciamento
3- Credenciamento
Art. 2o A REBLAS tem por objetivo realizar análises prévias, de controle, fiscal
e de orientação em produtos sujeitos ao regime de vigilância sanitária, e outras
de interesse da ANVS/MS.
32
GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE II
...
XIX - coordenação da Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública RNLSP, nos aspectos
relativos à vigilância epidemiológica e ambiental em saúde, com definição e estabelecimento
de normas, fluxos técnico-operacionais (coleta, envio e transporte de material biológico) e
credenciamento das unidades partícipes.
...
...
...
...
33
UNIDADE II │ GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
...
34
AVALIAÇÃO DA UNIDADE III
QUALIDADE NA SAÚDE
CAPÍTULO 1
Padronização
Introdução
A Avaliação da Qualidade na Saúde iniciou-se no século passado, quando foi formado o Colégio
Americano de Cirurgiões (CAC), que estabeleceu, em meados de 1924, o Programa de Padronização
Hospitalar (PPH), que definiu um conjunto de padrões mais apropriados para garantir a qualidade
da assistência aos pacientes.
Em 1918, foi realizada a primeira avaliação de hospitais nos Estados Unidos, onde, dos 692
hospitais com 100 leitos avaliados, apenas 89 cumpriram os padrões preconizados pelo PPH. Em
contrapartida, em 1950, o número de hospitais aprovados pela avaliação do PPH chegou a 3.290.
Em 1949, o Manual de Padronização mais desenvolvido apresentava 118 páginas, mas o Colégio
Americano de Cirurgiões passou a ter dificuldade em mantê-lo.
Em parte, devido à elevação dos custos, à sofisticação crescente da assistência médica, ao aumento
do número de instituições, à complexidade e à grande procura de especialidades não cirúrgicas após
a 2a Guerra Mundial.
35
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE
A partir daí, o CAC iniciou parcerias com Associação Médica Americana, Associação Médica
Canadense, Colégio Americano de Clínicos e Associação Americana de Hospitais para apoio
e participação com outras organizações inteiramente dedicadas à melhoria e à promoção da
acreditação voluntária.
Com a união desses grupos nos Estados Unidos, em 1951, foi criada a Comissão Conjunta de
Acreditação dos Hospitais (CCAH) que logo, em dezembro de 1952, delegou oficialmente o
programa de Acreditação a Joint Commission on Accreditation of Hospitals. Esta era uma empresa
de natureza privada, que na ocasião procurou introduzir e enfatizar na cultura médico-hospitalar
a qualidade em nível nacional. Esta “cultura da qualidade” divulgou-se nos espaços acadêmicos
e institucionais o que forçou a aprovação de leis mais complexas na área da Saúde, bem como
passaram a ser enfatizados os aspectos de avaliação, educação e consultoria hospitalar.
Na década de 1960, como a maior parte dos hospitais americanos já havia atingido os padrões
mínimos preconizados inicialmente, a Joint buscou, então, modificar o grau de exigência. Com isso,
em 1970, publicou o Accreditation Manual for Hospital contendo padrões ótimos de qualidade,
considerando também processos e resultados da assistência.
»» acreditação condicional.
Como a saúde foi uma das últimas organizações sociais a adotar os modelos de qualidade, sua
utilização se iniciou timidamente na área administrativa. Um dos fatores que vem contribuindo para
superar esta situação é a disputa de mercado entre as instituições hospitalares, pouco evidenciada
em nosso meio, mas muito forte e acirrada em outros países. A partir do ano 2000, alterando o
paradigma anterior, observa-se,nos hospitais da região central de São Paulo, mudança no padrão
de atendimento e na prestação de serviços. Hoje se enfatiza a qualidade na assistência à saúde em
um mercado competitivo.
36
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE │ UNIDADE III
No Brasil, o primeiro estudo no sentido de melhorar a qualidade na organização dos hospitais foi
o de Odair Pedroso, em 1935, ao conceber uma Ficha de Inquérito Hospitalar (Quadro1) para a
Comissão de Assistência Hospitalar do Ministério da Saúde, substituída, posteriormente, pelo
Serviço de Medicina Social, hoje extinto.
1. Chefia: A administração do Centro Cirúrgico será exercida por uma enfermeira, devidamente treinada.
2. Pessoal: Deverá ter número suficiente, devidamente treinado.
3. Regulamento: O regulamento do Centro Cirúrgico deverá fazer parte do Regulamento do Hospital.
4. Rotinas: Deverá ser assegurado o bom funcionamento e divulgado a todos.
5. Avaliação do trabalho profissional: Será organizado um fichário contendo elementos que permitam avaliar a capacidade
profissional do cirurgião.
6. Prontuário médico:
a. nenhum doente poderá ser operado sem possuir prontuário médico, que deverá conter o diagnóstico provisório;
b. ao citado prontuário serão anexados: descrição do ato cirúrgico, ficha de anestesia, diagnóstico operatório e evolução pós-
operatória, devendo o prontuário ser assinado pelo médico responsável.
Fonte: Carvalho L. Padrões mínimos de organização de hospitais. Rev Paul Hosp. 1973; 21(3): 107.
37
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE
Nesse Congresso, foram ainda estabelecidos os componentes do prontuário médico, bem como
algumas normas gerais para a organização do hospital, indispensáveis ao bom funcionamento
do setor.
No âmbito federal, o Decreto no 25.465, de 1956, propõe Padrões Gerais para a classificação de
estabelecimentos de saúde.
»» planta física;
»» equipamento;
»» organização.
Esse relatório, porém, sofreu crítica devido à ênfase dada aos aspectos físicos, à pouca importância
aos recursos humanos e quase nenhuma menção à produção e produtividade (processo), sem falar
em resultados. Atualmente esses critérios continuam válidos e foram apenas acrescidos de outros
descritos em manuais e livros, complementando o processo inicial.
38
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE │ UNIDADE III
e a prática clínica. Com o passar do tempo, o trabalho estendeu-se para outras áreas de assistência à
saúde com outras finalidades, como educação, consultoria, participação e profissionalismo.
Desde 1970, o Ministério da Saúde desenvolve o tema Qualidade e Avaliação Hospitalar, partindo
de início da publicação de Normas e Portarias, a fim de regulamentar esta atividade. Atualmente
trabalha na implantação de um sistema eficaz e capaz de controlar a assistência à saúde no Brasil.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de 1989, a Acreditação passou a ser elemento
estratégico para o desenvolvimento da qualidade na América Latina. Em 1990, foi realizado um
convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Federação Latino-Americana
de Hospitais e o Ministério da Saúde para elaborar o Manual de Padrões de Acreditação para
América Latina.
Quatro grupos de trabalho formaram-se: São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro.
A intenção do Ministério da Saúde em associar-se a diferentes grupos foi consolidar diferentes
experiências em uma metodologia única e de consenso, para começar a implementar o Programa
em nível nacional.
Das reuniões de discussão deste tema, em São Paulo, participaram a Associação Paulista de Medicina
(APM), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), o Sindicato dos
Hospitais do Estado de São Paulo (SINDHOSP), o Conselho Regional de Enfermagem do Estado de
São Paulo (COREN), entre outros. Destes permaneceram apenas a APM e o CREMESP, dando origem
ao Programa de Controle de Qualidade do Atendimento Médico-Hospitalar (CQH) no Estado de São
Paulo, pioneiro no Brasil.
Em dezembro de 1997, o CBA realizou um seminário com a assessoria da Joint Commission para
elaborar um programa nacional de acreditação de hospitais. Nessa ocasião, com esta associação junto
a Joint Commission, o Brasil foi integrado ao contexto internacional de avaliação de serviços de saúde.
39
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE
válido para controlar a qualidade. O Manual de Acreditação proposto seria um instrumento básico
importante para iniciar o processo e os participantes levariam a discussão para suas entidades.
O ciclo de palestras teve como objetivo apresentar o projeto desenvolvido pelo Ministério, para
sensibilizar e melhorar a compreensão sobre o Sistema Brasileiro de Acreditação, bem como sua
forma de operacionalização o que culminou com a criação da entidade Organização Nacional de
Acreditação (ONA), em maio de 1999. As palestras atingiram um público de, aproximadamente,
6.000 pessoas, entre gestores de serviços de saúde, profissionais da área, organizações de classe e
organizações ligadas ao setor.
40
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE │ UNIDADE III
A ONA é uma organização privada, sem fins lucrativos e de interesse coletivo, que tem como
principais objetivos a implantação e implementação nacional de um processo permanente de
melhoria da qualidade da assistência à saúde, estimulando todos os serviços de saúde a atingirem
padrões mais elevados de qualidade, no Processo de Acreditação.
As Instituições Acreditadoras são organizações de direito privado, credenciadas pela ONA, que
têm a responsabilidade de proceder à avaliação e à certificação da qualidade dos serviços de
saúde em âmbito nacional.
O objetivo dos padrões da Acreditação é ficar à frente dos últimos progressos técnicos nas organizações
hospitalares. Se permitirmos que os padrões sejam mínimos, não teremos progressos técnicos.
Itens de verificação apontam as fontes onde os avaliadores podem procurar as provas, ou o que
o hospital puder apresentar para indicar que cumpre com determinado padrão e em que nível.
Essas fontes podem ser documentos do hospital, entrevistas com as chefias de serviço, funcionários,
clientes e familiares, prontuários médicos, registros dos pacientes e outros.
A fase de avaliação e visita é composta por dois grandes momentos: a pré-visita e a visita
propriamente dita. Na pré-visita, o hospital prepara-se para o processo com a divulgação interna
e distribuição do Manual aos funcionários. A visita somente ocorrerá após a solicitação formal
voluntária do hospital, à Instituição Acreditadora.
O Relatório é elaborado pelos avaliadores para o hospital e para a gerência da Instituição Acreditadora
com um parecer final dos avaliadores (de consenso) sobre a indicação para a acreditação e em que
nível. O Certificado é emitido pela Instituição Acreditadora e tem a validade de dois anos, para
“Acreditado” e “Acreditado pleno”. Já o “Acreditado com Excelência” tem prazo de validade de três
anos. Terminados esses prazos, a instituição deve submeter-se a um novo processo de avaliação.
Em estudo recente sobre Critérios de Avaliação do Serviço de Enfermagem, utilizados nos Processos
de Acreditação Institucional, identificou-se que no âmbito nacional foram avaliados 195 hospitais,
no período de outubro de 1999 a março de 2002. No Brasil, de um universo de 6.528 instituições de
saúde, 36 foram Acreditadas do total de 195 avaliadas. Destas, apenas 27 instituições conseguiram
manter o nível de conformidade e consequentemente o Certificado de Hospital Acreditado. Em
processo de acreditação estavam 79 instituições nesse período.
41
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE
Em relação aos critérios de avaliação dos serviços de enfermagem identificados no estudo, há ênfase
predominante nos critérios de estrutura e processos organizacionais sobre os critérios de resultados
institucionais. Portanto, verificou-se que, nas avaliações dos serviços, faz-se necessário mudar os
mecanismos tradicionais de avaliação, centrados na estrutura física, no faturamento de serviços
produzidos e na hotelaria, para buscar-se valorização dos resultados assistenciais advindos de
programações com critérios epidemiológicos, padrões e indicadores de qualidade, competência e
desempenho com excelência, elaboração de padrões de qualidade.
Ressalte-se, no contexto das avaliações da qualidade, o papel integrador da ONA, que desenvolve
um trabalho minucioso de unificação das diversas iniciativas de avaliação, fortalecendo o sistema
de saúde no Brasil.
42
PROCESSO DE
AUDITORIA EM UNIDADE IV
SERVIÇOS EM SAÚDE
CAPÍTULO 1
Auditoria e Avaliação em Saúde
Não existe relato, na literatura, a respeito do início da auditoria no campo da saúde pública no Brasil,
mas há evidências da sua utilização pelo extinto Instituto Nacional de Assistência da Previdência
Social (Inamps). A importância dessa ferramenta foi reconhecida pelo Decreto no 809 (BRASIL,
1993a), que, ao aprovar a Estrutura Regimental do Inamps, em seu art. 3o, define que esse instituto
terá em sua estrutura básica órgãos de assistência direta e imediata ao presidente, compostos
pela Procuradoria-Geral e Auditoria. O decreto estabelece que compete à Auditoria: controlar e
fiscalizar a aplicação dos recursos orçamentários e financeiros destinados à assistência à saúde e aos
pagamentos de serviços prestados e repassados aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios,
pelo Inamps.
A função de controlar as ações e os serviços de saúde das operadoras e de outros órgãos públicos
é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), regulamentada pela Lei no 9.961, (BRASIL,
2000a) como uma autarquia, cujo objetivo é a manutenção da qualidade da assistência à saúde.
43
UNIDADE IV │ PROCESSO DE AUDITORIA EM SERVIÇOS EM SAÚDE
Retomando o SNA, o Decreto no 1.651, que o regulamenta, define auditoria como sendo a “análise
prévia, concomitante ou subsequente da legalidade dos atos da administração orçamentária, financeira
e patrimonial, bem como a regularidade dos atos técnico-profissionais, praticados por pessoas físicas
e jurídicas”. O art. 6o desse Decreto no § 1o, estabelece que compete ao SNA “a avaliação técnico-
científica, contábil, financeira e patrimonial do Sistema Único de Saúde (SUS), que será realizada de
forma descentralizada”.
Esse artigo, no § 4o, designa o Departamento de Controle, Avaliação e Auditoria como órgão central
do SNA.
O SUS assume como meta a transformação do modelo de assistência à saúde e distancia a saúde da
condição de mercadoria, ao situá-la como um direito de cidadania. A sua consolidação pressupõe
acesso, universalização e qualidade dos serviços, além do controle social. Já o SNA foi instituído
visando ao controle sistemático da estrutura, dos processos e dos resultados no âmbito do SUS. A
Lei no 8.080 (BRASIL, 1990) demonstra que a avaliação da qualidade na atenção à saúde, por meio
do SNA, (Marilene Barros de Melo/Jeni Vaitsman São Paulo em Perspectiva, v. 22, n. 1, p. 152-164,
jan./jun. 2008) é estratégica no processo de construção e manutenção do SUS. A reestruturação
regimental do SNA, pelo Decreto no 3.496, de 2000 (BRASIL, 2000b), configura como competência
do Denasus a determinação das responsabilidades dos órgãos de auditoria, o controle e avaliação,
bem como a correção de irregularidades praticadas no SUS.
Buscando priorizar as diretrizes do SUS, os processos de auditoria têm sido sistematizados como
instrumentos de suporte estabelecidos para avaliar os serviços e suas intervenções, principalmente,
quando a auditoria assume a posição de referência para redefinição de objetivos, estabelecimento
de conteúdos e estratégias para consolidar melhorias nos serviços de saúde, tomando por base
44
PROCESSO DE AUDITORIA EM SERVIÇOS EM SAÚDE │ UNIDADE IV
Auditoria em Saúde
A auditoria no campo da saúde, na perspectiva do SNA, segundo o regulamento do Sistema Estadual
de Auditoria Assistencial (MINAS GERAIS, 1997), pode ser classificada quanto ao tipo, à causa
desencadeante, à consequência da ação, ao nível realizador e ao objeto da ação. Em relação ao tipo, ela
se divide em analítica ou operativa. A auditoria analítica constitui-se de um conjunto de atividades
que procuram analisar a formulação, a implementação e os resultados de uma política, visando a
reorientá-la ou reformulá-la. Baseia-se na análise de dados estatísticos, documentos, laudos, processos,
relatórios, taxas etc., no sentido de verificar o atendimento às normas e aos padrões preestabelecidos
e redirecionar o modelo de atenção à saúde. Ela é realizada como componente básico para preparação
das auditorias operativas ou, ainda, na análise das situações observadas na auditoria operacional
(MINAS GERAIS, 1997; JUHÁS, 2002).
Quanto à causa desencadeante, uma auditoria pode ser programada ou especial. A auditoria
programada é um procedimento de rotina, tem uma programação estabelecida e aprovada. A
especial, geralmente, acontece de forma súbita, a partir de denúncias por parte da imprensa, de
outros órgãos ou de pessoas (MINAS GERAIS, 1997).
Uma auditoria relacionada à consequência da ação pode ser preventiva, cujo objetivo é preservar
o bom funcionamento de determinada política ou órgão, evitando violação de normas por meio de
esclarecimento e orientação, ou punitiva, que tem a função de punir a transgressão das normas
(MINAS GERAIS, 1997).
Em relação à realização, uma auditoria pode se constituir a partir do nível central de gestão ou do
regional; pode originar-se, ainda, de uma auditoria analítica especial ou programada, no âmbito
central, ou de uma operativa especial ou programada, na esfera regional. Nos serviços, busca analisar
os procedimentos das unidades prestadoras de serviços assistenciais. Nos sistemas de saúde, tem a
finalidade de verificar os seus aspectos assistenciais e gerenciais (MINAS GERAIS, 1997).
45
UNIDADE IV │ PROCESSO DE AUDITORIA EM SERVIÇOS EM SAÚDE
Saúde, visando à otimização da gestão administrativa, por meio da verificação e controle dos processos
e resultados.
A auditoria tem por objetivo assegurar maior benefício, menor risco e maior eficiência possível.
Visa, ainda, a verificar se os benefícios estão de acordo com as disposições planejadas, as normas e
as legislações vigentes.
Deve basear-se em princípios éticos básicos, como autonomia, beneficência e justiça, sendo
necessária maior proximidade quanto à realidade a ser auditada. O respeito a essa realidade é
fundamental para que se possa ampliar o grau de adequação do programa proposto e reverter a
verticalidade do modelo clínico-assistencial prevalecente, favorecendo a adoção de ações coletivas
e preventivas, além de contribuir na divulgação e na legitimação de atividades, eventos e serviços
desenvolvidos no campo da saúde e servir de fator agregador à autonomia local (RODRIGUES et al.,
1988; MEJÍA, 2001; GUIDO OSÓRIO et al., 2002; SILVA; FISCHER, 2004).
De acordo com o Manual de Normas de Auditoria do Ministério da Saúde, de 1998, entre os requisitos
necessários a um auditor, destaca-se a não atuação profissional nas atividades que ele irá auditar, com o
objetivo de preservar a ética. Exige-se, igualmente, agir com cautela, discrição, sigilo e zelo; manter-se
atualizado tecnicamente; ter o apoio e a confiança individual dos coordenadores do serviço, dos
usuários e da instituição. Todos esses requisitos têm por finalidade viabilizar a autonomia profissional
para execução do processo de auditoria. Em última instância, um auditor deve estar apto a formular
e a implementar normas, procedimentos e técnicas para o desempenho da auditoria, assumindo
uma posição de independência e imparcialidade.
De acordo com Guido Osório et al. (2002), há, nesse aspecto, a necessidade de profissionais
capacitados e formados na área de Auditoria. Um processo de auditoria, no campo da saúde, tem
5 etapas básicas: planificação dos objetivos – depende do alcance que se pretende, delineando-
se as atividades, os recursos necessários e áreas críticas; exame e avaliação da informação;
apresentação dos resultados; divulgação desses resultados; e adoção de ações para a melhoria do
serviço. O conjunto dessas etapas baseia-se em processos já efetivados e reconhecidos; em dados
epidemiológicos que orientem o planejamento específico de cada serviço; e em um processo de
avaliação estruturado para atingir as dimensões social e técnica, de modo que a transformação da
gestão pública aconteça a serviço do cidadão.
A dimensão social de uma auditoria é atravessada tanto por valores construídos socialmente, quanto
pela subjetividade, não só de quem avalia, mas também de quem é avaliado. Essa peculiaridade
demanda a incorporação das perspectivas dos atores sociais envolvidos e um método de análise
qualitativa. A importância dessa abordagem liga-se diretamente ao objetivo da auditoria que é a
qualidade (GUIDO OSÓRIO et al., 2002).
A adoção de algumas prerrogativas se faz necessária para o norteamento da auditoria, nas suas
diversas etapas, como a revisão por pares e a melhoria dos seus instrumentos, a estruturação e
a operacionalização de protocolos que orientem as práticas e o enfoque na “triangulação”, com a
inserção e integração das diversas teorias, métodos, procedimentos de coleta e análise dos dados
(CAMACHO; RUBIN, 1996; HARTZ; CAMACHO, 1996).
46
PROCESSO DE AUDITORIA EM SERVIÇOS EM SAÚDE │ UNIDADE IV
No campo da economia, eles já apresentam uma diferenciação mais consolidada, sendo que a
avaliação, tanto nesse campo quanto nas políticas sociais, tem buscado, por meio de pesquisa,
descrever as fases de formulação e implementação de um programa ou política, até os impactos
provocados por eles, de modo a emitir pareceres técnicos sobre todo o processo. Já a auditoria, em
sua vertente tradicional, segundo Pina e Torres (2001), verifica determinado programa ou política,
procurando discrepâncias entre as normas e os procedimentos do auditado. Na sua vertente
operativa ou de desempenho, a auditoria utiliza a inspeção para verificar os aspectos dos programas
ou políticas ou, ainda, das organizações envolvidas, de modo a responsabilizar os auditados pelo
impacto positivo ou negativo. Esta é a vertente que se aproxima do objetivo do SNA.
A qualidade dos registros existentes nos programas ou serviços de saúde é um importante referencial
tanto para a avaliação quanto para a auditoria, podendo influenciar as informações geradas a partir
de um processo de avaliação ou de auditoria e, em algumas situações, a qualidade dos registros
disponíveis pode ser proporcional à qualidade do programa ou serviço.
Essas duas ferramentas situam a abordagem do seu objeto tanto no processo quanto no produto,
além de se constituírem como ferramentas para a credibilidade de um Estado democrático, pois
a partir delas é possível buscar eficiência, eficácia, efetividade, transparência e requisitos para a
responsabilização (accountability) no que se refere ao modelo político e de gestão vigentes (ATTIE,
1984; ZUCCHI, 1992; PINA; TORRES, 2001; BARZELAY, 2002; GOMES, 2002; NORONHA, 2004).
Nos serviços de saúde, a avaliação tem sua utilização mais consolidada, constituindo-se como
instrumento para aperfeiçoamento de programas e serviços em saúde, permitindo compreender
seu funcionamento e sugerindo mudanças necessárias. Por sua vez, o emprego da auditoria, além de
ser recente e, em certas situações, incipiente, tem sido adotado em diversos sentidos, ampliando-o
a uma concepção de análise e verificação de serviço ou programa ou reduzindo a sua acepção a uma
análise de aspectos financeiros. Atualmente, o campo da auditoria tem assumido, além da análise
técnica em saúde, a função de reorientação nos processos gerenciais (ZANON, 2001; JUHÁS, 2002;
CAMACHO; RUBIN, 1996; HARTZ; CAMACHO, 1996; DIAS DA COSTA, 1998; DIAS DA COSTA et
al., 2000; PINA; TORRES, 2001; BARZELAY, 2002; GOMES, 2002).
47
UNIDADE IV │ PROCESSO DE AUDITORIA EM SERVIÇOS EM SAÚDE
As informações geradas por uma auditoria possibilitam o redirecionamento das políticas e dos
dos objetivos e, consequentemente, das atividades e ações dos serviços de saúde. A auditoria é
uma oportunidade permanente de negociação e, ao envolver aspectos organizacionais e políticos
relacionados, reorienta o desenvolvimento do processo de trabalho em saúde (CAMACHO; RUBIN,
1996; DIAS DA COSTA, 1998; DIAS DA COSTA et al., 2000).
Entendendo a saúde como um processo, os métodos utilizados para avaliar, inspecionar e verificar
programas ou serviços de saúde também apresentam um caráter dinâmico, não podendo ser
baseados em modelos rígidos. Uma auditoria pode ser simultânea ou retrospectiva a um processo
de avaliação e, geralmente, complementa questões levantadas a partir de uma avaliação. Um
parecer emitido por uma avaliação, normalmente, demanda uma auditoria, que deverá verificar
a fidedignidade desse parecer, propondo a implementação de novas ações ou o redirecionamento
das existentes, exigindo nova avaliação e posterior verificação da efetividade das medidas adotadas.
A regulamentação da auditoria em saúde a partir do SNA, de certa maneira, tem buscado fortalecer
o processo de implantação do SUS, além de assumir a função de proporcionar a consolidação do
SUS como política de Estado. Realça-se, assim, o seu papel social ao controlar as ações e os serviços
de saúde e identificar as causas da não resolução das necessidades e dos problemas dessa política,
de maneira a preveni-los ou sugerir transformações necessárias. Observa-se que a auditoria em
saúde, no SNA, tem procurado uma estruturação e uma operacionalização baseadas em práticas
de natureza interdisciplinar, multiprofissional, interinstitucional e intersetorial. A importância
dessas duas ferramentas para o SUS fica explicitada no novo organograma do Ministério da
Saúde, estabelecido pelo Decreto no 5.974, de 2006 (BRASIL, 2006a), ao posicioná-las em sua
estrutura, a respeito da dicotomização dos departamentos, que as utilizam como instrumentos de
trabalho, em secretarias distintas. O Departamento Nacional de Auditoria do SUS ficou ligado à
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. O art. 30 desse decreto estabelece como função
desse departamento a verificação, a adequação, a resolubilidade e a qualidade dos procedimentos e
serviços de saúde disponibilizados à população. Já as outras ferramentas utilizadas para a melhoria
da gestão – avaliação, controle e regulação – foram reunidas no departamento de Regulação,
Avaliação e Controle de Sistemas, pertencente à Secretaria de Atenção à Saúde (SAS). As funções
desse departamento, assinaladas no art. 16 do decreto, compreendem as ações de acompanhar,
avaliar e coordenar, em âmbito nacional, as atividades das unidades assistenciais do Ministério.
Essa distinção em duas secretarias pode dificultar a aproximação e complementaridade das ações
desses departamentos, que poderiam estar integrando qualquer uma das secretarias estabelecidas.
O Pacto pela Saúde (BRASIL, 2006b) reconhece que o financiamento pode ser garantido pelo
sob-bloco regulação, controle, avaliação e auditoria, entendido como um dos instrumentos para
fortalecimento da gestão. Sinaliza que a Auditoria Assistencial ou clínica se traduz como um processo
que visa a verificar e a garantir a qualidade do atendimento, definindo, como responsabilidade do
município e do Distrito Federal, a auditoria de todas as ações e todos os serviços de saúde, públicos
ou privados, sob a gestão desses. Ao Estado compete acompanhar a constituição dos serviços de
auditoria pelos municípios, além de contribuir para a qualificação dos localizados no território
intermunicipal e vinculados ao SUS. De acordo com o pacto, o processo de auditoria deverá estar
articulado com as ações de avaliação, controle e regulação assistencial. Em relação à União, é de
sua responsabilidade seguir a constituição dos serviços de auditoria, dos prestadores de serviços
48
PROCESSO DE AUDITORIA EM SERVIÇOS EM SAÚDE │ UNIDADE IV
vinculados ao SUS, nos estados, no Distrito Federal e nos municípios; colaborar para a qualificação
dos seus processos de auditoria; além de verificar os sistemas de saúde estaduais do Distrito Federal
e dos municípios. O Programa Mais Saúde (BRASIL, 2008), entre as medidas propostas em seu
Eixo 5, ao visar a Qualificação da Gestão, propõe o fortalecimento do Sistema Nacional de Auditoria
do SUS e a implementação do componente municipal do SNA.
49
ÉTICA NOS TRABALHOS UNIDADE V
DE AUDITORIA
CAPÍTULO 1
Ética em Auditoria
Introdução
Vivemos o momento das auditorias, momento este definido pela necessidade de mais controle e
planejamento. As mudanças econômicas, culturais e sociais, que atravessam o Brasil, pedem uma
mudança no perfil de país reconhecidamente pouco auditado. A oferta de serviços de auditoria
hoje é bastante diversificada, inclui desde o tradicional serviço de certificação das demonstrações
contábeis fundamentado num profundo conhecimento dos negócios do cliente e os riscos aos quais
está sujeito, passando por serviços direcionados para organizações de médio e pequeno porte até
serviços de auditoria ambiental.
Assim, toda empresa, visando a resguardar e a salvaguardar seus interesses constitui, por política, a
área de auditoria que tem por finalidade fornecer aos administradores, em todos os níveis, informações
que os auxiliem a controlar as operações e atividades pelas quais são responsáveis. No entanto, não
podemos falar de auditoria sem falarmos de ética, pois todo trabalho deve ser feito com compromisso
e competência. A ética é indispensável ao profissional, porque, na ação humana, “o fazer” e “o agir”
estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve ter
para exercer bem a sua profissão. O agir refere-se à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes
que deve assumir no desempenho de sua profissão. A opinião do auditor deve obedecer a critérios
puramente éticos, apoiando-se nas verdades científicas que os documentos lhe oferecem.
Os auditores precisam seguir normas; as normas de que estamos falando também têm relação com o que
chamamos de valores morais, não basta seguir as normas técnicas, estamos falando também de ética.
Os auditores são responsáveis não só pela administração da organização a que prestam serviços, mas
também pelos usuários das atividades dessa organização: o mercado, a sociedade etc. O auditor deve
sempre ter responsabilidade máxima, mesmo quando a expressão do que se tem a opinar é mínima.
A ética
Etimologicamente falando, ética vem do grego ethos, e tem seu correlato no latim morale, com o
mesmo significado: conduta ou relativo aos costumes. Podemos concluir que etimologicamente,
ética e moral são palavras sinônimas.
50
ÉTICA NOS TRABALHOS DE AUDITORIA │ UNIDADE V
A moral, como sinônimo de ética, pode ser conceituada como o conjunto das normas que, em
determinado meio, granjeiam a aprovação para o comportamento dos homens.
A ética, como expressão única do pensamento correto, conduz à ideia da universalidade moral, ou
ainda, à forma ideal universal do comportamento humano, expressa em princípios válidos para
todo pensamento normal e sadio.
Objetivos da ética
A convivência em sociedade conduzem as pessoas a travarem entre si grande número de relacionamentos.
Estes são fortemente influenciados por aspectos ligados ao relacionamento humano que, por sua vez,
recebe influência das crenças e dos valores que cada um carrega, portanto é de se esperar que surjam
conflitos. Para resolver tais conflitos, cada lado assumirá posição e comportamentos próprios, no que
acredita ser certo e justo para uma situação. O consenso chega quando cada pessoa, delimitada por
crenças e valores, assuma comportamentos corretos e respeite seus semelhantes. De outra maneira,
é necessário que os próprios agentes contribuam para que se atinja aquele ponto de entendimento.
Auditoria
A auditoria deve ser compreendida como um conjunto de ações de assessoramento e consultoria.
A verificação de procedimentos e a validação dos controles internos utilizados pela organização
permitem ao profissional auditor emitir uma opinião de aconselhamento à direção ou ao staff que, por
sua vez, tem em mente que os trabalhos foram desenvolvidos por profissionais com independências
de interesses sobre a matéria analisada, garantindo precisão e segurança na tomada de decisão.
Muitas vezes, o trabalho é executado com a finalidade de atender a interesses de acionistas, investidores,
financiadores e do próprio Estado, ou para cumprir normas legais que regulam o mercado acionário.
51
UNIDADE V │ ÉTICA NOS TRABALHOS DE AUDITORIA
Na área da Contabilidade, também há um código de ética muito profundo, e que às vezes não é
tão divulgado como deveria ser. Este código de ética está regulamentado e atualizado, por meio
da Resolução no 803/96, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade, em 10 de outubro de
1996, em que todas as categorias desmembradas do curso de Bacharel em Ciências Contábeis,
como aquelas que exercem atividades de Contador, Analista Financeiro e Econômico, Fiscal de
Tributos, Auditor, Perito, entre outras, devem conhecer detalhadamente, divulgar e seguir o que
está escrito.
É neste contexto que afirmamos que não é dado o devido valor pela grande maioria da sociedade sobre
os trabalhos executados pela categoria de Contador, pois as pessoas não conseguem vislumbrar as
consequências desastrosas que um parecer errôneo, ou um laudo pericial mal estruturado, podem
trazer às organizações.
Por serem profissões de envolvimento quase que direto com conflitos, de natureza técnica ou
pessoal, é que a ética deve prevalecer sobre quaisquer interesses durante todas as fases de execução
dos trabalhos.
Para que possamos entender o que venha a ser ética, é necessário observarmos a etimologia da
palavra, que vem do grego etos-noos, que guarda estreita relação com o termo “harmonia do
pensamento”. Estar em harmonia com o pensamento é não deixar que fatos estranhos à matéria
auditada influenciem na execução dos trabalhos, com o intuito de beneficiar a terceiros.
Partindo-se do princípio que a qualidade dos trabalhos de auditoria deve ser realizado com ética, e
em conformidade com a Resolução do CFC, abordaremos a seguir às Normas Profissionais destas
categorias. Em relação à auditoria, o CFC, por meio da Resolução no 821/1997, aprovou a NBC P
1 – Normas Profissionais de Auditor Independente.
Embora sejam normas emitidas para profissões diferentes, guardam em seu bojo, filosofia ética
afeta aos contadores que executam atividades de auditoria.
52
ÉTICA NOS TRABALHOS DE AUDITORIA │ UNIDADE V
Buscando enriquecer e divulgar a linha de conduta que deve ser seguida pelos
auditores, na sequência resgatamos o art. 5o da Resolução no 803/1996, do Código
de Ética Profissional do Contabilista, emitida pelo CFC, no que concerne às atividades
do Contador, enquanto Perito, Assistente Técnico, Auditor ou Árbitro, atendo-nos ao
tema principal – a ética.
53
UNIDADE V │ ÉTICA NOS TRABALHOS DE AUDITORIA
VI. Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado
e munido de documentos.
VIII. Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças
contábeis observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade,
editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade.
Após essas considerações, fica evidente que a responsabilidade pelo respeito à ética por parte dos
auditores é fundamental para a plena execução das suas atividades, com o devido profissionalismo
que esses trabalhos necessitam.
Baseado na legislação regulamentada pelo CFC, percebeu-se que a ética desses profissionais deve
estar presente em todas as etapas, desde as fases pré e pós-trabalhos desenvolvidos, para que as
suas considerações se revistam da maior qualidade e confiabilidade, não dando margem a qualquer
questionamento quanto à lisura do produto final dos serviços, que é o laudo ou o parecer.
Em um país como o Brasil, onde o que se divulga são os desmandos, as operações ilícitas, a sonegação
de informações, a corrupção entre outras anomalias, o respeito à ética por parte dos auditores
reveste-se de importância ainda maior, pois os seus serviços estão sendo contratados por alguém
que possui a plena convicção da neutralidade e da fidedignidade dos fatos/transações apuradas por
esses profissionais.
Como um doente que é mal diagnosticado, e que pode vir a morrer pela negligência de um médico,
também o patrimônio de uma empresa ou de uma pessoas física pode ser pessimamente interpretado
por auditores, e é com esta responsabilidade, de não cometer «diagnósticos» errôneos, que esses
profissionais devem desempenhar a função para a qual foram contratados.
Apesar da extrema competição entre as pessoas, neste mundo cada vez mais globalizado, o que deve
ficar claro é que nada justifica a falta de ética no desempenho das atividades de uma profissão, e que
na função de auditor, os contadores devem ter em mente a sua responsabilidade social na execução
e na divulgação dos seus trabalhos.
Devemos difundir, cada vez mais, a ética entre as pessoas, em qualquer categoria.
Conclusão
Não há dúvidas que a ética pode ser um diferencial no mercado empresarial e profissional. Se, por um
lado, as organizações querem se livrar da desonestidade, omissão, má conduta, mentira, por outro, a
54
ÉTICA NOS TRABALHOS DE AUDITORIA │ UNIDADE V
atitude dos profissionais em relação às questões éticas podem ser a diferença entre o seu sucesso e o
seu fracasso. A imagem do profissional no mercado dependerá da suas atitudes e seus hábitos.
Algumas inovações aliadas às mudanças do sistema capitalista causaram grande impacto nas
organizações. A disputa por cargos cresceu e, com ela, o desejo de “passar a perna” nos colegas.
Assim, nos últimos anos, os escritórios viraram um campo fértil para ações obscuras. No nosso dia
a dia, os sete pecados capitais servem como uma espécie de parâmetro para um bom ou péssimo
comportamento em sociedade.
Mas, então, o que seria ser ético no mundo capitalista e atual? Ser ético nada mais é do que agir direito,
proceder bem, sem prejudicar os outros. É ser altruísta, é estar tranquilo com a consciência pessoal.
Assim, fica evidente que a riqueza nem sempre é sinônimo de felicidade. A escolha pelo caminho a
seguir é critério de cada um. O compromisso com a dignidade e com a sociedade deve ser o ponto
de partida das nossas vidas.
O profissionalismo é a maneira íntegra e honesta de exercer uma profissão. Ele está fundamentalmente
ligado à ética, aos bons costumes.
55
SISTEMA DE GESTÃO UNIDADE VI
NA ÁREA HOSPITALAR
CAPÍTULO 1
Implantação de um Sistema de Gestão
Introdução
A área hospitalar, tardiamente em relação a outras áreas de negócio, iniciou a busca pela
profissionalização há poucos anos. Tradicionalmente gerenciada por profissionais técnicos, os
hospitais e os planos de saúde viram-se entre a profissionalização ou a falência, caso não se
adaptassem às novas regras de mercado.
Com a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar pela Lei no 9.961/2000, o Governo Federal
iniciou um processo de regulamentação das regras de abrangência e de cobrança dos planos de saúde.
Inicia-se, aqui, um processo de melhorias na gestão dos planos de saúde que, sem poderem repassar
ao cliente final as correções pela ampliação da abrangência, iniciam uma reformulação de suas
práticas e começam a pressionar os hospitais para redução de custos. Os hospitais que, até então,
eram administrados de forma empírica, estavam desprovidos de indicadores que possibilitassem a
visualização do negócio e consequentemente impossibilitados de aplicarem reformulações eficientes
em seus processos, passam a buscar por sistemas de gestão específicos para a área hospitalar que
contemplem os sistemas integrados do negócio.
Definição do projeto
Após aprovação da direção, iniciamos o planejamento mapeando todas as áreas envolvidas e
identificando--as como Áreas Clínicas ou Administrativas. Em seguida, elaboramos uma agenda de
entrevistas com todos os responsáveis das áreas envolvidas.
56
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Durante a entrevista, são realizadas visitas aos setores e mapeados os processos atuais. Coletamos
exemplos dos impressos e livros utilizados, identificamos o nível de conhecimento e a estrutura em
informática, o controle e armazenamento de estoques, as expectativas e necessidades, os conflitos e
possíveis riscos. O objetivo é coletar o maior número de informações possíveis, a fim de verificar se
os resultados esperados são condizentes com as necessidades.
Todo o material produzido é organizado e encaminhado aos entrevistados para validação. Após
validado, é apresentado à diretoria:
»» Custo do projeto.
»» Levantamento de riscos.
»» Prazos.
»» Aprovações.
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Workplan
Planejamento
O preenchimento de tabelas e a definição de novos processos devem ser tratados como pequenos
projetos, devido a sua relevância.
O preenchimento das tabelas clínicas será responsabilidade do grupo de enfermagem que deverá
nomear um líder. O gerente de projetos deve dispender atenção especial ao acompanhamento do
grupo. Deste trabalho derivam-se o seguinte.
As tabelas administrativas podem ser distribuídas conforme a área de interesse, com supervisão
da TI. O hospital é uma unidade de negócio com características sazonais. Deve-se considerar a
sazonalidade antes de distribuir tarefas ou agendar a implantação.
Estrutura
Hospitais são hotéis em que hóspedes com necessidades especiais podem residir 24 horas em
seus apartamentos. Intercorrências causadas pela implantação de uma estrutura de informática
em qualquer ramo de negócio, como ruído, poeira, falta de energia, perda de sinal telefônico,
obstruções de corredores com escadas e pessoas estranhas ao local, ganham gravidade extrema em
um ambiente hospitalar.
Com o intuito de minimizar o impacto gerado pela implantação do sistema, a programação para
instalação da estrutura de TI deve ser cuidadosamente discutida com a Direção do projeto, avaliando,
assim, os impactos e minimizando o tempo necessário para tal implantação.
Configurações
As configurações de sistema devem ser atribuídas aos líderes das áreas com supervisão da equipe
de TI. Devem estar de acordo com os protocolos técnicos adotados na instituição, condizer com as
exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM), do Ministério da Saúde e Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA).
Testes
A cada etapa se deve testar as funcionalidades e verificar se estão de acordo com o escopo do projeto.
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Os testes finais devem simular o processo total da estada do paciente no hospital, ou seja, internação,
cirurgias, solicitação de materiais e medicamentos, solicitação de exames, diárias, alta, geração da
conta hospitalar, fechamento da remessa enviada aos planos de saúde, solicitação de compras,
controle de estoques e geração de indicadores.
Implantação e Acompanhamento
A definição da data de implantação deve ser definida com base na sazonalidade. Implantações em
momentos de baixa ocupação são facilmente gerenciáveis.
Gerenciamento do tempo
O Workplan deverá ser submetido ao patrocinador e à direção do projeto para análise, ajustes e
validação. Métodos gráficos de apresentação são indicados para facilitar a visualização e a compreensão
pelo grupo.
Gerenciamento do cronograma
Métodos gráficos são indicados por serem de fácil visualização e compreensão da equipe. A
metodologia “vermelho, amarelo e verde” é uma ferramenta bem aceita para controle do andamento.
O gerenciamento da dedicação ao projeto é uma das tarefas mais críticas. Devido a características
intrínsecas ao negócio hospitalar, emergências são lugar comum, dificultando o planejamento das
rotinas diárias. Além disso, como dito anteriormente, o negócio hospitalar ainda é carente em
técnicas modernas de gerenciamento.
O incremento de eficiência e eficácia nos processos de gestão é necessário para assegurar uma
assistência melhor e mais humanizada à saúde dos seres humanos que procuram os hospitais,
necessitados de cuidados e apoio.
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
O Programa de Acreditação Hospitalar é parte importante desse esforço para melhorar a qualidade
da assistência prestada pelos hospitais brasileiros. Desde 1997, o Ministério da Saúde vem,
persistentemente, investindo em palestras de sensibilização, na criação e consensualização de
padrões e níveis de qualidade, e na sistematização de mecanismos que garantam a credibilidade de
todo o processo de maneira sustentável. O desenvolvimento do Programa de Acreditação Hospitalar
é uma necessidade em termos de eficiência e uma obrigação do ponto de vista ético.
Esta nova edição do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar é publicada no momento em que
se completou a definição do formato que o processo de acreditação tomará no Brasil. O Ministério
da Saúde e a Organização Nacional de Acreditação (ONA), reconhecida formalmente como entidade
competente para o desenvolvimento do processo de acreditação hospitalar, tiveram suas relações
reguladas por convênio, definindo-se suas obrigações e seus direitos. O Ministério da Saúde e a ONA
tornaram-se, assim, parceiros em todas as fases do processo, desde a habilitação de organizações
acreditadoras até a certificação dos hospitais. Ao optar por este formato, o Ministério da Saúde utiliza
a competência acumulada por organizações privadas, sem eximir-se da regulação de todo o processo.
Ao colocar esta terceira edição à disposição das instituições hospitalares nacionais, confiamos que
os ajustes realizados, acrescidos de uma melhor discriminação de atribuições entre o Ministério
da Saúde e as organizações acreditadoras, possam auxiliar a preparação dos hospitais brasileiros
para sua avaliação e acreditação, como seus pacientes esperam, para que recebam o atendimento
adequado e a que têm direito.
Introdução
Desde 1995, quando da criação do Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde,
o Ministério da Saúde vem investindo no desenvolvimento do Programa Brasileiro de Acreditação
Hospitalar. Várias etapas deste Programa foram cumpridas exitosamente, desde as de sensibilização
e de divulgação até as de definição das características específicas que este processo tomaria no
Brasil, haja vista a enorme diversidade dos nossos hospitais e a pouca tradição de busca contínua
da qualidade.
Todo o acúmulo conseguido nos primeiros anos foi constituído a partir do Manual Brasileiro de
Acreditação Hospitalar do Ministério da Saúde, que a partir de sua primeira edição em 1998, vem se
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Esta edição incorpora as experiências com o uso cotidiano do Manual nos processos de avaliação
feitos pelas organizações credenciadas pela ONA. As principais inovações são as de adequação
dos princípios orientadores aos níveis, a transformação dos itens de verificação em itens de
orientação e a supressão da Folha de Avaliação do Serviço/Unidade, que não se mostrou útil para o
desenvolvimento do processo.
Esta edição preserva o binômio “avaliação – educação“. No polo avaliação, como instrumento
orientador para as equipes de avaliadores, assim como para a autoavaliação das unidades na fase
pré-acreditação. Na vertente educação, quando utilizado como instrumento provocador para os
questionamentos sobre práticas e padrões aceitáveis nos serviços prestados, e contribuído para o
aperfeiçoamento do perfil assistencial, por meio da adoção de novos hábitos e nova postura dos
profissionais de todos os níveis e serviços.
Determina, também, por meio da descrição do padrão, o nível mínimo aceitável para o processo de
acreditação, estabelecido em consonância com o seu princípio orientador definido, vindo assegurar
a qualidade da assistência pretendida pelo Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar.
Nas Orientações Específicas são previstas as condutas a serem adotadas pelos avaliadores, diante
de possíveis situações peculiares.
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
1 Diretrizes gerais
›› licença sanitária;
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Avaliador
Avaliador-líder
Equipe de avaliadores
»» A equipe de avaliadores deve ser composta por, no mínimo, três membros, ou seja,
um médico, um enfermeiro e um administrador.
Confirmação da visita
Plano de visita
»» O plano de visita deve ser elaborado com flexibilidade para permitir eventuais
mudanças, dando ênfase à obtenção de informações, durante a avaliação.
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
1.4 Visita
Processo de visita
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
As evidências objetivas devem ser coletadas por meio de entrevistas, exame de documentos,
observação das atividades e condições nas áreas de interesse. A equipe de avaliadores deve registrar
todas as evidências objetivas. As informações obtidas em entrevistas devem ser comprovadas por
outras fontes independentes, tais como: observação física, entrevista com profissionais operacionais
dos serviços, medições e registros.
Não conformidade
As não conformidades encontradas durante o processo de avaliação podem ser classificadas em não
conformidade maior e não conformidade menor.
Observações
Uma observação pode ser originada pela identificação da equipe de avaliadores de uma falha
localizada, comprovadamente não generalizada, falha esta que não possui uma relevância sobre a
atividade avaliada, por um desconforto da equipe de avaliadores ou pela identificação de uma falha
potencial, ou seja, que não é evidenciada pelos avaliadores, mas que a intuição e/ou experiência do
avaliador leva a crer como uma provável não conformidade futura.
Durante a visita, se necessário, o avaliador-líder poderá fazer alterações relativas às atividades dos
avaliadores e ao plano de visita, com a concordância da Organização Avaliada.
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
1.6 Recurso
A organização avaliada poderá interpor recurso junto à Instituição Acreditadora caso não concorde
com o resultado do processo de avaliação, no prazo de 45 dias do recebimento do Parecer Final da
Instituição Acreditadora (será utilizada como referência para controle do tempo de recurso, a data
de postagem mais dois dias).
Para que o processo de avaliação seja operacionalizado nos padrões da mais alta qualidade, são
necessários critérios que contenham um conjunto de normas éticas, a que estão sujeitos todos os
envolvidos no Processo de Acreditação. Estas normas éticas deverão ser seguidas pela Organização
Nacional de Acreditação, pelas Instituições Acreditadoras e pelos Avaliadores.
2. Instrumento de avaliação
O Instrumento de Avaliação desenvolvido para apreciar a qualidade da assistência à saúde em todas
as Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares, é referencial nacional para ser utilizado pelas
Instituições Acreditadoras, credenciadas pela Organização Nacional de Acreditação.
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
O Instrumento de Avaliação é composto de sete seções, com seus fundamentos. A lógica é que
as seções interagem entre si, permitindo que a organização de saúde seja avaliada com uma
consistência sistêmica.
As seções apresentam subseções, que tratam do escopo específico de cada serviço, setor ou
unidade. A lógica é que todas possuem o mesmo grau de importância dentro do processo de
avaliação.
Para cada subseção existem padrões interdependentes que devem ser integralmente atendidos.
Os padrões procuram avaliar estrutura, processo e resultado em único serviço, setor ou unidade.
Cada padrão apresenta uma definição e uma lista de itens de orientação alinhados com os itens
considerados pertinentes aos princípios.
Os itens apontam as fontes em que os avaliadores podem procurar as evidências ou o que a organização
de saúde pode apresentar para indicar como cumpre com os requisitos de um determinado padrão.
Os itens norteiam o processo de visita e a preparação da Organização Prestadora de Serviços
Hospitalares para a Acreditação.
Os padrões são definidos em três níveis de complexidade crescente, e estes com princípios específicos,
cuja constatação é baseada em itens considerados pertinentes a eles.
Liderança e administração
Esta seção apresenta as subseções relacionadas ao sistema de governo da organização. Nela estão
presentes subseções ligadas aos aspectos de liderança, diretrizes administrativas, planejamento
institucional e relacionamento com o cliente.
Esta seção dedica-se à organização dos serviços profissionais que prestam assistência direta ao
cliente/paciente e perpassam todos os serviços de atenção aos clientes: de apoio ao diagnóstico, de
apoio técnico, de apoio administrativo e de ensino e pesquisa, configurando, assim, o modelo e a
filosofia assistencial e institucional.
Esta seção agrupa as unidades e serviços tipicamente “assistenciais”, ou seja, todos aqueles em que
existe o contato direto com o usuário, um processo ou serviço médico assistencial desenvolvido,
uma equipe médica e multiprofissional envolvida, um conjunto de insumos tecnológicos específicos
e um(ns) espaço(s) institucional(is) especificamente reservado(s).
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Esta seção visa a agrupar todos aqueles serviços que envolvem uma ação técnica especializada, mas
que também se caracterizam por envolver processos de abastecimento, fornecimento, estocagem,
produção e/ou serviços técnicos especializados de apoio a ação assistencial e as equipes profissionais
que realizam a terapêutica.
Nesta seção, encontram-se os serviços que se relacionam aos processos de apoio e ação técnico-
-profissional, a infraestrutura físico-funcional e ao apoio aos processos da organização (planejamento
predial, financeiro, segurança geral etc.).
Ensino e pesquisa
Esta seção objetiva integrar todos os componentes que se relacionem às funções educativas e
de investigação da organização, de tal forma que permita realizar um diagnóstico da estrutura
disponibilizada para o treinamento funcional, para a educação permanente, o processo de formação
de recursos humanos e a geração de novos conhecimentos.
4.1. Níveis
Nível 1
Princípio: Segurança
Nível 2
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Nível 3
O Processo de avaliação e visita deverá ser orientado pela busca da aplicação do Manual Brasileiro
de Acreditação Hospitalar em sua totalidade (seções e subseções). Contudo, poderão surgir algumas
peculiaridades a serem consideradas.
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Nível 1
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Nível 2
Itens de Orientação
Nível 3
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
4 Seções e subseções
A presente seção tem por finalidade apresentar as subseções relacionadas ao sistema de governo
da Organização, a aspectos de liderança, diretrizes administrativas, planejamento institucional e
relacionamento com o cliente.
4.1.1 Direção
Direção - Nível 1
Itens de Orientação
Direção - Nível 2
Itens de Orientação
73
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Direção - Nível 3
A Direção planeja, desenvolve, coordena a execução e avalia os resultados baseados nos indicadores
de desempenho, nas taxas e informações comparativas. Sua ação apoia o desenvolvimento de um
sistema de informação consistente, o qual permite a avaliação da atividade administrativa, dos
níveis de satisfação dos clientes internos e externos, além de apresentar vários ciclos de melhorias
já realizados neste processo.
Itens de Orientação
4.1.2 administração
Área ou unidade que responde pelo gerenciamento dos recursos financeiros, materiais e humanos
da Instituição.
Administração - Nível 1
Itens de Orientação
Administração - Nível 2
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Administração - Nível 3
Itens de Orientação
Itens de Orientação
75
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
76
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Equipe médica responsável pela internação do paciente e pela assistência contínua nas 24 horas,
até a sua alta.
O Corpo Clínico conta com uma direção médica que supervisiona as ações
assistenciais prestadas pela equipe médica, que atua em tempo parcial ou
integral em acompanhamento contínuo dos pacientes internados, nas 24 horas.
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
4.2.2 Enfermagem
Enfermagem - Nível 1
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Enfermagem - Nível 2
Itens de Orientação
Enfermagem - Nível 3
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
4.3.1 Internação
Prestação de atendimento a pacientes que necessitam de assistência direta programada ou não, por
período superior a 24 horas.
Internação - Nível 1
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Internação - Nível 2
Itens de Orientação
Internação - Nível 3
Itens de Orientação
81
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
83
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
4.3.4 Emergência
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Emergência - Nível 1
Itens de Orientação
»» Escala dos profissionais das especialidades, com cobertura para todos os dias da
semana.
Emergência - Nível 2
85
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Emergência - Nível 3
Itens de Orientação
Itens de Orientação
86
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
4.3.6 Anestesiologia
Serviço que atua junto ao centro cirúrgico, unidades de obstetrícia, serviços de apoio ao diagnóstico
e tratamento especializado.
Anestesiologia - Nível 1
Itens de Orientação
»» Profissionais habilitados.
88
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Anestesiologia - Nível 2
Itens de Orientação
Anestesiologia - Nível 3
Itens de Orientação
89
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
4.3.7 Obstetrícia
Serviço destinado ao controle do trabalho de parto, parto, primeiros cuidados com os recém-
nascidos e puerpério.
Obstetrícia - Nível 1
Itens de Orientação
»» Relação de obstetras organizados por plantões, ativos ou à distância, para cada dia
da semana e mecanismos de contato e localização.
Obstetrícia - Nível 2
90
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Obstetrícia - Nível 3
Itens de Orientação
4.3.8 Neonatologia
Serviço destinado à atenção aos recém-nascidos normais e patológicos, assim como às unidades de
terapia intensiva neonatal para recém-nascidos de médio e alto risco.
Neonatologia - Nível 1
91
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Neonatologia - Nível 2
Itens de Orientação
92
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Neonatologia - Nível 3
Itens de Orientação
Itens de Orientação
93
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
94
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
4.3.10 Hemoterapia
Serviço onde se realizam atividades que envolvem práticas relacionadas a transfusão de sangue e
hemocomponentes.
Hemoterapia - Nível 1
Itens de Orientação
95
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Hemoterapia - Nível 2
Itens de Orientação
Hemoterapia - Nível 3
Itens de Orientação
96
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
4.3.11 Reabilitação
Reabilitação - Nível 1
Itens de Orientação
Reabilitação - Nível 2
O serviço dispõe de manual(is) de normas, rotinas e procedimentos
documentado(s), atualizado(s) e disponível(is), bem como protocolos clínicos
e estatísticas básicas; os registros subsidiam a avaliação e as práticas de
auditoria interna; a equipe recebe treinamento periódico e sistemático.
Itens de Orientação
97
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Reabilitação - Nível 3
Itens de Orientação
Corresponde ao serviço que desenvolve suas ações de diagnóstico in vivo e terapias utilizando
recursos tecnológicos baseados em radioisótopos.
Itens de Orientação
98
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
»» Local para gerenciamento dos rejeitos radioativos que assegure a não contaminação
e a não exposição.
Itens de Orientação
Itens de Orientação
99
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
4.3.13 Radioterapia
Unidade destinada ao emprego de raios X e radiações ionizantes com fins terapêuticos. Desenvolve
ações terapêuticas através de: teleterapia, braquiterapia, contatoterapia.
Radioterapia - Nível 1
Itens de Orientação
»» Monitorização ambiental.
100
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Radioterapia - Nível 2
Itens de Orientação
Radioterapia - Nível 3
Itens de Orientação
101
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Esta seção, tem por finalidade, agrupar todos os serviços voltados para o apoio ao diagnóstico.
Subseções atuais: Laboratório Clínico, Diagnóstico por Imagem, Métodos Gráficos e Anatomia
Patológica.
Itens de Orientação
102
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
»» Protocolos de procedimentos.
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
»» Protocolos de procedimentos.
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
A presente seção denominada Serviços de Apoio Técnico e Abastecimento, visa a agrupar todos
aqueles serviços que envolvem uma ação técnica especializada mas que também se caracterizam por
envolver processos de abastecimento, fornecimento, estocagem, produção e/ou serviços técnicos
especializados de apoio e ação assistencial e as equipes profissionais que realizam a terapêutica.
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
Ação que visa à prevenção e Controle das Infecções Hospitalares de seus clientes (internos e externos).
109
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
110
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
4.5.3 Estatísticas
Estatísticas - Nível 1
Itens de Orientação
Estatísticas - Nível 2
111
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Estatísticas - Nível 3
Itens de Orientação
4.5.4 Farmácia
Farmácia - Nível 1
Itens de Orientação
112
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»» Área de dispersão interna para análise das prescrições e guarda dos produtos.
Farmácia - Nível 2
Itens de Orientação
»» Sistema de análise crítica dos casos atendidos, visando à melhoria da técnica, controle
de problemas, melhoria de processos e procedimentos, minimização de riscos e
efeitos colaterais.
113
UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Farmácia - Nível 3
Itens de Orientação
Itens de Orientação
»» Local especial para o preparo de fórmulas lácteas e normas específicas sobre o modo
de preparação das diferentes fórmulas.
»» Área física dividida em área de pré-preparo (área fria) e área de preparo e cocção
(área quente).
114
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
»» Padronização de insumos.
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
4.5.8 Higiene
118
SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Higiene - Nível 1
Itens de Orientação
Higiene - Nível 2
Itens de Orientação
Higiene - Nível 3
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
Consiste nas vias de acesso à Instituição, circulação interna e externa, sinalização e fluxos.
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Serviço existente para garantir a integridade dos clientes internos e externos, através de infraestrutura
adequada, e procedimentos de prevenção de acidentes, sinistros, violência e riscos para a clientela
e circundantes.
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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UNIDADE VI │ SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR
Itens de Orientação
Esta seção, tem por finalidade integrar todos os componentes que se relacionem às funções
educativas e de pesquisa da Instituição, de tal forma que permita realizar um diagnóstico da estrutura
disponibilizada para o treinamento funcional, para a educação permanente, para o processo de
formação de recursos humanos e para a geração de novos conhecimentos.
Itens de Orientação
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SISTEMA DE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR │ UNIDADE VI
Itens de Orientação
Itens de Orientação
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Para (não) finalizar
Simplesmente olhe...
Olhe para frente, não fique parado, levante-se quando tropeçar e cair.
Saiba que esse Deus olha por você em todos os dias de sua vida.
Parabéns! Você merece mais esta vitória em sua vida! Seja feliz...
132
Referências
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Medicina, v. 32, n. 5, pp. 73-83, maio 1975.
AKERMAN, M.; NADANOVSKY, P. Evaluation of health services: what to evaluate? Cad. Saúde
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ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Atlas 1996.
ALVIN, A. Arens; RANDAL, J. Elder; MARK, S. Beasley; RANDY, Elder. auditing and assurance
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ATTIE, W. Controle interno. In: AUDITORIA: conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Atlas,
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AZEVEDO, Antônio Carlos de. Avaliação de desempenho de serviços de saúde. Revista Saúde
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BOYNTON, William C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL, Walter G. Auditoria. São Paulo : Atlas,
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133
REFERÊNCIAS
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