Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO............................................................................................................. 11
CAPÍTULO 1
ABRANGÊNCIA E CONTROLES................................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
NORMAS E MANUAIS DE AUDITORIA......................................................................................... 23
UNIDADE II
O PROCESSO DE AUDITORIA................................................................................................................. 34
CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO...................................................................................................................... 34
CAPÍTULO 2
EXECUÇÃO............................................................................................................................ 41
CAPÍTULO 3
VERIFICAÇÕES........................................................................................................................ 45
CAPÍTULO 4
TESTES E EXAMES..................................................................................................................... 54
CAPÍTULO 5
PAPÉIS DE TRABALHO – CONCEITUAÇÃO E TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO.................................. 62
CAPÍTULO 6
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS: RELATÓRIO E PARECER...................................................... 68
UNIDADE III
AMBIENTE DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO......................................................................... 78
CAPÍTULO 1
CONCEITUAÇÕES E SUAS CARACTERÍSTICAS........................................................................... 78
CAPÍTULO 2
AUDITORIA OPERACIONAL E SUAS CARACTERÍSTICAS............................................................... 82
CAPÍTULO 3
AUDITORIA DE GESTÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS.................................................................... 90
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 95
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
A Administração Pública, em todas as esferas de governo (federal, estadual e municipal)
e em quaisquer de seus poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), tem passado
por profunda transformação, em decorrência dos níveis de exigência cada vez mais
elevados da sociedade brasileira. Tais exigências são decorrentes, principalmente,
do maior grau de educação e conscientização dos cidadãos, do aperfeiçoamento das
instituições democráticas e da consolidação dos mecanismos de controle social, tais
como imprensa, organizações não governamentais e conselhos de fiscalização dos
programas sociais governamentais. Assim, todos os órgãos e as entidades públicas
são cobradas a pautarem sua atuação na transparência e na conformidade de seus
atos e contratos administrativos às leis e princípios constitucionais. É nesse contexto
que ganha relevo uma atividade indispensável ao Gestor Público Contemporâneo: a
Auditoria de Conformidade e de Desempenho. Tal atividade, hoje presente em todas
as organizações do governo, requer, do profissional da área de conhecimentos e
prática específicos, domínio das técnicas e ferramentas de auditoria, postura, conduta
impecáveis e adequadas à boa condução dos trabalhos.
8
Objetivos
»» Oferecer uma oportunidade educacional de alto nível para capacitar
pessoas a trabalharem com auditoria pública, focando na eficiência, na
eficácia e na efetividade.
9
10
AUDITORIA NO SETOR UNIDADE I
PÚBLICO
CAPÍTULO 1
Abrangência e Controles
Observe no art. 70 que fiscalização foi o termo utilizado pelo Constituinte para
designar o controle do patrimônio público. Há, entretanto, outros: auditoria, inspeção
e acompanhamento.
11
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
12
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
Lembre-se de que o controle externo que o Congresso Nacional exercerá sobre o Poder
Executivo, Judiciário e no próprio Legislativo, disposto no art. 70, é de fiscalização contábil,
orçamentária, financeira, operacional e patrimonial sobre a Administração Pública
federal, compreendendo a União (os três Poderes) e as entidades da Administração direta
e indireta, e não de sua atividade-fim; ressalvada a competência exclusiva atribuída no
inciso X, art. 9: de fiscalizar e de controlar, diretamente ou por qualquer de suas Casas, os
atos do Poder Executivo, incluídos os da Administração indireta.
13
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
administrado, cuja informação mereça confiança e possa ser admitida como segura
pela evidência ou por indícios convincentes.
Pode a auditoria, inclusive, basear-se em informações obtidas fora da empresa, tais como
as relativas à confirmação de contas de terceiros e de saldos bancários, por exemplo. As
confirmações obtidas de fontes externas geralmente oferecem melhores características
de credibilidade do que aquelas obtidas dentro da própria entidade auditada.
Com esses elementos, a auditoria exerce a sua ação preventiva, saneadora e moralizadora
para confirmar a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim
de opinar sobre a adequação das situações e informações contidas nas demonstrações
contábeis, na salvaguarda dos direitos dos proprietários, dos financiadores do
patrimônio, do próprio fisco e, até, da sociedade em geral.
Como vemos, o fim principal da auditoria é a confirmação dos registros contábeis e suas
conseqüentes demonstrações.
14
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
Tomada de Contas
a. os Ordenadores de Despesas das unidades da Administração Direta Federal;
c. aqueles que, estipendiados ou não pelos cofres públicos, e que, por ação
ou omissão, derem causa a perda, subtração, extravio ou estrago de
valores, bens e materiais da União pelos quais sejam responsáveis.
Prestação de Contas
a. os dirigentes das entidades supervisionadas da Administração Indireta
Federal;
›› autarquias;
›› fundações públicas;
15
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
›› empresas públicas;
A auditoria no setor público tem como uma das principais regras as disposições
constantes da Instrução Normativa/DTN no 6/9. Nessa instrução, encontram-se
elencadas denominações especiais para o auditor e para a auditoria. O auditor é
denominado “Auditor Governamental” ou “Analista de Finanças e Controle – AFC”; e
a auditoria realizada pelo AFC é chamada “auditoria governamental”. Essa norma tem
servido, na prática, como direcionamento para Secretarias de Estado de todo o País,
para elaboração de seus respectivos manuais de auditoria. Esse Manual pode ser visto
como o conjunto de regras constantes da referida Instrução Normativa.
16
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
Pode-se constatar pelo texto da lei a grande preocupação com o aspecto legal
e com a formalidade e abrangência do controle, compreendendo a execução
orçamentário-financeira e o cumprimento das propostas de melhorias ao bem-estar da
sociedade, traduzidas nos programas de trabalho.
A Constituição Federal de 1988 reforça a necessidade do controle e define em seu art. 70:
Refere-se ainda ao controle a Lei no 4.320/1964, arts. 76 a 82, quando determina que o
Poder Executivo exercerá das formas definidas no art. 75, sem prejuízo das atribuições
dos órgãos de controle, e que essa fiscalização deverá ser prévia, concomitantemente e
subseqüente, ressaltando a existência dos Controles Interno e Externo.
Controle Externo
O Controle Externo deve ser exercido em uma instância que esteja fora do âmbito
do ente fiscalizado, para que tenha maior grau de independência e efetividade em
suas ações.
17
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
A Lei no 4.320/1964, em seu art. 81, define que o Controle Externo deverá ser exercido
pelo Poder Legislativo: “O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo,
terá por objetivo verificar a probidade da Administração, a guarda e legal emprego dos
dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.”
A Constituição Federal acatou esse dispositivo, em seu art. 71, que determina o exercício
do Controle Externo pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas da
União – TCU, abrangendo a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial da União e das entidades da Administração Direta e Indireta: “O Controle
Externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União” (BRASIL, 1988).
O controle externo é aquele instituído e exercido por ente não pertencente ao órgão
ou entidade. Assim, se um Analista de Finanças e Controle – AFC do Ministério da
Fazenda, realizar auditoria financeira em órgão integrante do Poder Judiciário, será
caracterizado como controle externo.
O controle externo não pode ser exercício nem pelo Judiciário nem pelo
Executivo; deverá ser realizado por um membro do Poder Legislativo (Comissão
Parlamentar) ou por membro do Tribunal de Contas da União – TCU.
18
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
Controle Interno
Constitui Controle Interno o conjunto de atividades, planos, métodos e procedimentos
interligados utilizado com vistas a assegurar que os objetivos dos órgãos e das
entidades da Administração Pública sejam alcançados, de forma confiável e concreta,
evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos objetivos
fixados pelo poder político.
19
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
20
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
A auditoria interna, em suas várias formas, pode ser realizada, em síntese, com dois
tipos de ênfases:
Fonte: <www.supertrafego.com/cliparts.asp>
22
CAPÍTULO 2
Normas e Manuais de Auditoria
Em 1987, foi realizada uma nova reunião multilateral em Londres, para preparação de
um documento (minuta das Normas de Auditoria da INTOSAI) unificado e sintetizado
das quatro minutas, que haviam sido preparadas por cada coordenação, que foi então
distribuída a todos os países-membros da Organização, para que cada EFSs manifestasse
sua opinião por meio de observações e sugestões.
23
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
que o projeto deveria atender às características particulares dos países cujas Entidades
Fiscalizadoras Superiores são organizadas como Tribunais de Contas.
As normas expressaram a opinião consensual dos auditores das EFSs que contribuíram
para a sua elaboração, de modo que cada EFSs deve julgar até que ponto elas são
aplicáveis dentro da esfera de sua competência.
<http://www.tce.ba.gov.br/Publicacoes/intosai.htm>
Os auditores contam com duas classes de normas para orientar o seu trabalho e conduta:
24
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
Muito embora possam ocorrer inspeções in loco, o controle externo do TCU baseia-
se, sobretudo, em inquéritos formais sobre o conteúdo de relatórios contábeis e
documentação de auditoria.
O TCU disponibiliza por meio de seu site ou de sua revista, assuntos relevantes, normas,
manuais e técnicas sobre auditoria governamental.
25
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
<http://www2.tcu.gov.br/portal/page?_pageid=33,440476&_dad=portal&_
schema=PORTAL>
Lei Orgânica
26
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8443.htm>
Regimento Interno
27
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/NORMAS_JURISPRUDENCIA/
REGIMENTO_INTERNO/BTCU_ESPECIAL/01_DE_13_02_2007.DOC>
Normas de Auditoria
<www.acep.org.bt/audit/art4.html>
Pelo caráter abrangente dessa resolução, o CFC editou interpretações técnicas para
itens específicos a exemplo da Resolução CFC no 830 de 1998 que trata especificamente
do parecer dos auditores, da Resolução no 836 de 1998 que trata de fraude e erro
e da Resolução CFC no 839 de 1999 que trata do exame de eventos subsequentes,
dentre outras.
Normas de Auditoria:
<http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=rescfc830nbct11it05#nbct11it05k>
29
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
Os dados levantados por computador não precisam estar totalmente corretos, mas para
que sejam considerados confiáveis não podem haver omissões ou inclusões indevidas
capazes de distorcer as análises e para serem exatos não devem haver incorreções
significativas nos valores atribuídos.
<www.das.ufsc.br/~wangham/auditoria/AuditSistemas.pdf>
O Tribunal de Contas da União, sempre atento aos avanços técnicos na área de controle,
vem promovendo ao longo dos últimos anos um profícuo intercâmbio com entidades
de reconhecida competência no campo das auditorias de natureza operacional.
Assim é que, em fevereiro de 1995, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, a
Universidade americana Virginia Polytechnique Institute e a National Academy of
Public Administration dos Estados Unidos, implantou-se o Projeto de Capacitação
em Avaliação de Programas Públicos, inaugurando uma nova dimensão na atuação
desta Corte, voltada para o desenvolvimento dos métodos necessários à avaliação da
efetividade de programas e projetos governamentais.
30
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
Além das atividades de treinamento, o Projeto tem entre seus objetivos o aperfeiçoamento
de métodos e técnicas na área de Auditoria de Natureza Operacional, envolvendo a
produção de documentos técnicos de auditoria e a revisão do Manual de Auditoria de
Natureza Operacional.
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/url/ITEM/E71E78DCC6B743E9E0300 10A70006E4C>
O Poder Executivo Federal conta com um sistema de controle interno próprio, dentro
do Poder, que executa auditorias, fiscalizações e inspeções em todo o seu patrimônio,
visando à avaliação da ação governamental, da gestão dos administradores públicos
31
UNIDADE I │ AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
»» diligências.
Objetivo primordial:
Abrangência:
32
AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO │ UNIDADE I
Atuação:
<www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/cursos_presenciais/IV_ADM_Orcament/
material3/SLIDES/Oficina_72-sci-.pdf>
Figura 2. O auditor deve ser conhecedor das normas e dos manuais aplicáveis e zelar pelo cumprimento dos
prazos estipulados para a conclusão da auditoria.
Fonte: <www.supertrafego.com/cliparts.asp>
33
O PROCESSO DE UNIDADE II
AUDITORIA
CAPÍTULO 1
Planejamento
Planejamento preliminar
Com o objetivo em obter os elementos necessários ao planejamento dos trabalhos,
o auditor deve examinar as informações constantes da ordem de serviço e dos planos
estratégico e operacional a que se vincula o objeto do controle. Para tanto, deve considerar
a legislação aplicável, normas e instruções vigentes, bem como os resultados dos últimos
trabalhos realizados e diligências pendentes de atendimento, quando for o caso.
Planejamento
O planejamento do trabalho de auditoria é uma das fases mais importante, pois com ele
o auditor ganha tempo e executa os seus exames com maior segurança.
Objetivos do Planejamento
apropriados e expressar com maior segurança a sua opinião sobre a adequação das
demonstrações financeiras. Com relação ao volume de informações obtidas necessárias
para esse fim, o planejamento dever considerar a prioridade para que as áreas de controle
interno e revisão analítica sejam executadas em primeiro lugar, a fim de determinarem
se a natureza, a extensão e as datas dos testes detalhados ou procedimentos de auditoria,
para as diversas contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado, estão
condizentes com o planejamento. Alguns pontos devem ser observados havendo
diferenciação entre o alcance de uma empresa atuante em mercados instáveis daquelas
em mercados estáveis, de indústrias em crescimento, indústrias em declínio, operações
de alto riscos econômicos, e de operações de baixos riscos econômicos.
35
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
36
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
A auditoria interna deve avaliar os riscos de exposição no que diz respeito à governança
corporativa da organização, operações e sistemas de informação relativos a:
»» Salvaguarda do patrimônio.
Com base nos resultados das avaliações de riscos, a atividade de auditoria interna deve
avaliar a adequação e a eficácia dos controles, abrangendo a governança, as operações
e os sistemas de informação. Isso deve incluir:
38
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
Devem ser estabelecidos objetivos para cada trabalho de auditoria sendo que os auditores
internos devem realizar uma avaliação preliminar dos riscos relevantes relacionados à
atividade objeto de auditoria. Os objetivos do trabalho de auditoria devem refletir os
resultados dessa avaliação.
Figura 4. O planejamento do trabalho de auditoria é uma das fases mais importante, pois é nessa fase que o
auditor ganha tempo e executa os seus exames com maior segurança.
Fonte: <www.supertrafego.com/cliparts.asp>
40
CAPÍTULO 2
Execução
Na execução dos trabalhos deve ser controlado o acesso aos registros dos trabalhos.
Para tanto, deve-se obter aprovação da alta administração sênior e/ou conselho legal,
antes de liberar tais registros a terceiros, quando requisitado.
Elaboração do Relatório
Os auditores internos devem comunicar os resultados dos trabalhos de auditorias com
oportunidade. As comunicações devem incluir os objetivos e o ambiente do trabalho de
auditoria, bem como as conclusões aplicáveis, recomendações e planos de ação.
A comunicação final dos resultados deve, onde apropriado, conter a opinião geral ou
conclusões do auditor interno.
41
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
Monitoramento
O responsável pela auditoria deve estabelecer e manter um sistema para monitorar o
estágio das ações decorrentes dos resultados apresentados à administração.
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALIACAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_AUDITORIAS/
MONITORAMENTO_ANOP.PDF>
Matriz de Planejamento
Trata-se de uma esquematização das informações relevantes do planejamento de uma
auditoria. O propósito da matriz de planejamento é auxiliar na elaboração conceitual do
trabalho e na orientação da equipe na fase de execução. É uma ferramenta de auditoria
que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de
decisões sobre metodologia entre a equipe e os superiores hierárquicos e auxiliando na
condução dos trabalhos de campo.
43
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
44
CAPÍTULO 3
Verificações
Durante a execução do trabalho, o auditor deverá estar atento para adotar a melhor forma
de obtenção das provas necessárias a seu trabalho, captando informações consideradas
válidas e satisfatórias e avaliando, de imediato, todas as provas e informações obtidas
no decorrer dos exames.
Análise SWOT
45
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
Verificação de risco
46
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALIACAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_AUDITORIAS/
SWOT_MVR.PDF>
Fraude x Erro
Embora tratem do mesmo assunto, são usados termos diferentes pela auditoria privada,
auditor interno e independente, normatizada pelo Conselho Federal de Contabilidade e
pela auditoria governamental – normatizada principalmente pela Constituição, Tribunal
de Contas e Sistema de Controle Interno de cada Poder, que são respectivamente Fraude/
Erro e Impropriedade/Irregularidade.
Considera-se:
Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus trabalhos, o auditor tem
a obrigação de comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas corretivas,
informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas.
47
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALIACAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_AUDITORIAS/
SWOT_MVR.PDF>
Amostragem
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALIACAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS/AUDITORIAS/
AMOSTRAGEM.PDF>
Observação Direta
III. permite que um observador treinado perceba aspectos que escapam aos
participantes, rotineiramente envolvidos com o programa;
Esse procedimento de auditoria exige senso crítico do auditor, e tal postura crítica o
diferenciará das demais profissões ligadas à contabilidade.
Entrevista
Circularização ou Confirmação
Para ser competente, a prova deve ser tanto válida quanto relevante.
51
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
»» data-base de confirmação;
Existem dois tipos de pedidos de confirmação que podem ser utilizados pela auditoria,
a saber: o positivo e o negativo.
52
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
Análise Documental
Exame documental – uma das técnicas mais utilizadas no âmbito do setor público,
sendo muitas vezes, por falta de conhecimento daqueles que executam o trabalho,
confundida com a própria auditoria; no exame documental, a equipe deverá observar
se as transações realizadas estão devidamente documentadas, se a documentação que
suporta a operação contém indícios de inidoneidade, se a transação e a documentação
suporte foram por pessoas responsáveis e se a operação realizada é adequada em função
das atividades do órgão/entidade.
Fonte: <www.supertrafego.com/cliparts.asp>
53
CAPÍTULO 4
Testes e Exames
Testes Substantivos
a. testes de transações; e
Exame Físico
O exame físico é a verificação in loco. Deverá proporcionar ao auditor a formação de
opinião quanto à existência física do objeto ou item examinado. O exame físico realizado
pelo auditor deve conter as seguintes características:
A título de exemplo, suponha-se o exame físico de um estoque. Esse exame físico tem
por objeto a constatação visual de que o estoque existe e em que quantidade. Contudo,
isso não quer dizer que o auditor esteja capacitado a distinguir todos os possíveis itens
do inventário, mas é preciso que use de bom senso e discernimento para constatar que
o objeto em exame foi identificado com segurança. Quanto ao objeto em exame, deve
certificar-se de que é aquele que deveria ter sido realmente examinado, bem como estar
certo da sua qualidade, isto é, se encontra em bom estado de uso e pode ser aproveitado
na produção ou venda.
O exame físico não existe por si só. Ele é um procedimento complementar para o
auditor certificar-se de que há correspondência contábil. Assim, a existência física serve
para determinar que os registros contábeis estão corretos e seus valores adequados, em
razão da qualidade do item examinado.
é a base de inúmeras ocorrências contábeis, fiscais e legais. Por outro lado, dentro
da própria empresa, existem transações que merecem também ser evidenciadas por
documentação que forneça suporte contábil e de controle interno de sua realização.
Quando o auditor realizar o exame dos documentos originais, deve ter sempre em mente:
Conferência de Cálculos
erros possam ter sido cometidos e que levaram, conseqüentemente, a distorções nas
demonstrações financeiras.
Embora os valores dispostos possam ter sido conferidos pela empresa, é de grande
importância que sejam conferidos pelo auditor. Exemplificando, para uma fita de
soma de um Diário auxiliar de clientes que tenha sido preparada pela área, ainda
que o valor seja de um número infinito de clientes e de grandeza impressionante, é
imprescindível que o auditor refaça sua soma. É importante lembrar que em uma fita
de soma podem ser incluídos ou excluídos números sem que estes sejam impressos.
Além disso, em virtude da queda da eficiência dos funcionários poderão ocorrer erros
que, mesmo ao acaso, acarretarão distorções numéricas, com o conseqüente efeito
nas demonstrações financeiras.
Exame de Escrituração
É a técnica de auditoria utilizada para a constatação da veracidade das informações
contábeis. Esse é o procedimento de auditoria usado para o levantamento de análises,
composições de saldo, conciliações etc.
»» conciliação bancária.
57
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
Investigação Minuciosa
A investigação deve ser colocada em prática em tudo que o auditor examinar. Portanto,
ao examinar uma documentação, ou na obtenção de uma informação, o auditor coloca
em exercício seu julgamento profissional, para determinar se a matéria examinada ou
informação recebida é fidedigna.
Inquérito
O inquérito, como procedimento de auditoria, pode ser utilizado por meio de declarações
formais, conversações normais ou sem compromisso. Quando da aplicação do inquérito,
o auditor deve ter em mente que as respostas obtidas deverão ser examinadas para a
comprovação das informações recebidas.
58
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
Dessa forma, é vital que, para o sucesso total desse projeto, exista, entre a auditoria e o
pessoal entrevistado, aceitação mútua.
Geralmente, as entrevistas envolvem vários pontos de vista, e nem sempre aquilo que
se quer saber é dito; sendo comum surgirem opiniões, filosofias, meias verdades etc.
Ao auditor interessam somente as informações verdadeiras baseadas em fatos reais e
relevantes.
A utilização correta das informações obtidas exige análise criteriosa delas; por essa
razão, as perguntas sobre um mesmo assunto precisam ser feitas a diversas pessoas
durante o inquérito, de forma que se consiga conhecimento profundo e adequado sobre
o assunto.
Um artifício muito usado para efeito de controles internos, gerenciais e contábeis repousa
na manutenção de registros auxiliares que constituem, por vezes, o detalhamento dos
registros principais.
59
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
Dessa forma, a título de ilustração, a contabilidade pode manter o Razão sintético dos
estoques efetuando lançamentos contábeis em bases mensais e globais. Para efeito
de controle, o detalhamento da composição dos estoques repousa na permanência
de registros perpétuos atualizados de cada um dos materiais; seu somatório é o valor
expresso no Razão sintético e principal de contabilidade.
60
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
61
CAPÍTULO 5
Papéis de Trabalho – Conceituação e
Técnicas de Elaboração
Conceito
É o instrumento em que o auditor utiliza para armazenar dados da entidade relacionados
com a execução do trabalho, desde a fase de pré-contratação até a de acompanhamento
das transações e eventos subseqüentes.
Papéis de trabalho são importantes instrumentos usados pelos auditores; são elos entre os
registros da empresa e os relatórios de auditoria. Os papéis de trabalho formam o conjunto
de formulários e documentos que contêm as informações e os apontamentos obtidos
pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações;
constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento da sua opinião.
São utilizados para o registro e a documentação dos objetivos e das metas de um trabalho
de auditoria. Pela natureza antecipadora e preliminar aos trabalhos de campo, referem-se
à fase de organização. Constituem a base da comprovação das diretrizes do trabalho,
podendo servir para comprovar o desempenho da equipe de auditoria e conferir a
compatibilização de suas ações com o que foi previamente definido pelos superiores.
62
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
»» matriz de risco;
»» planos de auditoria;
»» programas de trabalho; e
»» solicitações de auditorias-prévias.
»» revisão contábil;
»» registro de verificações:
63
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
Além dos citados, todos os documentos obtidos pelo auditor como evidência de um
achado de auditoria são considerados parte dos papéis de trabalho, inclusive disquetes,
CDs, fitas de vídeos, DVDs e outros.
»» corrente; e
»» permanente.
Corrente:
»» caixa e bancos;
»» contas a receber;
»» estoques;
»» aplicações financeiras;
»» investimentos;
»» imobilizado;
»» diferido;
»» contas a pagar;
»» imposto de renda;
»» patrimônio líquido;
»» receitas e despesas;
»» revisão analítica;
»» demonstrações financeiras;
Permanente:
»» representar na justiça (no caso de ser movida uma ação contra o auditor
ou a firma de auditoria) as evidências do trabalho executado.
65
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
»» Somente devem ser elaborados papéis de trabalho que têm um fim útil.
66
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
Geralmente, os papéis de trabalho são padronizados para facilitar seu uso, entendimento,
arquivo e sobretudo a arquitetura da evidência do exame praticado.
O layout dos papéis de trabalho deve incluir, obrigatoriamente, espaço que determine
o nome da unidade, departamento, empresa ou área a que se refere; espaço para a
codificação do papel de trabalho; espaço para a evidenciação de quem o preparou,
revisou, aprovou e datas.
67
CAPÍTULO 6
Apresentação dos Resultados:
Relatório e Parecer
Relatório de Auditoria
O trabalho do auditor é materializado no Relatório de Auditoria, o documento emitido
que refletirá os resultados dos exames efetuados contendo, no mínimo:
a. a introdução;
d. a conclusão
Após a conclusão dos trabalhos de auditoria, com base no relatório de auditoria, depois
de avaliadas as manifestações sobre o mesmo ou esgotado o prazo previsto para esse fim,
deverá o auditor interno emitir o documento denominado Decisões de Auditoria –
que conterá as determinações e/ou recomendações, ou não. O documento será elaborado
e assinado pelo Auditor Interno e após ratificado pelos superiores hierárquicos (Diretor
de Auditoria, Secretário etc.) deverá ser encaminhado ao dirigente do órgão ou entidade
auditada para providências ou conhecimento.
Quando verificado que determinado ato foi praticado sem observância à legislação em
vigor ou comprovada qualquer outra irregularidade, o relatório de auditoria concluirá
pela recomendação quanto a procedimentos a serem adotados, responsabilização,
68
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_AUDITORIAS/
ROTEIRO_RELATORIO.PDF>
Figura 7.
69
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
Parecer de Auditoria
O parecer de auditoria é o documento que representa a opinião do auditor sobre a
exatidão e regularidade (ou não) da gestão e a adequação (ou não) das peças examinadas.
O parecer de auditoria será emitido quando o auditor verificar e certificar as contas dos
responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e valores públicos, e de todo
aquele que der causa à perda, à subtração ou ao estrago de valores, bens e materiais de
propriedade ou responsabilidade do Estado.
Tipos de Parecer
70
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
Caso o auditor conclua que haja matéria que envolve inceteza relevante, que não esteja
adequadamente divulgada nas demonstrações contábeis, seu parecer deve conter
ressalva ou opinião adversa, pela omissão ou inadequação da divulgação.
Tipos de Certificado
71
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
1. Normal
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam, entre outros procedimentos:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil
e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que
suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais
representativas adotadas pela administração da sociedade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis
tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas, representam adequadamente em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira da (nome da entidade auditada), em 31 de dezembro de 2002 e de
2001, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus
recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais da
Contabilidade.
Local e data:
NOME DA EMPRESA DE AUDITORIA:
CRC–(UF) .........
72
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam, entre outros procedimentos:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis
e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que
suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas contábeis e estimativas mais
representativas adotadas pela administração da sociedade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis
tomadas em conjunto.
3. As demonstrações contábeis do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001, apresentadas para fins comparativos,
foram auditadas por outros auditores independentes, cujo parecer datado de ..... de ...... de 2002, não continha ressalva.
4. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas, representam adequadamente em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira da ........... (NOME DA ENTIDADE AUDITADA), em 31 de dezembro de
2002, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos
referentes ao exercício findo naquela data, elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais da Contabilidade.
Local e data:
NOME DA EMPRESA DE AUDITORIA:
CRC–(UF) .........
73
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
1. Primeira auditoria
3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas, representam adequadamente em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira da ....... (NOME DA ENTIDADE AUDITADA), em 31 de dezembro de
2002, exceto reflexos de saldos anteriores, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e
as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício findo naquela data, elaboradas de acordo com os
Princípios Fundamentais da Contabilidade.
4. Não examinados, nem foram examinadas por outros auditores independentes, as demonstrações contábeis do exercício
findo em 31 de dezembro de 2001, cujos valores são apresentados para fins comparativos e, conseqüentemente, não
emitimos opinião sobre elas.
Local e data:
74
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam, entre outros procedimentos:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis
e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que
suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas contábeis e estimativas mais
representativas adotadas pela administração da sociedade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis
tomadas em conjunto.
3. A provisão para créditos de liquidação duvidosa constituída pela sociedade em 31 de dezembro de 2002 é de
R$.............. . Todavia, nossos exames indicaram que tal provisão não é suficiente para cobrir as perdas prováveis na
realização de tais créditos, sendo a insuficiência não provisionada, naquela data, de aproximadamente R$ ...............
Conseqüentemente, em 31 de dezembro de 2002, o resultado do exercício e o patrimônio líquido estão superavaliados
em aproximadamente R$..............., líquido dos efeitos tributários.
4. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos da insuficiência de provisão para créditos de liquidação duvidosa comentada
no item 3, as demonstrações contábeis acima referidas, representam adequadamente em todos os aspectos relevantes,
a posição patrimonial e financeira da ............... (NOME DA ENTIDADE AUDITADA), em 31 de dezembro de 2002 e
de 2001, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus
recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais da
Contabilidade.
Local e data:
75
UNIDADE II │ O PROCESSO DE AUDITORIA
15. A companhia não contabilizou a depreciação sobre o imóvel fabril localizado na cidade de ......., no montante de R$
......, por considerar ter o mesmo sido valorizado no exercício, tendo em vista a pavimentação da estrada de acesso à
capital do estado ocorrida no período.
Cidade – Estado
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam, entre outros procedimentos:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis
e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que
suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas contábeis e estimativas mais
representativas adotadas pela administração da sociedade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis
tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, exceto quanto ao fato mencionado na Nota Explicativa no 15 e os reflexos que dele possam advir,
estimados em R$ ....., líquido da provisão de impostos sobre os resultados, as demonstrações contábeis acima referidas,
representam adequadamente em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ......... (NOME
DA ENTIDADE AUDITADA), em 31 de dezembro de 2002 e de 2001, o resultado de suas operações, as mutações
de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas,
elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais da Contabilidade.
Local e data:
76
O PROCESSO DE AUDITORIA │ UNIDADE II
Relatório de Auditoria
1. Objetivo
Apresentar todas as informações referentes à auditoria realizada.
2. Objetivos da Auditoria
Verificar a conformidade [do projeto ou da área auditada] com os processos internos do Sistema de Gestão da Qualidade.
Os documentos utilizados como referência para a realização desta auditoria estão especificados na tabela a seguir:
Código Nome
[código do documento] [nome do documento]
3. Equipe Envolvida
[Preencher um quadro para cada área auditada]
Área Auditada: [Coordenação/Gerência] Data: [dd/mm/aaaa]
4. Observações/Não Conformidades
A tabela a seguir descreve observações e não conformidades identificadas durante a auditoria.
Tipo No Descrição
[RNC ou OBS] [número] [Descrição da observação ou não conformidade]
5. Observações Gerais
6. Conclusão
<Descrever a conclusão>
Data da Emissão do Responsável pela
Função Assinatura
Relatório Emissão
[dd/mm/aaaa] [nome do responsável pela [função do responsável pela [assinatura do responsável
emissão do relatório] emissão do relatório] pela emissão do relatório]
77
AMBIENTE DA AUDITORIA
OPERACIONAL UNIDADE III
E DE GESTÃO
CAPÍTULO 1
Conceituações e suas características
Conceituações
Auditoria de Desempenho é a parte da auditoria governamental que examina o
desempenho dos órgãos quanto aos aspectos da economicidade, eficiência e eficácia.
Exemplificando:
Figura 8.
Fonte: <www.supertrafego.com/cliparts.asp>
78
AMBIENTE DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO │ UNIDADE III
Procurando atingir um maior público que pode ser alcançado pelos benefícios do
programa, ele elabora um material que será remetido pelo correio a centenas de
residências. Visando comunicar a existência do programa, as vantagens que este
oferece e os benefícios para a comunidade, elabora uma carta e prospectos contendo
fotos e desenhos coloridos. Tudo feito utilizando-se dos recursos de computação
gráfica. Centenas de correspondências com este material são remetidas, esperando um
aumento do número de beneficiários de 4% em 2 meses.
Passado este período de 2 meses, verificou-se que o número de beneficiários subiu apenas
1,5%. A ideia da emissão deste material via correio não atingiu plenamente o objetivo.
Podemos afirmar, então, que o gerente de projetos foi eficiente, porém não foi eficaz.
Ao montar a carta e os prospectos, realizou uma boa tarefa, “fez tudo certo”, apesar do
material apresentar boa qualidade, não foi uma ideia que conseguiu atrair o número
desejado de beneficiários do programa, não atingindo o objetivo. A ideia do envio dessa
correspondência não foi “a coisa certa a ser feita” a fim de conseguir 4% de aumento
do número de associados. Uma ideia melhor poderia ter sido, talvez, fazer anúncios em
revistas, jornais, TV.
Ao elaborar um material excelente, o gerente foi eficiente, mas este trabalho não
alcançou os resultados esperados, então não foi eficaz.
Eficácia é fazer algum trabalho que atinja plenamente um resultado que se espera. É
fazer “a coisa certa”, ou seja, a coisa que leve ao resultado almejado.
objetivos almejados, e esse trabalho não deve conter erros demasiados. Deve estar o
mais correto possível.
Se o administrador é eficaz, mas não é eficiente, ou seja, faz o trabalho certo para
alcançar uma meta, mas esse trabalho apresenta diversos erros, então os objetivos
têm chances remotas de serem alcançados.
Se o administrador é eficiente, mas não é eficaz, ou seja, faz os seus trabalhos com um
mínimo de erros, mas nunca realiza um trabalho que levará ao alcance das metas, então
os objetivos nunca serão alcançados.
Definições
80
AMBIENTE DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO │ UNIDADE III
81
CAPÍTULO 2
Auditoria operacional e
suas características
Conceito
A Auditoria Operacional, procurando auxiliar a administração na gerência
e nos resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar os
procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial,
avalia as ações gerenciais e os procedimentos relativos ao processo operacional
dos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, programas de governo,
atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinião sobre
a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia, economicidade, efetividade
e qualidade.
82
AMBIENTE DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO │ UNIDADE III
Fonte: <www.supertrafego.com/cliparts.asp>.
Seguem as nove etapas que compõem a metodologia dos trabalhos de Auditoria Operacional:
4. levantamentos preliminares;
83
UNIDADE III │ Ambiente da Auditoria Operacional e de Gestão
Dentro de cada unidade gestora existe uma gama de atividades importantes a serem
auditadas, induzindo que cada aspecto seja tratado individualmente ao longo de
chamados ciclos de auditoria. Cabe à chefia estabelecer a sequência dos trabalhos.
Levantamentos preliminares
Esta etapa realiza o levantamento do que faz a organização e como realiza suas
operações, obtendo os dados necessários ao conhecimento do órgão, entidade ou
programa analisado, buscando-se a familiarização com o ambiente a auditar.
84
AMBIENTE DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO │ UNIDADE III
Fase I
›› objetivos;
86
AMBIENTE DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO │ UNIDADE III
Fase II
Executada pela equipe de auditoria convocada pelo dirigente, esta fase compreende os
seguintes passos.
›› objetivos;
›› procedimentos;
87
UNIDADE III │ Ambiente da Auditoria Operacional e de Gestão
›› papéis de trabalho.
COMPARAR
PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES
89
CAPÍTULO 3
Auditoria de gestão e suas
características
90
AMBIENTE DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO │ UNIDADE III
Perante o cenário mundial, o Estado apesar de não possuir os mesmos objetivos das
empresas do setor privado, sente-se impelido a transformações no controle interno das
organizações públicas. A estratégia usada para melhorar a máquina estatal substancia
na avaliação do grau de adaptação do Estado em adotar as práticas consideradas de
excelência que visam consolidar as mudanças administrativas dentro do enfoque do
paradigma gerencial.
Por outro lado, para as metas serem atingidas deverão ser desenvolvidos planos de ação,
ou seja, quando uma instituição define as medidas para atingir a meta, estas medidas
são postas em práticas pelo cumprimento do plano de ação.
Ao longo dos anos, a auditoria sempre se preocupou com a análise da regularidade dos
atos administrativos, especialmente quanto à aplicação dos recursos públicos, relevando
as práticas de confirmação e validação das peças financeiras preparadas pelos gestores
públicos no cumprimento do dever de prestar contas.
Apesar da avaliação dos programas, projetos, atividades ou operações dos órgãos públicos,
as técnicas de Auditoria Operacional têm sido pouco aplicadas no âmbito governamental.
92
AMBIENTE DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO │ UNIDADE III
Elas são bastante adequadas e mais avançadas do que as técnicas da auditoria, que visam
à regularidade dos atos.
93
UNIDADE III │ Ambiente da Auditoria Operacional e de Gestão
Atualmente não parece tão relevante buscar o justo equilíbrio da administração pública
somente pela ótica da legalidade, ou seja, pleitear uma boa gestão dos recursos públicos
tendo somente, como parâmetros exclusivos, as leis. Uma evolução sobre este aspecto
ocorreu em face da responsabilidade de gerir melhor os recursos arrecadados com o
intuito de atingir melhores resultados. De modo geral, os gerentes públicos buscaram
maior eficiência norteados por modernos modelos de gestão nas organizações estatais.
As gerências públicas passaram a dar ênfase considerada à economicidade, eficiência,
eficácia e efetividade dos serviços prestados pelas instituições. Dentro dessa visão, a
auditoria no âmbito governamental se tornou imprescindível.
O caminho a ser seguido pelos órgãos de auditorias governamentais tem que passar
pelo exercício da Auditoria de Gestão. Acredita-se que é, por esta porta aberta, que a
auditoria estará desenvolvendo um papel relevante para a organização pública, para o
governo e para a sociedade.
94
Referências
ALMEIDA, M.C. Auditoria – um curso moderno e completo. São Paulo: Saraiva, [s/d].
CRUZ, Flávio da. Auditoria governamental. São Paulo: Atlas, 3a ed. 2007.
FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria contábil. São Paulo: Atlas S/A, 1982.
GAO. Content analysis: a methodology for structuring and analyzing written material.
Washington, 1989.
95
REFERÊNCIAS
HATRY, Harry P.; WINNIE, Richard E.; FISK, Donald M. Pratical program
evaluation for state and local governments. 2. ed. Washington, D. C.: The Urban
Institute Press, 1981.
MAUTZ R.K. Princípios de auditoria. Tradução de Hilário Franco. São Paulo: Atlas
S/A, 2 volumes, 1975.
NATIONAL AUDIT OFFICE. Value for Money – Handbook. Spring, 1997. _____.
What are taxpayers getting for their money? – A value for money guide to
examining outputs and outcomes. Spring, 1999.
Sites
<http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=contabilidade_internacional-coso>
<http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=rescfc830nbct11it05#nbct11it05k>
<http://www.coso.org/Publications/erm/COSO_ERM_ExecutiveSummary_
Portuguese.pdf>
https://www12.senado.leg.br/senado/documentos/institucional/SF/OAS/SCISF
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8443.htm>
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/nbct11_4.htm>.
<http://www.tce.ba.gov.br/Publicacoes/intosai.htm>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/ENTREVISTAS.PDF>.
96
REFERÊNCIAS
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/CONTROLE_DE_QUALIDADE_DE_ANOP.PDF>.
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/MONITORAMENTO_ANOP.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/SWOT_MVR.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/AMOSTRAGEM.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/ENTREVISTAS.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/ROTEIRO_RELATORIO.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/SWOT_MVR.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/AMOSTRAGEM.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/ENTREVISTAS.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/CONTROLE_EXTERNO/
FISCALIZACAO/AVALICAO_PROGRAMAS_GOVERNO/TECNICAS_
AUDITORIAS/ROTEIRO_RELATORIO.PDF>
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/NORMAS_
JURISPRUDENCIA/REGIMENTO_INTERNO/BTCU_ESPECIAL_01_
DE_13_02_2007.DOC>
97
< h t t p:/ / ww w 2.tcu.go v.br /pl s/p ortal/d oc s/PAGE/TCU/PUBLICACOES/
CLASSIFICACAOPORASSUNTO/AUDITORIA/MONITORAMENTO_ANOP.PDF>.
<http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/url/ITEM/E71E78DCC6B743E9E030010A
70006E4C>
<http://www2.tcu.gov.br/portal/page?_pageid=33,440476&_dad=portal&_
schema=PORTAL>
<http://www7.rio.rj.gov.br/cgm/auditoria/publicacoes/planestrat/planestrat.pdf>
<http://www7.rio.rj.gov.br/cgm/auditoria/publicacoes/planestrat/planestrat.pdf>
<www.acep.org.bt/audit/art4.html>
<www.das.ufsc.br/~wangham/auditoria/AuditSistemas.pdf>
<www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/cursos_presenciais/IV_ADM_Orcament/
material3/SLIDES/Oficina_72-sci-.pdf>
<www.modle.ufba.br/mod/data/view.php?d=Psrid=151>
<www.supertrafego.com/cliparts.asp>
<www.supertrafego.com/cliparts.asp>
<www.supertrafego.com/cliparts.asp>.
<www.tesouro.fazenda.gov.br/Premio_TN/IPremio/controle/MHsiafp2PTN/
OLIVEIRA_Alci_Malaquias.pdf>.