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da Gestão Pública
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
CONTROLE............................................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
O CONTROLE NO CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO E DO DIREITO ADMINISTRATIVO.
O CONTROLE NA REFORMA ADMINISTRATIVA............................................................................ 9
CAPÍTULO 2
O CONTROLE COMO FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ESPÉCIES DE CONTROLE.......... 15
CAPÍTULO 3
O CONTROLE NA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA....................................................................... 20
UNIDADE II
CONTROLE INTERNO............................................................................................................................ 27
CAPÍTULO 1
ANTECEDENTES HISTÓRICOS. A LEI
Nº 4.320/1964 E O DECRETO-LEI Nº 200/1967............................................................................ 27
CAPÍTULO 2
O CONTROLE INTERNO E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988................................................. 33
CAPÍTULO 3
A CRIAÇÃO DA SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE (SFC) E O PARADIGMA GERENCIAL. A
CRIAÇÃO DA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU)....................................................... 37
CAPÍTULO 4
FINALIDADES E ATUAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO. O CONTROLE INTERNO
SEGUNDO O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE........................................................... 42
UNIDADE III
CONTROLE EXTERNO........................................................................................................................... 51
CAPÍTULO 1
O CONTROLE EXTERNO PERANTE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. AS CORTES DE CONTAS E SUAS
ATRIBUIÇÕES........................................................................................................................... 51
CAPÍTULO 2
O CONTROLE SOCIAL E OS MEIOS DISPONÍVEIS À SOCIEDADE................................................ 56
CAPÍTULO 3
O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU) E SUAS COMPETÊNCIAS ........................................... 60
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 67
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
Inicialmente, apresentaremos informações pertinentes ao desenvolvimento do controle
na administração pública.
Objetivos
»» Aprofundar os conhecimentos teóricos sobre as ações de Controle, seus
tipos, características, instrumentos e competências.
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CONTROLE UNIDADE I
CAPÍTULO 1
O controle no contexto da administração
e do direito administrativo. O controle na
reforma administrativa
Figura 1.
Figura 2.
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UNIDADE I │ CONTROLE
Um exemplo desta forma de controle são os limites impostos que se referem aos gastos
com pessoal, assim como o valor específico destinado a áreas como saúde e educação
públicas.
Passando para análise do controle subjetivo, este possui um viés mais concreto, não
se estabelecem pela via das leis em sentido estrito, mas por normativas inferiores, mas
seguem os pressupostos descritos na Constituição, se desenvolvem como sistemas
operacionais relativos a determinadas funções estatais.
O controle da administração pública pode ser desenvolvido por meio de dois tipos
distintos de sistemas: o sistema de jurisdição una e o sistema de jurisdição dupla.
10
CONTROLE │ UNIDADE I
[...]
Assim, as normas que realizam tal controle seriam elaboradas pelos representantes
eleitos pelo povo para sua própria defesa frente aos atos da administração e para que
atue sempre visando o bem estar público, não olvidando da ética e das suas limitações.
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UNIDADE I │ CONTROLE
O modelo anterior passava a ser considerado ineficaz, cabendo ressaltar que esta forma
de administração seria aquela descrita por Weber que pressupunha a racionalização e
estaria também presente a noção de dominação na referida teoria.
Assim, foi estabelecida a Reforma Gerencial, que traria muitas mudanças para as
práticas até então executadas na administração pública brasileira.
Visando o cumprimento efetivo dessa reforma que se almejava, fora criado um ministério
especifico para tal mister cuja denominação seria Mare ou Ministério de Administração
Federal e Reforma do Estado, que elaboraria a forma de implementação concreta das
mudanças defendidas pelo governo como necessárias.
[...] era uma imposição histórica para o Brasil, como para todos os
demais países que havia nos cinquenta anos anteriores montado um
Estado do Bem Estar. O grande crescimento que o aparelho do Estado
se impusera para que pudesse garantir os direitos sociais, exigiam que o
fornecimento dos respectivos serviços de educação, saúde, previdência
e assistência social fosse realizado com eficiência. Esta eficiência
tornava-se, inclusive, uma condição de legitimidade do próprio Estado
e de seus governantes. (PEREIRA, 2007, p. 33).
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CONTROLE │ UNIDADE I
O que se observava no contexto anterior à reforma era uma grande ausência de governança
e esta condição seria um grande motivo de enfraquecimento do Estado, já que significa
que o Ente Estatal não realiza nem executa concretamente as decisões que adota.
Assim, uma relevante modificação trazida com a reforma foram os controles tanto em
relação a política fiscal quanto relativamente aos gastos, o que ensejou a publicação,
pouco tempo depois, da Lei de Responsabilidade Fiscal, um divisor de águas para um
efetivo controle da administração pública.
A crise fiscal do Estado era considerada uma das consequências de uma administração
pública burocrática que se apresentava com tamanha ineficiência. Nesse ínterim,
a Lei de Responsabilidade Fiscal é tratada como um avanço para administração
pública, responsável pela promoção de um ajuste fiscal eficiente, sendo essa mudança
acompanhada de outras como a reforma previdenciária e econômica, fazendo-se
imprescindível a revisão do estatuto da estabilidade dos servidores públicos.
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UNIDADE I │ CONTROLE
Esse novo modelo administrativo teria a preocupação não apenas com o controle dos
resultados mas também com o dos meios para a efetivação do interesse público e bem
estar comum.
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CAPÍTULO 2
O controle como função da
Administração Pública.
Espécies de controle
O poder executivo pode ser fiscalizado por si próprio ou pelos outros poderes
Legislativo e Judiciário sempre em prol do bem estar coletivo e cumprimento dos
direitos fundamentais.
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UNIDADE I │ CONTROLE
A função do controle da administração pública por ela mesma se enquadra no seu poder
de autotutela, assim como envolve questões de hierarquia e disciplina.
Espécies de controle
Diversas são as espécies de controles descritas e desenvolvidas pelos doutrinadores,
que são classificadas de acordo com diferentes aspectos ou critérios:
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CONTROLE │ UNIDADE I
1 – controle de cooperação;
2 – controle de consentimento;
3 – controle de fiscalização e
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UNIDADE I │ CONTROLE
De acordo com a origem nos deparamos com as formas de controle interno (exercido
no âmbito do próprio órgão controlado) e externo (realizado por outro poder). Pode ser
ainda classificado segundo o órgão que realiza o controle que pode se desenvolver em
um controle administrativo, legislativo e judiciário.
No que tange ao momento de controle este pode ser exercido de forma preventiva,
concomitante ou de maneira corretiva ao ato.
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CONTROLE │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 3
O controle na execução orçamentária
As receitas arrecadadas são objeto de fiscalização assim como as despesas que irão se
realizar, ou seja, são verificados as obrigações e os direitos.
A legalidade das decisões, a ações dos agentes em relação aos bens se foram ou não
éticas e se os prognósticos dos programas estão adequadamente sendo cumpridos
inclusive sob ponto financeiro.
Com essas formas de fiscalização, podem ser verificadas se as metas que se objetivaram
para o orçamento estariam sendo cumpridas.
Neste diapasão, há que se explicitar que cada Poder se submete a duas espécies de
controle tanto interno quanto externo. O primeiro ocorre dentro do respectivo Poder e
o segundo se realiza pelo Congresso em colaboração com o Tribunal de Contas.
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CONTROLE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ CONTROLE
Há uma legislação de suma importância para o tema sob análise que é a Lei n.
4.320/1964, também conhecida como Lei do orçamento, a qual estabelece normas
gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal
Do controle interno
O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o art. 75, sem
prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente (Art. 76).
Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de
gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas
de todos os responsáveis por bens ou valores públicos. (Art. 78)
Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente
estabelecidas para cada atividade.
Do controle externo
O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar
a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o
cumprimento da Lei de Orçamento. (Art. 81)
Da contabilidade
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UNIDADE I │ CONTROLE
III. os depósitos;
O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as
despesas processadas das não processadas.
Dos balanços
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CONTROLE │ UNIDADE I
I. O Ativo Financeiro.
V. O Saldo Patrimonial.
De acordo com o art. 106, a avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas
seguintes:
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UNIDADE I │ CONTROLE
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CONTROLE INTERNO UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Antecedentes históricos. A Lei
nº 4.320/1964 e o Decreto-Lei nº 200/1967
As tentativas de controle das contas públicas não é um fato recente, ao contrário, desde
a época da colonização já se buscava tal objetivo; cobrava-se a apresentação das contas
dos responsáveis pelas capitanias hereditárias todos os anos.
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
A Lei nº 4.320, de 1964 teria como função precípua a instituição de normas gerais de
Direito financeiro especificamente para a aplicação nos procedimentos de elaboração e
controle dos orçamentos e balanços de todos os entes federativos.
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação
da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e
passivo financeiros.
Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções. (Art. 6º)
I. Planejamento;
II. Coordenação;
III. Descentralização;
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
V. Controle.
c. orçamento-programa anual;
Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão submetidos à coordenação com o
objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos serviços federais. (Art. 9º).
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
Do controle
Art. 13 O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos
os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
Do planejamento, do orçamento-programa e
da programação financeira
Art. 15. A ação administrativa do Poder Executivo obedecerá a programas gerais, setoriais
e regionais de duração plurianual, elaborados através dos órgãos de planejamento, sob
a orientação e a coordenação superiores do Presidente da República.
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CAPÍTULO 2
O controle interno e a Constituição
Federal de 1988
Entretanto, outros teóricos como Franco e Marra (2001, p.267) preferem caracterizar
o controle interno como:
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
Uma palavra muito em voga no que tange ao controle e à responsabilização das contas
e gestão pública é o de accountability que se refere neste contexto a obrigação da
transparência, da prestação de contas:
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
a. os controles administrativos;
b. os controles legislativos;
c. os controles de contas, e
d. os controles judiciários.
O que mais interesse para este estudo é o chamado controle administrativo e este recai
na administração por si própria sobre suas ações e de seus representantes.
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CAPÍTULO 3
A criação da Secretaria Federal de
Controle (SFC) e o paradigma gerencial.
A criação da Controladoria-Geral da
União (CGU)
É editada a medida provisória no 480, de 27 de abril de 1994, que passa a definir que
a Secretaria Federal de Controle (SFC) e a Secretaria do Tesouro Nacional (STN)
integrariam o Sistema de Controle Interno do Executivo.
Não que não houvesse controle interno, este existe desde a década de 1960; a questão
consistia na forma de estruturação e desenvolvimento deste controle, que a partir da
implementação das SFC inicia-se a base de uma aferição concreta de resultados. Os
programas ou políticas públicas surgiam, assim, novas concepções, e se configura uma
nova ordem institucional de viés não tão formalista, mas muito mais efetiva e não
apenas com foco em um meio ou em um processo.
A SFC substitui um modelo anterior e sua sistemática que eram as Cisets, de 1967
originadas do Decreto-Lei nº 200. Este modelo anterior não era tão comprometido
com o objetivo real que se impunha tendo em vista que não havia autonomia, se
encontravam subordinadas diretamente aqueles sob que tinham que realizar o controle.
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
Além disso, neste modelo anterior havia grande descentralização, cada órgão com seu
setor próprio de controle havendo muita dificuldade em se avaliar os programas e a
gestão governamental de forma abrangente e efetiva.
A SFC optou por realizar uma desconcentração em que elabora e dirige as ações de
fiscalização e avaliação, sendo as unidades regionais responsáveis pela implantação das
ações nos órgãos públicos federais que se encontrem nos Estados, permitindo grande
redução de custos com aumento de alcance.
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
Art. 19. Os titulares dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
federal devem cientificar o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União
das irregularidades verificadas, e registradas em seus relatórios, atinentes a atos ou
fatos, atribuíveis a agentes da administração pública federal, dos quais haja resultado,
ou possa resultar, prejuízo ao erário, de valor superior ao limite fixado pelo Tribunal
de Contas da União, relativamente à tomada de contas especial elaborada de forma
simplificada. (Redação dada pela Lei no 12.314, de 2010)
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CAPÍTULO 4
Finalidades e atuação do sistema de
controle interno. O controle interno
segundo o Conselho Federal
De Contabilidade
Art. 19. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa à avaliação da
ação governamental e da gestão dos administradores públicos federais, por intermédio
da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, e a apoiar
o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Art. 20. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal tem as seguintes
finalidades:
III. exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
§ 5o O controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União
visa a aferir a sua consistência e a adequação dos controles internos.
Art. 4o O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal utiliza como técnicas
de trabalho, para a consecução de suas finalidades, a auditoria e a fiscalização.
§ 1o A auditoria visa a avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais,
e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
Art. 5o O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal prestará apoio ao
órgão de controle externo no exercício de sua missão institucional.
43
UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
Art. 6o O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal prestará orientação
aos administradores de bens e recursos públicos nos assuntos pertinentes à área de
competência do controle interno, inclusive sobre a forma de prestar contas, conforme
disposto no parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal.
Art. 7o As atividades a cargo do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal
destinam-se, preferencialmente, a subsidiar:
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
DISPOSIÇÕES GERAIS
ABRANGÊNCIA
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
CLASSIFICAÇÃO
ESTRUTURA E COMPONENTES
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
Outra norma
Introdução
Alcance
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
Data de vigência
Objetivo
Definições
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CONTROLE INTERNO │ UNIDADE II
Requisitos
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UNIDADE II │ CONTROLE INTERNO
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CONTROLE EXTERNO UNIDADE III
CAPÍTULO 1
O controle externo perante a
administração pública. As cortes de
contas e suas atribuições
O controle externo se efetua pelo Congresso Federal que possui como colaborador e
órgão de auxilio o Tribunal de Contas da União. O art. 71 da Constituição Federal elenca
as competências a ser desenvolvidas e executadas no âmbito deste controle:
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UNIDADE III │ CONTROLE EXTERNO
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CONTROLE EXTERNO │ UNIDADE III
No caso dos municípios, a referida contribuição, o apoio viria dos tribunais de contas
municipais, porém, sabemos que nem todos possuem tribunais neste âmbito, assim, o
auxilio adviria da câmara de vereadores.
A função exercida pelos Tribunais de Contas é de grande relevância, estes atuam como
uma espécie de tutores, cuidam do interesse geral dos indivíduos já que realizam um
controle da administração por meio da fiscalização.
Impede ou ao menos torna público para que se adotem as medidas pertinentes toda e
qualquer violação por parte do Estado na condução de sua gestão, estando tal infração
vislumbrada tanto na esfera constitucional quanto infraconstitucional.
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UNIDADE III │ CONTROLE EXTERNO
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CONTROLE EXTERNO │ UNIDADE III
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CAPÍTULO 2
O controle social e os meios disponíveis
à sociedade
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CONTROLE EXTERNO │ UNIDADE III
É oportuno salientar que a disseminação e previsão dos meio de controle social não
foram estabelecidos apenas para reduzir irregularidades e mau uso dos recursos
públicos ou modificação da finalidade na qual este deveria ser aplicado, ou seja, não
seria apenas responsabilização por uma atuação ilegal em desconformidade com a
legislação, mas que os administradores públicos atuem e trabalhem visando à eficiência
na gestão com a concretização de projetos e políticas de forma eficaz e proveitosa para
toda a sociedade.
O controle da sociedade pode ser efetivado sob dois prismas no âmbito do próprio estado
e fora dele, sendo o primeiro denominado de controle governamental e o segundo de
controle social.
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UNIDADE III │ CONTROLE EXTERNO
O controle social vem sendo proporcionado de diversas maneiras como por meio
da criação dos portais da transparência pelos governos nos diversos âmbitos
proporcionando o acesso aos dados e estatísticas da gestão.
Podem ser citados vários outros instrumentos relacionados ao controle da gestão como
a denúncia popular (art. 74, § 2º); ação popular (art. 5º, LXXIII); plebiscito (art.14, I
e art.18, §§3º e 4º); referendo (art.14, II); iniciativa popular (art.14, III, art. 27, §4º,
art. 29, XIII e art. 61, §2º); Ação Civil Pública; Conselhos Gestores de Políticas
Públicas, entre outros.
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CAPÍTULO 3
O Tribunal de Contas da União (TCU) e
suas competências
Art. 1° Ao Tribunal de Contas da União, órgão de controle externo, compete, nos termos
da Constituição Federal e na forma estabelecida nesta Lei:
IX. aplicar aos responsáveis as sanções previstas nos arts. 57 a 61 desta Lei;
XVI. decidir sobre denúncia que lhe seja encaminhada por qualquer cidadão,
partido político, associação ou sindicato, na forma prevista nos arts. 53 a
55 desta Lei;
XVII. decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade competente,
a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e
regulamentares concernentes a matéria de sua competência, na forma
estabelecida no Regimento Interno.
§ 2° A resposta à consulta a que se refere o inciso XVII deste artigo tem caráter normativo
e constitui prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto.
61
UNIDADE III │ CONTROLE EXTERNO
II. aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte dano ao Erário;
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CONTROLE EXTERNO │ UNIDADE III
VI. todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos
à sua fiscalização por expressa disposição de Lei;
Havia uma diferença de tratamentos dos dois institutos pela Constituição Federal de
1967 e a de 1988. Na anterior, entre a auditoria e a inspeção havia uma relação de
subordinação, a segunda se subordinava a primeira, observe a forma de tratamento
deferido pela Constituição de 1967: “a auditoria financeira e orçamentária será exercida
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UNIDADE III │ CONTROLE EXTERNO
sobre as contas das unidades administrativas dos três Poderes da União, que, para esse
fim, deverão remeter demonstrações contábeis ao Tribunal de Contas, a quem caberá
realizar inspeções que considerar necessárias”.
Por sua vez, Constituição Federal de 1988 posicionou os dois institutos em um mesmo
patamar, caminhando ambos lado a lado, estabelecendo que o TCU deveria proceder
as auditorias e inspeções de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, sendo possível observar assim a atuação em conjunto.
O link <http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/institucional/conheca_
tcu/ institucional_competencias/competencias_inspec_audit> refere-se ao sítio
do Tribunal de Contas da União onde são fornecidas informações acerca dos
instrumentos da inspeção e auditorias realizados pela Corte de Contas:
Inspeções e auditorias
O inciso IV do art. 71 da Constituição Federal determina que o TCU realize, por
iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica
ou de inquérito, auditorias e inspeções de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial nos órgãos e entidades da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal.
As inspeções, por sua vez, visam suprir omissões e lacunas de informações, esclarecer
dúvidas ou apurar denúncias quanto à legalidade e à legitimidade de atos e fatos
administrativos praticados por responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal.
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CONTROLE EXTERNO │ UNIDADE III
O Tribunal realiza, em média, 850 fiscalizações por ano, entre auditorias e inspeções.
Desde 29 de junho de 1995, os Tribunais de Contas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, congregados na Organização das
ISC da CPLP, vêm promovendo importantes ações de cooperação, tais como a realização
de cursos e estudos conjuntos, o intercâmbio de auditores para cursos e estágios e,
também, a permuta de publicações técnicas.
A Organização das ISC da CPLP é constituída por uma Assembléia Geral, um Conselho
Diretivo, uma Secretaria-Geral e um Centro de Estudos e Formação. A Secretaria-Geral
65
UNIDADE III │ CONTROLE EXTERNO
funciona no Tribunal de Contas da União desde 1995, enquanto que o Centro de Estudos
e Formação funciona no Tribunal de Contas de Portugal.
Em 1997, passaram a integrar o grupo das EFS dos países do Mercosul a Controladoria
Geral da Bolívia e a Controladoria Geral do Chile. Considerando que Bolívia e Chile são
países em vias de ingresso no Mercosul, as duas Instituições foram aceitas como novos
membros, havendo ambas ratificado os termos do Memorandum de Entendimentos
de julho de 1996. Juntamente com as Entidades Fiscalizadoras da Argentina, Brasil,
Paraguai e Uruguai, as duas instituições formam agora a Organização das EFS dos
Países do Mercosul, Bolívia e Chile.
66
Referências
ABANESE, Robert. Managing: toward accountability for performance. 3. ed.
Homewood, Illinois: Irwin,1981.
ABRANTES, José Serafim. LRF fácil – guia contábil da Lei de Responsabilidade Fiscal
– apresentação. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade – Instituto Ethos, 2001.
CASTRO, Robíson G. de; LIMA, Diana Vaz de. Contabilidade pública – Integrando a
União, os Estados e os Municípios. São Paulo: Atlas, 2000.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 20. ed. 2. reimpr. São
Paulo: Atlas, 2007.
FALCONI, Campos, Vicente. TQC: controle da qualidade total. 6. ed. Rio de Janeiro:
Bloch, 1995.
68
REFERÊNCIAS
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2001.p.267
MACHADO JÚNIOR; REIS. A Lei n. 4.320 comentada. 26. ed. Rio de Janeiro:
IBAM, 1995.
MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI JÚNIOR, Paul H. Administração:
conceitos e aplicações. São Paulo: Harper & How do Brasil, 1986.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 32. ed. São Paulo:
Malheiros, 2006.
MELO, Oswaldo Aranha Bandeira de. Eficácia das decisões dos Tribunais de
Contas. Revista dos tribunais. a. 81, v. 685, p. 7-14, nov. 1992.
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mecanismos de controle. Brasília: Ministério da Administração Federal e Reforma do
Estado, 1997. p. 42.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 22 ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2003.
70
REFERÊNCIAS
71