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e Elaboração de Documentos
Psicológicos
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
Avaliações psicológicas................................................................................................................. 9
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Unidade iI
Capítulo 1
A medida............................................................................................................................... 27
Capítulo 2
Capítulo 3
O processo de avaliação................................................................................................. 40
Unidade iII
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 1
Diferenciação dos tipos de documentos psicológicos............................................. 59
Capítulo 2
Aspectos técnicos para a elaboração dos documentos............................................ 65
Referência..................................................................................................................................... 83
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
A avaliação psicológica é um procedimento composto por ferramentas consideradas
válidas cientificamente, que servem para avaliar os processos psicológicos, sendo o
psicólogo o único habilitado por lei a utilizar os instrumentos disponíveis no mercado.
Objetivos
»» Compreender o contexto histórico e conceitual.
8
Avaliações Unidade I
psicológicas
Capítulo 1
Contexto conceitual e histórico
O contexto conceitual
A avaliação psicológica é um processo técnico e científico que visa avaliar os diversos
processos psicológicos que compõem o indivíduo, sendo o psicólogo o único profissional
habilitado por lei para exercer esta função. Pode ser realizado individualmente ou em
grupo e requer metodologia específica. Trata-se de um estudo de levantamento de dados
que tem como objetivo testar hipóteses em diferentes áreas de atuação do psicólogo, tais
como, clínica, trabalho, educação, entre outros, e produzir diagnósticos descrevendo o
funcionamento desses indivíduos ou grupos (e suas implicações) e fazendo predições
sobre comportamentos ou desempenhos em casos específicos (CONSELHO FEDERAL
DE PSICOLOGIA, 2007).
9
UNIDADE I │ Avaliações psicológicas
10
Avaliações psicológicas │ UNIDADE I
De onde vem essa segurança? Quais são os pressupostos dessa prática e dessa confiança?
Para a melhor compreensão do que nos leva a esse tipo de consulta ao site do conselho
da profissão é necessário percorrer a história e estruturação desse modelo proposto.
O contexto histórico
11
UNIDADE I │ Avaliações psicológicas
A Psicologia entra nos Estados Unidos por meio de James McKeenCattell (1860 – 1944),
que também foi aluno de Wundt e Galton no laboratório de Antropometria, estudioso
interessado nas diferenças individuais, ele publicou o artigo intitulado “Mental Tests
and Measurements” (1890), no qual inaugura o termo testes mentais. Graças a este
trabalho e de seus seguidores, o desenvolvimento de instrumentos psicológicos
converteu-se num importante aspecto da psicologia americana. Alguns trabalhos foram
desenvolvidos, dando visibilidade na área de educação e nos estudos dos processos
mentais, sua proposta científica era a medição das diferenças entre as pessoas.
12
Avaliações psicológicas │ UNIDADE I
Fonte: <https://www.braingymmer.com/en/blog/iq-eng/>.
No entanto, o que de fato marcou a expansão dos testes psicológicos foi a Primeira
Guerra Mundial, em especial nos Estados Unidos, em 1917. Foram aplicados inúmeros
testes nos soldados em meio da necessidade de formar rapidamente o quadro do exército
americano. O exército precisava recrutar mais de um milhão de soldados, da maneira
mais rápida possível. Foram então aplicados os primeiros testes coletivos da história,
testes de nível mental, os testes Army Alpha (para soldados alfabetizados) e Army Beta
(soldados analfabetos) (BUNCHAFT; CAVAS, 2001).
Terman foi designado a trabalhar, junto com outros psicólogos, na aplicação de testes
que tinham como objetivo categorizar recrutas do exército. Sendo assim, a história
revela que a primeira administração em massa de testes de QI foi feito com 1,7 milhões
de soldados durante a Primeira Guerra Mundial. O exército precisava de um teste mais
simples que o Stanford-Binet e que fosse aplicado coletivamente, optaram pelo teste
elaborado pelo laboratório chefiado por Robert Yerkes (1876- 1956). Esse teste tinha
como base as questões de múltipla escolha, contribuição de Arthur Otis (1886-1964). Os
recrutas com as melhores notas foram treinados como oficiais, enquanto aqueles com
menores notas não receberam treinamento oficial. O trabalho durante a guerra provou,
para os americanos, que os testes de inteligência poderiam ter utilidade mais ampla.
Depois da guerra, Terman e seus colaboradores usaram os testes de inteligência nas
escolas e indústrias para melhorar e aumentar a eficiência de crianças e trabalhadores.
(URBINA, 2009). O trabalho desses psicólogos durante a guerra também incentivou o
desenvolvimento e a aplicação dos testes em grupo para a avaliação das características
13
UNIDADE I │ Avaliações psicológicas
A história no Brasil
De acordo com Souza Filho, Belo e Gouveia (2006): “A história dos testes psicológicos
no Brasil confunde-se com a história da própria Psicologia enquanto ciência e profissão”.
Após os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, surgiram mais avanços na área de
Psicologia. Profissionais das mais diversas áreas buscaram, nesse novo conhecimento,
informações para fundamentarem as suas práticas. O Brasil sofre influência do
movimento europeu e também do movimento norte-americano e os testes ganharam
destaque no início do século XX. Com a modernização dos processos administrativos,
os instrumentos psicométricos passaram a ser usados nas organizações de trabalho, na
clínica e também na educação, em pouco tempo acabou sendo comum em diversas áreas.
Segundo Zanelli (2002), a década de 1950 foi marcada pelo surgimento da Psicologia
Industrial, mas desde 1924 o engenheiro suíço Roberto Mange (1885 – 1955) orientava
projetos pioneiros na área. Ele fundou o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e orientou
o trabalho de Seleção e Orientação dos alunos matriculados no curso de Mecânica. Em
1931 também fundou o Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT), com a
implantação de serviços de Psicologia Aplicada ao Trabalho e participou da elaboração
14
Avaliações psicológicas │ UNIDADE I
Fonte: <https://ripehp.com/2014/07/07/arquivos-brasileiros-de-psicologia-prorroga-submissao-de-trabalhos-sobre-mira-y-
lopez/>. Acesso em: 6/9/2017.
15
Capítulo 2
Ética, possibilidades e desafios atuais
[...]
[...]
16
Avaliações psicológicas │ UNIDADE I
É claro que todos os artigos do código de ética servem como pano de fundo da
atuação do psicólogo no processo de avaliação psicológica e todas as suas ações
devem estar pautadas nessas diretrizes que regulamentam a profissão. O objetivo
de trazer esses trechos é apenas ponderar de forma mais direcionada sobre pontos
específicos dessa prática. O Código de Ética da Psicologia indica, em seu princípio
fundamental, que a prática deve estar embasada na Declaração Universal dos
Direitos Humanos visando à “promoção da liberdade, da igualdade e da integridade
do ser humano” (CFP, 2014, p.7)
<http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-
psicologia.pdf>.
17
UNIDADE I │ Avaliações psicológicas
18
Avaliações psicológicas │ UNIDADE I
Noronha (2002) postula que no Brasil, nos últimos quinze anos, os testes passaram
por um descrédito e foram criticados por não serem adequados à realidade brasileira.
19
UNIDADE I │ Avaliações psicológicas
É claro que o fator técnico presente no processo de avaliação não representa a sua
totalidade. É importante apontar os aspectos relacionados à cientificidade, mas em
seu desenvolvimento o aspecto avaliativo deve ser compreendido de forma ampliada
e atrelada ao compromisso social e político. No entanto, isso não pode restringir a
argumentação, da crítica, de que os testes psicológicos estão a serviço de um poder
hegemônico. Além disso, nenhuma prática é mais importante em Psicologia que o
pressuposto do cuidado humano, pois em qualquer forma de avaliação, o foco está na
relação que se estabelece. Seria empobrecido explicar a avaliação apenas em relação a
interação entre características do sujeito e características técnicas dos procedimentos.
Essa forma de compreensão seria a exclusão de outros fatores que indicam a
complexidade da tarefa.
Avaliar contém julgamento, mas é essencial que o psicólogo tenha plena consciência da
responsabilidade e importância de se fazer um uso benéfico dos resultados obtidos no
processo de avaliação, tendo como imperativo o posicionamento ético e coerência em
seu exercício profissional. Se for diferente, será evidenciado que as lacunas do saber, das
habilidades e competências de avaliar farão com que apareçam os erros profissionais, a
falta ética e a classe profissional caia em descrédito perante a sociedade.
A área de avaliação cresceu muito com isso, grupos ligados à área se organizaram em
reuniões na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP),
20
Avaliações psicológicas │ UNIDADE I
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v12n3/v12n3a11.pdf>.
21
Capítulo 3
Diretrizes do Conselho Regional de
Psicologia
Para esse trabalho foi instaurada uma Comissão, no período de 2002 a 2004, e esta
orientou as ações desenvolvidas na gestão de 2005 a 2007 e 2008 a 2010. Ao longo dos
anos, os profissionais da área que fazem parte desta “Comissão Consultiva em Avaliação
Psicológica do Conselho Federal de Psicologia” estudaram a avaliação psicológica em
diversos contextos, acessando material e publicações de diversos autores renomados e
que muitas vezes prestaram consultoria para agregar valor e acumular conhecimentos
sobre os instrumentos, em especial os testes psicológicos.
22
Avaliações psicológicas │ UNIDADE I
O livro publicado em 2010 é composto por 196 páginas e foi organizado em dez partes,
sendo uma apresentação e nove capítulos. Ele foi impresso em setembro e apresentado
pela primeira vez no 3o Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão. Ele
relata, em detalhes, o processo histórico, que compõe a elaboração e instituição do
sistema, bem como as políticas que permeiam as definições relacionadas às diretrizes.
1. Introdução
23
UNIDADE I │ Avaliações psicológicas
»» Construto.
»» Área de aplicação.
»» Propósitos do teste.
»» Procedimento de adaptação.
»» Fundamentação teórica.
»» Fidedignidade.
»» Validade.
»» Sistema de correção.
24
Avaliações psicológicas │ UNIDADE I
Tem-se registro que até fevereiro de 2017, 295 testes foram submetidos à análise, sendo
que 110 testes receberam parecer desfavorável e 164 foram considerados favoráveis,
ou seja, possuem condições de uso profissional pelo psicólogo, os demais estão em
processo de análise.
Além do trabalho de avaliação dos testes realizado pelo CFP, ele tem oferecido
esclarecimentos e orientações aos órgãos públicos e privados sobre a prática da avaliação
psicológica, incluindo o uso dos testes nos diferentes contextos, como por exemplo, em
concursos públicos e nos processos judiciais em que esse objeto está em pauta.
Desde então, o CFP tem mantido a interlocução com a academia e com instituições
de pesquisadores que constituem espaços importantes de produção de conhecimentos,
fortalecendo a relação entre a ciência e a profissão.
É claro que a produção do material não esgota todos os assuntos que deveriam ser
tratados diante de um tema tão relevante dentro da atuação profissional do psicólogo.
Está posto que muitos desafios foram lançados e a cada dia a comissão evolui para
contemplar as lacunas que ainda existem sobre o tema em questão. Ainda existem
diferentes contextos pouco explorados e que envolvem a subjetividade humana, isso,
de fato exige mais construções teóricas e metodológicas sobre o fenômeno psicológico,
bem como sobre o desenvolvimento de métodos e técnicas de diagnósticos referentes a
tais fenômenos.
Em 2013, o CFP lançou uma cartilha com destaque para informações importantes e
que tratam de maneira mais reduzida sobre as diretrizes divulgadas anteriormente.
Esse material foi amplamente divulgado entre os psicólogos, nas universidades e para
a sociedade em geral. Para que todos tenham conhecimento de aspectos fundamentais
dessa prática tão importante dentro da Psicologia.
25
UNIDADE I │ Avaliações psicológicas
26
A Ciência
Das Medidas Unidade iI
Psicológicas
Capítulo 1
A medida
A medição é uma das condições fundamentais para que um ramo de estudo seja
considerado ciência, as vantagens do estudo das medidas nas ciências humanas nos
remetem a maior objetividade e a facilidade da comunicação dos resultados de pesquisas.
Em Psicologia, os atributos são medidos por meio de teorias, o que quer dizer que
não existem instrumentos objetivos que permitem fazer as relações diretas entre as
variáveis, tais como balanças, fita métrica, régua etc. Por isso, será necessário recorrer
a uma teoria que indica as relações entre os atributos e a realidade que poderá ser
comprovada empiricamente. Assim, ocorrerá uma medida indireta por meio de seus
indicadores, ou seja, é por meio da teoria que será possível fazer inferências sobre os
construtos e a realidade a eles relacionada.
27
UNIDADE II │ A Ciência Das Medidas Psicológicas
»» Nominal.
»» Ordinal.
»» Intervalar.
»» Razão ou proporcional.
Ex.: Nominal
Masculino = 1
Feminino = 2
Ex.: Ordinal
1– Gerente
2 – Analista
3 – Assistente
O nível de medida intervalar é aquele em que os intervalos entre os números nos dizem
a posição e a distância em relação a alguma característica. Nesse nível de medida,
admite-se a soma e a subtração dos valores numéricos. Em termos de estatística
descritiva, é possível extrair média aritmética, mediana e desvio padrão. Esse é um nível
de medida muito utilizado em Psicologia, nas escalas de inteligência, atenção, entre
outras. Vale notar que na Psicologia não se trabalha com a ausência total do construto,
sendo, portanto, nessa escala, o zero arbitrário. Por exemplo, se a pessoa A tirou 1 na
prova e a pessoa B tirou 3 podemos concluir que a pessoa A está a 2 pontos da pessoa B.
28
A Ciência Das Medidas Psicológicas │ UNIDADE II
Ex.: Intervalar
Pessoa Pessoa
A B
I___I___I___I___I
0 1 2 3 4
O nível de medida de razão ou proporcional também informa sobre a ordem relativa dos
objetos e o tamanho da diferença, no entanto, o zero é absoluto (real). Em Psicologia,
são raras as escalas de razão, pois não existe, por exemplo, alguém com um resultado -5
em protocolos que avaliam a inteligência.
Ex.: Razão
I___I___I___I___I
-2 -1 0 1 2
O que se pode concluir é que as variáveis psicológicas podem ser quantificadas utilizando
diferentes níveis de mensuração que vão do mais simples (nominal) ao mais complexo
(intervalar e razão), e uma vez identificada a natureza da medida é possível designar
qual a estatística ou operação aritmética apropriada para a análise dos dados medidos.
Escalas de avaliação
29
UNIDADE II │ A Ciência Das Medidas Psicológicas
Alternativa Valor
Concordo (ou aprovo) totalmente 5
Concordo (ou aprovo) parcialmente 4
Indeciso 3
Discordo (ou desaprovo) parcialmente 2
Discordo (ou desaprovo) totalmente 1
Fonte: Própria autora.
Existem vários tipos de escalas, entre as mais utilizadas estão: as escalas numéricas, escalas
gráficas, escalas de escolha forçada, escalas baseadas em padrões, escalas de diferencial
semântico, escalas do tipo likert e escala de pontos acumulados (exemplos a seguir).
Para a escolha da escala ideal, o pesquisador deve estar atento aos pressupostos que
se relacionam a essa mensuração, a natureza de sua pesquisa e também ao nível de
medida. Por exemplo, tradicionalmente, as escalas de atitude permitem a mensuração
por nível de intervalo. Na construção do exemplo anterior, o método denominado foi o
de “avaliações somadas” ou mais conhecida como escala do tipo Likert que pressupõe
uma mensuração intervalar.
Nesse tipo de escala são apresentadas afirmações buscando medir o grau de concordância
ou discordância com a afirmação. Para cada resposta é atribuída uma pontuação. As
alternativas marcadas ajudam o pesquisador a entender o grau de favorabilidade ou não
frente ao objeto estudado. Se a pessoa tende a marcar concordo na maioria das questões,
mesmo não concordando totalmente, está clara a sua tendência perante o objeto.
Essa escala somatória parte da premissa de que as crenças sobre o objeto da atitude são
oriundas de uma atitude geral, nela são elaboradas diversas afirmações relacionadas ao
objeto pesquisado, depois atribuído uma relação com o grau de concordância, na qual
o respondente informa a direção de concordância ou discordância em relação a cada
informação. O somatório das pontuações para cada afirmação é obtida pelo total da
resposta de cada respondente (PASQUALI, 1996).
Escalas numéricas
Em uma escala de 1 a 10, marque o quanto você está satisfeito com os itens a seguir,
sendo 1 para completamente insatisfeito e o 10 completamente satisfeito.
30
A Ciência Das Medidas Psicológicas │ UNIDADE II
Trabalho 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Saúde 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Família 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Escalas gráficas
Marque a alternativa que representa o seu grau de satisfação com os seus colegas de
trabalho:
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Nome Avaliador
Cargo Departamento
Desempenho + _
Apresenta produção elevada
Aceita críticas
Superior Maria
Alta João
Média Pedro
Baixa Manoel
Inferior José
Em relação ao seu chefe direto, qual sua opinião sobre os seguintes atributos:
SIMPÁTICO x ANTIPÁTICO
31
UNIDADE II │ A Ciência Das Medidas Psicológicas
Depois da elaboração das afirmações, os itens devem ser apresentados a juízes que vão
indicar se as questões estão bem formuladas, se houve boa compreensão e possíveis
melhorias, para que seja iniciada a primeira aplicação experimental para compor a
forma final da escala.
Após a primeira aplicação experimental e inserção correta dos dados numa planilha
eletrônica serão permitidas várias análises, inclusive as validações (veremos no
próximo capítulo). Existem muitas técnicas estatísticas para analisar dados coletados
em pesquisa, muitas delas envolvem fórmulas e raciocínios complexos, porém, o nosso
objetivo é apenas ilustrar os procedimentos mais comuns em linhas gerais.
Segundo Pasquali (1996), deve-se considerar, também, que a observação dos fenômenos
empíricos é sujeita a erros devido ao instrumental de observação e as diferenças do
observador, além de outros erros comuns ao processo de avaliação. Sendo assim,
devemos considerar que qualquer medida venha acompanhada de indicadores do erro
provável, e este será analisado sob a ótica da estatística verificando se o valor encontrado
está dentro dos limites aceitáveis da medida.
32
A Ciência Das Medidas Psicológicas │ UNIDADE II
33
Capítulo 2
Os instrumentos e suas características
psicométricas
A TCT compreende uma metodologia que procura o resultado total, isto é, ela foca no
resultado final e sua compreensão. Por exemplo, se num teste de aptidão de 40 itens
atribuindo-se 1(um) para o acerto e 0 (zero) para o erro, o sujeito acertou 30 itens e errou
10, a TCT se pergunta o que significa 30 para esse sujeito. A avaliação é global e focada
no comportamento e não no traço latente. Este modelo considera três componentes
básicos nessa avaliação: o escore bruto (empírico) ou soma dos pontos obtidos no teste
(T), o escore verdadeiro (V) e o erro cometido nessa medida(V) (PASQUALI, 2003).
De acordo com Bunchaft e Cavas (2001), na análise dos itens, seguindo a TCT, algumas
estratégias são mais comuns para definir quais os itens irão compor a forma final dos
testes: O IPD (Índice de poder discriminante) que discrimina sujeitos com escores altos
e baixos, o índice de facilidade que faz referência ao índice de dificuldade de cada item
e o Índice de efetividade dos distraidores.
A TRI também é conhecida como a Teoria do Traço Latente, pois leva em consideração
que as respostas observadas no testes, estão sempre relacionadas aos traços latentes
ou as habilidades que não são observadas. Nesse modelo, procura-se representar
34
A Ciência Das Medidas Psicológicas │ UNIDADE II
Validade
»» Validade de conteúdo.
»» Validade de construto.
35
UNIDADE II │ A Ciência Das Medidas Psicológicas
Esse tipo de avaliação chamada tripartite tem sido questionada e aprimorada, por
isso, contemporaneamente, a validade não está mais distinguida em tipos, mas sim
em fontes pelas quais se torna possível encontrar evidências dessa validade, a nova
nomenclatura inclui:
36
A Ciência Das Medidas Psicológicas │ UNIDADE II
Fidedignidade
»» Método de teste-reteste.
No Método das formas alternadas ou método das formas paralelas, aplica-se duas
formas de testes equivalentes ao mesmo grupo calculando a correlação entre elas. É
necessário controlar algumas fontes de variância de erro, para que os resultados avaliem
de forma eficaz e assegurem um real paralelismo.
No método de precisão entre avaliadores, é solicitado a dois ou mais avaliadores que eles
avaliem os protocolos dos mesmos sujeitos depois os resultados são correlacionados.
As fontes de erro, neste caso, podem estar ligadas à subjetividade dos avaliadores.
38
A Ciência Das Medidas Psicológicas │ UNIDADE II
Além das informações sobre validade e fidedignidade o manual do teste deve conter
um capítulo que descreve o modelo teórico que fundamento o construto trabalhado e
os dados referentes ao processo de avaliação, ou seja, informações sobre os padrões de
aplicação (padronização) e normatização que serão tratados no próximo capítulo.
39
Capítulo 3
O processo de avaliação
É importante ressaltar que tais informações são encontradas nos manuais de qualquer
teste psicológico válido e garantir essa uniformidade é responsabilidade do psicólogo.
Quando um pesquisador submete o material produzido sobre o teste ao conselho federal
de psicologia, é essencial que ele disponibilize toda a informação referente a forma
correta e esperada de aplicação, bem como a forma de interpretação dos resultados.
40
A Ciência Das Medidas Psicológicas │ UNIDADE II
41
UNIDADE II │ A Ciência Das Medidas Psicológicas
Após o controle do ambiente e a devida aplicação, o psicólogo irá obter o escore bruto
do sujeito no teste. O escore bruto ou resultado obtido não tem em si um significado, o
profissional deverá recorrer à determinação de normas que foram geradas na fase final
de validação do instrumento com o objetivo de contextualizar e apurar o significado
dessas respostas de acordo com um grupo normativo (amostra usada na padronização).
O critério de referência ou a norma de interpretação é formado por três padrões:
›› Idade mental.
escore será expresso como percentil 40, o que indica que 40% tem
escore menor que 20 e 60% tem escore maior (PASQUALI, 2001)
<http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/04/
anodaavaliacaopsicologica_prop8.pdf>.
43
UNIDADE II │ A Ciência Das Medidas Psicológicas
44
Tipos de
Avaliação Unidade iII
Psicológica
Capítulo 1
Áreas de inserção no mercado
Figura 10.
Fonte: <http://i2.wp.com/www.psicologiamsn.com/wp-content/uploads/2015/02/noticia_30012013_110405curso1.
png?resize=350%2C200>. Acesso em: 6/9/2017.
Área clínica
Figura 11.
45
UNIDADE III │ Tipos de Avaliação Psicológica
O tempo destinado para a avaliação psicologia é variado, pois depende de fatores como a
situação apresentada, a necessidade ou não do uso de instrumentos específicos e também
a maior ou menor contribuição do paciente. Um exemplo mais explícito relacionado
a esta questão é o caso de pacientes menores de idade (crianças e adolescentes) que
incluem os responsáveis no processo da avaliação.
Área neuropsicológica
Figura 12.
46
Tipos de Avaliação Psicológica │ UNIDADE III
Área organizacional
Figura 13.
Fonte: <https://media.licdn.com/mpr/mpr/shrinknp_800_800/
AAEAAQAAAAAAAAhJAAAAJDYzMjBiMmI0LWU2OTYtNGM5MS04OWRiLTNjMjY1MDZmMTAxZQ.jpg>. Acesso em: 8/9/2017.
47
UNIDADE III │ Tipos de Avaliação Psicológica
Figura 14.
Fonte: <http://www.aguiadefogo.com.br/site/>.
»» NR 12 – Máquinas e equipamentos
48
Tipos de Avaliação Psicológica │ UNIDADE III
Além das entrevistas, o psicólogo utiliza testes que avaliam atenção concentrada,
sustentada, difusa, alternada ou dividida, inteligência, testes de personalidade focados
em levantar dados sobre ansiedade, impulsividade, estabilidade emocional, controle
emocional entre outros.
Área da aprendizagem
Figura 15.
Fonte: <http://www.gazetadopovo.com.br/ra/pequena/Pub/GP/p3/2011/04/24/VidaCidadania/Imagens/Vivo/detran_
ilustra_2304!.jpg>. Acesso em: 8/9/2017.
49
UNIDADE III │ Tipos de Avaliação Psicológica
Área jurídica
Figura 16.
A avaliação psicológica para casos judiciais deve agregar informações relevantes do perfil
psicológico de um sujeito, casal ou família com o fim de auxiliar na tomada de decisão
em um processo judicial, podendo ser solicitado pelo Tribunal ou pelo particular. No
caso desta solicitação ser feita para menores de 18 anos deve ter o consentimento de seu
representante legal.
50
Tipos de Avaliação Psicológica │ UNIDADE III
Área de trânsito
Figura 17.
51
UNIDADE III │ Tipos de Avaliação Psicológica
Figura 18.
A avaliação psicológica para registro e porte de arma é obrigatória, de acordo com a Lei
no 10.826 (em vigor):
Existem normas predefinidas para que esta Lei se cumpra e estas normas estão na Ordem
de Serviço no 1 de agosto de 2004. Nesta Ordem consta, por exemplo, que o candidato
inapto só poderá passar por nova avaliação após 90 dias do resultado negativo da
primeira. Além disso, a norma estipula a quantidade máxima de dez baterias de testes
por dia para a aplicação do avaliador. O laudo com o resultado deverá ser encaminhado
em cópia para a superintendência ou delegacia regional, sempre lacrado respeitando o
sigilo do processo em até 15 dias a contar do dia da avaliação. A entrega é protocolada
com um recibo. A validade do laudo para o Sistema Nacional de Armas, tanto para o
registro como para o porte, é de três anos para o cidadão que justifique sua necessidade
do uso da arma, dois anos para as Guardas Municipais ou Metropolitanas e um ano
para a Segurança Privada.
52
Capítulo 2
Alguns dos instrumentos utilizados
Figura 19.
Fonte: <http://www.isec.psc.br/wp-content/uploads/2014/08/1601295_647675835286375_7088945265359667035_n.jpg>.
Acesso em: 8/9/2017.
Alguns critérios são fundamentais para a definição dos instrumentos a serem utilizadas
na Avaliação Psicológica. Entre eles podem ser citados:
Para além dos instrumentos serem bem escolhidos, o profissional que atua com
Avaliação Psicológica necessita ter competência para uma aplicação e avaliação
adequada. Para tanto, a qualificação teórica e prática é fundamental para esta atuação.
Caso o avaliador seja estudante de Psicologia, é preciso que seja supervisionado por
psicólogo formado.
53
UNIDADE III │ Tipos de Avaliação Psicológica
54
Tipos de Avaliação Psicológica │ UNIDADE III
»» Assegurar que as mesas e cadeiras que serão utilizadas pelos sujeitos não
sejam incomodas dificultando a postura.
Testes psicológicos
Os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação e registro de
amostras de comportamentos e respostas de indivíduos com o objetivo de descrever
e/ou mensurar características e processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente
nas áreas emoção/afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade,
psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas suas mais diversas
formas de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos instrumentos. § 1o
do art. 13 da lei no 4.119/62. (Resolução CFP 2/2003)
55
UNIDADE III │ Tipos de Avaliação Psicológica
OUTROS TESTES
56
Tipos de Avaliação Psicológica │ UNIDADE III
Os testes informatizados
Entrevista psicológica
Figura 20.
57
UNIDADE III │ Tipos de Avaliação Psicológica
»» Dados demográficos.
»» Histórico médico.
»» Comportamento social.
»» Valores pessoais.
»» Expectativas futuras.
»» Características individuais.
Assista:
Figura 21.
58
Elaboração de
Documentos Unidade iV
Psicológicos
Capítulo 1
Diferenciação dos tipos de documentos
psicológicos
Figura 22.
<http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf>.
59
UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
São muitas as diferenças entre os documentos, porém, contém um ponto m comum que
é a finalização.
• Local
• Data de emissão
• OBS: Todo documento deve ser feito em papel timbrado
1
• Assinatura do profissional
• OBS: O documento deve ser assinado acima dos dados
que constam no item 3 (abaixo)
2
• Nome completo do Psicólogo(a)
• Inscrição no Conselho Regional de Psicologia (CRP)
• OBS: Estas informações podem (ou não) contar em carimbo
3
I – identificação do usuário/instituição;
60
Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
<http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-
psicologia.pdf>.
Figura 23.
Declaração
Psicológica
Relatório
Atestado
(ou Laudo) Documentos
Psicológico
Psicológico
Parecer
Psicológico
61
UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
Figura 24.
Declaração psicológica
Atestado psicológico
Neste caso, o documento deverá trazer nome completo do paciente e trará a especificação
de uma situação ou estado psicológico que foram objetivos do atendimento, razão do
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Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
Parecer psicológico
Este documento tem por objetivo centrar o esclarecimento sobre a situação do paciente,
respondendo a situação apresentada na consulta, devendo o parecerista fazer uma
análise criteriosa dos principais pontos com escrita devidamente fundamentada em
teorias científicas. Caso não possua dados suficientes, o parecerista utilizará a expressão
“sem elementos de convicção”. No caso de ainda não ter elementos suficientes para
fechar o parecer, usará a expressão “aguarda evolução”.
Um relatório psicológico tem valor científico, segundo do CFP, por isso, sua escrita
deve seguir normas didáticas e descritivas. Ou seja, deve ter definições e explicações
conceituais de base técnica e científica, com a devida clareza em suas explicações. É
importante que a análise da demanda justifique, em sua descrição, o procedimento que
63
UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
foi adotado. Esse procedimento representa todas as técnicas, recursos e/ou instrumentos
que foram utilizados para chegar à conclusão do relatório. A conclusão deve ser objetiva
e metódica, sempre correspondendo à síntese do que foi vivenciado no processo.
64
Capítulo 2
Aspectos técnicos para a elaboração
dos documentos
Figura 25.
65
UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
<http://www.cid10.com.br/>.
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Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
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UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
Quadro 1.
“E de repente, surge aquele estranho querendo abusá-la, atacando-a da forma mais cruel que uma criança
1. Uso da linguagem técnica pode conceber ... Essa paciente está muito sentida, com aqueles soluços que parecem do fundo de sua
alma infantil”. “Joana é uma mulher guerreira e muito sofredora”.
2. Não utilizar afirmações “A partir das entrevistas realizadas com mãe, pai, filha, avós e tia materna da vítima, é possível afirmar, com
categóricas certeza, que abusos sexuais e físicos ocorreram”.
“Sr. João demonstra um comportamento extremamente agressivo e, sem que haja mínimos critérios de
3. Precisão fundamentada segurança, quanto à doença mental/neurológica que acomete o Sr. João e que se apresenta como grave,
seu contato com a filha não deve ser permitido, para segurança desta.”
4. Atenção para os limites da “Foi ordenado a Srta. Maria que não permitisse o contato de sua filha com o pai”.
atuação profissional
“A seguir apresentamos análise de cada um dos avaliados”. “Nessa ocasião o avô compartilhou conosco a
5. Uso de escrita impessoal
perda da esposa e sua preocupação com os netos”
“Joana apresentava-se vestida de acordo com a idade, mas sem grandes investimentos no vestuário”. “O
6. Uso da linguagem culta e
paciente teve a oportunidade de conviver com seus pais casados por somente três anos ... Ele cursou a
profissional faculdade por cinco anos e, durante todo esse tempo, não conseguiu avançar além do terceiro semestre”.
“Essa escala demonstrou que o paciente encontra-se num nível intelectual superior, com alta capacidade
de análise e síntese, bem como de insight... . Suas fraquezas estão centradas numa dificuldade específica
7. Parcimônia e clareza no
de atenção e de memória imediata, o que sugere uma baixa capacidade do ego sobre os processos
uso dos termos técnicos de pensamento.” “Nesse instrumento foi detectada uma tendência do indivíduo de utilizar em demasia a
fantasia, gerando uma forma de pensamento infantil e egocêntrica”.
“No teste HTP, onde o paciente deve desenhar uma casa, uma árvore e uma pessoa em folhas individuais,
tanto colorido como posteriormente, sem cor”. “Na escala SNAP, das 26 questões da escala, as respostas
da mãe foram, 15 ‘bastante’, 8 ‘demais’, 2 ‘um pouco’ e 1 ‘nada’. As respostas da professora não foram
8. Uso adequado de dados
muito diferentes: 17 ‘bastante’, 6 ‘demais’ e 3 ‘um pouco’”. “A análise das características de personalidade
oriundos do processo da
de Maria sugere que ela não dispõe de recursos psicológicos suficientes para enfrentar seus disparadores
avaliação psicológica internos de tensão. Os dados indicaram que a paciente apresenta um estilo vivencial do tipo ambigual,
isto é, seu estilo de responder as demandas do meio ocorrem tanto por meio de atividades reflexivas
(pensamento), bem como por meio dos afetos eliciados (emoção).”
É sabido que alguns itens são fundamentais para a elaboração do laudo, são eles:
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Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
EXEMPLO 1
LAUDO PSICOLÓGICO
1. Identificação:
Avaliado: xxxx
Com isso, o objetivo da avaliação psicológica faz-se necessário para que o adolescente
possa dar continuidade ao acompanhamento psicológico e assim manter-se na atual
escola.
3. Procedimento:
Foram realizadas quatro sessões com o tempo de uma hora para cada com alternância
em seus dias. Nestes momentos houve a aplicação de instrumentos psicológicos.
4. Análise:
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UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
Para a verificação da inteligência, foram aplicados o Raven e o R-1 que mostraram que
está acima da média em relação à escolaridade e idade.
5. Conclusão:
Nome do Psicólogo
CRP No /
Fonte: <http://estudandopsi.blogspot.com.br>. Acesso em: 9/5/2017.
EXEMPLO 2
LAUDO PSICOLÓGICO
1. Identificação:
Avaliado: xxxx
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Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
Este parecer pretende avaliação psicológica dos candidatos aprovados em pós prova
objetiva. Esta etapa será eliminatória.
3. Procedimento:
Esta etapa foi realizada por meio de dinâmica de grupo com duração de uma hora e
meia e entrevista dirigida individual com duração de 1 hora cada.
Para a dinâmica de grupo, foi solicitado o desenho de uma figura humana, após este
desenho feito, pediu-se que colocassem na altura da cabeça uma meta de vida, na mão
direita três pontos fortes e na mão esquerda três pontos a melhorar.
Para a entrevista individual, foram feitas perguntas dirigidas com o fim de identificar
características pessoais e verificar o interesse e visão que o candidato possui em relação
ao cargo pleiteado.
4. Análise:
A partir do que foi relatado pelos candidatos nesta etapa, a análise pôde identificar
as seguintes características buscadas para o cargo em questão: percepção relacional
e motora apropriada, bom nível mental, equilíbrio emocional compatível, adequado
controle da ansiedade e da impulsividade, adequação psicomotora, autoconfiança, boa
resistência à frustração e a fadiga, adequado desenvolvimento, boa memória auditiva e
visual, bom autocontrole, alta energia laboral, boa iniciativa, forte potencial de liderança,
facilidade no trabalho em equipe e cooperação, bom relacionamento interpessoal,
pertinente flexibilidade de conduta, boa capacidade criativa, fluência verbal adequada,
ausência de traços de fobia.
5. Conclusão:
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UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
Nome do Psicólogo
CRP No /
Fonte: <http://estudandopsi.blogspot.com.br>. Acesso em: 9/5/2017.
EXEMPLO 1
Autores: Kelogg e Morton, apdaptação brasileira: Ivan Sant’Ana Rabelo, Silvia Verônica
Pacanaro, Irene F. Almeida de Sá Leme, Rodolfo A. M. Ambiel, Gisele Aparecida da
Silva Alves
Fonte: <http://www.pearsonclinical.com.br/teste-n-o-verbal-de-inteligencia-geral-beta-iii-subtestes-raciocinio-matricial-e-
codigos-kit.html>. Acesso em: 8/9/2017.
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Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
Nome: XXXXX
CPF:
RG:
Sexo:
Lateralidade:
Data de Nascimento:
Idade:
Escola/Instituição:
Segmento:
Escolaridade:
Série:
Empresa:
Profissão:
Função:
Aplicador:
Início: Término:
Local de Nascimento:
Raciocínio matricial
Geral 17 60 Médio
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UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
Interpretação
Psicólogo XXXXX
CRP: XXXX”
EXEMPLO 2
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Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
Fonte: <http://www.magopsi.com.br/MGMaster.asp?tabela=Testes&codigo=neopi&funcao=Detalhes&tipo=Titulo&palavra=n
eo%20pi-r>. Acesso em: 8/9/2017.
DADOS DO AVALIADO
Nome: XXXXXX
CPF:
Gênero:
Escolaridade:
DADOS COMPLEMENTARES
E-mail:
Estado Civil:
Estado:
Cidade:
DADOS DA AVALIAÇÃO
Profissional responsável:
Data da avaliação:
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UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
Introdução
Definição
A seguir é apresentada uma descrição de cada um dos cinco domínios, assim como
as facetas correspondentes, embora estas sejam apresentadas, no item “Síntese dos
Fatores do NEO PI-R, somente quando se diferenciam da média”.
76
Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
Dessa forma, ainda que sejam fornecidos os gráficos e uma descrição dos fatores
extremos obtidos no NEO PIR, sua interpretação deve ser feita apenas quando os
critérios de validade do teste são atendidos. Esses critérios são apresentados sob a forma
de uma tabela, antes dos resultados do teste e informam se eles estão apropriados para
serem avaliados, se estão invalidados ou se devem ser interpretados com cautela a fim
de garantir maior segurança e qualidade na avaliação
Neuroticismo
Atualmente, mantém uma postura calma para lidar com os desafios e adversidades
do dia a dia, sem reagir de forma hostil ou com irritabilidade. Mesmo pressionado(a),
tem segurança para tomar decisões conforme lhe é habitual e baixa propensão a se
demonstrar frustrado(a). Junto às pessoas com quem convive raramente se expressa
com raiva ou se comporta com hostilidade.
Extroversão
Abertura
No dia a dia, tende a levar em consideração as emoções ao tomar decisões e, ao agir pode
atribuir grande importância aos sentimentos. Aprecia se engajar em atividades que não
77
UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
Amabilidade
Ao interagir, na maioria das vezes, tende a manter uma postura atenciosa, solícita
e cordial. Procura ser compreensivo(a) com os outros e, ainda que se depare com
situações de desentendimento, prefere esquecer o ocorrido, o que ajuda a preservar
os relacionamentos interpessoais. Concomitantemente, pode demonstrar preocupação
pelo bem-estar das pessoas, sendo cooperativo(a) no desenvolvimento das atividades
do dia a dia.
Conscienciosidade
Tem alto grau de preocupação e atribui grande importância aos princípios éticos e
morais, levado em consideração sua tomada de decisão e sua conduta do dia a dia.
Cumpre seus compromissos com disciplina até sua finalização e, atualmente, não
costuma sentir desencorajamento para desistir das responsabilidades assumidas.
EXEMPLO 3
Fonte: <https://www.magopsi.com.br/NoticiasDet.asp?chave=139>.
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Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
DADOS DO AVALIADO
Nome:
CPF:
Gênero:
Escolaridade:
DADOS COMPLEMENTARES
E-mail:
Estado:
Cidade:
DADOS DA AVALIAÇÃO
Profissional responsável:
Data da avaliação:
Introdução
Existem pessoas que, naturalmente, lutam para superar as dificuldades diárias e que se
fortalecem à medida que superam cada obstáculo vivenciado. São condutas resilientes
que podem ser observadas diariamente nas famílias, nas escolas, nas empresas, nos
abrigos, nos hospitais, nos asilos, entre outros. Pesquisas apontaram que, para que
tal conduta seja adotada, é necessário que as pessoas tenham algumas características
pessoais e comportamentais que permitem a elas agir de maneira eficaz diante de uma
adversidade. O resultado a seguir mostra o perfil da pessoa avaliada em relação aos
11 pilares da resiliência, com o indicativo de quais características estão mais e menos
desenvolvida se presentes em seu comportamento. É apresentado em um gráfico de
barras, que mostra o percentil atingido em cada pilar, bem como a interpretação descritiva
de cada faixa alcançada. A partir da interpretação das classificações o profissional terá
alguns indícios referentes às respostas resilientes que a pessoa avaliada poderá ou não
adotar diante de situações adversas do dia a dia.
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UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
Definição
Figura 29. Gráfico do Resultado do teste EPR Escala dos Pilares da Resiliência.
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Elaboração de Documentos Psicológicos │ UNIDADE IV
Lida com os problemas de forma leve e esforça-se para tornar o ambiente agradável,
mesmo ao se deparar com alguma discussão ou situação de conflito. Consegue relevar
seus problemas pessoais, colocando-se de maneira alegre diante de dificuldades para
resolvê-lo sem momento oportuno.
Demonstrou ser uma pessoa que acredita ter alguns recursos cognitivos necessários
para a resolução da maioria dos problemas que lhe são apresentados, podendo acreditar
em suas capacidades em algumas situações enquanto que em outras não.
Descreve-se como uma pessoa que não lida adequadamente com mudanças, podendo
haver um desgaste emocional muito grande para se adaptar ao novo e ao desconhecido,
pois tem dificuldades de aceitação.
É uma pessoa mais reclusa, que não busca estabelecer interações com outras pessoas,
nem mesmo em caso de necessitar de ajuda.
81
UNIDADE IV │ Elaboração de Documentos Psicológicos
82
Referência
CARDOSO, T.; MARTINS, M. C.F. EPR – Escala dos Pilares da Resiliência. São Paulo:
Editora Vetor, 2013.
_____. Técnicas projetivas gráficas – Por que sim? Por que não? São Paulo: Ed.
Casa do Psicólogo, 2000.
NUNES, M. F.O.; MUNIZ, M.; REPPOLD, C.T.; FAIAD, C.; BUENO, J.M.H.; NORONHA,
A.P. P. Diretrizes para o ensino de avaliação psicológica. Aval. psicol. vol. 11 no 2
Itatiba ago. 2012. Disponível em: Acesso em: 22/2/2017.
RABELO, I, S.; PACANARO, S.; LEME, I.S.; AMBIEL, R.; ALVES, G. Teste não verbal
de inteligência geral: Subtestes Raciocínio Matricial e Códigos São Paulo: Editora
Casa do Psicólogo, 2011.
84
Referências
SILVA, J.A. Fatos marcantes na história dos testes psicológicos. Psicol. Ciencprof.,
v. 26, no 3 Brasília set. 2006. Acesso em: 26/2/2017. <http://www.scielo.br/scielo.
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vol 12 no 13 Ribeirão Preto 2002.
Sites
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<http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf>. Acesso
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<https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Wundt#/media/File:Wundt-research-
group.jpg>. Acesso em: 3/2/2017.
<https://ripehp.com/2014/07/07/arquivos-brasileiros-de-psicologia-prorroga-
submissao-de-trabalhos-sobre-mira-y-lopez>. Acesso em: 3/2/2017.
<http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2010/09/avaliacao_psicologica_
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Referências
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Referências
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<http://www.magopsi.com.br/MGMaster.asp?tabela=Testes&codigo=neopi&funcao=
Detalhes&tipo=Titulo&palavra=neo%20pi-r>. Acesso em: 9/5/2017.
87