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Nome da Estudante:
Esperança Olinda de Alves Ntupe
Introdução...................................................................................................................................3
Conclusão..................................................................................................................................15
Bibliografia...............................................................................................................................16
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Introdução
O presente trabalho traz uma vasta temática sobre a ética profissional buscando discutir
aspectos como a moral e ética, deontologia profissional, profissões no contexto educacional
assim como o valor excepcional do professor. Salientar que a ética trata do comportamento do
homem, da relação entre sua vontade e a obrigação de seguir uma norma, do que é o bem e de onde vem o mal,
Valores são os princípios que regulamentam a acção humana, isto é, um conjunto de sentidos e
significados que é atribuído aos fenómenos, aos objectos, às pessoas e aos acontecimentos
presentes na vida do homem. Essa discussão traz à tona os impactos do entendimento da ética e da
moral na vida quotidiana do professor, principalmente na relação com seus alunos, bem como o
papel da família e da escola na formação dos valores morais.
É de salientar que para a sua efectivação, foi possível com base a consulta bibliográfica de
obras e pensamentos de alguns autores que ressaltam sobre as temáticas em questão. Porém,
este trabalho encontra-se estruturado em introdução, desenvolvimento, conclusão e a
respectiva bibliografia. Em fim, esta tarefa de carácter avaliativa e científica na se traduz num
dogmatismo, visto que está aberto para que se faça a apreciação, expondo correcções, críticas
e sugestões com vista a sua melhoria.
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1. Origem Etimológica das Acepções “Moral e Ética”
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada
ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em
sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por
cada sociedade (Abbagnano, 2003).
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que
significa “modo de ser” ou “carácter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino
“morales” que significa “relativo aos costumes” (https://www.significados.com.br/etica-e-
moral/ .
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De acordo com Vasquez (1998), “as principais características da ética e da moral são: a
imutabilidade e a validade universal”.
Validade universal: no sentido de delimitar a directriz do agir humano para todos os que
vivem no mundo. Não há uma ética conforme cada época, cultura ou civilização. Ela é uma
só, válida para todos eternamente, de forma imutável e definitiva, por mais que possam surgir
novas perspectivas a respeito de sua aplicação prática.
Moral e ética são conceitos geralmente empregados como sinónimos, ambos referindo-se a
regras e condutas entendidas como obrigatórias. A existência de duas palavras deve-se ao
facto de as termos importado de origens etimológicas distintas: ética veio do grego ethos,
significando comportamento, modo de ser: moral tem origem no latim morales, e refere-se a
conduta e aos costumes.
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2. Juízo Moral e Obrigação Moral
De acordo com Cortina e Martinez (2001), “juízo é uma faculdade da alma que permite
diferenciar entre o bem e o mal. Quando dizemos que alguém está agindo de forma correcta,
estamos fazendo um juízo moral, independente do código moral no qual nos baseamos”.
Mas, o que há em comum entre esses dois juízos morais tão distintos? No aspecto formal
ambos se referem a acções que supõem a liberdade do ser humano em escolher sua forma de
agir no mundo e, portanto, está disposto a se responsabilizar por aquilo que faz e que entende
qual é a responsabilidade que está envolvida em seu ato. No aspecto de conteúdo, o que traço
em comum entre os juízos morais é que eles se referem àquilo que os seres humanos desejam
ou necessitam (Cortina e Martinez, 2001).
Para melhor perspectivar os estádios de juízo moral, Kohlberg agrupou-os em três níveis
morais: pré-convencional, convencional e pós-convencional. Mais do que atribuir cada um
destes níveis a uma idade determinada, Colby & Kohlberg (1987, p. 16) sugeriam que se
interpretassem em termos de esquema dos diferentes tipos de relação entre as pessoas e a
sociedade (suas regras e expectativas).
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obrigação diz respeito só às intenções. Que, mais estritamente ainda, a obrigação diz
respeito apenas à intenção última‖ (Finney, 1994, p 44.
No cristianismo o que importa é a busca de um determinado fim, a dedicação àquele fim que é
intrinsecamente valioso, a saber, o bem de todo o universo. Fazendo isso, ou melhor, nutrindo
essa intenção, é que, segundo essa ética, os agentes morais cumprem seu dever ou sua
obrigação moral. A obrigação moral, nessa óptica, é cumprida quando se tem em vista um
determinado fim: o bem do ser universal. Dito de outro modo, é com vistas as consequências
das acções que o agente moral deve agir.
A obrigação moral só existe sob a condição da posse de uma agência moral. Sendo solicitado
a fazer alguma coisa é necessário que o agente seja capaz de fazer o que lhe é requerido, do
contrário não pode haver nenhuma obrigação. Sem uma agência moral, sem a capacidade de
agir moralmente, as acções do agente precisariam ser atribuídas às leis da natureza. Além da
posse da agência moral, existem outras condições que também precisam ser cumpridas para
que um dever possa ser atribuído a um agente. Uma delas é o desenvolvimento na mente da
ideia de certo e errado e da própria ideia de dever. Mesmo porque, o conceito de dever é em
si já o conceito de uma intimação (coerção) do arbítrio livre pela lei‖ (Kant, MS, 6:379). Mas,
essas ideias, diferentemente do que entendia Kant, não são ideias simples ou primitivas da
razão, mas elas são ideias compostas por outras ideias.
As normas morais são regras de convivência social ou guias de acção, porque nos dizem o que
devemos ou não fazer e como o fazer. As normas morais obedecem sempre a três princípios.
Primeiro que tudo é sempre caracterizado por uma auto-obrigação, ou seja, vale por si mesma
independentemente do exterior, é essencial do ponto de vista de cada um. Também é
universal, porque válida para toda a humanidade, ninguém está fora dela e todos são
abrangidos por ela (Vasquez, 1998).
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massificação e mediocridade que não ameaçam e que permitem a manipulação fácil das
pessoas.
Essas ambiências citadas por Lopes de Sá (2014) são diversificadas e, dessa forma, não
devem ser excluídas, justifica-se, nesse momento, acrescer capacidades especiais, portanto
existe uma consciência ética genérica presente no ser de cada pessoa, mas considera-se ainda
a conveniência de grupos ou parceiros de mercado de trabalho. Pode-se, no entanto, avaliar a
dimensão dessa ambiência, eles continuam vivos em função de factos e casos pré-concebidos,
geram efeitos especiais e internos a eles, qualificam o trabalho possuem dimensões peculiares
e acontecem em seu tempo e espaço próprio.
O mesmo autor define por dois tipos de código, conduta ou ética, e pode se apresentar de
forma implícita ou explícita. Normalmente, encontramos código de ética profissional
conhecido como normas e conduta previamente definidos de acordo com sua profissão, a
exemplo da colação de grau quando um representante escolhido pelos formandos faz o
juramento do código da sua formação. Exemplos de códigos de éticas são encontrados na
classe médica, na formação em propaganda, políticos, militares, de grupos sociais
diferenciados, de conceitos conhecidos como filosófico ou doutrinário, podendo chegar até
mesmo no indivíduo (Carrion, 2014).
Observa-se, também, que o código de ética está presente no sistema de valores que orientam a
sociedade, indivíduos, famílias, empresas, bem como seus administradores. Dessa forma, as
decisões tomadas pelos grupos acima mencionados consideram os valores nele descrito, sejam
explícitos ou implícitos, aqueles aceitos pela sociedade, pela cultura organizacional das
organizações. Isto posta, a ética conduz a forma acertada de conduzir o processo e a maneira
de gerá-la, em consonância com as percepções vigorantes na sociedade em foco ou em grupos
específicos.
É o conjunto de regras éticas e jurídicas pelas quais um determinado profissional deve pautar
o seu comportamento. A deontologia de rima determinada profissão inclui, assim, as regras
éticas e jurídicas no caso dos profissionais existe uma preocupação do legislador em
regulamento destes profissionais através da lei (Lopes de Sá, 2014).
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O conceito profissão inicia e fundamenta o presente trabalho e sem o definir dificilmente se
justificaria a sua realização. Este é o ponto de partida para uma discussão que pretende ser
ampla e interligar diversos conceitos convergindo na Ética Profissional.
Cabral (s.d.) sugere o seguinte: “O termo «profissão» no português moderno abrange toda e
qualquer actividade, identificando ocupações não remuneradas, locais de trabalho, ramos de
serviço e sectores de organização político-económica.”. Sendo que, toda a profissão se reveste
de uma dimensão social, de utilidade comunitária, que suplanta a concreta dimensão
individual ou o mero interesse particular. Acrescenta-se ainda que:
Monteiro (2008, p. 39) analisando o conceito de profissão, em sentido restrito, refere que:
A educação em qualquer sentido, informal e formal, pressupõe o acto de educar. Para Aranha
(1996), o acto pedagógico pode ser definido como “uma actividade sistemática de interacção
entre seres sociais, tanto no nível intrapessoal como na interacção com o meio, uma acção
exercida sobre o sujeito ou grupos de sujeitos visando provocar mudanças tão eficazes que os
tornem elementos activos da própria acção exercida.
Da mesma forma, afirma Aranha (1996, p. 72): “a instituição escolar não existiu sempre, e sua
natureza e importância variaram no tempo, dependendo das necessidades socioeconómicas
dos grupos em que esteve inserida”.
Com o advento da Revolução Industrial iniciada no século XVIII, altera alguns aspectos da
exigência da escola burguesa, entre elas a formação académica predominantemente
humanística, se contrapõe a necessidade de formação técnica especializada, bem como os
estudos de ciências. O século XX foi marcado por transformações cruciais em todos os
segmentos: social, político, económico e cultural, além de ser introduzido na sociedade da
informação. O século XXI é herdeiro das mudanças iniciadas no século XX e ampliada nesse
início de século, o que caracteriza uma sociedade em transição e se depara com as mudanças
em todos os sectores cada vez mais aceleradas e móveis.
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O que procuramos tecer acerca da sociedade, suas mudanças sociais, políticas, económicas e
culturais, e justificando o momento em que a escola nasce e daí se desenvolve até tomar a
dimensão que possui hoje como única responsável pela acção educativa do ser humano.
Brandão (1981) nos ajuda a enfatizar o facto de a educação, e portanto a escola, é uma
exigência social de formação de tipos concretos de pessoas na e para a sociedade.
Afirma Brandão (1981, p. 71): “o que ocorre é que ela inevitavelmente uma prática social
que, por meio da inculcação de tipos de saber, reproduz tipos de sujeitos sociais”. Sendo uma
prática social ela não escapa aos desígnios dos interesses políticos e económicos e se tece
dentro da teia das relações de poder entre os humanos.
De acordo com o Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado, nos termos das
disposições conjugadas do artigo 3, Decreto-Lei n.º 62/2009 de 8 de Setembro, as sanções
disciplinares dos funcionários consistem no seguinte:
3. Despromoção, descida para a classe inferior no primeiro escalão da faixa salarial pelo
período de 6 meses a 2 anos;
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8. Profissão Educacional como Valor Excepcional
O professor é o profissional responsável em grande parte, pela formação dos inúmeros outros
profissionais que atuam em nossa sociedade. O trabalho do professor não é solitário e se
realiza, de forma privilegiada em relação a outras profissões, na promoção de aproximações
entre aspectos objectivos e subjectivos da cultura.
Sua atitude no exercício quotidiano da docência traduz para si, e consequentemente para os
sujeitos de sua acção, uma estratégia na promoção de significado das coisas para as pessoas.
O conceito de atitude e, ainda, a relação entre atitudes e valores, são centrais na compreensão
de aspectos psicossociais. A atitude se caracteriza como um processo de consciência
individual que determina a actividade real ou possível do indivíduo no mundo social. Para
além dos aspectos emocionais e de comportamento, a atitude expressa um processo no qual o
indivíduo capta cognitivamente uma situação e depois decide como deve agir.
A conexão das atitudes com a estrutura social é feita por meio dos valores. São eles que atuam
como dados de conteúdo empírico acessível aos membros de um grupo social e cujos
significados são e podem ser objectos de decisão sobre o agir. Segundo Ros (2006, p.25), os
valores são concebidos em relação a actividades e representam um antecedente da tradição
actual da psicologia social, que estuda os valores associando-os a metas.
De acordo com a minha visão e realidade por mim vivida, suponho que o verdadeiro valor
excepcional do professor é de servir de elo de ligação entre a escola e o aluno,
proporcionando o desenvolvimento das atitudes no processo de aprendizagem. O papel do
professor aqui é fundamental que ao se tratar da formação da cidadania do indivíduo, em
especial do aluno, considerar como requisito principal a participação efectiva na construção
do projecto pedagógico da escola.
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O professor tem seu valor na responsabilidade da formação moral, de valores do aluno, deve
estar empenhado em apresentar um conhecimento crítico do que está sendo desenvolvido no
trabalho em grupo, de forma que venha somar na prática pedagógica. O valor do professor
não se limita apenas no ambiente escolar, por exemplo: se um aluno venha a desistir a escola
independente das razões que conduziram, o professor deve procurar perceber através do
próprio aluno e dos seus pais ou encarregados de educação, configurando-o como espelho da
sociedade.
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Conclusão
Depois de varias leituras e pesquisas feitas em torno dos aspectos discutidos neste trabalho
chegou-se a compreender que a ética ou a filosofia moral tem como objectivo explicar o
fenómeno moral, dar conta racionalmente da dimensão moral humana. A ética é
indirectamente normativa. A moral é um saber que oferece orientações para acções em casos
concretos, enquanto a ética é normativa em sentido indirecto, pois não tem uma incidência
directa na vida quotidiana, quer apenas esclarecer reflexivamente o campo da moral.
Essa tentativa de síntese do sistema escolar e das mudanças pelas quais ele vem sofrendo
desde sua origem, leva-nos a pensar as questões da educação de forma muito ampla, que
perpassa obrigatoriamente pelas figuras do professor e do aluno como principais sujeitos
desse processo, o que se torna, por isso, um impedimento para uma análise mais geral, sendo
necessário recortar elementos de análise e discussão, a fim de poder olhar mais
cuidadosamente para uma das dimensões do processo educativo. Assim, a função social do
professor é um ambiente bem complexo de se analisar, visto que ela esta relacionada a
situações como atitudes, valores e éticas, estes itens de grande importância para o
desenvolvimento além do professor, mas para escolas e alunos, pois a sociedade em que se
vive, é cada vez mais diversificada, exigindo do professor flexibilidade de métodos de ensino,
e das escolas modelos pedagógicos mais dinâmicos, para satisfazer a necessidade dos alunos
diversificados a fim de construir uma sociedade com conhecimento.
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Bibliografia
Aranha, Maria L. de Arruda. (1996). Filosofia da Educação. 2. Ed., São Paulo: Moderna.
Brandão, Carlos Rodrigues. (1981). O Que é Educação. 2. Ed. São Paulo: Brasiliense.
Colby, A., and Kohlberg, L. (1987). The Measurement of Moral Judgment, Vols. 1–2.
Cambridge, London, Cambridge University Press.
Lisboa, LP. (1997). Ética Profissional em Contabilidade. 2. Ed. São Paulo: Editora Atlas.
Lopes de Sá, A. (2014). Ética Profissional. São Paulo. SP: Editora Atlas.
Ros, Maria. (2006). Psicologia Social dos Valores: uma perspectiva histórica. In: ROS,
Maria; GOUVEIA, Valdiney V. (Orgs.) Psicologia social dos valores humanos:
desenvolvimentos teóricos, metodológicos e aplicados. São Paulo: Editora Senac.
Vasquez, Adolfo Sánchez. (1984). Ética. 7. ed. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira.
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