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Disciplina: Ética
Tema:
Tomas Santos
Ana Dulce
Arlicia Notiço
Francisco Madeira
Francisco Ricardo
Belmiro Amido
Benedito Rafael
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Indice
1. Introdução................................................................................................................................................1
1.1. Objectivos.............................................................................................................................................2
1.1.1. Objectivo geral..................................................................................................................................2
1.1.2. Objectivos específicos.......................................................................................................................2
1.2. Metodologia..........................................................................................................................................2
2. Fundamentação Teórica...........................................................................................................................3
2.1. Ética......................................................................................................................................................3
2.2. Importância da ética na Escola.............................................................................................................4
2.3. Avaliação ética dos profissionais de educação.....................................................................................5
2.4. Uma Dimensão da avaliação do professor e gestores escolares............................................................6
2.4.1. Avaliação ética do professor..............................................................................................................7
2.4.2. Ética do avaliador (gestor escolar).....................................................................................................8
3. Conclusão..............................................................................................................................................10
Referencia Bibliográfica............................................................................................................................11
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1. Introdução
A ética ou filosofia moral é um dos mais discutidos e polémicos temas da sociedade
contemporânea, porem, visa sempre um bem colectivo de maiores dimensões. As questões éticas
abrangem vasto campo na vida humana. O homem, além de sua dimensão individual, é também
um ser social, o agir humano atinge a sociedade e desdobra-se nas acções políticas. Assim, ética
e política são saberes complementares, elas são instrumentos pelos quais os homens fazem
sociedade.
Neste âmbito, o presente trabalho aborda sobre a Avaliação Ética de Profissionais de Educação
numa visão dos Professores e Gestores Escolares. Ao aplicar a ética no contexto escolar como
forma de analisar as avaliações estruturam-se os mesmos princípios epistemológicos e
cognitivos, tais como mecanismos conceituais simbólicos. Esses princípios são critérios de
sentido que organizam a relação de conhecimento com orientações para a vida como prática
social, servindo também para organizar o saber escolar.
A relevância da temática proposta neste trabalho se encontra no facto de que a discussão ética no
campo da avaliação educacional torna-se urgente, pela vastidão do tema, pelas lacunas de
pesquisa na área, pela timidez com que a discussão neste campo vem sendo conduzida até aqui.
A proposta é investir gnosiologicamente a fim de repensar o modus vivendi o operandi da escola,
e sob esta perspectiva, caminhar na luta para que se ampliem os números de educadores que
forjem leais compromissos com práticas pedagógicas que eduquem para o bem viver, o bem
pensar, o bem sentir e o bem-fazer.
Na sua estrutura apresenta a introdução onde são apresentados os principais aspectos que serão
abordados no estudo, contextualização, objectivos, desenvolvimento, considerações finais e as
referências bibliográficas.
1.1. Objectivos
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1.1.2. Objectivos específicos
Definir o conceito de ética;
Identificar a importância da avaliação ética dos profissionais de educação (professores e
gestores educacionais);
Descrever o processo de avaliação ética de profissionais de educação;
1.2. Metodologia
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2. Fundamentação Teórica
Na presente parte será realizado o enquadramento científico da pesquisa, acompanhada dos
conhecimentos colhidos em literaturas de teóricos que pesquisaram nesta área,
fundamentalmente o Avaliação Ética de Profissionais de Educação numa visão dos Professores e
Gestores Escolares.
2.1. Ética
Uma das definições de ética, de acordo com o Dicionário Aurélio (2009) consiste no estudo dos
juízos de apreciação referentes à conduta humana do ponto de vista do bem e do mal e, ainda, no
conjunto de normas que norteiam a boa conduta do ser humano.
De acordo com Nalini (2014, p.30), conceitua-se ética como “ciência do comportamento moral
dos homens, em sociedade”, sendo que, a perda dos valores morais afecta de forma directa a
dignidade humana, que tem sua integridade abalada. Portanto, a moral é um dos aspectos
comportamentais que faz parte do ser humano, que tem a opção de adoptar esta ou aquela moral,
mas jamais viver sem ela.
Na mesma perspectiva, Passos, (2007) refere que a Ética é um ramo da filosofia que lida com o
que é moralmente bom ou mau, certo ou errado. As palavras ética e moral têm a mesma base
etimológica: a palavra grega ethos e a palavra latina moral, ambas significam hábitos e costumes.
Segundo Cortella (2009, p. 102), a ética é o que marca a fronteira da nossa convivência. [...] é
aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para existirmos juntos
[...] é o conjunto de seus princípios e valores que orientam a minha conduta. Quanto a ser um
assunto tradicional dos filósofos e pensadores, Chauí (1998, p. 25), afirma que a Filosofia existe
há vinte e cinco séculos e, neste período, a ética, enquanto um dos seus principais ramos, esteve
sempre presente e continua viva.
A ética, hoje, é compreendida como parte da Filosofia, cuja teoria estuda o comportamento
moral e relaciona a moral como uma prática, entendida por Cortella (2009, p. 103) como o
“exercício das condutas”. Além disso, é entendida como um tipo ou qualidade de conduta que é
esperada das pessoas como resultado do uso de regras morais no comportamento social.
No mundo contemporâneo, a ética se tornou um importante campo de discussão acerca do
comportamento e dos valores dos indivíduos que interagem e se relacionam em sociedade. A
ética é sua discussão sobre a práxis humana apresenta-se como uma matéria questionadora e
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reflexiva acerca a moral. Através da ética é possível promover discussões sobre o que é bom ou
não, e o que é certo ou errado, utilizando a razão a favor do bem comum.
A ética possui dimensão educativa, já que ela se refere a equilibrar a conduta do cidadão. A
escola participa da formação do cidadão ético, explicando quais são as regras, por meio do
material didáctico utilizado, os valores que os professores carregam e em também em outras
situações.
A moral na escola se apresenta através de regras, normas a serem cumpridas, expressas nos seus
regimentos, planos de estudos e projectos políticos pedagógicos. A escola ainda é o principal
caminho para se discutir questões éticas uma vez que o âmbito escolar está repleto de
possibilidades que evidenciam a ética como necessária e capaz de permitir um relacionamento
mais amistoso entre os atores educacionais. No entanto, a escola não necessariamente conseguirá
responder a todas as questões levantadas quando se trata de ética, nem deverá se considerar
fracassada por não conseguir atingir tal objectivo. Pode então, insistir na sua função fomentadora
de conhecimento (Camargo e Fonseca, 2014 p. 2).
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aluno: induzi-lo a pensar que ética é uma “especialidade”, quando, na verdade, ela diz respeito a
todas as actividades humanas (Brasil, 1997, p. 63).
De acordo com Russo, (2002 p. 35) o gestor escolar é tido como o coordenador, facilitador e
mediador de todos os processos da escola. O gestor escolar é responsável pela organizaco e bom
funcionamento de uma instituição de ensino. Para tanto, este profissional precisa estar preparado
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profissionalmente, consciente de sua fundamental importância no processo político pedagógico
da escola, na qual se encontra à frente.
Actualmente, sua função vai além disto, direcciona-se para a articulação das diversas variáveis
que se apresentam na escola, como as relações entre professores, alunos e funcionários. Atraves
de seu papel, procura garantir o bem estar da comunidade escolar. O gestor escolar é mais do que
um mero administrador, é agente articulador, que assume, perante a comunidade, o compromisso
de oferecer um serviço de qualidade, com habilidade para lidar com o administrativo-politico
quanto o pedagógico.
A avaliação etica dos professores e gestores escolares não pode ser desligada por um lado da
avaliação da escola enquanto organização aprendente e da avaliação do processo de ensino e de
aprendizagem (Casanova, 2005). Não é possível realizar uma avaliação ética profissional sem ser
inserido num determinado contexto, e sem esse mesmo contexto ser devidamente conhecido pelo
avaliador (Rodrigues e Peralta, 2008). Entendemos ainda que a avaliação ética assumirá a
vertente pessoal no quadro profissional.
Neste âmbito, a finalidade última da avaliação da avaliação ética dos professores e gestores
escolares é a tomada de decisões sobre o desempenho dos professores e gestores escolares. Estas
decisões deveriam ser eminentemente formativas, culminando na avaliação sumativa. No
entender de Alonso (s.d.) existe a necessidade de identificar as causas que dificultam a execução
da tarefa.
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Por ser fundamental na configuração da avaliação, a dimensão técnica constitui, sem dúvida, o
seu suporte. Entretanto, ela só ganha sentido se estiver articulada às outras dimensões. Uma delas
é a dimensão política, que guarda referencia ao contexto no qual se da a avaliação, ás
determinações ai presentes, as pressões para a definição de caminhos.
Outra é a dimensão moral, que diz respeito especificamente à atitude, ao comprometimento dos
sujeitos que realizam as acções de avaliação (professores e gestores escolares). Fica evidente
então, que a avaliação não tem apenas um carácter técnico, não se reduz aos actos de verificar ou
conferir acções e resultados. É impossível falar de um processo de avaliação sem fazer referencia
às determinações a que esta constantemente submetido e aos valores que o fundamentam.
Avaliar pressupõe definir princípios, em função dos objectivos que pretende alcançar e implica
um compromisso dos sujeitos envolvidos na direcção desses objectivos.
Romão (1998 p. 48) qualifica como um mito, indicador do carácter ideológico que se encontra
muitas vezes no campo da avaliação, a afirmação de que é preciso eliminar os aspectos
quantitativos da avaliação. Recorrendo a Gramasc, o autor afirma que “já que não pode existir
quantidade sem qualidade e qualidade sem quantidade (economia sem cultura, actividade pratica
sem inteligência e vice-versa), qualquer contraposição dos dois termos é, racionalmente, um
contra-senso.
O que vale salientar é que, ao se perder de vista o que significam, do ponto de vista ético-
político, os aspectos qualitativos, empobrece-se o sentido da avaliação, que faz parte de uma
dinâmica mais ampla: a da pratica educativa e a da convivência social.
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na vulnerabilidade a que o professor está sujeito nas mais diversas situações da vida escolar, se
não se conduzir por valores e princípios éticos sólidos.
A profissão pode ter tanto de estimulante como de frustrante, mas que torna o professor
particularmente vulnerável às situações instáveis da vida escolar e aos juízos de valor dos outros,
sobretudo se ele não tiver controlo emocional e não estiver bem seguro dos seus próprios valores
e princípios éticos de conduta profissional. Por isso, as dimensões éticas e afectivas do ensino
assumem um papel cada vez mais importante. (Estrela, 2010, p. 7).
A avaliação, segundo Figari (2007, p. 18) “é sempre um espaço de exercício de poderes (por via
do controlo) de mal-entendidos e de diversas estratégias de gestão de recursos humanos que
complicam o relacionamento entre os actores.”
Entende-se que a avaliação dum professor ou de um formador tem mais sentido sempre que se
relaciona com as suas espectativas e a sua realidade, isto é, com a sua turma e com o seu
contexto de trabalho, devendo participar activamente no processo de avaliação através da auto-
avaliação. Enquanto se forma analítica e reflexivamente, vai construindo a realidade em função
das particularidades do seu percurso profissional. A reflexão sobre a prática vai direccionando o
professor para a investigação, ou melhor, vai-o transformando num investigador.
Sendo o ensino uma profissão, a sua monitorização deve ser efetuada pelo próprio corpo
profissional e a avaliação de professores deve reflectir a complexidade do ato de ensinar
(Chism,1999). Darling-Hammond e McLauglin (1995) são de opinião de que a apreciação pelos
pares é a melhor forma de julgar a complexidade do ato de ensinar, uma vez que os professores
desempenham uma multiplicidade de papéis e levaria a situações de discussão sobre o processo
ensino/aprendizagem, de diversas formas, incluindo o exame do currículo, de práticas, de
problemas de escola, e mesmo a participação em modelos de supervisão e acompanhamento.
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emissão dos seus pareceres e dos juízos que formula enquanto avalia, razão pela qual é
imperativo munir-se de preparação e regulação ética.
O processo de avaliação deverá ser eticamente irrepreensível, tratando todos e cada um dos
avaliados de acordo com uma conduta que garanta que o processo é justo, contribuindo para que
todos o reconheçam e se sintam bem com os processos e resultados da avaliação. (Fernandes,
s/data, p. 25)
Baptista, (2011 p. 37) diz-nos “que a especificação deontológica constitui uma necessidade
operacional e uma exigência ética, entre os deveres que devem regular a relação entre
avaliadores e avaliados”, destacando-se os seguintes:
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3. Conclusão
Do trabalho realizado conclui-se que a ética têm sido realmente forjadas as práticas pedagógicas
e identificar, como objecto desta pesquisa, se a avaliação tem se configurado enquanto prática de
uma ética inclusiva.
No que se refere à avaliação, esta não pode mais ser enxergada como prática pedagógica
desvinculada do fazer ético. Ela exige o compromisso docente com e para a formação humanista
moral e ética. Deve constituir-se em processo na construção de conteúdos significativos e valores
humanos, que preparem realmente para enfrentar a realidade, a ordem vigente e a vida, em todas
as instâncias em que esta se configura.
O acto de avaliar necessita recompor-se, revolver as indagações acerca de seu fazer. É preciso
descortinar novas funções para a avaliação, que não poderá desnaturalizar as relações humanas
impondo uma moral e uma ética centrada no jargão do faça o que eu digo, mas não faça o que eu
faço. É necessário reconhecer os pontos vulneráveis, ou um problema que sustentam as práticas
avaliativas, e que são factores impeditivos de uma avaliação reflexiva, crítica e libertadora.
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Referencia Bibliográfica
Alonso, M. (s.d.) . Modelos de Evaluación Curricular.
Camargo, E. C.; Fonseca, J. A. L. (2014). A ética no ambiente escolar: educando para o diálogo.
Camargo, E. C.; Fonseca, J. A. L..(2008). A ética no ambiente escolar: educando para o diálogo.
Cortella, M. S. (2009). Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas sobre gestão, liderança e
ética. Petrópolis: Vozes.
Nalini, J. R. (2014). Ética geral e profissional. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais.
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Rodrigues, A. e Peralta, H. (2008) . Algumas Considerações a Propósito da Avaliação do
Desempenho dos Professores .
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