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Índice

1 Introdução ................................................................................................................................ 3

2 Objectivos ................................................................................................................................ 3

2.1 Objectivo geral ................................................................................................................. 3

2.2 Objectivo especifico ......................................................................................................... 3

3 Metodologia ............................................................................................................................. 3

4 Lei ............................................................................................................................................ 4

4.1 Conceito ........................................................................................................................... 4

4.2 Conceito de interpretação ................................................................................................. 4

5 Interpretação da Lei ................................................................................................................. 4

5.1 Conceito de interpretação da lei ....................................................................................... 4

5.2 Elementos da Interpretação .............................................................................................. 4

6 Métodos de interpretação da lei ............................................................................................... 5

7 Conclusão ................................................................................................................................ 8

8 Referencia bibliográfica .......................................................................................................... 9


1 Introdução
No presente trabalho de investigação, explorarei o tema da lei, interpretação da lei, bem como os
métodos empregados para alcançar uma compreensão precisa e justa do conteúdo legal.

A lei é um dos pilares fundamentais de qualquer sociedade organizada, estabelecendo normas e


regras que regem as interações entre os indivíduos e instituições. No entanto, o texto legislativo
muitas vezes não é autoexplicativo, o que levanta a necessidade de interpretação para sua aplicação
prática. A interpretação da lei é um processo complexo que envolve a análise minuciosa do texto
legal, considerando não apenas seu significado literal, mas também seu contexto, propósito e
impacto social.

2 Objectivos
2.1 Objectivo geral
 Debruar sobre a Lei, a interpretação da lei e os métodos de interpretação da lei, visando
compreender como esses processos que a compõem.

2.2 Objectivo especifico


 Analisar os principais métodos e elementos interpretação da lei;
 Examinar a aplicabilidade prática de cada método de interpretação da lei em diferentes
contextos jurídicos;
 Compreender a aplicação prática dos métodos interpretativos;
 Identificar os critérios que compõem o método de interpretação da lei.

3 Metodologia
Para a realização deste trabalho iremos usar o método de pesquisa bibliográfica que se baseia na
colecção de manuais ou obras científicas que permitirão a discussão de ideias doutrinárias
inerentes ao trabalho, de modo a dar-lhe suporte e maior apuramento da veracidade dos factos, isto
é, de modo a dar cientificidade. Como ensina Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa bibliográfica é feita
a partir do levantamento de referencias teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e
eletrônicos, como livros, artigos científicos, paginas de web sites.

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4 Lei
4.1 Conceito
Max Weber define a lei como "um comando humano que, segundo a crença estabelecida, é
garantido pela coação física de uma força coercitiva específica" (Weber, 1994).

Segundo Hans Kelsen, a lei é entendida como uma norma fundamental que serve como base para
todo o ordenamento jurídico, sendo descrita como uma norma hierarquicamente superior que
confere validade às demais normas jurídicas dentro de um sistema legal (Kelsen, 2006)..

Tendo em conta os conceitos apresentados, no meu entender a lei é o conjunto de normas


recolhidas e escritas, baseadas na experiência das relações humanas, que servem para ligar os
factos ou os acontecimentos ao direito, em ordem à paz social de modo a garantir ou mostrar os
direitos das partes, e, assim, atingir a igualdade e a liberdade entre os cidadãos.

4.2 Conceito de interpretação


Interpretação é uma acção que consiste em estabelecer, simultânea ou consecutivamente,
comunicação verbal ou não verbal entre duas entidades.

5 Interpretação da Lei
5.1 Conceito de interpretação da lei
Interpretação da lei é o processo pelo qual a lei é interpretada e aplicada. É um tipo de interpretação
jurídica.

Antes de se aplicar a lei (ou qualquer norma jurídica), há que interpretá-la, para se ter uma clara
percepção do sentido e alcance do que nela se contém, ou seja, do pensamento do legislador.
Estudada no âmbito da denominada Hermenêutica Jurídica, a interpretação da lei é o processo
técnico-jurídico que visa determinar qual o conteúdo e alcance das normas jurídicas.

A interpretação da norma jurídica integra duas fases: interpretação literal, em que se vai apreender
o sentido gramatical, textual ou literal da norma legal; interpretação lógica, em que, a partir do
texto da norma e com base em elementos extra-literais, se procura extrair o pensamento do
legislador. A interpretação das leis é objecto de estudo no âmbito da Hermenêutica Jurídica.

5.2 Elementos da Interpretação


Na interpretação da lei, temos presentes quatro elementos, a saber:

 Elemento literal – atende-se à letra da lei, ao sentido das palavras que a compõem;

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 Elemento lógico. – Vai-se explorar todas as possibilidades de análise do texto legal, para
se determinar a razão de ser das normas, o espírito da lei;
 Elemento sistemático – Tem se em conta a norma não numa perspectiva isolada, mas sim
no âmbito do sistema em que a norma está inserida;
 Elemento histórico – Para se interpretar bem a norma, deve-se considerar o contexto
histórico em que a mesma foi adoptada, sendo para isso importante a consulta dos
documentos que fazem parte dos trabalhos preparatórios do diploma.

6 Métodos de interpretação da lei


Existem vários métodos de interpretação das normas jurídicas, cuja classificação varia consoante
os critérios: sua fonte ou origem, sua finalidade e seu resultado

Quanto ao critério da fonte ou origem da interpretação, esta pode ser autêntica ou doutrinária:

 Interpretação autêntica - É uma interpretação que é feita pelo próprio órgão que criou a
norma (não pode ser feita por um órgão de hierarquia inferior) e deve assumir a mesma
forma de acto que a utilizada na produção da norma que ora se interpreta;
 Interpretação doutrinal - É uma interpretação feita por especialistas e técnicos de Direito,
como os magistrados, juristas, assim como pelos tribunais, fazendo uso da doutrina e da
ciência jurídicas.

Quanto ao critério da finalidade da interpretação da norma jurídica, distinguem-se os métodos de


interpretação: subjectivista, objectivista, histórica ou actualista.

 Interpretação subjectivista - É um método de interpretação através do qual se procura


reconstituir o pensamento concreto do legislador;

A interpretação jurídica visa compreender e reconstruir o pensamento ou vontade real (empírica


ou psicológica) do legislador (mens ou voluntas legislatoris) que se exprime no texto da lei. Como
se pode ver, com interpretação subjectivista o intérprete procura reconstruir o pensamento concreto
do legislador.

 Interpretação objectivista - É um método de interpretação em que se busca apurar o


sentido da norma abstraindo-se de quem foi o legislador ou de quem produziu essa norma;

A interpretação objectivista procura determinar o sentido da lei, abstraindo-se da pessoa ou pessoas


que a elaboraram. Aqui nota-se que o objectivo é interpretar a lei por si só com vista a encontrar o

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seu verdadeiro sentido, sem tomar em conta as pessoas que a elaboraram como acontece com a
interpretação subjectivista.

 Interpretação histórica - É um método de interpretação em que se busca alcançar o


sentido que a norma tinha no momento de sua aprovação e entrada em vigor;

A interpretação histórica tem por objectivo ou finalidade reconstruir o sentido que a lei tinha desde
a sua criação até entrada em vigor. Consideram os autores Isabel Rocha e Castro Mendes. Quanto
a esta forma de interpretação não restam dúvidas, pois a história visa compreender os factos
passados, reconstruir o presente e perspectivar o futuro, contudo, é mesmo necessário compreender
o sentido da lei desde a sua criação assim como a sua entrada em vigor para melhor aplicação

 Interpretação actualista - É um método de interpretação em que se busca alcançar o


sentido que a norma tinha no momento de sua aplicação ou execução.

A interpretação actualista visa determinar o sentido da lei atendendo somente ao momento da sua
aplicação. Com esta interpretação apenas procura-se interpretar o verdadeiro sentido de uma norma
jurídica apenas no momento em que ela está sendo aplicada.

Quanto ao resultado da interpretação, distinguem-se os seguintes métodos de interpretação:


interpretação declarativa, extensiva, restritiva, enunciativa e ab-rogante.

 Interpretação declarativa - A interpretação declarativa é aquela em que o intérprete


conclui há uma coincidência precisa entre a lei e o espírito da lei. Aqui o intérprete constata
que não existe divergência entre a letra e o espírito da lei, o que o legislador escreveu
corresponde ao que desejava transmitir.
 Interpretação extensiva - Interpretação extensiva é aquela em que o intérprete da norma
de modo a corrigir a desconformidade existente entre a letra da lei e o pensamento do
legislador, pois entende-se que este expressou na lei menos do que aquilo que pretendia,
não abarcando todas as suas situações que queria disciplinar.
 Interpretação restritiva - É um método através do qual se faz uma interpretação de modo
a corrigir a desconformidade existente entre a letra da norma e o pensamento do legislador,
no entendimento de que este expressou na lei mais do que queria, usando uma formulação
demasiado ampla que foi além da realidade que pretendia abarcar. Assim, o intérprete
restringe ou reduz o alcance da norma de modo a abarcar apenas as situações que caberiam
razoavelmente no pensamento do legislador;

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 Interpretação enunciativa - A interpretação enunciativa é aquela em que o intérprete
deduz da norma interpretada outras normas afins ou periféricas, ou seja, quando o
intérprete, por via da racionalização e dedução jurídica, retira da norma interpretada todas
as suas consequências;
 Interpretação ab-rogante - É um método de interpretação em que o intérprete, apesar de
presumir que o legislador consagrou a solução mais acertada e exprimiu correctamente seu
pensamento, conclui que a norma não tem qualquer efeito útil, nomeadamente porque é
incompatível e irreconciliável com outra norma jurídica. É semelhante à interpretação
correctiva, a que se refere Ascensão (1993), que ocorre quando se conclui que a lei é nociva
para a comunidade, contrastando com os interesses que a ordem jurídica considera
preponderantes; neste caso, a norma inadequada, injusta, inoportuna ou nociva é afastada
pelo intérprete no pressuposto de que o legislador não teria desejado esse efeito caso o
pudesse prever.

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7 Conclusão
Após um estudo sintetizado em relação a interpretação da lei, pude concluir que interpretar uma
norma é determinar o exacto sentido da norma e o seu alcance na aplicação de casos concretos,
assim, todas normas carecem de interpretação mesmo quando estas se apresentem de forma mais
clara. A interpretação da lei não pode se basear na letra da lei mas sim através do texto constante
na letra dela procurar determinar o seu sentido. Os elementos, literal ou gramaticais, lógico,
histórico, sistemático e teológicos, são fundamentais para determinar o sentido duma lei pois estes
é que determinam o tipo ou a forma de interpretação. A lei pode ser interpretada segundo a sua
fonte ou valor que pode ser autêntica, doutrinal e judicial, segundo a sua finalidade que pode ser
subjectivista, objectivista, histórica e actualista e seu resultado que pode ser declarativa, extensiva,
restritiva, enunciativa e ab-rogante. A primeira refere-se a origem e a força da lei, a segunda
procura interpretação com vista a finalidade ou o fim que uma norma apresenta e a última refere-
se ao resultado ou consequências da lei.

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8 Referencia bibliográfica
FONSECA, J. J. S. (2002), Metodologia da pesquisa cientifica. Fortaleza: UEC

Kelsen, Hans. (2006). "Teoria Pura do Direito." Editora Martins Fontes

Weber, Max. (1994). "Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva."


Tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. Editora UnB.

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