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CONSTITUCIONAL
Hermenêutica Interpretação
A interpretação encontra-se
dentro da hermenêutica.
A importância da hermenêutica
Um magistrado não pode julgar um
processo sem antes interpretar as normas
reguladoras da questão. Além de
conhecer os fatos, precisa conhecer o
direito, ou seja, dominar a arte de revelar
o sentido e o alcance das normas
aplicáveis.
• O cidadão precisa conhecer o direito para bem cumprir
suas obrigações e reivindicar seus direitos.
A importância da hermenêutica
• A efetividade do Direito depende, de um lado, do técnico
que formula as leis, decretos e códigos e, de outro lado,
da qualidade da interpretação realizada pelo aplicador
das normas.
Texto Legal, ou
seja, a norma
jurídica
Interpretação jurídica
Interprete ou exegeta
exegeta
Poder aplicá-lo na
solução de um caso
concreto
Assim...
O interprete
Analisar os diferentes
Indagar-se qual deles é o
significados possíveis da
mais exato.
norma
É a aplicação dos
princípios e regras
contidos na
Constituição.
Objetivo da interpretação constitucional
• Romper a distância,
aparentemente intransponível,
• Desvendar o conteúdo dos
entre a disciplina fria das
enunciados constitucionais; e
normas constitucionais e a
singularidade do caso a decidir;
A metodologia jurídica
O STF entende que:
"EMENTA. HERMENÊUTICA. DISPOSITIVOS APARENTEMENTE
ANTAGONICOS DE UMA MESMA LEI. SE POSSÍVEL, DEVE-SE OPTAR
PELA INTERPRETAÇÃO QUE SE CONCILIA." (RMS-15825/PE, Relator
Ministro Lafayette de Andrada. Publicação DJ DATA-19-10-66) Esses filigranas
gramaticais, pontificam: A um, a necessidade de que as palavras hão de ser
entendidas no seu contexto, a lei deve ser entendida no seu todo, e não pela
extração de fragmentos isolados, o que, sem embargo, desvirtuaria o seu
comando abstrato.
A dois, a convicção de que no Direito existem algumas palavras que se
revestem de um conteúdo técnico, diferente do seu significado na
linguagem popular. Nesses casos, ante uma situação de dúvida, deve-se
eleger a significação da técnica jurídica em detrimento da popular, pois
subentende-se que o legislador preferiu a primeira.
A três, diante de situações contraditórias, deve-se recorrer aos demais
métodos para conferir a segurança de uma interpretação consentânea com a
vontade legislativa e com os primados basilares do sistema jurídico.
Nota
Da justeza ou conformidade
Da unidade da constituição
funcional
Da concordância prática ou da
Do efeito integrador
harmonização
Da máxima efetividade ou da
Da força normativa da Constituição
eficiência
Princípios de interpretação
constitucional
Da Presunção de
Da Simetria Constitucionalidade das normas
infraconstitucionais
Da Unidade
• Aointerpretar a Constituição devemos levar em conta que
ela é um todo coerente e coeso, devendo o interprete
procurar harmonizar todas as suas normas de forma a
não estabelecer contradições.
Da Supremacia Constitucional
• Nos países que adotam Constituições rígidas, como é o
caso do Brasil, que demandam um procedimento mais
difícil de modificação do seu texto, cria-se uma espécie
de pirâmide normativa em cujo ápice estará a
Constituição e, logo abaixo, as demais normas jurídicas.
Como decorrência lógica, observa-se uma hierarquia
entre as normas. Essa posição vertical do ordenamento
jurídico “servirá de vetor para toda a legislação
infraconstitucional, fazendo refletir o princípio da
supremacia da Constituição
Do efeito integrador
• O princípio do efeito integrador está associado, na maioria
das vezes, ao princípio da unidade. O princípio do efeito
integrador significa que na resolução dos problemas
jurídico-constitucionais o intérprete deve dar preferência
aos critérios ou pontos de vista que favoreçam a
integração política e social e o reforço da unidade política.
Da máxima efetividade
• O princípio da máxima efetividade significa que a uma
norma constitucional deve ser atribuído o sentido que
maior eficácia lhe conceder. Na realidade, é um princípio
operativo em relação a todas e quaisquer outras normas
constitucionais. Embora sua origem esteja relacionada à
tese da atualidade das normas programáticas,
hodiernamente é invocada no âmbito dos direitos
fundamentais; ou seja, no caso de dúvidas, o intérprete
deve preferir a interpretação que reconheça maior
eficácia aos direitos fundamentais.
Da harmonização
• Este princípio está interligado aos princípios da unidade e
do efeito integrador. O princípio da harmonização impõe a
• coordenação e a combinação dos bens jurídicos em
conflito, de maneira a evitar o sacrifício total de uns em
relação aos outros.
Da força Normativa da Constituição
• A resolução dos problemas jurídico-constitucionais que se
apresentam ao intérprete deve se dar mediante a garantia
da maior eficácia, aplicabilidade e permanência das
normas constitucionais. Consequentemente, deve-se dar
prioridade às soluções interpretativas que,
compreendendo a historicidade das estruturas
constitucionais, possibilitem a atualização normativa,
garantindo-lhe eficácia e permanência.
Da justeza
• Este princípio é considerado, nos dias de hoje, mais como
um princípio autônomo de competência do que
propriamente um princípio de interpretação da
Constituição. O princípio da conformidade tem como
finalidade impedir, em sede de concretização da
Constituição, a alteração da repartição de funções
(competências) constitucionalmente estabelecida. Assim,
os órgãos encarregados da interpretação da Constituição
não podem chegar a um resultado que subverta o
esquema organizatório-funcional constitucionalmente
estabelecido.
Da simetria
• Os Estados-Membros se organizam obedecendo ao
mesmo modelo constitucional adotado pela União. Por
este princípio, por exemplo, as unidades federativas
devem estruturar seus governos de acordo com o
princípio da separação de poderes.
Da presunção de
Constitucionalidade
• As normas jurídicas infraconstitucionaispossuem a
presunção de constitucionalidade até que o controle
judicial se manifeste em contrário.
Barroso diz que:
“O ponto de partida do interprete há que ser sempre os
princípios constitucionais, que são o conjunto de
normas que espelham a ideologia da Constituição, seus
postulados básicos e seus fins.”
Métodos de interpretação do direito
• Os métodos se diversificam em função da prioridade que
se atribui aos elementos da interpretação e grau de
liberdade conferido aos juízes.
• Assim, encontramos quatro métodos de interpretação:
Método tradicional
• É o método que utiliza os elementos gramatical e lógico.
Formado pela escola da Exegese, na França, inicio do século
XIX. O pensamento predominante da escola era codicista, de
supervalorização do código. Pensavam seus adeptos que o
código encerrava todo o direito. Não haveria qualquer outra
fonte jurídica além do código. O interprete não investigava o
direito na organização social, politica ou econômica. Nada
havia no social que houvesse escapado à previsão do
legislador. O Código não apresentava lacunas.
Gramatical
Lógico Sistemático
GRAMATICAL
declarativa restritiva
extensiva
DECLARATIVA
autêntica doutrinária
judicial
AUTÊNTICA
É proibido entrar de
bermuda.
Teoria da argumentação na
interpretação constitucional
• A teoria da argumentação oferece ao exegeta subsídios
para que prevaleça, diante das diversas possibilidades
interpretativas, sua interpretação. Assim, alguns
parâmetros deveram ser observados nestas decisões.
•
Parâmetros da teoria da argumentação
• A argumentação deve ser jurídica – não poderá haver
“achismo”, não é o que o interprete “acha” e sim,
conforme preleciona a CF no art. 93, IX e X, motivadas.
técnica de decisão
Sumulas vinculantes e a interpretação
das normas
• Os enunciados das sumulas vinculantes terão por
objeto a validade, a interpretação e a eficácia de
normas acerca das quais haja controvérsia atual entre
órgãos do judiciário ou entre estes e a
administração pública que acarrete grave
insegurança jurídica e relevante multiplicação de
processos sobre questão idêntica.