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HERMENÊUTICA

CONSTITUCIONAL

Prof. Ms. Márcia Cavalcante


Hermenêutica – grego – interpretar.
Hermes (mitologia grega) – filho de
Zeus e Maia – considerado o
interprete da vontade divina.
HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO
DA LEI
A hermenêutica é teórica e visa a estabelecer
princípios, critérios, métodos, orientação geral,
exemplo de relacionamento entre princípios e
aplicações.

A interpretação é de cunho prático, aplicando


tais diretrizes. A interpretação aproveita os
subsídios da hermenêutica.
Diferença entre hermenêutica e
interpretação

A hermenêutica descobre e fixa


os princípios que regem a
interpretação. Ela estuda e
sistematiza os critérios
aplicáveis na interpretação das
regras jurídicas.
Distinção entre...

Hermenêutica Interpretação

• – é a ciência que tem• – ato de descortinar o


por objeto o estudo e sentido, significado e
a sistematização dos alcance das normas
constitucionais, tomando
processos aplicáveis
como base métodos,
para determinar o princípios e técnicas
sentido e o alcance cientificas de exegese
das expressões do desenvolvidas pela
Direito. hermenêutica.
Assim...

A interpretação encontra-se
dentro da hermenêutica.
A importância da hermenêutica
Um magistrado não pode julgar um
processo sem antes interpretar as normas
reguladoras da questão. Além de
conhecer os fatos, precisa conhecer o
direito, ou seja, dominar a arte de revelar
o sentido e o alcance das normas
aplicáveis.
• O cidadão precisa conhecer o direito para bem cumprir
suas obrigações e reivindicar seus direitos.
A importância da hermenêutica
• A efetividade do Direito depende, de um lado, do técnico
que formula as leis, decretos e códigos e, de outro lado,
da qualidade da interpretação realizada pelo aplicador
das normas.

• Para a formação do interprete é exigível, além do


conhecimento técnico especifico, uma gama de
condições pessoais, que deve ornar a sua personalidade
e cultura. Quanto aos dotes de personalidade,
sobressaem-se os de probidade, serenidade,
equilíbrio e diligência.
A importância da Hermenêutica
Características do interprete
• Além das qualidades destacadas, o interprete deve
possuir curiosidade cientifica, interesse sempre
renovado em conhecer os problemas jurídicos e os
fenômenos sociais. Precisa estar atento à evolução do
direito e dos fatos sociais. Deve ser um pesquisador,
pois ninguém conhece suficiente em termos de
ciência. Não se deve prender definitivamente a
velhas concepções. O interprete necessita de um
espirito sempre aberto, preparado para ceder diante
de novas evidências.
Hermenêutica como instrumento de resposta aos
problemas de atualidade do Direito
• A hermenêutica jurídica tem sido apresentada como um
instrumento capaz de sanar tanto as lacunas quanto o
momento histórico do qual a lei fora criada. Desta forma,
vem sendo utilizada inclusive para “sanar” omissões
legislativas.

• Deve-se ficar atento à questão de até onde atende, a


interpretação, à vontade da lei ou a vontade do
legislador.
Interpretação do direito
• Interpretar o direito é uma atividade que tem por escopo
levar ao espirito o conhecimento pleno das expressões
normativas, a fim de aplica-lo às relações sociais.
Interpretar o direito é revelar o sentido e o alcance de
suas expressões.
• Fixar o sentido de uma norma jurídica é descobrir a sua finalidade;
é por a descoberto os valores consagrados pelo legislador, aquilo
que teve por mira proteger.

• Fixar o alcance é demarcar o campo de incidência da norma


jurídica, é conhecer sobre que fatos sociais e em que
circunstâncias a norma jurídica tem aplicação.
INTERPRETAR o DIREITO é CONHECE-LO;
CONHECER o DIREITO é INTERPRETA-LO.

• Toda norma jurídica pode ser objeto de interpretação.


Assim, a norma costumeira, a jurisprudência, os
princípios gerais do direito, devem ser interpretados,
para se esclarecer seu real significado e o alcance de
suas determinações.

• Assim, desenvolveu-se a técnica da interpretação


conforme a constituição, ou seja, quando uma norma
oferecer mais de um sentido e um deles for contrário à
Lei maior, apenas este deverá ser considerado
inconstitucional.
Objeto da interpretação jurídica

Texto Legal, ou
seja, a norma
jurídica
Interpretação jurídica

Interprete ou exegeta

Identifica a fonte do direito, associa a disposição normativa


à realidade e, a partir de uma operação mental,
individualiza a norma.
Interpretação jurídica

Análise do significado de um conjunto de dados


linguísticos e, mais especificadamente, de textos
normativos;

O ato pelo qual se produz uma norma particular a partir


da concretização de uma disposição normativa geral e
abstrata.
Interpretação Constitucional

Difere da interpretação jurídica

Principio da supremacia constitucional e do singular papel


jurídico e político do texto magno no ordenamento jurídico.

A interpretação constitucional tem por finalidade


concretizar os standards genéricos da Constituição,
possibilitando sua aplicação a situações concretas.
Interpretação das normas
constitucionais
• Interpretar é “explicar, explanar ou aclarar o sentido de
(palavra, texto, lei, etc)”. Logo, interpretar é buscar a
compreensão de seu conteúdo.

• É através da interpretação que o aplicador da norma ou o


destinatário desta, procura o sentido dela no exame do
enunciado normativo.
Procedimento interpretativo

exegeta

Realiza a função Descobrir o sentido


interpretativa normativo do texto

Poder aplicá-lo na
solução de um caso
concreto
Assim...

O interprete

Analisar os diferentes
Indagar-se qual deles é o
significados possíveis da
mais exato.
norma

É a indagação dos diversos sentidos do texto e o


seu conhecimento sobre a matéria tratada pela
norma.
Desta forma...

A hermenêutica deve ser


considerada como um processo
unitário que inclui, além da
compreensão e interpretação do
texto, também sua aplicação.
A quem compete interpretar a
Constituição?

Informalmente: qualquer pensante que depare com problemas


jurídico-constitucionais;

Oficialmente: Poder Judiciário – especialmente STF;

Bem como: advogados, membros do MP,


integrantes dos poderes públicos,
doutrinadores, cidadãos, enfim, todos que
vivem sob a égide de uma carta magna.
Interpretação das Normas
Constitucionais...

É a aplicação dos
princípios e regras
contidos na
Constituição.
Objetivo da interpretação constitucional

• Romper a distância,
aparentemente intransponível,
• Desvendar o conteúdo dos
entre a disciplina fria das
enunciados constitucionais; e
normas constitucionais e a
singularidade do caso a decidir;

• Encontrar o espaço de decisão


das normas constitucionais.
Finalidade da Interpretação
Constitucional
Garantir o máximo de efetividade do
Consagrando sua força normativa
texto magno

Garantindo a interpretação de todo o


ordenamento jurídico em conformidade
com suas normas.

Integração do ordenamento constitucional.


Finalidade da Interpretação
Constitucional

Realização do controle formal Eleger a solução mais correta


e material das leis e atos e justa para o caso, do ponto
normativos editados pelos de vista dos princípios e
poderes constituídos direitos fundamentais.
Influências na Interpretação
Constitucional

O contexto cultural, social e


A posição do interprete
institucional

A metodologia jurídica
O STF entende que:
"EMENTA. HERMENÊUTICA. DISPOSITIVOS APARENTEMENTE
ANTAGONICOS DE UMA MESMA LEI. SE POSSÍVEL, DEVE-SE OPTAR
PELA INTERPRETAÇÃO QUE SE CONCILIA." (RMS-15825/PE, Relator
Ministro Lafayette de Andrada. Publicação DJ DATA-19-10-66) Esses filigranas
gramaticais, pontificam: A um, a necessidade de que as palavras hão de ser
entendidas no seu contexto, a lei deve ser entendida no seu todo, e não pela
extração de fragmentos isolados, o que, sem embargo, desvirtuaria o seu
comando abstrato.
A dois, a convicção de que no Direito existem algumas palavras que se
revestem de um conteúdo técnico, diferente do seu significado na
linguagem popular. Nesses casos, ante uma situação de dúvida, deve-se
eleger a significação da técnica jurídica em detrimento da popular, pois
subentende-se que o legislador preferiu a primeira.
A três, diante de situações contraditórias, deve-se recorrer aos demais
métodos para conferir a segurança de uma interpretação consentânea com a
vontade legislativa e com os primados basilares do sistema jurídico.
Nota

A CF há de sempre ser interpretada, pois, somente por


meio da conjugação da letra do texto com as
características históricas, políticas, ideológicas momento
encontrar-se-á o melhor sentido da norma jurídica, em
confronto com a realidade sociopolitico-econômica e
almejando sua plena eficácia.
Princípios de interpretação
constitucional

Da justeza ou conformidade
Da unidade da constituição
funcional

Da concordância prática ou da
Do efeito integrador
harmonização

Da máxima efetividade ou da
Da força normativa da Constituição
eficiência
Princípios de interpretação
constitucional

Supremacia Constitucional Da Harmonização

Da imperatividade das Normas


Do Conteúdo Implícito
Constitucionais

Da Presunção de
Da Simetria Constitucionalidade das normas
infraconstitucionais
Da Unidade
• Aointerpretar a Constituição devemos levar em conta que
ela é um todo coerente e coeso, devendo o interprete
procurar harmonizar todas as suas normas de forma a
não estabelecer contradições.
Da Supremacia Constitucional
• Nos países que adotam Constituições rígidas, como é o
caso do Brasil, que demandam um procedimento mais
difícil de modificação do seu texto, cria-se uma espécie
de pirâmide normativa em cujo ápice estará a
Constituição e, logo abaixo, as demais normas jurídicas.
Como decorrência lógica, observa-se uma hierarquia
entre as normas. Essa posição vertical do ordenamento
jurídico “servirá de vetor para toda a legislação
infraconstitucional, fazendo refletir o princípio da
supremacia da Constituição
Do efeito integrador
• O princípio do efeito integrador está associado, na maioria
das vezes, ao princípio da unidade. O princípio do efeito
integrador significa que na resolução dos problemas
jurídico-constitucionais o intérprete deve dar preferência
aos critérios ou pontos de vista que favoreçam a
integração política e social e o reforço da unidade política.
Da máxima efetividade
• O princípio da máxima efetividade significa que a uma
norma constitucional deve ser atribuído o sentido que
maior eficácia lhe conceder. Na realidade, é um princípio
operativo em relação a todas e quaisquer outras normas
constitucionais. Embora sua origem esteja relacionada à
tese da atualidade das normas programáticas,
hodiernamente é invocada no âmbito dos direitos
fundamentais; ou seja, no caso de dúvidas, o intérprete
deve preferir a interpretação que reconheça maior
eficácia aos direitos fundamentais.
Da harmonização
• Este princípio está interligado aos princípios da unidade e
do efeito integrador. O princípio da harmonização impõe a
• coordenação e a combinação dos bens jurídicos em
conflito, de maneira a evitar o sacrifício total de uns em
relação aos outros.
Da força Normativa da Constituição
• A resolução dos problemas jurídico-constitucionais que se
apresentam ao intérprete deve se dar mediante a garantia
da maior eficácia, aplicabilidade e permanência das
normas constitucionais. Consequentemente, deve-se dar
prioridade às soluções interpretativas que,
compreendendo a historicidade das estruturas
constitucionais, possibilitem a atualização normativa,
garantindo-lhe eficácia e permanência.
Da justeza
• Este princípio é considerado, nos dias de hoje, mais como
um princípio autônomo de competência do que
propriamente um princípio de interpretação da
Constituição. O princípio da conformidade tem como
finalidade impedir, em sede de concretização da
Constituição, a alteração da repartição de funções
(competências) constitucionalmente estabelecida. Assim,
os órgãos encarregados da interpretação da Constituição
não podem chegar a um resultado que subverta o
esquema organizatório-funcional constitucionalmente
estabelecido.
Da simetria
• Os Estados-Membros se organizam obedecendo ao
mesmo modelo constitucional adotado pela União. Por
este princípio, por exemplo, as unidades federativas
devem estruturar seus governos de acordo com o
princípio da separação de poderes.
Da presunção de
Constitucionalidade
• As normas jurídicas infraconstitucionaispossuem a
presunção de constitucionalidade até que o controle
judicial se manifeste em contrário.
Barroso diz que:
“O ponto de partida do interprete há que ser sempre os
princípios constitucionais, que são o conjunto de
normas que espelham a ideologia da Constituição, seus
postulados básicos e seus fins.”
Métodos de interpretação do direito
• Os métodos se diversificam em função da prioridade que
se atribui aos elementos da interpretação e grau de
liberdade conferido aos juízes.
• Assim, encontramos quatro métodos de interpretação:
Método tradicional
• É o método que utiliza os elementos gramatical e lógico.
Formado pela escola da Exegese, na França, inicio do século
XIX. O pensamento predominante da escola era codicista, de
supervalorização do código. Pensavam seus adeptos que o
código encerrava todo o direito. Não haveria qualquer outra
fonte jurídica além do código. O interprete não investigava o
direito na organização social, politica ou econômica. Nada
havia no social que houvesse escapado à previsão do
legislador. O Código não apresentava lacunas.

• O principal motivo era revelar a vontade do legislador, daquele


que planejou e fez a lei. A única interpretação correta era
aquela que traduzia o pensamento do autor.

• Dizer que só a lei é direito é recusar a fonte mais autêntica e


genuína, que é o costume.
Método Histórico evolutivo
• Corrente que surgiu ao final do século XIX, atribuía ao interprete um
papel relevante. Ao judiciário cumpria a tarefa de manter o direito
sempre vivo, atual, de acordo com as exigências sociais. Não era
concebido ao direito ficar estagnado na forma e no conteúdo, em
velhas formulas, úteis no passado.

• O direito por definição deve ser um reflexo da realidade social. Se a


realidade evolui e a lei se mantem estática, o direito perde sua força.

• Cabendo ao judiciário suprir as deficiências do legislativo, que se


revelou negligente, permitindo a defasagem entre a vida e o direito.
Não há intromissão de poderes.

• Mostra-se incompleto porque não apresenta soluções para o caso de


lei inexistente.
Ressaltando
• Interpretar é se valer de técnicas sistematicamente
elaboradas que faz o interprete compreender a aplicar as
normas legais.
Métodos Clássicos de Interpretação

Gramatical

Lógico Sistemático
GRAMATICAL

É o primeiro elemento que o interprete


terá contato da norma. É a analise do
valor semântico das palavras
empregadas no texto
LÓGICO

É aquele que vai analisar a vontade e


o raciocínio utilizado na feitura da lei.
SISTEMÁTICO

combina os dois modelos acima e


consiste na pesquisa do sentido e do
alcance das expressões normativas,
considerando-as em relação a outras
expressões contidas na ordem
jurídica, mediante comparações.
Interpretação quanto ao resultado:

declarativa restritiva

extensiva
DECLARATIVA

Nem sempre o legislador bem se utiliza dos


vocábulos, ao compor os atos legislativos. Muitas
vezes se expressa mal, utilizando com
improbidade os termos. Quando dosa as palavras
com adequação aos significados que deseja
imprimir na lei, falamos que a interpretação é
declarativa. O interprete chega a constatação de
que as palavras expressam, com medida exata, o
espirito da lei.
RESTRITIVA

quando ocorre, porém, que o legislador é infeliz


ao redigir o ato normativo, dizendo mais do que
queria dizer, a interpretação é restritiva, pois o
interprete elimina a amplitude das palavras. Ex: a
lei diz descendente quando queria dizer filhos
EXTENSIVA

é a hipótese contrária a anterior. O


interprete constata que o legislador
utilizou-se com improbidade dos termos
, dizendo menos do que queria afirmar.
Interpretação quanto à fonte:

autêntica doutrinária

judicial
AUTÊNTICA

é a interpretação que emana do


próprio órgão competente para a
edição do ato interpretado. Ex: É um
novo decreto ou MP com
esclarecimentos sobre o conteúdo do
ato anterior.
DOUTRINÁRIA

quando localizadas em obras


cientificas, quase sempre tratados
especializados, encontrando-se
também em pareceres de
jurisconsultos e lições dos mestres em
direito.
JUDICIAL

é de autoria de juízes e tribunais.


Exercitando...

É proibido entrar de
bermuda.
Teoria da argumentação na
interpretação constitucional
• A teoria da argumentação oferece ao exegeta subsídios
para que prevaleça, diante das diversas possibilidades
interpretativas, sua interpretação. Assim, alguns
parâmetros deveram ser observados nestas decisões.


Parâmetros da teoria da argumentação
• A argumentação deve ser jurídica – não poderá haver
“achismo”, não é o que o interprete “acha” e sim,
conforme preleciona a CF no art. 93, IX e X, motivadas.

• A argumentação deve ser universal – é a coerência em


situações tidas por idênticas. Utilizar-se dó mesmo
pensamento. Relatividade desta argumentação.
Parâmetros da Teoria da argumentação

• A argumentação deve ser principialista – recorrer aos


princípios, explícitos e implícitos. Exemplo clássico a
teoria da busca da felicidade para argumentar a decisão.
Interpretação inconstitucional de leis
constitucionais
• É possível?

• Sim, é possível. O poder público e os particulares,


muitas vezes interpreta de modo inconstitucional as leis
e os atos normativos. E estas leis estão em plena
conformidade ao bojo constitucional. É o exegeta quem
distorce ou equivoca-se na interpretação do texto,
subvertendo seu sentido originário.
Interpretação constitucional de leis
inconstitucionais

• Também pode existir.


Interpretação conforme a constituição como
principio de exegese constitucional

• Esta técnica é utilizada quando sobre uma mesma


norma constitucional houverem mais de uma
interpretação (polissemia ou plurissignificatividade).
Ou seja, ao invés do tribunal declarar a norma como
inconstitucional, escolhe a alternativa interpretativa
que a conduza a um juízo de constitucionalidade.
Interpretação conforme a constituição como um
principio de exegese constitucional

• Esta técnica é muito utilizada pelo STF. Observa-se que


ela é, ao mesmo tempo, uma técnica de controle de
constitucionalidade como um principio de exegese
constitucional.
Interpretação Conforme ou de
adequação das Leis à Constituição

Criação Judicial do Direito


As dimensões da interpretação
conforme a Constituição
princípio hermenêutico

princípio de conservação de normas

princípio de controle (da constitucionalidade

técnica de decisão
Sumulas vinculantes e a interpretação
das normas
• Os enunciados das sumulas vinculantes terão por
objeto a validade, a interpretação e a eficácia de
normas acerca das quais haja controvérsia atual entre
órgãos do judiciário ou entre estes e a
administração pública que acarrete grave
insegurança jurídica e relevante multiplicação de
processos sobre questão idêntica.

• É uma forma de pacificação do entendimento sobre


norma constitucional.
Preâmbulo constitucional
• O preâmbulo não é norma de reprodução obrigatória, não
tem força normativa, não cria direitos ou obrigações, mas
serve como um norte interpretativo das normas
constitucionais.

• As características acima enumeradas revelam que o


preâmbulo não é norma de reprodução obrigatória.
ADCT
• Tem natureza de norma constitucional e poderá, portanto,
trazer exceções às regras colocadas no corpo da
Constituição. E estas exceções são feitas através de EC.
Mutação constitucional x reforma
constitucional
• Reforma constitucional – modificação do texto
constitucional, através dos mecanismos definidos pelo
Poder Constituinte originário (emendas), alterando,
suprimindo ou alterando artigos do texto original.

• Mutação – é uma alteração no significado e sentido


interpretativo do texto constitucional. A transformação
não está no texto em si, mas na interpretação daquela
regra enunciada. O texto permanece inalterado.

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