Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Constitucional
III
Manoel Bernardino Filho
Mestre em Direito Público
Hermenêutica
Constitucional.
Controle de
Constitucionalidade.
Ementa
Introdução ao Processo
Constitucional.
Remédios
Constitucionais.
Bibliografia
• A ideia dos temas a serem abordados, em especial o
Controle de Constitucionalidade, está ligada:
O significado não é algo incorporado ao conteúdo das palavras, mas algo que
depende precisamente de seu uso e interpretação
Sistemático – a norma não existe sozinha, ✓ Além desses, outros elementos foram incorporados, como, por exemplo, o
elemento teleológico (Ihering), o qual busca a finalidade da norma.
mas está dentro de um sistema de normas.
Crítica: a doutrina reconhece que os elementos tradicionais, criados por Savigny, são úteis para a interpretação da
constituição. Entretanto, eles são insuficientes para dar conta da complexidade constitucional.
A interpretação constitucional na
história
• Constitucionalismo clássico
• Foi no paradigma do constitucionalismo clássico (ou liberal)
que se criaram as primeiras constituições escritas,
concretizando-se os ideais preconizados pelo jusnaturalismo
moderno.
• Séculos XVIII e XIX, surgiram formalmente os Estados
nacionais, sob os ideias revolucionários burgueses.
• O constitucionalismo liberal se propõe à construção de um
Estado de Direito, em oposição às organizações tradicionais.
Supremacia da Lei
Normas
Princípios Regras
ROBERT ALEXY -
PRINCÍPIOS
Abstratamente, uma vez em rota de colisão, uma regra acaba por invalidar a
outra, não se falando aqui em ponderação.
Proporcionalidade
Necessidade
em Sentido Estrito
Adequação
Finalidades
I. A interpretação conforme a Constituição constitui técnica de hermenêutica de uso possível tanto se existentes várias hipóteses
interpretativas, quanto se o sentido da norma for unívoco.
II. A técnica da interpretação conforme a Constituição sem redução de texto admite as variantes da exclusão de interpretação
inconstitucional e da opção por uma determinada interpretação.
III. A declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto não é admitida no direito brasileiro por implicar controle de
constitucionalidade como legislador positivo.
IV. Não é possível o uso da técnica da interpretação conforme a Constituição com redução de texto.
Alternativas
A Está correta apenas a assertiva II.
B Estão corretas apenas as assertivas I e III.
C Estão corretas apenas as assertivas I e IV.
D Estão corretas apenas as assertivas III e IV.
ADI 1344 MC
Relator(a): Min. MOREIRA ALVES
Julgamento: 18/12/1995
Publicação: 19/04/1996
• Rudolf Smend
• Refere-se ao espírito da Constituição (valores consagrados
na norma, no corpo da Constituição).
• O método busca descobrir os valores subjacentes ao texto
constitucional, os valores que estão por trás das normas.
• Em síntese: A análise da norma constitucional não se fixa
na literalidade da norma, mas parte da realidade social e
dos valores subjacentes do texto da Constituição.
• As constituições devem ser interpretadas de modo elástico
e flexível, para acompanharem o dinamismo do Estado, que
é um fenômeno espiritual em constante transformação.
2. Método científico-espiritual, valorativo,
integrativo ou sociológico
Alguns autores chamam esse método de valorativo, em virtude da importância
que atribui aos valores constitucionais.
Para esse método, o preâmbulo tem valor fundamental, sendo uma importante
diretriz interpretativa, eis que expõe os valores do legislador constitucional.
2. Método científico-espiritual, valorativo,
integrativo ou sociológico
• Theodor Viehweg
• Década de 1950, como reação ao positivismo jurídico
• Do direito civil para o Direito Constitucional.
• Hoje, é bastante utilizado pelos magistrados em suas decisões (de
forma inconsciente).
• Não raramente, especialmente diante de casos com múltiplas
respostas, os julgadores primeiro fixam uma conclusão que
consideram justa e depois tentam fundamentá-la com base nas
normas existentes. Isso é uma forma de exercer a tópica jurídica.
3. Método tópico-problemático ou
argumentativo
• Topos são pontos de vista utilizáveis e aceitáveis em uma discussão, para reforçar ou
refutar uma ideia.
• É um esquema de pensamento, raciocínio, argumentação, lugares comuns, formas de
argumentar, aquilo que todo mundo está acostumado a dizer.
• Nenhum topos é irrefutável. Os topoi são extraídos da doutrina dominante, da
jurisprudência pacífica, ou do senso comum.
3. Método tópico-problemático ou
argumentativo
• Ele é chamado, ainda, de método argumentativo, pois propõe chegar a uma solução pelo
sopesamento entre argumentos contrários e favoráveis a uma determinada decisão.
• Não há um argumento que seja errado e outro que seja certo.
• Será utilizado o argumento que puder convencer mais gente, em um ambiente de
consenso.
• Não irá prevalecer a interpretação/argumentação mais correta, mas a mais convincente.
3. Método tópico-problemático ou
argumentativo
Friedrich Müller
Antes da interpretação
só existe o texto e não
uma norma jurídica. A Ex: Proibido biquini:
norma jurídica em 1960 e em uma
somente surge após a praia de nudismo
aplicação e
interpretação do texto.
6. Método concretista da Constituição aberta
• Crítica – a ideia de que todos podem interpretar a Constituição abre margem para
interpretações divergentes sobre as mesmas normas.
• Häberle entende que isso não é um problema, pois essas pessoas (sociedade) são
apenas pré-intérpretes, e não intérpretes definitivos.
• Quem dará a interpretação definitiva será a Corte Constitucional.
• Os pré-intérpretes apenas ajudariam os intérpretes definitivos em sua decisão
(conferindo-lhe legitimidade).
• Com esse entendimento de democratização da interpretação, pela figura dos pré-
intérpretes, Peter Häberle influenciou muito alguns institutos no direito brasileiro, a
exemplo da figura do amicus curiae e a realização de audiências públicas.
Contribuições da dogmática estadunidense
• A constituição deve ser interpretada em seu sentido originário ou no sentido que seu
texto exterioriza (caráter mais conservador da interpretação constitucional).
• Principais correntes:
• Originalismo
• Textualismo
Interpretativismo: Originalismo
• Robert Bork
• Os magistrados devem seguir o entendimento original dos criadores da
Constituição (leitura dos documentos da época e da história da elaboração
da Constituição).
• adota a teoria subjetiva da interpretação (interpretação por meio da
vontade do criador do texto constitucional – teoria subjetiva da
interpretação).
• Assim, o Originalismo busca a “mens legislatoris”: a vontade do legislador e
não a da lei.
Curiosidade
• Robert Bork é um jurista bastante conhecido nos EUA e foi indicado para a Suprema
Corte por Ronald Reagan em 1987. O jurista, apesar de bastante respeitado, era
conhecido por sua visão conservadora e ativista, pois sempre se ateve ao texto
constitucional de forma rígida. Por conta de sua visão, ele foi um dos casos em que o
Senado rejeitou a indicação presidencial.
Interpretativismo: Textualismo
• https://www.conjur.com.br/2022-jun-30/senso-incomum-isto-textualismo-
originalismo-afinal-interpretar
Diretrizes do interpretativismo