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- Para o Direito, ter muitas interpretações é um problema, uma vez que gera
insegurança jurídica
Interpretação Jurídica
“O legislador deseja fixar preceito para o futuro” e para isso, ele se vale de
experiências passadas
Constituição aberta
Interpretação Jurídica
A linguagem não é um bom veículo para transportar o pensamento (o Direito
vele-se da linguagem humana, diferente da matemática, por exemplo)
- O bom de se utilizar da linguagem humana é que aumenta o alcance.
Em concreto não há regra clara, há norma que parece ser clara. Como não
há regra clara, a interpretação é imprescindível.
Indexicais
São expressões de não possuem um sentido claro, a interpretação varia de acordo
com o contexto
Quantificadores
São expressões linguísticas que modificam uma referência em termos quantitativos
Imprecisões da linguagem
Ambiguidade
Palavra com mais de um significado
Ex: manga, sanção
Interpretação jurídica
Inexistência da valência falso ou verdadeiro e mutação da própria
interpretação.
1. Gramatical ou literal:
- O texto como ponto de partida (os significados que a palavra tem). Vale
destacar que o texto não é o ponto de chegada.
- Necessidade da leitura: em regra é utilizada a linguagem escrita.
- O intérprete deve buscar precisar a significação dos vocábulos.
- É uma interpretação “baseada nos dicionários”.
2. Histórica:
3. Racional ou lógica:
4. Sistemática:
5. Teleológica
UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO
SIMETRIA CONSTITUCIONAL
PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE
MÁXIMA EFETIVIDADE
- Interpretação efetiva
- A uma norma constitucional deve ser atribuído o sentido que mais lhe dê
eficácia
Reduzir o máximo dos riscos por exemplo, em relação ao meio de trabalho seguro
(art. 7º, XXII, CF)
- Uma lei ou ato normativo não deve ser declarada inconstitucional quando
seja possível.
Ex:
Art. 7°, XVIII, CF ---> 120 dias (não são 4 meses, não se converte data)
XIX, ---> ?
Normas de eficácia plena: (autoexecutável) (aplica-se por si só) (para os casos que
fogem da regra geral iremos usar a legislação, e isso não a faz a norma deixar de ser
plena)
- Art. 7°, XVIII, CF (licença maternidade)
Pré-história
Ausência de registros (escrita)
Antiguidade
Grécia antiga – polis (cidade-Estado grega); politeia (embrião da Constituição, não
assegurava direitos fundamentais)
Direitos políticos não universais
Medievo
Dispersão da autoridade entre inúmeros centros de poder
“Magna Charta” - primeira declaração de direitos
Modernidade
Absolutismo – baseado no teocentrismo
Ausência de direitos fundamentais
“O estado sou eu” – Luís XIV
“O rei nunca erra”
Contemporaneidade
Marco é a revolução francesa (é uma revolução burguesa, os direitos a partir daí
foram pensados pelos burgueses)
Influência iluminista / razão / antropocentrismo
Início do constitucionalismo
Constituição americana é a primeira: Organiza o estado e assegura os direitos
fundamentais
- Estado Liberal
Revolução francesa
Direitos fundamentais de 1º geração: direitos individuais (vida, liberdade, direitos
oponíveis em relação ao Estado), direitos políticos (participação nas decisões do
Estado – voto, se candidatar, fiscalizar, liberdade de reunião / protesto)
Os direitos fundamentais de primeira dimensão são os ligados ao valor liberdade, são os direitos civis
e políticos. São direitos individuais com caráter negativo por exigirem diretamente uma abstenção do
Estado, seu principal destinatário.
Caso Agnès Blanco (1873) (responsabilidade do Estado) (primeira vez que o estado
foi responsabilizado judicialmente, condenação à uma indenização de reparo civil)
Propriedade é sagrada, intocável.
- Estado Social
Estado do Bem-Estar Social
Se preocupa com o bem-estar da pessoa
As primeiras que vão falar disso são as constituições do México de 1917 e a alemã de 1919
(Wiemar)
A crise do Estado Social - “o estado social como vítima do seu próprio sucesso”
O Estado prefere reduzir de tamanho por conta dos custos de expandir os direitos
Por fim, introduzidos no âmbito jurídico pela globalização política, os direitos de quarta geração compreendem os
direitos à democracia, informação e pluralismo.
Jean-Jacques Rousseau
Vontade geral
Montesquieu
Limitação do poder
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Fundamentalidade e Restrições
Conceitos:
Prof. Antonio Enrique (definição material)
É um conjunto de direitos que, em cada momento histórico, concretizam as
exigências da dignidade, da liberdade e da igualdade humana, as quais devem ser
reconhecidas positivamente pelo ordenamento jurídico e devem gozar de uma tutela
reforçada.
- Está preocupado com a historicidade, é marcada por um determinado
momento histórico.
- Os direitos fundamentais devem estar previstos em algum documento
(constituição) (Reconhecido positivamente pelo ordenamento)
Prof. Joaquim Salgado (preocupado com a dimensão mais formal, esses
direitos servem de fundamento para os demais direitos)
Matrizes de todos os demais direitos, dando–lhes fundamento, e sem eles não
podemos exercer muitos outros.
Características:
Necessidade de seu respeito (eles são direitos, e não favores que alguém ou
que o Estado nos faz)
Justiciabilidade (capacidade de podermos recorrer ao judiciário em caso de
descumprimento desses direitos)
Indivisibilidade (são indivisíveis, ou seja, não posso por exemplo, fornecer um
direito fundamental a uma pessoa e não fornecer a outras (subjetiva). Se eu
nego 1 direito fundamental, acarreta na negativa de demais direitos
fundamentais (objetiva). (intersubjetiva) se tem um grupo de pessoas
famintas eu não tenho garantia de que eu também vou ter comida, por
exemplo, ou seja, quando não assegura os direitos para um grupo, não está
se assegurando a ninguém).
Não dá para se assegurar um direito parcialmente
Universalidade (falar em direitos no mundo todo não faz sentido porque não
temos uma constituição planetária. Então falamos de Direitos humanos
(direitos fundamentais plasmados na Constituição), que devem ser
universais. Nem tudo que é considerado fundamental em um país vai ser
considerado fundamental para outros.
O que existe é um consenso de universalidade relativa. Devemos proteger a saúde,
mas não significa que em todos os países o acesso a saúde vai ser o mesmo, mas
deve ser protegido.
Titularidade
Direitos individuais
Direitos políticos
Alistamento eleitoral, título de eleitor, maior de 16 anos, não pode ser estrangeiro.
Condenados também não podem
Direitos sociais
Direitos de todos, qualquer pessoa (o direito à saúde no Brasil vale para qualquer
pessoa, mesmo estrangeiros)
Direitos metaindividuais
Direitos da coletividade (direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado)
Novos direitos
Restrições
Limites internos ao próprio direito
Restrições legislativas (normas constitucionais de eficácia contida, a norma
que traz o direito fundamental permite que a lei a restrinja)
Colisão (completar com o slide)
Ex.
Art. 5º, XVI, CRFB
Art. 41.1 CRP
JUSTIÇA CONSTITUCIONAL
Controle de Constitucionalidade
- Rigidez constitucional
Significa que é difícil de alterar. Precisamos de um procedimento diferenciado, a
emenda (fala de coisas diferentes do que a constituição fala)
OBS: Projeto de lei que acarrete um aumento de despesa não pode ser
apresentada por deputados, pode ser proposta apenas pelo chefe do executivo
(vício formal)
Espécies de controle
Sistemas de controle (classificação quanto à natureza do órgão controlador)
- Controle político
Realizado por um órgão político, como o parlamento.
- Controle misto
Realizado por um controle judiciário e político
Formas de controle:
- Se o controle é feito antes da lei entrar em vigor, ele é preventivo. (controle
preventivo)
Comissão pode falar que o projeto de lei é inconstitucional. Controle feita na
comissão de controle e justiça
Controle feito pelo chefe do executivo, pode sancionar ou vetar um projeto de lei.
Ele pode fazer isso quando entende que o projeto de lei é contrário ao interesse
público, ou quando entende que o projeto de lei é inconstitucional.
Matrizes formadoras:
O nosso modelo de constitucionalidade é inspirado no modelo norte-americano e no
austríaco.
Modelo norte-americano
Qualquer juiz pode interpretar a constituição e aplica-la
- Controle difuso:
Controle realizado por qualquer juiz competente; pedido incidental; situação
concreta; legitimidade (pessoa com direito lesado); eficácia apenas entre as partes
do processo; não há efeito vinculante.
Ex: Detran cobra uma pessoa a pagar 50% de ipva. Pagar um ipva de 50% todo ano
é inconstitucional, pois fere o direito à propriedade. Então precisamos recorrer ao
judiciário. A ação não é para que declare a lei inconstitucional, é apenas para
resolver a sua situação (declarar que o pagamento é inconstitucional e que que a
dívida seja igual à do ano passado, de 2%. O Objetivo vai ser pagar um tributo justo.
O juiz competente vai analisar o processo tributário. O juiz fundamenta a decisão
falando da inconstitucionalidade da lei tributária e aplica a lei antiga (no caso a de
2%), ele reconhece que a lei é inconstitucional e só vai valer a inconstitucionalidade
para aquele processo em específico, a decisão só vai valer para aquelas partes em
específico e naquele caso.
O controle difuso é só para o caso específico para aquela ação proposta, para as
partes do processo.
Quem pode propor é quem teve o direito lesado
O controle difuso pode gerar uma perca na segurança jurídica, pois cada juiz pode
decidir de uma forma diferente.
- Controle concentrado
É realizado pelo STF; pedido principal; situação abstrata; legitimidade (artigo 103);
eficácia “erga omnes”; efeito vinculante; modulação dos efeitos da decisão (ex-tunc,
ex-tunc, pro fututo)
É abstrato (não estamos preocupados se apenas uma pessoa está sendo
prejudicada). A lei por si só, se violar a constituição já é realizada o controle sobre
ela, não é preciso ter casos concretos para análise.
O pedido principal é que a lei seja declarada incompetente pelo STF.
Quem pode entrar com a ação é são os que estão no artigo 103.
Quando ela chega ao supremo e o supremo julga, a decisão vale para todos nós
(eficácia erga-omnes)
A decisão vincula todo o poder judiciário. O juiz não pode decidir diferente da forma
como que supremo decidiu.
O supremo, ao declarar que uma lei é inconstitucional, imaginamos que a lei não
pode ser mais aplicada. Os efeitos da decisão podem retroagir desde que a lei
entrou em vigor, os efeitos falamos que são “ex-tunc”, e se a decisão vale para
daquele momento em diante, os efeitos são “ex-nunc”. A decisão pode ser para o
futuro (ela é declarada inconstitucional, mas deixa de valer daqui a dois anos, por
exemplo).