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OAB | Direito Constitucional

Normas Constitucionais

Normas formalmente e materialmente


constitucionais:
Todas as normas que estão no Texto são
formalmente constitucionais. Todas as normas
que tratam das matérias essenciais, ainda que
fora do Texto, são materialmente constitucionais.
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Normas Constitucionais
critério formal: possível encontrar normas não
constitucionais dentro da Constituição (o art. 242,
§2º - do colégio Pedro II, por ex).
critério material: possível encontrar normas
constitucionais fora do texto (no Código Civil, a
boa-fé contratual, por ex).
bloco de constitucionalidade
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Aplicabilidade das Normas Constitucionais


Toda a norma constitucional sempre tem alguma
eficácia.
Ainda que não seja realizada na prática social terá
uma eficácia jurídica, pois revoga os dispositivos
em contrário e impede a criação de políticas
públicas ou leis que lhe sejam contrárias.
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Classificação – José Afonso da Silva


Eficácia Plena: geram todos os efeitos; não exigem
outra lei, nem prestação. Ex: liberdade de expressão
Eficácia Contida: cumprem todos os efeitos, mas
com hipótese de restrição pelo legislador. Ex.
exercício da profissão.
Eficácia limitada: não conseguem cumprir todos os
efeitos, necessitam de atuação do legislativo ou
executivo. Ex. direito à moradia.
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Estrutura da Constituição
preâmbulo: não têm caráter normativo e nem força
obrigatória (ADI 2076).
disposições permanentes: conteúdo da Constituição.
disposições transitórias: regulamentam a transição
do regime anterior para o novo. Eficácia jurídica e
supremacia reconhecida (ADI 830)
Quando uma norma do ADCT esgota sua eficácia,
recebe o nome de norma de eficácia exaurida.
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Hermenêutica
A leitura, compreensão e a identificação (ou criação) da
resposta, se dá mediante os processos hermenêuticos. A
hermenêutica constitucional pode ser dividida, segundo
Luís Roberto Barroso:
Plano jurídico ou dogmático: elementos de interpretação
para a identificação da solução presente na norma.
Plano teórico-metodológico: a norma não é suficiente. A
interpretação deve ser realizada de acordo com um
método
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Hermenêutica Tradicional
- regras de hermenêutica: métodos de solução de
conflitos entre normas que no Brasil estão identificados
pela LICC - critério temporal, critério hierárquico e
critério de especialidade.
- elementos tradicionais de interpretação: (i) gramatical:
considera a literalidade; (ii) histórico: considera o
contexto; (iii) sistemático: verifica a conexão com o
restante do ordenamento e (iv) teleológico: busca a
finalidade.
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Princípios para interpretação


(i) Supremacia da Constituição: a Constituição é a
norma superior que hierarquicamente prevalece
sobre todas as outras e as decisões majoritárias;

(ii) Presunção de Constitucionalidade: em virtude


da separação de poderes, em princípio, todas as
normas são constitucionais e devem ser aplicadas.
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Princípios para interpretação


(iii) interpretação conforme: entre duas
interpretações, escolhe-se a que mais atende aos
interesses constitucionais e invalida-se a
interpretação inconstitucional.
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Princípios para interpretação


(iv) unidade da Constituição (concordância prática): Não
existe hierarquia entre as normas constitucionais.
Quando uma norma seja contrária à outra é preciso
colocá-las em concordância, pois não se declara
inconstitucionalidade de texto constitucional.
(v) razoabilidade ou proporcionalidade: controla a
legislação e os atos do Executivo pela adequação,
necessidade e relação custo-benefício (proporcionalidade
em sentido estrito).
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Princípios para interpretação

(vi) Efetividade (ou máxima eficácia): Deve-se


buscar sempre a máxima efetividade. As normas
constitucionais não dependem de legislação para
serem aplicadas pelo Poder Judiciário.
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Escolas do pensamento jurídico


positivismo jurídico: concepção de caráter cientificista
que defende a separação entre direito e moral. Tem
como precursores Hans Kelsen e H. L. Hart.
pós-positivismo: concepção recente que objetiva
atribuir força normativa ao Texto Constitucional e
especialmente aos princípios, defendendo o retorno
dos valores ao direito. Tem como precursores Ronald
Dworkin e Robert Alexy.
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INTERPRETAÇÃO CONTEMPORÂNEA
A Constituição é formada de dois tipos de normas:
regras e princípios.
Diante de um conflito de regras, por se tratar de
“casos fáceis” é possível utilizar os métodos
tradicionais de interpretação, especialmente a
subsunção.
Diante de uma colisão entre princípios, um “caso
difícil”, será necessária uma interpretação que leve em
consideração a filosofia moral e política.
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INTERPRETAÇÃO CONTEMPORÂNEA
A- CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS: O
legislador constitucional se vale de uma técnica que
implica a criação de normas de textura aberta, cujo
significado deve ser complementado pelo intérprete,
“ordem pública” ou “interesse social”.
B-NORMATIVIDADE DOS PRINCÍPIOS: Princípios são
diferentes de regras, por possuir menos densidade
normativa. Princípios determinam valores que conferem
discricionariedade ao intérprete.
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INTERPRETAÇÃO CONTEMPORÂNEA
C) COLISÕES DE NORMAS CONSTITUCIONAIS:
Normas Constitucionais não tem hierarquia, por
exemplo, a norma que defende a promoção do
desenvolvimento econômico e a norma que
defende a proteção do meio-ambiente.
D) PONDERAÇÃO: Casos difíceis são resolvidos com
concessões recíprocas, para um caso concreto e
utilizando-se a razoabilidade.
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INTERPRETAÇÃO CONTEMPORÂNEA
E) ARGUMENTAÇÃO: As decisões que envolvem a
atividade criativa devem ser fundamentadas
(voltadas ao sistema aplicáveis aos casos
semelhantes e preocupadas com as consequências
práticas).
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PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO


Instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por
completo com a ordem jurídica precedente.
O povo descontente com o regime anterior exerce
quando cria uma nova Constituição - é o que
legitima todo o ordenamento jurídico.
O povo é soberano e exerce sua soberania criando a
norma suprema da nova ordem jurídica: a
Constituição.
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PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO


Inicial: instaura uma nova ordem jurídica,
rompendo, por completo, com a ordem jurídica
anterior;

Autônomo: a estruturação da nova Constituição


será determinada de maneira independente, sem
subordinação a nenhuma autoridade (que não o
próprio povo);
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PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO

Ilimitado juridicamente: não tem de respeitar os


limites postos pelo direito anterior;

Incondicionado e soberano: não tem de submeter-


se a qualquer forma prefixada de manifestação;
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NOVA CONSTITUIÇÃO E ORDEM JURÍDICA


ANTERIOR
Recepção das normas pré-constitucionais

As normas anteriores que forem compatíveis com a


Constituição serão recepcionadas. Todas as normas
que forem incompatíveis com a nova Constituição
serão revogadas por não serem recepcionadas.
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Inconstitucionalidade superveniente

O STF não admite a teoria da inconstitucionalidade


superveniente de ato normativo produzido antes da
nova Constituição, perante o novo paradigma. Neste
caso, ou se fala em compatibilidade e aí haverá
recepção, ou em revogação por inexistência de
recepção.
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Repristinação

O Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da


repristinação, ou seja, uma norma compatível com a
Constituição atual, mas incompatível com a
Constituição anterior, não volta a ter efeitos, pelo
fato do advento da nova Constituição.
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO


O Poder estabelecido pela Constituição para que se
altere o Texto Constitucional ou se elaborem os
Textos Constitucionais dos Estados Membros.

O Poder Constituinte Derivado é limitado e


condicionado pelo que determina o Poder
Constituinte Originário.
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO


O poder constituinte derivado reformador modifica
a Constituição, por meio de um procedimento
determinado na própria Constituição.

A manifestação do Poder Constituinte Reformador


verifica-se através das emendas constitucionais
(art. 59, I, e 60 da CF/88).
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO


São limites ao exercício do Poder Constituinte
Derivado Reformador:
- Limites Materiais: cláusulas pétreas (art. 60 §4).
* São cláusulas pétreas explícitas: a forma
federativa do Estado; a separação dos poderes; o
voto direto, secreto, universal e periódico; os
direitos e garantias individuais (inclusive direitos
sociais).
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO


São limites ao exercício do Poder Constituinte
Derivado Reformador:
- Limites Materiais: cláusulas pétreas (art. 60 §4).

* São cláusulas pétreas implícitas: As normas que


regulamentam o próprio procedimento das
emendas (em especial o próprio art. 60 §4
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO


Limites procedimentais: As Emendas
Constitucionais são aprovadas apenas por 3/5 dos
votos dos parlamentares de cada uma das Casas
Legislativas, que serão colhidos por duas vezes.

Limites circunstanciais: Não é possível votar Projeto


de Emenda Constitucional na vigência de Estado de
Sítio, Estado de Defesa ou Intervenção Federal.
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE


É um elemento de autonomia do Estado Membro,
que consiste na possibilidade de elaborar sua
própria Constituição (art.25).

Primeiramente é preciso esclarecer que a


Constituição do Estado deverá observar o princípio
da simetria, ou seja, precisará ter compatibilidade
com a Constituição Federal (e não contrariá-la).
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE


- Limites atinentes aos princípios constitucionais
sensíveis: referem-se ao centro da organização
constitucional do país e podem ser identificados no
art. 34: forma republicana de governo, sistema
representativo e regime democrático, direitos da
pessoa humana, autonomia Municipal e prestação
de contas e aplicação do mínimo.
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE


-Limites atinentes aos princípios constitucionais
estabelecidos: não estão identificados em apenas
um dispositivo, mas pela sua importância verifica-
se que devem ser observados na Constituição
Estadual, como: a organização da Administração
Pública, dos servidores militares, a organização da
justiça estadual e a observância das regras de
competência legislativa e materiaL.
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO REVISOR


O ADCT previu que depois de 05 (cinco) anos,
poderia haver a reforma de dispositivos
constitucionais de maneira simplificada (aprovação
por maioria absoluta em sessão única e
unicameral).
O Poder Constituinte Derivado Revisor aconteceu
em 1993, não havendo mais qualquer previsão de
outra reforma pelo procedimento simplificado.
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REFORMA CONSTITUCIONAL:

Reforma Constitucional: modificação do texto


constitucional, através dos mecanismos definidos
pelo poder constituinte originário (emendas),
alterando, suprimindo ou acrescentando artigos ao
texto constitucional original.
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MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
Mutações: alterações no significado e sentido
interpretativo de um texto constitucional. O texto é
o mesmo, mas passa a ser compreendido de forma
diferente. Por ex. antes se entendia que a
Constituição vedada as uniões homoafetivas, hoje
se entende que libera. A Constituição é a mesma,
mas a compreensão que se faz dela é diferente.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS

Direitos fundamentais são posições jurídicas que


resguardam os valores mais caros de uma
determinada comunidade. São, portanto, direitos
especialmente reconhecidos, que por sua
importância são positivados na Norma
Constitucional, recebendo um status privilegiado.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS
São cláusulas pétreas imodificáveis e parâmetros
de compreensão e interpretação das outras
normas. Ficam assegurados, inclusive perante as
maiorias eventuais. Trunfos da minoria contra a
maioria.
A contradição entre a vontade geral e os termos
previstos pela Constituição é a tensão entre
“constitucionalismo e democracia”.
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DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

* Questão terminológica

Direitos Fundamentais de 1º Dimensão: Direitos


oriundos das Revoluções Burguesas, que exigem
uma abstenção do Estado. Ex: direitos de liberdade
(liberdade de contratar, de ir e vir, de expressão, de
religião) e direitos políticos (direito de votar, direito
de ser votado).
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DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Direitos Fundamentais de 2º Dimensão:


Determinados pela condição de pobreza da
população e as péssimas condições de trabalho a
São direitos sociais que exigem a participação do
Estado e custam dinheiro. (Por ex. direitos
trabalhistas, saúde, educação, moradia, previdência
social).
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DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Direitos Fundamentais de 3º Dimensão: oriundos da


alteração social provocada na comunidade
internacional a partir dos anos 70, e do
desenvolvimento científico. São direitos sem
titularidade específica, como os direitos ambientais,
direito a autodeterminação dos povos, direito ao
progresso e ao desenvolvimento.
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DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

ATENÇÃO: Autores ainda se referem a uma 4º e 5º


dimensão dos direitos fundamentais. Todavia, isso
não é pacífico na doutrina. (Para mais informação,
ver: Norberto Bobbio, Paulo Bonavides e Ingo
Sarlet).
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EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Art. 5 §1. Máxima Eficácia: são autoaplicáveis, ou


seja, independem de legislação infraconstitucional
para que sejam cumpridos ou possam ser
pleiteados perante as autoridades públicas e o
Poder Judiciário. Isso é o que possibilita ingressar
ação pleiteando um medicamento que não esteja
na lista do SUS, por ex.
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HORIZONTALIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Aplicação dos direitos fundamentais nas relações


entre particulares. Normalmente os direitos
fundamentais são invocados perante o Estado, mas
em algumas situações, podem ser invocados
perante particulares (por exemplo, uma empresa
não pode fazer discriminação entre seus
funcionários, em virtude da cor).
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DIREITOS FUNDAMENTAIS

- Na dimensão subjetiva: são posições jurídicas


individuais que podem ser invocadas pelos sujeitos
para sanar uma violação ou ameaça de violação
diante de uma situação concreta.
- Na dimensão objetiva: são parâmetros para a
interpretação e aplicação de todo o direito. São
valores abstratos de toda a comunidade e irradiam
efeitos perante todo o ordenamento jurídico
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CARACTERISTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Inalienabilidade: não pode ser comercializado. Não
é possível vender um órgão (um rim, por exemplo)
porque isso implicaria negociar a integridade física e
a dignidade.
Indisponibilidade: não pode ser negociado. Ou seja,
não é possível aceitar trabalhar em regime escravo,
porque isso implicaria renunciar à dignidade e aos
direitos trabalhistas.
.
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CARACTERISTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Historicidade: nascem de acordo com as
necessidades contextuais de uma época e se
modificam.

Limitabilidade: não possuem hierarquia entre si e


não são absolutos. As restrições podem ser
constitucionais ou legais.
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CARACTERISTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Quando houver colisão entre direitos fundamentais,
caberá ao Poder Judiciário, na análise do caso
concreto, proceder a ponderação, limitando o
exercício de um dos direitos.
Por ex, quando um programa de tv pretende
veicular matéria sobre a vida íntima de uma
celebridade e essa celebridade se manifesta
contrariamente mediante ação judicial.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE


- Direito à vida: determinante para as discussões
sobre fetos anencéfalos, eutanásia e aborto.
- Direito à integridade física e moral: Esse
dispositivo deve ser conjugado com a
impossibilidade da tortura e de tratamento
desumano e degradante.
- Direito à intimidade, vida privada, honra e
imagem. Esse direito deve ser conjugado com a
proteção da casa como asilo inviolável.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

Direito à igualdade conjugado com o art. 5 inciso I,


sobre igualdade entre homens e mulheres;
igualdade perante a justiça, que veda os tribunais
de exceção, estipula o juiz natural, a acessibilidade
ao Poder Judiciário, a justiça gratuita, a observância
do contraditório e da ampla defesa, além do devido
processo legal
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE

Direito à liberdade – diretamente relacionado com o


princípio da legalidade (art. 5 inciso II). Tudo o que a
lei não proíbe ou não determina, gera espaço de
liberdade. Liberdade de locomoção, liberdade
religiosa, a liberdade de pensamento, liberdade de
expressão e liberdade de profissão.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE


Direito à propriedade, assegurado pelo art. 5 inciso
XXII, mas que deve ser lido na perspectiva da sua
função social Engloba também direito à
propriedade autoral (art. 5 XXVII).
Direito à SAÚDE: preservação da saúde (não
interferência do estado para prejudica-la e medidas
de prevenção) e, caso debilitada, tratamento de
acordo com o atual estágio da ciência médica.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE


PREVIDÊNCIAL SOCIAL: sistema de caráter
contributivo e filiação obrigatória, que se presta a
segurar eventos como doença, invalidez, morte,
velhice e reclusão, dos segurados e seus
dependentes.

Aqueles que não contribuem não podem se


beneficiar.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE


ASSISTÊNCIA SOCIAL: sistema universal e gratuito,
que será prestado a quem necessitar
independentemente de contribuição (art. 203). Visa
a atender aos desvalidos mediante a proteção da
família, maternidade, infância, adolescência e
velhice (especialmente os carentes), promoção e
integração ao mercado de trabalho e auxílio a
pessoas portadoras de deficiências.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE


EDUCAÇÃO: Lida com três finalidades principais,
que são: o pleno desenvolvimento da pessoa, o
preparo para o exercício da cidadania e a
qualificação para o trabalho.
A educação é direito de todos e dever do Estado
(que a presta de maneira universal e gratuita,
respeitando a liberdade, o pluralismo, a gestão
democrática das escolas e valorizando os
respectivos profissionais).
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE


CULTURA: reconhecimento do Estado às criações
científicas, artísticas e tecnológicas, direito de
acesso as fontes de cultura nacional, pela proteção
estatal ao patrimônio cultural brasileiro.

MORADIA: atente-se para o art. 23 inciso IX que


determina a responsabilidade estatal pela
construção de locais para servirem de habitação
popular.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE


Família, crianças: proteção da maternidade e
infância e direito social da criança com prioridade.
Amparo à velhice (que determinará o transporte
gratuito, o direito ao salário mínimo, o tramite
processual diferenciado e etc.).
meio ambiente: direito ao lazer e recreação e o
direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, que engloba além da proteção da
natureza também a disciplina urbanística.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS
TENSÃO ENTRE PODERES: Normalmente, os
responsáveis pela efetivação dos direitos
prestacionais (ou direitos sociais) são o Poder
Executivo e Legislativo. Todavia, em virtude da
aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais
tem sido comum ações judiciais pleiteando a
efetivação de direitos sociais Essa ingerência do
Judiciário nos demais poderes também é nomeada
como “ativismo judicial”.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS
RESERVA DO POSSÍVEL: argumento de que nos
cofres públicos não existem recursos suficientes
para efetivar todos os direitos previstos. Essa tese é
aceita quando o valor é muito alto e o Poder Público
demonstra a inviabilidade de caixa.
MINIMO EXISTENCIAL: Argumento de que ainda que
não haja recursos, não deve o Estado furtar-se de
entregar aos cidadãos aquilo que é necessário para
a sua existência digna.

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