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Existem relações sociais e relações sociais mais importantes que se tornam relações jurídicas.
Critérios que podem ser usados para avaliar uma norma: justiça, validade e eficácia.
Uma norma válida, mas não é justa: imunidade tributária para instituições religiosas, foro
privilegiado, imunidade parlamentar, escravidão (quando permitida)
Uma norma válida, mas que não é eficaz: proibição de drogas, limite de velocidade, proibição
de bebida alcoólica e cigarro para menores de idade.
Uma norma eficaz, mas que não é justa: mimos dos juízes, estar.
Uma norma eficaz, mas injusta e inválida (não é norma jurídica): toque de recolher em
determinados lugares, estatuto do PCC.
Diferença entre norma jurídica x norma social/ética/cultural: uma norma jurídica sempre deve
apresentar algum tipo de sanção externa e institucionalizada.
Há algumas normas sociais que observamos mais que várias normas jurídicas.
Ex: art. 121 do código penal: no caput está matar alguém (hipótese normativa), pena –
reclusão de seis a vinte anos (efeito jurídico).
Ex: direito tributário: IPTU, ser proprietário de um imóvel urbano (hipótese normativa),
pagar o IPTU (efeito jurídico).
Ex: IPVA, ser proprietário de veículo automotor (hipótese normativa), pagar o IPVA (efeito
jurídico).
O princípio do não confisco de uma tributação: dependendo do bem deve haver um limite
de impostos a serem cobrados para que não prejudique o proprietário do bem, está
relacionado com o respeito à dignidade.
Contratos feitos por duas ou três partes é um exemplo de norma individual, que vale apenas
para as partes, além de ser concreta. Uma decisão judicial em um caso concreto, não é geral e
nem abstrata, a decisão vale apenas para os envolvidos.
Bilateralidade: a relação deve ser no mínimo entre duas partes, uma que manda e
outra que deve obedecer.
Quando eu aplico o código do consumidor: o consumidor tem que ser o destinatário final e o
fornecedor deve ser o fornecedor habitual daquele produto.
A norma secundária é aquela que diz quando eu devo aplicar o código civil ou código de
direitos do consumidor em um exemplo de compra e venda.
Preciso de uma norma secundária para saber qual norma primária eu devo aplicar em cada
caso.
10 mandamentos são normas primárias. O fato de serem definidos como apenas 10, é uma
norma de reconhecimento, afirmando que são 10 e ponto.
Segundo Hart, quais são os principais problemas de uma sociedade que obedece apenas a
normas primárias? Incerteza (o que deve ou não ser aplicado em cada caso); Caráter estático
das normas ou a imobilidade das normas (se não tenho uma regra secundária que autorize a
possibilidade de mudança de uma norma ou ordenamento, tenho o congelamento das
normas); Ineficácia (se não temos uma sanção definida, deixa de ser norma e se torna
recomendação, não sendo eficaz).
Para cada problema citado acima, há uma norma secundária para resolvê-los.
Norma de reconhecimento: é a que estabelece quais normas serão aplicadas naquele caso ou
naquela comunidade.
Normas de julgamento: são aquelas que estabelecem como é que uma norma primária é
levada a autoridade competente e como voltarão para as pessoas. Quem é a autoridade que
vai aplicar a pena/sanção. São aquelas que dizem que as normas primárias deverão ser
observadas e que caso não sejam, terão uma sanção.
Como exemplo da nossa constituição, existem as emendas constitucionais que são alterações
que podem ser feitas na constituição, entretanto há cláusulas pétreas que são as normas que
não podem ser alteradas.
Teoria do Direito – 2° Bimestre
FONTES DO DIREITO
Num país de common law, os costumes são a fonte de direito (costumes que são baseados na
jurisprudência, em precedentes).
Doutrinas.
Bobbio e Kelsen
É necessário entender o direito como um ordenamento e não somente como norma. Bobbio
afirmava que direito é um conjunto de normas e que não é possível haver um ordenamento
com uma única norma, mas vamos além disso. No período contemporâneo, fica explícito que
temos várias finalidades da lei que a tornam complexa.
Por exemplo, o código civil francês de 1804, após a revolução francesa a burguesia estabelece
um direito que foi a propriedade – um dos conceitos protegidos pelos burgueses, a ferramenta
para adquirir propriedade é o contrato ditado pelo código, o outro ponto fundamental é a
família, através do casamento, esses são os 3 pilares fundamentais do direito civil francês de
1804. Contratos: direito das obrigações. Família: direito de família e das sucessões. Código
francês consagra a ideia de relação jurídica. Propriedade estrutura o direito civil.
A separação do direito civil geral e real é feita no bgb (código alemão de 1900). Se torna parte
geral e especial: obrigações – reais – família – sucessões (entre morte e herdeiros). E a parte
geral: são a parte básica do direito, geral, comum, é baseada na relação jurídica. As partes
gerais são a relação jurídica geral no mundo jurídico civil, e as partes especiais são as relações
jurídicas específicas.
Nosso código é muito baseado no conteúdo do código civil francês e na forma do código civil
alemão. Todo o direito se dá por uma relação. O ordenamento é conhecer todo o direito, pois
uma parte é vinculada a outra.
- Características: