Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Princípio da não exclusividade das fontes normativas formais - as fontes de direito não
se circunscrevem ao direito, aos atos jurídicos, produzidos pelos órgãos que têm o
poder de definir regras de direito (ex.: costume é uma fonte informal de direito; no
reino unido a Constituição é de origem consuetudinária; existência de Constituição
não oficial; dentro de cada Estado há costumes de incidência infra constitucional;
podem existir normas costumeiras no âmbito do direto internacional/da UE;
existência de costume de matriz jurisprudencial).
Princípio de que dentro da fontes formais não há apenas uma única fonte formal, mas
há uma pluralidade de fontes formais- há uma pluralidade de fontes formais numa
dupla acessão:
- O poder legislativo não tem o monopólio da produção das normas jurídicas;
- Podem também existir critérios normativos de decisão de origem jurisprudencial;
- Pode haver normais formais provenientes da comunidade internacional e da UE.
Princípio da tipicidade da reserva de lei- A reserva de lei traduz o conjunto de matérias
que só podem ser objeto de disciplina jurídica com base num ato legislativo (reserva
da função legislativa). Não é o mesmo que reserva de lei Parlamentar. Significa que só
há reserva de lei nos casos identificados na Constituição.
Princípio da tipicidade dos atos legislativos - só podem existir os atos legislativos
identificados na Constituição, não é possível a lei criara outros (artigo 112º/5 1ªparte
CRP). Quais são as categorias de atos legislativos que a Constituição cria? Atos
legislativos (112º/1 CRP): lei, decreto-lei, e decreto legislativo regional. Há outras
categorias de atos legislativos, mas isso não viola o princípio da tipicidade? Só a
Constituição pode criar outras categorias de atos legislativos sem pôr este princípio
em causa. As outras categorias são: leis orgânicas; as leis de revisão constitucional;
artigo 290º/2 trata do direito ordinário anterior à vigência da Constituição significa
que os atos legislativos criados ao abrigo das Constituições anteriores se mantêm em
vigor se forem materialmente conformes com a Constituição atual.
Princípio da revogabilidade das normas- todas as normas jurídicas podem ser
revogadas (característica do princípio democrático- revisibilidade decisória), mas há
leis que não podem deixar de existir porque correspondem a imperativos
constitucionais e que se fossem objeto de revisão simples tornariam inexequíveis
normas da Constituição que estão a ser executadas por essas normas, o que não
significa que essas normas não possam ser objeto de revisão substitutiva- a solução
da lei A pode ser substituída por um novo regime jurídico emergente da lei B, o que
significa que a lei B revoga a lei A, mas mantem a execução do preceito constitucional
com uma nova disciplina jurídica.
Princípio da não comunicabilidade entre normas de diferente natureza - não é possível
um costume revogar uma lei, ou uma lei revogar um costume porque têm diferente
natureza, e ao terem diferente natureza não há aqui uma comunicabilidade que
permita um ato revogar outro. Como se resolve este conflito? Deve prevalecer a
solução normativa posterior não porque ela a revoga a solução normativa anterior,
mas porque a torna inaplicável (há inaplicabilidade jurídica sempre que uma norma
que existe no ordenamento jurídico não é aplicada por superveniência de uma outra