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* Bacharel e Mestre em Direito pela Universidade do Estado do Amazonas. Exerceu funções como: Coordenador do Departamento Jurídico da Fundação Amazonas Sustentável -
FAS, Secretário Executivo da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas, Diretor-Geral da Escola Superior Batista do Amazonas. Além de exercer a advocacia preventiva e
contenciosa, é Conselheiro titular do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas e ex-coordenador da sua Câmara Técnico-Jurídica. Faz parte da Comissão Nacional de
Meio Ambiente da OAB (Conselho Federal) e preside a Comissão de Meio Ambiente da OAB/AM. Já prestou consultoria jurídica para o Estado do Amazonas, Banco alemão KfW, e
Banco Mundial, além de outras instituições. Exerce a docência há mais de 10 anos, em cursos de graduação e pós-graduação em Direito (Texto de setembro de 2021).
Estudos propedêuticos
Noções Introdutórias
É possível passar ao largo de vários ramos do Direito, salvo do Direito Civil.
O Direito Civil acompanha desde o nascituro até quando o indivíduo ele morre:
• Nascituro – garante os direitos daqueles que por ventura venham nascer com vida;
• Nascimento – outorga a personalidade jurídica da pessoa natural;
• Adolescência – regula a capacidade relativa;
• Maioridade – atribui a capacidade plena;
• Casamento ou união estável – regula as questões patrimoniais entre os cônjuges;
• Direitos Reais – regula a propriedade, posse…
• Negócios Jurídicos – dá segurança jurídica aos contratos;
• Relação com familiares – estabelece os vínculos jurídicos entre os sujeitos de mesma família;
• Morte – estabelece a herança.
O Direito Civil é o responsável por regular as relações privadas (ou seja, entre iguais ou quase iguais).
O Código Civil está dividido em 2 partes:
• Parte Geral – Trata dos Sujeitos, dos Bens e dos Fatos Jurídicos.
• Parte Especial – Trata das obrigações, dos contratos, da responsabilidade civil, do direito das coisas, do Direito de família
e das sucessões.
OBS: Também na parte especial consta o Direito de Empresa, mas este é um ramo de direito autônomo.
Estudos propedêuticos
Noções Introdutórias - As várias facetas do direito
• Direito Natural (Jus Natural) – É um direito anterior à norma e tem caráter universal (Ex: Direito à vida).
• Direito Potestativo (potestas = poder) – O direito potestativo é aquele que, ao ser exercido por alguém,
repercute na esfera jurídica de outrem, sem que este possa resistir (Ex: Divórcio, pedido de demissão..).
• Direito Público – Relação vertical entre o Poder Público e o particular (Ex: Direito Tributário, Direito
Administrativo).
• Direito Privado – Relação horizontal entre privados, iguais ou quase iguais (Ex: Direito Civil, Empresarial,
Consumidor).
LINDB
Lei de Introdução às
Normas do Direito
Brasileiro
LINDB
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é o Decreto-Lei nº 4.657/42
Em 2010 houve a mudança do nome de Lei de Introdução ao Código Civil para Lei de Introdução às Normas
do Direito Brasileiro.
A LINDB é inspirada no sistema Francês (Código Napoleônico). É a “Lei das Leis”. É autônoma e regula todas
as normas, não apenas as normas de natureza civil, mas as de natureza penal, administrativa, trabalhista…
Até 2018, a LINDB possuía apenas 19 artigos. Com a alteração ocorrida em 2018, foram inseridos mais 11
artigos (20 ao 30), preponderantemente aplicável no âmbito do Direito Público (Por essa razão, o conteúdo
desses artigos deve ser abordado no estudo do Direito Administrativo).
LINDB
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Existência
Validade
Vigência
Eficácia
OBS: Caso na própria Lei não tenha previsto a data da sua entrada em vigor, a Lei que silenciou a data
da vigência entra em vigor 45 dias após a publicação (dentro do Brasil) e 3 meses (fora do Brasil).
Atenção: Se, no período da vacatio legis, houver nova publicação destinada à correção, os prazos
reiniciam a partir da nova publicação. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova,
portanto, a vigência é contada a partir da publicação da Lei corrigida.
LINDB
REVOGAÇÃO
Ab-rogação Derrogação
Revogação Expressa – Se dá quando a norma posterior prevê, em seu conteúdo, a revogação da de uma
norma prévia.
Revogação Tácita – Se dá quando uma norma regula algo que contraria (incompatível com) o que já estava
positivado em outra norma, sem revogá-la expressamente.
Atenção: As normas revogadoras necessariamente precisam ser de hierarquia igual ou superior à
norma revogada.
LINDB
Princípio da Obrigatoriedade - Inexcusabilidade pelo desconhecimento da Lei
Alegar o desconhecimento da existência, validade ou vigência da Lei não exime a pessoa de cumpri-la.
Como forma de integrar a Lei, o Juiz deverá decidir de acordo com (nesta ordem):
• Analogia – Utilização de uma norma que não regula, especificamente, a situação discutida.
Contudo, pela similitude dos fatos, esta norma poderá ser excepcionalmente utilizada.
• Costumes – Prática, não positivada mas reiterada, de um determinado comportamento. O costume
pode ser:
• Costume secundum legem – Não serve para integrar a norma porque a norma já existe.
• Costume contra legem – Não serve para integrar a norma porque o costume é antijurídico.
• Costume praeter legem (“além da Lei”) – É neste ultimo tipo costume que o juiz se socorre
porque não está positivado, mas não é antijurídico.
• Princípios gerais de direito – Os princípios são as vigas do direito, que não estão definidas em
nenhuma norma. É o substrato das fontes formais do direito. Os princípios gerais são inspirados nas
outras fontes de direito e também as inspira.
Ex: A ninguém é dado o direito de causar prejuízo a outrem….
LINDB
Irretroatividade da Lei
A partir do momento que a Lei entra em vigor, todo o seu conteúdo tem aplicabilidade geral imediata.
Caso haja uma mudança no sistema jurídico, seja pela entrada em vigor de uma norma nova ou a
revogação de uma norma antiga, deve-se observar 3 situações previamente consolidadas: o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
• Ato jurídico perfeito – É o ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que o ato se
consumou.
• Direito Adquirido – É o direito cujo começo do exercício tenha uma data pré-fixada ou uma
condição pré-estabelecida. Caso a data do começo ou a condição do direito venham a ser alterados,
isso não será válido se vier a causar um prejuízo ao titular desse direito.
• Coisa julgada – É a decisão judicial de que já não caiba recurso, ainda que proferida em 1ª instância.
É possível, no entanto, que a entrada em vigor da nova norma ou a revogação da norma antiga venha a
prejudicar estes 3 institutos. Caso isso aconteça, é necessário verificar se isso se deu de forma genérica ou
se repercutiu na esfera jurídica de algum indivíduo. Naquele caso, poderá ser válida a mudança do sistema
jurídico. Neste caso, não.
LINDB
Territorialidade
As normas brasileiras produzem efeitos em toda a extensão do território nacional, assim que entram em vigor.
Exceção: Eventualmente, uma norma brasileira também poderá produzi efeitos fora do Brasil, desde que, dentro
das regras de direito internacional privado, o pais estrangeiro permita a aplicabilidade do direito brasileiro.
Aplicação de normas estrangeiras no Brasil:
As vezes, a norma estrangeira pode produzir efeitos no Brasil. Para isso, o ordenamento jurídico brasileiro precisa
expressamente autorizar (Ex: O processo de inventário e partilha de um falecido de outra nacionalidade deve
obedecer as leis de origem do falecido).
Execuções de decisões judiciais estrangeiras no Brasil:
Assim como algumas normas estrangeiras podem produzir efeitos no Brasil, decisões proferidas fora do território
nacional poderão ser aqui executadas. Para tanto, é necessário que sejam observados os requisitos do Art. 15 da
LINDB:
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos
(OBS: Não será julgado novamente. Haverá apenas um juízo de delibação):
a) haver sido proferida por juiz competente;
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi
proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Atenção: EC 45 transferiu esta competência para o STJ)
PESSOAS NATURAIS
Pessoas Naturais
Personalidade Jurídica
É a aptidão genérica para se adquirir direitos e se submeter a obrigações.
Nidacão: A Personalidade jurídica é adquirida com a nidação (gravidez viável, ou seja, o acoplamento do ovo
na parede uterina. Essa é a teoria adotada no Brasil, conforme a ADI 3.510/DF).
OBS: Enquanto não nasce, o feto é titular de direitos personalíssimos (Ex: vida, dignidade). Depois que
nasce, pode titularizar direitos patrimoniais (Ex: propriedade).
Condicional: A personalidade jurídica é adquirida com a concepção, mas desde que o feto nasça com vida.
Caso contrário, o feto jamais teve personalidade.
Pessoas Naturais
Momento da aquisição da Personalidade Jurídica
Art. 2º do CC - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro.
Atenção: Para se adquirir a personalidade jurídica (para efeitos de aquisição de direitos patrimoniais),
não precisa ter registro de nascimento, não precisa ter prazo mínimo de vida, não precisa ter vida
viável, não precisa de integridade física, não precisa ter havido o corte do cordão umbilical ou sequer
forma humana… Precisa apenas ser, o bebê, expelido do útero e ter respirado (Exame - Docimasia
Hidrostática de Galeno).
Curiosidade: Quando o bebê nasce, é dado aos pais a DNV (Declaração de Nascido Vivo). É com
essa declaração que se emite a Certidão de Nascimento (Cartório de Registro de Pessoas Naturais).
Pessoas Naturais
Como é chamado aquele que é dotado de personalidade jurídica? SUJEITO DE DIREITO.
Há 2 tipos de sujeitos de direitos:
• Pessoa Natural (Pessoa Física)
• Pessoa Jurídica
Conclusão: Todas as pessoas (naturais ou jurídica) são dotadas de personalidade jurídica.
Cuidado: Animais não são dotados de personalidade jurídica (semoventes, Art. 82 do CC).
Atenção: O Natimorto, como foi um nascituro, possui direito a um nome, imagem e sepultura (Enunciado 01 do
CJF)
Pessoas Naturais
Direitos da Personalidade: É Muito mais do que diz o Art. 11 do CC:
Característica Direito da personalidade (ou extrapatrimoniais) Direito Patrimonial
Transmissibilidade Intransmissíveis - não podem ser destacados da Transmissíveis. Ex: Um bem (material) pode ser
pessoa, são indeléveis. expropriado da pessoa.
Alienabilidade Inalienáveis - não podem ser vendidas (Ex de Alienáveis.
exceção: A imagem do jogador ou do artista pode ser
cedida).
Penhorabilidade Impenhoráveis – Não apreciáveis para fins de São penhoráveis. Exceção: há direitos
(execução judicial) execução. patrimoniais impenhoráveis, como os da Lei
8.009/90 e o Art. 833 do CPC).
Disponibilidade Indisponíveis - a pessoa não tem a opção de não fruir. Disponíveis.
Atenção: Art. 13 do CC (próximo slide)
Término Nem todos acabam com a morte. Todos acabam com a morte, sempre
Ex: Imagem do morto, funeral, preservação da honra.
Pessoas Naturais
Os direitos da personalidade são protegidos da mesma forma que os direitos materiais, ou seja, é possível que se
requeira ao judiciário que seja cessada a ameaça ou a lesão ao direito da personalidade, podendo, inclusive,
reclamar perdas e danos.
Atenção: Caso o direito de personalidade seja de alguém morto, o legitimado para pleitear este direito é o
cônjuge ou qualquer parente (em linha reta é ilimitado, ou colateral até o quarto grau).
https://www.migalhas.com.br/quentes/283022/luciano-huck-sera-indenizado-por-uso-indevido-de-nome
Pessoas Naturais
Não é necessária autorização prévia para
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração publicação de biografias de nome
da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de
escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição
ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas,
a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se
lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são
partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os
ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a
requerimento do interessado, adotará as providências necessárias
para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
https://www.migalhas.com.br/quentes/221675/nao-e-necessaria-autorizacao-previa-para-publicacao-de-biografias
Pessoas Naturais
CAPACIDADE
OBS: A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial (Lei 6.001/73 – Estatuto do Índio).
Pessoas Naturais
Término da Incapacidade
A incapacidade cessa com o fim do fato que enseja ou que deu origem incapacidade (idade, prodigicidade,
perda do vício alcoólico…).
É possível que uma pessoa capaz se torne relativamente incapaz, basta que esta pessoa venha a se enquadrar
numa das hipóteses do Art. 4º, salvo na hipótese prevista no inciso I. E por esta mesma razão, nunca será
possível que uma pessoas capaz venha a se tornar absolutamente incapaz (porque não é possível retroagir na
idade).
Emancipação - é transformar um incapaz em capaz:
• Há 3 tipos de emancipação – Emancipação voluntária, emancipação judicial e emancipação legal.
Emancipação
Voluntária
Emancipação
Judicial
Emancipação
Legal
Pessoas Naturais
Término da Incapacidade
A incapacidade cessa com o fim do fato que enseja ou que deu origem incapacidade (idade, prodigicidade,
perda do vício alcoólico…).
É possível que uma pessoa capaz se torne relativamente incapaz, basta que esta pessoa venha a se enquadrar
numa das hipóteses do Art. 4º, salvo na hipótese prevista no inciso I. E por esta mesma razão, nunca será
possível que uma pessoas capaz venha a se tornar absolutamente incapaz (porque não é possível retroagir na
idade).
Emancipação - é transformar um incapaz em capaz:
• Há 3 tipos de emancipação – Emancipação voluntária, emancipação judicial e emancipação legal.
Emancipação Emancipação voluntária: Concedida pelos pais, por meio de escritura pública,
Voluntária quando o menor possui 16 ou 17 anos.
Emancipação Atenção: Ainda que o menor esteja sob guarda de apenas um dos pais, o outro
Judicial tem que, junto com o detentor da guarda, autorizar (se não for falecido, ausente,
interditado ou incapaz). Caso um dos pais vivos não queira autorizar, é possível
Emancipação
que o juiz supra essa autorização, se isso for bom ao emancipando.
Legal
Pessoas Naturais
Término da Incapacidade
A incapacidade cessa com o fim do fato que enseja ou que deu origem incapacidade (idade, prodigicidade,
perda do vício alcoólico…).
É possível que uma pessoa capaz se torne relativamente incapaz, basta que esta pessoa venha a se enquadrar
numa das hipóteses do Art. 4º, salvo na hipótese prevista no inciso I. E por esta mesma razão, nunca será
possível que uma pessoas capaz venha a se tornar absolutamente incapaz (porque não é possível retroagir na
idade).
Emancipação - é transformar um incapaz em capaz:
• Há 3 tipos de emancipação – Emancipação voluntária, emancipação judicial e emancipação legal.
Emancipação
Voluntária
Emancipação Judicial: Concedida pelo Juiz, a pedido do tutor, quando o menor
Emancipação
possui 16 ou 17 anos.
Judicial
OBS: O juiz emancipa por sentença, ouvido o tutor.
Emancipação
Legal
Pessoas Naturais
Término da Incapacidade
A incapacidade cessa com o fim do fato que enseja ou que deu origem incapacidade (idade, prodigicidade,
perda do vício alcoólico…).
É possível que uma pessoa capaz se torne relativamente incapaz, basta que esta pessoa venha a se enquadrar
numa das hipóteses do Art. 4º, salvo na hipótese prevista no inciso I. E por esta mesma razão, nunca será
possível que uma pessoas capaz venha a se tornar absolutamente incapaz (porque não é possível retroagir na
idade).
Emancipação - é transformar um incapaz em capaz:
• Há 3 tipos de emancipação – Emancipação voluntária, emancipação judicial e emancipação legal.
Emancipação
Voluntária Atenção: Tanto a escritura pública (emancipação voluntária) como a sentença
emancipatória (emancipação judicial) devem ser registradas - Cartório de registro
Emancipação civil de pessoas naturais (Art. 9º do CC)
Judicial
Emancipação
Legal
Pessoas Naturais
Término da Incapacidade
A incapacidade cessa com o fim do fato que enseja ou que deu origem incapacidade (idade, prodigicidade,
perda do vício alcoólico…).
É possível que uma pessoa capaz se torne relativamente incapaz, basta que esta pessoa venha a se enquadrar
numa das hipóteses do Art. 4º, salvo na hipótese prevista no inciso I. E por esta mesma razão, nunca será
possível que uma pessoas capaz venha a se tornar absolutamente incapaz (porque não é possível retroagir na
idade).
Emancipação - é transformar um incapaz em capaz:
• Há 3 tipos de emancipação – Emancipação voluntária, emancipação judicial e emancipação legal.
Emancipação Emancipação Legal: Concedida quando verificada uma das circunstância a seguir:
Voluntária • pelo casamento; pela colação de grau em curso de ensino superior;
• pelo exercício de emprego público efetivo (raro, poucos editais permitem);
Emancipação
• pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
Judicial
desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia
Emancipação própria.
Legal OBS: A emancipação legal não precisa de registro. Ela se prova pelos documentos que
demonstram a ocorrência da circunstância emancipatória (Certidão de casamento, nomeação
no cargo público, diploma de colação de grau e registro do estabelecimento civil ou comercial).
Pessoas Naturais
Término da Incapacidade
A incapacidade cessa com o fim do fato que enseja ou que deu origem incapacidade (idade, prodigicidade,
perda do vício alcoólico…).
É possível que uma pessoa capaz se torne relativamente incapaz, basta que esta pessoa venha a se enquadrar
numa das hipóteses do Art. 4º, salvo na hipótese prevista no inciso I. E por esta mesma razão, nunca será
possível que uma pessoas capaz venha a se tornar absolutamente incapaz (porque não é possível retroagir na
idade).
Emancipação - é transformar um incapaz em capaz:
• Há 3 tipos de emancipação – Emancipação voluntária, emancipação judicial e emancipação legal.
Emancipação
Voluntária
Emancipação Atenção: Como a emancipação é um ato irrevogável, ainda que essas circunstâncias
Judicial cessem, o menor continuará emancipado.
Emancipação
Legal
Pessoas Naturais
Extinção da Personalidade Jurídica
Extingue-se a personalidade jurídica com a morte.
Se o ausente reaparecer?
1 - durante a fase da curadoria de bens? O curador simplesmente deixa o seu encargo e devolve os bens ao
ausente.
2 - durante a sucessão provisória? O ausente terá direito a todo o patrimônio no estado em que deixou (se
houver depreciação, terá reembolso na caução). Além disso, se a ausência não for voluntária, terá direito a 50%
dos frutos (ou outros 50% fica para o sucessor).
3 - durante a sucessão definitiva? Tem direito aos bens no estado que se encontram, caso tenha sido substituídos
ou vendidos, terá direito o bem que substituiu (sub-rogou) ou ao dinheiro resultante da venda.
4 - 10 anos depois da sucessão definitiva? Não tem direito a nada.
OBS: Se depois de dez anos da sucessão definitiva, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover
a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se
localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em
território federal.
Pessoas Naturais
Comoriência
É a presunção relativa de que 2 ou mais pessoas morreram simultaneamente, ainda que em eventos diversos.
Essa presunção se dá quando se torna extremamente difícil ou impossível se averiguar a ordem das mortes.
Por se tratar de presunção relativa, cabe prova em contrário.
PESSOAS JURÍDICAS
Pessoas Jurídicas
As pessoas jurídicas são a reunião de pessoas naturais e de bens, em busca de um fim comum. As PJs recebem do
Estado personalidade jurídica e capacidade jurídica próprias, que não se confundem com a personalidade e
capacidade jurídica de seus instituidores.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Pessoas Jurídicas
Atenção: Algumas fundações públicas e algumas autarquias (em especial as autarquias que funcionam como os
entes de fiscalização do exercício profissional) poderão ter estrutura de direito privado. Neste caso, serão regidas
pelo Código Civil e não pela lei administrativa (Art. 41, parágrafo único).
Pessoas Jurídicas
Responsabilidades das Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno
Art. 43 do CC. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do
dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Art. 37, §6º da CF/88. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
A responsabilidade pela reparação do dano causado pelo Estado ao administrado é objetiva – significa dizer
que o Estado reparará o dano (Ex: indenização pela perda de um imóvel) independentemente da culpa ou dolo
do agente causador do dano, que é um representante do Estado. Note-se que não é necessário levar em
consideração a SUBJETIVIDADE do dano, ou seja, a culpa ou dolo do SUJEITO que causou o dano.
Atenção: Caso o agente tenha agido com culpa ou dolo, embora não interesse ao administrado (que terá o
seu prejuízo ressarcido pelo Estado, independentemente de culpa ou dolo do agente causador do dano), o
Estado poderá ingressar com uma ação regressiva contra o agente. Isso diminuirá o “prejuízo” do Estado.
Repita-se: Para ser condenado a ressarcir o Estado, o agente público causador do dano deve ter agido com
culpa ou dolo.
Pessoas Jurídicas
Resumo sobre os tipos de pessoas jurídicas de direito privado:
• Associações – É união de pessoas que se organizam para fins não econômicos (Art. 53);
• Sociedades – É união de pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o
exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados (Art. 981);
• Fundações – É reunião de patrimônio, cuja articulação se destinada a uma finalidade social (saúde, educação,
meio ambiente…);
• Organizações religiosas – É união de pessoas que professam uma religião, uma crença, uma espiritualidade,
que vivem a prática da fé;
• Partidos Políticos – É união de pessoas que se organizam legalmente, com base em formas voluntárias de
participação, orientada para ocupar o poder político;
• Empresas individuais de responsabilidade limitada – Constituídas de forma sui generis por uma única pessoa,
para o exercício de atividade econômica.
Pessoas Jurídicas
Quando as Pessoas Jurídicas começam a existir?
Com o registro dos atos constitutivos (contrato social ou estatuto social, a depender da natureza da PJ).
Art. 45 do CC. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Cuidado: A Personalidade Jurídica da pessoa natural inicia com a vida (ressalvados os direitos no nascituro). Já a
personalidade jurídica das pessoas jurídicas inicia com o registro.
O administrador é essencial:
A pessoa jurídica não pode deixar de ter um administrador. Caso venha a faltar um administrador para uma
PJ, o Juiz poderá nomear um, por requerimento de um interessado (Ex: credor, herdeiro, MP...).
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado,
nomear-lhe-á administrador provisório.
Pessoas Jurídicas
E quando os poderes não estão elencados nos atos constitutivos ou na ata de eleição?
Neste caso, o administrador poderá realizar quaisquer atos, desde que sejam estritamente pertinentes à “gestão
da pessoa jurídica” (inspiração do art. 1.015 do CC).
Caso seu ato exceda à “gestão da pessoa jurídica”, o terceiro (com quem manteve negócios em nome da PJ)
poderá pedir a anulação daquele ato.
Quando a PJ tem administração coletiva, as decisões são tomadas por maioria simples.
OBS: Essa regra pode ser mudada. Para isso, a nova regra deve estar expressamente escrita no contrato social
ou estatuto social da PJ.
Atenção: Maioria simples sempre quer dizer “mais da metade dos votos daqueles que se encontram
presentes na reunião”.
Caso seja tomada uma decisão contrária à Lei, contrária ao contrato social ou ao estatuto, ou forem tomada com
algum vício de consentimento, o interessado poderá ingressar com uma ação anulatória da decisão viciada
(Prazo: 3 anos).
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos
presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando
violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Pessoas Jurídicas
Embora sejam as pessoas naturais que representam as PJ, essas duas pessoas não podem se confundir.
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou administradores.
Abuso de
Personalidade
Art. 50, §1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a
Desvio de Finalidade utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática
de atos ilícitos de qualquer natureza.
Confusão patrimonial
Pessoas Jurídicas
Embora sejam as pessoas naturais que representam as PJ, essas duas pessoas não podem se confundir.
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou administradores.
Abuso de
Personalidade
Art. 50, §2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de
Desvio de Finalidade fato entre os patrimônios, caracterizada por:
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do
Confusão patrimonial administrador ou vice-versa;
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto
os de valor proporcionalmente insignificante; e
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
Pessoas Jurídicas
Extinção das Pessoas Jurídicas
A personalidade jurídica da pessoa natural é extinta com a morte (ressalvados os direitos de personalidade).
Contudo, a extinção da personalidade jurídica da pessoa jurídica se dá com o cancelamento da sua inscrição,
que, no caso de sociedade empresárias, se dá em decorrência das hipóteses do Art. 1.033 do CC:
• Pelo vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a
sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
• Pelo consenso unânime dos sócios (no caso de PJ constituída por prazo determinado isso é uma regra);
• Pela deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
• Verificada a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
• Com a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar (Ex: Concessão de TV).
Reciprocidade Não possuem direitos e deveres entre os Possuem direitos e deveres entre os
entre membros membros membros
Exercício de função:
Uma vez investido regularmente como diretor ou outra função prevista no estatuto, a pessoa não poderá ser
constrangida ao exercer a sua função.
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido
legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
Pessoas Jurídicas - Associação
Transferência da condição de associado:
Não há como transferir (seja por compra, seja por herança) a condição de associado, salvo se o estatuto da
associação permitir.
Qualquer pessoa poderá possuir cotas do patrimônio da associação, sem que necessariamente seja associado.
Portanto, caso um associado, possuidor de cotas do patrimônio da associação, venha a vendê-la, o adquirente
das cotas patrimoniais não necessariamente se tornará associado.
Art. 56 do CC. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a
transferência daquela não importará, de per si , na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao
herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Exclusão do Associado:
É possível excluir um associado, mas é necessário que essa exclusão se dê por justa causa. Além disso, deve ser
garantido o devido processo legal da exclusão (direito de defesa e recurso, tudo na forma do Estatuto).
Art. 57 do CC. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em
procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.
Pessoas Jurídicas - Associação
Assembleia Geral
É o órgão soberano, formado pelos associados. Suas decisões vinculam a todos, só não podendo ser ilegais.
O Estatuto Social poderá prever diversas competências para a Assembleia Geral, mas não poderá deixar de prever
duas:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto
Atenção: No que se refere ao exercício destas duas competências, a Assembleia geral deverá ser
convocada especialmente para esta finalidade.
Criação:
Cria-se uma fundação, destinando-se um patrimônio sem dívidas e sem ônus (ou seja, livre e desembaraçado)
para uma finalidade.
A destinação é também chamada de afetação. A afetação pode ser feita por ato inter vivos ou ato mortis causa:
Afetação por ato inter vivos – Feita por escritura pública.
Atenção: Neste caso, o ato é irretratável. Inclusive, o Juiz poderá, em caso de arrependimento do
instituidor, obrigar que ele transfira o patrimônio para que a Fundação seja instituída.
Afetação por ato causa mortis – Feita por testamento (público ou particular).
Atenção: Neste caso, o ato é revogável. Isso porque todo testamento pode ser revogado pelo testador,
enquanto ele estiver vivo.
Pessoas Jurídicas - Fundações
Objetivos fundacionais:
As fundações somente podem ter as seguintes finalidades (rol taxativo, apresentado pelo Art. 62, parágrafo único
do CC):
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão,
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;
Pessoas Jurídicas - Fundações
Se o patrimônio for insuficiente, ou seja, não for capaz de fazer com que a fundação “ande com as próprias
pernas”?
Art. 63 do CC. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo
não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Residência: É o local onde a pessoa se estabelece com a intenção de permanecer (ânimo definitivo, permanência).
Ex: O lar da família.
CLASSIFICAÇÃO 1 CLASSIFICAÇÃO 2
CLASSIFICAÇÃO 1 CLASSIFICAÇÃO 2
CLASSIFICAÇÃO 1 CLASSIFICAÇÃO 2
CLASSIFICAÇÃO 1 CLASSIFICAÇÃO 2
CLASSIFICAÇÃO 1 CLASSIFICAÇÃO 2
Domicílio Legal: Também chamado de domicílio necessário. É aquele imposto pela Lei.
Ex: Incapaz: O domicílio será aquele do seu tutor ou curador
Ex: Servidor público: O domicílio será onde o servidor público exerce
permanentemente as suas funções (cuidado com transferências temporárias,
servidores não estatutários que foram nomeados a cargo em comissão)
Ex: Militar: Sede do comando em que estiver subordinado
Ex: Marinha mercante: Onde o navio estiver matriculado
Ex: Preso condenado: Onde cumpre a sua sentença (Cuidado com presos não
condenados).
Domicílio
E quando a pessoa não possui residência ou qualquer outra hipótese de domicílio? O seu domicílio será o lugar
onde for encontrada.
Domicílio do agente diplomático:
Caso o agente diplomático venha a ser citado no estrangeiro e alegar extraterritorialidade, sem designar onde
tem domicilio no Brasil, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro
onde esteve.
BENS
Móveis / Imóveis
Fungíveis / Infungíveis
Consumíveis / Inconsumíveis
Divisíveis / Indivisíveis
Singulares / Coletivos
BENS (Classificação)
Bens Corpóreos: Dotado de existência concreta, material, física (mesa,
caneta, energia elétrica…).
Bens considerados em si mesmos
Corpóreos / Incorpóreos Bens Incorpóreos: São os bens de existência abstrata, sobre o qual um dos
sentidos do homem não possa incidir (marca, patente, nome
Móveis / Imóveis
empresarial…).
Fungíveis / Infungíveis Atenção: Os bens corpóreos podem ser objeto de compra e venda. Já
os bens incorpóreos são objeto de cessão.
Consumíveis / Inconsumíveis
Divisíveis / Indivisíveis
Singulares / Coletivos
Singulares / Coletivos
Bens considerados em si mesmos Bens Fungíveis: São os bens móveis que podem ser substituído pela
mesma espécie, qualidade e quantidade.
Corpóreos / Incorpóreos Ex: Canetas simples, uma bicicleta...
Móveis / Imóveis
Bens Infungíveis: São todos os bens imóveis e alguns móveis que não
Fungíveis / Infungíveis possam ser substituídos pela mesma espécie, qualidade e quantidade.
EX: O único exemplar de um determinado livro.
Consumíveis / Inconsumíveis
Atenção: A infungibilidade pode ser determinada pela natureza do bem
Divisíveis / Indivisíveis (Ex: Quadro pintado por Van Gogh), pela vontade das partes (Ex: Uma
determinada garrafa de vinho que foi doada pelo Papa) e pela Lei (Ex:
Singulares / Coletivos Carros, por causa do Chassi).
Bens considerados em si mesmos Bens Consumíveis: São os bens móveis cujo uso importe na imediata
destruição/diminuição de sua substância.
Corpóreos / Incorpóreos
Ex: Combustível, água engarrafada, comida…
Móveis / Imóveis
Bens Inconsumíveis: São todos os bens imóveis e alguns móveis que não
Fungíveis / Infungíveis sofrem destruição/diminuição imediata de sua substância com o uso.
EX: Cavalo, apartamento...
Consumíveis / Inconsumíveis
Consumíveis / Inconsumíveis Bens Indivisíveis: São aqueles que, fracionados, perdem a substância ou
diminuem o seu valor ou utilidade.
Divisíveis / Indivisíveis
EX: Um animal, um carro…
Singulares / Coletivos
Os bens divisíveis podem se tornar indivisíveis em decorrência da Lei ou
da vontade das partes
Ex (Lei): Lei que proíbe fracionamento lotes com menos de 25m2.
Bens reciprocamente considerados Ex (Vontade das partes): Um conjunto de bens que o alienante
Principais / Acessórios somente vende conjuntamente.
BENS (Classificação)
Bens Singulares: São aqueles que, embora reunidos, consideram-se de per si,
independentemente dos demais.
Bens considerados em si mesmos Ex: Livro, copo, casa…
Os bens singulares são subclassificados em:
Corpóreos / Incorpóreos Bens singulares simples: Aqueles que todas as partes são essenciais à
Móveis / Imóveis existência do bem, que já “nascem” com o bem.
Ex: A pena da ave, a folha da árvore.
Fungíveis / Infungíveis Bens singulares compostos: Aqueles formados pela união de partes
integrantes.
Consumíveis / Inconsumíveis Ex: Computador, prédio…
Bens coletivos: São a reunião de bens (universalidade de fato ou
Divisíveis / Indivisíveis
universalidade de direito).
Singulares / Coletivos
O que é universalidade de fato?
Art. 90 do CC. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Bens reciprocamente considerados Ex: Biblioteca, estabelecimento empresarial…
O que é universalidade de direito?
Principais / Acessórios Art. 91 do CC. Constitui universalidade de direito o complexo de relações
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
Ex: Massa falida, espólio…
BENS (Classificação)
Móveis / Imóveis
Fungíveis / Infungíveis
Consumíveis / Inconsumíveis
Bem Principal: É o bem que existe sobre si mesmo, ou seja, aquele que
Divisíveis / Indivisíveis tem a sua finalidade independentemente de outro bem.
Singulares / Coletivos
Bem Acessório: Aquele cuja existência supõe a existência de outro bem (o
principal), ou seja, que foi concebido em razão de outro bem.
Móveis / Imóveis
Diferença entre frutos e produtos
Fungíveis / Infungíveis Frutos – Regeneram-se (Ex: maçã, gado)
Consumíveis / Inconsumíveis
Produtos – Não se regeneram (Ex: Pedra, petróleo)
CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS
Divisíveis / Indivisíveis
Quanto à sua Natureza Quanto à sua ligação ao bem principal
Singulares / Coletivos • Naturais (leite da vaca, laranja) • Colhidos ou percebidos (laranja colhida)
• Industriais (a produção de lápis, de • Pendentes (laranja não colhida)
copos) • Percepiendos (laranja que já deveria ter
• Civis (aluguel, poupança) sido colhida, mas não foi).
Bens reciprocamente considerados • Consumidos (laranja colhida e feita de
suco)
Principais / Acessórios
Atenção: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os
frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
BENS (Classificação)
Benfeitorias – São acréscimos feitos tanto em bens móveis como também em
bens imóveis
Bens considerados em si mesmos Classificação:
Corpóreos / Incorpóreos Benfeitorias Necessárias: Aquelas realizadas com o fim de conservar o
bem ou evitar que se deteriore.
Móveis / Imóveis Ex: Conserto de um cano, substituição de um radiador…
Benfeitorias úteis: Aquelas que aumentam ou facilitam o uso de um bem.
Fungíveis / Infungíveis Ex: Ampliação de um banheiro, colocação de um toldo para evitar a
Consumíveis / Inconsumíveis entrada dos raios solares no quarto…
Benfeitoria voluptuária: Aquelas que não aumentam o uso habitual do
Divisíveis / Indivisíveis bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (mero
deleite ou recreio).
Singulares / Coletivos Ex: Coreto em um jardim, pintura artística no teto da sala…
Desafetação e Alienabilidade:
• Bens inalienáveis – São inalienáveis os bens públicos de uso comum do povo e bens especiais;
• Bens alienáveis – São alienáveis os bens dominiais.
A Desafetação é a transformação do bem de uso comum do povo ou do bem especial em bem dominical.
Utilização remunerada: Os bens de uso comum são em regra utilizados sem qualquer remuneração, mas a Lei
poderá exigir remuneração. (Ex: Pedágios, visitação de parques...).
FATOS E ATOS
JURÍDICOS
Classificação de fatos e atos jurídicos
Ato Jurídico Lícito
Ato (provocado pelo homem), cuja repercussão
Fatos Jurídicos e resultado estão descritos na Lei, não podendo
em sentido estrito ser alterados pela vontade do agente.
Fatos Fatos provocados apenas pela
EX: casamento, reconhecimento de paternidade, fixação do
domicílio.
Todo e qualquer evento provocado natureza, que repercutem no
pelo homem ou pela natureza. mundo jurídico.
Ex: O bater das asas de uma borboleta. EX: O nascimento de alguém, a destruição da Negócio Jurídico
mercadoria pela chuva. Ato (provocado pelo homem), cuja repercussão
e resultados podem ser fixados conforme a
vontade do agente.
Atos Jurídicos Ex: Elaboração de um contrato, promessa de recompensa,
instituição de uma fundação, elaboração de um testamento.
Fatos Jurídicos em sentido amplo
Eventos provocados pelo homem ou Fatos provocados apenas pelo Ato Ilícito
pela natureza, (fato) aptos a criar, homem, que repercutem no mundo Ato (provocado pelo homem), cuja repercussão
modificar, conservar ou extinguir jurídico. e resultados não são desejados pelo
relações jurídicas. Ex: O reconhecimento de paternidade, a
Ordenamento Jurídico.
Ex: A destruição da mercadoria pela chuva. contratação de um curso, o atropelamento de
EX: O atropelamento de alguém por um condutor.
Ex: O atropelamento de alguém por um alguém por um condutor de veículo.
condutor de veículo.
A regra válida para negócios jurídicos será válido para atos jurídicos lícitos (Art. 185 do CC)
A ESCADA PONTEANA (Pontes de Miranda)
Planos do Ato jurídico
Plano da Eficácia
> Ato jurídico
• Efeitos e consequências do ato
PERFEITO
(exigibilidade, adimplemento,
ocorrência de sanções, condição,
termo e encargo)
Plano da Validade
(Adjetivos)
• Agente Capaz
• Objeto Possível, lícito, determinado
(ou determinável)
• Forma prescrita ou não defesa em lei
• Vontade limpa, pura, livre,
Plano da Existência desembaraçada*
(Substantivos)
• Sujeito (Agente)
• Objeto
• Forma
• Declaração de vontade* * Elemento que não consta do Art. 104, mas consta do Art. 107, 110, e 112.
Negócio Jurídico
Para celebrar um negócio jurídico ou praticar um ato jurídico, o agente precisa ser capaz ou pelo
menos relativamente incapaz. Jamais poderá ser absolutamente incapaz.
Agente
Aquele que fizer negócio com um incapaz (relativamente) não poderá usar este fato em
benefício próprio (tentativa de anular o negócio).
Ex: Alguém que percebeu que não vai ter o lucro que esperava e tenta anular o negócio, sob
Objeto a alegação de que a outra parte não poderia contratar, por ter apenas 17 anos
(relativamente incapaz).
O negócio feito com várias pessoas e que for anulado, em decorrência da condição de um ou de
alguns dos agentes serem relativamente incapazes (prejudicando estes), não anulará para os
Forma demais agentes capazes, salvo se o objeto for indivisível (se é indivisível, ao desfazer para um,
desfaz-se para todos).
Aquilo que o representante realizar, em nome do representado e nos limites dos poderes
outorgados (repassados), será imputado ao representado.
Objeto
Por outro lado, aquilo que for realizado fora dos limites dos poderes, há 2 teorias:
• Teoria do ato ultra vires (código civil) – o representante responde pessoalmente
perante o terceiro, com quem realizou o ato, excluindo-se qualquer responsabilidade do
representado.
Forma • Teoria da aparência (jurisprudência) – o representado é quem responde perante o
terceiro de boa-fé, ainda que o ato praticado tenha sido realizado além dos poderes
outorgados (escolheu mau o representante e por isso, responde).
OBS: Pela teoria da aparência, o terceiro somente pode pedir indenização por
Declaração
eventual ato ilícito praticado pelo representante se o terceiro tiver agido de boa-fé,
de Vontade ou seja, o terceiro precisaria ter tido a normal diligência de procurar conhecer os
poderes do representante.
Negócio Jurídico
É de 180 dais o prazo para o representado ingressar com uma ação anulatória contra os atos
praticados pelo representante (que age com excesso de poderes ou com conflito de interesses).
Agente Atenção: Para que o representado consiga anular o ato, é necessário demonstrar a má-fé do
terceiro, ou seja, que sabia ou deveria saber que o representante estava agindo com excesso
de poderes ou com conflito de interesses.
Objeto Em suma: É dever do representante provar para aquela pessoa com quem celebra o contrato ou
pratica o ato a sua condição (de representante). Também é seu dever provar os poderes que lhe
foram conferidos. Caso não prove, responderá pelo excesso (má-fé). Se o terceiro praticar com o
representante ato sem ter tido a diligência de verificar as provas, presumir-se-á que agiu de má-
fé, ou seja, não poderá anular o ato ou o negócio e nem responsabilizar o representado.
Forma
Em algumas circunstâncias, é permitido “negócio consigo mesmo”, ou seja, negócio feito pelo
representante (em nome do representado) com o representante (em nome próprio).
Atenção: Não será permitido “negócio consigo mesmo” se a Lei ou o representado não
Declaração autorizarem, ainda que o representante substabeleça poderes a outrem.
de Vontade
Negócio Jurídico
É aquilo sobre o quê recai o negócio ou ato.
Atenção: O negócio existe ainda que o objeto seja ilícito. Ele só não será válido.
Declaração Ex: Explica para um traficante que vender droga não é um negócio existente! O traficante
de Vontade
até compreende que não poderá demandar o pagamento judicialmente, mas ele jamais vai
entender que um negócio não foi celebrado!
Negócio Jurídico
Agente
Objeto Os negócios jurídicos podem ser feitos, aceitos ou enjeitados de várias formas: verbal, escrita,
gestual, por cores…
A priori, todas as formas são aceitas, só não sendo válidas as formas proibidas pela lei ou
aquelas feitas de forma diferente da legalmente prevista.
Forma
Ex de forma prescrita em lei: A compra e venda de imóveis deverá ser feita por instrumento
escrito. Se o imóvel for de valor superior a 30 salários mínimos, além de escrito, deve ser
por meio de escritura pública (contrato feito em cartório).
Ex de forma proibida pela Lei: Não pode ser feito casamento em lugares que não permita
Declaração acesso a qualquer um do povo.
de Vontade
Negócio Jurídico
A declaração de vontade é um elemento que não se encontra no Art. 104 do CC (elementos do
negócio jurídico). Contudo, este elemento está pulverizado nos artigos seguintes, razão pela
Agente
qual a doutrina entende que se trata de um elemento essencial.
Reserva mental: É a dissonância existente entre a vontade declarada (verbal, escrita, gestual…)
e a vontade guardada na mente. Vale mais a vontade declarada do que a vontade guardada,
Objeto salvo se de alguma forma o contratante conhecer o que o outro contratante guarda em sua
mente.
Forma
Ex: Um autor declara que o resultado da venda de seus livros será NÃO
destinado para fins filantrópicos. Contudo, a verdade real é que o SIM
resultado da venda será destinado para o autor. Verificado isso,
quem comprou o livro visando fazer filantropia, poderá pedir a
Declaração anulação do negócio.
de Vontade
RESERVA MENTAL
Negócio Jurídico
Quem cala consente?
A regra é que quem cala não consente. O silêncio somente será anuência quando as circunstâncias ou
Agente os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
Conflito entre o que foi expressamente declarado e a intenção genuína das partes:
Será atendido mais à intenção da vontade do que ao sentido literal da linguagem da declaração.
Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé. A boa-fé significa:
Objeto • A confirmação do negócio pelo comportamento posterior das partes;
• Corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio;
• Ser mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo;
• Corresponder a qual seria a razoável negociação das partes.
Sempre interpretam-se estritamente:
Forma
1 - os negócios jurídicos que beneficiam a outra parte; e
2 - a renúncia de direitos.
Ex1: Se eu falo que vou doar um dos meus cavalos para um amigo e dentre os cavalos há um
campeão mundial, certamente não estou me referindo a este.
Declaração Ex2: Se falo que vou vender uma das garrafas de vinho para alguém pelo valor de R$ 85,00,
de Vontade certamente não é aquela garrafa que foi doada pelo Papa.
Ex3: Se falo que vou renunciar ao direito de recorrer, não significa que reconheço o direito da
outra parte.
Defeitos do Negócio Jurídico
Tipos de Defeitos (vícios) do negócio jurídico: Os negócios jurídicos serão defeituosos (podendo gerar nulidade ou
anulabilidade), quando:
Consequências Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de Art. 172. O negócio anulável pode
confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo. ser confirmado pelas partes, salvo
direito de terceiro.
Defeitos do Negócio Jurídico
Conserto do negócio jurídico anulável:
O conserto do negócio jurídico pode acontecer de 2 maneiras: pela confirmação do negócio ou pelo decurso do
tempo.
Expressa – Se dá quando o negócio é expressamente refeito, corrigindo-se
o ponto defeituoso.
Confirmação
Tácita – O negócio não é expressamente refeito, mas a conduta das partes
demonstra que elas desejavam o conserto.
Ex: Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi
cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.
Conserto
Conversão é a transformação de um negócio jurídico inválido em OUTRO, válido e parecido com o inválido, de
modo que seja aproveitada a vontade das partes.
A conversão somente será possível se não trouxer prejuízo para terceiros.
Ex1: Contrato de compra e venda com valor acima de 30 salários mínimos feito sem a observância da forma
(falta de escritura pública), mas a vontade era transmitir o imóvel e isso é possível fazer via “promessa de
compra e venda”, que não precisa da formalidade de escritura pública.
Ex2: O casamento nulo poderá ser convertido em união estável válida.
Defeitos do Negócio Jurídico
Consequências da nulidade e da anulabilidade
A regra é que, em ambos os casos (tanto na nulidade quanto na anulabilidade) as partes voltem ao estado que se
achavam antes de celebrado o negócio (retorno ao status quo ante). Caso não seja possível o retorno ao status quo
ante, as partes serão indenizadas com o equivalente.
Simulação
Defeitos do Negócio Jurídico
Vícios de
Consentimento
Modalidades de erros substanciais:
Erro quanto à pessoa (error in persona):
Erro • Qualidade da pessoa: Alguém se casa com uma pessoa que tem um passado
inidôneo, vindo a descobrir depois.
Dolo • Identidade da pessoa: Alguém contrata um artista achando que é outro (Ex: Pablo).
Simulação
Defeitos do Negócio Jurídico
Vícios de Dolo – Conduta maliciosa de alguém com a intenção de induzir, enganar, ludibriar, não
Consentimento revelar fato ou qualidade que a outra parte deveria conhecer antes de celebrar o ato/negócio
Erro jurídico. No erro ou ignorância, há o engano espontâneo (sozinho). No dolo há engano
provocado por outrem. O dolo se classifica em:
Dolo Unilateral Apenas uma das partes engana, ludibria, aproveita-se da outra. Neste caso, o negócio é anulável.
Bilateral Ambas as partes tentam enganar um ao outro. Neste caso, o negócio/ato não é anulável e nem pode
Coação pleitear reciprocamente perdas e dano (Art. 150 do CC). Ex: Compra de relógio falso com dinheiro falso.
Se não houvesse o induzimento malicioso (dolo), o negócio não seria realizado. Ex: O carro está com o
Lesão Essencial motor engatilhado.
Acidental Mesmo com o dolo, o negócio seria realizado (mas de outro modo). Portanto não é anulável,
Estado de obrigando-se o agente apenas à satisfação das perdas e danos. Ex: O motorzinho do ajuste do
retrovisor está com mal contato.
Perigo
Ação A intenção maliciosa resultou de uma conduta positiva (agiu intencionalmente).
Vícios Sociais Omissão A intenção maliciosa resultou de uma conduta negativa (não revelou, não informou…).
Fraude
Contra Próprio Uma pessoa engana a outra e tem algum proveito dessa conduta.
Credores Alguém tem proveito do engano de outrem, mas quem está enganando é um terceiro (representante).
De terceiros
OBS: Se quem está tendo proveito não conhecia a conduta dolosa de seu representante, o negócio não
Simulação será desfeito, mas eventual perdas e danos será devida ao enganado. Mas se quem teve proveito sabia
ou deveria saber que o seu representante enganava, o negócio será desfeito.
Defeitos do Negócio Jurídico
Vícios de
Consentimento Coação
Erro O paciente realiza um ato/negócio jurídico em função de um temor de dano, prometido pelo
coator.
Dolo O dano precisa ser real, fundado e injusto. O mal deve ser prometido contra si, seus bens, ou
sua família, mas poderá também ser contra outro alguém (neste caso, o juiz decidirá
Coação conforme as circunstância).
Ex: Alguém com uma arma apontada para a cabeça da vítima manda ela assinar um
Lesão contrato.
A coação se classifica em:
Estado de Uma pessoa coage a outra e tem algum proveito dessa conduta.
Própria
Perigo
De Terceiros Alguém tem proveito da coação de outrem, mas quem está coagindo é um terceiro (representante).
OBS: Se quem está tendo proveito não conhecia a conduta dolosa de seu representante, o negócio não
Vícios Sociais será desfeito, mas eventual perdas e danos será devida ao enganado. Mas se quem teve proveito sabia
ou deveria saber que o seu representante enganava, o negócio será desfeito.
Fraude
Contra Não é coação exercício regular de um direito ou temor reverencial (Ex: filho em relação ao pai).
Credores O prazo é de 4 anos para anular o ato ou negócio jurídico A CONTAR DO FIM DA COAÇÃO.
Simulação
Defeitos do Negócio Jurídico
Vícios de
Consentimento
Erro
Dolo
Estado de lesão
Coação Alguém que pratica ato ou negócio extremamente desproporcional sob o ponto de vista
patrimonial (que ponha risco o patrimônio do lesionado) em decorrência de necessidade ou
Lesão inexperiência.
Ex1: Empréstimo feito por agiota com juros de 30% ao mês, necessário para pagar o
Estado de banco e não perder o carro.
Perigo Ex2: Corretor de empréstimo que oferece R$ 5.000,00 em 50 parcelas de 300,00.
Vícios Sociais
Fraude
Contra
Credores
Simulação
Defeitos do Negócio Jurídico
Vícios de
Consentimento
Erro
Dolo
Coação
Simulação
Defeitos do Negócio Jurídico
Vícios de
Consentimento
Erro
Fraude contra credores
Dolo
Primeiro precisamos compreender o que é um devedor insolvente:
Coação É aquele cujo patrimônio, que servia para garantir a sua obrigação, torna-se insuficiente para
saldá-la. Portanto, todo devedor é obrigado a proteger seu patrimônio para garantir o
Lesão cumprimento da obrigação patrimonial.
Quando o devedor torna-se insolvente, ele não poderá:
Estado de 1 – Desviar bens (transmissão gratuita) – Não pode colocar bens em nome de terceiros,
Perigo dar presentes…
2 – Perdoar dívidas de seus devedores – Porque as dívidas que o devedor insolvente
Vícios Sociais possui ajuda a pagar os seus credores.
Fraude 3 – Constituir garantias – Os bens do devedor é que garantem o pagamento das dívidas.
Contra Portanto precisa manter seus bens livres e desembaraçados.
Credores
O credor poderá pedir para o juiz anular as 3 condutas acima (desvio de bens, constituição de
garantias ou perdão das dívidas) de modo a garantir que o devedor tenha condições de
Simulação
cumprir com a sua obrigação.
Defeitos do Negócio Jurídico
Vícios de
Consentimento
Erro
Dolo
Coação
Lesão
Estado de
Perigo
Ação pauliana:
Vícios Sociais O meio pelo qual o credor pede para que o juiz anule o ato de dilapidação do patrimônio do
devedor é a ação pauliana. O prazo para que esta ação seja proposta é de 4 anos.
Fraude
OBS: O juiz não anulará ato ou o negócio feito pelo devedor para a manutenção ou
Contra
Credores sobrevivência da sua família, ainda que o coloque na condição de insolvente.
Atenção: O negócio gratuito ou oneroso poderá será anulado. Contudo, o negócio
Simulação
oneroso somente poderá ser anulado se estiver eivado de concilium fraudis (quando
alienante e adquirente agem em conluio).
Defeitos do Negócio Jurídico
Vícios de
Consentimento Simulação
Acontece quando duas ou mais pessoas, em concilium fraudis, realizam ato ou negócio,
Erro visando causar dano a terceiro(s) e obter vantagem.
Vícios Sociais Simulação absoluta – Simula-se um negócio ou ato, mas, de fato, nada acontece.
Ex: Recibo falso para a obtenção da redução de imposto de renda.
Fraude
Contra
Art. 167, II do CC - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não
Credores verdadeira;
Atenção - Art. 167, §2º do CC Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos
Simulação
contraentes do negócio jurídico simulado.
Elementos acidentais do Negócio Jurídico
Os negócios jurídicos, ainda que sejam existentes e válidos, eles somente serão eficazes se não tiverem
subordinados a condição suspensiva, se estiverem dentro do termo ou se o encargo apresentado estiver
sendo cumprido.
Atenção: O ato ou negócio que não possua algum desses elementos acidentais é chamado de negócio
“puro”.
Elementos acidentais do Negócio Jurídico
Atenção: Se não existir termo inicial, presume-se que a eficácia se dá imediatamente, salvo se
Encargo
as circunstancia não permitirem.
Ex em que as circunstâncias não permitem: Iniciaríamos as obras imediatamente, mas
está na época da chuva e, por isso, não é possível iniciarmos as obras.
Prazos prescricionais:
Existem vários prazos prescricionais. Eles estão espalhados em vários diplomas legais. Os que, por ora, nos
interessa são aqueles previstos no Art. 206 do Código Civil:
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Prescrição e Decadência
Contagem dos
prazos
prescricionais:
SUSPENSÃO: É o congelamento do prazo. Portanto, o prazo é retomado exatamente do ponto
de onde parou.
Suspensão de
prazo
Exemplo: Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; Se a mulher não
Interrupção reclamar a
de prazo Neste dia, um homem bate o Por causa do acidente, reparação do dano,
carro de uma mulher (inicia- o casal se apaixona. Depois de 5 anos haverá a prescrição
se o prazo para a reparação Eles se casam 2 anos das núpcias, o da pretensão 8 anos
do dano – 3 anos). depois do acidente. casal se divorcia. depois do acidente
Impedimento
de contagem
Os prazos prescricionais advêm da Lei. As partes não podem ser alterados por acordo (Art. 192)
É matéria de ordem pública. Por isso, é possível ser conhecível de ofício pelo juiz.
Embora seja de ordem pública, a prescrição é renunciável, mas somente é possível depois de prescrita a
pretensão (Art. 191).
A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
Prescrição e Decadência
O que é um Direito Potestativo?
É aquele que, ao ser exercido por apenas 1 pessoa, poderá extinguir ou alterar a relação jurídica entre duas ou
mais pessoas. O Direito Potestativo poderá ser exercido com determinado prazo ou não:
• Exemplo de direito potestativo sem prazo para ser exercido: Divórcio, demissão...
• Exemplo de direito potestativo com prazo para ser exercido: Arrependimento de compra...
Decadência
É o fim do prazo para se exercer direito potestativo que contenha prazo.
O objeto do estudo são os Arts. 212 ao 232. Contudo, o estudo das provas é complementado pelos Arts. 369 à 380 do CPC:
• As provas não são das partes, mas do processo. Portanto não existe testemunha do autor ou testemunha do réu. Existe,
porém, testemunha do processo arrolada pelo autor ou pelo réu.
• É válida a prova emprestada (Art. 372), ou seja, a utilização de provas produzidas em outros autos.
• Cabe à parte provar aquilo que alega (Art. 373), portanto:
• Cabe ao autor provar fato constitutivo de seu direito;
• Cabe ao réu, provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
• Não dependem de prova os fatos (Art. 374):
• Notórios (Ex: Dia 25/12 é natal);
• Afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária (Ex: O cheque emitido por “A” não tinha fundos);
• Admitidos no processo como incontroversos (Ex: “A” bateu com o carro na traseira do carro de “B”);
• Em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade (Ex: O imóvel estava registrado em nome de “A”).
Provas
Meios de Confissão:
Prova É a declaração que alguém faz sobre fato praticado por si mesmo. Essa declaração favorece à
Confissão parte contrária.
Perícia
Tipos de confissão:
A confissão deve ser expressa, mas excepcionalmente poderá haver a confissão tácita (quando
aquele que confessa dá a entender, de maneira inequívoca, o fato, sem dizer expressamente).
Presunção As escrituras públicas são dotadas de fé-pública e devem ser escritas em língua nacional
(vernáculo).
Perícia OBS: Documento estrangeiro, para ter valor legal, precisa estar traduzido para a língua
portuguesa.
Meios de
Prova do CPC
Provas
Meios de
Prova
Confissão Presunção:
Na verdade não é prova, mas técnica de julgamento. Isso porque se trata de uma verdade pré-
Documento concebida, com base na experiência comum.
Ex1: Se era meio dia, presume-se que estava claro (mas pode ser que tenha havido um
Testemunha eclipse)
Ex2: Se estava chovendo, presume-se que o asfalto estava escorregadio (mas pode ser que
Presunção o material daquele asfalto era menos escorregadio).
Perícia Veja que é possível apresentar provas contra a presunção. Mas em alguns casos não. Por isso a
doutrina classifica a presunção em:
• Presunção relativa – Aquela que cabe prova em contrario (presunção juris tantum);
• Presunção absoluta (ou presunção legal) – Aquela que não cabe prova em contrário
Meios de (presunção juris et de jure) – Ex: Coisa Julgada.
Prova do CPC
Provas
Meios de
Prova
Confissão
Documento
Testemunha
Perícia:
Presunção
É a utilização, por parte do juiz, de um conhecimento técnico (este conhecimento advém de
um perito, também chamado de experto).
Perícia
O perito deve ser utilizado ainda que o juiz tenha o conhecimento especializado.
OBS: Aquele que se nega à perícia médica não pode se aproveitar da sua recusa.
Meios de
Prova do CPC
Provas
Meios de
Prova
Confissão
Documento
Testemunha
Presunção