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PAPA CONCURSOS | DIREITO ADMINISTRATIVO - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA | PROF.

MARCELO SOBRAL

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Direito Administrativo
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Marcelo Sobral
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PAPA CONCURSOS | DIREITO ADMINISTRATIVO - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA | PROF. MARCELO SOBRAL

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

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1 – O que é uma pessoa jurídica?

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“a ideia de criar pessoa jurídica é dividir responsabilidades”.

P
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“patrimônio próprio, capacidade negocial e responsabilidade própria”.

FE
2 – É possível criar um país na sala de aula?

NO
“povo, território, governo soberano”.
“república do concurseiro aprovado”.

RU
3 – conceito de desconcentração.

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“processo interno de criação de órgãos”.
“criação de órgãos sempre mediante lei”.

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“posso criar quantos órgãos eu quiser – inchaço”.

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“entre órgãos há hierarquia e subordinação”.
Administração Direta: “conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a
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competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado. A
Administração Pública é, ao mesmo tempo, a titular e a executora do serviço público”. (JSCF). Aqui se
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desempenha atividade centralizada.


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4 – conceito de descentralização.
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“criação de outra pessoa ou entrega da execução de um serviço público a outra pessoa”.


“só tem um órgão – atividade concentrada”.
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“só tem uma pessoa – atividade centralizada”.


“União, por meio de seus ministérios, é uma atuação centralizada e desconcentrada”.
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“criar um órgão ou criar uma pessoa é uma decisão política”.


“como saber se uma atividade é serviço público? Primeiro olhar na Constituição”.
A

“criar um órgão, criar uma pessoa jurídica ou passar o serviço para uma pessoa da iniciativa privada é uma
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opção política”.
“quatro desenhos: 1) concentrado e centralizado; 2) desconcentrado e centralizado; 3) desconcentrado e
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descentralizado para administração indireta; 4) desconcentrado e descentralizado para particulares.


Administração Indireta: “conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva Administração
Direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada”. (JSCF)
PE

É possível a criação de entidades da Administração Indireta no âmbito dos poderes Legislativo e Judiciário?
Vide art. 37 CF: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes...”.
LI

Ainda, a posição de JSCF: “...nada impede que a lei institua entidades de administração indireta vinculadas a
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outros órgãos superiores do Estado, como o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Advocacia Pública
(Advocacia-Geral da União e Procuradorias estaduais e municipais), quando necessárias ao desempenho de
funções de apoio técnico e administrativo descentralizado”.
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Uma entidade da Administração Indireta pode estar vinculada a outra entidade da Administração Indireta?

DU
“Com essa qualificação, estará ela, com toda a certeza, vinculada à respectiva Administração Direta”. (JSCF).

E
5 – descentralização política, administrativa e territorial.

P
“política: E/DF/M buscam fundamento na CF – editam leis – são vários centros de poder com atribuições

LI
previstas na CF/88”.

FE
“administrativa: administração indireta busca fundamento no poder central – cumprem a lei – não buscam
fundamento direto na CF, mas sim no poder central que a criou”.
“territorial: quando se cria um território federal – natureza de autarquia da União”.

NO
“diferença da administrativa para a territorial – capacidade administrativa genérica e específica”.

RU
A descentralização territorial impede a capacidade legislativa do ente descentralizado? “É importante realçar
que a descentralização administrativa territorial nem sempre impede a capacidade legislativa; só que esta é
exercida sem autonomia, porque subordinada a normas emanadas do poder central. (DP)

-B
6 – quadro de descentralização administrativa:

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6.1: territorial – criação de territórios federais / natureza de território (autarquia da União) /

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capacidade genérica / delimitação geográfica. Possuem capacidade legislativa mas sem autonomia, visto que
subordinada ao poder central.
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6.2: por serviços, funcional ou técnica – para administração indireta / prazo indeterminado /
capacidade específica (p. da especialidade) / mediante lei / transfere execução e titularidade (evitar as
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interferências indevidas) / transferência ocorre por razões técnico-administrativas.


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6.3: por colaboração – para um particular (concessionário, permissionário, autorizatário, empresa


sob controle acionário do estado / prazo determinado / via contrato ou ato administrativo / só transfere
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execução.
S

7 – Controle finalístico. Entre administração direta e indireta / garantir que administração indireta atue nos
NE

limites da lei / há subordinação? Não – vinculação. / É o mesmo em relação a particulares? Não, pois o
controle em relação a esses é mais amplo, com base na lei e no contrato.
NU

8 – Criação das entidades da administração indireta. Lei cria autarquia e autoriza a criação de empresa
pública, sociedade de economia mista e fundação. Primeiro caso – basta a lei. Segundo caso – tem que
A

registrar.
TR

Art. 37.
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
DU

de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação;
PE

Distinção da criação de fundação pública de direito público e de direito privado. UNIRIO x UFRJ.
Criação de uma autarquia se dá com o registro? Não, mas sim com o início da vigência da lei criadora.
LI

E a organização de uma autarquia?


FE

“A organização das autarquias é delineada através de ato administrativo, normalmente decreto do Chefe do
Executivo. No ato de organização são fixadas as regras atinentes ao funcionamento da autarquia, aos órgãos
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componentes e à sua competência administrativa, ao procedimento interno e a outros aspectos ligados

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efetivamente à atuação da entidade autárquica.”
Lei específica – natureza?

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CEEE/RS – descentralização por serviços ou colaboração? Di Pietro – colaboração, visto que o serviço público

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(energia elétrica) é federal e a estatal que está prestando é de outra entidade federativa – estado.

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FE
1. (CESPE_PC-SE_2018_Delegado) A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo
próprio Estado, por meio de órgãos internos e integrantes da administração pública direta.
2. (CESPE_PC-SE_2018_Delegado) Na administração pública, desconcentrar significa atribuir competências

NO
a órgãos de uma mesma entidade administrativa.
3. (CESPE_PC-SE_2018_Delegado) A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da

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desconcentração é que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e, no segundo, esse vínculo
permanece.

-B
4. (CESPE_MPE-PI_2018_Conhecimentos Básicos) O fato de a administração pública desmembrar seus
órgãos, distribuindo os serviços dentro da mesma pessoa jurídica, para melhorar a sua organização
estrutural, constitui exemplo de ato de desconcentração.

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5. (CESPE_PF_2018_Agente de Polícia Federal) Ao outorgar determinada atribuição a pessoa não integrante

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de sua administração direta, o Estado serve-se da denominada desconcentração administrativa.
6. (FCC_TRT-15_2018_TJAA) A constituição de uma pessoa jurídica para integrar a Administração indireta
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depende
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A) de autorização legislativa para instituição, no caso das sociedades de economia mista, cujo regime jurídico
típico de direito privado não afasta a necessidade de se submeter a determinadas regras e princípios
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aplicáveis às pessoas jurídicas de direito público.


B) de lei para criação do ente, quando se tratar de empresas estatais de natureza jurídica típica de direito
-0

privado, independente do objeto social, não se lhes aplicando o regime jurídico de direito público.
C) de lei autorizativa, no caso das autarquias, seguida de afetação de patrimônio e arquivamento de atos
S

constitutivos segundo a legislação civil vigente.


NE

D) do arquivamento dos atos constitutivos no caso das autarquias, seguido de edição de Decreto
homologatório pelo Chefe do Executivo.
NU

E) de lei autorizativa para criação de qualquer ente, independentemente da natureza jurídica, fazendo
constar como anexo do ato normativo os atos constitutivos da pessoa jurídica.
A

7. (FGV_AL-RO_2018_Assistente Legislativo) Assinale a opção que indica a modalidade de administração do


Estado em que há transferência de serviços e competências para outras pessoas jurídicas.
TR

A) concentrada.
DU

B) desconcentrada.
C) particularizada.
PE

D) descentralizada.
E) funcionalizada.
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9 – Teorias que explicam a relação órgão X pessoa jurídica.

DU
Mandato: mandante e mandatário. Pressupõe duas pessoas. Problema: o órgão não é uma pessoa.
Representação: representante e representado. Mesmo problema da anterior.

E
Órgão: o órgão é parte integrante de uma pessoa jurídica. Não tem patrimônio próprio nem responsabilidade

P
própria. Imputação volitiva.

LI
FE
8. (VUNESP_Prefeitura de Sorocaba_2018_Procurador) A característica fundamental da teoria do órgão
consiste no princípio da imputação volitiva, ou seja, a vontade do órgão público é imputada à pessoa jurídica
a qual este pertence. Em consequência disso, é correto afirmar que um ato administrativo praticado no

NO
âmbito de uma
A) Autarquia pode ser questionado judicialmente, figurando a Municipalidade no polo passivo da demanda.

RU
B) Secretaria Estadual pode ser questionado judicialmente, figurando a própria Secretaria no polo passivo da
demanda.

-B
C) Empresa Pública pode ser questionado judicialmente, figurando a Municipalidade no polo passivo da
demanda.

99
D) Diretoria pode ser questionado judicialmente, figurando a própria Diretoria no polo passivo da demanda.

26
E) Secretaria Municipal pode ser questionado judicialmente, figurando a Municipalidade no polo passivo da
demanda.
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10 – Natureza do órgão público.


Teoria subjetiva: conjunto de agentes público.
18

Teoria objetiva: conjunto de atribuições – Lei 9.784/99.


-0

Teoria eclética: soma de agentes e atribuições – doutrina.


S

11 – Onde são encontrados os órgãos públicos? Administração direta e em cada entidade da administração
NE

indireta.
E os Tribunais + câmaras legislativas? Também são órgãos da administração direta.
NU

JSCF: “a Administração Direta do Estado abrange todos os órgãos dos Poderes políticos das pessoas
federativas cuja competência seja a de exercer a atividade administrativa”.
A

“Os órgãos públicos não mantêm relações institucionais entre si, tendo em vista que não possuem
TR

personalidade jurídica.” – errado – primeira parte.


A ausência de personalidade jurídica não impede a relação institucional entre órgãos.
DU

9. (FCC_MPE-PE_2018_Analista) Os órgãos públicos que integram a organização administrativa, na qualidade


PE

de “centros de competência para desempenho de funções estatais”,


A) encontram-se presentes na estrutura descentralizada da Administração pública e configuram polos de
LI

decisões emitidas por agentes públicos que se responsabilizam exclusiva e pessoalmente pelas
consequências daquelas advindas.
FE

B) são representados por agentes públicos, mas não se confundem com estes, pois as consequências e
conquistas são atribuídas àquelas unidades de competência e, em consequência, às pessoas jurídicas que
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elas integram.
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C) possuem personalidade jurídica própria, mas não dispõem de autonomia, já que dependem de autorização

DU
do comando da pessoa jurídica que integram.
D) exercem os poderes inerentes à Administração pública, à exceção do poder de polícia, restrito à
Administração Central, porque indelegável em qualquer de suas vertentes ou facetas.

PE
E) são estruturas típicas de uma Administração pública que se organiza de forma desconcentrada, que
constitui entes ou órgãos dotados de personalidade jurídica própria, para desempenho de competências

LI
específicas e constantes da lei autorizativa de sua criação.

FE
10. (FGV_TJ-SC_2018_Técnico) Centros de competência especializada dispostos na intimidade de uma

NO
pessoa jurídica, sem personalidade jurídica e vontade próprias, com intenção de garantir a especialização nas
atividades prestadas com maior eficiência, são chamados pela doutrina de Direito Administrativo de:

RU
A) órgãos, sejam da Administração Direta, sejam as entidades de direito público da Administração Indireta,
e somente podem ser criados ou extintos por meio de lei;

-B
B) autarquias, que fazem parte da Administração Indireta, e somente podem ser criadas por meio de lei
específica, após regular processo legislativo;
C) fundações públicas, que fazem parte da Administração Indireta, e podem ser criadas por meio de qualquer

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ato normativo;

26
D) entidades da Administração Indireta, que podem ser criadas por meio de qualquer ato normativo, após
regular processo administrativo ou legislativo;
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E) entidades da Administração Direta, que somente podem ser criadas ou extintas por meio de lei, após
regular processo legislativo.
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12 – Qual é a diferença entre administração pública em sentido objetivo e subjetivo?


-0

Subjetivo: pessoas que integram a administração pública. Art. 37, XIX, CF – é o adotado no Brasil. “Quem
você é.”
S

Objetivo: é o conjunto de atividades do poder público. “O que você faz.” Obs: posição da Di Pietro.
NE

13 – Classificação dos órgãos públicos.


NU

13.1: quanto à posição estatal.


Independente: previsto na CF / topo da hierarquia / representam os poderes de estado / agentes políticos.
A

Autônomo: logo abaixo independentes / ampla autonomia administrativa, financeira e técnica. Dirigentes,
TR

em regra, são agentes políticos.


OBS: reconhecida capacidade processual para os independentes e autônomos na defesa de suas
DU

prerrogativas institucionais / constitucionais.


“Por sua vez, José dos Santos Carvalho Filho (2011:14-15), depois de lembrar que a regra geral é a de que o
órgão não pode ter capacidade processual,1 acrescenta que “de algum tempo para cá, todavia, tem evoluído
PE

a ideia de conferir capacidade a órgãos públicos para certos tipos de litígio. Um desses casos é o da
impetração de mandado de segurança por órgãos públicos de natureza constitucional, quando se trata da
LI

defesa de sua competência, violada por ato de outro órgão.


FE

Também a jurisprudência tem reconhecido capacidade processual a órgãos públicos, como Câmaras
Municipais, Assembleias Legislativas, Tribunal de Contas. Mas a competência é reconhecida apenas para
defesa das prerrogativas do órgão e não para atuação em nome da pessoa jurídica em que se integram”. (DP)
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Superior: órgãos de direção, controle e comando dos assuntos de sua competência específica. Não têm

DU
autonomia administrativa nem financeira.
Subalterno: mera execução.

E
13.2: quanto à estrutura.

P
Simples: um centro de competência.

LI
Composto: vários centros de competências.

FE
13.3: quanto à composição.
Singulares: integrados por um único agente. Presidência da República e Diretoria de uma escola.

NO
Colegiados/coletivos: integrados por vários agentes. Tribunal.
13.4: quanto à esfera de ação.

RU
Centrais: exercem atribuições em todo o território da unidade federativa.
Locais: exercem atribuições em parte do território da unidade federativa.

-B
13.5: quanto às funções. Ativo, consultivo e controle.

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11. (FCC_SEAD-AP_2018_Assistente) Os órgãos públicos são unidades de atribuições das funções estatais e,
como tal,
26
A) só estão presentes na Administração direta, destinando-se à execução de atividades estritas de Estado,
64
impassíveis de serem delegadas à Administração indireta.
37

B) são sempre unitários, não podendo se subdividir em outras unidades de atribuições, o que desnaturaria
sua função.
18

C) devem apresentar somente um detentor do poder decisório, não admitindo a composição plural para
emissão de vontades.
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D) são sempre autônomos e independentes, não podendo se subordinar a outros órgãos para execução de
suas tarefas.
S
NE

E) também podem estar presentes na organização da Administração pública indireta, como, por exemplo,
para estruturação de uma autarquia.
NU

14 – Criação e extinção de órgãos públicos.


Constituição Federal
A
TR

Art. 61.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
DU

II - disponham sobre:
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;
PE

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI - dispor, mediante decreto, sobre:
LI

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
FE

criação ou extinção de órgãos públicos;


“Não obstante, pelo evidente interesse da Administração, a Carta reserva ao Presidente da República (e, por
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simetria, aos demais Chefes de Executivo) iniciativa privativa para deflagrar o processo legislativo sobre a
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matéria (art. 61, § 1º, II, “e”, CF).29 A EC nº 32/2001, alterando este último dispositivo, fez remissão ao art.

DU
84, VI, da CF, também alterado pela aludida Emenda, como vimos, segundo o qual é da competência do
Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da Administração
Federal, desde que não haja aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Sendo assim,

E
são legítimas a transformação e a reengenharia de órgãos públicos por ato privativo do Chefe do Executivo

P
(e, portanto, dispensada lei) quando tais fatos administrativos se incluírem no mero processo de organização

LI
da administração pública”. (JSCF)
Todo e qualquer órgão público deve ser criado por lei?

FE
"No Poder Legislativo, a criação e a extinção de órgãos se situam dentro do poder que têm suas Casas de
dispor sobre sua organização e funcionamento, conforme previsto nos arts. 51, IV (Câmara dos Deputados),

NO
e 52, XIII (Senado Federal). Por via de consequência, não dependem de lei, mas sim de atos administrativos
praticados pelas respectivas Casas. Como retratam princípios extensíveis atinentes à organização funcional,
tais mandamentos aplicam-se também ao Legislativo de Estados, Distrito Federal e Municípios”.(JSCF)

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-B
15 – Princípios regedores da Administração Pública.
Para toda a Administração Pública direta e indireta da U/E/DF e M: art. 37 CF – legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

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Especificamente para a Administração Pública Federal – planejamento, coordenação, descentralização,

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delegação de competência e controle.
Especificamente para a Administração Indireta:
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a) Princípio da Reserva Legal: pessoas da administração indireta só podem ser instituídas por lei. Vide art. 37,
37

XIX, CF.
Esse princípio também se aplica para as subsidiárias das estatais – autorização genérica, e não específica.
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Vide Art. 37, XX, CF.


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Quem pode apresentar projeto de lei para a criação ou autorização de entidades da administração indireta?
Art. 61.
S

§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


NE

II - disponham sobre:
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;
NU

b) Princípio da Especialidade: necessidade de especificação, em lei, das atividades que serão exercidas pela
entidade da Administração Indireta. Ou seja, não cabe a criação para finalidades genéricas. Diferente das
A

pessoas políticas, as quais podem ter essa finalidade genérica.


TR

c) Princípio do Controle: conforme JSCF, quatro aspectos:


“1. controle político, pelo qual são os dirigentes das entidades da Administração Indireta escolhidos
DU

e nomeados pela autoridade competente da Administração Direta, razão por que exercem eles função
de confiança (relação intuitu personae);
2. controle institucional, que obriga a entidade a caminhar sempre no sentido dos fins para os quais
PE

foi criada;
3. controle administrativo, que permite a fiscalização dos agentes e das rotinas administrativas da
LI

entidade; e
FE

4. controle financeiro, pelo qual são fiscalizados os setores financeiro e contábil da entidade”.
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A entidade da Administração Indireta ficará vinculada necessariamente a um Ministério/Secretaria da

DU
Administração Direta? Não. Cabe vinculação a órgãos equiparados a Ministérios, como “...Gabinetes e
Secretarias ligadas à Presidência da República”. (JSCF)

P E
16 – Autarquias.

LI
Pessoa jurídica de direito público / atividades típicas de estado (atividade que exigem o regime de direito
público) / regidas pelo princípio da especialidade.

FE
Conceito JSCF: “pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para
desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado”.

NO
Conceito DP: “(...) a pessoa jurídica de direito público criada por lei, com capacidade de autoadministração,
para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites

RU
da lei”.
Conceito DL 200/1967: “o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita

-B
próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”.
O que seriam atividades típicas?

99
“Em nosso entender, porém, o legislador teve o escopo de atribuir às autarquias a execução de serviços

26
públicos de natureza social e de atividades administrativas, com a exclusão dos serviços e atividades de cunho
econômico e mercantil, estes adequados a outras pessoas administrativas, como as sociedades de economia
64
mista e as empresas públicas. Um serviço de assistência a regiões inóspitas do país ou um serviço médico
podem ser normalmente prestados por autarquias, mas o mesmo não se passa, por exemplo, com a prestação
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de serviços bancários ou de fabricação de produtos industriais, atividades próprias de pessoas administrativas


privadas”.
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12. (CESPE_PF_2018_Escrivão de Polícia Federal) A administração direta é constituída de órgãos, ao passo


que a administração indireta é composta por entidades dotadas de personalidade jurídica própria, como as
autarquias, que são destinadas a executar serviços públicos de natureza social e atividades administrativas.
S
NE

Podem executar atividades econômicas? Não – reservadas para EP / SEM.


NU

Atividade econômica exercida pelo poder público – regra ou exceção? Exceção – duas: imperativo de
segurança nacional e relevante interesse coletivo (art. 173 CF/88).
Classificação: fundacional / associação pública / corporativa / comum / especial.
A

Fundacional: é a fundação pública de direito público.


TR

Associação pública: é uma autarquia que decorre de um consórcio público – “com fundamento no
DU

art. 241 CF, ocorre quando duas ou mais entidades políticas se unem para a gestão associada de serviços
públicos”. Ex: junção de três municípios para a coleta de lixo.
Corporativa: são os conselhos profissionais.
PE

Tema 877 Repercussão Geral STF: Os pagamentos devidos, em razão de pronunciamento judicial,
pelos Conselhos de Fiscalização não se submetem ao regime de precatórios.
LI

JSCF: “É importante, também, assinalar que tem havido algumas controvérsias e dúvidas a respeito
FE

do regime jurídico da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil. Decidiu-se, entretanto, que tal autarquia não
integra a Administração Indireta da União, configurando-se como entidade independente; assim, não está
vinculada a qualquer órgão administrativo, nem se sujeita ao respectivo controle ministerial. Além do mais,
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é entidade que não pode ser comparada às demais autarquias profissionais, porque, além de seu objetivo

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básico – de representação da categoria dos advogados – tem ainda função institucional de natureza
constitucional. Por outro lado, seu pessoal é regido pela CLT, mas não se submete ao art. 37, II, da CF, que
exige prévia aprovação em concurso público para a contratação dos servidores.

E
Algumas controvérsias surgiram a propósito da natureza jurídica das contribuições para as

P
autarquias profissionais. O STF considera que se trata de tributos sob a forma de contribuições parafiscais da

LI
espécie “contribuições de interesse das categorias profissionais”, embasadas no art. 149 da CF. 55 Podem ser
fixadas por lei ordinária, sendo legítimo que se estabeleçam valores-teto para os contribuintes, atendendo ao

FE
princípio da capacidade contributiva. 56 Apesar disso, já se decidiu que o título executivo previsto no art. 46,
parágrafo único, da Lei nº 8.906/1994 (Estatuto da OAB), sujeita-se à execução comum, prevista no art. 784

NO
do CPC, não sendo aplicável, pois, a Lei nº 6.830/1980, que rege o processo de execução fiscal. Decidiu-se,
ainda, que a entidade não se submete às normas financeiras da Lei nº 4.320/1964, nem ao controle exercido
pelo Tribunal de Contas da União. 57 Quanto ao foro processual, em que pesem divergências, predomina a

RU
que fixa como competente a justiça federal, com lastro no art. 109, I, da CF. 58 A matéria sobre o regime
dessas entidades, como se pode ver, ainda está longe de uma definição mais precisa.

-B
Comum: aquela que está no regime geral das autarquias – o diretor ocupa cargo em comissão.
Especial: processo diferenciado para a escolha da diretoria – indicação do Chefe do Executivo +

99
sabatina Senado federal. Também é diferente para sair: mandato fixo, o qual pode perder por sentença
judicial / PAD / renúncia / outros casos previstos na lei de criação.

26
O que é a “teoria da captura”? “A propósito, a relação jurídica entre a agência reguladora e
as entidades privadas sob seu controle tem gerado estudos e decisões quanto à necessidade de afastar
64
indevidas influências destas últimas sobre a atuação da primeira, de modo a beneficiar-se as empresas em
desfavor dos usuários do serviço. É o que a moderna doutrina denomina de teoria da captura (“capture
37

theory”, na doutrina americana), pela qual se busca impedir uma vinculação promíscua entre a agência, de
um lado, e o governo instituidor ou os entes regulados, de outro, com flagrante comprometimento da
18

independência da pessoa controladora. 104 Em controvérsia apreciada pelo Judiciário, já se decidiu no


sentido de obstar a nomeação, para vagas do Conselho Consultivo de agência reguladora, destinadas à
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representação de entidades voltadas para os usuários, de determinadas pessoas que haviam ocupado cargos
em empresas concessionárias, tendo-se inspirado a decisão na evidente suspeição que o desempenho de tais
S

agentes poderia ocasionar. 105 Tal decisão, aliás, reflete inegável avanço no que tange ao controle judicial
sobre atos discricionários, que, embora formalmente legítimos, se encontram contaminados por eventual
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ofensa aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.” (JSCF).


* Mandato fixo: CABM defende que o mandato do dirigente deve estar limitado ao prazo do
NU

mandato do Chefe do Executivo, sob pena de interferência de um governo em outro.


* Toda autarquia em regime especial é uma agência reguladora: errado. No Brasil, toda
A

agência reguladora é uma autarquia em regime especial: certo.


TR

Quais elementos definem uma autarquia em regime especial? “(1o) poder normativo técnico;
(2o) autonomia decisória; (3o) independência administrativa; (4o) autonomia econômico-financeira”. (JSCF)
DU

1 – Poder normativo técnico: “O poder normativo técnico indica que essas autarquias
recebem das respectivas leis delegação para editar normas técnicas (não as normas básicas de política
legislativa) complementares de caráter geral, retratando poder regulamentar mais amplo, porquanto tais
PE

normas se introduzem no ordenamento jurídico como direito novo (ius novum).


(...)
LI

Esse fenômeno, de resto já conhecido em outros sistemas jurídicos, tem sido denominado de
FE

deslegalização (ou deslegificação, como preferem alguns), considerando que a edição de normas gerais de
caráter técnico se formaliza por atos administrativos regulamentares em virtude de delegação prevista na
respectiva lei.” (JSCF)
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T
IPC!!! Poder normativo das agências (Di Pietro). Regra: secundário – explicar ou

DU
complementar a lei. Logo, não pode inovar na ordem jurídica. Ou seja, serve para esclarecer conceitos
jurídicos indeterminados / questões técnicas. Di Pietro diz que duas agências reguladoras possuem um
poder normativo mais amplo – ANATEL e ANP, pois estão previstas na CF.

P E
2 – Autonomia decisória: “conflitos administrativos, inclusive os que envolvem as entidades

LI
sob seu controle, se desencadeiam e se dirimem através dos próprios órgãos da autarquia.

FE
Em outras palavras, o poder revisional exaure-se no âmbito interno, sendo inviável
juridicamente eventual recurso dirigido a órgãos ou autoridades da pessoa federativa à qual
está vinculada a autarquia.

NO
A competência decisória da agência abrange tanto os conflitos surgidos no âmbito de
concessionários, permissionários ou outras sociedades empresariais entre si (todas

RU
evidentemente sob seu controle), como também aqueles decorrentes da relação entre tais
pessoas e os usuários dos serviços e atividades por elas executados. No caso de irresignação
contra decisão administrativa final, firmada pela instância máxima da entidade, deve o

-B
interessado buscar no Judiciário a satisfação de seu interesse.” (JSCF)
3 – Independência administrativa: investidura a termo dos dirigentes das agências

99
reguladoras – nomeação pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal.
CUIDADO COM O POSICIONAMENTO DE JSCF AQUI! “Semelhante situação funcional tem
26
rendido ensejo a alguma divergência quanto à caracterização dos dirigentes das agências
reguladoras. Sustenta-se, por exemplo, que estariam inseridos na categoria dos agentes
64
políticos, já que, entre suas funções, está a de implementar políticas públicas. Ousamos,
concessa venia, dissentir desse entendimento. Ainda que lhes seja assegurada relativa
37

estabilidade, ocupam, na verdade, cargos em comissão, com a peculiaridade de ser a


18

investidura a tempo certo”.


4 – autonomia econômico-financeira: “... essas autarquias têm recursos próprios e recebem
-0

dotações orçamentárias para gestão por seus próprios órgãos, visando aos fins a que a lei as
destinou. Entre suas rendas, deve destacar-se a taxa de fiscalização e controle de serviços
públicos delegados, cuja arrecadação é alocada aos cofres da autarquia – taxa, aliás, julgada
S

constitucional”.
NE

Quarentena dos diretores. Regra: 4 meses. Obs: 6 meses – se o enunciado da questão


mencionar a legislação que regula conflito de interesses.
NU

Qual a área de atuação das agências reguladoras? “A instituição das agências decorreu do
denominado poder regulatório, pelo qual as entidades exercem controle basicamente sobre dois setores,
A

ambos executados por pessoas da iniciativa privada: os serviços públicos, normalmente delegados por
concessão (como, v. g., a energia elétrica), e algumas atividades econômicas privadas de relevância social (v.
TR

g., produção e comercialização de medicamentos)”. (JSCF)


Súmula Vinculante 27 – Compete à Justiça Estadual julgar causas entre consumidor e
DU

concessionária de serviço público de telefonia, quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva necessária,
assistente, nem opoente.
PE

Mandado de segurança contra ato de agente público de autarquia federal – competência da


Justiça Federal. Art. 109, VIII, CF.
LI
FE
O
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13. (FCC_SEAD-AP_2018_Analista) A desconcentração e descentralização, como formas de organização

DU
administrativa, interferem na conclusão acerca da incidência do controle interno e externo porque
A) somente os órgãos administrativos, unidades de execução que são criadas quando da utilização do modelo
de descentralização, estão sujeitos a controle externo e interno em igualdade de extensão e consequências.

P E
B) o controle exercido pela Administração pública central é mais rigoroso sobre as entidades que integram a
Administração pública indireta, em especial no que se refere à possibilidade de anulação de atos e contratos

LI
praticados.

FE
C) os Tribunais de Contas exercem controle externo sobre os atos praticados pela Administração pública
indireta exclusivamente no que se refere à legalidade, não lhes sendo autorizada análise de economicidade

NO
ou de outros parâmetros de aspecto discricionário.
D) o exame realizado pelo Poder Judiciário abrange poderes revisionais, anulatórios e revogatórios para os
atos e contratos realizados pelas pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração indireta.

RU
E) o controle interno realizado pela própria Administração inclui a inerente possibilidade de revogação de
seus atos, o que não se estende aos entes integrantes da Administração indireta, que ficam sujeitos aos

-B
limites do poder de tutela exercido pela Administração central.

99
14. (CESPE_SEFAZ-RS_2018_Técnico) As agências reguladoras possuem

26
A) poder normativo técnico, que consiste na possibilidade de editar atos regulamentares, desde que não
criem obrigação nova.
64
B) autonomia decisória, com a possibilidade de recursos hierárquicos próprios e impróprios.
37

C) independência administrativa, mas são submetidas a supervisão ministerial.


D) responsabilidade civil subjetiva com culpa presumida.
18

E) regime especial de autarquias, mas também podem constituir-se em fundações de direito público.
-0

15. (FCC_Câmara Legislativa do DF_2018_Consultor) Além das previsões constitucionais específicas, as


S

agências reguladoras foram criadas em atendimento ao disposto no artigo 174 da Constituição Federal,
NE

competindo-lhes
A) formular políticas públicas setoriais, em substituição ao Poder Legislativo e ao Chefe do Poder Executivo,
NU

razão pela qual detêm poder normativo, fundado no princípio da eficiência e da discricionariedade técnica.
B) planejar, formular e implementar políticas de governo, estas que estão, como regra, submetidas ao poder
hierárquico do Poder Executivo, titular do serviço público setorial regulado, para evitar o risco de captura
A

pelos interesses dos agentes econômicos regulados.


TR

C) o exercício do poder de polícia, do poder normativo e de fiscalização, em sua área de atuação, dentre
outros, nos termos das leis instituidora.
DU

D) o exercício do poder normativo, de fiscalização e de sanção contratual, excluindo-se o poder de polícia,


este que é exercido pelo ente público titular do serviço público regulado.
PE

E) o poder de outorga, ou seja, a decisão quanto à conveniência e oportunidade de conceder, nos termos do
artigo 175 da Constituição Federal, a prestação do serviço público à iniciativa privada.
LI
FE
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16. (FCC_ARTESP_2017_Especialista) A portaria de agência reguladora de transporte que estabeleça

DU
parâmetros e padrões, para fins de uniformização, da cobrança pelo uso das faixas de domínio de rodovias
concedidas à iniciativa privada, para evitar que haja desequilíbrio de valores, sejam muito altos ou irrisórios,
A) deve ser considerada como violadora do poder regulamentar, tendo em vista que invadiu matéria de lei

E
formal, na medida em que somente o titular do serviço público poderia fazê-lo, ou seja, a Administração

P
Central.

LI
B) é expressão da atividade de regulação exercida pelas agências reguladoras, que no Brasil são constituídas

FE
sob a forma de autarquias, não inovando, mas apenas disciplinando e conformando a prática autorizada no
contrato para as concessionárias, de forma a garantir a modicidade tarifária.

NO
C) depende de expressa autorização da Administração Central, titular do serviço público, tendo em vista que
a atividade regulatória é indelegável, exercendo as agências apenas o poder fiscalizatório.
D) é permitida às agências reguladoras que tenham previsão constitucional, pois ficaria no mesmo status da

RU
norma que atribuiu o poder regulamentar ao Chefe do Executivo.
E) representa atuação discricionária e técnica da agência reguladora, que tem competência normativa

-B
autônoma, dada sua especialidade.

99
17. (FCC_SEFAZ-SC_2018_Auditor) Diante de conduta irregular praticada por concessionária de serviço
público telefônico, a agência reguladora do setor

26
A) deve recomendar ao poder concedente a rescisão do contrato de concessão em execução, para fins de
64
nova licitação para prestação dos serviços públicos nos padrões que reputa adequados.
B) pode iniciar procedimento para declaração de caducidade, durante o qual deverá demonstrar a má
37

execução dos serviços públicos à população, para remessa da conclusão ao poder concedente.
18

C) poderá impor multa à concessionária, como expressão de seu poder de polícia, demonstrado o cabimento
em procedimento para apuração da referida conduta.
-0

D) deverá lavrar auto de infração e imposição de multa, conduta de natureza discricionária por parte da
agência reguladora.
S

E) tem competência para editar ato normativo impondo penalidade aos diretores da empresa, seguida da
NE

apuração de responsabilidade para confirmação do sancionamento.


NU

18. (FCC_TRT-15_2018_OJAF) As pessoas jurídicas que integram a Administração indireta,


independentemente de sua natureza jurídica, submetem-se aos princípios que regem a Administração
pública. No que se refere à relação com a Administração direta,
A

A) os entes que integram a Administração indireta possuem personalidade jurídica própria e são dotados de
TR

autogestão e autoadministração, não obstante possa haver dependência financeira.


DU

B) os atos editados pelas pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração indireta sujeitam-
se à anulação ou revogação pela Administração Central, de ofício ou a pedido, como expressão do poder de
tutela.
PE

C) as empresas estatais submetidas ao regime jurídico de direito privado não se sujeitam ao poder de tutela
da Administração central, sendo independentes administrativa, orçamentária e financeiramente.
LI

D) as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de interesse público, quando integrantes da


FE

Administração indireta, submetem-se ao poder de tutela da Administração central e, portanto, ao controle


finalístico exercido pela mesma, possibilitando o desfazimento de atos que violem a legalidade.
O
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E) as autarquias, como pessoas jurídicas de direito público, admitem a revisão de seus atos diretamente pela

DU
Administração central, desde que seja constatado vício de legalidade ou desvio de finalidade, como
decorrência lógica do poder de tutela.

PE
19. (FCC_ARTESP_2017_Especialista) O poder normativo exercido pelas agências reguladoras

LI
A) possui natureza autônoma, porque é baseado no Poder Executivo que titulariza o serviço público em
questão.

FE
B) é exercido com base na lei que disciplina o serviço público objeto da regulação, garantindo que sejam
tomadas medidas e gestões favoráveis ao setor regulado.

NO
C) demanda específica fundamentação nas leis que instituem os serviços regulados, estas que dão os limites
da delegação das funções executivas e da titularidade do serviço.

RU
D) pode exprimir conteúdo de discricionariedade técnica, não se imiscuindo, contudo, no mérito de decisões,
que fica ao cargo discricionário dos dirigentes da autarquia.

-B
E) deve necessariamente ser objeto de lei específica para estabelecer o conteúdo das normas editadas pelo
titular do serviço público, sob pena de suas orientações serem ilegais.

99
20. (FCC_ARTESP_2017_Especialista) Considere que o Estado atua no domínio econômico de diversas

26
formas. Pode agir diretamente, seja com a prestação direta de serviços públicos ou exploração de atividades
econômicas. Pode agir como fomentador de determinadas atividades ou segmentos que se mostrem
64
relevantes e cujo desenvolvimento seja aderente ao interesse público. Por fim, pode agir interferindo, com
maior ou menor grau de distanciamento e intensidade, onde se insere a atividade de regulação.
37

No Brasil essa atividade, não obstante também possa ser desempenhada pela Administração direta, vem
18

sendo exercida pelas agências reguladoras, que


A) têm natureza jurídica de autarquias especiais, podendo, desse modo, exercer poder de polícia e poder
-0

normativo, nos termos da lei que as criou e demais normas pertinentes.


B) desempenham poder discricionário, tal qual a Administração direta, não podendo, no entanto,
S

desempenhar poder de polícia, porque não possuem poder fiscalizatório e sancionatório.


NE

C) em razão de sua necessária independência, não podem integrar a Administração indireta, podendo, assim,
exercer as funções regulatórias do setor do mercado pertinente.
NU

D) têm natureza jurídica de fundações autárquicas, às quais é permitido delegar, por lei, os poderes
normativo, de polícia e disciplinar originalmente atribuídos à Administração Direta.
A

E) podem atuar como exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de serviços públicos, além de
também poderem funcionar como instância reguladora daqueles setores de mercado.
TR
DU

21. (FGV_TJ-SC_2018_Analista) Presidente da autarquia que atua na área de meio ambiente de determinado
Estado da Federação indeferiu pedido de licença ambiental de empreendedor particular que pretendia
instalar um aterro sanitário para receber resíduos sólidos. Inconformado, o particular impetrou o mandado
PE

de segurança, indicando como autoridade coatora o presidente da autarquia, que, ao prestar informações,
alegou que a legitimidade passiva seria do próprio estado membro.
LI

Nesse contexto, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a autarquia possui:
FE

A) personalidade jurídica própria de direito público, motivo pelo qual assiste razão a seu dirigente, devendo
ser indicado como autoridade coatora o Secretário Estadual de Meio Ambiente;
O
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B) personalidade jurídica própria de direito privado, motivo pelo qual não assiste razão a seu dirigente, que

DU
ostenta a legitimidade passiva para figurar como autoridade coatora;
C) autonomia administrativa, financeira e personalidade jurídica própria, distinta da entidade política à qual
está vinculada, motivo pelo qual não assiste razão a seu dirigente;

P E
D) autonomia administrativa e financeira, mas não possui personalidade jurídica própria, motivo pelo qual
assiste razão a seu dirigente, devendo ser indicado como autoridade coatora o Secretário Estadual de Meio

LI
Ambiente;

FE
E) autonomia administrativa e financeira, mas não possui personalidade jurídica própria, motivo pelo qual
assiste razão a seu dirigente, devendo ser indicado como autoridade coatora o Governador do Estado.

NO
22. (FGV_AL-RO_2018_Analista) As agências reguladoras são entidades criadas pelo Estado com a finalidade

RU
de regular determinados setores da economia, visando assegurar o interesse público.
Em relação aos dirigentes das Agências Reguladoras Federais, tem-se o entendimento de que

-B
A) são servidores efetivos em cargo de confiança.
B) devem ser escolhidos pelo Presidente da República.

99
C) são indicados pelo colegiado de servidores do órgão.

26
D) podem ser exonerados ad nutun por ministros.
E) adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício.
64
37

23. (FGV_AL-RO_2018_Assistente) Uma autarquia, entidade conceituada como serviço público


personalizado, não pode estar vinculada
18

A) ao Ministério da Fazenda.
-0

B) ao Poder Legislativo.
C) à Casa Civil.
S

D) à Secretaria de Meio Ambiente.


NE

E) à Eletrobrás.
NU

24. (FGV_AL-RO_2018_Advogado) Em matéria de regime jurídico dos conselhos de fiscalização profissionais,


que têm natureza jurídica de autarquias especiais, o Supremo Tribunal Federal firmou tese em repercussão
A

geral pelo plenário, no sentido de que


TR

A) não se aplica a obrigatoriedade de concurso público para ingresso de pessoal.


B) não se aplica o regime dos precatórios para pagamentos de dívidas decorrentes de decisão judicial.
DU

C) não se aplica o teto constitucional de remuneração dos servidores e têm personalidade jurídica de direito
privado.
PE

D) têm natureza de pessoa jurídica de direito privado e não se submetem a controle pelos tribunais de contas.
E) integram a administração pública direta e exercem poder de polícia nas modalidades fiscalizatória e
LI

sancionatória.
FE
O
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T
Bens: públicos. Logo, são impenhoráveis – pagamento via precatório (art. 100 CF). São imprescritíveis – não

DU
cabe usucapião. São inalienáveis (alienação condicionada) – art. 17 da Lei 8.666/93.
Regime de pessoal: regime jurídico único – art. 39 CF – Adm direta, autárquica e fundacional. Di Pietro diz
que RJ “ÚNICO” deve ser o estatutário.

P E
Cuidado com a posição de JSCF! “Vejamos a questão dos litígios trabalhistas (ou, melhor, dos litígios
decorrentes da relação de trabalho genericamente considerada). O regime dos servidores autárquicos pode

LI
ser estatutário ou trabalhista, conforme o que a lei pertinente estabelecer. Sendo estatutário, o litígio

FE
classifica-se como de natureza comum, de modo que eventuais demandas devem ser processadas e julgadas
nos juízos fazendários, os mesmos, aliás, onde tramitam os litígios de natureza estatutária dos servidores da
Administração Direta (Justiça Federal ou Estadual, conforme o caso). Se, ao contrário, o litígio decorrer de

NO
contrato de trabalho firmado entre a autarquia e o servidor, terá ele a natureza de litígio trabalhista (em
sentido estrito), devendo ser solvido na Justiça do Trabalho, seja federal, estadual ou municipal a autarquia.

RU
Nomeação e exoneração dos dirigentes da autarquia. É possível exigir autorização legislativa para nomear?
Sim. E para exonerar? Não.

-B
Foro competente.
Autarquia federal: Justiça Federal. OBS: se for uma ação do segurado X INSS, tendo como objeto um
benefício previdenciário decorrente de acidente de trabalho – Justiça Estadual. Se for uma ação do

99
empregado X empregador cobrando dano moral em virtude de acidente do trabalho – Justiça do Trabalho.

26
Autarquia estadual / municipal: justiça estadual.
Prescrição: quinquenal. Decreto 20.910/32.
64
OBS: se for concurso público na administração federal + autarquia – 1 ano da homologação.
37

Lei 7.144/1983
18

Art. 1º Prescreve em 1 (um) ano, a contar da data em que for publicada a homologação do resultado final, o
direito de ação contra quaisquer atos relativos a concursos para provimento de cargos e empregos na
-0

Administração Federal Direta e nas Autarquias Federais.


Privilégios processuais: regra – prazo em dobro para falar nos autos / duplo grau de jurisdição / dispensa de
S

depósito prévio em ação rescisória / dispensa da juntada de instrumento de mandato.


NE

Privilégios especiais: processo especial de execução (precatório) / juízo privativo (crítica minha aqui, pois
seria apenas da autarquia federal).
NU

Imunidade tributária: alcança todos os tributos? Não, só os impostos.


CF.
A

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
TR

VI - instituir impostos sobre:


DU

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros


§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
PE

delas decorrentes.
Responsabilidade civil: objetiva. Não depende de dolo ou culpa.
LI

OBS: cabe responsabilidade subsidiária da entidade criadora da autarquia? EX: INSS – União responde
FE

subsidiariamente. CABM: cabe na hipótese de insuficiência de recursos da entidade descentralizada.


O
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T
Créditos das autarquias sujeitos à execução fiscal – inscritos como dívida ativa e cobrados via processo

DU
especial (Lei 6.830/80).

E
17 – Agências Executivas.

P
É uma qualificação que pode ser dada a uma autarquia ou fundação / Via decreto / Que tenha celebrado um

LI
contrato de gestão.

FE
Contrato de gestão – três significados. 1) Agência executiva que tenha celebrado com o ministério supervisor.
2) Art. 37, §8º, CF – ampliar autonomia de órgãos e entidades da administração direta e indireta. 3)
Organizações sociais – entidades que fazem parte do terceiro setor (particulares sem fins lucrativos).

NO
Ampliação da autonomia: dispensa de licitação em razão do valor no dobro.

RU
25. (FGV_AL-RO_2018_Analista) A qualificação de Agência Executiva é fornecida pelo Poder Público a
determinadas entidades com o objetivo de ampliar sua autonomia, assumindo o compromisso de cumprir

-B
determinadas metas de desempenho.
Assinale a opção que apresenta entidades que podem receber essa qualificação.

99
A) As ONGs.

26
B) As fundações privadas.
C) As autarquias.
64
D) As cooperativas.
37

E) Os órgãos públicos.
18

OBS: diferença apontada por JSCF entre agências reguladoras e agências executivas: “Em função dessa
-0

diversidade de objetivos, pode dizer-se que, didaticamente, tais agências autárquicas classificam-se em duas
categorias: as agências reguladoras, com função básica de controle e fiscalização, adequadas para o regime
de desestatização, e as agências executivas, mais apropriadas para a execução efetiva de certas atividades
S

administrativas típicas de Estado”.


NE
NU

18 – Fundação Pública.
Direito público: autárquica ou autarquia fundacional.
Direito privado: fundação governamental.
A
TR

Conceito: personificação de um patrimônio. Ex: fundação Ronald Mc Donalds – atuação com crianças com
câncer.
DU

Atividade cunho social não privativa do Estado. Exs: FIOCRUZ e FUNAI.


JSCF: “A fundação, como pessoa jurídica oriunda do direito privado, se caracteriza pela circunstância de ser
atribuída personalidade jurídica a um patrimônio preordenado a certo fim social.
PE

(...)
LI

As fundações governamentais de direito privado são adequadas para a execução de atividades não exclusivas
do Estado, ou seja, aquelas que são também desenvolvidas pelo setor privado, como saúde, educação,
FE

pesquisa, assistência social, meio ambiente, cultura, desporto, turismo, comunicação e até mesmo
previdência complementar do servidor público (art. 40, §§ 14 e 15, da CF). Para funções estatais típicas a
O
UN

17
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fundação deverá ser pessoa de direito público, já que somente esse tipo de entidade detém poder de

DU
autoridade (potestade pública), incompatível para pessoas de direito privado”.
DP:

E
JSCF: “Pode mesmo dizer-se que são essas as características básicas das fundações: 1ª) a figura do instituidor;

P
2ª) o fim social da entidade; e 3ª) a ausência de fins lucrativos”.

LI
Conceito DL 200/1967: “Fundação pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que

FE
não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de

NO
outras fontes”.
Necessidade de controle pelo MP. Não há, pois já sofrem controle finalístico + Tribunal de Contas.

RU
Imunidade tributária: “Dispõe o art. 150, § 2 o , da CF que o princípio da imunidade tributária, relativa aos
impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços federais, estaduais e municipais (art. 150, VI, a), é
extensivo às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Empregando essa expressão, de amplo

-B
alcance e sem qualquer restrição, desnecessário se torna, nesse aspecto, distinguir os dois tipos de fundações
públicas. Ambas as modalidades fazem jus à referida imunidade, não incidindo, pois, impostos sobre a sua
renda, o seu patrimônio e os seus serviços”. (JSCF)

99
Bens e Regime de Pessoal.
Foro competente:
26
64
a) Di Pietro diz que não tem foro privativo, pois não está no art. 109. I. CF. No mesmo sentido JSCF.
b) Súmula 324 STJ. FHE – fundação pública de direito privado – diz que é competência da Justiça Federal. Ou
37

seja, para o STJ, tanto a FPDPúblico como FPDPrivado são de competência da justiça federal.
18

RJU? Pelo art. 39, CF, sim. Entretanto, se diferenciar FPDPúblico e FPDPrivado – primeiro aplica. Segundo,
não.
-0

Fundação Privada X Fundação Pública. A primeira o ato de criação é irretratável pelo criador. A segunda pode
ser extinta mediante lei.
S

Responsabilidade civil subsidiária da entidade instituidora: “A responsabilidade das fundações é primária, ou


NE

seja, elas é que devem, em princípio, responder pelos prejuízos que seus agentes causem a terceiros. A pessoa
estatal instituidora, como já tivemos a oportunidade de assinalar quando tratamos das outras entidades
administrativas privadas, tem responsabilidade subsidiária, vale dizer, só se torna responsável se e quando a
NU

fundação for incapaz de reparar integralmente os prejuízos”.


A

26. (CESPE_FUB_2018_Assistente) Fundações públicas federais são órgãos que possuem personalidade
TR

jurídica de direito público e que realizam, precipuamente, a exploração de atividade econômica.


DU

19 – Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.


Objeto: prestar serviços públicos (art. 175 CF), normalmente remunerados ou para exercer atividade
PE

econômica em concorrência (Art. 173 CF) ou em regime de monopólio (Art. 177 CF).
“Buscou-se, então, conciliar tais finalidades adotando-se a interpretação de que o objeto das entidades
LI

administrativas seria o exercício de atividades econômicas em sentido lato, assim consideradas aquelas que
FE

permitem a utilização de recursos para a satisfação de necessidades públicas. Dentro dessa noção, que
representa o gênero, poderiam encontrar-se duas espécies: as atividades econômicas “stricto sensu” e os
serviços públicos econômicos. 122 Desse modo, estariam fora do objeto institucional os serviços públicos não
O
UN

18
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econômicos, que, por sua natureza, são incompatíveis com a natureza das empresas públicas e sociedades de

DU
economia mista;
(...)

E
Vale consignar – insista-se – que nem todos os serviços públicos podem ser prestados por empresas públicas

P
e sociedades de economia mista. Podem sê-lo aqueles que, mesmo sendo prestados por tais entidades,
poderiam ser executados também pela iniciativa privada. Excluem se, desse modo, os denominados serviços

LI
próprios do Estado, de natureza indelegável, cabendo ao ente estatal a exclusividade na execução. É o caso

FE
da segurança pública, justiça, soberania, serviços indelegáveis. Descartam-se também os serviços sociais,
como as atividades assistenciais nas áreas médica, de inclusão e apoio social, ambiental e outras do gênero.
Sendo, como regra, deficitários, tornam-se mais apropriados para autarquias e fundações governamentais”.

NO
(JSCF)
Diferença quanto ao objeto entre EP e SEM? Não.

RU
Natureza jurídica: pessoas jurídicas de direito privado.
Regime: 1) privado – certo. 2) exclusivamente privado – errado, pois há pelo menos duas normas pública:

-B
licitação e concurso público. 3) híbrido – privado com a presença de algumas normas de direito público.
É possível, mediante lei, criar um privilégio processual para uma estatal? Não, pois quem mandou aplicar

99
esse regime foi a Constituição, a única que pode derrogar esse regime. Por exemplo, a própria CF derroga
esse regime quando prevê concurso público e licitação.

26
E uma lei criar prerrogativas para uma estatal que presta serviços públicos – pode? Sim, pois ela não está no
âmbito da concorrência.
64
A derrogação do regime privado por uma estatal em concorrência só pode ser feita pela própria CF – certo.
37

A derrogação do regime privado por uma estatal que presta serviço público pode ser feita pela própria CF ou
por lei – certo.
18

O regime das estatais é híbrido, seja naquelas que exercem atividade econômica em concorrência, seja
-0

naquelas que prestam serviços públicos. Entretanto, a influência de normas de direito público é maior
naquelas que prestam serviços públicos, tendo em vista que o regime pode ser derrogado tanto pela CF como
pelas leis. Já naquelas que exercem atividade econômica em concorrência o regime só pode ser derrogado
S

pela própria CF.


NE

E no silêncio da lei? EP e SEM na concorrência – aplica o direito privado. EP e SEM serviços públicos – aplica
o direito público.
NU

Regime de pessoal: contratual.


E os cargos de direção nas estatais? “Em geral, os cargos de presidente ou de direção dessas entidades
A

correspondem a funções de confiança e são preenchidos a critério da autoridade competente do ente público
TR

a que estão vinculadas. Ainda assim, os escolhidos integrarão o quadro da empresa e, mesmo que temporário
o exercício das funções, serão eles também regidos pelo regime trabalhista. Por outro lado, a lei não pode
fixar condições e critérios para aquelas nomeações, vez que se trata de decisão reservada ao Executivo,
DU

usualmente por sua Chefia. 148


Sendo contratual o regime, os litígios entre os empregados e as entidades, decorrentes das relações de
PE

trabalho, serão processados e julgados na Justiça do Trabalho, como estabelece o art. 114 da Constituição
Federal.” (JSCF)
LI

Teto remuneratório? Depende se recebe verba do orçamento para custeio de despesas com pessoal ou
custeio em geral. Art. 37, §9º, CF.
FE

Demissão do empregado público: motivada. Precisa instaurar processo administrativo? Não. Tem
estabilidade? Não.
O
UN

19
BR
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T
Concessão de benefícios fiscais para as estatais. Pode? Sim, desde que estenda para as demais do mercado

DU
(art. 173, §2º, CF). E para estatais que prestam SP? Não tem essa restrição.
Imunidade tributária recíproca. Alcança as estatais que prestam SP. Tudo imune, não cabe fazer distinção de
onde vem a receita (Correios).

P E
Licitação. Só para atividade meio, não para atividade fim.

LI
Responsabilidade civil: se prestar SP – objetiva. Se exerce atividade econômica em concorrência – na forma
do direito civil/comercial (regra: subjetiva).

FE
OBS importante! “Por último, cabe salientar que, seja qual for a natureza da sociedade de economia mista
ou da empresa pública, o Estado, vale dizer, a pessoa federativa a que estão vinculadas as entidades, é sempre

NO
responsável subsidiário (não solidário!). Significa dizer que, somente se o patrimônio dessas entidades for
insuficiente para solver os débitos, os credores terão o direito de postular os créditos remanescentes através
de ação movida contra a pessoa política controladora. O tema também tem enfrentado algumas divergências

RU
entre os juristas especializados”. (JSCF).
Cabe exigir aprovação da diretoria pelo Legislativo? Não. Nem para nomear nem para exonerar.

-B
Bens privados. Di Pietro considera bens públicos se afetados ao serviço público – logo, impenhoráveis.
Cabe mandado de segurança contra ato de estatal? Não cabe contra os atos de gestão comercial. Só cabe

99
quando estiver no exercício de função pública – concurso público e licitação.

26
Cabe falência? Não. Se a lei autorizou a criação só a lei pode autorizar a extinção.
Formas jurídicas inéditas de EP. Sociedade unipessoal – é a que tem assembleia geral. Empresa pública
64
unipessoal – não tem assembleia geral.
37

Quadro de diferenças entre EP e SEM:


a) Forma Jurídica. EP: qualquer uma. SEM: somente SA.
18

b) Composição do capital. EP: 100% estatal. SEM: público e privado com a maioria do capital votante público.
-0

c) Foro processual. EP: federal – JF / Estadual ou Municipal – JE. SEM: JE.


Súmula 270 STJ: o protesto pela preferência de crédito apresentado por ente federal em execução que
S

tramita na justiça estadual não desloca a competência para a justiça federal.


NE

Súmula 365 STJ: A intervenção da União como sucessora da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) desloca a
competência para a Justiça Federal ainda que a sentença tenha sido proferida por Juízo estadual.
NU

Cabe participação de pessoas jurídicas de direito privado no capital de EP? Sim, desde que tal pessoa jurídica
seja integrante da administração indireta da U, E, DF e M.
A
TR

20 – Lei das estatais.


A quem se aplica? EP e SEM que prestam serviços públicos / atividade econômica em concorrência / atividade
DU

econômica em monopólio / EP dependente (verbas orçamento para despesas de pessoal ou custeio em geral)
/ EP e SEM que participe de consórcio (o consórcio não tem PJ + tem como objetivo executar determinado
empreendimento) / sociedade de propósito específico que seja controlada por EP ou SEM / subsidiárias de
PE

EP ou SEM.
Ex: BB e CEF realizam um consórcio para fornecer crédito em comunidades carentes no RJ.
LI

O desempenho de atividade econômica pelo Estado DEVE se dar por EP ou SEM.


FE

AS estatais desempenham atividades econômicas em sentido amplo, dentre as quais encontramos serviços
públicos / atividade econômica em concorrência / atividade econômica em monopólio. E o serviço público é
O

uma atividade econômica erigida a essa condição pela CF ou pela lei.


UN

20
BR
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T
Atividade econômica em concorrência é a regra, tendo em vista o princípio da livre iniciativa, consagrado no

DU
art. 170 CF.
Uma entidade da Adm Indireta pode ser a maioria do capital votante de uma SEM? Sim – parte final do art.
4º.

P E
Uma entidade da Adm Indireta pode ser a maioria do capital votante de uma EP? Não – só U, E, DF e M
podem ser titulares da maioria do capital votante.

LI
Uma pessoa jurídica de direito privado pode participar do capital de SEM? Sim.

FE
Uma pessoa jurídica de direito privado pode participar do capital de EP? Só se for integrante da
Administração Indireta.

NO
Responsabilidade do acionista controlador – legitimidade para promover responsabilidade: os sócios / a
própria empresa / terceiros prejudicados. E essa legitimidade independe de autorização da assembleia geral.

RU
Prazo: seis anos do ato.
Função social das Estatais: devem exercer suas atividades em favor do bem comum. No caso, para realizar

-B
relevante interesse coletivos ou imperativo de segurança nacional. As estatais devem adotar práticas de
sustentabilidade ambiental.
Sociedade empresarial da qual participe uma EP / SEM / subsidiária sem controle acionário por estas (ex:

99
Petrobras participa do capital da Ipiranga). Isso torna a Ipiranga uma estatal? Não, mas depende de
autorização legislativa. E deverá adotar práticas de governança e controle.

26
Exclusão parcial do Título I para estatais que, junto com as subsidiárias, no exercício social anterior, tiveram
64
uma receita bruta inferior a R$ 90 milhões. Alguns conceitos aplicáveis:
a) que atividade econômica é só por EP/SEM.
37

b) conceito de EP/SEM.
18

c) necessidade de inclusão no estatuto de regras de governança corporativa.


-0

d) necessidade de requisitos de transparência.


e) necessidade de divulgação da remuneração dos administradores.
S

O que são entidades paraestatais?


NE

JSCF: “... a expressão, a nosso ver, e tendo em vista o seu significado, deveria abranger toda pessoa jurídica
que tivesse vínculo institucional com a pessoa federativa, de forma a receber desta os mecanismos estatais
NU

de controle. Estariam, pois, enquadradas como entidades paraestatais as pessoas da administração indireta
e os serviços sociais autônomos”.
DP: “Pelo nosso conceito, as entidades paraestatais são definidas como pessoas jurídicas de direito privado,
A

instituídas por particulares, com ou sem autorização legislativa, para o desempenho de atividades privadas
TR

de interesse público, mediante fomento e controle pelo Estado”.


Subsidiárias das estatais integram a Administração Indireta?
DU

“Subsidiárias são aquelas pessoas jurídicas cujas atividades se sujeitam a gestão e controle de uma empresa
pública ou de uma sociedade de economia mista. Estas caracterizam-se como primárias (ou empresas de
primeiro grau) e são controladas diretamente pelo ente federativo. Aquelas – também denominadas de
PE

empresas de segundo grau – são subsidiárias, porque seu controle estatal não é direto, mas sim indireto,
sendo atribuído a uma empresa pública ou sociedade de economia mista. Em última análise, porém, o
LI

controle, ainda que remoto, será da respectiva unidade federativa, indicando que também integram as
FE

pessoas da administração indireta”. (JSCF)


O
UN

21
BR
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T
“Compõem a Administração Indireta, no direito positivo brasileiro, as autarquias, as fundações instituídas

DU
pelo Poder Público, as sociedades de economia mista, as empresas públicas, as subsidiárias dessas empresas
e os consórcios públicos”.
O que seria uma subsidiária integral? “Avulta notar, ainda, que é lícita a instituição da denominada

E
subsidiária integral, ou seja, aquela que tem um único acionista, conforme previsão no art. 251 da Lei nº

P
6.404/1976 – Lei das Sociedades Anônimas. 119 No caso, o acionista será a entidade administrativa

LI
instituidora. Por outro lado, revela-se juridicamente viável também a conversão da subsidiária integral em
empresa de caráter societário mediante a admissão de novos acionistas, como o autoriza o art. 253 daquele

FE
diploma, sempre exigida a autorização legal”. (JSCF).
O que são sociedades de mera participação do Estado? “As entidades subsidiárias não se confundem com as

NO
sociedades de mera participação do Estado, vale dizer, aquelas em que o Estado, embora figure em sua
composição, não detém o controle da entidade, apresentando posição mais assemelhada à de investidor, e
tal situação as exclui da órbita da Administração Indireta. Aliás, ambas as categorias são referidas

RU
separadamente no art. 37, XX, da CF. O Estatuto se refere a elas como sociedades empresariais, nas quais a
empresa pública, a sociedade de economia mista ou suas subsidiárias não detêm o controle acionário (art.

-B
1º, § 7º)”. (JSCF)
Cabe arbitragem? “Esse método é regulado pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996 (Lei da Arbitragem), que, a partir

99
de 2015, passou a dispor expressamente: “A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da
arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis”. A inovação representou um

26
avanço relativamente à resolução de conflitos de que faça parte entidade da Administração Direta ou
Indireta, propiciando, como efeitos, maior economicidade e celeridade, relativamente ao longo percurso das
64
demandas judiciais.
O Estatuto postou-se em consonância com essa possibilidade, admitindo que a sociedade de economia mista
37

possa solucionar, mediante arbitragem, conflitos entre acionistas e a sociedade, ou entre acionistas
controladores e acionistas minoritários, na forma como estiver disciplinado no respectivo estatuto (art. 12,
18

parágrafo único). A despeito da menção apenas à sociedade de economia mista, a norma aplica-se
extensivamente a outros conflitos semelhantes em empresas públicas, incidindo, pois, a norma geral
-0

autorizadora prevista na Lei nº 9.307/1996”. (JSCF)


A Lei 8.666/93 continua sendo aplicável às estatais? “Diante dessa nova disciplina, é inevitável compará-la à
S

prevista na Lei nº 8.666/1993 (Estatuto dos Contratos e Licitações), que, em seu art. 1º, parágrafo único,
NE

subordina expressamente à sua regência essas entidades administrativas. No cotejo entre as leis, há que se
considerar que a Lei nº 8.666/1993 se qualifica, na matéria, como lei geral, ao passo que a Lei nº 13.303/2016
(Estatuto das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista) constitui lei especial, porquanto destinada
NU

especificamente a essas entidades. Resulta, pois, que a aplicabilidade imediata é desse último diploma,
cabendo ao Estatuto geral a aplicabilidade subsidiária.
A

Quanto ao direito intertemporal, ambos os diplomas subsistem, vez que a lei nova, que estabelece disposições
gerais ou especiais relativamente às já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior (art. 2º, § 2º, da Lei
TR

de Introdução às Normas do Direito Brasileiro). Mas, havendo contrariedade entre normas, prevalece a lei
nova (art. 2º, § 1º, da Lei de Introdução) – no caso a que regula a matéria para as entidades”. (JSCF)
DU

Informativo 853 STF – 09.02.2017


PE

RFFSA e penhora anterior à sucessão pela União


É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada anteriormente à sucessão desta
LI

pela União, não devendo a execução prosseguir mediante precatório (art. 100, caput e § 1º, da Constituição
Federal). Com essa orientação, o Tribunal negou provimento a recurso extraordinário em que se discutiam a
FE

validade da penhora de bem da extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), realizada anteriormente à
sucessão de seus créditos pela União, e a possibilidade de a execução prosseguir mediante precatório.
O

RE 693112/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 9.2.2017.


UN

22
BR
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T
DU
Informativo 897 STF – 10.04.2018
Fundação Banco do Brasil e fiscalização do Tribunal de Contas da União

E
Por possuírem caráter eminentemente público, os recursos provenientes do Banco do Brasil (BB) destinados

P
à Fundação Banco do Brasil (FBB) se submetem à fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU).

LI
Com base nesse entendimento, a Segunda Turma negou provimento ao agravo da Fundação Banco do Brasil

FE
(FBB) e, por maioria, negou provimento aos agravos do TCU e da Advocacia-Geral da União (AGU).
A defesa da FBB alegou que os recursos provenientes do Banco do Brasil destinados à Fundação derivam de
seus resultados operacionais e não estão relacionados com a verba pública recebida, razão pela qual deve

NO
ser afastada a fiscalização do TCU.
As defesas do TCU e da AGU sustentaram que os recursos da FBB são, na sua quase totalidade, compostos

RU
de repasses do BB, o que caracteriza sua natureza como pública e, portanto, define a competência
constitucional do TCU.

-B
O Colegiado entendeu que, por se tratar de pessoa jurídica de direito privado não integrante da
Administração Pública, a FBB não necessita se submeter aos ditames da gestão pública quando repassar
recursos próprios a terceiros por meio de convênios.

99
Entretanto, quando a FBB receber recursos provenientes do BB — sociedade de economia mista que sofre a

26
incidência dos princípios da Administração Pública previstos no art. 37, caput, da Constituição Federal (CF)
(1), — ficará sujeita à fiscalização do TCU.
64
MS 32703/DF, rel. Min. Dias Tóffoli, julgamento em 10.4.2018. (MS – 32703)
37

Informativo 910 STF – 07.08.2018


18

Empresa pública e precatórios


-0

Não se submetem ao regime de precatório as empresas públicas dotadas de personalidade jurídica de direito
privado com patrimônio próprio e autonomia administrativa que exerçam atividade econômica sem
S

monopólio e com finalidade de lucro.


NE

Com base nesse entendimento, a Primeira Turma, por maioria, negou provimento a recurso extraordinário
em que se pretendia a submissão de empresa pública à sistemática dos precatórios [CF, art. 100 (1)].
NU

O colegiado entendeu que, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), essas empresas devem se sujeitar ao regime de execução direta.
Vencidos os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Roberto Barroso, que entenderam ser possível a
A

cobrança judicial de empresa pública por meio de precatórios.


TR

RE 892727/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Morais, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, julgamento em 7.8.2018.
DU

Informativo 866 STF – 24.05.2017


Execução provisória de débitos da Fazenda Pública: obrigação de fazer e regime de precatórios
PE

A execução provisória de obrigação de fazer em face da Fazenda Pública não atrai o regime constitucional
dos precatórios.
LI

Com base nessa orientação, o Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o Tema 45 da repercussão geral, por
FE

unanimidade, negou provimento a recurso extraordinário em que se questionava a possibilidade de execução


provisória (1) de obrigação de fazer contra a Fazenda Pública, haja vista a previsão constitucional dos
O

precatórios.
UN

23
BR
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T
O caso trata de execução de obrigações de fazer, mediante implantação de benefício equivalente à metade

DU
do valor de pensão instituída por militar decesso em favor da companheira, a par da outra metade a ser
percebida pela esposa, até então favorecida com a integralidade da verba.
Inicialmente, a Corte relembrou a jurisprudência firmada no sentido da inaplicabilidade ao Poder Público do

E
regime jurídico da execução provisória de prestação obrigacional, após a Emenda Constitucional 30/2000,

P
que deu nova redação ao § 1º do art. 100 da Constituição Federal. Considerou, entretanto, que a sistemática

LI
dos precatórios não se aplica no caso concreto, por se tratar de obrigação de fazer, ou seja, implantação de
pensão instituída por militar.

FE
Asseverou que toda decisão não autossuficiente pode ser cumprida de maneira imediata, na pendência de
recursos não recebidos com efeito suspensivo. Não há parâmetro constitucional nem legal que obste a

NO
pretensão de executar provisoriamente a sentença condenatória de obrigação de fazer relativa à
implementação de pensão de militar, antes do trânsito em julgado dos embargos do devedor opostos pela
Fazenda Pública. Assim, inexiste razão para que a obrigação de fazer tenha seu efeito financeiro postergado

RU
em função do trânsito em julgado, sob pena de hipertrofiar uma regra constitucional de índole
excepcionalíssima.

-B
Dessa forma, concluiu haver compatibilidade material entre o regime de cumprimento integral de decisão
provisória do art. 475-O do CPC/1973 e a sistemática dos precatórios, com previsão no art. 100 da CF, haja

99
vista que este apenas se refere às obrigações de pagar quantia certa.
RE 573872/RS, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 24.5.2017.

26
64
Informativo 920 STF – 17.10.2018
Débito trabalhista e regime de precatórios
37

É inconstitucional determinação judicial que decreta a constrição de bens de sociedade de economia mista,
18

prestadora de serviços públicos em regime não concorrencial, para fins de pagamento de débitos
trabalhistas.
-0

Diante desse entendimento, o Plenário, por maioria, julgou procedente a arguição de descumprimento de
preceito fundamental.
S

O Tribunal entendeu que sociedade de economia mista prestadora de serviço público não concorrencial está
NE

sujeita ao regime de precatórios (CF, art. 100 (1)) e, por isso, impossibilitada de sofrer constrição judicial de
seus bens, rendas e serviços, em respeito ao princípio da legalidade orçamentária (CF, art. 167, VI (2)) e da
NU

separação funcional dos poderes (CF, art. 2º c/c art. 60, § 4º, III (3)).
Vencido o ministro Marco Aurélio, que julgou improcedente a arguição de descumprimento de preceito
fundamental.
A

ADPF 275/PB, rel. Min. Alexandre de Moraes, julgamento em 17.10.2018. (ADPF-275)


TR
DU

27. (CESPE_FUB_2018_Assistente) Empresas públicas federais têm personalidade jurídica, não necessitam
de lei específica que autorize sua criação e podem ter patrimônio próprio.
28 (CESPE_FUB_2018_Assistente) No âmbito da administração pública, entidade criada para atuar na
PE

assistência médica poderá consistir em empresa pública, se envolver a geração de lucro, ou fundação pública,
se se tratar de entidade sem fins lucrativos.
LI
FE
O
UN

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T
29. (CESPE_TCE-MG_2018_Analista) De acordo com a Lei n.º 13.303/2016, a entidade dotada de

DU
personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo
capital social é integralmente detido pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios, é
a

E
A) organização social.

P
B) sociedade de economia mista.

LI
C) empresa pública.

FE
D) autarquia.
E) fundação.

NO
RU
30. (FCC_MPE-PE_2018_Técnico) Uma sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos de
abastecimento de água à população

-B
A) integra a Administração pública indireta, submetendo-se a regime jurídico de direito privado em suas
relações, sejam elas contratuais ou funcionais, o que impede a submissão das mesmas a normas e princípios
típicos da Administração direta.

99
B) não se submete à necessidade de realização de licitações para contratação de serviços e outros objetos
pertinentes à sua gestão operacional, pois se trata de pessoa jurídica de direito privado.

26
C) responde civilmente pelos danos causados por seus servidores no exercício de suas funções, sob a
64
modalidade subjetiva, para evitar concorrência desleal e ofensa ao princípio da isonomia.
D) tem regime de bens integralmente aderente ao regime jurídico de direito público, para tutela do seu
37

escopo de atividades, sendo necessária lei formal para autorizar a alienação de qualquer de seus bens.
18

E) submete-se à responsabilidade extracontratual nos mesmos moldes da Administração direta, em razão do


seu escopo de atuação, respondendo objetivamente pelos danos causados por seus agentes no exercício de
-0

suas atividades.
S

31. (FCC_SEAD-AP_2018_Assistente) As sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica


NE

A) editam atos administrativos e celebram contratos administrativos, independentemente de sua área de


atuação, pois se submetem a regime jurídico de direito público, ainda que se trate de pessoas jurídicas de
NU

direito privado, na medida em que integram a Administração pública indireta.


B) submetem-se a regime jurídico integralmente de direito privado, não lhes sendo exigida a submissão a
normas e princípios de direito público, sob pena de inviabilizar sua participação em igualdade de competição
A

no mercado.
TR

C) devem ter previsão em seus estatutos sobre o regime jurídico a que se sujeitam, público ou privado, o que
as predicará para participação no mercado em igualdade de competição ou observância das normas de
DU

direito público, tal como obrigatoriedade de submissão à licitação.


D) são formas de participação do Estado em atividades econômicas, submetendo-se a algumas normas de
direito público, em razão da participação pública na composição do capital, embora sujeitas a regime jurídico
PE

típico das empresas privadas.


E) atuam em regular competição no mercado, tal qual as sociedades de economia mista prestadoras de
LI

serviços públicos, e sob regime estritamente privado, a fim de que sua existência não configure ofensa à livre
FE

competição.
O
UN

25
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T
32. (FCC_SEAD-AP_2018_Analista) Uma empresa municipal prestadora de serviço de saneamento básico

DU
A) pode contratar servidores por meio de concurso público para provimento de cargo efetivo, tendo em vista
que foi criada para prestação de serviços públicos.

E
B) depende de lei para ser instituída, instrumento que deverá disciplinar seu escopo de atuação e o regime

P
jurídico a que se submeterá, assim como seus bens.

LI
C) presta serviços públicos por delegação do poder concedente, sendo obrigatório que com este celebre
contrato de concessão, no qual será disciplinada a forma de remuneração.

FE
D) deve ter sua criação precedida de autorização legislativa, podendo se remunerar pelos serviços públicos
prestados mediante cobrança de tarifa diretamente dos usuários.

NO
E) não se submete a regime jurídico de direito público, porque constituída sob a forma de empresa e, se
independente, não fica obrigada ao regime licitatório para celebração de contratos e à realização de concurso

RU
público para contratação de pessoal.

-B
33. (FCC_SEFAZ-SC_2018_Auditor) No tocante às empresas públicas e às sociedades de economia mista, é
correto afirmar:

99
A) A criação de subsidiárias de sociedade de economia mista e de empresa pública depende de autorização
legislativa, defesa a participação delas em empresa privada de qualquer natureza.

26
B) Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, com criação autorizada
por lei e capital próprio, integralmente detido pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios.
64
C) A exploração da atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de sociedade
37

de economia mista e suas subsidiárias, autarquias e concessionárias de serviço público.


D) A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista não dependerá de prévia
18

autorização legal, mas será preciso caracterizar, em seu objeto social, de forma clara, relevante interesse
coletivo ou imperativo de segurança nacional, consoante previsto constitucionalmente.
-0

E) Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em
S

sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou à entidade da Administração indireta.
NE

34. (VUNESP_TJ-RJ_2018_Juiz Leigo) As empresas estatais constituem um dos possíveis instrumentos de


NU

intervenção do Estado na economia, assim como uma importante ferramenta na prestação de serviços
públicos.
A

A respeito do regime jurídico das empresas estatais, julgue as afirmações a seguir e selecione a alternativa
correta.
TR

A) Aplicam-se às empresas estatais os privilégios processuais próprios da Fazenda Pública, entre os quais o
DU

prazo em dobro para se manifestar no processo.


B) As empresas estatais podem ser empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias, fundações
públicas ou serviços sociais autônomos.
PE

C) Não deverá haver qualquer distinção no regime jurídico das empresas estatais em relação às empresas
privadas, por expressa determinação constitucional.
LI

D) As empresas estatais são criadas por lei específica, a qual deverá estabelecer o número máximo de cargos
FE

a serem preenchidos mediante concurso público e mediante livre provimento.


E) As empresas estatais prestadoras de serviços públicos respondem objetivamente por danos causados aos
O

usuários dos serviços prestados ou a terceiros.


UN

26
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