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APOSTILA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA


CONCURSO UFRJ 2023

CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO


Bem eu particularmente gosto de trabalhar esse tema dentro do tema “Administração Pública Direta e
Indireta” e não na “introdução” como muitos livros de Direito Administrativo fazem justamente para
que você tenha uma visão mais tranquila desses institutos que nada mais são do que técnicas de
aperfeiçoamento das atividades administrativas. Vamos lá!

CENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
A centralização administrativa acontece quando o poder público desempenha suas atividades
diretamente através dos agentes e órgãos da estrutura da União, do Estado, DF e municípios. Quando as
atribuições estão centralizadas nestas pessoas jurídicas estamos diante da técnica administrativa
“centralização”.

➢ Podemos citar como exemplos órgãos de segurança como a polícia civil polícia militar e guarda
municipal bombeiros órgãos de arrecadação como a secretaria da receita federal secretaria de receitas
estaduais e municipais.

DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
De forma genérica a descentralização administrativa ocorre quando uma atribuição é deslocada da
administração direta para outra pessoa jurídica. Pode ocorrer de duas formas, são elas:
1ª FORMA - DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA: ocorre quando a Administração Pública
Direta por meio de uma lei ordinária específica cria uma pessoa jurídica da administração indireta e
transfere a titularidade e a execução de determinado serviço público para ela.
➢ Você pode se esbarrar com algumas questões de prova cobrando seu significado são eles:
• DESCENTRALIZAÇÃO TÉCNICA
• DESCENTRALIZAÇÃO FUNCIONAL
DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS

2ª FORMA - DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO: ocorre quando a administração pública


direta passa apenas a execução de um serviço para particulares através de um contrato ou ato
unilateral.
➢ Você pode se esbarrar com algumas questões de prova cobrando seu significado que é:
• DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO.

• Podemos citar como exemplo as empresas que prestam serviço de transporte público sejam eles
ferroviários, aquaviários, aéreos e terrestres e os pedágios que existem ao longo do Brasil.

DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA
É conhecida como uma técnica administrativa de distribuição de competências sempre dentro de uma
mesma pessoa jurídica.

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➢ Exemplo: a criação de vários ministérios, de departamentos ou de secretarias.


➢ Uma informação que muitas pessoas se fazem é se é possível ter desconcentração dentro da
descentralização. Te digo que é totalmente possível, imagine uma o INSS (autarquia:
descentralização por outorga) querendo implementar novas agências da previdência social ou a
UFRJ (autarquia que atua na área de educação) abrindo o departamento de matemática, língua
estrangeira ou até mesmo de um português, você consegue ver com clareza uma desconcentração
dentro da descentralização.

CONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA
O que temos na concentração administrativa é justamente o oposto da desconcentração neste crio novos
departamentos, secretarias e ministérios, naquele esses mesmos departamentos, secretarias e ministérios
seriam extintos, reagrupando as competências que foram distribuídas outrora.

➢ Exemplo: a extinção de um Ministério atrelando suas atribuições a um outro Ministério.


• ACONTECEU NO BRASIL: no governo Dilma tínhamos 35 ministérios, no governo Temer
reduziram para 29 e agora no governo Bolsonaro o número de pastas ministeriais reduziu para 22.

ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

A base da divisão administrativa no Brasil está no decreto-lei nº 200 de 25 de fevereiro de 1967 que
dispõe sobre a organização da administração pública federal e as diretrizes da reforma administrativa
juntamente com a Constituição Federal De 1988

Em relação à administração pública direta o que é pertinente sabermos é que ela se divide através de
uma DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA, estudo inclusive pertencente ao direito constitucional e
segundo os constitucionalistas nossa descentralização política é conhecida como centrífuga, ou seja, de
dentro para fora diferente da descentralização que houve nos Estados Unidos conhecido como de
centralização centrípeta, ou seja, de fora para dentro.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


Art. 37. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

DECRETO-LEI Nº 200/1967
Art. 4° A Administração Federal compreende:

I - A ADMINISTRAÇÃO DIRETA, que se constitui dos serviços integrados na estrutura


administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
É importante destacar também que dentro da União e dos Estados teremos atuação dos poderes
legislativo, judiciário e executivo, mas nos municípios teremos apenas o legislativo e o executivo.

No tocante a função administrativa deve-se ter em mente que ela não é exclusiva do poder executivo,
ela será exercida principalmente pelo executivo e será utilizada pelo legislativo e judiciário em suas
funções atípicas, assunto estudado no tema “introdução ao direito administrativo”. Então resumindo,

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quando falamos em Administração Pública Direta, estamos diante dos órgãos que compõem a União,
Estado, DF e Município que desempenham a atividade administrativa.
MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO
“A Administração Pública abrange as atividades exercidas pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes
incumbidos de atender concretamente às necessidades coletivas; corresponde à função
administrativa, atribuída preferencialmente aos órgãos do Poder Executivo. ”

(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – PAG. 190)

Em relação aos órgãos que compõem a administração Pública direta vale a pena citar que temos na União
os ministérios como órgãos auxiliares diretos da Presidência. Nos Estados, DF e nos municípios os
órgãos auxiliares diretos são conhecidos como secretarias.

DECRETO-LEI Nº 200/1967
Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado.

Vale a pena ressaltar as características pertinentes a essas pessoas que compõem a administração pública
direta, são elas:

➢ São independentes entre si, ou seja, não há hierarquia entre eles;

➢ Devem prestar contas dos seus gastos;

➢ Possuem autonomia “POLÍTICA”, pois possuem a capacidade de se auto legislar; na União


enxergamos o congresso nacional; nos estados enxergamos a assembleia legislativa; nos municípios
enxergamos as câmaras de vereadores e no distrito federal enxergamos câmara legislativa. Fique
atento pois essa é uma das características mais cobradas em concurso público, saiba que a
administração pública indireta não possui tal independência por que os integrantes não possuem
capacidade de se auto legislar porque lhes falta um local apropriado para exercer a função legiferante.

Ah não posso deixar de frisar algo muito importante: os ministérios, as secretarias, os departamentos e
as subprefeituras são órgãos e como tais NÃO possuem personalidade jurídica.

LEI 9.784/99
Art. 1o § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - Órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da


Administração indireta;
Eles serão partes dos entes políticos , pois são eles que possuem personalidade jurídica, inclusive de
direito público nos termos do código Civil em seu artigo 41, a União o Estado O Df E Município.

LEI 10.406/2002 (CÓDIGO CIVIL)


Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - A União;

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II - Os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III - os Municípios;

ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA


Sem sombra de dúvida a maior parte de questões de concurso público sobre esse tema repousa sobre a
administração pública indireta estudaremos, portanto tudo sobre o referido tema.

A administração indireta é composta por quatro Entidades Administrativas, sendo elas: Fundações
Autarquias, Sociedade de economia mista e Empresa pública (mnemônico: FASE)

Sua base legal está definida no Decreto-lei 200/67 em seu artigo 5º:
ART. 5º PARA OS FINS DESTA LEI, CONSIDERA-SE:

I - AUTARQUIA - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

II - EMPRESA PÚBLICA - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com


patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica
que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa
podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima,
cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração
Indireta.

IV - FUNDAÇÃO PÚBLICA - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem


fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que
não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos
da União e de outras fontes.

CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DE CADA ENTIDADE DE ADMINISTRAÇÃO INDIRETA


Antes de estudarmos as características que distinguem uma pessoa jurídica de outra dentro da indireta é
interessante, ainda que de forma superficial, conferir as características comuns entre elas, logo após
estaremos estudando suas particularidades.

CARACTERÍSTICAS COMUNS ENTRE ELAS:

➢ Nascem de um processo de descentralização por outorga.

➢ Algumas possuem personalidade jurídica de direito público, outras personalidades jurídicas de


direito privado, mas fato é todas possuem tal personalidade.

➢ Ao serem criadas, sem exceção, ficam vinculadas a finalidade para qual nasceram.

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➢ São sujeitas ao controle finalístico também chamado de supervisão ministerial, de fato lembremos
que não há hierarquia entre a direta e indireta, mas o controle é real.

➢ Seja de direito público ou seja de direito privado, todas precisam fazer concurso públicos, também
prestar contas ao tribunais de contas e fazer licitação, via de regra.

AUTARQUIAS
A doutrina fala que a autarquia é uma personificação de um serviço específico da administração direta.
A autarquia é sem sombra de dúvida a pessoa jurídica da administração indireta que mais se assemelha
as pessoas jurídicas da administração direta, tanto é que o professor Hely Lopes Meirelles a batizou de
longa Manus do Estado, ou seja, seu executor de ordens. Sua definição no nosso ordenamento jurídico
encontra-se na Constituição Federal no artigo 37, XIX e no decreto lei 200/67 no artigo 5º I:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37; XIX – somente por lei específica poderá ser criada AUTARQUIA e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação;

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967


Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

I- AUTARQUIA - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
O professor JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO conceitua a autarquia da seguinte forma:
“Como todas as categorias de pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta, as autarquias têm
sua própria fisionomia, apresentando algumas particularidades que as distinguem das demais.
Basicamente, são elementos necessários à conceituação das autarquias os relativos à personalidade
jurídica, à forma de instituição e ao objeto, os quais, pelo fato mesmo de integrarem o conceito, serão
analisados adiante em separado. À luz desses elementos, pode-se conceituar autarquia como a pessoa
jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para
desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado.”

(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho Filho; Pag. 690)

➢ CRIAÇÃO
• Toda autarquia para nascer precisa de uma LEI ORDINÁRIA ESPECÍFICA, muito cuidado com
questões de prova que afirmar que a autarquia será criada por lei complementar afirmativa deverá ser
assinalada como errada.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
“Artigo 37 XIX – somente por LEI ESPECÍFICA poderá ser criada autarquia...”

➢ EXTINÇÃO
• Segundo o Princípio da simetria das formas jurídicas também conhecido como paralelismo das
formas, a extinção de autarquias deve ser feita da mesma forma que nasceu, ou seja, mediante a
edição de lei específica.

➢ PERSONALIDADE JURÍDICA
• Será de direito público nos termos do inciso IV do artigo 41 do código Civil de 2002.
LEI 10.406/2002 (CÓDIGO CIVIL)
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

IV - As autarquias, inclusive as associações públicas


• Indo um pouco além nos nossos estudos, quero combinar com o seguinte. Você deve se atentar que
toda pessoa jurídica que for criada por lei ela será obrigatoriamente de direito público.

Por ser de DIREITO PÚBLICO, o ordenamento jurídico vai garantir as autarquias algumas vantagens
como por exemplo:

➢ Possuirão imunidade tributária no tocante aos IMPOSTOS que seriam gerados em razão do
patrimônio renda e serviços quando estes forem ligados as finalidades essenciais.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - Instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.

ATENÇÃO!

Muito cuidado com essa informação, pois no Brasil nós temos cinco tipos de tributo. Temos os impostos,
as taxas, empréstimos compulsórios contribuições de melhorias e contribuições sociais, o ordenamento
jurídico brasileiro garante imunidade quanto aos impostos e não a todo e qualquer tipo de tributo.

➢ Seus bens por serem considerados públicos serão imprescritíveis e impenhoráveis, por isso não é
possível que um particular ajuíze contra uma autarquia a chamada ação de usucapião. Uma das
informações mais cobradas no tocante as peculiaridades e garantias que são extensivas as autarquias

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é chamada a ação de usucapião que tem seu início no artigo 1238 do código Civil, qualquer
afirmativa de prova que disser ser possível usucapir um bem público de uma autarquia deverá ser
considerado como errado.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art.183 § 3º Os imóveis públicos NÃO serão adquiridos por usucapião.

LEI 10.406/2002 (CÓDIGO CIVIL)


Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

➢ Pela própria natureza de direito público também será dado privilégios processuais no tocante a
qualquer tipo de processo seja ele judicial ou administrativo hoje o que temos é o privilégio de prazo em
dobro para contestar recorrer e responder recursos muito cuidado por que sob a égide do código passado
o prazo é em dobro para recorrer e quádruplo para contestar a atenção hoje não é mais assim

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas RESPECTIVAS
AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES DE DIREITO PÚBLICO gozarão de prazo EM DOBRO para
todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.

➢ ATIVIDADE DESEMPENHADAS
• Segundo o decreto-lei 200/65, só atividades típicas da Administração Pública. Em relação as
atividades desempenhadas é muito importante que o candidato saiba que a as autarquias só podem
desempenhar atividades típicas do estado, qualquer afirmativa que trouxer em seu bojo informações de
que uma autarquia pode desempenhar atividades típicas ou atípicas deverá ser considerada como errada,
mas Professor o que seria atividades atípicas? Seriam para o Direito Administrativo a exploração de
atividade econômica a qual dentro da administração pública só pode ser desempenhada nos termos do
artigo 173 da Constituição Federal pelas empresas públicas e sociedades de economia mista e isso em
caráter excepcional por questões de Segurança nacional ou relevante interesse público.

➢ REGIME JURÍDICO DE PESSOAL


• Por serem criadas por lei deverão ser regidas pelo direito público e quem tem cargo público efetivo
em uma pessoa jurídica de direito público se submete a um estatuto portanto quem trabalha lá será
ESTATUTÁRIO.

➢ CAPITAL
• Totalmente PÚBLICO formado a partir da transferência de BENS MÓVEIS E IMÓVEIS do Ente
Federado que a criou.

Dentro dos tipos de autarquia, temos algumas espécies, são elas:

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➢ AGENCIAS EXECUTIVAS

• São autarquias que nasceram como simples, mas por buscar em uma atuação mais eficiente celebram
com seu Ente Instituidor um contrato de gestão. Após a celebração desse contrato passam a serem
denominadas de AGÊNCIA EXECUTIVA isso fará com que elas recebam mais verbas públicas e
aumentem sua autonomia, claro que será exigido dela resultados como contrapartida. Muita atenção,
pois, neste caso não se tem uma nova autarquia, ela apenas tem um status diferenciado.

A base jurídica para tal feito está no artigo 37, parágrafo 8º da Constituição Federal.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37 § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração
direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o
poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo
à lei dispor sobre:

I - O prazo de duração do contrato;

II - Os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos


dirigentes;

III - A remuneração do pessoal."

• Temos um raríssimo exemplo no ordenamento jurídico que é o INMETRO (instituto nacional de


metrologia normalização e qualidade industrial).

➢ AGÊNCIAS REGULADORAS

• Figuras altamente importantes na nossa Administração Pública principalmente no que diz respeito a
regulamentação e fiscalização de serviços privados de interesse coletivo. As agências reguladoras
nasceram com programa do Brasil conhecido como desestatização que tem por objetivo reduzir os gastos
do poder público e aumentar a eficiência da prestação de serviço. Com o aumento da delegação de
serviço público através das concessões e permissões para os particulares nasceu a responsabilidade do
Estado de fiscalizar tais serviços.

➢ AUTARQUIA PROFISSIONAIS

• São as entidades que usualmente são conhecidas como conselhos de classe das profissões
regulamentadas, como por exemplo: o Conselho Regional de Contabilidade (CRC), o o CREA
(Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), e o CRM (Conselho Regional de Medicina)

Muito cuidado, pois para a lei essas entidades possuem personalidade jurídica de direito privado. Mas
para o Supremo Tribunal Federal, NÃO!
LEI 9.649/1998

Art. 58, § 2.º Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, dotados de personalidade


jurídica de direito privado, não manterão com os órgãos da Administração Pública qualquer vínculo
funcional ou hierárquico.

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Mas no julgamento da ADIN 1717, o Supremo Tribunal Federal, declarou a inconstitucionalidade desse
texto, sob o argumento de que se os conselhos profissionais exercem poder de polícia devem possuir
obrigatoriamente personalidade jurídica de direito público, pois o exercício deste poder é indelegável a
pessoas de direito privado.
JURISPRUDÊNCIA

‘DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 58 E SEUS PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649,
DE 27.05.1998, QUE TRATAM DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES
REGULAMENTADAS. 1. Estando prejudicada a Ação, quanto ao § 3º do art. 58 da Lei nº 9.649, de
27.05.1998, como já decidiu o Plenário, quando apreciou o pedido de medida cautelar, a Ação Direta é
julgada procedente, quanto ao mais, declarando-se a inconstitucionalidade do ‘caput’ e dos § 1º, 2º, 4º,
5º, 6º, 7º e 8º do mesmo art. 58. 2. Isso porque a interpretação conjugada dos artigos 5º, XIII, 22, XVI,
21, XXIV, 70, parágrafo único, 149 e 175 da Constituição Federal, leva à conclusão, no sentido da
inelegibilidade, a uma entidade privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de
polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao exercício de atividades profissionais regulamentadas,
como ocorre com os dispositivos impugnados. 3. Decisão unânime’ (ADI 1717-6/DF, Pleno do STF,
Relator Ministro Sydney Sanches, julgado em 7/11/2002, DJ de 28/03/2003, p. 61). A declaração de
inconstitucionalidade do art. 58 e §§ da Lei 9.649/1998 gera efeitos ‘ex tunc’ e ‘erga omnes’, o que
implica o reconhecimento da vigência do art. 4º da Lei 3.268/1957, citado anteriormente, que
determinava a composição do CFM com 10 conselheiros.

ATENÇÃO

Segundo o STF, perante a Constituição Federal de 1988, a OAB perdeu o status de autarquia a OAB, a
mesma hoje é considerada como uma ENTIDADE SUI GENERIS.

➢ AUTARQUIA ADMINISTRATIVAS

• São as autarquias comuns, nascidas para desempar um serviço típico da administração pública direta,
através da descentralização com autônima administrativa, financeira e patrimonial, podemos citar como
exemplo o INSS.

➢ AUTARQUIAS TERRITORIAIS

• Para a professora Maria Sylvia Zanella di Pietro os territórios seriam considerados pessoas jurídicas
de direito público seria uma autarquia territorial elas serviriam para delimitar uma base com capacidade
administrativa genérica no Brasil hoje nós não temos territórios, mas a constituição no artigo 18,
parágrafo segundo afirma que é possível.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 18 § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

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MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO


“DESCENTRALIZAÇÃO

Territorial Descentralização territorial ou geográfica é a que se verifica quando uma entidade local,
geograficamente delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público, com
capacidade administrativa genérica. ”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro - 32a edição – 2019; pag. 937)

➢ AUTARQUIAS FUNDACIONAIS

• Em relação as autarquias fundacionais nada mais são do que fundações públicas que são regidas pelo
direito público, a doutrina também costuma chamar de fundação autárquica. Então caso você encontre
uma dessas duas nomenclaturas em provas de concursos saiba que você está diante de uma fundação
pública que foi criada por lei, portanto seu regime jurídico é obrigatoriamente de direito público,
exemplo: FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL.

➢ AUTARQUIAS ASSOCIATIVAS

Foi introduzida em nosso ordenamento jurídico através da lei 11.107/2005 que nos traz a figura dos
consórcios públicos.

Para se constituir uma autarquia associativa basta que a união de alguns entes públicos formando uma
nova pessoa jurídica de direito público, teremos aí a constituição de uma AUTARQUIA
ASSOCIATIVA que é na verdade um consórcio público regido pelo direito público. Lembrando que a
referida lei também fala sobre os consórcios públicos regidos pelo direito privado tal instituto não se
enquadra no conceito descrito acima.

Podemos dar como exemplo a união de alguns municípios unindo forças para realizar um determinado
serviço ou determinada obra, caso adotem a criação de um consórcio público regido pelo Direito público
teremos uma AUTARQUIA ASSOCIATIVA.

LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005.


Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:

I – De direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de
ratificação do protocolo de intenções;

§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração


indireta de TODOS os entes da Federação consorciados.

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IMPORTANTE

Uma informação que tem sido muito cobrado nos últimos anos em provas de concurso público é se uma
autarquia precisa arquivar os atos constitutivos nas repartições competentes, ou seja, ir ao cartório de
registro de pessoa jurídica. Tal indagação deverá ser considerada como errada, pois por ser CRIADA
POR LEI toda autarquia PRESCINDE, ou seja, DISPENSA o arquivamento dos atos constitutivos na
repartição competente, a mesma só precisa da edição de uma LEI ORDINÁRIA ESPECÍFICA para
existir.

Exemplos de Autarquias: O Banco Central (BC), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica


(CADE), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros Privados (SSP) e
as agências reguladoras.

FUNDAÇÕES PÚBLICAS
São definidas pela doutrina como a personificação de um patrimônio ao qual é atribuída uma
finalidade específica não lucrativa, sempre na área social como por exemplo educação, saúde,
assistência social, pesquisa científica, proteção do meio ambiente.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de FUNDAÇÃO, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967


Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e
de outras fontes.

ATENÇÃO!

É importante frisar logo agora no conceito que uma fundação pública será um PATRIMÔNIO
PERSONIFICADO, não confunda com a palavra que é atribuído das autarquias que são um SERVIÇO
PERSONIFICADO.

Conceito da doutrinadora Maria Sylvia Di Pietro,


"pode-se definir a fundação instituída pelo poder público como o patrimônio, total ou parcialmente
público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou privado, e destinado, por lei, ao
desempenho de atividades do Estado na ordem social com capacidade de autoadministração e
mediante controle da administração pública, nos limites da lei"
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – 2019; Pag. 972)

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➢ CRIAÇÃO E PERSONALIDADE JURÍDICA


Está aqui uma das brigas mais ferrenhas no tocante ao estudo da administração pública indireta. Tentarei
abordar aqui a maneira mais didática de se acertar as questões de prova.

A Fundação pode ser de direito público ou de direito privado, tudo dependerá de como ela veio a
existir.
• Se for CRIADA POR LEI ORDINÁRIA ESPECÍFICA será de DIREITO PÚBLICO, e como
consequência nascerão apenas com a promulgação da lei dispensando assim a inscrição de seus atos
constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas. são chamadas pela doutrina de fundações
autárquicas ou autarquias fundacionais. Seu pessoal se submeterá a um ESTATUTO que no âmbito
federal será a lei 8.112/90 e terão direito a um regime próprio de previdência social nos termos do artigo
40 da Constituição Federal.

• Se for AUTORIZADA POR LEI será de DIREITO PRIVADO e como consequência disso, além
da lei autorizativa, precisarão arquivar seus atos constitutivos na repartição competente, ou seja, no
registro civil de pessoas jurídicas e por serem de direito privado não terão estatuto, mas seu pessoal será
submetido da CLT portanto não terão direito a estabilidade e o regime de aposentadoria de seu pessoal
será o regime geral de previdência social nos termos do artigo 201 da Constituição Federal.

MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO


“Colocamo-nos entre os que defendem a possibilidade de o Poder Público, ao instituir fundação, atribuir-
lhe personalidade de direito público ou de direito privado. Isto porque nos parece incontestável a
viabilidade de aplicar-se, no direito público, a distinção que o Código Civil de 1916 continha entre as
duas modalidades de pessoas jurídicas privadas: associação e sociedade, de um lado, e fundação, de
outro; a distinção se mantém no novo Código Civil”
(Direito Administrativo - Maria Sylvia Zanella Di Pietro – 32ª edição – 2019; Pag. 970)

O próprio SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL também entende que uma fundação pública pode ser de
direito público ou de direito privado.

JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Constitucional. Administrativo. Art. 28 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul. Equiparação


entre servidores de fundações instituídas ou mantidas pelo Estado e servidores das fundações públicas:
inconstitucionalidade. 1. A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como
foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e
também da natureza dos serviços por elas prestados.2. A norma questionada aponta para a possibilidade
de serem equiparados os servidores de toda e qualquer fundação privada, instituída ou mantida pelo
Estado, aos das fundações públicas. 3. Sendo diversos os regimes jurídicos, diferentes são os direitos e
os deveres que se combinam e formam os fundamentos da relação empregatícia firmada. 4. Ação Direta
de Inconstitucionalidade julgada procedente (STF, ADI191/RS, TribunalPleno,29.11.2007).

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➢ ATIVIDADE DESEMPENHADAS
• Como estudado, sua finalidade específica será sempre não lucrativa, de natureza social,
por isso, sua área de atuação será desempenhar atividades de natureza social de interesse público.

Exemplo: Funai (Fundação Nacional do Índio), seu objetivo principal é promover políticas de
desenvolvimento sustentável das populações indígenas.

➢ CAPITAL
• A doutrina majoritária vai dizer que seu patrimônio pode ser inteiramente do Poder Público ou
semipública e semiprivada. Seu instituidor faz uma dotação patrimonial, ou seja, separa um determinado
conjunto de bens e direitos e lhes confere personalidade jurídica.

Exemplo de Fundações Públicas: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico


(CNPq), a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a Fundação Nacional de
Saúde (Funasa).

EMPRESA PÚBLICA
Empresa pública é Pessoa Jurídica de DIREITO PRIVADO, constituída por capital exclusivamente
público para explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos e poderá ser constituída em
qualquer uma das modalidades empresariais.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
EMPRESA PÚBLICA, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967


Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

II - EMPRESA PÚBLICA - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com


patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica
que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa
podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

➢ CRIAÇÃO E PERSONALIDADE JURÍDICA


• De maneira taxativa, afirmamos que as empresas públicas serão constituídas sob regime de
DIREITO PRIVADO. Tudo que estudamos no que se diz respeito a consequência jurídica de ser
autorizada por lei em relação a Fundação Pública será aplicado tanto aqui na empresa pública como na
sociedade de economia mista.

Muita atenção, pois a doutrina vai dizer que a empresa pública terá sobre si um regime jurídico híbrido
também chamado de misto que advém do fato de ela ser propriamente de direito privado, mas se submete
a regras de direito público como, por exemplo:

1- Se submete ao controle finalístico realizado pela administração direta.

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2- Realização de concurso público.


3- Licitação, via de regra, para contratar. e
4- Prestação de contas ao tribunal de contas.

➢ ATIVIDADE DESEMPENHADAS
• Podem prestar serviços públicos, como é o caso dos Correios que realizam o serviço postal que é
exclusivo da União. Como também podem desempenhar atividade de natureza econômica, como é o
caso do Caixa Econômica Federal.

ATENÇÃO

Cuidado para não confundir afirmativa acima ok!? O fato de uma empresa pública poder explorar
atividade econômica ou prestar serviços públicos NÃO VAI alterar o regime jurídico de sua
constituição, pois ela será SEMPRE DE DIREITO PRIVADO.

➢ REGIME JURÍDICO DE PESSOAL


• Como consequência de ser autorizada por lei, será regida pelo direito privado que por sua vez
destinará a seu pessoal o regime da CLT (consolidação das leis trabalhistas). no tocante ao regime
previdenciário será o regime geral de previdência social e serão chamados de empregados públicos e
não servidores.

➢ FORO DE COMPETÊNCIA
• Segundo o Supremo Tribunal Federal de acordo com a constituição federal em seu artigo 109, o foro
competente para ajuizar uma ação contra uma empresa pública federal será justiça federal.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - As causas em que a União, entidade autárquica ou EMPRESA PÚBLICA FEDERAL forem


interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

➢ CAPITAL
Para fechar o nosso estudo sobre as empresas públicas, vale a pena dizer que seu capital será sempre
100% público, ou seja, capital integralmente público, sem a participação de particulares. Frise-se que
podem participar do capital de uma empresa pública os entes da administração indireta, ainda que
possuam personalidade de direito privado, como, por exemplo, uma sociedade de economia mista. Ainda
assim, seu capital será integralmente público, somente não será admitido o investimento de particulares
na formação do capital. Em todos os casos, a maioria das ações devem pertencer a um ente da
administração Direta.

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A lei 13.303/16 nos traz a seguinte redação em seu artigo 3º:


Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.

Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do
Estado, do Distrito Federal ou do Município, SERÁ ADMITIDA, no capital da empresa pública, a
PARTICIPAÇÃO de outras pessoas jurídicas de direito PÚBLICO INTERNO, BEM COMO de
entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Uma outra informação que eu quero frisar é que ela pode ser constituída sob qualquer modalidade
empresarial. Nos termos do código Civil nós temos por exemplo:
1- A empresa de responsabilidade limitada (LTDA).
2- Sociedade anônima (S.A ou CIA).
3- Sociedade em comandita.
4- Em 2012 entrou em vigor na data de lítico a chamada “EIRELI” empresa individual de
responsabilidade limitada.

Exemplo de Empresa Pública = Caixa Econômica Federal (CEF), a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O: 65% da União e 35% do Estado. O que importa é que o capital seja público.
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
A Sociedade economia mista será uma estatal que possuirá obrigatoriamente capital misto, sendo que
a maioria deste capital votante deverá obrigatoriamente pertencer a um ente da administração pública,
A constituição faz menção a ela em seu artigo 37, inciso XIX e seu conceito está no decreto lei 220/75.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 37; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967


Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - É a entidade dotada de personalidade jurídica de


DIREITO PRIVADO, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de
sociedade anônima (S.A), cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a
entidade da Administração Indireta.

➢ CRIAÇÃO E PERSONALIDADE JURÍDICA


• De maneira TAXATIVA, afirmamos que as SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA serão
constituídas sob regime de DIREITO PRIVADO. Tudo que estudamos no que se diz respeito a
consequência jurídica de ser autorizada por lei em relação a Fundação Pública e a empresa pública será
aplicado tanto aqui na sociedade de economia mista.

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Muita atenção, pois a doutrina vai dizer que a empresa pública terá sobre si um regime jurídico híbrido
também chamado de misto que advém do fato de ela ser propriamente de direito privado, mas se submete
a regras de direito público como, por exemplo:

1- Se submete ao controle finalístico realizado pela administração direta.


2- Realização de concurso público.
3- Licitação, via de regra, para contratar. e
4- Prestação de contas ao tribunal de contas.

IMPORTANTÍSSIMO

Por determinação legal, as sociedades de economia devem ter obrigatoriamente a estrutura de


Sociedade Anônima (S.A.);

➢ ATIVIDADE DESEMPENHADAS
• Podem prestar serviços públicos, como é o caso da Companhia Municipal de Limpeza Urbana
(COMLURB) na cidade do rio de janeiro que realizam de coleta de lixo. Como também podem
desempenhar atividade de natureza econômica, como é o caso do BANCO DO BRASIL E A
PRETROBRAS.

➢ REGIME JURÍDICO DE PESSOAL


• Como consequência de ser autorizada por lei, será regida pelo direito privado que por sua vez
destinará a seu pessoal o regime da CLT (consolidação das leis trabalhistas). no tocante ao regime
previdenciário será o regime geral de previdência social e serão chamados de empregados públicos e
não servidores.

➢ FORO COMPETENTE

JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


SÚMULA 556

É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.

OBS! Temos uma exceção à regra para a sociedade de economia mista no que se diz respeito ao foro
processual:
SÚMULA 517
As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como
assistente ou opoente.

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➢ CAPITAL
• A maioria do capital será sempre público. O capital votante em sua composição deve ser, pelo
menos 50% mais uma das ações com direito a voto, pertencer ao Estado. Porém se faz necessário a
presença de capital votante privado, sob pena de a entidade converter-se em empresa pública.
A lei 13.303/16 nos traz a seguinte redação em seu artigo 4º:
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta.

DIFERENÇAS ENTRE A EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA


Por serem muito semelhantes, estudaremos suas principais diferenças para evitar “pegadinhas em
prova”.

EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

Capital totalmente público Maioria de capital votante é público

Pode ser feita em qualquer Forma organizacional Forma obrigatória de S.A.

Os processos contra as da União têm causas Causas julgadas perante a Justiça Comum
julgadas perante a Justiça Federal (CF 109 I) Estadual, súmula 556 (STF).
Exceção: Súmula 517= união no processo.

Exemplo de Sociedade de Economia Mista: O Banco do Brasil, a Petrobras, a Eletrobrás e o Brasil


Resseguros.

ÓRGÃOS PÚBLICOS
Os órgãos públicos são unidades de atuação destituídas de personalidade jurídica, sua existência se dá
em razão do poder hierárquico que existe sempre dentro de uma mesma pessoa jurídica. Perguntas
corriqueiras de concurso público tentam afirmar que órgãos públicos possuem personalidade jurídica
muita atenção ao ler o enunciado das afirmativas para não cair nessa “pegadinha”.
LEI 9.784/99
o
§ 2 Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - ÓRGÃO - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da


Administração indireta;
HELY LOPES MEIRELLES
“Os órgãos públicos são centros de competência, instituídos para o desempenho de funções estatais, por
meio de seus agentes, cuja autuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. São unidades de ação
com atribuições específicas na organização estatal. ”
(Direito Administrativo Brasileiro 2016; Hely Lopes Meirelles; pag. 72)

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AS RELAÇÕES DO ESTADO COM OS AGENTES PÚBLICOS E SUAS TEORIAS


Com a evolução do Direito Administrativo ao longo do tempo, os pensadores do direito tentaram
classificar como seria a forma que o Estado se relacionava com os seus agentes, surgiram então quarto
teorias, são elas:

➢ TEORIA DA IDENTIDADE
• Essa teoria tinha como base afirmar que o órgão público era o próprio agente, com passar
do tempo foi percebido que o equívoco nessa teoria estava em concluir que quando agente público
morresse o órgão também seria extinto.

➢ TEORIA DA REPRESENTAÇÃO
• Baseada no código civil, a teoria da representação defendia que o Estado era incapaz assim
quando agente público atuasse estaria exercendo uma espécie de curatela nos interesses do Estado por
conta dessa incapacidade. Essa teoria também foi superada pois o Estado sendo incapaz não teria como
ele mesmo nomear seu representante.

➢ TEORIA DO MANDATO
• O Fundamento dessa teoria está em dizer que o agente público celebraria um contrato de
representação com o Estado sendo então mandatário das vontades do próprio Estado. Essa teoria também
caiu por terra principalmente por não conseguir apontar qual é o momento e quem realizaria autor do
mandato.

➢ TEORIA DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA OU TEORIA DO ÓRGÃO


• Esquematizada pelo famoso jurista alemão Otto Friedrich von Gierke (1841-1921). A
visão do notável jurista foi comparar o Estado ao corpo humano, o Estado como uma pessoa possui a
sua personalidade e os órgãos que integram esse Estado não seriam pessoas, mas partes integrantes dessa
pessoa estatal.

A base dessa teoria é dizer que a pessoa jurídica se manifesta através dos seus órgãos de modo que os
atos praticados pelos agentes públicos não são deles, mas sim da pessoa jurídica a qual eles estão
vinculados.

Por exemplo: quando um policial federal atua não é ele, mas sim o Estado através do policial federal.
Quando o médico opera em um hospital público não é o médico que está operando, mas é o Estado que
está operando através do médico. Quando o professor ensina numa escola pública não é o professor que
está ensinando, mas é o estado através do professor.

Essa teoria inclusive pauta responsabilidade civil objetiva do estado que está estampada na Constituição
Federal no artigo 37 parágrafos 6º que diz:
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
RESPONDERÃO pelos danos que seus agentes, NESSA QUALIDADE, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. ”
Como consequência da aplicação da TEORIA DO ÓRGÃO no Brasil (também chamada de teoria da
imputação volitiva), podemos citar como exemplos o impedimento da propositura da ação indenizatória
diretamente contra a pessoa física do agente e também a impossibilidade de responsabilidade civil do
Estado se o dano foi causado pelo agente fora do exercício público como, por exemplo, o policial na
qualidade de particular que atinge o vizinho fora do seu serviço.

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ESQUEMATIZANDO AS CARACTERÍSTICAS DO ÓRGÃO PÚBLICOS:

➢ Unidades integrantes da Adm. Direta e Indireta;

➢ Não possuem personalidade jurídica;

➢ Possuem cargos, agentes e funções;

➢ Em regra, não possuem capacidade processual por não terem personalidade jurídica.
Exceção: os órgãos do alto escalão do governo (Senado).

CLASSIFICAÇÃO DOS ORGÃOS PÚBLICOS


A doutrina vai classificar os órgãos públicos de várias maneiras, mas as questões mais cobradas em
provas adotam a classificação de Hely Lopes Meirelles. Abordarei aqui a doutrina do respeitoso e
saudoso mestre. Ele classifica os vários órgãos públicos a partir de três critérios diferentes: quanto à
POSIÇÃO HIERÁRQUICA, quanto à ESTRUTURA e quanto à ATUAÇÃO FUNCIONAL.

➢ QUANTO A POSIÇÃO ESTATAL


• Órgão Independentes: são órgão representativos dos poderes do Estado e que possuem
competências constitucionais, não estando subordinados a nenhum outro órgão.

EX: Câmara dos Deputados; Presidência da república, Tribunais, TCU e MP.

• Órgãos Autônomos: possuem autonomia administrativa e financeira, mas estão


subordinados a chefia de órgão independente na sua linha de hierarquia.

EX: Ministérios de Estado, Secretarias de Estado e de Município.

• Órgãos Superiores: não possuem autonomia administrativa ou financeira, mas possuem


poder de decisão e comando órgão inferiores. Lembrando que estão sujeitos ao controle hierárquico de
uma chefia mais alta.

EX: Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes.

• Órgãos Subalternos: não possuem autonomia ou pode decisório, existindo apenas para eles
desempenho de atribuições de execução.

EX: seção de almoxarifado, expediente, etc.

➢ QUANTO A ESTRUTURA
• Órgãos simples (unitários): são aqueles que possuem um único centro de competência.

• Órgãos compostos: aqueles que possuem vários centros de competência.

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➢ QUANTO A ATUAÇÃO FUNCIONAL


• Órgãos singulares (unipessoais): são aqueles cujo poder de decisão compete a único agente.

EX: Presidência Da República.

• Órgãos colegiados (pluripessoais): são aqueles cujo poder de decisão compete a uma maioria de
agentes.

EX: Câmara Dos Deputados e STF.

AGENTES PÚBLICOS
CONCEITO DE AGENTE PÚBLICO
O conceito de agentes públicos é bem tranquilo de ser definido e encontra-se em alguns textos
normativos como a lei 8.429/92 e também o próprio código penal.

Podemos conceituar os agentes públicos como todas as pessoas físicas que exercem a função pública,
de maneira temporária ou permanente, com ou sem remuneração, seja por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidora ou vínculo seja por mandato, emprego
ou cargo.

LEI 8.429/92
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no
artigo anterior.

FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade


paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a
execução de atividade típica da Administração Pública.

CLASSIFICAÇÃO DE AGENTE PÚBLICO

➢ AGENTES POLÍTICOS: são os integrantes dos mais altos escalões do poder público,
seu vínculo com a Administração Pública é de natureza política, são aqueles que exercem o chamado
“MUNUS PÚBLICO”, ou seja, atividade de governo. Exemplos:
• Chefes do Poder Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos).

• Auxiliares imediatos do chefe do Poder Executivo (Ministros e Secretários Estaduais ou Municipais).

• Membros das corporações legislativas (Senadores, Deputados e Vereadores).

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➢ AGENTES ADMINISTRATIVOS: são aqueles que possuem um vínculo de natureza


profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional. São os ocupantes de cargos públicos, de
empregos públicos e de funções públicas nas Administrações Direta e Indireta. Exemplos:
• Servidores Públicos (sentido estrito - estatutário), cargo público: efetivo ou comissão.

• Empregados Públicos - emprego público (CLT).

• Temporários. (Excepcional interesse público - função Pública).

➢ AGENTES HONORÍFICOS: São cidadãos requisitados ou designados para, temporariamente,


colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços específicos, por conta da sua
honorabilidade. Não possuem vínculo profissional com a Administração Pública (são considerados
"funcionários públicos" para fins penais) e usualmente atuam sem remuneração. Exemplos:
• Jurados;

• Mesários eleitorais;

➢ AGENTES DELEGADOS: são particulares que recebem a incumbência de exercer determinada


atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente
fiscalização do poder delegante. Exemplos:
• Os concessionários e permissionários de serviços públicos,

• Os leiloeiros, os tradutores públicos.

➢ AGENTES CREDENCIADOS: são aqueles que representam a Administração em determinada ação


ou praticam uma atividade específica após a celebração de um convênio com o Poder Público.
• A professora Ana Claudia Campos cita como exemplo o caso dos médicos particulares que atendem
pelo SUS e são pagos pelo Estado.

➢ AGENTE DE FATO: Em relação a gente de fato a doutrina vai dividir em duas subdivisões, são
elas:
• Agente Necessário: são aqueles que praticam atos e executam atividades em situações excepcionais,
como por exemplo, as de emergência em colaboração com o poder Público.

Ex: Moradores que ajudam em um momento de socorro nos casos de catástrofe.

• Agente Putativo: são os que desempenham atividade pública na presunção de legitimidade, porém
em caso que a investidura do agente não se deu dentro do procedimento legalmente exigido.

Ex: Agente que pratica inúmeros atos de administração, porém sem ter sido previamente aprovado em
concurso público.

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Lembrando que os atos praticados pelo agente de fato são considerados válidos por conta da teoria da
aparência.

➢ USURPADOR DE FUNÇÃO: ocorre quando uma pessoa se faz passar por agente público, sem que,
de qualquer modo, seja investido em cargo, emprego ou função pública. Nesse caso o infrator se faz
passar por agente sem ter essa qualidade. A doutrina considera seus atos como ato inexistente, ou seja,
não chega a ser ato administrativo.
• Ex: multa de trânsito lavrada por particular.

QUESTÕES COBRADAS PELA BANCA PR-4 UFRJ

1- Banca: PR-4 UFRJ Órgão: UFRJ Provas: PR-4 UFRJ - 2018 - UFRJ - Assistente Social
Segundo Hely Lopes Meirelles, a Administração Pública Indireta “é o conjunto de entes (entidades com
personalidade jurídica) que, vinculados a um órgão da Administração Direta, prestam serviço público
ou de interesse público” (Meirelles, 2004, p. 730).

Marque a alternativa que apresenta somente entidades da Administração Pública Indireta:

A) Empresas Públicas, Ministério da Fazenda e Fundações Públicas.


B) Sociedades de Economia Mista, Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos.
C) Fundações Públicas, Ministério da Defesa e Ministério do Desenvolvimento Agrário.
D) Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
E) Ministério da Integração Nacional, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação.

2- Banca: PR-4 UFRJ Órgão: UFRJ Provas: PR-4 UFRJ - 2018 - UFRJ - Analista de Tecnologia da
Informação
A UFRJ, Instituição de ensino, pesquisa e extensão, é estruturada na forma de autarquia especial e
integrante da Administração Pública Direta. Sobre o conceito de autarquia, é correto afirmar que:
A) é criada por lei, sob a forma de pessoa jurídica de direito público, com patrimônio e receita próprios,
para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado.
B) é criada por lei, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça
atividades gerais de caráter econômico.
C) é criada por lei, sob a forma de sociedades anônimas, tendo por objetivo, como regra, a exploração
de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos.
D) é criada por lei, sob a forma de pessoa jurídica de direito privado, sem patrimônio e receita próprios,
para desempenhar funções de caráter exclusivamente econômico.
E) é criada por lei, sob a forma de pessoa jurídica de direito público, com patrimônio e receita próprios,
para desempenhar funções de caráter exclusivamente econômico.

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3- Banca: PR-4 UFRJ Órgão: UFRJ Provas: PR-4 UFRJ - 2016 - UFRJ - Técnico em Laboratório -
Herbário
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “Administração Indireta é o conjunto de pessoas jurídicas, de
direito público ou privado, criadas por lei, para desempenhar atividades assumidas pelo Estado, seja
como serviço público, seja a título de intervenção no domínio econômico”.
Assinale a alternativa correta, quanto à Administração Pública Indireta.

A) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública.
B) Somente por lei complementar poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública.
C) Compõem a Administração Indireta, no direito positivo brasileiro, somente as autarquias e as
empresas públicas.
D) Compõem a Administração Indireta, no direito positivo brasileiro, somente as sociedades de
economia mista.
E) A autarquia pode ser criada por lei específica ou por lei complementar.

GABARITO
1-D 2-A 3-A

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