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• CONCENTRAÇÃO (CENTRALIZAÇÃO)
• DESCONCENTRAÇÃO
• DESCENTRALIZAÇÃO
CONCENTRAÇÃO (CENTRALIZAÇÃO)
Sempre que um serviço público é prestado pelo núcleo ou pelo centro da administração (administração direita),
nós chamamos essa prestação de prestação centralizada. Assim, a prestação centralizada é aquela que está no
núcleo, na administração direta (União, Estados, Distrito Federal, Municípios).
DESCONCENTRAÇÃO
A desconcentração é a distribuição do serviço dentro da mesma Pessoa Jurídica, no mesmo núcleo, razão pela qual
será uma transferência com hierarquia.
A desconcentração pode ocorrer:
DESCENTRALIZAÇÃO
Descentralização consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do serviço para a
Administração a Indireta ou para o particular. Note-se que, a nova Pessoa Jurídica não ficará subordinada à
Administração Direta, pois não há relação de hierarquia, mas esta manterá o controle e fiscalização sobre o serviço
descentralizado. A descentralização administrativa por sua vez, pode se dá:
Atenção Monster! a titularidade de um serviço público só pode ser transferido para uma pessoa jurídica de direito
público não podendo ser transferido para particulares. Se a titularidade do serviço não pode sair das mãos do
poder público, quem pode receber por outorga? a doutrina majoritária diz que só quem pode receber é a
administração indireta de direito público (autarquias e fundações públicas), pois não se pode dar titularidade ao
particular. Essa é a posição que prevalece. O instrumento utilizado para essa transferência (drástica) é feita através
lei específica que cria essas entidades e elas transfere a atividade pública.
2. POR DELEGAÇÃO (Descentralização por colaboração)
O Poder Público detém a titularidade e transfere apenas a execução. Pode ser feita por lei, por contrato, ou por ato
administrativo.
Exemplos: LEI - às pessoas jurídicas da Administração Indireta de direito privado: às empresas públicas, às
sociedades de economia mista e às fundações públicas de direito privado.
CONTRATO - aos particulares, como ocorre nas concessões e permissões de serviços públicos. Ex. empresa ônibus,
telefonia
ATO ADMINISTRATIVO PARTICULARES aos particulares, como as autorizações de serviços públicos. Ex. taxi e
despachante.
DESCONCENTRAÇÃO
A desconcentração é a distribuição do serviço dentro
FORMA DE da mesma Pessoa Jurídica, no mesmo núcleo, razão
PRESTAÇÃO pela qual será uma transferência com hierarquia.
SERVIÇOS
Outorga
DESCENTRALIZAÇÃO
Titularidade e execução,
Administração Direta deslocar, distribuir Somente para PJ.Público.
ou transferir a prestação do serviço para a
Administração a Indireta ou para o
particular (PJ). Delegação
Somente Execução
Administração Pública Direta Também chamada de Administração Pública Centralizada, existe em todos os níveis
das Esferas do Governo, Federal, Estadual, Distrital e Municipal, e em seus poderes, Executivo, Legislativo e
Judiciário. É em si, a própria Administração Pública.
Na Administração Pública Direta como o próprio nome diz, a atividade administrativa é exercida pelo próprio
governo que “atua diretamente por meio dos seus Órgãos, isto é, das unidades que são simples repartições
interiores de sua pessoa e que por isto dele não se distinguem”. Celso Antônio Bandeira de Mello (2004:130);
Fique ligados!! A forma que administração pública presta a sua atividade administrativa é através dos seus órgãos,
no qual a sua vontade é excedido através dos seus agentes. Como vimos os órgãos são o meio no qual o estado
presta a sua atividade administrativa, então vamos ao estudo dos órgãos!
O que são órgãos?
A Administração Pública, bem como as outras pessoas jurídicas de direito público, para prestação de suas atividades,
pelas diversas funções que exerce, tem que distribuir em seu interior os encargos de sua competência com
diferentes unidades, exercendo cada qual uma parcela de suas atribuições. Essas unidades são chamadas órgãos
públicos e, em razão de sua especialização, conseguem desenvolver serviços mais eficientes. Muitos autores
conceitua os órgãos como centros de competência.
Curiosidade!!! Mas que nome estranho? Órgãos? Os únicos que conheço são coração, pulmão e dentre
outros...porque o nome órgãos? O próprio nome órgão público deriva da ideia de Divisão do corpo humano, onde
se divide Em pedacinhos A administração pública para que cada órgão cuide de uma especialidade.
Órgãos públicos
São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja
atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Com isso a Administração Pública centralizada ou direta é
aquela exercida diretamente Pela União, Estados e Municípios que para tal fim, utiliza-se de ministérios, secretarias,
departamentos e outros órgãos, apresentando uma estrutura piramidal.
O Órgão faz parte da pessoa jurídica,” pertence ao ser, exatamente como acontece com os órgão da pessoa. Nesse
sentido, o órgão não tem vida própria, não tem personalidade jurídica. É despersonalizado. O órgão, por si só, não é
capaz de adquirir direitos e obrigações e, formalmente, quem faz é a pessoa jurídica de que ele faz parte. É a pessoa
jurídica que é a proprietária dos bens, que indeniza em caso de prejuízo.
O agente público está lotado no órgão,que,por sua vez, faz parte de uma pessoa jurídica.Assim,quando o agente
pratica o ato é a própria pessoa jurídica quem está atuando. Isso decorre da teoria do Órgão, formulada por Otto
Gierke. O órgão é o elemento de conexão entre o agente público e a pessoa jurídica.A atuação do agente é
imputada,é atribuída,à pessoa jurídica.
Características do Órgãos:
• Criação e extinção por lei;
• Não possuem personalidade jurídica própria;
• Não são capazes de contrair direitos e obrigações por si próprios;
• Não Possuem Patrimônio Próprio;
• Desconcentração do poder na Administração Pública.
• Vontade manifestada através de agentes públicos;
• Onde há desconcentração administrativa vai haver hierarquia;
• Não pode assinar contrato = ele lícita (celebra o contrato), mas quem assina o
contrato e a pessoa jurídica;
• Possuem CNPJ - Mesmo sem Personalidade jurídica;
b) órgãos autônomos: localizados na cúpula da Administração, imediatamente abaixo dos órgãos independentes e
diretamente subordinados a seus chefes. Esses órgãos têm ampla autonomia administrativa, técnica e financeira,
caracterizando se como órgãos diretivos, com funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das
atividades que constituem sua área de competência. Por exemplo: Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais,
Consultoria-Geral da República, Procuradoria Geral de Justiça e outros;
c) órgãos superiores: são os órgãos que detêm poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua
competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Não
gozam de autonomia administrativa e financeira. Podem-se apontar as primeiras repartições dos órgãos
independentes e dos autônomos, como Gabinetes, Secretária-geral, Procuradorias Administrativas e Judiciais,
Coordenadorias,Departamentos e Divisões;
d) órgãos subalternos: são todos aqueles que se acham hierarquizados a órgãos mais elevados, com reduzido poder
decisório e predominância de atribuições de execução como, por exemplo, as seções e os serviços (seção de
expediente, de pessoal, de material, de portaria, zeladoria).
No segundo critério de classificação, os órgãos públicos, conforme a sua esfera de atuação, são divididos em:
a) órgãos centrais: os que exercem atribuições em todo o território nacional, estadual ou municipal, por exemplo,
Ministérios e Secretarias;
b) órgãos locais: os que atuam sobre uma parte do território, como as Delegacias Regionais da Receita, Delegacias
de Polícia e outros.
Os órgãos públicos podem, ainda, ser diferenciados de acordo com a sua estrutura, tendo como critério de
classificação a possibilidade de ter ou não outros órgãos agregados, órgãos a ele vinculados, funcionando como
desdobramentos, Segundo esse aspecto, têm-se:
a) órgãos simples: também chamados órgãos unitários, por serem constituídos por um só centro de competência,
não tendo outros órgãos agregados à sua estrutura para realizar desconcentradamente a sua função principal. Não
importa o número de cargos e agentes que os constituem, desde que mantenham a unidade orgânica com um único
centro de competência, seção administrativa;
b) órgãos compostos: são os que reúnem outros órgãos vinculados à sua estrutura, menores e com função principal
idêntica, gerando uma desconcentração com funções auxiliares diversificadas, exercendo atividade-meio. Esses
órgãos compreendem vários outros até chegar aos órgãos unitários como, por exemplo, os hospitais e postos frente
à Secretaria de Saúde, escolas frente à Secretaria de Educação, além de outros. Não é permitido confundir os órgãos
quanto à estrutura, simples ou compostos, com os órgãos quanto à atuação funcional.
No primeiro caso o elemento determinante é a presença de órgãos agregados, enquanto a segunda classificação, diz
respeito à composição interna do órgão, no que se refere aos agentes que o compõem , dividindo-se,
nesse caso, em:
a) órgãos singulares/unipessoais: são órgãos de um só titular; são os que atuam e decidem por um único agente,
que é o seu chefe e representante, como a Presidência da República, a Governadoria, a Prefeitura e a Diretoria de
uma escola;
b) órgãos colegiados/coletivos/pluripessoais: são os que atuam e decidem pela expressão da vontade de seus
membros e de conformidade com a respectiva regência legal, estatutária ou regimental. São compostos por duas ou
mais pessoas, como os Conselhos, os Tribunais, as Assembleias Legislativas, o Congresso Nacional e outros.
Por último, os órgãos públicos também podem ser classificados conforme as funções que exercem em:
a) órgãos ativos: responsáveis por funções primordiais, atuam no desenvolvimento de uma administração ativa
propriamente dita, apresentando condutas comissivas e expressando decisões estatais para o cumprimento dos fins
da pessoa jurídica.
Podem ser subdivididos em: órgãos de direção superior (aqueles que decidem, ordenam, dirigem e planejam, aos
quais competem a formação e a manifestação originária da vontade do Estado, assumindo responsabilidade jurídica
e política das decisões) e órgãos de execução (aqueles sujeitos à subordinação hierárquica; são subalternos,
competindo-lhes a manifestação secundária da vontade do Estado);
b) órgãos consultivos: assumem atividade de aconselhamento e elucidação. Eles participam da ação estatal para
auxiliar e preparar sua manifestação de vontade, dando auxílio técnico ou jurídico específico e especializado, como,
por exemplo, na emissão de pareceres que podem ser de mérito, de legalidade, facultativo ou obrigatório,
vinculantes ou não, consoante a disciplina legal;
A Administração Pública Indireta é composta por entidades que possuem personalidade jurídica própria e são
responsáveis pela execução de atividades administrativas que necessitam ser desenvolvidas de forma
descentralizada. São elas: as autarquias, as fundações públicas e as empresas estatais, mais especificamente, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Atualmente, deve haver o acréscimo dos consórcios públicos, em decorrência da lei 11.107/05
Fundação
ADM. Autarquia
INDIRETA Soc. economia mista
Empresa Pública
COnsórcios Públicos (em decorrência da lei 11.107/05)
A pessoa jurídica criada são chamados de pessoas administrativas e ficam vinculadas à pessoa política da qual se
originaram. Formam administração indireta. Assim, quando a união- pessoa política- cria, por lei, uma autarquia,
esta passa a fazer parte da administração indireta Federal.
Essa entidade vincula-se ao Ministério relacionado com a área de atividade da pessoa administrativa. É a supervisão
ministerial.
Na descentralização cria-se outra pessoa jurídica, com personalidade jurídica distinta da pessoa política. Por isso,
não é possível se falar em hierarquia, já que não há relação de hierarquia entre um órgão da administração direta
ou entidade da administração indireta. Entretanto, quando uma pessoa política tem uma pessoa jurídica para que
ela passa a desempenhar certa atividade administrativa, a intenção é que ocorra a melhor desempenho dessa tarefa.
Dessa forma, a entidade criadora tem poder ver fiscalizar entidade criada para verificar se o objetivo da criação Está
sendo atendido.
Mas, não se trata de controle hierárquico, pois o que Existe é um controle de finalidade, um controle finalístico. é a
tutela administrativa. Existe vinculação e não subordinação. é a aplicação do princípio da tutela.
Características Gerais
Com o objetivo de facilitar o estudo das pessoas jurídicas da Administração Indireta, indicam-se inicialmente
algumas características que são aplicáveis a todas elas; por essa razão, serão discorridas de uma só vez, lembrando-
se de que são aplicáveis tanto para as autarquias, como para as fundações públicas, além das empresas públicas e
sociedades de economia mista. Em seguida passa-se ao estudo de cada uma delas com mais detalhes,
A primeira característica é a personalidade jurídica própria, o que significa dizer que elas podem ser sujeitos de
direitos e obrigações, sendo, consequentemente, responsáveis pelos seus atos. Para viabilizar essa responsabilidade
e por ser ente personalizado, elas possuem patrimônio próprio, independentemente de sua origem. É claro que,
quando de sua criação, a entidade responsável transfere parte de seu patrimônio que, daí em diante, passa a
pertencer a esse novo ente e servirá para viabilizar a prestação de suas atividades, bem como para garantir o
cumprimento de suas obrigações, apesar do regime especial a que se submetem esses bens.
Essas pessoas jurídicas também gozam de capacidade de autoadministração e receita própria. Cumprindo as
previsões legais e protegendo o interesse público, elas terão autonomia administrativa, técnica e financeira.
Quanto à receita, não importa se é decorrente da Administração Direta, mediante participação no orçamento ou se
é resultado de suas próprias atividades, uma vez que, transferida para essa nova pessoa, ela terá liberdade para
disposição, não podendo, é claro, afastar-se das regras postas pelo ordenamento jurídico.
Essas pessoas jurídicas não podem ter fins lucrativos, tendo em vista serem criadas para a busca do interesse
público, inclusive quando exploradoras da atividade econômica. Isso não significa que elas não possam obter lucro,
mas que não foram criadas com esse objetivo, não sendo o lucro o grande mote de sua criação, A aplicação dessa
regra para as pessoas jurídicas da Administração indireta prestadoras de serviços públicos é tranquila, já que o seu
objetivo é satisfazer as necessidades coletivas, perseguindo o interesse coletivo, portanto, o foco do Estado não é o
lucro; é a satisfação do serviço. Toda a discussão surge em razão das pessoas jurídicas exploradoras da atividade
econômica, o que é possível no caso da empresa pública e da sociedade de economia mista, mas, mesmo nessa
hipótese, o fim não pode ser o lucro, considerando que elas não podem desenvolver quaisquer atividades, estando
restritas às apontadas no texto constitucional, independentemente do lucro.
Note-se que, quando da criação dessas pessoas jurídicas, a lei específica também define a sua finalidade específica,
estando ela vinculada ao fim que a instituiu, conclusão que decorre do princípio da especialidade, já estudado no
capítulo anterior. Caso a pessoa descumpra esse escopo, a sua atuação será ilegal, não podendo um ato
administrativo contrariar o que foi definido por lei. Enfim, tem-se que analisar, ainda, a possibilidade de controle
dessas pessoas jurídicas. Já foi explicado acima que a transferência da atividade administrativa para as pessoas da
Administração Indireta é uma hipótese de descentralização e que, nesse caso, não há qualquer relação de
hierarquia entre a nova pessoa jurídica e o ente que a criou. São entes distintos e o que existe é um controle quanto
à legalidade.
Autarquias
Pessoa jurídica de Direito Público, com autonomia, com patrimônio e receita próprios, criada por lei para executar
atividades típicas da Administração Pública, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada, constitui conceito de autarquia.
O conceito legislativo de autarquia é apresentado pelo art. 5º, I, do Decreto-Lei n. 200/67: serviço
autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.
B) são criadas e extintas por lei específica: a personalidade jurídica de uma autarquia surge com a publicação da lei
que a institui, dispensando o registro dos atos constitutivos em cartório. Nesse sentido, estabelece o art. 37, XIX, da
Constituição Federal que “somente por lei específica será criada autarquia”. A referência à necessidade de lei
“específica” afasta a possibilidade de criação de tais entidades por meio de leis multitemáticas.
D) nunca exercem atividade econômica: autarquias somente podem desempenhar atividades típicas da
Administração Pública (art. 5º, I, do Decreto-Lei n. 200/67), como prestar serviços públicos, exercer o poder de
polícia ou promover o fomento. É conceitualmente impossível autarquia exercer atividade econômica porque, ao ser
atribuída legalmente a uma autarquia, automaticamente a atividade sai do domínio econômico e se transforma em
serviço público;
E) são imunes a impostos: por força do art. 150, § 2º, da Constituição Federal, autarquias não pagam nenhum
imposto. Em razão de a norma mencionar somente impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos
compulsórios e contribuições especiais, são devidos normalmente;
f) seus bens são públicos: os bens pertencentes às autarquias são revestidos dos atributos da impenhorabilidade,
inalienabilidade e imprescritibilidade;
J) possuem as prerrogativas especiais da Fazenda Pública: as autarquias possuem todos os privilégios processuais
característicos da atuação da Fazenda Pública em juízo, como prazos em dobro para recorrer e em quádruplo para
contestar, desnecessidade de adiantar custas processuais e de anexar procuração do representante legal, dever de
intimação pessoal, execução de suas dívidas pelo sistema de precatórios etc.;
G) praticam atos administrativos: os atos praticados pelos agentes públicos pertencentes às autarquias classificam-
se como atos administrativos sendo dotados de presunção de legitimidade, exigibilidade, imperatividade e
autoexecutoriedade;
h) celebram contratos administrativos: como decorrência da natureza de pessoas públicas, os contratos celebrados
pelas autarquias qualificam-se como contratos administrativos, ou seja, constituem avenças submetidas ao regime
privilegiado da Lei n. 8.666/63 cujas regras estabelecem uma superioridade contratual da Administração Pública
sobre os particulares contratados;
i) o regime normal de contratação é estatutário: em regra, os agentes públicos pertencentes às autarquias ocupam
cargos públicos, compondo a categoria dos servidores públicos estatutários. A contratação celetista é excepcional;
Na atualidade, as agências reguladoras brasileiras podem ostentar dois perfis distintos, considerando-se as suas
funções:
a) as que exercem, com base em lei, típica atividade de polícia administrativa, com a imposição de limitações
administrativas, previstas em lei, fiscalização, repressão;
b) as que regulam e controlam as atividades que constituem objeto de concessão, permissão ou autorização de
serviço público (telecomunicações, energia elétrica, transportes etc) ou de concessão para exploração de bem
público (petróleo, rodovias etc). A nosso ver, essas, além do policiamento administrativo que também realizam,
atuam no controle das delegações para cujo acompanhamento são legalmente competentes.
A prova do Ministério Público/MS considerou INCORRETA a afirmação: “As fundações públicas não podem exercer
poder de polícia administrativa”.
Entretanto, a natureza de pessoas de direito público é negada pelo art. 5º, II, do Decreto-Lei n. 200/67, segundo o
qual fundação pública é “a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada
em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de
direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes”.
Empresas estatais
Dá-se o nome de empresas estatais às pessoas jurídicas de direito privado pertencentes à Administração
Pública Indireta, a saber: empresas públicas e sociedades de economia mista. Em que pese a
personalidade de direito privado, empresas públicas e sociedades de economia mista têm em comum as
seguintes características:
EMPRESAS PÚBLICAS
Empresas Estatais
SOCIEDADES DE
ECONOMIA MISTA
b) dever de contratar mediante prévia licitação. Entretanto, as empresas públicas e sociedades de economia mista
exploradoras de atividade econômica não precisam licitar para a contratação de bens e serviços relacionados
diretamente com suas atividades finalísticas, sob pena de inviabilizar a competição com as empresas privadas do
mesmo setor;
c) obrigatoriedade de realização de concurso público;
d) proibição de acumulação de cargos, empregos ou funções públicas;
e) contratação de pessoal pelo regime celetista de emprego público, com exceção dos dirigentes, sujeitos ao regime
comissionado (cargos “de confiança”);
A prova da OAB Nacional elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “Os dirigentes das empresas
estatais que não são empregados dessas empresas não são considerados celetistas”.
f) remuneração dos empregos não sujeita ao teto constitucional, exceto se receberem recursos públicos para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral;
b) todo capital é público: nas empresas públicas não existe dinheiro privado integrando o capital social;
c) forma organizacional livre: o art. 5º do Decreto-Lei n. 200/67 determina que a estrutura organizacional das
empresas públicas pode adotar qualquer forma admitida pelo Direito Empresarial, tais como: sociedade anônima,
limitada e comandita;
A prova do Ministério Público/MS considerou CORRETA a afirmação: “É possível, na esfera federal, uma empresa
pública ser organizada sob a forma de sociedade anônima sendo a União sua única proprietária”.
d) suas demandas são de competência da Justiça Federal: nos termos do art. 109 da Constituição Federal, cabe à
Justiça Federal julgar as causas de interesse da União, entidade autárquica ou empresa pública federal. No caso das
empresas públicas distritais, estaduais ou municipais, em regra, as demandas são julgadas em varas especializadas
da Fazenda Pública na justiça comum estadual.
Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, criadas mediante autorização legislativa,
com maioria de capital público e organizadas obrigatoriamente como sociedades anônimas. Exemplos: Petrobras,
Banco do Brasil, Telebrás, Eletrobrás e Furnas. O conceito legal de sociedade de economia mista está previsto no
art. 5º, III, do Decreto-Lei n. 200/67: “a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei
para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União ou à entidade da Administração Indireta”.
Assim como nas empresas públicas, o conceito de sociedade de economia mista apresentado pelo Decreto-Lei n.
200/67 exige dois reparos: são criadas mediante autorização legislativa, e não por lei; além de explorar atividades
econômicas, podem também prestar serviços públicos. É relevante destacar, ainda, que a referência à maioria do
capital votante pertencente à União ou à entidade da Administração Indireta diz respeito às sociedades de economia
mista federais. Aquelas ligadas às demais esferas federativas, evidentemente, terão maioria de capital votante
pertencendo ao Estado, Distrito Federal, Municípios, ou às respectivas entidades descentralizadas.
Bastante semelhantes às empresas públicas, as sociedades de economia mista possuem as seguintes características
jurídicas relevantes:
a) criação autorizada por lei: a personalidade jurídica surge com o registro dos atos constitutivos em cartório, assim
como ocorre com as empresas públicas, não sendo criadas diretamente pela lei;
b) a maioria do capital é público: na composição do capital votante, pelo menos 50% mais uma das ações com
direito a voto deve pertencer ao Estado. É obrigatória, entretanto, a presença de capital votante privado, ainda que
amplamente minoritário, sob pena de a entidade converter-se em empresa pública.
Quanto às ações sem direito a voto, a legislação não faz qualquer exigência em relação aos seus detentores,
podendo inclusive todas pertencer à iniciativa privada. A lei preocupa-se apenas em garantir ao Poder Público o
controle administrativo da entidade, o que depende somente da composição do capital votante. Porém, se o Estado
detiver minoria do capital votante, estaremos diante de empresa privada com participação estatal, caso em que a
entidade não pertence à Administração Pública;
A prova da OAB/MG considerou CORRETA a afirmação: “Existem entidades que contam com a participação do Poder
Público na formação de seu capital social, juntamente com o setor privado, mas que não integram a Administração
indireta”.
c) forma de sociedade anônima: por expressa determinação legal, as sociedades de economia devem ter
obrigatoriamente a estrutura de S.A.;
d) demandas são julgadas na justiça comum estadual: ainda que federais, as sociedades de economia mista
demandam e são demandadas perante a justiça estadual (art. 109 da CF).
A prova da Magistratura/PR considerou ERRADA a assertiva: “É competente a Justiça Federal para julgar as causas
em que é parte sociedade de economia mista cujo acionista controlador seja a União Federal”.
Consórcio público
Consórcio público é uma pessoa jurídica criada por lei com a finalidade de executar a gestão associada de
serviços públicos, onde os entes consorciados, que podem ser a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, no todo em parte, destinarão pessoal e bens essenciais à execução dos serviços transferidos.
A figura dos consórcios públicos no Direito Administrativo brasileiro surgiu com a Emenda Constitucional
nº 19/98, que alterou o art. 241 da Constituição da República Federativa do Brasil, dando-lhe a seguinte
redação:
"A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos
e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços
públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos."
A lei mencionada pela Constituição, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios
públicos, é a Lei nº 11.107/05.
Quanto à personalidade jurídica, os consórcios públicos podem ser pessoas jurídicas de direito público ou
de direito privado.
Quando são de direito público, constituem associações públicas, e deve ser ratificado um protocolo de
intenções para que o consórcio adquira personalidade jurídica. Vale lembrar que o consórcio público com
personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados.
Segundo Carvalho Filho, a Lei nº 11.107, de 6.4.2005, que dispõe sobre normas gerais de instituição de
consórcios públicos, previu que estes mecanismos deverão constituir associação pública ou pessoa jurídica
de direito privado (art. 1 º, § 1º). Ao referir-se à personalidade, o legislador estabeleceu que a associação
pública terá personalidade jurídica de direito público (art. 6º, I), ao contrário da outra alternativa, em que a
pessoa terá personalidade jurídica de direito privado.
Formado o consorcio público com a fisionomia jurídica de associação pública, terá ela natureza jurídica de
autarquia. Conseqüentemente, a tais associações serão atribuídas todas as prerrogativas que a ordem
jurídica dispensa às autarquias em geral.
Já os consórcios públicos de direito privado são regidos predominantemente pelo direito privado, mas
devem observar as normas de direito público quanto à realização de licitação, celebração de contratos,
prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
b) Formação – Somente formáveis entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Podem
ser entes diferentes.
3. Pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para a prestação de serviço público, contando
com capital exclusivamente público, é conceito jurídico de entidade
(A) empresarial.
(B) fundacional.
(C) autárquica.
(D) paraestatal.
(E) permissionária.
4. NÃO integram a Administração Pública Indireta:
(A) Sociedade de economia mista e autarquia.
(B) Empresa Pública e Sociedade de economia mista.
(C) Autarquia e Fundação Pública.
(D) Ministério Público e Defensoria Pública,
(E) Fundação Pública e Empresa Pública.