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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

A organização administrativa é a estruturação do Estado. Seu estudo

corresponde à definição e conhecimento das pessoas, órgãos e entes que

compõe a Administração Pública no desempenho da função administrativa (“a

função administrativa é dentre todas a mais ampla, uma vez que é através dela que o

Estado cuida da gestão de todos os seus interesses e os da coletividade” – JSCF).

Portanto, estudar a organização administrativa, envolve investigar a

composição, as atribuições e características das entidades integrantes da

Administração Pública.

O Estado exerce a função administrativa por meio de órgãos, pessoas

jurídicas e seus respectivos agentes. Para o desempenho de suas atribuições, o

Estado adota duas formas básicas de organização e atuação administrativa:

centralização e descentralização.

Ocorre a chamada centralização administrativa quando o Estado exerce

suas tarefas diretamente por meio dos órgãos e agentes integrantes da

Administração Direta. Assim, os entes políticos (União, Estados, DF e

Municípios) executam as atividades diretamente, por meio de seus agentes e

órgãos.

Ocorre a descentralização quando o Estado confere o desempenho de

algumas de suas atribuições a outras pessoas jurídicas. A ratio da

descentralização decorre da constatação de que a especialização resulta no

melhor desempenho das funções administrativas. A descentralização assume

duas formas: descentralização por outorga e descentralização por delegação.


A descentralização mediante outorga (descentralização por serviços ou

funcional), ocorre quando o Estado cria ou autoriza a criação, por meio de lei

específica, de entidade revestida de personalidade jurídica própria e a ela

transfere a titularidade e a execução da função pública. É o que ocorre com a

criação das entidades da Administração Indireta.

Por outro lado, a descentralização por delegação (descentralização por

colaboração) é feita para particulares, mediante a celebração de contratos

administrativos ou aos entes da Administração Indireta regidos pelo direito

privado, mediante lei (posicionamento de Matheus Carvalho – muitos autores

defendem que a descentralização para as entidades da Administração Indireta

somente assume a figura de descentralização mediante outorga). Nessas

hipóteses, apenas a execução do serviço público é transferida aos particulares

ou ao ente público, mas não a titularidade.

Vale distinguir a descentralização da desconcentração. A

descentralização pressupõe a existência de pessoas jurídicas distintas, ao passo

que a desconcentração se configura pela distribuição de competência no âmbito

de uma mesma pessoa jurídica, mediante especialização interna.

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