Você está na página 1de 40

na relação da Administração Indireta com a Administração Direta não existe

subordinação, mas, sim, relação de vinculação que fundamenta o exercício do


controle finalístico ou tutela,
Na relação entre a administração direta e a indireta, diz-se que há vinculação (e
não subordinação). A primeira exerce sobre a segunda o denominado controle
finalístico ou tutela administrativa ou supervisão. Para exercício do controle
finalístico é exigida expressa previsão legal, que determinará os limites e
instrumentos de controle (atos de tutela).

Desse modo, a servidora, ao dirigir o recurso ao Secretário de Estado com


pertinência temática com as atividades desenvolvidas pela autarquia, interpôs um
recurso hierárquico impróprio, em razão do controle finalístico, não havendo que
se falar em exercício de poder hierárquico, porquanto o recurso hierárquico
impróprio é aquele em que a parte dirige a autoridade ou órgão estranho à
entidade que expediu o ato, porém possui competência para julgar, conforme
explica Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro. 42. ed. São Paulo:
Malheiros, 2016, p. 814):

Recurso hierárquico impróprio é o que a parte dirige a autoridade ou órgão


estranho à repartição que expediu o ato recorrido, mas com competência
julgadora expressa, como ocorre com os tribunais administrativos e com os chefes
do Executivo federal, estadual e municipal.
Pedido de Reconsideração sempre se dirige à autoridade que decidiu o processo,
buscando a modificação ou supressão integral ou parcial da decisão.
o Recurso Hierárquico se define como uma petição dirigida à autoridade imediata
e hierarquicamente superior àquela que decidiu o processo em questão. É o que
nos ensina Celso Antônio Bandeira de Mello (Curso de Direito Administrativo. 27.
ed. São Paulo: Malheiros, 2013, p. 146):

b) recurso hierárquico — que é a petição dirigida à autoridade imediatamente


superior à que proferiu a decisão questionada, postulando sua reforma ou supressão.
Normalmente é interposto perante a própria autoridade recorrida, a qual poderá
reconsiderar o decidido — o que deverá fazer em cinco dias, conforme o art. 56, § 2,
da Lei 9.784, de 29.1.99, que disciplina o processo administrativo na órbita federal —
ou elevar a matéria.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se consolidou no sentido de que as
empresas públicas e sociedades de economia mista delegatárias de serviços
públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado são beneficiárias da
imunidade tributária recíproca
Detalhe: Se há negociação em bolsa de valores e esteja voltada à remuneração de
capital, a Sociedade de Economia Mista ou a Empresa Pública não faz jus à
imunidade tributária recíproca.

Obs: nas empresas estatais prestadoras de serviços públicos, ao contrário do que


ocorre nas exploradoras de atividade econômica, os bens são impenhoráveis, de
modo que tais entidades estão submetidas ao regime especial de execução por
precatório (ar

O conceito de Fazenda Pública para nele incluir somente as pessoas jurídicas de


direito público interno, quer da Administração Pública Direta (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios), quer da Administração Pública Indireta (autarquias,
fundações públicas, associações públicas, agências reguladoras e agências
executivas), além dos órgãos públicos despersonalizados dotados de capacidade
processual especial (Ministério Público, Defensoria, Tribunais de Contas, Mesa do
Senado etc.). Importante destacar que as empresas estatais (empresas públicas,
sociedades de economia mista e respectivas subsidiárias) não integram o conceito
de Fazenda Pública na medida em que, embora pertençam à Administração
Pública, são pessoas jurídicas de direito privado.

Quanto às EMPRESAS PÚBLICAS, incialmente destaca-se que:

- são as pessoas jurídicas de direito privado, mesmo prestando serviço publico


- integrantes da Administração Pública Indireta de qualquer dos entes políticos,
- cuja criação é autorizada por lei específica,
- constituída sob qualquer forma jurídica, ( pode ser S.A ou não )
- com capital exclusivamente público,

- destinando-se à exploração
MEGA OBS: Quanto ao regime jurídico das empresas estatais, tem-se que ele
é híbrido ou misto, é dizer, não estão presentes as prerrogativas estatais, mas há a
exigência de respeito aos princípios da Administração Pública.

Obs: Nessa linha, quando o Estado cria empresas estatais, não lhes pode conceder
vantagens processuais além daquelas conferidas igualmente aos particulares.

Em relação às empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de


serviços públicos, a responsabilidade civil será objetiva, com fundamento no art.
37, § 6º, da CF:
“Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.”

Por outro lado, as empresas públicas e sociedades de economia mista que


desenvolvem atividade econômica respondem, em regra, de maneira subjetiva,
em razão da aplicação do mesmo tratamento dispensado às empresas privadas em
geral, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, conforme o art. 173, § 1º, II,
da CF:

- as estatais dependentes (que receberem recursos da União, dos Estados, do


Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral) submetem-se ao teto remuneratório;

- já as estatais não dependentes, podem efetivar pagamento de remuneração


acima do teto remuneratório do serviço público aos seus empregados.

Os CONSELHOS PROFISSIONAIS por se tratar de uma atividade típica de Estado


( autarquias) , que abrange o poder de polícia, de tributar e de punir, não pode ser
delegada

2. DESCENTRALIZAÇÃO administrativa: ocorre quando o Estado desempenha


algumas de suas atribuições por meio de outras pessoas, e não pela sua
administração direta.
 A descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado (a União, o
Distrito Federal, um estado ou um município) e a pessoa que executará o
serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição.
 A descentralização pode ocorrer mediante outorga (também denominada
descentralização por serviços) ou mediante delegação, também chamada
descentralização por colaboração.
 A descentralização será efetivada mediante outorga quando o Estado
cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere determinado serviço
público, sendo que a outorga pressupõe obrigatoriamente a edição de uma
lei que institua a entidade, ou autorize a sua criação, e normalmente seu
prazo é indeterminado.
 É o que ocorre na criação das entidades da ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: o
Estado descentraliza a prestação dos serviços, outorgando-os a outras
pessoas jurídicas (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações públicas).

 A descentralização é efetivada mediante delegação quando o Estado


transfere, por contrato (concessão ou permissão de serviços públicos) ou ato
unilateral (autorização de serviços públicos), unicamente a execução do
serviço, para que a pessoa delegada o preste à população, em seu próprio
nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado.
Resumex: Na descentralização administrativa ou por outorga ocorre a
transferência da titularidade e da execução da competência do ente político à
entidade criada por ele.

A descentralização por colaboração ou por delegação é aquela decorrente do


contrato ou ato a outra pessoa jurídica, em que ocorre apenas a transferência da
execução da função, permanecendo a titularidade com o ente político.

PODER DE POLÍCIA NA DESCENTRALIZAÇÃO

O poder de polícia não está circunscrito à Administração Direta, pois a


doutrina admite a existência do Poder de Polícia originário e delegado.
Assim, observe que o poder de polícia originário é aquele exercido pela
administração direta, ou seja, pelos órgãos integrantes da estrutura das
diversas pessoas políticas da Federação. E, por sua vez, o poder de polícia
delegado é aquele exercido pelas pessoas administrativas do Estado, isto
é, pelas entidades integrantes da administração indireta, conforme nos
ensina Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo
Descomplicado. 23. ed. São Paulo: Método, 2015, p. 273):

O poder de policia originário é aquele exercido pela administração


direta, ou seja, pelos órgãos integrantes da estrutura das diversas
pessoas políticas da Federação (União, estados, Distrito Federal e
municípios). O poder de polícia delegado é aquele executado
pelas pessoas administrativas do Estado, isto é, pelas entidades
integrantes da administração indireta.
É possível delegar o poder de polícia a particulares?
Apesar de autorizar a delegação do poder de polícia às pessoas privadas, observa-
se que o Supremo trouxe requisitos específicos para tanto. Tais delegatárias devem
integrar a Administração Pública indireta, possuírem capital social majoritariamente
público e prestar serviço público em regime de não-concorrência.15 de

É viável a delegação do Poder de Polícia à empresa estatal, desde que o


faça por meio de lei e a entidade tenha capital social majoritariamente
público e preste exclusivamente serviço público de atuação própria do
Estado e em regime não concorrencial

As agencias reguladoras são autarquia em regime especial, que é caracterizada


pela ausência de tutela ou de subordinação hierárquica,

As agências reguladoras de que trata esta Lei poderão promover a acordo


de cooperação, a descentralização de suas atividades fiscalizatórias,
sancionatórias e arbitrais, exceto quanto a atividades do Sistema Único de
Saúde (SUS), que observarão o disposto em legislação própria. ( É VEDADO A
DESCENTRALIZAÇÃO DA COMPETÊNCIA NORMATIVA)
Características da desconcentração a distribuição do serviço dentro da mesma
pessoa jurídica; e transferência de competências com manutenção da
hierarquia.

As instituições religiosas não podem ser qualificada como OSCIP

Ver se vai cair se cair tenho que ler a Lei nº 13.303/2016 (Lei das Estatais),

Existem 4 teorias que explicam a relação entre o Estado e seus


agentes, por meio dos órgãos públicos e o porquê destes
poderem contrair obrigações em nome da pessoa jurídica a
qual estão vinculados.

A adotada pelo Brasil é a Teoria do Órgão (ou da


Imputação Volitiva). O artigo 37, §6º, da Constituição Federal
prevê a responsabilidade do ente público pelos danos que
seus agentes causarem a terceiros, em razão dessa teoria. Isso
se justifica porque as pessoas jurídicas expressam suas
vontades por meio de seus órgãos que, por sua vez, são
realizadas pelos agentes públicos. Resumindo, o ato do agente
público é imputado à pessoa jurídica

Já a teoria do mandato (o agente público seria um mandatário


da pessoa jurídica) . critica: o Estado não tem vontade própria,
por consequência, não poderia outorgar um mandato.

e a teoria da representação (equipara o agente público à


figura do tutor ou curador). Critica: porque equipara a pessoa
jurídica a um incapaz.
teoria da identidade: a primeira tentativa de explicar o assunto
afirmava que órgão e agente formam uma unidade inseparável, de
modo que o órgão público é o próprio agente. O equívoco dessa
concepção é evidente, pois sua aceitação implica concluir que a
morte do agente público causa a extinção do órgão;

II) teoria da representação: influenciada pela lógica do Direito Civil, a


teoria da representação defende que o Estado é como um incapaz,
não podendo defender pessoalmente seus próprios interesses. Assim,
o agente público atuaria exercendo uma espécie de curatela dos
interesses governamentais suprindo a incapacidade.

Essa teoria também falha na tentativa de explicar o problema, na


medida em que, sendo incapaz, o Estado não poderia nomear
seu representante, como ocorre com os agentes públicos;

III) teoria do mandato: sustentava que entre o Estado e o agente


público haveria uma espécie de contrato de representação, de modo
que o agente receberia uma delegação para atuar em nome do
Estado. O erro dessa concepção está em não conseguir apontar em
qual momento e quem realizaria a outorga do mandato;

IV) teoria da imputação volitiva ou do órgão: aceita pela


unanimidade dos doutrinadores modernos, a teoria da imputação
sustenta que o agente público atua em nome do Estado, titularizando
um órgão público (conjunto de competências), de modo que a
atuação ou o comportamento do agente no exercício da função
pública é juridicamente atribuída(o) – imputada(o) – ao Estado

g) autarquias associativas: são as denominadas “associações públicas”, ou seja,


aquelas que resultam da associação com fins de mútua cooperação entre entidades
públicas, formalizada pela instituição de consórcios públicos, sendo estes regulados,
como já vimos anteriormente no capítulo relativo aos contratos administrativos, pela
Lei nº 11.107/2005.

Característica da autarquia:
 Autonomia administrativa, financeira e orçamentária;
 Criação mediante lei;
 Execução de atividades típicas da Administração Pública
 Personalidade jurídica de Direito Público.

Agência Executiva é a denominação dada à qualificação concedida, por decreto


específico, às autarquias ou fundações que celebrem contrato de gestão com a
Administração

Uma das principais distinções NAS PARCERIAS:


OS's firma CONTRAT DE GESTÃO
OSCIP's TERMO DE PARCEIRA

Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de


Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades
descritas no art. 3º desta Lei:
I - as sociedades comerciais;
II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria
profissional;
III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos,
práticas e visões devocionais e confessionais;
IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um
círculo restrito de associados ou sócios;
VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas
mantenedoras;
IX - as organizações sociais;
X - as cooperativas;
XI - as fundações públicas;
XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por
órgão público ou por fundações públicas;
XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o
sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.

Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de
direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de
outras fontes.

TERMINAR E IMPRIMIR ESSE QUADRO

Empresas direito autorizada por qualquer forma capital 100% atividade Não tem privilégios
públicas privado lei jurídica, ( pode público. Mas econômic fiscais. Foro Justiça
ser S.A ou não ) bens são a ou à Federa
privados prestação Regra não tem
de serviç imunidade e pode
os penhorar bens
públicos.
A) EMPRESAS ESTATAIS ECONÔMICAS (REGRA) que atuam em regime concorrencial, a
- podem ter seus bens penhorados, e não possuem imunidade tributária;

B) EMPRESAS ESTATAIS PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS OU MONOPÓLIO– seus


bens, quando estiverem afetados aos serviços públicos e forem necessários à sua
continuidade, tendo em vista o princípio da continuidade dos serviços públicos,
serão insuscetíveis de penhora; TEM IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
o STF tem reconhecido a imunidade tributária do art. 150, VI, “a”, da CF às estatais de
serviços públicos e às estatais que exercem atividades monopolizadas, uma vez que não
se aplica, nessas hipóteses, o art. 173 da CF (todavia, a referida imunidade não se aplica às
estatais econômicas que atuam no mercado concorrencial, nem aos serviços públicos
remunerados por preços ou tarifas pelo usuário).
As direito autorização Somente SA Capital púbico atividade Não tem privilégios
Sociedades privado legal e privado. econômic fiscais. Foro Justiça
de Bens privados a ou à Estadual
Economia prestação
Mista de serviç
os
públicos.

Fundação direito privado atividades


Pública que não
exijam
execução
por
órgãos ou
entidades
de direito
públic
Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público,
com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de
direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
Autarquia direito Criada por lei bens são
público imprescrit
íveis e
impenhor
áveis.

são pessoas jurídicas de, por isso são criadas por . Como regra, elas podem exercer a

A descentralização por outorga, também chamada de técnica ou funcional ou por


serviços, ocorre quando o Estado cria uma entidade com personalidade jurídica
própria e transfere a titularidade da execução de determinado serviço público.

O controle da Administração Pública é a atribuição de vigilância, orientação e correção de


certo órgão ou agente público sobre a atuação de outro ou de sua própria atuação, visando
confirmá-la ou desfazê-la, conforme seja ou não legal, conveniente, oportuna e eficiente. No
primeiro caso tem-se heterocontrole; no segundo, autocontrole, ou, respectivamente,
controle externo e controle interno.

O recurso hierárquico impróprio é dirigido a autoridade de outro órgão


não integrado na mesma hierarquia daquele que proferiu o ato.
o vício de FORMA, que é a inobservância nas formalidades essenciais à
existência do ato

os atos de liberação podem ser compreendidos como espécies de atos de


consentimento de policia administrativa

Regras extinção de órgão e cargos

ÓRGÃO PÚBLICO – extinção depende de lei:


CARGO REGRA: extinção depende de lei;
CARGO EXCEÇÃO: extinção de cargos públicos vagos (poderá ser feita
por decreto autônomo).

Isso posto, o entendimento vinculante do STF é no sentido de que o


serviço de coleta e manejo de resíduos sólidos é classificado como uti
singuli, a autorizar a cobrança de taxa:
Súmula Vinculante nº 19: “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos
serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou
resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição
Federal.”

O contrato de gestão poderá ser celebrado não apenas com entidades da


administração indireta, mas também com órgãos sem personalidade
jurídica da própria administração direta.

IMPROBIDADE

As sanções por ato de improbidade administrativa não se aplicarão à


pessoa jurídica, caso o ato de improbidade administrativa seja
também sancionado como ato lesivo à administração pública de que
trata a Lei nº 12.846/13. LEI ANTI CORRUPÇÃO .

Atos administrativos

O objeto ou conteúdo é o efeito jurídico produzido pelo ato administrativo. Em outras palavras, o
objetivo é o direito que o ato efetivamente cria, extingue, modifica ou declara. Assim, é aquilo que o
ato enuncia, prescreve ou dispõe.

Vejamos alguns exemplos: na concessão de licença ao servidor, o objeto é a própria licença; na


emissão de uma Carteira Nacional de Habilitação, o objeto é a licença para dirigir; na exoneração de
um servidor, o objeto é a própria exoneração.

Há uma grande proximidade ou até mesmo confusão entre o objeto e a finalidade do ato. Porém,
para fins de prova, devemos considerar que o objeto é o fim imediato (direto) do ato, ao passo que a
finalidade é o resultado desejado, ou seu fim mediato (indireto). Por exemplo: a aplicação da pena de
suspensão por quinze dias tem como objeto a própria suspensão do servidor por este prazo. Por
outro lado, terá como finalidade atender ao interesse público, uma vez que punir servidores
indisciplinados servirá de exemplo para evitar futuras novas transgressões.

Licitação para concessão

Resumidamente, são critérios de julgamentos:

 Menor valor da tarifa;


 Maior oferta;
 Melhor proposta técnica;
 Melhor oferta de pagamento;
 Combinação de dois critérios.

A doutrina é firme em afirmar que a hierarquia é algo inerente à própria


estrutura escalonada com que se organiza internamente a Administração
Pública, independendo, portanto, da existência de previsão legal

Pergunta : O controle parlamentar se limita às questões de legalidade dos


atos administrativos.
Resosta
A questão versa acerca do Controle sobre a Administração Pública. Nesse
contexto, a assertiva está INCORRETA, pois o controle parlamentar é
eminentemente político e este controle visa ora aspectos de legalidade,
ora de mérito, com natureza política e com apreciação de decisões
administrativas, inclusive sob o aspecto da discricionariedade, conforme
ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro (Direito Administrativo. 32. ed. São
Paulo: Atlas, 2019, p. 824):

O controle abrange aspectos ora de legalidade, ora de mérito,


apresentando-se, por isso mesmo, como de natureza política, já que vai
apreciar as decisões administrativas sob o aspecto inclusive da
discricionariedade, ou seja, da oportunidade e conveniência diante do
interesse público.

Detalhe: o controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administração


Pública implica em interferência do Poder nas atribuições do Executivo
ou do Judiciário, porém é uma prática fundamentada e admitida pela
Constituição Federal,

o deferimento de prazo para sanar eventual ilegalidade, com a posterior


sustação do ato impugnado, se a irregularidade não for sanada, compete
ao TC, configurando controle parlamentar indireto, e não à Assembleia
Legislativa.
“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando
a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;”
conforme nos ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro (Direito Administrativo.
32. ed. São Paulo: Atlas, 2019, p. 824):
O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administração
Pública tem que se limitar às hipóteses previstas na Constituição
Federal, uma vez que implica interferência de um Poder nas atribuições
dos outros dois; alcança os órgãos do Poder Executivo, as entidades da
Administração Indireta e o próprio Poder Judiciário, quando executa função
administrativa.

Portanto, assertiva INCORRETA.

A fiscalização financeira da administração pública exercida pelo Congresso


Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas configura exemplo de
controle legislativo. O controle legislativo é aquele executado através do
Poder Legislativo sobre os atos da Administração Pública. Sendo o Poder
de representação popular, não poderia retirar-se a ele a função
fiscalizadora das condutas administrativas em geral. Exemplo desse
controle é o exercido pelos Tribunais de Contas, órgãos de controle
financeiro que integram o Legislativo d

Controle interno é aquele exercido dentro de um mesmo Poder, seja o


exercido no âmbito hierárquico, seja o exercido por meio de órgãos
especializados, sem relação de hierarquia com o órgão controlado, ou
ainda o controle que a administração direta exerce sobre a
administração indireta de um mesmo Poder.
[...]

De fato, o STF fixou entendimento na linha da prescritibilidade de


pretensão de ressarcimento ao erário, oriundas de decisões de Tribunais
de Contas, o que restou assentado em sede de repercussão geral (Tema
899), por meio da seguinte tese:

"É prescritível a pretensão de ressarcimento ao erário fundada em


decisão de Tribunal de Contas." 5 anos
Na letra E, de fato, quando do ato do TCU puder resultar anulação, caberá
o exercício prévio dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Isso é
encontrado, expressamente, na Súmula Vinculante 3. Ocorre o TCU não
pode, simplesmente, sustar a execução dos contratos. Cuidado, é uma
vedação clássica e sempre cobrada em provas.

O controle parlamentar pode ser de mérito ou de legalidade.

ncialmente, cumpre destacar que o CONTROLE DE LEGALIDADE se dá


quando o ato administrativo fosse contrastado com uma lei ordinária ou
uma lei complementar, enquanto o CONTROLE DE LEGITIMIDADE se dá
quando o ato administrativo fosse contrastado com um princípio do
ordenamento jurídico.

Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes


princípios fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Contrôle.”

m alguns casos, o controle interno decorre da hierarquia, pois esta


possibilita aos órgãos hierarquicamente superiores controlar os atos
praticados pelos que lhe são subordinados. Nessas situações, o controle
interno independe de lei, razão pela qual está incorreta a alternativa.
No entanto, isso não ocorre no que concerne ao sistema de controle
interno institucionalizado, decorrente da criação por lei de órgão
especializado com atribuições específicas de controle, cujo exercício
independe de escalonamento hierárquico com os órgãos
controlados. (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo
Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P.646)

a) As empresas públicas exploradoras de atividade econômica


são dispensadas da obrigação de realizar licitação para contratar. –
errada.

As empresas públicas exploradoras de atividade econômica não são


dispensadas pela Lei nº 8.666/93 da obrigação de realizar licitação para
contratar. A doutrina e a jurisprudência apenas as dispensam no que se
refere a sua atividade-fim. Portanto, alternativa incorreta.

b) O pessoal das empresas públicas rege-se pela Consolidação das Leis do


Trabalho ou por estatuto próprio. – errada.

Em verdade, o pessoal das empresas públicas rege-se pela Consolidação


das Leis Trabalhistas, não havendo opção por estatuto próprio. Logo,
alternativa incorreta.

Na lição de Ricardo Alexandre e João de Deus:

“Os empregados das empresas públicas e das sociedades de economia


mista têm suas relações empregatícias regidas pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT). Como o vínculo decorre de uma relação de
trabalho, eventuais litígios entre essas entidades e seus empregados devem
ser processados e julgados na Justiça do Trabalho (art. 114, I,
CF).” (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo
Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P. 103)
Poder Disciplinar. Com efeito, a Administração Pública, por meio do regular uso do
poder disciplinar, apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e
demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. Ex : penalidades em contrato
administrativo.
á o disciplinar é para apurar e aplicar penalidades. E, por acaso, só alcança às
pessoas que estejam ligadas ao Estado por meio de algum vínculo. Pode ser
estatutário, como é o caso dos cargos efetivos e comissionados. Pode ser
contratual celetista (caso dos empregados) e até contratual de terceirização,
exemplo das multas aplicadas às concessionárias pelo Poder Concedente.
Poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos
servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da
Administração. É uma supremacia especial que o Estado exerce sobre todos
aqueles que se vinculam à Administração por relações de
qualquer natureza, subordinando-se às normas de funcionamento do serviço ou do
estabelecimento que passam a integrar definitiva ou transitoriamente.

Nem toda atuação de polícia administrativa, contudo, pode ser levada a termo
de forma autoexecutória. Exemplo consagrado de ato não autoexecutório é a
cobrança de multas administrativas de polícia, quando resistida pelo particular .
Nesse caso, a imposição da multa é efetuada pela administração pública sem
necessidade de qualquer participação do Poder Judiciário. Entretanto, a cobrança
forçada dessa multa aplicada no exercício do poder de polícia e não paga pelo
administrado somente pode ser efetivada por meio de uma ação judicial de
execução.

Embora a discricionariedade seja a regra no exercício do poder de polícia, nada


impede que a lei, relativamente a determinados atos ou fatos, estabeleça total
vinculação da atuação administrativa a seus preceitos. É o caso, como vimos, da
concessão de licença para construção em terreno próprio ou para o exercício de
uma profissão, em que não existe para a administração liberdade de valoração,
quando o particular atenda aos requisitos legais.

Pergunta:
b) O poder de polícia é prerrogativa exclusiva do Poder Executivo, para a
garantia do interesse público.
Incorreto. Na verdade, o poder de polícia ADMINISTRATIVA é inerente e se
difunde por toda a administração, mesmo aqueles que não possuam, como
função típica, a função administrativa (Poder Legislativo), desde que na função
administrativa, c

Pergunta:

a competência para exercer o Poder de Polícia é do ente federativo que tem


legitimidade para disciplinar a matéria

CORRETO.É competente para exercer poder de polícia administrativa sobre uma


dada atividade o ente federado ao qual a Constituição da República atribui
competência para legislar sobre essa mesma atividade, para regular a prática
dessa atividade.

Supondo-se que a lei de criação do órgão distrital em questão não tenha


disposto sobre seu regimento interno, é cabível, posteriormente, a edição do
regimento interno por ato normativo infralegal, editado pelo próprio órgão
criado. - certo.
O órgão criado goza do chamado PODER NORMATIVO, que é aquele:
 em função do qual a Administração Pública edita atos com efeitos gerais
e abstratos,
 e compreende a edição de decretos regulamentares, instruções
normativas, regimentos, resoluções e deliberações.

“É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas


jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital
social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de
atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.” (S
Ainda, a única fase do ciclo de polícia que, por sua natureza, é absolutamente
indelegável é a ordem de polícia, ou seja, a função legislativa. Isso porque
a competência legislativa é restrita aos entes públicos previstos na CF, sendo
vedada sua delegação, fora das hipóteses expressamente autorizadas no tecido
constitucional, a pessoas jurídicas de direito privado.
A ORDEM DE POLÍCIA É a legislação que estabelece os limites e condições
necessárias para o exercício da atividade ou uso dos bens por parte dos
particulares.
Ex: as normas de vigilância sanitária.
Do conceito depreende-se que a avocação é decorrência do poder hierárquico (e
não de autotutela).

Pergunta :a) O alvará de licença concedido pela administração representa meio de


atuação do poder regulamentar. – errada.
Em verdade, o alvará de licença concedido pela administração representa meio de
atuação do poder de polícia e não regulamentar.

o poder de polícia ADMINISTRATIVA é inerente e se difunde por toda a


administração,
Pergunta: a) São exemplos de atos da polícia administrativa fiscalizadora, a
dissolução de uma reunião subversiva e o fechamento de estabelecimento
comercial aberto sem observância das regras sanitárias.

INCORRETA. No caso, os exemplos da alternativa refletem atos da polícia


administrativa SANCIONADORA, e não a fiscalizadora.

Para entender essas funções do poder de polícia, você precisa conhecer o CICLO DE
POLÍCIA.

O STJ classificou o poder de polícia em ciclos, os famosos Ciclos de Polícia, são


eles: 1°- ordem de polícia (ou legislação de polícia), 2°- consentimento de polícia,
3°-fiscalização de polícia e 4°- sanção de polícia.

d) No tocante aos atributos do poder de polícia, pode-se dizer que


são vinculados e que possuem autoexecutoriedade e coercibilidade.

INCORRETA. Como regra, o poder de polícia é DISCRICIONÁRIO, e não vinculado.

Os atributos do poder de polícia se constituem por meio da DICA:

DIscricionariedade
C oercibilidade
A utoexecutoriedade

Súmula vinculante nº 38/STF: É competente o município para fixar o horário de


funcionamento de estabelecimento comercial. ( PODER DE POLÍCIA)
Trata-se de competência para restringir (limitação de horário) direito dos
administrados (liberdade), em prol do interesse público.

Logo, tal atribuição decorre do poder de polícia, o qual, justamente, consiste


na faculdade conferida ao Estado de estabelecer regras restritivas e
condicionadoras do exercício de direitos e garantias individuais, tendo em
vista o interesse público

NÃO CONFUNDIR COM O PODER regulamentar – é o que cabe aos Chefes dos
Poderes Executivos com a finalidade de expedir normas de execução ou de
complementação das leis. Decorre do dispositivo contido no art. 84, IV, da
Constituição, que determina ser competência privativa do Presidente expedir
decretos e regulamentos para fiel execução das leis. (

RESPONSABILIDADE CIVIL

REGRA: OBJETIVA Estado responderá pelos danos que os seus agentes causarem
quando estiverem no exercício de suas funções ou quando se utilizarem de suas
funções para causar o dano , ou seja, o que interessa é exclusivamente a
qualidade de agente público que o causador do dano ostente no momento da sua
atuação, pouco importando se o ato é lícito ou ilícito, doloso ou culposo.

a doutrina é mansa e pacífica em afirmar que, como regra, os atos


jurisdicionais não rendem ensejo à responsabilização civil do Estado.
Existem alguns fundamentos que costumam ser indicados para justificar
essa impossibilidade, em regra, de se pleitear indenizações fundadas no
exercício da função jurisdicional.

Em casos de dano a pessoas causado por evento da natureza, o Estado poderá ser
responsabilizado civilmente por omissão.
Nessas hipóteses, segundo a citada jurisprudência, responde o Estado com base na
teoria da culpa administrativa. Trata-se, portanto, de modalidade de
responsabilidade civil subjetiva, mas à pessoa que sofreu o dano basta provar (o
ônus da prova é dela) que houve falta na prestação de um serviço que deveria ter
sido prestado pelo Estado, provando, também, que existe nexo causal entre o
dano e essa omissão estatal. Essa modalidade de responsabilidade extracontratual
do Estado usualmente se relaciona a situações em que há dano a um particular
em decorrência de atos de terceiros (por exemplo, delinquentes ou multidões) ou
de fenômenos da natureza (por exemplo, uma enchente ou um vendaval) - inclusive
os que forem classificados como eventos de força maior.

Reserva do possível - Conforme a jurisprudência do STF e do STJ, essa tese não


pode ser invocada caso haja violação do mínimo existencial, é dizer, sem que se
garantam elementos mínimos para a dignidade humana.

A responsabilidade decorrente de obras públicas exige o exame de dois aspectos:


1.º) se o dano foi causado pelo só fato da obra (em razão da obra em si); e 2.º) se a
obra estava sendo executada diretamente pela Administração Pública ou se a
Administração contratou sua execução com uma empresa particular.
O dano pelo só fato da obra (em razão da obra em si) é aquele causado por sua
extensão, duração ou localização, independentemente de qualquer erro ou
ilicitude na execução. É aquele que existiria ainda que fossem tomadas todas as
precauções técnicas. Como exemplo, podemos citar a paradigmática construção do
famoso Elevado Presidente Costa e Silva

Perceba que a responsabilidade é objetiva, porém não alcança todas as


pessoas de direito privado. Só as que prestem serviços públicos. Ou seja se
exerce atividade econômica não há a responsabilidade objetiva.

Pergunta: Uma chuva torrencial provocou enchente em bairro da Cidade, e


constatou-se que o sistema de drenagem pluvial não sofria manutenção há meses.

na situação I, haverá responsabilidade estatal na modalidade subjetiva, com base


na teoria da falta do serviço, uma vez patenteado o mau funcionamento do serviço
que deveria evitar ou minorar o evento danoso.
Nos casos em que há responsabilidade por omissão da Administração Pública,
aplica-se a teoria da culpa administrativa, na qual o Estado irá responder
perante terceiros lesionados, se ficar comprovada a sua omissão, o que se
configura no caso hipotético.

Logo, no caso em tela, independentemente de a chuva ser considerada um evento


de força maior, se tivesse sido feita a manutenção do sistema de drenagem pluvial
do bairro pela Administração Pública, os danos não teriam ocorrido. Portanto, em
razão da omissão do Estado, aplica-se a teoria da culpa administrativa ou da
falta do serviço, devendo os terceiros lesados serem indenizados.
A teoria da culpa do serviço (ou teoria da culpa administrativa; ou teoria do
acidente administrativo; ou teoria da culpa anônima do serviço público) procura
desvincular a responsabilidade do Estado da ideia de culpa do agente público. De
acordo com essa teoria, para que o Estado possa ser responsabilizado não é mais
necessário identificar a culpa do agente público causador do dano, sendo suficiente
demonstrar que o dano foi consequência do não funcionamento ou do inadequado
funcionamento do serviço público.” (

Súmula 556 do STF:


“É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de
economia mista”

"O Estado responde subsidiariamente por danos materiais causados a


candidatos em concurso público organizado por pessoa jurídica de direito
privado (art. 37, § 6º, da CRFB/88), quando os exames são cancelados por indícios
de fraude."A resposnabilidae da empresa é direta

Pergunta: Caso um ciclista sofra danos materiais em razão de queda sofrida em via
pública mal conservada, a indenização devida demandará apenas a comprovação
do dano e do nexo causal.

A questão versa acerca da Responsabilidade Civil do Estado. Nesse contexto, a


assertiva está INCORRETA, pois, no caso de omissão genérica (via mal conservada,
violência urbana etc.), o Estado responde com base na teoria subjetiva da
responsabilidade, na modalidade culpa administrativa.sendo necessário
demonstrar dolo ou culpa da omissão, além da comprovação do dano e do nexo
causal,

"RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO


FEDERAL. LATROCÍNIO PRATICADO POR PRESO FORAGIDO, MESES DEPOIS DA
FUGA. Fora dos parâmetros da causalidade não é possível impor ao Poder
Público uma responsabilidade

“O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores


oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros,

a responsabilidade [...] é subjetiva, aplicando-se a teoria da culpa do serviço


público ou da culpa anônima do serviço público (porque é indiferente saber quem é
o agente público responsável). Segundo essa teoria, o Estado responde desde que o
serviço público (a) não funcione, quando deveria funcionar; (b) funcione atrasado; ou
(c) funcione mal. Nas duas primeiras hipóteses, tem-se a omissão danosa

“É objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a profissional da imprensa


ferido por agentes policiais durante cobertura jornalística, em manifestações em que
haja tumulto ou conflitos entre policiais e manifestantes. Cabe a excludente da
responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, nas hipóteses em que o profissional
de imprensa descumprir ostensiva e clara advertência sobre acesso a áreas
delimitadas, em que haja grave risco à sua integridade física”.

As instancias são independentes mas Detalhe: As sanções são independentes entre


si, como regra geral, porém, no caso de absolvição criminal que negue a existência
do fato ou sua autoriaa esfera penal comunicar-se-á com a responsabilidade
ADMINISTRATIVA e CIVIL, que serão afastadas

O STF rechaçou a tese genérica de imprescritibilidade das pretensões de


ressarcimento do erário, mantendo-a, tão somente, em se tratando de atos de
improbidade cometidos mediante condutas DOLOSAS, c

A TEORIA DO RISCO INTEGRAL, que é uma variação radical da responsabilidade


objetiva, sustenta ser devida a indenização sempre que o Estado causar prejuízo a
particulares, sem qualquer excludente. Tal teoria é aplicada em alguns casos no
direito brasileiro, tais como:
 dano nuclear;
 dano ambiental;
 danos decorrentes de atentados terroristas em aeronaves.
I A configuração da responsabilidade objetiva do Estado pressupõe quatro
elementos: ato administrativo causador do dano; dolo ou culpa; prejuízo; e
nexo causal.

Incorreto. Pela teoria do risco administra, aduz-se que não se há que cogitar
culpa da administração ou de seus agentes, bastando a demonstração do nexo
causal ao dano sofrido e a OMISSÃO OU AÇÃO DO AGENTE, c

II Em regra, a responsabilidade civil do Estado apoia-se em dois fundamentos:


teoria do risco administrativo e repartição dos encargos sociais.

Correto. De fato, a responsabilidade civil do Estado apoia-se em dois fundamentos:


teoria do risco administrativo e repartição dos encargos sociais. A repartição dos
encargos sociais decorre da necessidade de o Estado restabelecer o equilíbrio de
uma pessoa que sofreu um ônus maior do que o suportado pelas demais pessoas,
devendo indenizá-la.

a edição de atos legislativos, em regra, não gera a responsabilidade civil do


Estado. Entende-se que a atividade legislativa é função decorrente da soberania
popular, razão pela qual o Estado não pode ser responsabilizado se a lei trouxer
dano a alguém.

Contudo, em duas situações a doutrina e a jurisprudência reconhecem a


responsabilidade civil do Estado por atos legislativos. São elas:
1) leis inconstitucionais – o Estado responde civilmente pelos danos
decorrentes da aplicação dessa lei. Contudo, o STJ firmou posicionamento de
que a responsabilização civil do Estado por ato legislativo depende da declaração
de inconstitucionalidade da lei pelo STF em sede de controle concentrado, não
alcançando, portanto, a inconstitucionalidade declarada em sede de controle
difuso
2) leis de efeitos concretos – porque, apesar de haver passado pelo processo
legislativo constitucionalmente previsto para a formação das leis, a lei de efeitos
concretos somente leva o nome de “lei”, uma vez que, materialmente (quanto ao
conteúdo), ela é verdadeiro ato administrativo, e, por conseguinte, se causar
dano ao particular, gerará direito à indenização.
a) a responsabilidade civil é atribuída ao Estado em relação aos danos gerados por
ato praticado com base em lei inconstitucional, sendo a lei, e não o ato, causa
direta da responsabilidade. – errada.
Em verdade, em hipótese de lei inconstitucional, o Estado responde pelos danos
decorrentes da aplicação dessa lei, e NÃO PELO ATO NORMATIVO EM SI.

Apenas os servidores da administração direta, das autarquias e das fundações


públicas estão enquadrados no regime jurídico único., certo.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito
de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores
da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

a) A competência para a apreciação dos processos que versem sobre direito de


greve de servidores estatutários tem relação direta com o ente ao qual o servidor
esteja vinculado juridicamente. – certa.

DIRITO DE GREVE
No âmbito do julgamento da ADI nº 3.395, decidiu o STF que está fora da
competência da Justiça do Trabalho “(...) apreciação de causas que sejam
instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica
relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.” (ADI nº 3.395
– Relator(a): Min. Cezar Peluso – Julgamento: 05/04/2006 – Órgão julgador: Tribunal
Pleno)
Logo, compete à Justiça Comum a apreciação dos processos que versem sobre
direito de greve de servidores estatutários.

A definição entre a Justiça Federal e a Justiça Estadual, por sua vez, se dará tendo
em vista a relação do servidor com o ente ao qual esteja vinculado juridicamente:
 servidores públicos da União, suas autarquias ou fundações: a
competência será da Justiça Federal;

servidores públicos municipais ou estaduais: a competência será da Justiça


Estadual. “A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a
abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública
direta, autarquias e fundações de direito público.” (
Obs.: O entendimento atual do STF é no sentido de que a competência da Justiça
Comum para julgar a abusividade da greve abrange os servidores celetistas:
Lei complementar vedou o direito de greve dos servidores públicos, impondo a
instauração de dissídio nos casos de conduta ilegal da administração pública. –
errada.

O direito de greve do servidor público é assegurado constitucionalmente, de modo


que a legislação infraconstitucional não pode vedar seu exercício. Vejamos:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(...)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)”

Ainda, não foi editada lei tratando do direito de greve dos servidores públicos, de
modo que tem sido aplicada, por analogia, a Lei nº 7.783/89 (que dispõe sobre o
exercício do direito de greve pelos trabalhadores celetistas).

c) É vedado o direito de greve de servidor municipal que atue na área de segurança


pública, salvo em caso de atraso de salário. – errada.
b) Lei complementar vedou o direito de greve dos servidores públicos, impondo a
instauração de dissídio nos casos de conduta ilegal da administração pública. –
errada.
O direito de greve do servidor público é assegurado constitucionalmente, de modo
que a legislação infraconstitucional não pode vedar seu exercício.
o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)”

Como Ainda, não foi editada lei tratando do direito de greve dos servidores
públicos, de modo que tem sido aplicada, por analogia, a Lei nº 7.783/89 (que
dispõe sobre o exercício do direito de greve pelos trabalhadores celetistas).

MAS.....
Nos termos do entendimento do STF, firmado em sede de repercussão geral, os
servidores da área de segurança pública são proibidos de fazer greve, senão
vejamos:
“O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado
aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na
área de segurança pública.
c) É vedado o direito de greve de servidor municipal que atue na área de segurança
pública, salvo em caso de atraso de salário. – errada.não tem salvo .
É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos
classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para
vocalização dos interesses da categoria.”

c) O direito de greve dos servidores públicos civis não está regulamentado em lei, o
que impede o exercício de tal direito.

INCORRETO. Não está regulamentado, porém, o STF admitiu o uso da lei dos
trabalhadores em geral por analogia. Isso se deu dentro do mandado de injunção,
adotando-se posição concretista.

Nesse sentido, para fixação de limite de idade, faz-se necessária a edição de lei.
Veja os termos de decisão do STF:

Fixar idade em edital

1. O Tribunal, no ARE 678.112/MG, julgado sob a sistemática da repercussão geral,


reafirmou a jurisprudência segundo a qual somente se afigura constitucional a
fixação de idade mínima em edital de concursos públicos quando respaldada por
lei e justificada pela natureza das atribuições do cargo.

2. Ausência de razoabilidade na fixação de limite etário de 24 (vinte e quatro) anos


para ingresso no cargo de policial militar do estado. 3. A Suprema Corte já firmou a
orientação de que o requisito etário deve ser comprovado na data da inscrição no
certame, e não em momento posterior.

Acumulação aposentadoria e cargo novo


§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes
do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função
pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.

permite a acumulação de:


- dois cargos de professor,
- um cargo de professor com outro técnico ou científico, e
- dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas, como o caso do fisioterapeuta.

Obs: Não há vedação ao recebimento simultâneo de benefício de aposentadoria


alcançada pelo Regime Geral de Previdência Social com salários decorrentes do
exercício do cargo público, porquanto a Emenda Constitucional 20, de 15 de
dezembro de 1998, estabeleceu somente a impossibilidade de acumulação de
remuneração de emprego público ou cargo público com proventos de
aposentadoria decorrentes dos arts. 40, 42 e 143 da Carta Magna, ou seja,
resultantes do regime previdenciário especial, destinado aos servidores públicos
efetivos.

Os seja se aposentou em EMPREGO PUBLICO cargo eletivo ou cargo comissionado


declarado em lei de livre nomeação e exoneração.pode acumular . o que não pode
são dois do REGIME PRÓPRIO.

Salario base abaixo do mínimo


segundo o entendimento consolidado do STF, o vencimento-base pode ser fixado
em valor inferior ao salário mínimo, o que não pode ocorrer é que a remuneração
total do servidor seja inferior ao salário mínimo.

Gratificação sobre gratificação


Art. 37. [...]
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

QUESTÃO
O Prefeito encaminha projeto de lei à Câmara Municipal, em que há o seguinte
dispositivo, instituindo gratificação:

Art. ... – Fica criada a Gratificação de Função para exercício de cargo comissionado de
Gerente de Fiscalização Municipal. Parágrafo único: A Gratificação de Função será
calculada à razão de 10% (dez por cento) do subsídio do Prefeito Municipal.

Acerca do referido dispositivo, é correto afirmar que o projeto de lei é


inconstitucional, pois é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

Vamos aproveitar para trabalhar, um pouco melhor, o conceito de vinculação e


equiparação.

O inc. XIII do art. 37 da CF/1988 estabelece:

“XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias


para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;”
Por exemplo, é inconstitucional norma que preveja que Delegados de Polícia devam
receber idêntica remuneração a dos Promotores de Justiça. São carreiras distintas,
Vejamos com mais detalhe o sentido das expressões vincular e equiparar, a partir
de apontamentos doutrinários.

Equiparar significa a previsão, em lei, de remuneração igual à de determinada


carreira ou cargo, enquanto vincular não significa remuneração igual, mas atrelada
a outra, de modo que a alteração da remuneração do cargo vinculante provoque,
automaticamente, a alteração prevista para o cargo vinculado.

É considerada vinculação, também, a subordinação da alteração remuneratória a


índices

“Os agentes administrativos são todos aqueles que exercem uma atividade pública
de natureza profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime
jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem. São os ocupantes de
cargos públicos, de empregos públicos e de funções públicas nas administrações
direta e indireta das diversas unidades da Federação, nos três Poderes.”

Agentes públicos –
São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do
exercício de alguma função estatal. Os agentes normalmente
desempenham funções do órgão, distribuídas entre os cargos de que são titulares,
mas excepcionalmente podem exercer funções sem cargo.

Agentes políticos:
são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos,
funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou
delegação para o exercício de atribuições constitucionais. Esses agentes atuam
com plena liberdade funcional, desempenhando suas atribuições com
prerrogativas e responsabilidades próprias, estabelecidas na Constituição e em
leis especiais. Têm normas específicas para sua escolha, investidura, conduta e
processo por crimes funcionais e de responsabilidade, que lhes são privativos.
“Os agentes credenciados, “são os que recebem a incumbência da administração
para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica,
mediante remuneração do poder público
credenciante”. Seria exemplo a atribuição a alguma pessoa da tarefa de representar
o Brasil em determinado evento internacional (um artista consagrado que fosse
incumbido de oficialmente representar o Brasil em um congresso internacional sobre
proteção da propriedade intelectual). Também são considerados “funcionários
públicos” para fins penais.
Os agentes delegados são particulares que recebem a incumbência de exercer
determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua
conta e risco, sob a permanente fiscalização do poder delegante.”
Pegadinha: Os cargos em comissão, salvo quando ocupados por servidor
concursado, são de livre nomeação e exoneração.
Falso não existe esse salvo todos são livre nomeação.

agente credenciado. Ademais, em parte tenta abordar o conceito de agentes


administrativos temporários

c) temporários: são os contratados por tempo determinado para atender a


necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX); não têm
cargo nem emprego público; exercem uma função pública remunerada
temporária e o seu vínculo funcional com a administração pública é contratual,
mas se trata de um contrato de direito público, e não de natureza trabalhista (eles
não têm o “contrato de trabalho” previsto na CLT); em síntese, são agentes públicos
que têm com a administração pública uma relação funcional de direito público, de
natureza jurídico-administrativa (e não trabalhista).

Limites de atuação PODER JUDICIARIO E recurso de prova


Conforme a jurisprudência do STF, no âmbito dos concursos públicos, o Poder
Judiciário NÃO pode
avaliar as respostas dadas por candidatos em questões.
reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados.
avaliar as notas atribuídas às respostas.
substituir a banca examinadora em aspectos constantes do edital.

 Somente pode : exercer juízo de compatibilidade do conteúdo das questões do
concurso com o previsto no respectivo edital.

Percepção acumulada aposentadoria e salario


b) Somente é cumulável a percepção de proventos de aposentadoria com a
remuneração de cargo público no caso de cargos cumuláveis na atividade.

Incorreto. Também é possível a percepção simultânea de proventos de


aposentadoria com a remuneração de cargo no caso de cargos eletivos e os cargos
em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. Vejamos:

Art. 37.[...]
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes
do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função
pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Efetividade x estabilidade

No âmbito da administração pública, é possível a existência de servidores com


efetividade e sem estabilidade, bem como de servidores com estabilidade e
sem efetividade.

A efetividade é um atributo do cargo e pode ser utilizado para designar o


servidor, assim que ele toma posse. Por exemplo: assim que o leitor passar no
concurso público, “sentará” em cargo efetivo. É um “local” na estrutura da
Administração que espera por uma pessoa que não vai se movimentar a todo
instante, exercendo suas atribuições de forma permanente.

Por sua vez, a estabilidade é uma proteção no serviço público, adquirida pelos
servidores detentores de cargos efetivos, depois de cumpridos requisitos
constitucionais necessários, como o decurso de três anos de efetivo exercício.

Sobre o tema, o autor José dos Santos Carvalho Filho apresenta-nos a seguinte
síntese:
a) Efetividade com Estabilidade: é o caso do servidor, ocupante de cargo efetivo,
que cumpriu os requisitos constitucionais de estabilidade;
b) Efetividade sem Estabilidade: o servidor público efetivo que ainda não
cumpriu as condições para a estabilidade;
c) Estabilidade sem Efetividade: é o que ocorre com os servidores públicos civis
alcançados pela regra do art. 19 do ADCT (estabilização constitucional 5 anos
contínuos sem concurso é estável mas não efetivo ); e
d) Sem Estabilidade e sem Efetividade: os empregados das empresas estatais,
embora concursados, não são efetivos ou estáveis.

Demissão de empregado publico


O Empregado Público não goza de estabilidade e, portanto, não há, para ele,
estágio probatório.

Não precisa de processo administrativo com observância do contraditório e da


ampla defesa Para a demissão do empregado público, não há a necessidade de
abertura de processo administrativo, bastando, para tanto, ato unilateral e
motivado da autoridade competente, sendo equiparado a um ato administrativo
de motivação obrigatória,
decisão fundamentada em razões que consubstanciem a motivação do ato, não
sendo necessária instituição de processo administrativo com prévia oitiva e
defesa do empregado.

Momento de verificar aptidão física e mental


Afirmação : a aptidão física e mental deve ser apurada só no momento da posse.
Pegadinha fala que é verificada antes da nomeação para o cargo. Errado pois Na
verdade, só no momento da posse. (art. 14, parágrafo único)
QUESTÃO
Vetusto trabalhou por seis anos em sociedade de economia mista federal, após
aprovação em concurso público promovido pela entidade. Não satisfeito com tal
posição, pediu dispensa após ter sido aprovado em concurso para cargo público
efetivo do Ministério da Saúde, nele sendo nomeado e empossado. Foi, todavia,
reprovado ao fim do estágio probatório. Em relação à posição anteriormente
ocupada na sociedade de economia mista, Júlio
 AA faz jus à recondução.
faz jus à reintegração.
faz jus à reversão.
faz jus ao aproveitamento.
não faz jus a qualquer provimento derivado.
Diante dessa narrativa, é de se concluir que o hipotético servidor não chegou a
adquirir estabilidade no serviço público. Afinal, empregos públicos não
proporcionam estabilidade, sendo submetidos a regime jurídico trabalhista
(celetista). Por outro lado, em relação ao segundo posto ocupado, aí sim, em cargo
público estatutário, houve reprovação no estágio probatório, de sorte que o
servidor não adquiriu estabilidade.

Firmada a premissa de que não se tratava de servidor estável, pode-se afirmar que
não teria direito a ser reconduzido ao cargo de origem. A uma, pois não se aplica
essa forma de provimento derivado a servidores não estáveis. A duas, pois, na
espécie, o servidor não ocupava cargo público, mas, sim, emprego público, sendo
que a recondução somente é possível em relação a cargos públicos.

XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias


para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;”

Vejamos com mais detalhe o sentido das expressões vincular e equiparar, a partir
de apontamentos doutrinários.

Equiparar significa a previsão, em lei, de remuneração igual à de determinada


carreira ou cargo, enquanto vincular não significa remuneração igual, mas atrelada
a outra, de modo que a alteração da remuneração do cargo vinculante provoque,
automaticamente, a alteração prevista para o cargo vinculado.

É considerada vinculação, também, a subordinação da alteração remuneratória a


índices, tais como os de inflação, de arrecadação orçamentária, de reajuste do
salário mínimo ou de correção monetária. No RE 218874/SC, o STF declarou
inconstitucional lei que previa reajuste automático de vencimentos dos servidores
do Estado-membro, vinculado ao incremento da arrecadação do ICMS e a índice de
correção monetária.

JULGAMENTO
STF – ADI 145/CE
A CF/1988 veda a vinculação e equiparação de quaisquer espécies remuneratórias
para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Por exemplo, é
inconstitucional norma que preveja que Delegados de Polícia devam receber idêntica
remuneração a dos Promotores de Justiça. São carreiras distintas,

O Prefeito encaminha projeto de lei à Câmara Municipal, em que há o seguinte


dispositivo, instituindo gratificação:

Art. ... – Fica criada a Gratificação de Função para exercício de cargo comissionado de
Gerente de Fiscalização Municipal. Parágrafo único: A Gratificação de Função será
calculada à razão de 10% (dez por cento) do subsídio do Prefeito Municipal.

Acerca do referido dispositivo, é correto afirmar que o projeto de lei é


 A
eivado de vício de iniciativa, pois não cabe ao Prefeito propor a criação de
gratificações, matéria de competência exclusiva da Câmara de Vereadores.
 B
desnecessário, pois gratificações de função podem ser criadas por decreto
autônomo, em vista da competência do Chefe do Poder Executivo para dispor
sobre a organização e funcionamento da administração municipal.
 C
constitucional, não havendo óbices à sua deliberação pela Câmara Municipal.
 D
inconstitucional, pois é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
 E
inconstitucional, pois cargos comissionados devem ser remunerados por subsídio,
em parcela única.

LETRA d

QUESTÃO Pressupondo-se que dado ente político examinado possua regime


próprio de previdência e considerando o regime previdenciário aplicável às
entidades da Administração indireta, com base nas normas ora vigentes da
Constituição Federal e da legislação federal aplicável, extrai-se que todos os
servidores integrantes do quadro
A )da administração autárquica estarão vinculados ao regime próprio de
previdência.
 Bdas fundações governamentais estarão vinculados ao regime geral de
previdência.
 Cdas sociedades de economia mista estarão vinculados a regime previdenciário
complementar.
 Ddas agências estarão vinculados ao regime geral de previdência.
 Edas empresas públicas estarão excluídos do regime próprio de previdência.

a) Errado:Não é verdade que todos os servidores dos quadros de entidades


autárquicas estejam submetidos a regime próprio de previdência, uma vez que a
Constituição ressalvou, de modo expresso, aqueles que sejam ocupantes
exclusivamente de cargo em comissão, os quais submetem-se ao Regime Geral de
Previdência Social

b) Errado:Considerando a existência de fundações estatais de direito público e de


direito privado, consoante entendimento há muito sedimentado pelo STF, é
incorreto afirmar que todos os servidores que aí atuam estarão vinculados
ao regime geral de previdência, porquanto, no que tange àqueles ocupantes de
cargos efetivos, lotados em fundações de direito público, o regime aplicável será o
o regime próprio da respectiva unidade federativa.

c) Errado:Empregados de sociedades de economia mista são regidos,


essencialmente, pela legislação trabalhista (CLT) e, por conseguinte, encontram-se
vinculados ao RGPS, não sendo verdadeiro aduzir que, de modo necessário, devam
constitui regime complementar de previdência.

d) Errado:Agências reguladoras têm sido instituídas, invariavelmente, sob a forma


de autarquias de regime especial. Em sendo, portanto, entidades autárquicas,
detentoras de personalidade de direito público, seus servidores submetem-se a
regime próprio de previdência social.

e) Certo:De fato, a exemplo dos empregados das sociedades de economia mista,


acima já comentados, os empregados das empresas públicas disciplinam-se pela
legislação trabalhista, de sorte que a eles se aplica o regime geral de previdência.
Assim sendo, está correto aduzir que estão excluídos do regime próprio de
previdência.

Os atos dos agentes de fato devem, em regra, ser convalidados perante terceiros e
o Estado responsabilizado por eventuais danos.

Certo: os agentes públicos de fato podem ser divididos em duas categorias, quais
sejam: agentes de fato putativos e necessários. Os primeiros são os que agem em
situação de normalidade, ostentando aparência de servidor público. Quanto aos
agentes necessários, atuam em cenários emergenciais ou de calamidade.

Em relação à convalidação dos atos praticados por tais agentes, no tocante a


terceiros de boa-fé, a doutrina sustenta a necessidade de que sejam, sim,
convalidados.

No que se refere à possibilidade de responsabilização civil do Estado, pelos atos daí


derivados, cumpre fazer uma separação. Quanto aos atos praticados por agentes
putativos, são imputáveis ao Estado, de modo que este deve responder civilmente
por eventuais danos, o que tem apoio na teoria da aparência e no princípio da boa-
fé. No que tange aos atos praticados por agentes necessários, inexiste a aparência
de agente público, o que faz a doutrina afastar a possibilidade de responsabilização
civil do Estado,

SERVIDOR TEMPORARIO PRORROGAÇÃO


a) as contratações temporárias, quando excepcionalmente admitidas, não podem
ser prorrogadas. – errada.

Diferentemente do que afirmado, o STF admite a prorrogação do prazo das


contratações temporárias, desde que não se opere indefinidamente, sob pena de
burlar a lógica de tal contratação, que visa a atender a uma necessidade
excepcional e temporária
Segundo os Tribunais Superiores, em virtude da teoria da aparência e da boa-
fé dos administrados, os agentes de fato putativos (que são aqueles que exercem a
função pública em situação de normalidade e possuem a aparência de servidor
público - ex.: agentes públicos que desempenham a função pública sem a
aprovação em concurso público válido/agentes temporários contratados fora das
hipóteses legais), fazem jus à remuneração em razão do exercício efetivo da
função, bem como ao levantamento dos depósitos de FGTS, sob pena
de enriquecimento sem causa do Poder Público

Nesse contexto, o STF, em sede de repercussão geral, enumerou os requisitos


para a verificação da regularidade da contratação temporária do art. 37, IX, da CF,
nos seguintes termos:
1) os casos excepcionais estejam previstos em LEI;
2) o prazo de contratação seja PREDETERMINADO;
3) o interesse público seja EXCEPCIONAL;
4) a necessidade seja TEMPORÁRIA e INDISPENSÁVEL, sendo vedada a
contratação para os serviços ordinários permanentes do Estado.
(STF. Plenário. RE 658026/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 9/4/2014).

REGIME JURÍDICO ADMINISRATIVO E PRINCÍPIOS

BENS DE EMPRESA PUBLICA


os bens das empresas públicas e das sociedades de economia mista prestadoras
de serviços públicos, assim como das fundações públicas com personalidade
jurídica de direito privado, desde que estejam sendo, em qualquer caso,
diretamente utilizados na prestação de serviço público, ficam submetidos a
regras próprias do regime jurídico dos bens públicos, revestindo, especialmente, as
características de impenhorabilidade e de não onerabilidade;

principio da sindicabilidade
O ajuizamento da ação judicial para conter eventuais abusos praticados pela
administração pública caracteriza a aplicação do princípio da sindicabilidade.

A expressão sindicabilidade, por si só, revela-nos o conteúdo do princípio. Ser


sindicável é “ser controlável”. Enfim, é a faculdade de os órgãos estatais
fiscalizarem os atos lesivos ao interesse público, por ilegais, ilegítimos ou ilícitos.

Perceba que o referido princípio, em um só tempo, engloba o princípio da


autotutela (prerrogativa de atuação de ofício por parte da Administração), como
também o princípio do controle judicial dos atos (sistema de jurisdição una ou
única, previsto no inc. XXXV do art. 5.º da CF/1988).

Dica da hora

O princípio da autotutela não se confunde com a sindicabilidade. A autotutela é


a prerrogativa restrita à Administração, conferindo-lhe a possibilidade de revogar
ou anular o próprio ato produzido. Já, pela sindicabilidade, tanto a Administração
como o Poder Judiciário podem anular os atos administrativos. Enfim, a
autotutela é conceito mais restrito.
Responsividade

pelo princípio da responsividade, a Administração Pública deve reagir


adequadamente às demandas da sociedade.

Com base nesse moderno princípio, a sociedade, de modo crescente, cobra o dever
de prestar contas de seus representantes, e, com isso, que deem transparência da
boa e regular aplicação do dinheiro público.

Juridicidade

O princípio da juridicidade surge no contexto em que a Administração deve


conjugar as regras e os princípios.

Sintetizando, com a constitucionalização dos princípios, a concepção de legalidade


cedeu lugar à noção de juridicidade, segundo a qual a atuação do Estado deve estar
em harmonia com o Direito, afastando a noção de legalidade estrita – com
contornos superpostos à regra –, passando a compreender regras e princípios.

Portanto, a juridicidade, além de englobar a conformidade dos atos com as leis


(princípio da legalidade), requer que a produção dos atos estatais esteja em
consonância com os princípios constitucionais expressos e implícitos.

Precaução

O princípio da precaução, de aplicação corrente no Direito Ambiental, remete-nos à


ideia de que, na visualização futura, ainda que remota, de eventuais danos, devem
ser adotadas medidas acautelatórias e protetivas do interesse público.

a cautela é de todo conveniente na medida em que se sabe que alguns tipos de


danos, por sua gravidade e extensão, são irreversíveis ou, no mínimo, de dificílima
reparação.

Função cogente

O princípio da função cogente é denominado, ainda, de princípio da


obrigatoriedade.

De fato, “ser cogente” é “ser obrigatório”, “ser vinculante”. O exercício da atividade


administrativa é para os administradores um múnus público, um encargo, um
dever. Os administradores são simples zeladores, curadores da coisa pública, e não
titulares do interesse público. Cabe-lhes atender às necessidades coletivas.
A prescrição e a decadência administrativas conferem destaque ao princípio
constitucional da segurança jurídica, expresso com relação à administração
pública.

Não há dúvidas de que, sob uma acepção objetiva, os institutos da decadência e da


prescrição são aplicações do princípio da segurança jurídica, enfim, da necessidade
de estabilização das relações jurídicas.

Esse princípio é, no entanto, tão somente implícito na CF, e daí o erro do


quesito.
REGIME ESTATUTÁRIO

são duas as características básicas do regime estatutário: pluralidade normativa e


não possui natureza contratual. Com efeito, a pluralidade normativa indica que
os estatutos funcionais são múltiplos, ou seja, cada entidade da federação, que
adote o regime estatutário, precisa ter a sua lei estatutária. E sendo estatuto não é
contratual

teoria da imputação volitiva: a vontade da pessoa jurídica será atribuída aos


órgãos que a compõem em razão do princípio da imputação volitiva
aceita pela unanimidade dos doutrinadores modernos, a teoria da imputação
sustenta que o agente público atua em nome do Estado, titularizando um órgão
público (conjunto de competências), de modo que a atuação ou o comportamento
do agente no exercício da função pública é juridicamente atribuída(o) –
imputada(o) – ao Estado.

Esta é a teoria da representação, utilizada anteriormente para explicar a relação do


Estado com seus agentes. Já superada, encontrou dois obstáculos intransponíveis,
Passou-se a considerar os agentes como representantes do Estado (teoria da
representação). Acerbas foram também as críticas a essa teoria. Primeiro, porque o
Estado estaria sendo considerado como uma pessoa incapaz, que precisa da
representação.
1) interesse público primário: relaciona-se com a necessidade de
satisfação de necessidades coletivas (justiça, segurança e bem-estar) por
meio do desempenho de atividades administrativas prestadas à
coletividade (serviços públicos, poder de polícia, fomento e intervenção na
ordem econômica); e

2) interesse público secundário: é o interesse do próprio Estado,


enquanto sujeito de direitos e obrigações, ligando-se
fundamentalmente à noção de interesse do erário, implementado por
meio de atividades administrativas instrumentais

Revisar descentralização ( empresas, econo mista , fundações e suas


prerrogativas ... inalienabilidade, impenhorabilidade, licitação , etc

O princípio da moralidade administrativa impede a prática do


nepotismo na Administração Pública, estendendo-se a vedação a
nomeações de cargos políticos. 3. A nomeação de parente, cônjuge ou
companheira para cargos de natureza eminentemente política, como no
caso concreto, em que a esposa do Prefeito foi escolhida para exercer cargo
de Secretária Municipal, não se subordina ao Enunciado Vinculante 13 (

Você também pode gostar