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Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Centro de Artes e Comunicação (CAC)

Leitura e Produção de Texto Acadêmico (LPTA)

Curso de Letras – 2023.1

Discente: Wellington José da Silva

Docente: André Cavalcante

Data: 23/08/2023

RESENHA CRÍTICA

GRIGOLETTO, Evandra; DE NARDI, Fabiele S.; GALLI, Fernanda C. S.;


SOBRINHO, Helson F. S. Sobre a educação, os lugares e o direito às línguas:
tecendo questões. In: Tensões entre o urbano e o digital: discurso, arte,
políticas. São Paulo: Pontes Editoras, 2022.

Na obra “sobre a educação, os lugares e o direito Às línguas: tecendo


questões” abordada por Fabíola Stockmann De Nardi, uma Doutora em Estudos da
Linguagem em Letras Português e Espanhol formada pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Dedicada a investigações relacionadas ao ensino de língua
estrangeira. Juntamente com, Mizael Inácio do Nascimento um Doutor em Letras
pela Universidade Federal de Pernambuco, com área de pesquisa à análise de
discurso com foco na orientação da língua Francesa, especialmente em relação à
autoria de escritos em espanhol como língua estrangeira. O artigo relatado se
encontra em um e-book em que os autores retratam em texto a educação de ensino
e os direitos as línguas nos lugares, trazendo consigo referenciação de dois
documentários que tem como foco explorar a mudança de ensino educacional e o
direito às línguas, juntamente com a mudança do sistema, visando a luta pela
educação pública e direito do sujeito ao saber.
o artigo se organiza por tópicos de temas cruciais, para construção da
obra destacada. Dividem-se em partes com introdução, desenvolvimento e
conclusão composto por 16 páginas, o texto se encontra nas páginas (107-122)
seguindo uma discussão sobre transformação na educação, seguida por
detalhamento de dois documentários que gera o enredo ao discorrer no texto. Com
subtemas tal como “ Sobre saber o seu lugar” que discute sobre o meio em que se
encontra as condições da educação e também a estatização do sistema
educacional em que a educação se encontra como mercado , abordagem da
exploração da precarização do sistema educacional; “E entre por que lutamos , as
línguas” que aborda ao desdobramento do envolvimento da língua estrangeira
inserido no sistema público de educação no Brasil; e “ ligando os pontos para
costurar algumas palavras finais” qual remete a finalização do artigo, com reflexão
sobre o tema aborda, adicionando informações finas do texto.

A princípio o texto aborda dois documentários destacados cujo nome é “la


nueva educación” que remete as mudanças/transformações na educação de escolas
desestatizadas, em que se baseia em discursos elitizados e inquietantes que irá
remeter-se a chamada “meritocracia” onde a gestão empresarial, orientada para
resultados e competitividade é trazida para o contexto escolar. Além disso, aborda-
se o segundo documentário “Operação Pedro Pan” que detalha a retirada de
crianças e jovens de classe média-alta cubanos após a revolução, mostrando como
a aceitação de diferentes tipos de educação para diferentes grupos de pessoas pode
ser naturalizada.

A história de um dos entrevistados dos documentários analisados pelos


autores a mudança em relação a "saber o seu lugar", destacando a segurança em
ocupar um lugar atribuído e a compreensão de que outros sujeitos devem ocupar
diferentes lugares e perpetua durante a leitura do artigo. Isso conecta com o papel
do sistema educativo na manutenção e subversão desses lugares, incluindo o
imaginário sobre línguas. O texto faz referência ao pensamento de Althusser sobre a
ideologia e aparelhos ideológicos de Estado para explorar o jogo de reprodução e
transformação dos lugares sociais, assim como a influência das línguas nesse
contexto. Logo demostra o segundo tópico “E entre aquilo por que lutamos, as
línguas”, a importância da língua estrangeira deve ser vinculada ao sistema público
educacional, porque é direito de todo sujeito presente no Brasil.
Por outro lado, o direito à educação inclusiva expõe múltiplos obstáculos
que dificultam sua realização, conferindo à noção de "revolução educacional" uma
abrangência notável. Os autores em questão apresentam uma abordagem única e
perspicaz, explorando temas complexos de maneira envolvente e provocativa,
levando o leitor a questionar suas próprias convicções e visões de mundo frisando a
importância da melhoria do ensino público, sem que o sujeito percorra a financiar por
conta própria estudos de línguas, além do inglês disponível como matéria curricular
obrigatória. E que o poder governamental do Estado como peça-chave na resolução
das deficiências educacionais, destacando tanto a negligência estatal em relação à
educação de qualidade quanto a exigência do indivíduo inserido na sociedade como
uma cobrança ao governo. No tocante à retirada do espanhol da grade curricular,
que gerou apreensão em 2016, profissionais de várias instituições têm ressaltado a
extinção das atividades de ensino desse idioma. Isso resulta em prejuízos concretos
para a qualidade da educação pública, constituindo um retrocesso na oferta de
línguas estrangeiras, especialmente quando se consideram fatores significativos,
como as preferências dos estudantes em vestibulares.

Ademais, contrariamente, como retratado no texto, a inclusão de idiomas


estrangeiros nas escolas pode trazer diversas oportunidades, especialmente nas
instituições públicas, que são negligenciadas pelo Estado em termos educacionais,
privando-nos de um sistema de ensino de qualidade. O texto enfoca com clareza e
concisão questões essenciais. Ele denuncia a visão equivocada de que as línguas
estrangeiras são dispensáveis no ensino, argumentando pela sua implementação
como um direito para acessar diferentes culturas por meio da linguagem.

Por fim, podemos declarar que o artigo desenvolvido por Fabiele


Stockmans e Mizael Inácio, é uma questão que deve ser debatida, devido aos fatos
que envolvem a capacitação do docente, visando praticas pedagógicas a partir de
seu uso, auxiliando todo discente e cidadão brasileiro. É de alta importância, que
principalmente jovens e adolescentes ter acesso a essa leitura sucinta, pois
desenvolve um conhecimento amplo e torna a sociedade e o meio social, de sujeito
passivo para uma reação não leiga sobre a inclusão de qualidade em escolas
públicas e privada reativando a equidade de ensino, com alta absorção de toda
classe social inserida no Brasil.
Recomendo a leitura do artigo, porque é enriquecido de informações e
auxilia no entendimento de novas práticas educacionais, que futuramente poderá ser
usada pelos docentes, para transmitir conhecimento ao aluno e ampliar fora do meio
educacional e propor a adoção de práticas de comportamentos consciente no
sistema educacional brasileiro. O público recomendado para este artigo inclui
pesquisadores que estudam direitos linguísticos, educadores envolvidos no
planejamento curricular e formuladores de políticas educacionais. Ao ler o artigo,
eles podem adquirir conhecimento sobre as implicações políticas, sociais e culturais
da garantia do direito à educação em línguas estrangeiras nas escolas. O impacto
desse artigo na sociedade é amplo e profundo. Ao reconhecer e garantir o direito à
educação em línguas estrangeiras, uma sociedade demonstra respeito e valorização
de diferentes culturas e origens linguísticas. Isso cria um ambiente mais inclusivo,
onde os alunos podem aprender em sua língua materna e em outras línguas,
enriquecendo sua experiência educacional e promovendo a compreensão
intercultural. Além disso, o artigo tem implicações significativas na área de ensino de
línguas. Ao enfatizar a importância do direito à educação em línguas estrangeiras,
ele pode influenciar mudanças nas políticas educacionais, levando a um currículo
mais diversificado e abrangente. Isso pode resultar em abordagens mais eficazes de
ensino de línguas, que atendam às necessidades individuais dos alunos e
promovam o multilinguismo como um ativo valioso.

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