GRIGOLETTO, Evandra; DE NARDI, Fabiele S.; GALLI, Fernanda C. S.;
SOBRINHO, Helson F. S. Sobre a educação, os lugares e o direito às línguas: tecendo questões. In: Tensões entre o urbano e o digital: discurso, arte, políticas. São Paulo: Pontes Editoras, 2022.
Na obra “sobre a educação, os lugares e o direito Às línguas: tecendo
questões” abordada por Fabíola Stockmann De Nardi, uma Doutora em Estudos da Linguagem em Letras Português e Espanhol formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dedicada a investigações relacionadas ao ensino de língua estrangeira. Juntamente com, Mizael Inácio do Nascimento um Doutor em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco, com área de pesquisa à análise de discurso com foco na orientação da língua Francesa, especialmente em relação à autoria de escritos em espanhol como língua estrangeira. O artigo relatado se encontra em um e-book em que os autores retratam em texto a educação de ensino e os direitos as línguas nos lugares, trazendo consigo referenciação de dois documentários que tem como foco explorar a mudança de ensino educacional e o direito às línguas, juntamente com a mudança do sistema, visando a luta pela educação pública e direito do sujeito ao saber. o artigo se organiza por tópicos de temas cruciais, para construção da obra destacada. Dividem-se em partes com introdução, desenvolvimento e conclusão composto por 16 páginas, o texto se encontra nas páginas (107-122) seguindo uma discussão sobre transformação na educação, seguida por detalhamento de dois documentários que gera o enredo ao discorrer no texto. Com subtemas tal como “ Sobre saber o seu lugar” que discute sobre o meio em que se encontra as condições da educação e também a estatização do sistema educacional em que a educação se encontra como mercado , abordagem da exploração da precarização do sistema educacional; “E entre por que lutamos , as línguas” que aborda ao desdobramento do envolvimento da língua estrangeira inserido no sistema público de educação no Brasil; e “ ligando os pontos para costurar algumas palavras finais” qual remete a finalização do artigo, com reflexão sobre o tema aborda, adicionando informações finas do texto.
A princípio o texto aborda dois documentários destacados cujo nome é “la
nueva educación” que remete as mudanças/transformações na educação de escolas desestatizadas, em que se baseia em discursos elitizados e inquietantes que irá remeter-se a chamada “meritocracia” onde a gestão empresarial, orientada para resultados e competitividade é trazida para o contexto escolar. Além disso, aborda- se o segundo documentário “Operação Pedro Pan” que detalha a retirada de crianças e jovens de classe média-alta cubanos após a revolução, mostrando como a aceitação de diferentes tipos de educação para diferentes grupos de pessoas pode ser naturalizada.
A história de um dos entrevistados dos documentários analisados pelos
autores a mudança em relação a "saber o seu lugar", destacando a segurança em ocupar um lugar atribuído e a compreensão de que outros sujeitos devem ocupar diferentes lugares e perpetua durante a leitura do artigo. Isso conecta com o papel do sistema educativo na manutenção e subversão desses lugares, incluindo o imaginário sobre línguas. O texto faz referência ao pensamento de Althusser sobre a ideologia e aparelhos ideológicos de Estado para explorar o jogo de reprodução e transformação dos lugares sociais, assim como a influência das línguas nesse contexto. Logo demostra o segundo tópico “E entre aquilo por que lutamos, as línguas”, a importância da língua estrangeira deve ser vinculada ao sistema público educacional, porque é direito de todo sujeito presente no Brasil. Por outro lado, o direito à educação inclusiva expõe múltiplos obstáculos que dificultam sua realização, conferindo à noção de "revolução educacional" uma abrangência notável. Os autores em questão apresentam uma abordagem única e perspicaz, explorando temas complexos de maneira envolvente e provocativa, levando o leitor a questionar suas próprias convicções e visões de mundo frisando a importância da melhoria do ensino público, sem que o sujeito percorra a financiar por conta própria estudos de línguas, além do inglês disponível como matéria curricular obrigatória. E que o poder governamental do Estado como peça-chave na resolução das deficiências educacionais, destacando tanto a negligência estatal em relação à educação de qualidade quanto a exigência do indivíduo inserido na sociedade como uma cobrança ao governo. No tocante à retirada do espanhol da grade curricular, que gerou apreensão em 2016, profissionais de várias instituições têm ressaltado a extinção das atividades de ensino desse idioma. Isso resulta em prejuízos concretos para a qualidade da educação pública, constituindo um retrocesso na oferta de línguas estrangeiras, especialmente quando se consideram fatores significativos, como as preferências dos estudantes em vestibulares.
Ademais, contrariamente, como retratado no texto, a inclusão de idiomas
estrangeiros nas escolas pode trazer diversas oportunidades, especialmente nas instituições públicas, que são negligenciadas pelo Estado em termos educacionais, privando-nos de um sistema de ensino de qualidade. O texto enfoca com clareza e concisão questões essenciais. Ele denuncia a visão equivocada de que as línguas estrangeiras são dispensáveis no ensino, argumentando pela sua implementação como um direito para acessar diferentes culturas por meio da linguagem.
Por fim, podemos declarar que o artigo desenvolvido por Fabiele
Stockmans e Mizael Inácio, é uma questão que deve ser debatida, devido aos fatos que envolvem a capacitação do docente, visando praticas pedagógicas a partir de seu uso, auxiliando todo discente e cidadão brasileiro. É de alta importância, que principalmente jovens e adolescentes ter acesso a essa leitura sucinta, pois desenvolve um conhecimento amplo e torna a sociedade e o meio social, de sujeito passivo para uma reação não leiga sobre a inclusão de qualidade em escolas públicas e privada reativando a equidade de ensino, com alta absorção de toda classe social inserida no Brasil. Recomendo a leitura do artigo, porque é enriquecido de informações e auxilia no entendimento de novas práticas educacionais, que futuramente poderá ser usada pelos docentes, para transmitir conhecimento ao aluno e ampliar fora do meio educacional e propor a adoção de práticas de comportamentos consciente no sistema educacional brasileiro. O público recomendado para este artigo inclui pesquisadores que estudam direitos linguísticos, educadores envolvidos no planejamento curricular e formuladores de políticas educacionais. Ao ler o artigo, eles podem adquirir conhecimento sobre as implicações políticas, sociais e culturais da garantia do direito à educação em línguas estrangeiras nas escolas. O impacto desse artigo na sociedade é amplo e profundo. Ao reconhecer e garantir o direito à educação em línguas estrangeiras, uma sociedade demonstra respeito e valorização de diferentes culturas e origens linguísticas. Isso cria um ambiente mais inclusivo, onde os alunos podem aprender em sua língua materna e em outras línguas, enriquecendo sua experiência educacional e promovendo a compreensão intercultural. Além disso, o artigo tem implicações significativas na área de ensino de línguas. Ao enfatizar a importância do direito à educação em línguas estrangeiras, ele pode influenciar mudanças nas políticas educacionais, levando a um currículo mais diversificado e abrangente. Isso pode resultar em abordagens mais eficazes de ensino de línguas, que atendam às necessidades individuais dos alunos e promovam o multilinguismo como um ativo valioso.
ROCHA, C. H. BASSO, E. A. (Orgs.) - Ensinar e Aprender Língua Estrangeira Nas Diferentes Idades Reflexões para Professores e Formadores. São Carlos Claraluz, 2008 PDF