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Organização da Administração Pública

Administração Pública
Administração Direta
Formada por Entidades Políticas - União / Estados / Distrito Federal / Municípios;
Composta por Órgãos públicos que não possuem personalidade jurídica.
Ex: Ministérios, Secretarias, gabinetes, Policia Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal.
Qualquer entidade política pode descentralizar, criando entidades administrativas da administração
indireta ou firmando contratos com entidades particulares.
Possuem autonomia política, tendo capacidade de legislar, ou seja, produzir lei em sentido formal, tanto
em lato (amplo), quanto em strictu senso.
Administração Indireta
As entidades da administração indireta são formadas por:
Autarquias: Personalidade Jurídica de direito público.
Fundações Públicas: Personalidade Jurídica de direito público ou Privado.
Sociedade de Economia Mista: Personalidade Jurídica de direito Privado.
Empresa Pública: Personalidade Jurídica de direito Privado.
Formada por Entidades Administrativas dotadas de personalidade jurídica própria.
Universidades Públicas normalmente são autarquias ou fundações;
Agência reguladora é uma espécie de autarquia em regime especial.
Não possuem autonomia política, porém podem produzir normas jurídicas em sentido amplo.
Função Administrativa do Estado
Finalidade da Função Administrativa do Estado: Atender os interesses da sociedade ou coletividade,
desde que respeitados os princípios e normas.
O Estado possui quatro maneiras de realizar sua função administrativa, sendo estas:
* Centralização;
* Descentralização;
* Concentração;
* Desconcentração.
Centralização
Trata-se do exercício administrativo feito diretamente pelas entidades políticas (U/E/DF/M) dos seus
órgãos e agentes públicos.
Descentralização
Divide-se em Descentralização Política e Administrativa.
Descentralização Política
Trata-se da criação de entes políticos com personalidade jurídica que possuem competência legislativa
dentro de seu âmbito territorial.
Descentralização Administrativa
Ocorre quando os entes políticos transferem a execução (ou a titularidade e execução) dos serviços para
outros entes. Pode ocorrer por meio de lei, contrato ou ato administrativo.
Ocorre entre duas pessoas jurídicas ou entre uma pessoa jurídica e uma física.
A descentralização pode ser:
* Territorial;
* Por serviços ou funcional ou técnica ou outorgada;
* Por colaboração ou delegação.
Descentralização Territorial
Trata-se da descentralização do Estado Unitário em departamentos, províncias e regiões.
Descentralização por Serviços ou Funcional ou Técnica ou Outorgada
Ocorre quando o Ente político cria uma pessoa jurídica com funções administrativas, atribuindo a
titularidade e a execução do serviço público.
Criados ou autorizados por lei específica.
O Ente criado passa a ter um VÍNCULO com o ente político que o criou, porém não existe subordinação e
hierarquia, mas apenas o controle.
Ex: Administração Indireta (Autarquia/Fundações Públicas/Empresas Públicas/Sociedade de Economia
Mista).
Descentralização por colaboração ou delegação
Ocorre quando o poder público continua com a titularidade, mas transfere a execução do serviço público
para um particular mediante contrato administrativo (Concessão e Permissão) ou ato administrativo
(Autorização).
Ex: Permissão ou concessão de serviço.

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Concentração
A função administrativa é realizada no ambiente interno de cada entidade, por um único órgão, sem
distribuir competências.
Acontece também quando uma pessoa jurídica resolve extinguir um órgão existente em sua estrutura,
realocando as competências em outra unidade.
Desconcentração
É a distribuição de competências dentro de uma mesma entidade (política ou administrativa – ambiente
interno) por meio dos seus órgãos, mantendo-se uma hierarquia.

Conceito de Órgão
Lei 9.784/99, Art. 1º, § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta;
Segundo Helly Lopes Meirelles¹, os órgãos Públicos são centros de competências instituídos para
desempenhar funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é destinada à pessoa jurídica a
que pertencem.
Fonte¹: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p.67.
Características dos Órgãos
- Surgem da desconcentração;
- Integram a estrutura de uma pessoa jurídica;
- Não possuem patrimônio próprio;
- Só podem ser extintos ou criados por lei conforme o Art.49,XI, CF/88;
- Podem firmar contrato de gestão nos termos do artigo 37, § 8º CF.;
- Não possuem personalidade jurídica própria;
- Não possuem capacidade processual, ou seja, não podem estar em juízo (REGRA)*;
- Conforme o STF, a iniciativa de lei para a criação ou extinção de órgão da administração pública é
privativa do chefe do executivo em todos os entes federativos.
* O M.P é um órgão que possui capacidade processual ativa podendo propor ações preventivas de
acordo com o Art.129, CF/88. (Exceção)
* Alguns órgãos (independentes ou autônomos) têm o direito de ajuizar ações para defender suas
competências quando violadas por terceiros. Trata-se da “CAPACIDADE PROCESSUAL
EXCEPCIONAL”. (Exceção)
Teoria do Órgão – Adotada Pelo BR.
De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a
manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa
teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao Estado.
Teoria do Mandato
Atuação do agente público por meio da celebração de contrato de mandato entre o Estado e o próprio
agente.
Teoria da Representação
O agente público é representante do Estado por força de lei; A teoria da representação possui como
característica a tentativa de equiparação da pessoa jurídica a incapaz, sendo o agente uma espécie de
tutor ou curador do Estado.

Quanto à Posição Estatal


Órgãos Independentes
Trata-se dos Poderes do Estado. Não possuem subordinação hierárquica e somente podem sofrer
controle uns pelos outros.
Ex.: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Chefias do Executivo, Tribunais e Juízes
e Tribunais de Contas.
Órgãos Autônomos
- Dotados de autonomia administrativa, técnica e financeira.
- Sofrem subordinação da alta cúpula da Administração.
- Trata-se de órgãos diretivos, possuindo funções de coordenação, supervisão e planejamento dos
exercícios de sua competência.
- Seus comandantes, normalmente, são agentes políticos integrantes de cargos comissionados.
Ex: Ministérios, Secretarias, AGU, MP, Defensoria Pública e Procuradorias Estaduais e Municipais.

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Órgãos Superiores
Dotados de poder de decisão e comando sobre assuntos referentes às suas competências.
Não possuem autonomia administrativa e financeira.
Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia.
Ex.: Gabinetes, Coordenadorias, Departamentos, Divisões, etc.
Órgãos Subalternos
São os que se destinam à execução dos trabalhos de rotina, cumprem ordens superiores.
Ex.: portarias, seções de expediente, etc.
Quanto à Composição do Órgão Público
Órgãos simples ou unitários
Dotados somente de um único centro de competência.
Órgãos compostos
São aqueles que em sua estrutura possuem outros órgãos menores, seja com desempenho de função
principal ou de auxílio nas atividades, as funções são distribuídas em vários centros de competência, sob
a supervisão do órgão de chefia.
Forma de Atuação Funcional
Órgãos Singulares
São aqueles que decidem e atuam por meio de um único agente, o chefe. Possuem agentes auxiliares, mas
sua característica de singularidade é desenvolvida pela função de um único agente, em geral o titular.
Órgãos Coletivos
São aqueles que decidem pela manifestação de muitos membros, de forma conjunta e por maioria, sem
manifestação de vontade de um único chefe. A vontade da maioria é imposta de forma legal, regimental ou
estatutária.
Quanto a Esfera de Ação
Órgãos Centrais
Exercem atribuições em todo o território nacional, estadual, distrital e municipal. Ex: Secretaria
Municipal e Ministérios.
Órgãos Locais
Atuam em parte do território. Ex: Postos de Saúde, Delegacias de Polícia, Delegacias Regionais da
Receita Federal.
Quanto à Função
Função Ativa
Responsáveis por funções primordiais, atuam no desenvolvimento de uma administração ativa
propriamente dita, apresentando condutas comissivas e expressando decisões estatais para o
cumprimento dos fins da pessoa jurídica.
Podem ser divididos em:
* Órgãos de direção superior: Tem a função de decidir, ordenar, dirigir e planejar, possuindo
responsabilidade jurídica e política das decisões.
* Órgãos de Execução: sujeitos à subordinação hierárquica.
Função Consultiva
Assumem atividade de aconselhamento e elucidação
Função de Controle
Exercem controle e fiscalização de órgãos ou agentes.
Fonte: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Atlas editora, 2010.
Fonte: CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 21ª ed. Rio de Janeiro: Lumem Juris Editora.
Fonte: MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 11 ED. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.

Controle Administrativo
Pode ser exercido por:
* Controle Interno;
* Supervisão Ministerial (Vinculação);
Controle Interno
Exercido pelos ministérios sobre os órgãos de sua estrutura interna.
Existe uma relação hierárquica.
Supervisão Ministerial ou Controle Finalístico
No âmbito do controle administrativo, considera-se Supervisão Ministerial o controle que a União
exerce, por meio dos ministérios, sobre as Pessoas Jurídicas da Administração Descentralizada
Federal.
A supervisão ministerial é um meio de controle administrativo exercido sobre as entidades integrantes

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da Administração Pública Indireta em relação ao ministério a que estejam vinculadas.


Esta vinculação não reflete subordinação hierárquica, caracterizando, assim, a autonomia e
independência das entidades da Administração Pública Indireta.
São características comuns às empresas públicas e às sociedades de economia mista estar sujeitas ao
controle finalístico do ente da administração direta que as instituiu.
Não se confunde com o controle interno ou Hierárquico.
Maria Sylva Di Pietro e Carvalho Filho: Consideram a Supervisão Ministerial um controle Externo.
Celso Antônio Bandeira de Mello: Considera o controle tutelar um controle “interno-externo”.
Fonte: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 13 ED. São Paulo: Editora Atlas, 2001, p 535.

Autarquia
Autós (Próprio) + Arquia (Comando, governo, direção)
Entidade integrante da Administração Indireta criada por meio da descentralização administrativa por serviço
ou outorga.
Criada e Extinta por Lei específica;
Personalidade Jurídica Pública;
Possui regime jurídico de direito público, tendo servidores contratados pelo regime estatutário;
Exerce atividades típicas da administração direta.
Especialização dos fins ou atividades, ou seja, a autarquia é criada, mediante um processo de
descentralização por serviço, para exercer um serviço especializado em uma determinada área, fazendo-
se assim cumprir o princípio da especificidade;
Passa a ser titular e a executar o serviço descentralizado.
Não exploram atividade econômica, foca apenas na prestação de serviços públicos.
Possui vínculo com a Administração Direta (Entidade Política que a criou), sendo sujeita ao controle ou
tutela administrativa para verificar se o objetivo da criação está sendo atendido. Não existe
hierarquia.
Possui autonomia:
* Patrimonial;
* Organizacional;
* Financeira;
Não é dotada de autonomia política.
Possui capacidade específica de atuação atribuída por lei.
Existe o controle do Tribunal de Contas sobre as autarquias, quando existe a transferência de recursos
da Administração direta.
Os bens são inalienáveis, imprescritíveis, insuscetíveis de usucapião e de direitos reais;
O pagamento dos débitos judiciais das autarquias é efetuado através de precatórios
OBS: O STF entende que empresas estatais que prestam serviço público, tendo suas atividades afins a
da Fazenda Pública, não poderão ter seus bens alienados, sendo aplicável o privilégio da
impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços e o regime de precatório.
Organização interna ocorre através de decretos emanam do poder executivo, de portarias, regimentos
ou regulamentos internos.
A prescrição das ações contra as autarquias é quinquenal;
As autarquias podem ser Federais, Estaduais ou Municipais.
Possui prerrogativas como:
* Imunidade Tributária, sendo vedada a instituição de impostos sobre o patrimônio;
* Privilégio processual;
Possui responsabilidade objetiva, respondendo pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, independente de dolo ou culpa. Caso a autarquia não tenha condições
patrimoniais e orçamentárias de indenizar a integridade dos custos, é possível a responsabilidade
subsidiária do ente político da Administração Direta.
As autarquias podem ser divididas em dois regimes:
* Comuns: as autarquias que não possuem nenhuma particularidade que as diferencie das autarquias em
geral.
* Especial: possuem características próprias, que as tornam “especiais”, como uma maior autonomia
administrativa, técnica ou financeira. Além disso, tais autarquias possuem função normativa ampla, de
fiscalização e de controle. Tais prerrogativas devem estar previstas na lei de criação.
Sujeita-se ao sistema de licitações para a contratação de obras e serviços públicos;
Decreto-Lei 200/67. Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

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I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
As autarquias podem ser:
* Autarquias Assistenciais: Aquelas que auxiliam regiões ou categorias sociais menos estruturadas. Ex:
ADENE;
* Autarquias Previdenciárias: Focadas na área da previdência social. Ex: INSS;
* Autarquias Culturais: Focadas na educação e ensino;
* Autarquias Profissionais: Focadas na fiscalização de atividades profissionais. Ex: CREA, CRM, CRO.
Fonte: https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=9123
Fonte: https://erosmarella.jusbrasil.com.br/artigos/322781507/autarquia-no-direito-brasileiro
Fonte: https://jonassudy.jusbrasil.com.br/artigos/465339048/entendendo-as-autarquias-em-regime-especial-as-agencias-executivas-e-
as-agencias-reguladoras

Agências Executivas x Agências Reguladoras


Agências Reguladoras
Autarquias em regime especial;
Têm como função regulamentar, controlar e fiscalizar os serviços, atividades e bens transferidos ao setor
privado.
Exercem o poder de polícia, impondo limites administrativos.
Possuem uma maior autonomia administrativa;
As agências reguladoras são autarquias em regime especial, o que lhes confere maior autonomia
administrativa e financeira, contudo, não possuem independência em relação aos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, pois submetem-se aos controles de tais poderes.
Origina-se, por lei, como Agência Reguladora;
Todas as Entidades Políticas (U/E/DF/M) podem criar Agência Reguladora;
Possuem vínculo com a Administração Direta, e não subordinação;
Seus dirigentes possuem estabilidade, desfrutam de mandato conferido por lei, e somente podem ser
desligados ao término do período de investidura, por condenação judicial ou após processo
administrativo.
As decisões definitivas das agências, em regra, não são passíveis de apreciação por outros órgãos ou
entidades da administração pública.
As agências reguladoras, no que se refere à concessão, permissão e autorização de serviço público,
possuem a atribuição de definir o valor da tarifa.
Estão sujeitas ao controle financeiro, contábil e orçamentário do Poder legislativo, com o auxílio do
TCU.
Possuem decisão colegiada, sendo os membros nomeados pelo Chefe do Executivo, com aprovação do
legislativo;
O dirigente da agência reguladora, após o cumprimento do seu mandato, ficará impedido, por
determinado prazo, normalmente 04 meses (quarentena), de praticar exercícios voltados ao setor
atribuído a agência reguladora, podendo ser tipificado crime de advocacia administrativa, além de outras
sanções cabíveis.
Cada agência tem especialização em relação à sua atribuição técnica;
Ex: Anvisa; ANS; ANCINE; ANEEL; ANTT; ANAC; ANTAC.
Agências Executivas
Não possuem como objetivo principal regulamentar, controlar e fiscalizar, mas sim de executar as
atividades administrativas.
São pessoas jurídicas de direito público (Autarquias ou Fundações Públicas), que são qualificadas por
Decreto do Chefe do Poder Executivo;
Objetivo: Otimizar recursos, reduzir custos e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos;
Exigência para se tornar uma Agência Executiva:
* Celebrar um contrato de gestão com o Ministério Supervisor;

* Possuir um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional;


OBS: O contrato de gestão é considerado uma das formas concretas de atuação do princípio
constitucional da eficiência, pois garante uma maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta.
CF/88. Art. 37. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o

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órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:


I – o prazo de duração do contrato;

II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos


dirigentes;

III – a remuneração do pessoal.


OBS: A desqualificação da Agência Executiva é feita por meio de Decreto, por iniciativa do Ministério
Supervisor.
OBS: A autarquia não nasce já sendo uma Agência Executiva.
OBS: A qualificação como Agência Executiva não altera a natureza da entidade, continuando com as
mesmas atribuições de sua criação.
Podem ser criadas por todas as entidades políticas (U/E/DF/M);
Ex: INMETRO, o CADE, o IBAMA e o INPI.
Fonte: https://renatavalera.wordpress.com/2015/07/13/agencias-reguladoras-e-executivas/#_ftnref1
Fonte: https://marianahemprich.jusbrasil.com.br/artigos/139254569/diferenciacao-entre-agencias-executivas-e-agencias-reguladoras

Conselhos Profissionais
São pessoas jurídicas de direito público (autarquias), exceto OAB;
Prestam contas ao TCU;
Gerem os recursos recebidos de forma adequada e proporcional, zelando sempre pela eficiência e
economicidade;
Existindo excesso ou desvio de poder, é possível a anulação (judicial ou extrajudicial) do ato
administrativo;
É possível sua condenação por danos morais e materiais, na existência de atos lesivos, existindo ainda a
possibilidade de ação regressiva contra seus agentes.
Fonte: https://franciscocamargosouza.jusbrasil.com.br/artigos/365809114/a-natureza-juridica-dos-conselhos-de-fiscalizacao-
profissional-a-prestacao-de-contas-ao-tcu-e-o-desvio-de-poder

STF/ADI 1.717
Os conselhos de fiscalização profissional têm natureza jurídica de autarquias, consoante decidido no
MS 22.643, ocasião na qual restou consignado que:

(i) estas entidades são criadas por lei, tendo personalidade jurídica de direito público com autonomia
administrativa e financeira;

(ii) exercem a atividade de fiscalização de exercício profissional que, como decorre do disposto nos
artigos 5º, XIII, 21, XXIV, é atividade tipicamente pública;

(iii) têm o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da União (art. 71, II, CRFB/88).

2. Os conselhos de fiscalização profissional, posto autarquias criadas por lei e ostentando personalidade
jurídica de direito público, exercendo atividade tipicamente pública, qual seja, a fiscalização do exercício
profissional, submetem-se às regras encartadas no artigo 37, inciso II, da CRFB/88, quando da contratação
de servidores. Precedente: RE 539.224, 1ª Turma Rel. Min. Luiz Fux, Dje.- 18/06/2012.
3. A fiscalização das profissões, por se tratar de uma atividade típica de Estado, que abrange o poder de
polícia, de tributar e de punir, não pode ser delegada (ADI 1.717), excetuando-se a Ordem dos
Advogados do Brasil (ADI 3.026).

Fundações Públicas
Decreto-Lei nº 200/67 Art. 5º, IV “Fundação pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento
de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes”.
As Fundações Públicas de Direito Público seguem o mesmo regime das autarquias, sendo consideradas
entidades autárquicas.
Tem a finalidade de focar em atividades voltadas ao interesse coletivo no âmbito do ensino, educação,
pesquisa e atividades culturais, além de assistência social e médica.
Conforme Di Pietro, os dispositivos constitucionais que se referem às fundações são aplicáveis ao

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gênero, independentemente da personalidade jurídica ser pública ou privada.


De acordo com Di Pietro, pode-se definir a fundação instituída pelo poder público como o patrimônio, total
ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou privado, e destinado,
por lei, ao desempenho de atividades de Estado na ordem social, com capacidade de auto-administração
e mediante controle da Administração Pública nos limites da lei.
STF/ADI 191-RS
A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como foram criadas, da opção legal
pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos serviços
por elas prestados.

Natureza Jurídica das Fundações para os Doutrinadores


Celso A. Bandeira de Melo: Considera as Fundações Públicas de direito público.
Di Pietro, Diógenes Gasparini, Miguel Reale, Cretella Jr.: Consideram que as Fundações Públicas podem
ter natureza jurídica de direito público ou privado. (Corrente Majoritária);
Hely Lopes Meireles e Marçal Justen Filho: Consideram as Fundações como direito privado.
Di Pietro¹
Quando o Estado institui pessoa jurídica sob a forma de fundação, ele pode atribuir a ela regime jurídico
administrativo, com todas as prerrogativas e sujeições que lhe são próprias (Direito Público), ou
subordiná-la ao Código Civil (Direito Privado), neste último caso, com derrogações por normas de direito
público. Em um e outro caso se enquadram na noção categorial do instituto da fundação, como patrimônio
personalizado para a consecução de fins que ultrapassam o âmbito da própria entidade.
Hely Lopes Meirelles²
As fundações prestam-se, principalmente, à realização de atividades não lucrativas e atípicas do Poder
Público, mas de interesse coletivo, como a educação, cultura, pesquisa, sempre merecedoras do
amparo estatal.
CF/88. Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação;
Sujeitam-se à responsabilidade civil na modalidade objetiva.
Fonte: https://jus.com.br/artigos/14069/fundacao-publica-personalidade-juridica-de-direito-publico-ou-privado
Fonte¹: DI PIETRO. Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2002. P. 372 e 373.
Fonte²: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo, Malheiros Editores, 2009. P. 352.

Fundações Públicas
Características Direito Público Direito Privado
Autorizadas por lei com os atos constitutivos
Criação e
Criadas por Lei inscritos no Registro Civil das Pessoas
Extinção
Jurídicas.
Atividade focada no interesse da Atividade focada no interesse da
Objeto
coletividade, sem fins lucrativos. coletividade, sem fins lucrativos.
Regime Jurídico Direito Público Direito Privado
Prerrogativas Mesmas das Autarquias Obedecem ao Direito Civil
Bens privados, porém, os bens empregados
Patrimônio Bens Públicos na prestação de serviços públicos possuem
prerrogativa de bens públicos

Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista


Semelhanças
Entidades administrativas integrantes da Administração Indireta;
Pessoas Jurídicas de Direito Privado;
Podem atuar na área de exploração de atividades econômicas, quando necessária aos imperativos de
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo (regra); ou na área de serviços públicos.
Lei específica autoriza a criação e extinção;
Após a autorização por lei para a criação, a empresa pública ou sociedade de economia mista nascem
definitivamente quando registrado, em órgão competente, o seu ato constitutivo.
Possuem vinculação com o ente que as criaram (Controle de Tutela);
Há a possibilidade de aplicação tanto de regras do direito público, quanto do direito privado.
Criadas para exercerem certa finalidade específica; (Princípio da Especialidade).
Regime jurídico híbrido com normas de direito privado, em certas situações, e normas de direito público
em outras.

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Em regra, seus bens são privados, não possuindo prerrogativas como a impenhorabilidade e a
imprescritibilidade, porém, em se tratando bens de EP e SEM que prestem serviços públicos (Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos), tais entidades gozam dos mesmos benefícios dos bens públicos.
Em se tratando de empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividades
econômicas, estas terão um predomínio maior das normas do direito privado, sendo as normas de
direito públicos aplicadas apenas quando apresentadas expressa ou implicitamente na CF/88.
Em se tratando de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos,
existe o predomínio das normas de direito público.
A imunidade tributária não se aplica as empresas públicas e sociedades de economia mista que exploram
atividades econômicas, sendo aplicável apenas àquelas que prestam serviços públicos, inclusive suas
subsidiárias.
O regime de pessoal é de emprego público, sendo regido pela CLT, tendo um vínculo de contrato de
trabalho (bilateral);
A contratação de pessoal é feita mediante concursos públicos (Predomínio de normas de Direito Público);
Os empregados públicos não têm direito à estabilidade;
O STF entende que a dispensa dos empregadores públicos deverá ser motivada no caso de empresas
públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos (Não existe um entendimento em
relação às exploradores de atividade econômica), respeitados os princípios da moralidade e da isonomia.
A acumulação remunerada de cargos, empregos e funções, em regra, é vedada aos empregados públicos.
Em relação ao teto constitucional remuneratório, caso as EP e SEM e suas subsidiárias:
* Estejam recebendo recursos do ente criador para o custeio e pagamento de pessoal, devem
obedecer o teto constitucional; (Empresa estatal dependente)

* Não estejam recebendo recursos, é possível a ultrapassagem do teto constitucional. (Empresa estatal
independente).
Os empregados públicos:
* Estão sujeitos ao RGPS;
* Resolvem os litígios da relação de trabalho na Justiça do Trabalho;
* No caso de improbidade administrativa, são considerados agentes públicos;
* Para fins penais, são considerados funcionários públicos.
O regime de pessoal dos dirigentes das entidades estatais é um regime especial, regido pela Lei
13.303/16, não se tratando de cargo público, nem emprego público.
AS EP e SEM se submetem, em regra, à realização de licitações públicas, sendo regidas integralmente
pela Lei 13.303/16, sendo a Lei 8.666/93 utilizada de modo secundário, nos casos de regras sobre o
direito penal e critérios de desempate.
As licitações das EP e SEM podem ser dispensadas, dispensáveis e inexigíveis, em determinados
casos, sendo utilizadas as regras da Lei 13.303/16 (Lei das Estatais) e não as regras da Lei 8.666/93
(Administração em geral);
O prazo de prescrição das dívidas e os direitos em favor de terceiros contra as EP e SEM são regidos
pelo Código Civil, sendo diferente do prazo das autarquias que é de 5 anos, ou seja, as EP e SEM não
gozam do prazo quinquenal;
Tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia mista não se sujeitam ao regime
falimentar estabelecido pela Lei 11.101/2005 que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência
do empresário e da sociedade empresária. As entidades políticas que instituíram as EP e SEM respondem
de forma subsidiária no caso de tais estatais não conseguirem arcar com os gastos.
As EP e SEM estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas (Controle Externo) e dos órgãos do
sistema de controle interno.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico (Lei 13.303/2016) da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de
acionistas minoritários;

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Organização da Administração Pública

V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.


§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais
não extensivos às do setor privado. (Aplicável apenas as exploradoras de atividades econômicas e não as
que prestam serviço público);
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados
contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Diferenças entre EP e SEM
Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista
Qualquer forma jurídica admitida em Forma de Sociedade Anônima,
Forma Jurídica
direito. Ex: Unipessoal, Pluripessoal, S/A. apenas.
Participação de capital público e
Capital totalmente público, não sendo
privado. É possível Maioria do capital
preciso que o capital seja apenas de uma
Composição do social está em posse de investidores
entidade política ou administrativa,
Capital privados. No entanto, mais da metade
podendo ser de várias (União, Autarquias,
das ações com DIREITO A VOTO
EP, SEM).
devem ser de direito público.
Empresas Públicas Federais EPs Estaduais e Municipais
Foro na Justiça Federal. Foro na Justiça Estadual.
Foro Processual SEM (União intervém como
Sociedades de Economia Mista
assistente ou oponente)
Foro na Justiça Estadual (Regra) Foro na Justiça Federal

STF/ADI 1649-DF
1. A Lei 9478/97 não autorizou a instituição de empresa de economia mista, mas sim a criação de
subsidiárias distintas da sociedade-matriz, em consonância com o inciso XX, e não com o XIX do artigo 37
da Constituição Federal.
2. É dispensável a autorização legislativa para a criação de empresas subsidiárias, desde que haja
previsão para esse fim na própria lei que instituiu a empresa de economia mista matriz, tendo em vista
que a lei criadora é a própria medida autorizadora. Ação direta de inconstitucionalidade julgada
improcedente.

STF/ARE 638.315
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orienta-se no sentido de que a imunidade recíproca deve
ser reconhecida em favor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ainda que o patrimônio,
renda ou serviço desempenhado pela Entidade não esteja necessariamente relacionado ao privilégio
postal.

STF/ RE 363.412-AgR
A submissão ao regime jurídico das empresas do setor privado, inclusive quanto aos direitos e
obrigações tributárias, somente se justifica, como consectário natural do postulado da livre
concorrência (CF, art. 170, IV), se e quando as empresas governamentais explorarem atividade
econômica em sentido estrito, não se aplicando, por isso mesmo, a disciplina prevista no art. 173, § 1º,
da Constituição, às empresas públicas (caso da INFRAERO), às sociedades de economia mista e às suas
subsidiárias que se qualifiquem como delegatárias de serviços públicos.

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