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DIREITO

ADMINISTRATIVO

Organização administrativa

Material feito predominantemente pela resoluções de questões de concursos (método de estudo reverso).

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Nessa parte do direito administrativo vamos estudar a estrutura da Administração Pública em seu
sentido subjetivo, ou seja, órgãos e pessoas jurídicas que a compõem.

Vamos relembrar os sentidos da Administração Pública visto nos conceitos iniciais de Direito
Administrativo.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sentido Sentido
funcional, material ou objetivo Formal, subjetivo ou orgânico
FU M OB FO S OR

Amplo Estrito Amplo Estrito


Função de governo Órgãos governamentais
Órgãos e entidades
+ Função administrativa +
administrativas
Função administrativa Órgãos administrativos

Antes de prosseguirmos, segue lista de abreviaturas utilizadas:

AP – Administração Pública
ADM DIR – Administração Direta
ADM IND – Administração Indireta
EP – Empresa Pública
FASE - Fundação, Autarquia, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública
FUND – Fundação
MEDU – Município, Estados, Distrito Federal e União
SEM – Sociedade de Economia Mista

Termos que você precisa tomar cuidado


(na hora da prova, risque a palavra e escreva o sinônimo)

não precisa de
As fundações públicas possuem natureza jurídica de direito privado e sua criação prescinde autorização legislativa.

ERRADO

Prescindir: significa dispensa, renuncia, não precisa de.

Imprescindível: que não se pode dispensar, precisa de.

Outorgar: dar poderes, conceder, conferir.

Vedado: proibido, não permitdo.

ilegal e legal: cuidado com o “i” de ilegal, às vezes a leitura é rápida e você lê legal.

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DESCONCENTRAR E DESCENTRALIZAR

Para que a Administração Pública realize sua função administrativa é necessário que haja uma divisão
de tarefas. Essa divisão vai ser realizada a partir da desconcentração ou da descentralização. Lembre-se que
pelo princípio da especialidade, quando necessário, as funções administrativas devem ser desempenhadas
por pessoas jurídicas autônomas, criadas por lei especificamente para tal finalidade.

Na desconcentração surgem os órgãos públicos que representam compartimentos internos da pessoa


pública, podendo ser criados ou extintos por meio de lei. Já a estruturação e as atribuições dos órgãos podem
ser processadas por decreto do Chefe do Executivo.

A concentração e desconcentração decorre do poder de hierarquia em distribuir competências. Na


descentralização não existe hierarquia, mas sim uma necessidade de especialidade, otmização e eficiência
da máquina administrativa. Na descentralização ocorre apenas o que a doutrina chama de tutela, controle
ministerial ou controle finalístico, ou seja, a Administração Direta fiscaliza se a entidade está obedecendo
aos fins para a qual foi criada.

CONCENTRAÇÃO DESCONCETRAÇÃO
 Ocorre quando não há a criação de órgãos públicos.  Ocorre na criação de órgão ou ministérios.

 Não realiza divisão interna de competências.  Há divisão interna de competências dentro do mesmo
órgão ou entidade administrativa, dentro da mesma
 Praticamente impossível na prática, tendo em vista que a pessoa jurídica.
distribuição de competências é uma necessidade, nem que
seja apenas de órgãos subalternos (secão de compras,  Tem o fim de permitir o mais adequado e racional
seção de pessoal, portaria). desempenho das atividades estatais.

 Ocorre também na extinção de órgãos ou ministérios.

 Pode ocorrer na:  Pode ocorrer na:


 Administração Direta: entes políticos sem  Administração Direta: Municípios criando
órgãos ou extinguindo órgãos. Secretarias.
 Administração Indireta: FASE sem órgãos.  Administração Indireta: Autarquia criando
órgão de setor de pessoal.

CENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
 Execução de atividades diretamente pela administração.  Administração Direta cria os entes administrativos
(FASE) pertencentes à Administração Indireta.
 A centralização consiste na execução de tarefas
administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos  Execução de atividades por meio da criação de pessoas
internos e integrantes da administração pública direta. jurídicas externas e sem relação de hierarquia.

 Quando a Administração Direta extingue,  Ocorre a descentralização quando há uma distribuição de


necessariamente por lei, uma entidade da Administração competência entre entidades diferentes, não havendo,
Indireta também ocorre a centralização. dessa forma, manifestação do poder hierárquico, mas
apenas supervisão ministerial.

 A descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o


Estado e a pessoa que executará o serviço, esta última
podendo ser um particular ou uma autarquia, por
exemplo.

 Detêm capacidade de autoadministração

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CONCENTRAÇÃO CENTRALIZAÇÃO
 Não ocorre criação de órgãos públicos ou ocorre extinção  Execução de atividades diretamente pela administração
de órgão público. direta.
 Não cria entes administrativos da Administração Indireta.
 Não impede que seja centralização concentrada.

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
 Criação de órgãos públicos.  Criação de entidade administativas.
 Divisão interna de competência.  Criação da Administração Indireta.

Órgãos = Desconcentração Entes = Descentralização

Vínculo hierárquico permanece. Há a ruptura do vínculo hierárquico.

Há subordinação. Sem subordinação, mas com controle finalístico.

Há especialização. Há especialização.

CENTRALIZAÇÃO CENTRALIZAÇÃO
CONCENTRADA DESCONCENTRADA
 A competência é exercida por uma única pessoa jurídica  A competência é exercida por uma única pessoa jurídica
sem divisões internas. com divisão internas.
 Não cria órgãos.  Ocorre criação de órgãos públicos.
 Não cria Administração Indireta.  Não ocorre a criação de Administração Indireta.
 Difícil ocorrer na prática, já que a divisão de  É o que ocorre nos Ministérios da União e Secretarias de
competências entre órgãos públicos é uma necessidade, Estados e municípios.
nem que seja apenas de órgãos subalternos.

DESCENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
CONCENTRADA DESCONCENTRADA
 A competência é exercida por um ente da Administração  A competência é exercida por um ente da Administração
Indireta sem divisão interna. Indireta com divisão interna.
 Não há a criação de órgãos públicos.  Há a criação de órgãos públicos.
 Difícil ocorrer na prática, já que a divisão de
competências entre órgãos públicos é uma necessidade.

São conceitos antagônicos, portanto se excluem:


 concentração e desconcentração;
 cetralização e descentralização.

Portanto, não existe concentração desconcentrada, desconcentração concentrada, centralização


descentralizada ou descentralização centralizada. Ou é, ou não é.

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A descentralização pode ocorrer nas formas abaixo.

Lembre-se de decorar os sinôninimos. Não basta decorar, por exemplo, por outorga, tem que decorar
outorga, seviço, técnica ou funcional.

DESCENTRALIZAÇÃO
POLÍTICA
 Deslocamento de competências definidos na Constituição Federal.
 Artigos 21 a 24, em especial. Art. 25 e 30, dentre outros.
 O regime federativo exige a descentralização política.
 Ocorre quando a CF diz que os Estados tem competência para explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços
locais de gás canalizado, por exemplo.
 O ente descentralizado (Estado, DF e Municípios) exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central (União).
É a própria CF que distribui a competência.

Descentralização política Descentralização adminsitrativa


 Ente descentralizado exerce atribuições próprias que não  Ente descentralizado exerce atribuições próprias que
decorrem do ente central. decorrem do ente central (que possui a titularidade).
 As competências são dividas pela Constituição.  As competências são deslocadas pelo próprio ente
federativo.
 Pode ocorrer por:
 Lei: criação de autarquia e autorização de
EP, SEM e FUND.
 Constituição: criação de territórios.

DESCENTRALIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
Por outorga, serviços, técnica ou Por delegação ou
Teritorial ou geográfica
funcional colaboração
 Ocorre por lei.  Ocorre por ato ou contrato  Quando criado um Territorio
 É o que ocorre quando é criada entidade administrativo. Federal, mediante lei
da Administração indireta.  É o caso da concessão, complementar.
 Há peronalidade jurídica poderá ser de permissão ou autorização.  Possuirá personalidade jurídica de
direito público ou privado.  A titularidade continua sendo direito público.
 A titularidade e a execução do serviço do órgão ou da entidade, mas a  É uma espécie de autarquia
passam a ser da entidade criada. execução do serviço passa pra territorial.
 Capacidade administrativa específica: outra pessoa.  Capacidade administrativa genérica:
são criadas para execução de um serviço exerce a maior parte dos serviços
administrativo (previdência social, meio  O Estado transfere unicamente públicos.
ambiente...). a execução do serviço, em seu  Não possuem autonomia política.
 Ocorre transferência da própria próprio nome e por sua conta e  Atualmente o Brasil não tem
titularidade para a pessoa administrativa, risco, sob fiscalização estatal. territórios.
que o executa em seu próprio nome e  Territórios que já existisram:
não no de quem o transferiu.  Pode ser por contrato (prazo Roraima, Amapá e Fernando de
 Controle exercido pelo ente político é determinado). Noronha.
mínimo.  Pode ser por ato unilateral
 Não há hierarquia. (prazo indeterminado).
 Há tutela, controle finalístico ou
supervisão ministerial.
 Exemplo: INSS e consórcio público
(associação pública).

Exemplo: FASE Exemplo: concessionária de Exemplo: não existem atualmente.


abastecimento de água e luz.

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Vamos estudar agora a autonomia e as capacidades do entes e entidades da Administração Direta e
Indireta. Esse é um assunto também de Constitucional, no entanto, como algumas questões de
Administrativo vêm cobrado, resolvi colocar.

CAPACIDADES
AUTONOMIA
POLÍTICA Auto-organização Autogoverno Autolegislação Autoadministração
 É dada aos entes da Capacidade de Regras para a
federação: MEDU. estabelecer sua própria estruturação dos
 Todos autônomos entre si. organização. Poderes e eleição de
 Têm as 4 capacidades. representantes.
 GALO (governo,
administração, legislação e União: União:
Capacidade de Competência
Constituição Federal EXE, LEG e JUD.
organização). elaborarem suas de administrar os
 Território não é ente da próprias leis. recursos disponíveis.
Estado: Estado e DF:
federação. É uma autarquia Constituição Estadual EXE, LEG e JUD.
da União.
DF e Município: Municípios:
Lei Orgânica. EXE e LEG.

 Soberania quem tem é só a República Federativa do Brasil.


 União é apenas autônoma, não tem soberania.

Os entes da Administração Indireta tem autonomia gerencial, orçamentária e patrimonial que


resume-se na ideia de autoadministração.

CAPACIDADES
Entes federativos Entidades administrativas
(MEDU) (FASE, empresas subsidiárias e consórcios)
Auto-organização X

Auto governo X

Autolegislação X

Autoadministração Autoadministração

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TEORIAS DO ÓRGÃO

Agora vamos analisar dois conjuntos de teorias que têm relação com os orgãos públicos. O primeiro
trata da relação do Estado com o agente público e focam no elemento da vontade. O segundo conjunto de
teorias explicam a existência do órgão, sua natureza.

Teorias sobre as relações do Estado com os agentes públicos


Teoria O que diz Crítica

Teoria do  O agente público é mandatário da  Estado não tem vontade própria, portanto, não pode
mandato pessoa jurídica. outorgar o mandato.

 A teoria da representação possui como


 Pessoa jurídica não pode ser equiparada a incapaz.
característica a tentativa de equiparação
 Se o representante ou mandatário ultrapassa os
Teoria da da pessoa jurídica a incapaz, sendo o
poderes da representação, a pessoa jurídica não
representação agente uma espécie de tutor ou curador
responderia por esses atos perante terceiros
do Estado.
prejudicados;
 Enxerga duas vontades.

 Criada pelo jurista alemão Otto Gierke.


 Pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal modo que quando os agentes que
os compõem manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse; substitui-se a ideia de
representação pela de imputação volitiva.
 Teoria da Imputação Volitiva de Gierke: Estabelece que as pessoas jurídicas administrativas
expressam a sua vontade através de seus próprios órgãos, titularizados por seus agentes, na forma de
sua organização interna.
Teoria do  Enxerga uma só vontade.
órgão  Presume-se que a pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio dos órgãos, que são partes
integrantes da própria pessoa jurídica.
 O agente é o próprio Estado atuando.
 A atuação do agente deve ser imputada à pessoa jurídica. Não é o contrário.
 É a teoria ADOTADA.
 O artigo 37, §6º, da CF/88 prevê a responsabilidade do ente público pelos danos que seus agentes
causarem a terceiros.A teoria que justifica tal imputação de responsabilidade é a teoria do órgão.
 Essa teoria é é reflexo importante do princípio da impessoalidade.

Teorias sobre a natureza dos órgãos


Teoria O que diz Crítica
Teoria  Desaparecendo o agente (exoneração, demissão,
 O órgão é o próprio agente público.
subjetiva falecimento) o órgão desaparece.

 Não explica como é manifestada a vontade do órgão.


 A teoria do órgão, no entanto, supre essa crítica.
 O órgão é um conjunto de competências,
 O órgão é um conjunto de competências. As
um feixe de atribuições, definidos em lei
Teoria competências são atribuídas a um agente. O agente,
e na CF.
objetiva quando age, é como se o próprio Estado agisse,
 Tem existência própria. Não se confunde
portanto, o órgão, assim como o Estado, manifestam
com o agente público.
sua vontade pelos agentes públicos.
 Adotada.

Teoria  Órgão é formado pelo agente e pelo  Desaparecendo o agente (exoneração, demissão,
eclética conjunto de competências / atribições. falecimento) o órgão desaparece.

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Os órgãos públicos são criados por lei (e da mesma forma são extintos, por lei), não possuem
personalidade jurídica e tão pouco patrimônio próprio, são subordinadas ao ente político que o criou e
influenciados pela normatividade do princípio da hierarquia.

Órgão público é uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o
integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado.

Os órgãos públicos são centros de competências instituídos para o desempenho de funções estatais,
através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.

Os órgãos públicos que integram a organização administrativa, na qualidade de “centros de


competência para desempenho de funções estatais”, são representados por agentes públicos, mas não se
confundem com estes, pois as consequências e conquistas são atribuídas àquelas unidades de competência
e, em consequência, às pessoas jurídicas que elas integram.

Lembre-se que existem órgãos dentro das entidades federativas e dentro das entidades
administrativas. Existem órgãos na estrutura de autarquias, fundações...

Agora vamos analisar os conceitos abaixo que podem ser confundidos:

Entidade federativa Entidade pública ou


Órgão Autoridade
ou políticas administrativa
A organização político- Servidor ou agente público
Unidade de atuação
administrativa da dotado de poder de decisão.
integrante da estrutura da
República Federativa do Unidade de atuação dotada É considerado autoridade
Administração direta e da
Brasil compreende o de personalidade jurídica. coatora para fins de
estrutura da Administração
MEDU, todos autônomos, impetração de mandando de
indireta.
nos termos da CF. segurança.
São resultantes de São resultantes de
São resultantes de
descentralização política descentralização -
desconcentração.
pela CF. administrativa.
Autarquias,
Presidência da República, Presidente da República,
Fundações,
Ministérios, Ministos,
Empresas Publicas,
Secretarias, MEDU Seretários,
Sociedade de Economia
Departamentos, Diretores,
Mista, empresas subsidiárias
Seções... Gerentes...
e consórcios públicos.
NÃO POSSUEM Possuem personalidade
Possuem personalidade
PERSONALIDADE jurídica de direito público São pessoas físicas.
juridica.
JURÍDICA. interno.

Não possuem patrimônio e


Não possui patrimônio e possuem vontade própria que
Possuem patrimônio. Possuem patrimônio.
nem vontade própria. deve ser direcionada para uma
finalidade pública.
Auto governo,
auto-organização,
- Autoadministração -
autoadministração e
autonomia política.
Quem responde
juridicamente por seus atos
Respondem por seus atos. Respondem por seus atos. Respondem por seus atos.
é a pessoa jurídica a que
estão vinculados.

Hierarquia pode ser definida como o vínculo de autoridade que une órgãos e agentes, por meio de
escalões sucessivos, numa relação de autoridade, de superior a inferior, de hierarca a subalterno.

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ESPÉCIES DE ÓRGÃO PÚBLICOS

Vamos estudar o tema baseado nas 3 princicipais classificações cobradas em prova. Primeiro aprenda
o nome da classificação e as espécies. Depois vamos aprender o significado de cada uma. É muito
importante que você fixe bem essas classificações. Sugiro colar na parede ou em algum lugar que você
possa revisar várias vezes.

CLASSIFICAÇÃO DE HELY LOPES


Posição Atuação Situação
Estrutura Atividade
hierárquica funcional estrutural
Independentes ou Simples ou Singulares ou Ativos Diretivos
primários unitários unipessoais
Consultivos Subordinados
Autônomo Composto Colegiados ou
pluripessoais Controle
Superiores

Subalternos

DI PIETRO
Posição estatal Estrutura Composição Esfera de ação
Independentes Simples ou Singulares Central
unitários
Autônomos Local
Compostos Coletivos
Superiores

Subalternos

RENATO ALESSI
 Cuidado pra não trocar.
Estrutura Funções  Estrutura é simples ou composto.
Burocráticos Ativos  Composição pra Di Pietro é singular e coletivo.
 Você poderá confundir a classificação quanto à
composição, com a espécie composto da classificação
Colegiados Consultivos quanto à estrutura.
 Composto não é composição.
Controle

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POSIÇÃO HIERÁRQUICA
(posição estatal para Di Pietro)

INDEPENDENTES OU AUTÔNOMO SUPERIORES SUBALTERNOS


PRIMÁRIOS

 Estão previsos na  Situados abaixo dos órgãos  Competências de direção e  Órgãos comuns.
Constituição Fedederal. independentes. têm poder de decisão em  Atividade de
 Oriundos do princípio da  Cúpula da Administração. atividades de execução. execução.
separação dos poderes.  Possuem a autonomia  Não tem autonomia  Sem poder de decisão.
 Estão sujeitos apenas aos administrativa, administrativa e
controles constitucionais. financeira e técnica. financeira.
 São a cúpula do Poder.  Realizam atividades de  Sujeitos à subordinação e
 Não estão sujeitos à planejamento, supervisão e ao controle hierárquico de
subordinação hierárquica. controle. uma chefia.
 São exercidas por agentes  Exemplos:  Exemplos:
políticos.  Ministérios;  Gabinetes,  Exemplos:
 Exemplos: CN, SF, CD,  Secretarias  Coordenadorias,  setor de pessoal,
Câmara Municipal, Estaduasis e  Gerências.  almoxarifado,
Assembleia Legislativa, Municipais;  portaria.
Chefias do Executivo,  AGU;
Tribunais de Justiça, Juízes  Ministério Público; Há divergência na classificação do MP. Mazza e
Singulares, Tribunal de  Defensoria Pública; Cyonil consideram como independente. DI Pietro
Conta, MP.  Procuradorias. como autônomo. Outros não citam como exemplo.

Você vai confundir a ordem e querer colocar o órgão superior como independente ou autônomo. Superior é o penúltimo.

ESTRUTURA
(Hely e Di Pietro)

SIMPLES OU UNITÁRIOS COMPOSTO

 Tem somente um centro de competência.  Tem vários centros de competência.


 Sem subdivisões internas.  Diversos órgãos menores.
 Exemplo: setor de pessoal, setor de almoxarifado, portaria.  Exemplos: Ministérios, Secretarias de Estado até chegar
aos órgãos unitários.

ESTRUTURA
(Alessi)

BUROCRÁTICO COLEGIADO

 Estão a cargo de uma só pessoa física.  Formado por uma coletividade de pessoas, todas tem
 Há um relação vertical. igual poder de comando.
 Possui hierarquia.  Relação horizontal
 Exemplo: Presidência da República..  Sem hierarquia.
 Exemplos: Tribunais e Conselhos.

ATUAÇÃO FUNCIONAL
(composição para Di Pietro)

SINGULARES OU UNIPESSOAIS COLEGIADOS OU PLURIPESSOAIS


(COLETIVO para Di Pietro)

 Atuação e decisões são imputado a um único agente.  Atuação e decisão são imputados à vários agentes.
 Decisão unitária.  Decisão em conjunto / plúrima.
 Exemplos: Presidência da República.  Exemplos: Tribunais, Conselhos, CN, CD, CM.

 Percebeu a confusão acima quanto aos dois tipos de classificação quanto à estrutura. Atente-se. Se a questão falar de órgão
burocrático, adotará o Alessi, logo o colegiado estará dentro da classificação quanto à estrutura, não quanto à atuação
funcional.
 A classifcação quanto à estrutura para o Alessi corresponde à classificação quanto à atuação funcional (Hely e Di Pietro).
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ATIVIDADE
(funções para Alessi)

ATIVOS CONSULTIVOS CONTROLE

 Executam as ações do órgão.  Atividade de assessoria e  Realizam atividades de fiscalização


 Exemplos: maioria dos órgãos. aconselhamento. das atividades de outros órgãos.
Presidência, Ministérios,  Emitem parecer.  Exemplos: Tribunais de Conta,
Secretarias, Diretorias, Gerências...  Exemplos: Conselhos de Defesa Corregedorias, CGU.
Nacional.

Atuam diretamente no exercício da São aqueles órgãos que atuam na emissão São órgãos que atuam na atividade de
função administrativa, exercem atos de pareceres jurídicos, assumindo a controle dos demais órgãos e agentes
essenciais ao cumprimento dos fins função de aconselhamento da atuação dos públicos, seja esse controle exercido
desta pessoa jurídica. Dessa forma, têm demais órgãos estatais. Praticam atos que internamente, no âmbito de um mesmo
funções de prestação de serviços dão suporte e auxílio técnico ou jurídico, Poder do Estado ou externamente,
públicos, execução de obras ou por meio de atos opinativos, sejam de quando se manifesta entre Poderes
exercício do poder de polícia estatal, legalidade ou de mérito, não agindo estatais diversos.
seja por meio de direção de atividades diretamente na prática de atos de
ou por meio da execução direta destas execução. Isto é, exercem uma atividade
atividades. consultiva para outros órgãos.

SITUAÇÃO ESTRUTURAL

DIRETIVOS SUBORDINADOS

 Exercem função de comando e direção.  Executam atividades rotineiras que não exigem poder de
 Exemplo: Presidência da República direção.
 Exemplo: Setor de Pessoal.

ESFERA DE AÇÃO

CENTRAL LOCAL

 Exercem atribuições em todo o território nacional,  Atuam sobre uma parte específica do território (parte do
estadual ou municipal. território nacional, ou parte do território estadual, ou parte
do território municial).
 Nacional: Ministério da Saúde.  Nacional: Delegacias Regionais da Receita Federal.
 Estadual: Secretaria Estadual de Saúde.  Estadual: Delegacias de Polícia.
 Municipal: Secretaria Municipal de Saúde.  Municipal: Postos de Saúde.

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OAB – ENTIDADE SUI GENERIS

A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB possui regime especial, ora público, ora particular. NO
entanto, não integra a estrutura da Administração Pública Direta ou Indireta. E não pode ser considerada
uma entidade paraestatal. É uma entidade sui generis.

Na ADIN 3.026/2006, o Supremo Tribunal Federal negou a natureza autárquica da OAB,


entendendo que falta à entidade personalidade jurídica de direito público, não tendo nenhuma ligação com
a Administração Pública.

Segundo o STF, perante a Constituição Federal de 1988, a OAB seria uma entidade sui generis.

Em resumo:
 OAB não tem ligação com a Administração Pública Direta ou Indireta.
 Não é autarquia profissional.
 O fato de ter sido criada por lei específica, não quer dizer que seja parte da
Administração Pública.
 Não precisa fazer concurso público para admitir seus empregados.
 É um serviço público independente.
 Ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que exercem função
constitucionalmente privilegiada, na medida em que são indispensáveis à administração
da Justiça (art. 133 da CF/88).
 Além de seu objetivo básico de representação da categoria dos advogados tem ainda
função institucional de natureza constitucional.
 RE 405267 – STF: Apesar de não pertencer à Administração Pública, a OAB goza de
imunidade tributária da espécie recíproca (art. 150, VI, “a” da CF/88).
 RE 595332 – STF: Compete à justiça federal processar e julgar ações em que a OAB,
quer mediante o conselho federal, quer seccional, figure na relação processual.
 Não se submete às normas financeiras da Lei nº 4.320/1964.
 Não se submete ao controle exercido pelo Tribunal de Contas da União.
 Não se aplica o regime de precatório.

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PERSONALIDADE ESTATAL

Segundo Pablo Stolze, personalidade jurídica, “é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair
obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo necessário para ser sujeito de direito.”

Não confunda direito público e direito privado com pessoa jurídica de direito público e pessoa jurídica
de direito privado que compõem a Administração Pública.

A personalidade (público ou privada) vai regulamentar o regime jurídico das pessoas (prerrogativas
e restrições), mas em todos os casos as entidades pertencem à Administração Pública.

PESSOAS JURÍDICAS DE PESSOAS JURÍDICAS DE


DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO
 MEDU  Fundação
 Autarquia  Empresa pública
 Fundação autárquica ou Autarquia Fundacional  Sociedade de economia mista
 Associação Pública (espécie de consórcio púb).  Empresas subsidiárias

ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA

Trataremos aqui da Administração Pública em sua perspectiva formal, subjetivo ou orgânico em


sentido estrito.

Vamos lembrar novamente os sentidos da AP.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sentido Sentido
funcional, material ou objetivo Formal, subjetivo ou orgânico
FU M OB FO S OR

Amplo Estrito Amplo Estrito


Função de governo Órgãos governamentais
Órgãos e entidades
+ Função administrativa +
administrativas
Função administrativa Órgãos administrativos

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ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
DIRETA INDIRETA
(centralizada) (descentralizada)
Decreto-Lei 200/1967 Decreto-Lei 200/1967

A Administração Direta, que se constitui dos serviços Constituída a partir de um conjunto de entidades dotadas de
integrados na estrutura administrativa da Presidência da personalidade jurídica própria, algumas de direito público,
República e dos Ministérios (conceito federal). outras de direito privado, responsáveis pelo exercício, em
caráter especializado e descentralizado, de certa e
determinada atividade administrativa.

O conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas,


O Estado transmite a realização de determinadas funções
aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de
para outras pessoas jurídicas que possuem autonomia
forma centralizada, das atividades administrativas do
administrativa e financeira, mas não política.
Estado.

Constituída por órgãos dos entes federativos (MEDU). Composta por entidades administrativas.

Órgãos nçao tem personalidade jurídica. Entes administrativos têm personalidade jurídica.
Como não tem personalidade jurídica, não tem capacidade
processual. Ou seja, não é o Ministério da Saúde que Tem capacidade processual para estar em juízo.
responde, é a União.
AD é AD transfere para AI
titular e a executora do serviço público. a titularidade e a execução do serviço público.
Corresponde à prestação dos serviços públicos diretamente O Estado cria pessoas jurídicas dotadas de personalidade
pelo próprio Estado e seus órgãos. jurídica própria para exercer os serviços.
 Fundações públicas;
Compreende a União, Estados, Distrito Federal e Municípios FASE,  Autarquias;
em suas respectivas funções administrativas. empresas  Sociedade de Economia Mista;
subsidiárias e  Empresas Públicas
MEDU consórcios  Empresas subsidiárias
públicos.  Consórcio público

Lembre-se que Judiciário e Legislativo também exercem a


É possível a existência de entidades da administração
função administrativa de forma atípica, portanto, fazem
indireta vinculadas aos Poderes Legislativo e Judiciário.
parte da Administração Direta.
Pessoas jurídicas de Pessoas jurídicas de
MEDU: pessoas jurídicas de direito público interno.
direito público interno direito privado
Autarquia Fundação privada
Atenção:
Fundação autárquica Empresa Pública
 União é pessoa jurídica de direito público interno.
Associação pública Sociedade de Economia
 República Federativa do Brasil é pessoa jurídica de
Mista
direito público internacional.
Empresas Subsidiárias
 MEDU são entes federativos. Têm PJ.
Consórcio público
 Os órgãos do MEDU não tem PJ.
.
 Aqui só teremos concentração ou desconcentração.  Essas endidades são criadas por descentralização, mas
 Não existe Administração Direta descentralizada. não impede que elas realizem a concentração ou
 Pode existir Administração Direta concentrada ou desconcentração.
desconcentrada.  Não existe Administração Indireta centralizada.
 Pode existir Administração Indireta concetrada ou
desconcentrada.
Regra: Como não tem personalidade jurídica, não tem
capacidade processual. Por exemplo, não é o Ministério da
Saúde que responde, é a União.
Tem capacidade processual para estar em juízo.
Exceção: podem ter capacidade processual para defesa de
suas prerrogativas e competências.

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ADMINISTRAÇÂO DIRETA

A Administração Pública Direta, também chamada de Administração Pública Centralizada, existe em


todos os níveis das Esferas do Governo, Federal, Estadual, Distrital e Municipal, e em seus poderes,
Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na esfera federal, temos que a Administração Direta da União, no Poder Executivo, se compõe de
órgãos de duas classes distintas: a Presidência da República e os Ministérios; Na esfera estadual, temos
organização semelhante à federal, guardando com esta certo grau de simetria. Assim, teremos a
Governadoria do Estado, os órgãos de assessoria ao Governador e as Secretarias Estaduais; e, na esfera
municipal, é composta da Prefeitura, de eventuais órgãos de assessoria ao Prefeito e de Secretarias
Municipais, com seus órgãos internos.

Exemplos de órgãos da Administração Direta:


 Presidência da Reública, Governadoria e Prefeituras.
Em suas função atípica administrativa.  Legislativo (CN, CD, SF, AL, CM)
 Judiciário (Tribunais e Juízes)
 Ministérios (Educação, Cultura...)
 As questões objetivas devem deixar
claro que o Legislativo e o Judiciário
 Secretarias Estaduais e Municipais (Saúde, Cultura)
compõem a Administração Direta no  Receita Federal do Brasil
que tange a sua função atípica  Casa Civil
administrativa.  Secretaria do Tesouro Nacional
 Ou que podem integrar a AD.  ABIN (Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)
 Caso isso não ocorra, marque
incorreto.
 Polícia Federal, Polícia Civil, PRF...

CAPACIDADE PROCESSUAL DE ÓRGÃOS PÚBLICOS

Segundo Pablo Stolze, personalidade jurídica, “é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair
obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo necessário para ser sujeito de direito.”

Os órgãos públicos não possuem personalidade jurídica. A personalidade é conferida ao ente


federativo ou entidade administrativa que cria o órgão. Portanto, órgão público, em regra, não pode
demandar em juízo, ou seja, não pode ser parte na relação processual.

No entanto, excepcionalmente, o STF tem reconhecido capacidade processual ou “personalidade


judiciária” a órgãos públicos, como Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Tribunal de Contas e
órgãos previstos expressamente na CF para defesa de prerrogativas próprias.

É possível a impetração de mandado de segurança por órgãos públicos de natureza constitucional,


quando se trata da defesa de suas prerrogativas e competências, violada por ato de outro órgão.

Apesar de não possuir personalidade jurídica própria, um órgão público pode possuir uma capacidade
de fato, que é a capacidade de contratar, nos termos da atual Constituição da República. É possível que
órgãos firmem contratos de gestão (Art. 37 §8 CF).

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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

São características comuns às entidades da Administração Pública Indireta, sejam de direito público
ou privado:

CARACTERÍSTICAS COMUNS
 Existência de personalidade jurídica própria;
 Necessidade de lei específica (para sua criação ou autorização, a depender do caso);
 Criação para uma finalidade específica de interesse público definida em lei (especialização);
 Ausência de fins lucrativos, com exceções, pois pode ocorrer lucro em alguma entidades, mas não é
objetivo principal;
 Submissão ao controle finalístico exercido pelo ente da Administração Direta (tutela).

SUPERVISÃO MINISTERIAL, TUTELA OU CONTROLE FINALÍSTICA

Forma de controle que a Administração Direta exerce sobre a Administração Indireta. O controle é
exercido para garantir que a entidade esteja realizando os fins para os quais foi criado. Esse cotrole é
exercido em todas as entidades da Administração Indireta. Esse controle não pode ser entendido como
hierarquia. Não existe hierarquia da AD sobre AI.

Nos termos do DL 200/1967:

Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar,
essencialmente:

I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.


II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade.
III - A eficiência administrativa.
IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.

Apresento agora um quadro geral sobre a Administração Direta e Indireta, bem como as Paraestatais,
que serão objeto de estudo em outro material.Pode parecer repetitivo, mas quero que vocês analisem e
decorem bem as diferenças e exemplos.

ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO PARAESTATAIS


DIRETA INDIRETA
 Conjunto de órgãos  Conjunto de pessoas jurídicas criadas ou autorizadas por lei.  Pessoas jurídicas de direito
da União, Estado,  Possuem personalidade jurídica. privado.
Distrito Federal e  O Estado transfere a titularidade e execução para  Instituídas por particulares.
Municípios. desempenhar serviço público ou intervenção no domínio  Com ou sem autorização
econômico. legislativa.
 Não possuem  Executam atividades
personalidade Personalidade jurídica Personalidade jurídica de direito privadas de interesse
jurídica. de direito público privado público.
 O Estado fomenta e controla
 Estado executa  Autarquia  Empresa pública essas atividades.
diretamente as  Fundação Autárquia  Sociedade de Economia Mista
atividades.  Associação pública  Empresas subsidiárias Exemplos:
(consórcio público)  Consórcio público.
 Administração  Serviço Social Autônomo
Direta não se  Entidades de Apoio
confunde com os  Organização social
entes federativos.  Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público
(OSCIP)

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Antes de estudar cada entidade que compõe a Adminitração Pública Indireta, vamos fazer uma
visualização geral dos conceitos de cada uma.

Sociedade de Consórcio
Autarquia Fundação pública Empresa pública público
economia Mista
Serviço autônomo, Entidade sem fins Entidade, com Entidade criada por lei É uma espécie de
criado por lei, com lucrativos, criada em patrimônio próprio e para a exploração de contrato firmado
personalidade jurídica, virtude de autorização capital exclusivo atividade econômica, entre
patrimônio e receita legislativa, para o público, sob a forma de entes da
próprios, para executar desenvolvimento de criado por lei para a sociedade anônima, federação
atividades típicas da atividades que não exploração de cujas ações com direito (MEDU)
Administração Pública, exijam execução por atividade econômica a voto pertençam em para realização de
que requeiram, para seu órgãos ou entidades de que o Govêrno seja sua objetivos de intesse
melhor funcionamento, direito público, levado a exercer por maioria ao poder comum, em geral,
gestão administrativa e com autonomia fôrça de contingência público prestação de algum
financeira administrativa, ou de conveniência ou a entidade da serviço público.
descentralizada. patrimônio próprio administrativa Administração
gerido pelos respectivos podendo revestir-se Indireta.
órgãos de direção, e de qualquer das
funcionamento custeado formas admitidas em
por recursos da União e direito.
de outras fontes.
Personificação de um
Serviço autônomo ou Prestação de serviço Prestação de serviço Gestão associada
patrimônio com
serviço público público ou atividade público ou atividade de serviços
finalidade social não
despersonalizado econômica econômica públicos
lucrativa.
Personalidade jurídica Personalidade jurídica Personalidade jurídica Personalidade jurídica Personalidade
de direito público de direito público ou de direito privado de direito privado jurídica de direito
privada. público ou privada.
É criada por lei. É criada ou autorizada É autorizada por lei. É autorizada por lei. É criada por lei.
por lei.
Sendo pública Sendo pública
- - -
“será” autarquia. “será” autarquia.

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AUTARQUIAS

Pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, sem caráter econômico, para desempenho de
funções próprias e típicas de Estado.

Não pode exercer atividades de exploração de atividade econômica.

O regime jurídico das fundações com personalidade jurídica de direito público (fundações autárquicas
ou autarquias fundacionais) é o mesmo da autarquia.

Não possuem capacidade política, portanto, não detêm o poder de definir suas próprias políticas
públicas e executá-las nos diversos setores regulados.

É uma entidade pública, criada por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento,
gestão administrativa e financeira descentralizada,

As autarquias são pessoas jurídicas de direito público equiparadas à Fazenda Pública.

Exercem atividade tipicamente de Estado, gozando das mesmas prerrogativas do ente que as criou.

As autarquias são criadas por lei com personalidade jurídica de direito público, não por destinação
para o exercício de atividade econômica, mas sim de atividades típicas da administração pública.

Previsão constitucional:

Art. 37.

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

LEI ESPECÍFICA LEI COMPLEMENTAR

CRIA AUTORIZA DEFINE

Autarquia Empresa pública


Fundação autárquica Sociedade de Economia Mista
Fundação Área de atuação da Fundação.

As autarquias são criadas e extintas por lei específica, a necessidade de criação por lei especifica
afasta a possibilidade de criação da entidade por leis multitemáticas, isto é, a lei que cria a autarquia deve
tratar exclusivamente da criação da autarquia.

Na página seguinte vou colocar um quadro resumo das principais espécies autárquicas. Depois
vamos analisar as principais. Tenha atenção especial nas agências executivas e reguladoras.

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RESUMO SUMÁRIO
DE ESPÉCIES DE AUTARQUIAS
ESPÉCIE Palavras chaves Exemplos
É a autarquia comum.
Autarquia administrativa ou de
INSS e IBAMA.
serviço Serviço autônomo ou serviço público personalizado
criado por lei.
Possuem uma autonomia a mais que as autarquias
Autarquias comuns.
especiais stricto Mas essa autonomia não decorre de contrato de BACEN
sensu gestão.
ANVISA, ANP, ANCINE,
ANAC, ANA.
Autarquia
especial Foram criadas no intuito de regular, em sentido Atenção 1: A ABIN, apesar de
amplo, os serviços públicos. se chamar agência, não é
Agência
reguladora autarquia, é órgão de inteligência
Dirigentes com mandatos fixos, estabilidade e da PR.
quarentena de 6 meses.
Atenção 2: Somente a ANATEL
e a ANA tem previsão
constitucional.

Qualifica-se posteriomente como agência executiva


Autarquia executiva através da celebração de um contrato de gestão INMETRO
com o Ministério que a criou.

Conselhos de Classe (CRM,


CRO, CREA).
Encarregadas de exercer controle e fiscalização
Autarquia corporativa ou
sobre
profssional Atenção: OAB não é autarquia,
determinadas categorias profissionais.
não integra Administração
Pública.

Fundação pública com personalidade jurídica de PROCON, FUNASA, FUNAI,


Autarquia fundacional
direito público. CNPQ e IBGE.

Atualmente não existem


Autarquias territoriais Territórios federais.
Territórios no Brasil.

Associações públicas
Autarquias associativas ou Agência Goiana de Transporte e
criadas após a celebração de consórcio entre entes
transfederativas Obras Públicas (AGETOP).
federativos (MEDU).

Vamos dar atenção agora ao que mais pode causar objeto de confusão, por isso, o que é mais cobrado
em prova, ou seja, autarquias reguladoras e autarquias executivas.

CONSIDERAÇÕES COMUNS- REGULADORA E EXECUTIVA

Uma das medidas tomadas pelo governo no processo de modernização do Estado foi a criação de
um grupo especial de autarquias, denominadas agências, que se classificam, didaticamente, em reguladoras
e executivas.

Enquanto as agências reguladoras possuem, como uma de suas funções principais, a função de
fiscalizar a prestação de determinados serviços públicos por particulares, as agências executivas
caracterizam-se como entes responsáveis por atividade que, em homenagem ao princípio da eficiência, deva
ser desempenhada de forma descentralizada.

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AGÊNCIA REGULADORA AGÊNCIA EXECUTIVA
(Lei 13.848/2019) (Decreto 2.487/1998)
 São criadas para fiscalizar, regular, normatizar um setor  São criadas como autarquia comum, depois ocorre uma
específico de um serviço público. ampliação da sua autonomia.
 A autarquia já nasce diferente, para atuar como agente  É uma autarquia comum, no entanto, ela qualifica-se
reguladora de um setor específico. posteriomente como agência executiva através da
celebração de um contrato de gestão com o Ministério
 Dirigentes possuem mandatos fixos e estabilidade no que a criou.
exercício das funções.
 Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou
 As agências reguladoras são autarquias em regime especial, fundação que celebre contrato de gestão com o órgão da
o que lhes confere maior autonomia administrativa e Administração Direta a que se acha vinculada, para a
financeira. melhoria da eficiência e redução de custos.

 Previsão constitucional: Art. 174. Como agente normativo  Previsão constitucional: Art. 37, § 8º, CF: A
e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e órgãos e entidades da administração direta e indireta
planejamento, sendo este determinante para o setor público poderá ser ampliada mediante contrato, a ser
e indicativo para o setor privado. firmado entre seus administradores e o poder público,
que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho
 As agências reguladoras foram criadas no intuito de para o órgão ou entidade(...).
regular, em sentido amplo, os serviços públicos, havendo
previsão na legislação ordinária delegando à agência  A qualificação como Agência Executiva será feita em
reguladora competência para a edição de normas e ato do Presidente da República.
regulamentos no seu âmbito de atuação.
 A qualificação de autarquia ou fundação como agência
 Também fiscalizam e aplicam sanções administrativas às executiva dar-se-á por ato do presidente da República
infrações verificadas. (decreto executivo), depois de celebrado o contrato de
gesão com o Ministério.
 QUARENTENA: período de 6 meses.
 Contrato de gestão + decreto presidencial.
Art. 8º Os membros do Conselho Diretor ou da
Diretoria Colegiada ficam impedidos de exercer  O contrato de gestão terá a duração mínima de um ano,
atividade ou de prestar qualquer serviço no setor admitida a revisão de suas disposições em caráter
regulado pela respectiva agência, por período de 6 excepcional e devidamente justificada, bem como a sua
meses, contados da exoneração ou do término de seu renovação.
mandato, assegurada a remuneração compensatória.
 A desqualificação ocorre por decreto também.
 Mandato fixo e estabilidade para os dirigentes, que somente
perderão o mandato em caso de  Lembre-se que não existe hierarquia da ADM DIR
 Renúncia; sobre ADM IND.
 Condenação judicial transitada em julgado;
 Condenação em PAD;
 Infringência de quaisquer das vedações
previstas no art. 8º-B desta Lei.

 A autonomia financeira das Agências Reguladoras pode


decorrer do recolhimento de taxa e de outras fontes de
recursos.

Tarefa precípua o controle sobre prestadores de serviços Busca por mais desenvoltura na prestação de atividade
públicos. estatal.
Ao contrário das agências reguladoras, as agências
Tem área específica de atuação (especialização técnica).
executivas não têm área específica de atuação.
Os dirigentes das agências reguladoras não podem ser
exonerados ad nutum pelo Chefe do Poder Executivo.
Os dirigentes das agências executivas podem ser
Dirigente é eleito mediante ato complexo (vontade de 2 exonerados ad nutum pelo Chefe do Poder Executivo.
órgãos).
Um do Executivo (PR) e um do Legislativo (SF).
A ampliação da autonomia pe conferidade pela própria lei de A ampliação da autonomia é conferida pela celebração de
criação. contrato de gestão.

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DESLEGALIZAÇÃO – SURGIMENTO DAS REGULADORAS

O fenômeno da deslegalização, também chamada de delegificação, significa a retirada, pelo próprio


legislador, de certas matérias do domínio da lei, passando-as para o domínio de regulamentos de hierarquia
inferior.

Segundo J. J. Gomes Canotilho, ocorre quando “uma lei, sem entrar na regulamentação da matéria,
rebaixa formalmente o seu grau normativo, permitindo que essa matéria possa vir a ser modificada por
regulamento.”

Nos limites da deslegalização operada pelas leis específicas que criam agências reguladoras, tais
entidades exercem poder normativo e emitem normas genéricas e abstratas a serem observadas no
âmbito do segmento objeto da regulação.

RESP 1.386 – STJ: "Na verdade, foram as próprias leis disciplinadoras da regulação que, como visto,
transferiram alguns vetores, de ordem técnica, para normatização pelas entidades especiais - fato que os
especialistas têm denominado de "delegalização".

FUNDAÇÕES PÚBLICAS OU GOVERNAMENTAIS

Aqui trataremos da Fundação com personalidade juridica de direito privado. Lembre-se que a
fundação com personalidade jurídica de direito público é equiparada à autarquia para os efeitos legais.

O conceito legal de fundação está previsto no Decreto-Lei 200/1967:

Art. 5º, IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades
que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos da União e de outras fontes.

(...)

§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a
inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes
aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.

O STF já afirmou que “nem toda fundação instituída pelo Poder Público é fundação de direito privado.
As fundações, instituídas pelo Poder Público, que assumem a gestão de serviço estatal e se submetem a
regime administrativo previsto, nos Estados-membros, por leis estaduais, são fundações de direito público,
e, portanto, pessoas jurídicas de direito público. Tais fundações são espécie do gênero autarquia, aplicando-
se a elas a vedação a que alude o §2.º do art. 99 da Constituição Federal”+

As fundações públicas são criadas para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução
por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa e patrimônio próprio.

Importante destacar aqui uma certa confusão entre fundação pública com personalidade jurídica de
direito pivado e fundação privada. A personalidade da fundação pode ser de direito público ou de direito
privado e isto está relacionado com o regime jurídico estabelecido pela lei (a maneira a que suas relações
vão ser regidas). Em ambos casos a fundação é pública e sempre com interesse na finalidade pública.

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FUNDAÇÃO PÚBLICA FUNDAÇÃO PRIVADA
Personalidade de Personalidade de Personalidade de
direito público direito privado direito privado
 É considerada para todos os efeitos  A instituição é autorizada por lei.  Patrimônio dotado de
legais como autarquia.  Desenvolvem atividades que não personalidade jurídica.
 É criada por lei. exijam execução por órgãos ou  O fundador (instituidor) fará,
 Chama-se fundação autárquica ou entidades de direito público. por escritura pública ou
autarquia fundacional. testamento, dotação especial de
bens livres, especificando o fim
a que se destina, e declarando,
se quiser, a maneira de
administrá-la.
 O ato que institui é revogável. Se  O ato que institui é revogável. Se  O ato que institui é irrevogável.
ocorrer a extinção da fundação ocorre ocorrer a extinção da fundação ocorre
a centralização. a centralização.
Personalidade jurídica de direito
Personalidade jurídica de direito Personalidade jurídica de direito
privado, com derrogações por normas de
Público. privado.
direito público.
Patrimônio Patrimônio, Patrimônio
público total ou parcialmente público, particular
personificado. personificado. personificado.
Atividade de interesse social (saúde, Atividade de interesse social
Atividade de interesse público. educação, cultura, meio ambiente, arroladas no art. 62 do Código
assistência, dentre outros). Civil.
Sem fim lucrativo. Sem fim lucrativo. Sem fim lucrativo.
Aquisição de sua personalidade Aquisição de sua personalidade Aquisição de sua personalidade
jurídica: a lei que cria já confere a jurídica: inscrição do ato constitutivo no jurídica: inscrição do ato
personalidade. respectivo registro. constitutivo no respectivo registro.
Controle pelo Tribunal de Contas. Controle pelo Tribunal de Contas. Controle pelo Ministério Público.

Exemplo: Funai, Funasa, IBGE. Exemplo: Fundação Cristo Redentor Exemplos: Fundação Roberto
Marinho.

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EMPRESAS ESTATAIS

Empresa estatal é genero. Empresa pública e sociedade de economia mista são espécies.

A finalidade da criação de uma empresa estatal pode ser de exploração de atividade econômica (não
visa lucro, mas não impede que este ocorra) ou de prestação de serviços públicos.

Art. 37.

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

Também está certo dizer que: EP, SEM e FUND são criadas por autorização de lei específica.

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades


mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

LEI
LEI ESPECÍFICA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
COMPLEMENTAR
PARTIPAÇÃO
CRIA AUTORIZA DEFINE CRIAÇÃO

Autarquia EP Área de atuação da Subsidiárias das Participação de


FUND. A. SEM FUND. FASE. FASE em
FUND. empresa privada.

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de


suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:

I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos
e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios


da administração pública;

IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a


participação de acionistas minoritários;

V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.

§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios


fiscais não extensivos às do setor privado.
Empresas estatais só podem gozar de benefícios fiscais se esses mesmos benefícios forem
concedidos ao setor privado.

§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.

§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação
da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.

§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá
a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados
contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

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Atuação do Estado na atividade econômica:
 Casos previstos na CF;
 Segurança nacional;
 Relevante interese coletivo;

Lei estabelecerá estatuto das empresas estatais que:


 Eplorem atividade econômica de produção de bens;
 Comercialização de bens;
 Prestação de serviços.

Empresas estatais só podem gozar de benefícios fiscais se esses mesmos benefícios forem concedidos ao setor privado.

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DISPOSIÇÕES COMUNS – EP E SEM

As disposições listadas abaixo aplicam-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista.

DISPOSIÇÕES COMUNS – EMPRESAS ESTATAIS


 Somente por lei específica poderá ser autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação.

 Processo de criação:
1 – Elaboração de lei que autoriza a instituição de empresa pública ou sociedade de economia mista.
2 - promulgação de lei autorizadora;
3 - expedição de decreto regulamentando a lei;
4 – Elaboraçã do Estatuto (normas da Lei 13.303/2016)
5 - registro dos atos constitutivos em cartório e na Junta Comercial.

 Áreas de atuação:
Prestadora de atividade economica: regime predominante privado.
Prestadoras de serviços públicos: regime predominante público.

 Os empregados das empresas estatais não gozam de estabilidade, devendo, porém, sua demissão ser devidamente
motivada.

 Devem adotar o procedimento de licitação e obedecer aos princípios: da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da
vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do julgamento objetivo.

 Exceção à licitação: não ocorre se a empresa estiver desenvolvendo sua atividade-fim (atividade econômica), caso em
estará submetida ao regime de livre concorrência que pressupõe igualdade entre as partes.

 Aplicam-se a todas as empresas públicas, as sociedades de economia mista de capital fechado e as suas subsidiárias as
disposições da Lei nº 6.404/1976 – Lei das Sociedades por Ações.

 Aplicam-se as normas da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras,
inclusive a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado nesse órgão.

 Constituição e funcionamento do Conselho de Administração, observados o número mínimo de 7 (sete) e o número


máximo de 11 (onze) membros.

 Prazo de gestão dos membros do Conselho Fiscal não superior a 2 (dois) anos, permitidas 2 (duas) reconduções
consecutivas.

PRERROGATIVAS DE EMPRESAS ESTATAIS DEPENDE DA ATIVIDADE EXERCIDA

Prestadoras de serviço público Exploradoras de atividade econômicaI


Imunidade tributária. Não têm imunidade tributária.
Bens públicos. Existem bens públicos e bens privados.
Resposabilidade objetiva. Responsabilidade subjetiva.
Execução por precatório. Não se submete ao precatório.
O Estado responde subsidiariamente pelas obrigações O Estado não tem responsabilidade pelos danos
não adimplidas. Causados.
 Possuem agentes publicos que são autoridades  Se for atividade fim (atividade econômica): não cabe
coautoras, portanto, sujeitam-se à mandado de MS.
segurança.  Se for atividade meio (licitação e concurso, por
exemplo): cabe mandado de segurança.
 Se for atividade fim (atividade econômica): não
precisa licitar. Isso causaria prejuízo ao concorrer com
outras pessoas privadas, outros bancos, por exemplo.
 Devem licitar. Além de ser inviável a aplicação de algusn institutos da
licitação.
 Se for atividade meio: devem licitar. Compra de
material de escritório, por exemplo.
Exemplo: Correios. Exemplo: Banco do Brasil e Petrobras.

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DIFERENÇAS – EP E SEM

DIFERENÇAS – EMPRESAS ESTATAIS


Empresa Pública Sociedade de economia mista
Empresa Pública é a entidade dotada de personalidade Sociedade de Economia Mista é a entidade dotada de
jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para
exclusivo da entidade federativa, criada por lei para a a exploração de atividade econômica, sob a forma de
exploração de atividade econômica que o Governo seja Sociedade Anônima, cujas ações com direito a voto
levado a exercer por força de contingência ou de pertençam em sua maioria à União ou à entidade da
conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer Administração Indireta.
das formas admitidas no Direito.

Admitida, em regra, qualquer forma societária. Será constituída sob a forma de sociedade anônima.

Ações com direito a voto pertençam em sua maioria à


União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
Não admite participação de capital privado.
entidade da administração indireta.
O capital é 100% público.
Admite capital de outros entes federativos, inclusive de
Quando a atividade for submetida a regime de monopólio
outros entes da Administração Indireta.
estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, em
caráter permanente.
Lei 13.303/2016 Lei 13.303/2016

Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de
jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e personalidade jurídica de direito privado, com criação
com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas
detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União,
pelos Municípios. aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante
permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito § 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia
Federal ou do Município, será admitida, no capital da mista tem os deveres e as responsabilidades do acionista
empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de controlador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de
direito público interno, bem como de entidades da dezembro de 1976 , e deverá exercer o poder de controle no
administração indireta da União, dos Estados, do Distrito interesse da companhia, respeitado o interesse público que
Federal e dos Municípios. justificou sua criação.

§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de


economia mista com registro na Comissão de Valores
Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de
dezembro de 1976 .
Já teve questão que diferenciou capital social de capital
votante, em regra, exige-se que a maioria do capital votante
- seja do Estado. Na prática e na maioria dos casos, o capital
social que cada um integralizou (forneceu pra criar a SEM)
equivale ao capital votante.

Exemplos: Caixa Econômica Federal, Embrapa, Exemplos: Banco do Brasil e Petrobras.


INFRAERO e Correios (ECT).

Nem toda empresa que tenha composição de capital público será considerada empresa estatal.
Lembre-se que deve haver autorização por lei.

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EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS E CONTROLADAS

Nos termos da Constituição:

Art. 37, XX, da CF, “depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias
das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em
empresa privada”.

Empresas estatais Empresas controladas


subsidiárias pelo Poder Público
 Integram a Administração Pública indireta (empresa  Não integram a Administração Pública.
pública ou sociedade de economia mista).  São adquiridas de forma integral ou com parcela de
capital social pertencente ao Poder Público.

Exemplos: Transpetro; Petrobras Distribuidora; Gaspetro Exemplos: AGIP (adquirida pela Petrobras).
(todas da Petrobras).

O STF, na ADIN 1.649, decidiu que é dispensável a autorização legislativa para a criação de empresas
subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na própria lei que instituiu a empresa estatal matriz,
tendo em vista que a lei criadora é a própria medida autorizadora. As subdisiárias precisam apenas de
autorização legislativa, não é necessário uma lei específica que trate apenas de sua instituição, precisa
apenas de algum ponto da lei que a autorize, e essa autorização pode se dá na própria lei que autoriza a
empresa estatal matriz.

CONSÓRCIO PÚBLICO

Trataremos melhor do assunto na Lei 11.079/2004. Por enquanto vamos falar só o básico. Nos
termos da CF:Fundamento constitucional:

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços,
pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.

Consórcio público é uma pessoa jurídica formada exclusivamente pela associação de entes da
Federação, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de
interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e de
natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos.

O consórcio de direito público constitui associação pública (art. 41 do Código Civil) e integra a
administração indireta, com a natureza de autarquia. Os de direito privado constituem associações civis.

 Pense assim: cada ente da federação tem competência para prestar serviço público, no caso do
consórcio público, os entes vão se juntar para executarem de forma conjunta esse serviço público.
 Antes de assinar o contrato é necessário a subscrição de um protocolo de intenções. Depois esse
protocolo será ratificado por lei. Também será necessário a elaboração de um contrato de programa
(disciplinará as obrigações) e um contrato de rateio (disciplinará a entrega de recursos).
 O contrato pode ser fimado entre quaisquer entes federativos: União com Estados; Estados com
Estados; e União com Município, mas nesse caso, o Estado a qual pertence o Município também
deverá partipar.
 Vai se chamar associação pública.
Pessoa jurídica de
 Fará parte da Administração Pública Indireta de todos os
Personalidades direito público
entes.
do
consórcio público  Vai se chamar consórcio público.
Pessoa jurídica de
 Fará parte da Administração Pública Indireta, apesar da lei
direito privado
fazer referência apenas ao público (Di Pietro).

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PRERROGATIVAS E SUJEIÇÕES

A fim de otmizar o estudo, vou explicar as prerrogativas e sujeições de forma geral e depois
sintetizá-las em palavras chaves numa tabela comparativa.

As prerrogativas são direitos que Administração Pública possui em decorrência do princípio da


supremacia do interesse público. Colocam o Estado em posição de vantagem em relação ao particular.

As sujeições ou restrições são a submissão da Administração Pública a algumas regras de caráter


obrigatório e decorrem do princípio da indisponibibilidade do interesse público.

Conjunto das prerrogativas e restrições constitui o regime jurídico administrativo.

Importante frisar, quanto às prerrogativas, que as entidades da Administração Indireta que exercem
atividades econômicas não podem ter tratamento privilegiado, exceto, se esse mesmo tratamento for
estendido às empresas privadas, confome preceitua à CF:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de


suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços, dispondo sobre: (...)

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (...)

§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios


fiscais não extensivos às do setor privado.

Vamos analisar as principais prerrogativas e sujeições em espécie.

Imunidade tributária (CF):

A imunidade alcança Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
apenas os impostos.
Não alcança os
VI - instituir impostos sobre:
demais tributos.
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

STF – RE 220906: 1. Já assentou a Suprema Corte que a norma do art. 150, VI, a, da Constituição
Federal alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, como é o caso da autora
(Correios), que não se confunde com as empresas públicas que exercem atividade econômica em
sentido estrito

Presunção de legitimidade, exigibilidade, imperatividade e autoexecutoriedade (LEIA): pelo fato de


Administração exercer seus atos sob à imposição do princípio da legalidade, os atos praticados pelo agente
público presumem-se como legais e verdadeiros. A exigibilidade, imperatividade e autoexecutoriedade não
estão presentes em todos os atos. Veremos melhor o assunto em atos administrativos.

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Regime trabalhista: instrumento que vai regular os direitos e deveres entre o Estado e o agente público.

 Regime Estatutário: O instrumento que vai regular será o Estatuto, instituído por lei. O regime
jurídico deverá ser único, ou seja, todos os servidores públicos do ente devem se submeter. Cada
ente federativo terá competência para instituir seu próprio Estatuto. No âmbito federal é a lei
8.112/1990. Alguns direitos / deveres que decorrem desse regime:
 Devem fazer concurso público;
 Possuem estabilidade no cargo depois do estágio probatório de 3 anos;
 Só podem ser demitidos nas hipóteses previstas na CF/88;
 Possuem irredutibilidade de subsídio e o vencimentos, com exceções.
 Os vencimentos, subsídios e demais vantagens são fixados por lei.

 Regime Celetista: O instrumento que vai regular é a Consolidação das Leis Trabalhistas (Decreto-
Lei 5.452/1943). Alguns direitos / deveres que decorrem desse regime:
 Devem fazer concurso público;
Empregados públicos  Não possuem estabilidade;
podem ser demitidos,  Podem ser demitidos, mas a demissão deve ser motivada;
 Possuem irredutibilidade salarial, irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
mas precisa motivar o
convenção ou acordo coletivo
ato.
 Os salários dos empregados das empresas públicas federais, assim como os das
sociedades de economia mista, são fixados por meio de acordo ou convenção
coletiva, e não por lei.

 Em ambos os casos estão sujeitas à vedação de acumulação de cargos e funções públicas previstos
no art. 37, XVI, da CF/88. Veremos melhor em agentes públicos.

 No que tange à estabilidade excepcional prevista no art. 19 do ADCT, o TST entende que se entende
às fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado.

CF/88: Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da
promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido
admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço
público.

OJ 364 – TST:Fundação instituída por lei e que recebe dotação ou subvenção do Poder Público para
realizar atividades de interesse do Estado, ainda que tenha personalidade jurídica de direito privado,
ostenta natureza de fundação pública. Assim, seus servidores regidos pela CLT são beneficiários da
estabilidade excepcional prevista no art. 19 do ADCT.

Prerrogativas processuais da Fazenda Pública:


 Prazos em dobro para recorrer, contestar e responder recurso;
 Desnecessidade de adiantar custas processuais;
 Desnessidade de juntar procuração do representante legal;
 Dever de intimação pessoal;
 Adoção de sistema de precatórios.

Duplo grau de jurisdição ou remessa necessária (CPC):

Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada
pelo tribunal, a sentença:

I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas


autarquias e fundações de direito público;

Juízo privativo (CF):


Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal


forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho;

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Falência:

Lei 11.101/2005

Art. 2º Esta Lei não se aplica a:

I – empresa pública e sociedade de economia mista;

Concurso e princípios da Administração Pública (CF):

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso


público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

Vedação de acumulação de cargos e funções públicas (CF):

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas;

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,


empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder público;

Teto remuneratório do serviço público (CF):

Art. 37. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
ADM. DIRETA:
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
sempre
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
AUT E FUN:
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
sempre
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
EP, SEM E Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
SUBSIDIÁRIAS:
por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito
se receber recursos
do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
públicos para
aos Defensores Públicos;
pagaemento de
pessoal.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista,
e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

Aposentadoria:
 Estatutários: Regime Próprio de Previdência Social de cada ente federativo (RPPS).
 Celetistas: Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

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Bens publicos são impenhoráveis, inalienáveis e imprescritíveis:

Código Civil

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento


da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Imprescritíveis Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; só os bens
Impenhorabilidade que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.

Importante destacar que, na Administração Indireta, mesmo nas entidades com personalidade jurídica
de direito privado, há bens públicos e bens privados. Ainda, dentro dos bens privados há bens afetados ao
interesse público no que concerne à prestação do serviço público. Resumindo:

Regra - bens públicos são impenhoráveis onde quer que estejam.

Regra - bens das empresas estatais são penhoráveis. Exceto quanto aos bens afetados ao serviço
público.

STF: a impenhorabilidade dos bens públicos não é extensível às empresas estatais exploradoras de
atividades econômicas em sentido estrito, embora possa ser aplicada às empresas prestadoras de
serviços públicos, em homenagem à continuidade destes.

Licitação e contratos administrativos:

Lei 8.666/1993

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a
obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da
Aplica-se na
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
ADM DIR e IND,
exceto EP e SEM.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os
fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.

Lei 13.303/2016

Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de
bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a
Aplica-se às serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, serão
EP e SEM. precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.

Art. 41. Aplicam-se às licitações e contratos regidos por esta Lei as normas de direito penal contidas
nos arts. 89 a 99 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 .

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Improbidade Administrativa:

Lei 8.429/1992

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados
contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício,
de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Equiparação de servidor públicos a fins penais:

Código Penal
Di Pietro entende
que se o ente da Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente
ADM IND prestar ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
atividade
econômica, não se § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade
aplica tal paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a
equiparação. execução de atividade típica da Administração Pública.

Maioria entende § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo
que aplica-se a forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da
todas. administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo
poder público.

Responsabilidade objetiva e direta: o regime de responsabilidade extracontratual depende da atividade


fim desenvolvida.

Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Prestadoras de serviço público Atividade econômica


Responsabilidade extracontratual subjetiva, em
Responsabilidade extracontratual objetiva prevista
regra, ou objetiva, conforme previsão
na CF.
no Código Civil (arts. 927 e seguintes)

Regime de precatório (CF):

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

ADPF 275 – STF:´E aplicável o regime de precatório apenas à União, aos estados, ao Distrito
Federal, aos municípios, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas e às sociedades
de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não
concorrencial.

OJ 364 – TST:

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Finanças públicas (CF):

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais
entidades controladas pelo Poder Público federal;

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:

II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades
controladas pelo Poder Público;

Art. 165.

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,


detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Art. 169.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,


empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta
ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser
feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa


de pessoal e aos acréscimos dela decorrente.

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as


empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Controle pelo Tribunal de Contas (CF): todas as pessoas, públicas e privadas, que recebem recursos
públicos devem ser submetidas ao controle externo exercido pelo Tribunal de Contas. Além de instituir o
próprio controle interno.

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
Controle externo entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Controle interno
do prório órgão ou Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
entidade arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete: (...)

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos
da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário público;

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Controle finalístico, supervisão ministerial ou tutela administrativa: controle que a Administração
Direta exerce sobre a Administração Indireta no que tange, em especial, ao cumprimento dos fins a qual foi
criada. Não é considerado controle hierárquico.

Decreto-Lei 200/1967

Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar,
essencialmente:
Controle interno
da Administração
I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.
Direta sobre a
II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade.
Indireta III - A eficiência administrativa.
IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.

Mandado de segurança:

Lei 12.016/2009

Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa
física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de
que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos


políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas
ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito
a essas atribuições.

§ 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de
serviço público.

Ação Popular (CF):

Art. 5º. LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Ação Civil Pública:

Lei nº 7.347/1985

Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:

VIII – ao patrimônio público e social.

Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

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Prescrição quinquenal:
Decreto 20.910/1932:

Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer
direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

Decreto 4.597/1942:

Art. 2º O Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, que regula a prescrição qüinqüenal, abrange
as dívidas passivas das autarquias, ou entidades e órgãos paraestatais, criados por lei e mantidos
mediante impostos, taxas ou quaisquer contribuições, exigidas em virtude de lei federal, estadual ou
municipal, bem como a todo e qualquer direito e ação contra os mesmos.

RESP 1300567 – STJ: Aplica-se a prescrição quinquenal do Decreto n. 20.910/32 às empresas


públicas e às sociedades de economia mista responsáveis pela prestação de serviços públicos
próprios do Estado e que não exploram atividade econômica.

Lei de Responsabilidade fiscal (LRF):

§ 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios.

§ 3o Nas referências:

I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:

a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas,


o Poder Judiciário e o Ministério Público;

b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas


estatais dependentes;

II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;

III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de


Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de
Contas do Município.

Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;

II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;

III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral
ou de capital, excluídos,

EMPRESA CONTROLADA EMPRESA DEPENDENTE


Maioria do capital vontante é do ente
federativo.
Empresa controlada que recebe do
Pode ser independente ou dependente,
ente controlador recurso para
sendo dependente, se submete à LRF.
pagamento de pessoal e custeio em
geral ou de capital, no último caso,
Se a empresa controlada (EP, SEM ou
aqueles provenientes de aumento de
subsidiárias) não recebem recursos nos
participação acionária;
ternos no inciso III, não se sujeitam à
LRF.
Só empresa controlada dependente
sujeita-se à LRF.
Toda SEM, EP e subsidiárias são
controladas, mas nem toda controlada é
dependente.

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QUADRO DE
CARACTERÍSTICAS
Autarquia Fundação Dir. Fundação Dir. Priv. EP SEM
Púb.
PJ de direito PJ de direito PJ de direito PJ de direito PJ de direito
público. público. privado. Privado. privado.

Criadas por lei Criadas por lei Criação autorizada por Criação autorizada por Criação autorizada por
específica. específica. lei específica. lei específica lei específica.

Extinta por lei. Extinta por lei. Extintas por lei. Extintas por lei. Extintas por lei.

Desempenho de Desempenho de Desempenho de Prestação de serviço Prestação de serviço


atividade típica do atividade atribuída atividade atribuída ao público público
Estado ao Estado no Estado no ou ou
(serviço autônomo). âmbito social. âmbito social. atividade econômica. atividade econômica.

Patrimônio público Patrimônio,


personificado. total ou parcialmente Todo capital é A maioria do capital
público, público. votante público.
personificado.
Forma Forma organizacional
Não submissão à Não submissão à organizacional deve ser de
fiscalização do fiscalização do livre sociedade anônima.
Ministério Público Ministério Público (sociedade anônima,
disposto no disposto no limitada e comandita).
art. 66 do CC. art. 66 do CC.
Se prestadora de Se prestadora de
Regem-se Pelo serviço público serviço público
Direito Civil em tudo (predominante normas (predominante normas
o que não for de direito público). de direito público).
derrogado pelo
direito público. Se prestadoria de Se prestadoria de
atividade econômica atividade econômica
(predominante direito (predominante direito
Não podem Não podem Não podem privado). privado).
exercer atividade exercer atividade exercer atividade
econômica. econômica. econômica.

Não precisa Não precisa Precisa inscrever no Precisa inscrever no Precisa inscrever no
inscrever seus inscrever seus cartório para início de cartório para início de cartório para início de
atos constitutivos no atos constitutivos sua personalidade sua personalidade sua personalidade
cartório. no cartório. jurídica jurídica jurídica
Personalidade Personalidade (lei + cartório). (lei + cartório). (lei + cartório).
jurídica jurídica
decorre de lei. decorre de lei.

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QUADRO DE PRERROGATIVAS E SUBMISSÕES
Autarquias e Fundação
Fundação Dir. Priv. EP SEM
Autárquica
Imunidade tributária. Imunidade tributária. Imunidade tributária, se Imunidade tributária se
prestadora de serviço público. prestadora de serviço público.

Atributos LEIA. Atributos LEIA. LEIA, se prestadora de serviço LEIA, se prestadora de serviço
público. público.

Concurso público. Concurso público. Concurso público. Concurso público.

Estatutário Celetista Celetista Celetista


(tem estabilidade). (sem estabilidade), mas (sem estabilidade) (sem estabilidade).
pode a excepcional
(art. 19 ADCT).

Aposentadoria RPPS. Aposentadoria RGPS Aposentadoria RGPS Aposentadoria RGPS.

Vedado acumular cargo ou Vedado acumular cargo ou Vedado acumular cargo ou Vedado acumular cargo ou
função. função. função. função.

Precisa obedecer ao teto Precisa obedecer ao teto Precisa obedecer ao teto Precisa obedecer ao teto
remuneratório. remuneratório. remuneratório se receber remuneratório se receber
recurso público para recurso público para
pagamento de pessoal. pagamento de pessoal.

Prerrogativa processual da Não tem prerrogativa da Não tem prerrogativa da Não tem prerrogativa da
Fazenda Pública. Fazenda. Fazenda. Fazenda.

Duplo grau de jurisdição. Não tem duplo grau. Não tem duplo grau. Não tem duplo grau.

Regime de precatório. Regime de precatório Regra: não se submete ao Regra: não se submete ao
(jurisprudência). regime de precatório, exceto se regime de precatório, exceto
prestadora de serviço público. se prestadora de serviço
Doutrina diz que não cabe público.
precatório.
Competência da Justiça
Competência da Justiça Competência da Justiça Federal. Competência da Justiça
Federal. Comum. Comum.
Não se sujeita à falência.
- - Não se sujeita à falência.
Bens públicos penhoráveis,
Bens públicos Bens públicos penhoráveis. exceto prestadora de serviço Bens públicos penhoráveis,
impenhoráveis. público. exceto prestadora de serviço
público.
Licitação prevista na
Licitação prevista na Licitação prevista na 13.303/2016 Licitação prevista na
8.666/1993. 8.666/1993. Se prestadora de atividade 13.303/2016.
econômica, licitação apenas Se prestadora de atividade
para atividade-meio. econômica, licitação apenas
para atividade-meio.
Improbidade administrativa.
Improbidade administrativa. Improbidade administrativa. Improbidade administrativa.
Equiparação de servidor
Equiparação de servidor Equiparação de servidor públicos para fins penais. Equiparação de servidor
públicos a fins penais. públicos a fins penais. públicos para fins penais.

Responsabilidade subjetiva,
Responsabilidade objetiva, Responsabilidade objetiva, em regra, mas pode ser Responsabilidade subjetiva,
art. 37, § 6º. art. 37, § 6º. objetiva, se prestadora de em regra, mas pode ser
serviço público, ou por objetiva, se prestadora de
determinação do CC. serviço público, ou por
determinação do CC.

Finanças públicas, exceto


autorização específica na LDO

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Finanças públicas. Finanças públicas. para concessão de vantagem Finanças públicas, exceto
dentre outros autorização específica na LDO
para concessão de vantagem
Prescrição comum, exceto se dentre outros
prestadora de serviço público
Prescrição quinquenal. Prescrição comum. (quinquenal). Prescrição comum, exceto se
prestadora de serviço público
(quinquenal).
Controle externo pelo TC,
interno e finalístico
Controle externo pelo TC, Controle externo pelo TC, Controle externo pelo TC,
interno e finalístico interno e finalístico interno e finalístico
Cabe AP e ACP.

Cabe MS, AP e ACP. Cabe MS, AP e ACP. Cabe MS, exceto se ato de Cabe AP e ACP.
gestão comercial.
Cabe MS, exceto se ato de
LRF só se controlada gestão comercial.
dependente.
LRF. LRF. LRF só se controlada
dependente.

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OUTROS TEMAS CORRELATOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ARBITRAGEM

Arbitragem é uma forma de solucionar o conflito.

No entanto, só é admitida em se tratando de direitos patrimoniais disponíveis, ou seja, não pode envolver
interesse público (princípio da indisponibilidade do interesse público).

Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos
patrimoniais disponíveis.

§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a
direitos patrimoniais disponíveis.

§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de


arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações.

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes.

§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja
violação aos bons costumes e à ordem pública.

§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito,
nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio.

§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade.

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JURISPRUDÊNCIA

STF

Súmula Vinculante 27: Compete à Justiça Estadual julgar causas entre consumidor e concessionária de
serviço público de telefonia, quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva necessária, assistente nem
opoente.

Súmula Vinculante 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente
a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos
aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

Súmula 97: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar reclamação de servidor público relativamente
a vantagens trabalhistas anteriores à instituição do regime jurídico único.

Súmula 340: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não
podem ser adquiridos por usucapião.

Súmula 516: O Serviço Social da Indústria – SESI – está sujeito à jurisdição da Justiça Estadual.

Súmula 517: As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém
como assistente ou opoente.

Súmula 556: É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia
mista.

STJ

Súmula 39: Prescreve em vinte anos a ação para haver indenização, por responsabilidade civil, de sociedade
de economia mista.

A súmula foi editada na vigência do CC anterior, hoje a prescrição será de 10 anos, nos termos da regra
geral prevista no art. 205 do CC-02.

Súmula 42: Compete à Justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade
de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.

Súmula 45: No reexame necessário, é defeso ao Tribunal agravar a condenação imposta à Fazenda Pública.

Súmula 224: Excluído do feito o ente federal, cuja presença levara o Juiz Estadual a declinar da
competência, deve o Juiz Federal restituir os autos, e não suscitar conflito.

Súmula 270: O protesto pela preferência de crédito, apresentado por ente federal em execução que tramita
na Justiça Estadual, não desloca a competência para a Justiça Federal.

Súmula 324: Compete à Justiça Federal processar e julgar ações de que participa a Fundação Habitacional
do Exército, equiparada a entidade autárquica federal, supervisionada pelo Ministério do Exército.

Súmula 333: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação por sociedade de economia
mista ou empresa pública.

Súmula 365: A intervenção da União como sucessora da rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) desloca a
competência para a Justiça Federal ainda que a sentença tenha sido proferida por Juízo estadual.

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Súmula 499: As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições ao SESC e SENAC, salvo
se integrantes noutro serviço social.

RE 536297 – STF: "[...] Nessa linha de entendimento, esse Supremo Tribunal Federal, no julgamento do
RE 220.906/DF, declarou a impenhorabilidade de bens da Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, tendo em vista que a atividade econômica precípua da ECT está direcionada à prestação de
serviço público de caráter essencial à coletividade. Esta, entretanto, não é a hipótese dos autos, na medida
em que a Caixa Econômica Federal, quando atua na realização de empréstimos e financiamentos, exerce
atividade tipicamente econômica, inclusive, em concorrência com outras instituições financeiras privadas.
Por essa razão, insere-se a Caixa Econômica Federal, no caso presente, no regime normal das demais
pessoas jurídicas de direito privado, não havendo óbice a que seus bens sejam adquiridos por usucapião,
caso presentes os pressupostos constitucionais e legais. Nesse sentido:[...]"

ADIN 1649 – STF: Neste julgamento, firmou-se o entendimento de que basta uma autorização na lei que
autorizou a instituição da sociedade de economia mista matriz: " é dispensável a autorização legislativa
para a criação de empresas subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na ´própria lei que
instituiu a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei criadora é a própria medida
autorizadora".

ADI 5624 - STF: O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou, em parte, medida cautelar na
Ação Direta de Inconstitucionalidade para afirmar que a exigência de autorização legislativa não se aplica
à venda do controle das subsidiárias e controladas de empresas públicas e sociedades de economia mista.

RCL 35.952 - STF: Empresa pública que atua em regime de monopólio e presta serviço público essencial
não está sujeita à restrição do uso do regime de precatórios determinada pelo Supremo Tribunal Federal,
válido apenas para casos de empresas que atuam com concorrência.

RE 852302: A Turma afirmou que sociedade de economia mista prestadora de serviços de abastecimento
de água e saneamento que prestasse serviço público primário e em regime de exclusividade - o qual
corresponderia à própria atuação do Estado, sem obtenção de lucro e de capital social majoritariamente
estatal - teria direito ao processamento da execução por meio de precatório”.

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STJ

Súmula 525: A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária,
somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.

Súmula 333: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de
economia mista ou empresa pública.

JURISPRUSDÊNCIA EM TESES
STJ

EDIÇÃO N. 135: CONSELHOS PROFISSIONAIS - I

1) Os conselhos de fiscalização profissionais possuem natureza jurídica de autarquia, sujeitando-se,


portanto, ao regime jurídico de direito público.

2) Com a suspensão da redação dada pela Emenda Constitucional n. 19/1998 ao caput do art. 39 da
Constituição Federal de 1988, no julgamento da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade
n. 2.135/DF, o regime jurídico dos conselhos profissionais deve ser, obrigatoriamente, o estatutário.

3) Os servidores dos conselhos de fiscalização profissional submetem-se ao regime jurídico único, de modo
que a aposentadoria ocorrida após a publicação das decisões proferidas nas ADI n. 1.717/DF e ADI n.
2.135/DF, esta última em sede de liminar, segue o regime estatutário.

4) Os conselhos de fiscalização profissionais não podem registrar seus veículos como oficiais porque
compõem a administração pública indireta e o §1º do art. 120 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB
autoriza apenas o registro de veículos oficiais da administração direta.

5) Os conselhos profissionais têm poder de polícia para fiscalizar as profissões regulamentadas, inclusive
no que concerne à cobrança de anuidades e à aplicação de sanções.

6) A partir da vigência da Lei n. 12.514/2011, o fato gerador para a cobrança de anuidades de órgão de
fiscalização profissional é o registro no conselho e não mais o efetivo exercício da profissão.

7) As anuidades devidas aos conselhos profissionais constituem contribuição de interesse das categorias
profissionais, de natureza tributária, sujeita a lançamento de ofício.

8) O prazo prescricional para cobrança de anuidades pagas aos conselhos profissionais tem início somente
quando o total da dívida inscrita atingir o valor mínimo correspondente a 4 (quatro) anuidades, conforme
disposto no art. 8º da Lei n. 12.514/2011.

9) A Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, embora possua natureza jurídica especialíssima, submete-se
ao disposto no art. 8º da Lei n. 12.514/2011, que determina que os conselhos de classe somente executarão
dívida de anuidade quando o total do valor inscrito atingir o montante mínimo correspondente a 4
(quatro) anuidades.

10) Compete a Justiça Federal processar e julgar execução fiscal promovida por Conselho de Fiscalização
Profissional. (Súmula n. 66/STJ)

11) Não se aplica o art. 20 da Lei n. 10.552/2002, que determina o arquivamento provisório das execuções
de pequeno valor, às execuções fiscais propostas pelos conselhos regionais de fiscalização profissional.

12) Em execução fiscal ajuizada por conselho de fiscalização profissional, seu representante judicial possui
a prerrogativa de ser pessoalmente intimado. (Tese julgada sob o rito do art. 1.039 do CPC/2015 - TEMA
580)

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EDIÇÃO N. 136: CONSELHOS PROFISSIONAIS - II

1) O registro no conselho de fiscalização profissional está vinculado à atividade básica ou à natureza dos
serviços prestados pela empresa, por força do que dispõe o art. 1º da Lei n. 6.839/1980.

2) A atividade fiscalizatória exercida pelos conselhos profissionais, decorrente da delegação do poder de


polícia, está inserida no âmbito do direito administrativo, não podendo ser considerada relação de trabalho
e, de consequência, não está incluída na esfera de competência da Justiça Trabalhista.

3) O benefício da isenção do preparo, conferido aos entes públicos previstos no art. 4º, caput, da Lei n.
9.289/1996, é inaplicável aos conselhos de fiscalização profissional. (Tese julgada sob o rito do art. 1.036
do CPC/2015 - TEMA 625)

4) A atividade de músico
 é manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão,
 de modo que a exigência de inscrição na Ordem dos Músicos do Brasil - OMB,
 bem como de pagamento de anuidade para o exercício de tal profissão,
 torna-se incompatível com a Constituição Federal de 1988.

5) As empresas de factoring convencional não precisam ser registradas nos conselhos regionais de
administração, visto que suas atividades são de natureza eminentemente mercantil, ou seja, não envolvem
gestões estratégicas, técnicas e programas de execução voltados a um objetivo e ao desenvolvimento de
empresa.

6) O exame de suficiência instituído pela Lei n. 12.249/2010, que alterou o art. 12, § 2º, do Decreto-Lei n.
9.295/1946, será exigido de contadores e de técnicos em contabilidade que completarem o curso após a
vigência daquela lei.

7) O ato do Conselho de Contabilidade, que requisita dos contadores e dos técnicos livros e fichas contábeis
de seus clientes, não viola os princípios da privacidade e do sigilo profissional, já que visa à fiscalização da
atividade contábil dos profissionais nele inscritos.

8) Os Conselhos Regionais de Farmácia


 possuem atribuição para fiscalizar e autuar as farmácias e as drogarias
 quanto ao cumprimento da exigência de manter profissional legalmente habilitado
(farmacêutico) durante todo o período de funcionamento dos respectivos
estabelecimentos.
 (Súmula n. 561/STJ)

9) É facultado aos técnicos de farmácia, regularmente inscritos no Conselho Regional de Farmácia, a


assunção de responsabilidade técnica por drogaria, independentemente do preenchimento dos requisitos
previstos no art. 15, § 3º, da Lei n. 5.991/1973, c/c o art. 28 do Decreto n. 74.170/1974, entendimento que
deve ser aplicado até a entrada em vigor da Lei n. 13.021/2014.

10) Não estão sujeitas a registro perante o respectivo Conselho Regional de Medicina Veterinária, nem à
contratação de profissionais nele inscritos como responsáveis técnicos, as pessoas jurídicas que explorem
as atividades de comercialização de animais vivos e de venda de medicamentos veterinários, pois não são
atividades reservadas à atuação privativa de médico veterinário.

11) Não há comando normativo


 que obrigue a inscrição de professores e de mestres de artes marciais, ou mesmo
de danças, de capoeira e de ioga,
 nos Conselhos de Educação Física,
 porquanto, à luz do que dispõe o art. 3º da Lei n. 9.696/1998, essas atividades não
são próprias dos profissionais de educação física.

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12) O registro de restaurantes e de bares
 no Conselho Regional de Nutrição
 e a presença de profissional técnico (nutricionista)
 não são obrigatórios,
 pois a atividade básica desses estabelecimentos não é a fabricação de alimentos
destinados ao consumo humano (art. 18 do Decreto n. 84. 444/1980),
 nem se aproxima do conceito de saúde trazido pela legislação específica.

EDIÇÃO N. 79: ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

1) Aplica-se a prescrição quinquenal do Decreto n. 20.910/32 às empresas públicas e às sociedades de


economia mista responsáveis pela prestação de serviços públicos próprios do Estado e que não exploram
atividade econômica.

2) Inexiste direito à incorporação de vantagens decorrentes do exercício de cargo em comissão ou função


de confiança na administração pública indireta.

3) As autarquias possuem autonomia administrativa, financeira e personalidade jurídica própria, distinta da


entidade política à qual estão vinculadas, razão pela qual seus dirigentes têm legitimidade passiva para
figurar como autoridades coatoras em Mandados de Segurança.

4) As empresas públicas e as sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos possuem


legitimidade ativa ad causam para a propositura de pedido de suspensão, quando na defesa de interesse
público primário.

5) A universidade federal, organizada sob o regime autárquico, não possui legitimidade para figurar no polo
passivo de demanda que visa à repetição de indébito de valores relativos à contribuição previdenciária por
ela recolhidos e repassados à União.

6) Os Conselhos de Fiscalização Profissionais possuem natureza jurídica de autarquia, sujeitando-se,


portanto, ao regime jurídico de direito público.

7) O benefício da isenção do preparo, conferido aos entes públicos previstos no art. 4º, caput, da Lei n.
9.289/1996, é inaplicável aos Conselhos de Fiscalização Profissional. (Tese julgada sob rito do art. 543-C
do CPC/73 - TEMA 625).

Lei 9.289/1996 (Custas devidas à União, na Justiça Federal de primeiro e segundo graus)

Art. 4° São isentos de pagamento de custas:

I - a União, os Estados, os Municípios, os Territórios Federais, o Distrito Federal e as respectivas autarquias e


fundações;

II - os que provarem insuficiência de recursos e os beneficiários da assistência judiciária gratuita;

III - o Ministério Público;

IV - os autores nas ações populares, nas ações civis públicas e nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do
Consumidor, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.

Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem
exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais feitas pela parte vencedora.

8) O arquivamento provisório previsto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, dirigido aos débitos inscritos como
dívida ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, não se aplica às

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execuções fiscais movidas pelos conselhos de fiscalização profissional ou pelas autarquias federais.
(Súmula n. 583/STJ) (Tese julgada sob rito do art. 543-C do CPC/73 TEMAS 636 e 612)

9) Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual desde que coexistam
penhoras sobre o mesmo bem. (Súmula n. 497/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73
TEMA 393)

10) As agências reguladoras podem editar normas e regulamentos no seu âmbito de atuação quando
autorizadas por lei.

11) Não é possível a aplicação de sanções pecuniárias por sociedade de economia mista, facultado o
exercício do poder de polícia fiscalizatório.

12) Compete à justiça federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas. (Súmula n. 150/STJ)

13) Compete à justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de
economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. (Súmula n. 42/STJ)

14) Compete à Justiça ordinária estadual


 o processo e o julgamento,
 em ambas as instâncias,
 das causas de acidente do trabalho,
 ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou
sociedades de economia mista. (Súmula n. 501/STF)

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