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SUMÁRIO
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS .......................................................................................................... 2
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS ...................................................................................................... 2
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL ................................................................................................................... 2
QUANTO À ESTRUTURA ............................................................................................................................. 2
QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL/COMPOSIÇÃO.................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5

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CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS


CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL

Figura: http://jovembacharel.blogspot.com/2012/09/direito-administrativo-classificacao.html

Órgãos independentes - São os definidos na Constituição e representativos dos Poderes


do Estado. Não possuem qualquer subordinação hierárquica e somente são controlados uns
pelos outros. Ex.: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Chefias do
Executivo, Tribunais e Juízes, Ministério Público e Tribunais de Contas.
Órgãos autônomos - São os subordinados diretamente à cúpula da Administração. Têm
ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos,
com funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que
constituem sua área de competência. Seus dirigentes são, em geral, agentes políticos nomeados
em comissão. São os Ministérios e Secretarias, bem como a AGU (Advocacia-Geral da União) e
as Procuradorias dos Estados e Municípios.
Órgãos superiores - Detêm poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos
de sua competência específica. Representam as primeiras divisões dos órgãos independentes e
autônomos. Ex.: Gabinetes, Coordenadorias, Departamentos, Divisões, etc.
Órgãos subalternos - São os que se destinam à execução dos trabalhos de rotina,
cumprindo ordens superiores. Ex.: portarias, seções de expediente, etc.
QUANTO À ESTRUTURA

 Simples
• Constituídos por um só centro de competência.
• Não são subdivididos internamente.

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• Exercem suas atribuições de forma concentrada.


Exemplo: Presidência da República.
 Compostos
• Vários centros de competência, como resultado da desconcentração
administrativa.
Exemplo: Ministérios e Secretarias.

QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL/COMPOSIÇÃO


 Singulares (unipessoais)
• Somente um agente atua e decide.
Ex.: Presidência da República.
 Colegiados (pluripessoais)
• Vários agentes atuam e decidem após votação.
Ex.: Senado, Câmara.

EXERCÍCIOS
1. (CESPE). Os órgãos administrativos são Pessoas Jurídicas de Direito Público que
compõem tanto a Administração Pública Direta quanto a Indireta.
Certo ( ) Errado ( )
2. (CESPE). Embora os órgãos públicos sejam despersonalizados, meras repartições
internas de competência no âmbito de pessoas jurídicas, a eles é reconhecida a
capacidade para celebrar convênios.
Certo ( ) Errado ( )
3. (CESPE). No que se refere à organização da Administração Pública, julgue o item
subsecutivo:
O servidor da Administração Direta que, no exercício de sua função, causar dano a
particular, não poderá ser pessoalmente demandado por este em ação de reparação de danos;
nesse caso, o particular terá de acionar juridicamente o órgão ou departamento público em que
trabalhe o servidor. Essa peculiaridade da responsabilidade civil do Estado tem a ver com a
Teoria do Órgão, mais aceita atualmente, de acordo com a qual os órgãos públicos, desprovidos
de vontade própria, são as unidades funcionais da organização administrativa e os agentes
públicos, mandatários do órgão.
Certo ( ) Errado ( )

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QUESTÕES COMENTADAS
1- (CESPE). Os órgãos administrativos são Pessoas Jurídicas de Direito Público que
compõem tanto a Administração Pública Direta quanto a Indireta.
Errada.
Órgão público é um centro de competência despersonalizado. Logo, o conceito
de órgão público não se confunde com o conceito de entidade política ou
administrativa, haja vista a entidade ser dotada de personalidade, seja de direito
público, seja de direito privado.
Com base na Teoria do Órgão, podemos conceituar órgão público como uma
unidade que une atribuições praticadas pelos agentes públicos que o formam, com o
objetivo de manifestar a vontade do Estado, o seu pensamento, ou, pelo menos, a
sua tendência de agir.
O erro da assertiva é pontuar que os órgãos públicos são dotados de
personalidade jurídica, quando em verdade não o são. As atuações dos
órgãos públicos são atribuídas às pessoas jurídicas as quais os referidos
representam.

2-(CESPE). Embora os órgãos públicos sejam despersonalizados, meras repartições


internas de competência no âmbito de pessoas jurídicas, a eles é reconhecida a capacidade para
celebrar convênios.
Certa.
Assertiva de acordo com o artigo 37, § 8º da CF 88. Mencionamos ainda
o DECRETO Nº 6.170 de 2017, art. 1º, § 1º, I. Logo, verifica-se que é
perfeitamente possível órgãos públicos figurarem como parte em convênios.
CF: Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos
e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por
objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei
dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
“DECRETO Nº 6.170 de 2017 - Dispõe sobre as normas relativas às
transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, e
dá outras providências.
Art. 1º Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos
de execução descentralizada celebrados pelos órgãos e entidades da administração
pública federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos,
para a execução de programas, projetos e atividades que envolvam a transferência
de recursos ou a descentralização de créditos oriundos dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social da União.
§ 1º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a
transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal
e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou
entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão
ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou
indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução de
programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço,
aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua
cooperação”.

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3-(CESPE). No que se refere à organização da Administração Pública, julgue o item


subsecutivo:
O servidor da Administração Direta que, no exercício de sua função, causar dano a
particular, não poderá ser pessoalmente demandado por este em ação de reparação de danos;
nesse caso, o particular terá de acionar juridicamente o órgão ou departamento público em que
trabalhe o servidor. Essa peculiaridade da responsabilidade civil do Estado tem a ver com a
Teoria do Órgão, mais aceita atualmente, de acordo com a qual os órgãos públicos, desprovidos
de vontade própria, são as unidades funcionais da organização administrativa e os agentes
públicos, mandatários do órgão.
Errada.
A primeira passagem da afirmativa está correta. De fato, na hipótese versada,
o particular não poderá promover demanda diretamente contra o servidor público,
conforme jurisprudência firmada pelo STF (RE 327.904/SP, em 15/08/2006), em
interpretação do art. 37, §6º, CF/88. Entendeu-se, em suma, que tal dispositivo
consagra um sistema de dupla garantia, quais sejam: i) a primeira, e mais evidente,
é em favor do particular, que não precisa discutir o elemento culpa para obter a
indenização devida. Por óbvio, adota-se, em nosso ordenamento, a teoria do risco
administrativo, de índole objetiva; ii) a segunda garantia, essa sim não tão óbvia, é
colocada em favor do servidor público, e consiste justamente nesse impedimento de
que seja demandado diretamente pelo particular. Somente mediante ação de
regresso, após ser condenado, é que o Estado poderá (a rigor deverá) promover a
responsabilização de seu agente, desde que esse tenha agido com dolo ou culpa
(responsabilidade civil subjetiva, portanto). No plano federal, ademais, a Lei
8.112/90 é expressa em exigir ação regressiva (art. 122, §2º), o que elimina, com
ainda maior razão, a possibilidade de demandas diretas em face do servidor público
federal.
Não obstante, a segunda parte da afirmativa aqui comentada contém
equívocos. O primeiro está no fato de que a ação a ser proposta pelo particular não
deve ter como demandado o “órgão ou departamento público em que trabalhe o
servidor", porquanto órgãos e departamentos (que nada mais são do que órgãos...)
não ostentam personalidade jurídica própria, e, por conseguinte, não têm capacidade
de ser parte em juízo (ressalvadas hipóteses muito específicas, inaplicáveis na
espécie). As ações indenizatórias devem ser movidas, isso sim, em face das pessoas
jurídicas das quais os respectivos órgãos constituem meros integrantes. O segundo
erro repousa no fato de que, à luz da teoria do órgão, realmente abraçada por nosso
ordenamento, os servidores públicos não atuam como mandatários,
pensamento esse que, a rigor, afina-se com a teoria do mandato, há muito rejeitada
pela doutrina. Na verdade, a teoria do órgão apregoa que os atos praticados pelos
agentes públicos, lotados em determinados órgãos, são imputados à pessoa jurídica
que aqueles venham a integrar.

GABARITO
1. Errado
2. Certo
3. Errado

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