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2022

Conteúdo slides

Questão Norteadora

“Os direitos do consumidor guardam alguma relação com Direitos Humanos, se sim, qual, como, por quê?”

Questão Prévia vale 30% da nota (Não é a Questão Norteadora)

Pesquise sobre como se deve “interpretar” o texto jurídico abaixo, tirado da Constituição da República.

CR, Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes.

Questão: como se deve “ler” a frase: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”?

Prévio Questionário Pedagógico


4 minutos para reflexão e resposta
• O que vc espera da Disciplina como aplicação à sua área profissional?
• Qual a sua ideia de Direito, o que vc acha que ele é?

“Os Estados podem ir à guerra sem pedir consentimento aos cidadãos, desde que os
consumidores estejam felizes.” Zygmunt Bauman, Vida Líquida, p. 63.

Sobre a Questão Prévia e sobre a interpretação jurídica, que não é leitura gramatical, Rui Barbosa
dizia: Não há palavras ociosas na Constituição (ou na lei)

1. Introdução
Vamos estudar Direito? Direito! Não é moral e respeito!

O Direito também regula temas com valores, juízos e sentimentos. Mas o Direito não é moral, educação, respeito ou a ética de
cada um. A pessoa desrespeitosa pode perfeitamente não violar o Direito ou a lei.

Estudar Direito é saber o que interessa ao Direito, não a mim ou a você. Somente as relações jurídicas interessam.

Para efeito de crime, por exemplo, há o conceito técnico de tipo penal. Só é crime a conduta precisamente descrita na Lei. Assim,
matar um cachorro a tiros não é homicídio; homicídio é matar alguém (CPF). E cachorro não é alguém.
Violam o Direito Não violam o Direito Penal

Ofender alguém (CPF), 138, 139, 140, 208 Ofensa feita em juízo pelo advogado, 142, I

Xingar alguém (CPF), 140 Ingratidão

Escárnio a alguém (CPF) Sarcasmo, Deboche,

Zombaria a alguém (CPF) Humor, Sátira, Zombaria

Violar a honra de alguém (CPF) Blasfêmia, Pecado, Sacrilégio

Violar a imagem de alguém (CPF) Crítica

Violar a intimidade de alguém (CPF), 154CR, 5º, X Desrespeito

Violar a liberdade de alguém (CPF) Palhaçada

Induzir alguém ao suicídio (CPF), 122 Escárnio

Apologia de crime, 287 Apologia de fato imoral (exaltar, enaltecer, elogiar)

 Ameaça, 147 Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

Racismo, nazismo, antissemitismo, islamofobia, homofobia (Lei 7716, Ódio


STF)

O Ilícito Infâmia

O Ilegal Imputação de fato criminoso a ‘católicos’, ‘comunistas’

O Inconstitucional  Furto de bagatela, furto famélico

Crime – conduta típica da lei  Exclusões de ilicitude – não há crime, 23

  Falar em tese, abstratamente (sem CPF)

2. Generalidades

Questões organizatórias

Direito – que é isso?

Responsabilidade Objetiva – CDC, arts. 12 – 14; CC, art. 927, p.u.

Desconsideração da PJ – CDC, art. 28; CC, art. 50

Os 2 pilares da CR

Crime

Artigos sobre Dignidade da Pessoa Humana - JMA

Rafaela Silva fala mesmo

http://blogdojeanma.blogspot.com/2012/07/a-poderosa-que-ja-foi-campea-mundial. html Racismo


 Todos somos macacos

https://observatoriogeral.com/2014/03/08/todos-somos-macacos/

   Mulher

Mulher brasileira: corpo x inteligência

http://blogdojeanma.blogspot.com/2013/01/mulher-brasileira-corpo-x-inteligencia.html

  Machismo
O mito do macho
http://blogdojeanma.blogspot.com.br/2012/03/o-mito-do-macho.html

O pensamento preconceituoso Preconceito


https://observatoriogeral.com/2014/06/25/o-pensamento-preconceituoso/

  Gentileza
Gentileza, superproduto da inteligência
http://blogdojeanma.blogspot.com/2012/10/gentileza-superproduto-da-inteligencia.html

Grosseria danosa
https://blogdojeanma.blogspot.com/2012/02/grosseria-danosa.html

Casamento gay e o preconceito contra o amor Gay

https://observatoriogeral.com/2015/05/25/casamento-gay-e-o-preconceito-contra-o-amor/

O Radicalismo em 8 traços Radicalismo


https://observatoriogeral.com/2019/08/31/o-novo-radicalismo-em-8-tracos/

Prática compreensiva

Por que a mulher (CLT, 372), o aprendiz (CLT, 424), o trabalhador em geral e o consumidor mereceram historicamente leis especiais
no Direito?

Direito Constitucional O Brasil tem 4 chefes de 3 Poderes + chefe MP?


Inviolabilidade do domicílio e legítima defesa
Liberdade constitucional de ir e vir (ficar e permanecer)
Liberdade de pensamento, de crença, de crítica, de imprensa

Direito Civil Testamento – há ‘problema’ aí?


Doação de pai para um dos filhos pode? CC, 544
Quanto tempo dura o direito? CC, 206
Usucapião – perde-se o imóvel? CC, 1238
União estável precisa de papel? CC, 1723
Posso emprestar o carro sem problema? CC, 927
Direito Penal Polícia pode revistar você e o automóvel? CPP, 244, 249
Prisão para averiguação existe? CR, 5º, LXI
Assediar alguém no trabalho pode ser crime? CP, 216-A
Direito Processual Processo de conhecimento e processo de execução
Ajuizar uma ação envolve risco?
Ônus da prova – quem acusa tem que provar? CPP, 156; CPC, 373

Prática compreensiva
1 Por que a mulher (CLT, 372), o aprendiz (CLT, 424), o trabalhador e o consumidor mereceram historicamente leis especiais no
Direito?

Estudo de Caso Prático


Em plena Pandemia, cliente de casa noturna foi agredido por um frequentador identificado da
danceteria, que inclusive entrou armado no estabelecimento.
1. Os estabelecimentos são responsáveis pela incolumidade dos clientes?
2. Caso afirmativo, a responsabilidade é objetiva?
3. O fato de o agressor estar identificado afasta a responsabilidade da casa?
4. Alguma responsabilidade cabe ao agressor?
5. Há ação de regresso da casa contra o agressor?

Fundamente as respostas.

Estudo de Caso Prático


Cliente de shopping center parou seu carro em estacionamento gratuito do estabelecimento e foi
vítima de furto de seu veículo. Reclama a situação, o shopping alegou que o estacionamento era
terceirizado e apresentou contrato regular com a empresa do estacionamento. Também. Ficou
verificado que o cliente vítima do furto não houvera consumido nada no estabelecimento, e por
isso o Shopping alegou não haver relação de consumo.
1. Há responsabilidade do shopping, sendo gratuito o estacionamento?
2. Se há, ela é objetiva?
3. Cessa a responsabilidade se a vítima não comprar nada?
4. O shopping tem ação de regresso contra o estacionamento?

Questões para resposta


1. Estrada com pedágio. Animal morto. Acidente com feridos.
Q. Há responsabilidade objetiva por fato do serviço? CLM, 227
 
2. Panasonic. Filial brasileira que usa a marca do fabricante. Filmadora comprada no exterior. Vício
da mercadoria.
Q. Há responsabilidade objetiva e solidária da filial por confiança na marca? 243
 
3. Site de encontros na internet. Gratuito. Divulgação de matéria não autorizada.
Q. Sendo gratuito o serviço, há responsabilidade da empresa prestadora de serviço?
Existe remuneração indireta? 251

4. Facebook. Ofensa anônima.


Q. Cabe dano moral em responsabilidade objetiva por defeito na prestação do serviço? 253

5. Contrato de seguro. Cláusula limitativa a ‘furto qualificado’.


Q. Há abusividade do direito à informação em linguagem leiga – furto qualificado- a consumidor
vulnerável e hipossuficiente? 355
  
6. Loja. Dispositivo de segurança. Alarme disparado equivocadamente apontando furto. Revista
da pessoa.
Q. Há dano moral a ser indenizado? 390
 
 7. Produto para tingir cabelo. Queda anormal dos cabelos.
Q. Há fato do produto e há responsabilidade do fabricante? 517
3. Teoria geral dos contratos
• Contrato é um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir,
conservar, modificar e extinguir direitos, ou simplesmente, o acordo de vontades com a finalidade de produzir efeitos
jurídicos.
• Contrato é o negócio jurídico bilateral e sinalagmático (natureza jurídica), decorrente do encontro de vontades de duas
ou mais pessoas, que produz direitos e gera obrigações jurídicas de cunho patrimonial.
[Marcos Cesar de Souza Lima; Leonardo Araujo Marques]
Sinalagma – relação de obrigação contraída
• Princípio da obrigatoriedade - o contrato obriga os contratantes. Lícito não lhes é arrependerem-se; lícito não é revogá-lo
senão por consentimento mútuo; lícito não é ao juiz, em regra, alterá-lo.

• Assim, o contrato se origina da declaração de vontade (livre), tem força obrigatória, e forma-se, em princípio, pelo só
consentimento das partes (princípio do consensualismo).

Questão para Resposta


Nem todo contrato está no campo do direito obrigacional.

o casamento (direito de família)


contrato administrativo (direito público)
composição de danos com a vítima
transação penal (direito penal)
suspensão condicional do processo com o MP
Questão: casamento é Relação obrigacional? é contrato?

CONTRATO – ética da situação; conceitos flexíveis; fórmulas ordenadoras:

Usos do lugar art. 111, 320, 326


Circunstância do caso art. 311
Natureza da situação
Equidade art. 944, p.u., 953
Desproporção manifesta entre as prestações art. 157, 317
Premente necessidade art. 156
Boa-fé arts. 113, 128, 187, 307, p. u., 309,
Utilidade da prestação
Fins econômicos e sociais do direito subjetivo
– Questão: Interpretação

– CR, Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes..

– 3 Interprete:

– “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”

– Exemplo de Interpretação
Constituição, artigo 53 :
‘Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.’
Interprete:
Constituição, artigo 53:
‘Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.’
STF, Pleno – RTJ 133/1990 - A imunidade material ‘protege o parlamentar em todas as suas
manifestações que guardem relação com o exercício do mandato.’ De novo, exercício do
mandato.

Interpretação
 
A interpretação do contrato deve resumir-se, tanto quanto possível, à
descoberta da vontade das partes
O contrato é lei entre as partes.
“Toda lei tem e deve ser interpretada, mesmo quando clara.”
Paulo Dourado de Gusmão, Introdução à Ciência do Direito
Contrato - Elementos para validade – CC, art. 104

• Agente capaz – CC, arts. 166, I; 171, I; 1647, 1649 e 1650

• Objeto lícito e possível determinado/determinável – CC, 166, 426, 104, II

• Consentimento dos interessados

Forma prescrita ou não vedada em lei – 107

Princípios centrais

 
Falar em função social do contrato, é se referir, não propriamente à boa-fé subjetiva (bona fide),
mas à boa-fé objetiva dos contraentes.
 
A boa fé objetiva impõe uma tipologia de acordo em que as cláusulas do contrato devem
transparecer, por si mesmas, numa análise objetiva, a transparência dos interesses dos agentes
envolvidos, sem dúvidas e duplas interpretações.
Princípios

• da Autonomia da vontade – liberdade: para contratar ou não; de escolher com quem contratará; de determinar o objeto.

• da obrigatoriedade (pacta sunt servanda) – o contrato vincula; não se pode arrepender; o juiz não pode alterá-lo.

• da relatividade (res inter alios acta) – a ótica liberal proíbe ao contrato afetar direitos de terceiros, mas a lei relativiza. A
vítima de trânsito aciona diretamente a seguradora, mesmo sem ter relação com ela.

• da função social – v.g., contrato não deve por em risco a preservação da empresa; a propriedade não é absoluta, atrai
função social.

• da boa-fé objetiva – os contratantes devem fazer o possível para que todos usufruam o máximo da relação contratual.

Questões práticas

• 4 E-mail pode ser prova para um contrato?

• 5 Manifestação unilateral de vontade escrita pode ser?

• 6 Manifestação unilateral – uma atitude ou comportamento – pode ser?

• 7 Silêncio pode ser prova de consentimento contratual?


• 8 Um contrato formal (lei entre as partes) discriminatório vale?

• Questão Prática

• A pessoa faz sinal para o ônibus e ele para. Ela segura o corrimão e põe um pé no primeiro degrau do ônibus para iniciar
a subida. Neste momento o motorista arranca e a pessoa cai.

• 9 Houve violação de contrato?

• Extinção do Contrato – Institutos - CC

O contrato pode ser extinto por DISTRATO (472), desfazimento mútuo do negócio, também
conhecido como resilição bilateral.
 
Pode uma das partes usar RESILIÇÃO UNILATERAL (473), quando comunica à outra que não quer
mais prosseguir na relação.
 
O contrato pode conter CLÁUSULA RESOLUTIVA (474), previsão expressa de que o negócio possa
ser desfeito.
 
A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir RESOLUÇÃO (475) do contrato, ou seja, a
dissolução do contrato, ainda com perdas e danos.
 
Pela EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO (476), nenhum contratante antes de cumprida sua
parte no acordo, pode exigir o cumprimento da outra.
 
Pode haver RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA (478) quando em contratos de execução
continuada a prestação se torne insuportável para uma das partes, por fatos alheios à sua
vontade.
• Extinção do Contrato

• Fatores estranhos à vontade

• Força maior (natureza: tufão, furacão, raio) CC, 393

• &

• Caso fortuito (acaso humano: greve, guerra) CC, 393

• Questão Prática

• 10 Pandemia do coronavírus é uma dessas situações em relação à empresa? Pode afetar contratos empresariais e
trabalhistas?

• Modalidades de Pagamento - CC

• Pagamento – 304 Execução voluntária e exata da prestação

• em consignação – 334 depósito liberatório

• com sub-rogação – 346 Transferência do crédito ao pagador de dívida alheia

• Imputação ao pgto. – 352 escolha da quitação

• Dação em pgto. – 356 acordo para recebimento diverso

• Novação – 360 Transformação de uma obrigação em outra

• Compensação – 368 Extinção de dívidas simultâneas

• Confusão – 381 Credor e devedor na mesma pessoa

• Remissão da dívida – 385 Renúncia do credor ao crédito


• Vícios Contratuais

Inexistência – falta de elemento essencial à própria concepção de o que se possa entender por contrato (consenso). É o
não-ato; uma aparência de contrato.
•  

Nulidade – sanção que a lei impõe pela não observância de normas obrigatórias ou de ordem pública sobre requisitos
para a constituição válida do contrato. É insanável e perpétua. O juiz pode pronunciar de ofício. Efeitos da sentença: ex
tunc (retroativos). Pessoa absolutamente incapaz (166, I); ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto (II); violar
forma prescrita em lei (IV); visar a fraudar a lei (VI); simulado (art. 167)
•  
Anulabilidade (nulidade relativa) – Relativa a incapazes ou a quem emitiu declaração negocial viciada (erro, dolo, coação).
Só interesses particulares; restringe-se aos atingidos. Não havendo ação com pedido de anulação no prazo, o contrato se
convalida. Efeitos ex nunc (de agora).
Questão prática - “Contrato”
• Contratante: Clínica Veterinária Âmbar & África V. M., cnpj 69.077.069.077/0001-69.
• Contratado: Rui Barbosa, OAB SP 007.
• Serviço: defesa da Contratante no processo 1234567-89.0123.4.56.7890.
• Honorários: R$ 50 mil, no ato, remuneradores do serviço até sentença de 1º grau.
  Foro de Eleição, Vargem Grande Paulista, SP, 24/4/2020.
 
  Ass. Contratante Ass. Contratado
Pergunta-se
• 11 Isso é um contrato, ou falta algo?
• 12 Obriga a ambas as partes?
• 13 Pode ser cobrado judicialmente?
• 14 Há foro de eleição válido?
• 15 Há alguma violação moral, social, negocial ou ética aí?
Debate - Contrato de Adesão
Questões intelectivas Práticas
1. Por que a lei adota a interpretação mais favorável ao aderente?
2. Por que a lei nulifica a cláusula com renúncia antecipada do aderente?
3. A simples aceitação pela lei do contrato de adesão não é uma incongruência?
4. Por que a lei precisa estipular tamanho mínimo para letra neste contrato?
5. O contrato de adesão é “perigoso”?
6. O que “garante” o contrato de adesão pró-consumidor?
7. Há diferença entre o contrato por adesão do CC para o do CDC?

4. CDC: justificativa da tutela e relação jurídica de


consumo
Eficácia supralegal do CDC – visão hierárquica
 
• CR 88
• CDC
• Leis ordinárias
• A defesa do consumidor, além de direito fundamental, é também princípio geral de toda a atividade econômica.
IBDC - https://www.ebc.com.br/instituto-brasileiro-de-defesa-do-consumidor
IDEC - https://idec.org.br/
PROTESTE - https://www.proteste.org.br/

Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas – 29ª sessão, Genebra, 1973 reconheceu direitos básicos ao consumidor, tais
como segurança, integridade física, intimidade, honra, informação e respeito à dignidade humana.
 
 
Assembleia Consultiva do Conselho da Europa – Resolução 543, de 17/5/1973, elaborou a Carta de Proteção do Consumidor,
traçando as diretrizes básicas para a prevenção e reparação dos danos aos consumidores, que serviu de base para a Resolução do
Conselho da Comunidade Europeia, de 14/4/1975, dividindo os direitos dos consumidores em 5 categorias:
  
• Direito à proteção da saúde e da segurança
• Direito à proteção dos interesses econômicos
• Direito à reparação dos prejuízos
• Direito à informação e à educação
• Direito à representação (direito de ser ouvido)

Código de Defesa do Consumidor, Títulos 2 a 6 - CDC, lei 8.078 – 11.9.1990

• Infrações penais – arts. 61 a 80

• Defesa do consumidor em juízo – disposições gerais – arts. 81 a 90

Ações coletivas para defesa de interesses individuais homogêneos – arts. 91 a 100

Ações de responsabilidade do fornecedor de produtos e serviços – arts. 101 e 102

Coisa julgada – arts. 103 e 104

• Sistema nacional de defesa do consumidor – arts. 105 e 106

• Convenção coletiva de consumo – arts. 107 e 108*

• Disposições finais – arts. 110 a 119.

• Conceitos – Relações - Espécies

•  

•         Art. 2° - consumidor - toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Ainda, equipara a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de
consumo.

•  

•         Art. 3° - fornecedor - toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

•      

•    Produto: qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial, e serviço: qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
decorrentes das relações de caráter trabalhista.

• “Consumidor é qualquer pessoa natural ou jurídica, que contrata para a utilização, a aquisição de mercadoria ou a
prestação de serviços independentemente do modo de manifestação da vontade.” José Maria Ohton Sidou.

•  

•  “Consumidor é, pois, de modo geral, aquele que se submete ao poder de controle dos titulares de bens de produção,
isto é, os empresários.” Fábio Konder Comparato.

•  

•  “Consumidor não é apenas aquele que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.” Antônio
Herman de Vasconcellos e Benjamin.

•   

• “Consumidor é aquele que, em regra, em posição de vulnerabilidade no mercado de consumo e não profissionalmente,
adquire ou utiliza produtos ou serviços como destinatário fático e econômico desses produtos ou serviços, visando à
satisfação de suas necessidades pessoas, de família ou de terceiros subordinados por vinculação doméstica ou
protetiva.” Sergio Cavalieri.

4.1. Conceitos e relação entre consumidor e fornecedor


Princípios norteadores
 

• Princípio do protecionismo do consumidor, CDC, art. 1º.

• Princípio da vulnerabilidade do consumidor, CDC, art. 4º, inc. I.

• Princípio da hipossuficiência do consumidor, CDC, art. 6º, inc. VIII.

• Princípio da boa-fé objetiva, CDC, art. 4º, inc. III.

• Princípio da transparência ou da confiança, CDC, arts. 4º, caput, e 6º, inc. III.

• Princípio da função social do contrato, CC, art. 421

• Princípio da equivalência negocial, CDC, art. 6o, inc. II.

• Princípio da reparação integral dos danos, CDC, art. 6o. inc. VI.

• Fato do produto ou do serviço é um defeito tão grave que provoca um acidente que atinge o consumidor, causando-lhe
dano material ou moral

• Vício do produto ou do serviço é um defeito menos grave, circunscrito ao produto ou serviço em si, um defeito que lhe é
inerente ou intrínseco, que apenas causa o seu mau funcionamento ou não funcionamento.

Se A, dirigindo seu automóvel zero-quilômetro, fica repentinamente sem freio, mas consegue parar sem maiores problemas,
teremos aí o vício do produto; mas se A não consegue parar, e acaba colidindo com outro veículo, sofrendo ferimentos físicos,
além de danos nos automóveis, aí já será fato do produto.

Oferta (CDC) – o aspecto relevante da oferta no CDC é que ela integra o contrato:

“Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com
relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o
contrato que vier a ser celebrado.”

Proposta (CC) – A oferta (CDC) é conceito mais profundo do que a proposta, tratada no Código Civil; no caso da oferta o oblato
pode exigir o cumprimento específico da obrigação.

“Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou
das circunstâncias do caso.”

 Oblato – pessoa a quem é direcionada a proposta

4.2 Equiparados ao consumidor.


 

O consumidor equiparado ou bystander pode ser qualquer pessoa, física ou jurídica, ou mesmo um ente despersonalizado, como o
condomínio ou o espólio, economicamente forte ou fraco que se relacione com o produto ou serviço, como no caso, por exemplo,
da telefonia, ou da TV que venha a explodir ferindo pessoas que a estejam assistindo.

São igualmente equiparados todos aqueles que, muito embora não estejam propriamente no conceito jurídico de consumidor
padrão, estão expostos aos efeitos decorrentes das atividades dos fornecedores no mercado, podendo ser atingidos ou
prejudicados.

Serão relações de consumo?

 Aeronave que cai sobre a casa das vítimas realizando serviço de transporte de malotes para um destinatário final, ainda que
pessoa jurídica.

• 16 E as pessoas atingidas em terra?

• 17 Banco de sangue que equivocadamente atestou que a doadora de sangue era portadora de hepatite C, o que foi
comunicado a todos os bancos de sangue do país. A doadora, na qualidade de consumidora, moveu ação indenizatória
por dano moral contra o banco de sangue. O banco, em defesa, alegou não ser relação de consumo, pois a autora da
ação era doadora e não contratante de serviços. É relação de consumo?

Equiparados:

• Coletividade de pessoas (art. 2º, parágrafo único)

• Todas as vítimas (art. 17 – terceiros-vítimas)

• Todas as pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas comerciais e à disciplina contratual (art. 29 – terceiros-
expostos)

CDC, art. 17 -    Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.

  

Art. 2º, § único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que hajam intervindo nas relações
de consumo.

Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não,
expostas às práticas nele previstas.

4.3 EMPRESA CONSUMIDORA


  

Empresa que figura, originariamente, num modelo de polo forte em relação a seu consumidor pode ser compreendida como
consumidora.

Há, entretanto, relações às quais a empresa é, sim, consumidora, desde que compreendida como destinatária final dos produtos e
serviços adquiridos, não sendo o caso de relação de consumo se se tratar de insumos necessários para o que desenvolve ou produz
em sua atividade lucrativa.

Assim, uma mesma pessoa jurídica pode ser considerada vulnerável numa dada relação e não vulnerável em outra.

Também, a pessoa jurídica consumidora pode ser de direito privado ou público, considerando-se aqui, por exemplo, uma prefeitura
que que venha a ter bloqueado o serviço de telefonia. Estará ela numa relação típica de consumo, na qualidade de consumidora.

CDC, art. 2º.

Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

         Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas
relações de consumo.

Posição atual do STJ

A relação jurídica qualificada por ser de consumo não se caracteriza pela presença de pessoa física ou jurídica em seus polos, mas
pela presença de uma parte vulnerável de um lado (consumidor) e de um fornecedor, do outro.

Mesmo nas relações entre pessoas jurídicas, se da análise da hipótese concreta decorrer inegável vulnerabilidade entre a pessoa-
jurídica consumidora e a fornecedora, deve-se aplicar o CDC na busca do equilíbrio entre as partes. Ao consagrar o critério finalista
para interpretação do conceito de consumidor, a jurisprudência deste STJ também reconhece a necessidade, em situações
específicas, abrandar o rigor do critério subjetivo do conceito de consumidor, para admitir a aplicabilidade do CDC nas relações
entre fornecedores e consumidores-empresários em que fique evidenciada a relação de consumo.
Há 2 correntes que buscam explicar o tema, os subjetivistas ou finalistas, e os maximalistas ou objetivistas.

  

 1ª corrente – Subjetivistas (finalistas) – a empresa pode ser considerada consumidora somente quando adquire bens ou
contrata serviços sem qualquer ligação direta ou indireta com a sua atividade básica.

  

 2ª corrente - Objetivistas – o uso profissional do bem ou serviço adquirido ou utilizado pela empresa que exerce atividade
econômica apenas afastará a existência de relação de consumo se tal bem ou serviço compuser diretamente (revenda)
ou por transformação, beneficiamento ou montagem, o produto ou serviço a ser fornecido a terceiros. O exemplo típico
é o das montadoras de automóveis que adquirem produtos para montagem e revenda (autopeças) ao mesmo tempo em
que adquirem produtos ou serviços para consumo final (material de escritório, alimentação) O destino final é, pois, a nota
tipificadora do consumidor. Posição atual do STJ

 A relação jurídica qualificada por ser de consumo não se caracteriza pela presença de pessoa física ou jurídica em seus
polos, mas pela presença de uma parte vulnerável de um lado (consumidor) e de um fornecedor, do outro.

 Mesmo nas relações entre pessoas jurídicas, se da análise da hipótese concreta decorrer inegável vulnerabilidade entre a
pessoa-jurídica consumidora e a fornecedora, deve-se aplicar o CDC na busca do equilíbrio entre as partes. Ao consagrar o
critério finalista para interpretação do conceito de consumidor, a jurisprudência deste STJ também reconhece a
necessidade, em situações específicas, abrandar o rigor do critério subjetivo do conceito de consumidor, para admitir a
aplicabilidade do CDC nas relações entre fornecedores e consumidores-empresários em que fique evidenciada a relação
de consumo.

4.4 POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO CDC, 4º e 5º


 O Brasil criou uma cultura e uma política nacional das relações de consumo ao prever na Constituição da República, a
proteção do consumidor. Dá-se, na história do país, uma virada antropológica em direção à ampliação do princípio da
dignidade da pessoa humana, em saúde, segurança, relações econômicas, qualidade de vida e primazia da cidadania.

 O país passa a se situar como um modelo social de ponta na importantíssima relação consumerista que afeta,
indistintamente, a todos os nacionais e estrangeiros, residentes ou de passagem pelo território nacional, num exemplo
de segurança jurídica.

 O traço dessa política nacional, adentra frontalmente no modelo educacional do povo, como um povo protegido em toda
e qualquer relação de consumo. Por outro lado, esta educação do consumo contribui efetivamente para a melhoria dos
produtos nacionais, incentivando a criação e a inovação, ao mesmo passo que reeduca o fornecedor a buscar
disponibilizar somente produtos corretos e sustentáveis, do mesmo jeito que inibe a produção de produtos e serviços
politicamente inadequados.

Objetivos

• Atendimento das necessidades dos consumidores

• respeito à sua dignidade, saúde e segurança

• proteção de seus interesses econômicos

• melhoria da sua qualidade de vida

• transparência e harmonia das relações de consumo

• Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor;

• Ação governamental para proteger o consumidor;

• Harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor
com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico; 
• Educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres;

• Incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços,
assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo;

• Coibição e repressão de abusos praticados no mercado de consumo; concorrência desleal e utilização indevida de
inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos
consumidores;

• Racionalização e melhoria dos serviços públicos;

• Estudo constante das modificações do mercado de consumo.

Instrumentos

• Manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;

• Instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;

• Criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de


consumo;

• Criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;

• Concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor.

• Art. 4º

• A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o
respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de
vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:

•         I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

•         II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:

•        ......

•        III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do
consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, ...

•         IV - educação e informação de fornecedores e consumidores ...

•         V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e
serviços, ...

•     VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados ...

•      VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;

•      VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.

•  Art. 5°

• Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos,
entre outros:

•       I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;

•      II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;

•      III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de
consumo;

•       IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;

•        V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor.


• Questionamento Grupal

• Caso Fortuito (totalmente imprevisível) > Força Maior (previsível, mas inevitável) FT, 248 ss.

• 18 Estacionamento. Chuva de granizo. CDC, art. 14 não se refere a caso fortuito/força maior. Só o CC, art. 393 se refere.
Cabe a excludente de Força Maior ?

• 19 Ônibus. Assalto à mão armada. Caso fortuito alegável pela empresa ?

• 20 Correios. Roubo no serviço prestado. Exclui responsabilidade do prestador?

• 21 Correios. Agência que oferece banco postal. Assalto interno.

• 22 Banco. Assalto. Risco do negócio => risco proveito? Dever de indenizar?

• 23 Banco. Estacionamento. Assalto. Dever de indenizar?

4.5 PUBLICIDADE ABUSIVA E ENGANOSA CDC, 36 a 38


 

• Publicidade – o 5º poder?

• Num país como o Brasil, em que ainda há bolsões de analfabetos ou analfabetos funcionais, a publicidade precisa ser
constantemente fiscalizada para não ludibriar, iludir ou fomentar compras que não guardem uma consciência correta de
o que se está adquirindo, qual produto, sua funcionalidade e prestabilidade.

• Há que se valorizar a boa-fé objetiva e da aparência, permitindo uma escolha pelo consumidor efetivamente rente ao que
necessita conscientemente, oriunda de uma correta oferta por parte do fornecedor.

• Ponto importante no tema é a força vinculativa que a publicidade tem que admitir, no sentido de obrigar o fornecedor à
toda extensão de o que efetivamente ofertar para consumo.

• Publicidade – “toda a comunicação de entidades públicas ou privadas, inclusive as não personalizadas, feita através de
qualquer meio, destinada a influenciar o público em favor, direta ou indiretamente, de produtos e serviços, com ou sem
finalidade lucrativa.” Adalberto Pasqualotto.

• Publicidade e propaganda não são sinônimos.

Publicidade tem objetivo comercial, próprio para anunciar produtos e serviços possíveis de negociação.

Propaganda, por sua vez, visa a um fim ideológico, próprio para a propagação de princípios, ideias, teorias, com objetivo religioso,
político ou cívico.

• Princípio da veracidade da publicidade – art. 37: É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. Este pode ser
considerado o grande avanço do Código de Defesa do Consumidor.

• Publicidade enganosa – conforme o § 1° do art. 37, é qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o
consumidor a respeito da natureza, caraterísticas, qualidade, quantidade, propriedade, origem, preço e quaisquer outros
dados sobre produtos e serviços.

• A fantasia afasta a enganosidade – o tênis que faz acrobacias fantásticas, o tapete que voa, os cães que falam etc.

• Publicidade enganosa – para uns terá que efetivamente ter a capacidade de enganar, e não apenas transmitir conteúdo
falso; para outra corrente não se exige a intenção de enganar por parte do anunciante, é irrelevante, bastará a
possibilidade de enganar, ainda que a mínima parcela de consumidores. Por outro lado, sempre que o anúncio for capaz
de induzir o consumidor em erro, mesmo que tal não tenha sido querido pelo anunciante, estará caraterizada a
publicidade enganosa.

Publicidade enganosa por comissão – o fornecedor afirma algo que não corresponde à realidade do produto ou serviço.

 
Publicidade enganosa por omissão – o anúncio deixa de afirmar algo relevante e que, por isso mesmo, induz o consumidor em erro.
Mas aqui, só a ausência de dados essenciais é reprimida.

• Exemplo 1 – Phillips anunciou televisor estéreo, o primeiro a ser comercializado no país, mas deixou de informar ao
consumidor que essa qualidade especial só era alcançável com a aquisição, à parte, de uma peça específica.

• Exemplo 2 – empresa de cartão de crédito lançou no mercado o cartão de crédito megabônus, atraindo milhares de
consumidores. Ao aderir ao cartão, o consumidor esperava que seria colocado à sua disposição um crédito pessoal. Em
vez disso, não havia qualquer crédito aprovado para o usuário e ele só vinha a saber quando já de posse do cartão,
pretendia desbloqueá-lo. Só aí era informado que seu limite de crédito era zero. Ele teria que depositar previamente uma
quantia necessária para poder usar o cartão.

• Questão

• Em aeroportos o transeunte é chamado para ganhar um brinde, uma mala, gratuitamente. Ao chegar ao guichê, é-lhe
perguntado se há um algarismo X no seu cartão de crédito que é composto com 16 algarismos. Aí também ganha
gratuitamente 3 assinaturas de revista, bastando dar o cartão somente para “o pagamento do correio”.

• 24 Existe algum tipo de publicidade enganosa aí?

• Questão

• Uma marca de tênis anunciou com uma grande estrela da TV a mensagem para que as crianças destruíssem os tênis
usados para que seus pais comprassem o tênis novo anunciado pela artista.

• 25 Há publicidade abusiva aí?

5. PREVENÇÃO E REPARAÇÃO DE DANOS CDC, 8º a 28


• A prevenção de danos é matéria que se relaciona com a educação consumerista no sentido de buscar prevenir a não
existência de produtos e serviços potencialmente perigosos, ou, efetivamente, um redobrado cuidado quando se tratar
de casos que possam gerar danos ao consumidor em geral.

•  

• Noutras palavras, a prevenção de danos é a preocupação máxima que pode ter um sistema jurídica e socialmente
saudável no sentido de evitar a ocorrência do dano, sempre gerador de traumas e transtornos. Porém, uma vez não
possivelmente evitado o dano, há de entrar em cena um sistema jurídico reparatório que, além da responsabilização ao
propiciador do dano, preste-se como modelo pedagógico a que o fornecedor redobre atenção na hora de pôr a consumo
um produto ou serviço potencialmente danoso.

• CDC, arts. 8º a 28.

• O CDC não proibiu a fabricação ou circulação de produto perigoso.

• Produtos com perigosidade inerente – o risco intrinsecamente atado à própria natureza da coisa, à sua qualidade ou
modo de funcionamento.

• Produtos com perigosidade adquirida – os que se tornam perigosos em razão de algum defeito que não é da sua própria
natureza.

IDEC

1. Compra fracionada
Ninguém é obrigado a levar um fardo inteiro de um produto quando só precisa de uma unidade. -  artigo 39, I, do CDC.
 2. Perda da nota fiscal
Caso perca uma nota fiscal, você pode solicitar a segunda via ao estabelecimento onde foi feita a compra ou ao prestador
de serviço.
 3. Venda casada
Quando você for pedir um empréstimo e o gerente exigir que você contrate um seguro ou título de capitalização você
tem direito de rejeitá-lo.
4. Produto com preços diferentes
Se houver dois valores diferentes para uma mesma mercadoria, o menor prevalece.
 5. Cartão bloqueado
Se o seu cartão de crédito for bloqueado devido a uma falha de operação ou tentativa de fraude, você não deve pagar
por sua reemissão.
 6. Queda de energia
Danos causados por queda de energia devem ser reparados, pois independentemente de culpa, a concessionária de
energia elétrica é responsável pela reparação de danos a equipamentos eletroeletrônicos. 
7. Custeio de medicamentos 
Os planos de saúde têm o dever de fornecer todo o tratamento necessário aos pacientes, inclusive medicamentos para
uso diferente do previsto na bula.
 8. Comida no cinema
Obrigar os consumidores a comprar nas lojas do cinema é considerado venda casada.
 9. Mala extraviada
Se sua mala extraviada não for localizada enquanto ainda estiver no aeroporto, a empresa aérea tem, no máximo, 7 dias
para voos nacionais e 21 dias em voos internacionais para encontrá-la e enviá-la ao seu endereço.
10. Viagem gratuita aos idosos
Pessoas a partir de 60 anos e com renda de até 2 salários mínimos têm direito a viajar de graça. As empresas são
obrigadas a reservar duas poltronas para idosos, e esses devem retirar o bilhete antecipadamente.
 11. Passageiro é consumidor
Segundo o CDC, passageiros também são considerados consumidores. Por isso, em caso de transtornos, como falha no
serviço, superlotação e atraso, o usuário pode pedir o valor da passagem de volta.
 12. Voo atrasado
Se for viajar e o voo atrasar, dependendo do tempo que tiver de esperar, você tem direito a ligações telefônicas e acesso
à internet, alimentação e hospedagem. Em caso de cancelamento, você pode exigir o reembolso ou remarcar a viagem. 
 13. Créditos que desaparecem
Seus créditos do celular estão sumindo? Serviços de Valor Adicionado, como jogos e afins, podem ser o motivo. Se houve
cobrança sem o seu consentimento, entre em contato com a operadora e exija o cancelamento e restituição em dobro. 
 14. Cadastro de inadimplente
Caso o consumidor tenha seu nome inscrito no cadastro de inadimplentes sem justa causa, sem aviso prévio ou com
informações incorretas, a empresa que requisitou a inclusão pode ser responsabilizada por danos morais e materiais. 
 15. Conta sem tarifas
Você sabia que pode ter uma conta corrente sem tarifas? Basta ir até a agência bancária onde deseja abrir a conta ou
onde já tem uma aberta e solicitar a conversão para serviços essenciais, que reúne operações básicas e não tem custo. 
16. Pagamento negado
Caso tente realizar o pagamento de uma conta no caixa de uma agência e esse serviço seja negado, o banco é obrigado a
informar quais são as opções fornecidas, seja por caixa eletrônico, internet banking ou lotérica, por exemplo.
 17. Fila de banco demorada
Alguns estados e municípios brasileiros têm leis que limitam tempo de espera nas agências bancárias. Nos locais onde
não há lei, os bancos devem seguir norma de autorregulação da Febraban.
 18. Serviços nas férias
Sabe quando você vai viajar e acaba pagando contas de serviços, como internet e TV a cabo, sem usar? Você não precisa
fazer isso. É possível solicitar a suspensão temporária de serviços, com interrupção na cobrança de mensalidade. 
19. Couvert não obrigatório
Cuidado com pegadinhas dos restaurantes: você não é obrigado a pagar pelo "couvert", os petiscos servidos antes do
prato principal. Servi-lo sem que o consumidor seja consultado previamente é prática abusiva, proibida pelo CDC.
 20. Pedido demorado
Você tem todo o direito de ir embora caso seu pedido no restaurante demore demais para chegar, não sendo necessário
pagar por ele. Somente será responsável pelo pagamento do que consumiu.
 21. Crianças em restaurantes
Restaurantes não podem proibir a entrada de crianças. Restringir a entrada de determinado grupo a um ambiente é uma
violação à dignidade da pessoa humana, de acordo com a Constituição Federal. Se isso ocorrer, você pode denunciar a
empresa ao Procon de seu município ou ao Ministério Público Federal.
22. Transporte escolar nas férias
A cobrança do transporte escolar durante as férias é legal, desde que informada antecipadamente. Mas, se você não foi
devidamente avisado e for surpreendido com a cobrança, pode questionar com base no direito à informação, garantido
pelo CDC.
 23. Ofertas não cumpridas
Qualquer oferta feita pelo fornecedor, seja por jornais, revistas, sites, panfletos ou anúncios no rádio e tv deve ser
cumprida, se não é considerada propaganda enganosa. Do contrário, você pode optar pela troca ou pelo cancelamento,
com direto à devolução da quantia paga e ressarcimento por perdas e danos.
 24. Produto com garantia
A garantia legal é estabelecida pelo CDC e independe de previsão em contrato: a lei garante e ponto! Assim, o
consumidor tem 30 dias para reclamar de problemas com o produto se ele não for durável, ou 90 dias se for durável. 
25. Produto essencial
Quando se trata de um produto essencial com defeito, como geladeira ou fogão, você não precisa esperar o prazo de 30
dias para reparo. Nesse caso, assim que constatado o defeito, é dever do fornecedor trocar ou devolver imediatamente a
quantia paga pelo cliente.
 26. Compra online
Quando comprar um produto online, desconfie de ofertas muito abaixo da média e leia o detalhamento do produto. Caso
esteja mais barato por causa de um defeito, a descrição deve informar sobre esse fato previamente e de forma clara.
 27. Desistência de compra 
Se você comprar pela internet e desistir, o reembolso deve ser total, inclusive de frete e outras taxas. O chamado “direito
de arrependimento” está previsto no artigo 49 do CDC.
28. Atraso na entrega
Se você comprou um produto e ele não foi entregue no prazo estipulado, entre em contato com a loja para comunicar o
problema e cobrar providências. O atraso na entrega caracteriza descumprimento de oferta, de acordo com o artigo 35
do CDC.
 29. Troca na loja
Segundo o CDC, as lojas não são obrigadas a trocar produtos que não apresentem defeito. Mas, caso o estabelecimento
se comprometa a realizar a troca de qualquer item - o que é comum acontecer -, tem o dever de cumprir com sua palavra.
 30. Produto de mostruário 
Peça de mostruário também tem garantia, pois a venda de produtos já expostos não exime o fornecedor de realizar
possíveis reparos de defeitos que impeçam seu bom funcionamento.
31. Conta bancária encerrada
A solicitação de encerramento da conta-corrente pode ser feita em qualquer agência do banco de que o consumidor é
cliente, não necessariamente na que a conta foi aberta. É importante lembrar que a conta não será encerrada enquanto
houver saldo devedor ou débitos com o banco.
 32. Serviço de saúde gratuito
Todo brasileiro é usuário do SUS e desde o nascimento tem direito a serviços de saúde gratuitos, como vacinação,
transplantes, medicamentos de alto custo, entre outros que 31. Conta bancária encerrada
A solicitação de encerramento da conta-corrente pode ser feita em qualquer agência do banco de que o consumidor é
cliente, não necessariamente na que a conta foi aberta. É importante lembrar que a conta não será encerrada enquanto
houver saldo devedor ou débitos com o banco.
 32. Serviço de saúde gratuito
Todo brasileiro é usuário do SUS e desde o nascimento tem direito a serviços de saúde gratuitos, como vacinação,
transplantes, medicamentos de alto custo, entre outros que visam a saúde da população.

5.1. DANO MORAL E MATERIAL


 
  
Historicamente, 4 critérios orientaram a verificação de reparação do dano moral.
• Gravidade do dano;
• Grau de culpa do ofensor;
• Capacidade econômica da vítima;
• Capacidade econômica do ofensor - Anderson Schreiber [Direito civil e constituição, 2013, p. 179].
Entretanto, atualmente, apenas a gravidade se justifica como parâmetro para o arbitramento do dano moral, devendo
prevalecer a atenção sobre o dano em si, que é a causa da indenização, em vez de um teor punitivo ligado ao ofensor,
visão tradicionalista que deve ser ultrapassada. Assim, a indenização deverá ser medida pela extensão do dano, foco
centrado na vítima, e não no ofensor.
Em sentido estrito – dano moral é a violação do direito à dignidade.
 
 
Dignidade (Kant) – é o valor de que se reveste tudo aquilo que não tem preço, ou seja, que não é passível de ser
substituído por um equivalente. É uma qualidade inerente aos seres humanos enquanto entes morais.
 
 
Em sentido amplo – dano moral é violação de algum direito ou atributo da personalidade.
 
 
O dano moral não se restringe à dor, tristeza e sofrimento, estendendo sua tutela a todos os bens personalíssimos – os
complexos de ordem ética.
Sergio Cavalieri Filho, Programa de responsabilidade civil. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 107.
Dano material ou patrimonial – atinge bens integrantes do patrimônio da vítima; o conjunto de relações jurídicas
apreciáveis economicamente. Pode ser a patrimônio presente ou futuro. Subdivide-se em dano emergente e lucro
cessante.
  
• Dano emergente – imediata diminuição do patrimônio da vítima, CC, art. 409. É tudo aquilo que se perdeu.
• Lucro cessante – efeitos mediatos ou futuros, relaciona-se a bem ou interesse futuro que ainda não pertence ao
lesado.
 
 Mero receio ou dissabor não é dano moral, mas somente aquela agressão que exacerba a naturalidade dos fatos da vida,
causando fundadas aflições ou angústias, STJ, 4ª Turma.
 
 “O dano estético, causado por aleijão ou deformidade ao corpo humano, independente da indenização devida por dano
moral, deve também ser reparado” STJ, 3ª Turma
 
 Dano Estético - lesão à saúde, integridade física que se exterioriza gerando modalidade diversa de dano indenizável
Novos Danos
 
• Sexual
• Por redução de capacidade laborativa
• Por filho indesejado
• De brincadeiras cruéis
• De férias arruinadas
• Morte de animal doméstico
• De mobbing (assédio moral)
• De separação após notícia de gravidez
• Por separação e divórcio
• Por rompimento de noivado
• Por abandono afetivo de filho
“A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.” Súmula 227, STJ.
• Não constituem atos ilícitos: os atos praticados em legítima defesa, exercício regular de um direito, e para remover
perigo iminente, CC, art. 188.

• Questão

• Jovem morto a tiros em Micareta. Pais reclamam dano moral da sociedade promotora do evento. Alegam deficiência
em segurança. Houve pagamento vultoso para participação “dentro” da Micareta, para não se ficar do lado de fora, na
“pipoca”.

• 26 Há dano moral?

• Questão

• Agressões sofridas em casa noturna. Alegada falta de segurança. Cliente agredido por outro frequentador identificado
que estava armado.

• 27 Há responsabilidade objetiva da casa noturna?

• Questão

• Sociedade de advogados adquire software da IBM para otimizar sua relação com os clientes, permitindo consulta direta
aos processos.

• 28 O caso se enquadra no CDC, art. 2º?


• Questão

• 29 Estacionamento gratuito em lojas e shoppings centers ou supermercados, respondem as empresas beneficiárias


pelos serviços de estacionamento de modo ‘objetivo’?

• Questão

• 30 Usuário de shopping que não comprou qualquer mercadoria pode ser considerado consumidor equiparado para
efeito de estacionamento de veículo?

• Questão

• 31 Passageiro gratuito, por clube de milhagem, viajando por cortesia, a responsabilidade da empresa aérea é objetiva?

Casos Práticos
Caso 1 – Os noivos que ficaram “sem roupa” em casamento por causa da empresa aérea futebolística
32 A companhia aérea transformou um casamento em São Paulo em completamente inesquecível para noiva, noivo e
convidados. A empresa perdeu a mala com as roupas que o casal usaria na cerimônia, e os dois acabaram vestindo calças jeans na
hora do sim. Na Justiça, foi determinado que eles recebam R$ _____ de indenização após essa situação.

Caso 2 – O cliente que achou uma perereca na garrafa de refrigerante


33 Um consumidor que encontrou uma perereca em uma garrafa de 2 litros do refrigerante recebeu _____ por danos
morais. Ele se sentiu constrangido, pois estava servindo a bebida em uma confraternização. Depois das pessoas
perceberem o gosto estranho, ele acabou achando uma perereca em uma das garrafas

Caso 3 – O consumidor ofendido pelo banco


34 Em 2014, chique e poderoso banco foi condenado a pagar uma indenização por danos morais, no valor de ______, a
um cliente que recebeu o cartão com o xingamento homofóbico “Folote do Inferno” no lugar de seu nome.
No dicionário, a palavra “folote” é usada para designar algo muito largo e frouxo. Na prática, o termo costuma ser
usado em algumas regiões do país com uma conotação exclusivamente sexual.

Caso 4 - A cliente que tinha R$ 1 como limite no cartão de crédito


35 Uma consumidora contratou o serviço de cartão de crédito de um banco oficialíssimo brasileiro pela internet, com
limite aprovado de R$ 699. Ao tentar usá-lo para fazer compras, descobriu que seu limite, na verdade, era de apenas 1
real. Por causa do constrangimento, ela recebeu uma indenização de _______.

Caso 5 - O consumidor importunado pelo call center


36 Quem nunca ficou incomodado com as ligações excessivas recebidas de call center? Um consumidor ficou indignado
por receber tantas ligações oferecendo serviços quando passava por um tratamento médico. Em um mesmo dia, ele
recebeu mais de 10 chamadas de uma empresa telefônica. Inconformado, entrou na Justiça e recebeu uma indenização
de _______.

Caso 6 - O cliente traidor que foi “entregue” pelo banco


37 Um consumidor conseguiu o direito de ganhar uma indenização de ______ após a mulher descobrir que era
traída por “culpa” de um banco de Brasília. A companheira teve acesso a seus dados bancários através de uma
funcionária da instituição financeira. No processo, o cliente contou que, depois disso, ele e a mulher se separaram, o
que lhe causou forte depressão e necessidade de usar medicação controlada.

Caso 7 - A adolescente de 12 anos com “nome sujo”


38 Uma adolescente de 12 anos teve o nome inscrito em um cadastro de inadimplentes, por um suposto
descumprimento de contrato com um banco. A instituição financeira foi condenada a indenizar a jovem em _______.

Caso 8 - O cliente comprou um freezer que demorou 3 anos para chegar


39 Muitos clientes já se acostumaram com a demora nas suas encomendas. Porém, esse atraso é difícil de superar: um
cliente comprou um freezer numa poderosa loja eletro — com a promessa de entrega em três dias — e, 3 anos depois,
ainda não tinha recebido o produto. O caso foi parar na Justiça, que determinou uma indenização no valor de _____

Caso 9 - Criança de 8 anos presa em escada rolante de shopping


40 Uma criança de 8 anos ficou presa em uma escada rolante de um shopping plaza, na Zona Norte do Rio, após um
“tranco” no aparelho. Na Justiça, o centro comercial foi condenado a indenizar a menina, que não ficou machucada, em
_____ por causa do abalo psicológico que a situação gerou.

Caso 10 - A cliente chamada de gorila


41 Uma cliente passou por uma situação de preconceito racial quando comprava uma bolsa em Madureira, na Zona
Norte do Rio, e entrou na Justiça após a vendedora se referir à ela como a “maior negona que parece um gorila”. A
mulher recebeu uma indenização, por danos morais, no valor de ________.
• https://wordpress.com/post/observatoriogeral.com/3612 - Todos Somos Macacos - JMA
• https://observatoriogeral.com/2014/06/25/o-pensamento-preconceituoso/ - O Pensamento Preconceituoso - JMA

Casos em que o consumidor não tem razão


1. Preço muito baixo? Não adianta tentar - O folheto promocional começa a ser distribuído e, em poucos minutos, a
concessionária está lotada de clientes. Na oferta, um carro 0 km que custa 40 mil está sendo vendido por menos de 3 mil.
Os consumidores exigem comprar pelo preço anunciado. Erro evidente.
2. Comprou de pessoa física? A solução não está no Procon
A chance de trocar de carro finalmente aparece. É o primo do seu colega de trabalho que está indo morar no Exterior e
quer se livrar dos bens que tem no Brasil. O carro dele, com baixa quilometragem, está à venda. Após dar a volta na
quadra com o veículo e receber do dono a garantia que está tudo revisado, você compra o carro por um valor razoável.

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