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LVII MPMG
PROVA ORAL

1. GRUPO TEMÁTICO III

1.1 Direito Civil


Dr. Geraldo de Faria Martins da Costa
Dra. Josely Ramos Pontes

1 – A máxima do direito contratual diz: “entre o fraco e forte a liberdade escraviza


e a lei liberta”. O Sr. discorda ou concorda? O que significa a frase? Explique.

2 - A liberdade contratual encontra algum limite? Qual? Exemplifique. E a


liberdade de concorrência?

3 – A cláusula de não indenizar é válida?

4 – Conceitue o Princípio da conservação dos contratos.

5 – É válida uma cláusula que estabelece períodos de carência em contratos de


planos se saúde? Por quê?

6 – Foco nas Associações. Essas entidades demandam o socorro do MP o tempo


inteiro. Abordar os contornos jurídicos das associações (natureza jurídica,
responsabilidade, capacidade e elementos). Como são organizadas na
Constituição e no CC? Quando adquire personalidade? O que limita a capacidade
de uma associação? O que significa a entidade não ter fim econômico (já que
pode ter atividade econômica)? A Sra. acha que é possível que uma associação
seja responsabilizada/demandada civilmente?
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7 - É comum que essas entidades tragam uma situação financeira precarizada,


mas na atuação dessa entidade os dirigentes não demonstrem essa realidade (em
razão de interesses corporativos). A atividade hospitalar é exemplo disso.
Gostaria que a Sra. falasse sobre a desconsideração da personalidade jurídica
baseado nisso. A Sra. acha que se houver hipótese de fraude ou abuso na
administração dessa entidade é possível a desconsideração da personalidade
jurídica? Sim ou não? Explique. Discorra sobre o instituto da personalidade
jurídica (abordando as teorias adotadas no ordenamento).

8 – Em vista dos debates a respeito dos temas e das tensões sociais, esses
contornos do direito relacionado à personalidade. O direito ao nome vem
expressamente no CF, cujo projeto é anterior à CF. Sabendo que CF tem a
dignidade como sua diretriz fundante, gostaria que o Sr. trouxesse características
ao direito de personalidade e, consequentemente do direito ao nome.

9 – Gostaria de saber do Sr, a respeito da alteração da mudança do nome das


pessoas trans, quais as exigências que se fazem? A Jurisprudência antes exigia a
cirurgia de transgenitalização. No caso de uma pessoa trans ou não trans se dirigir
ao cartório, como que isso se efetiva? Qual a formalidade? Terá que comprovar
sua mudança anatômica?

10 – Além da questão da mudança de nome e de gênero, gostaria que o Sr. falasse


quais as outras possibilidades de alteração do prenome autorizadas pela
legislação brasileira? Ao menos duas possibilidades.

11 – Com relação ao sobrenome, gostaria que o Sr. nos dissesse se é possível a


alteração de sobrenome e em quais circunstâncias.

12 – Há entendimento jurisprudencial que vem crescendo sobre a prevalência da


multiparentalidade, inclusive há julgamento recente. O Sr. tem opinião a respeito
da multiparentalidade e sua inclusão no assento de registro civil de nascimento?
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13 – Com relação ao corpo, também há muitas inovações nesse sentido, como a


redesignaçao sexual. Sabemos quanto o preconceito rege a nossa sociedade.
Assim, com relação ao corpo, o CC faz duas restrições: autorização médica em
caso de redução permanente e nos casos de costumes. Eventualmente,
recebemos demandas a respeito de tratamentos que têm a insurgência do
destinatário ou de um familiar com relação à negação de alguns tratamentos,
como questões religiosas, por exemplo. Como nos, Promotores de Justiça,
devemos tratar a questão em casos de pessoas deficientes em observância à Lei
da Inclusão?

14 – Qual a diferença entre vício e defeito de acordo com a teoria da qualidade


de produtos e serviços?

15 – O que é um produto defeituoso?

16 - O dano, no âmbito do CDC, deve ser reparado com base na culpa ou


independe de culpa? O comerciante é igualmente responsável (solidariamente)?

17 – E os profissionais liberais no tocante ao fato só serviço? Qual a


responsabilidade?

18 – Quanto ao vício, é necessário que seja oculto para acarretar


responsabilidade? Pode ser vício aparente ou de fácil constatação para ensejar o
dever de reparar?

19 - O CDC impõe ao fornecedor expressamente a obrigação de durabilidade dos


produtos?

20 – O CDC indica o que seja produto impróprio para o consumo? Dê exemplos


de produtos impróprios ao consumo. Existe alguma norma expressa no CDC
vinculando as regras que exigem qualidade no CDC e aquelas feitas por
organismos que possuem conhecimento sobre o produto?
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21 – Todas as pessoas podem ser sujeitos de direitos e obrigações?

22 – Para esclarecimentos, até na seara do DPC, a massa falida, o espólio, a


herança jacente, o condomínio são pessoas?

23 – Toda pessoa tem capacidade de direito? No Direito brasileiro não existiria


incapacidade de direito?

24 – Quando começa a personalidade civil da pessoa natural?

25 – E quando termina?

26 – Qual fato caracteriza o nascimento com vida?

27 – Ainda que o nascituro tenha morrido logo em seguida?

28 – O que é o nascituro? Ele tem personalidade jurídica?

29 – Pode ser feita doação ao nascituro? Qual formalidade jurídica necessária


para a doação?

30 – O Sr. sabe muito bem das mudanças impostas ao arranjos familiares por
conta da CF 88, muito ainda vinculado antes ao patriarcado, às famílias
matrimoniais, que não apresentam mais a maioria dos arranjos familiares. Diante
disso, gostaria que o Sr. falasse sobre os princípios que o Sr. considera mais
importantes dessa nova realidade.

31 – O Sr. reconhece que o afeto é um princípio?

32 – Já que o Sr. considera o afeto como um princípio, gostaria que abordasse o


entendimento do STJ a respeito do abandono afetivo e as ações de
responsabilização, em especial sobre as ações de indenização.

33 – Ao reconhecer o afeto como princípio, o Sr. consegue vislumbrar o


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desdobramento da exclusão do sobrenome paterno?

34 – Gostaria que o Sr. fizesse uma análise: a jurisprudência ainda é muito


refratária a respeito desses novos arranjos, com uma certa resistência. O Sr.
reconhece que a formação das carreiras jurídicas provoca que tipo de produção
jurisprudencial a respeito desse tema? De que forma contribuímos para esse
resultado jurisprudencial, uma vez que podemos pertencer a esses novos
arranjos? O dano moral por abandono afetivo enseja demonstração?

35 – Gostaria que o Sr. falasse rapidamente sobre princípios que regem os direitos
da personalidade e que reputa mais relevantes e quais direitos da personalidade
considera mais importantes nesse momento atual?

36 – Que tipo de tutela temos na legislação brasileira para garantir os direitos da


personalidade?

37 – Sobre a decisão do STF no tocante às biografias não autorizadas e direito ao


esquecimento. Há um limite da privacidade, da honra objetiva e subjetiva
ancorada no direito da personalidade. Faça uma análise sobre o limite da tutela
da honra, direito a informação, biografia não autorizada e direito ao
esquecimento. Fale sobre esses institutos e a ponderação dos mesmos na
atualidade.

38 – Tema: Honra considerada como direito coletivo. Sobre a tutela de honra de


grupos na LACP, comente a decisão do MPF a respeito do comportamento de
alunos e professores de algumas instituições de ensino superior a respeito da
declaração do então ministro da educação.

39 - Já tínhamos no Brasil previsão de tutela da honra em outros ordenamentos


muito valorosos (para além do CC). O Sr. se recorda de alguma atuação do MP na
tutela coletiva da honra?
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40 – Em que consiste o bem de família?

41 – Pode incidir sobre o prédio urbano ou rural? Depende de instituição


voluntária?

42 – A impenhorabilidade se dá por dívidas posterior ou anteriores à constituição


do bem família?

43 – A impenhorabilidade alcança o imóvel do devedor solteiro?

44 – E se for uma família que passa a morar em imóvel alugado? O imóvel


continua a ser impenhorável?

45 – E na hipótese de uma família proprietária de vários imóveis? É possível a


instituição do bem de família?

46 – Na hipótese de impossibilidade de manutenção da estrutura física da casa


(ruínas etc), por exemplo, o juiz pode autorizar a extinção ou a sub-rogação do
bem de família? Na hipótese, haveria participação do Ministério Público?

47 – A Lei. 10.2016 trouxe uma nova proposta de atenção ao transtorno mental.


Minas Gerais tem protagonismo muito grande na seara Internações psiquiátricas.
Há uma demanda expressiva nas promotorias de atuação na área de saúde
mental, não só em relação à dependência química, mas também em relação aos
portadores mentais. Gostaria que a Sra. falasse sobre as modalidades de
internação. Que mudança de paradigma foi trazida pela lei? Fale em linhas gerais
sobre a Lei 10.216. Comente mais sobre internação compulsória.

48 – O MP pode ajuizar ações de internação compulsórias em qualquer caso? Em


quais casos? Na internação compulsória, quem é o réu da ação de internação?

49 – A Sra. acha que na internação involuntária a vontade do curador se sobrepõe


a vontade do paciente? Ou no caso de interdição a vontade do curador suprime
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a vontade do curatelado?

50 – Análise: a lei 10.216 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas


portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde
mental. Esse modelo da lei tem sido usado de uma maneira muito ampla com
relação ao dependentes químicos. Na internação compulsória o art. 9º
estabelece:

Art. 9º - A internação compulsória é determinada, de


acordo com a legislação vigente, pelo juiz
competente, que levará em conta as condições de
segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda
do paciente, dos demais internados e funcionários.

Qual a legislação vigente para a internação compulsória? A Sra. entende que a


internação compulsória prevista na 10.216 é uma nova possibilidade ou estamos
falando que a internação é uma medida de segurança? Há uma judicialização
extremada sobre internações compulsórias no Brasil. Comente sobre isso.

51 – Aborde, em linhas gerais, o que o Sr. entende como mais juridicamente


relevante a respeito da privacidade, vida privada e direito a honra.

52 – O Sr. sabe que o conceito de honra e privacidade possui variações de acordo


com o contexto. Nós (Promotores de Justiça, figuras públicas, inclusive
servidores) temos esse campo da privacidade reduzido, limitado? Ou pode ser
enfrentado de maneira isonômica para todos?

53 - O Sr. instaura um IC e uma pessoa é investigada (gestor publico). É decretado


o sigilo do IC. Quem pode ter acesso às informações do IC? Qual limite temos que
dar à preservação da privacidade do investigado no bojo de um IC? E se um
ativista, presidente de entidade representativa pedir cópia dos autos, o que
fazer?
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54 – Na CF temos expressamente uma exceção a processos sigilosos dirigidos ao


PJ que se irradia para os demais âmbitos. Sabe dizer sobre a possibilidade de
quebra do sigilo? Que exceção é esta prevista na Constituição?

55 – Primeira dama teve seu celular raqueado. Em seguida, foi procurada por
alguém que teve acesso aos conteúdos das conversas e, nessa abordagem,
tentando obter alguma vantagem (foi solicitado 300 mil reais), o autor da
extorsão diz que tem conteúdo suficiente para fulminar/destruir à vida do marido
dela. Essa informação está protegida pelo sigilo ou prevalece o interesse público
e a informação deve ser divulgada?

56 – Aborde, em linhas gerais, o que o Sr. entende como mais juridicamente


relevante a respeito da privacidade, vida privada e direito a honra.

57 – O Sr. sabe que o conceito de honra e privacidade possui variações de acordo


com o contexto. Nós (Promotores de Justiça, figuras públicas, inclusive
servidores) temos esse campo da privacidade reduzido, limitado? Ou pode ser
enfrentado de maneira isonômica para todos?

58 - O Sr. instaura um IC e uma pessoa é investigada (gestor publico). É decretado


o sigilo do IC. Quem pode ter acesso às informações do IC? Qual limite temos que
dar à preservação da privacidade do investigado no bojo de um IC? E se um
ativista, presidente de entidade representativa pedir cópia dos autos, o que
fazer?

59 – Na CF temos expressamente uma exceção a processos sigilosos dirigidos ao


PJ que se irradia para os demais âmbitos. Sabe dizer sobre a possibilidade de
quebra do sigilo? Que exceção é esta prevista na Constituição?

60 – Primeira dama teve seu celular raqueado. Em seguida, foi procurada por
alguém que teve acesso aos conteúdos das conversas e, nessa abordagem,
tentando obter alguma vantagem (foi solicitado 300 mil reais), o autor da
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extorsão diz que tem conteúdo suficiente para fulminar/destruir à vida do marido
dela. Essa informação está protegida pelo sigilo ou prevalece o interesse público
e a informação deve ser divulgada?

61 – O foco é o controle da publicidade, que marca nossa vida atual em todos os


momentos. É um tema de altíssima necessidade de enfrentamento pelo MP. O
que é o princípio da veracidade da oferta publicitária? Conceitue.

62 – Sobre a veracidade, gostaria que a Sra. falasse sobre a publicidade enganosa.


Ela é tratada no CDC? Ela pode se dar na forma omissiva? Ë necessário, na
publicidade enganosa, prova de que a vítima tenha sido induzida a erro para que
concretize o modelo de publicidade enganosa?

63 – Na esteira da questão anterior, a inversão do ônus da prova se dá ope legis


ou ope judicis?

64 – Em caso de recusa do cumprimento à oferta, o consumidor pode exigir o


cumprimento forçado da obrigação?

65 – Explique o princípio da transparência da fundamentação da mensagem


publicitária. A qual obrigação corresponde?

66 – Conceitue usucapião.

67 – As causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição se aplicam


a usucapião?

68 – Se verifica usucapião entre cônjuges na constância do casamento?

69 - Contra menor de 16 anos ocorre a prescrição aquisitiva?

70 – Quais os requisitos da posse ad usucapionem?

71 – Quais são as espécies de usucapião previstas no direito positivo? Dê uma


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rápida passagem nos prazos em cada modalidade.

72 – A usucapião especial urbana se aplica a posse de terreno urbano sem


construção?

1.2 Direito Processual Civil


Dr. Adriano Cardoso da Silva
Dr. Leonardo de Faria Beraldo

1 – Em quais circunstâncias cessa a responsabilidade do devedor pelos juros


moratórios e a correção monetária?

2 – Na execução contra a fazenda pública, a execução fica atrelada à dotação


orçamentária?

3 - É possível penhora sobre o faturamento da empresa? Em quais hipóteses?

4 – Cabe prisão civil do devedor de pensão alimentícia? O que o credor precisa


para pedir a prisão? Qual documento diz que comprove o débito dessas três
prestações? Cabe prisão civil fundada em título extrajudicial?

5 – A parte perdeu prazo para apresentar embargos em execução de título


executivo extrajudicial. Ela pode pretender discutir as matérias que alegaria em
ação autônoma? (esqueça a exceção de pré-executividade, disse o examinador).
O examinador quer saber no bojo de uma execução de titulo extrajudicial,
deixando de lado as questões de ordem pública.

6 - No reexame necessário pode ser agravada a situação da Fazenda Pública? Qual


a posição do STJ sobre o assunto? Qual o Princípio deve ser observado para
fundamentar a resposta? A reformatio in pejus também se aplicaria ao caso?
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7 - Em quais circunstâncias o STJ permite a relativização da coisa julgada?

8 – Qual Princípio sustenta o fundamento apresentado (fundamento da


candidata: direito de família e investigação de paternidade)? A instrumentalidade
também serviria de fundamento, candidata?

9 – Discorra sobre sentença condicional. É possível que o juiz utilize fatos


supervenientes ao saneamento na sentença? Qual Princípio deve ser observado
em caso entenda possível?

10 – Explique o inciso IV do art. 489, § 1º, do CPC.

[§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela


interlocutória, sentença ou acórdão, que: (...) IV - não enfrentar todos os
argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão
adotada pelo julgador;(...)]

11 – Explique o inciso V do art. 489, § 1º, do CPC.

[V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus


fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se
ajusta àqueles fundamentos;].

12 – A alegação de indisponibilidade do sistema eletrônico pode afastar a


alegação de vício de intempestividade? Qual seriam os instrumentos hábeis à
prova em relação a indisponibilidade do sistema eletrônico?

13 – A comprovação do feriado local deve ser comprovado quando? Qual a prova


para comprovar o feriado? Mera alegação seria suficiente para comprovar?

14 – Com relação ao AI, a ausência de certidão de intimação da decisão agravada


pode levar ao não conhecimento do recurso? Quais as teses do STJ a respeito do
tema? Fundamente.
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15 – É cabível RESp contra acordão que confirma, ou não, o deferimento da


decisão liminar em tutela provisória? Lembra de alguma posição do STJ recente a
respeito do tema?

16 – Em um julgamento de Apelação no TJ, o vencedor pode iniciar o


cumprimento provisório da sentença em obrigação de pagar (não é contra a
Fazenda Pública, esclareceu o examinador)?

17 – Os Embargos de Declaração tem efeito suspensivo? O Relator pode conferir


efeito suspensivo aos Embargos de Declaração? Quais os requisitos para isso?

18 – O que o STJ decidiu sobre o rol do artigo 1.015, CPC, do AI? Vamos imaginar
que a decisão do STJ foi no seguinte sentido: o rol é taxativo. Como Promotor de
Justiça, você se deparou com uma interlocutória fora do artigo 1.015, CPC. O que
o Sr. faria?

19 – O juiz poderá, a requerimento ou de oficio, alterar o procedimento no curso


do processo? Se sim, em quais circunstâncias?

20 – Quais são as fases que compreendem o procedimento comum? Para cada


fase cite um ato processual típico e diga quem o pratica.

21 – Discorra sobre a ILP, em quais circunstancias poderá ocorre e qual o recurso


cabível. É possível a retratação do juiz a esse recurso? Essa retratação é o
julgamento da apelação ou é um outro ato?

22 – É possível emenda a petição inicial após a contestação? Se sim, quais


princípios devem ser considerados para tal hipótese?

23 – Para propor ação rescisória é necessário esgotar todos os recursos cabíveis?


Qual o valor da causa na ação rescisória? E se o valor for ínfimo? Busque trazer o
entendimento do STJ para as respostas.
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24 – Com base no STJ, qual a natureza jurídica da reclamação? O STJ já considerou


como recurso ou ação de natureza constitucional?

25 – Quem poderá requerer a instauração do IRDR e qual o procedimento para


cada legitimado para o requerimento?

26 – Cabe reclamação, de acordo com o STJ, para o controle de aplicação de tese


de recurso repetitivo? Qual a fundamentação do STJ para decidir dessa forma?

27 – Cabe ação rescisória contra acórdão que usou como única fundamentação
um REsp repetitivo que, na verdade, não deveria ser aplicado à espécie?

28 – De acordo com o STJ, seria possível, ainda que a título de pré-


questionamento, fazer questionamento de matéria constitucional no REsp.

29 – O que pode ser compreendido por pré-questionamento ficto? Ele é admitido


pelo STJ para fins de conhecimento do REsp?

30 – É possível a interposição do RESp antes da publicação do ED que tinha como


escopo fazer o pré-questionamento? É necessária ratificação posterior, sendo
possível?

31 – A decisão proferida em REsp repetitivo vincula os Tribunais de Justiça?


Fundamente.

32 – Está escrito no CPC que vincula? Ou é uma interpretação dos dispositivos


que o Sr. está fazendo?

33 – Dentro do contexto do REsp, o que é “cotejo analítico”? O que é paradigma?

34 – O que é tutela provisória de caráter antecedente e qual ou quais os deveres


do réu para evitar a sua estabilização? Quando o recuso não gera o efeito
esperado (suspender o efeito), o que pode fazer o réu? Apenas a apresentação
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do recurso obsta a antecipação da tutela?

35 – Diferencia tutela cautelar de tutela antecipada pura e simples e tutela


inibitória. A tutela cautelar pode ter natureza satisfativa em alguma
circunstância?

36 – É possível a concessão de tutela provisória de ofício? Se sim, em quais


circunstâncias? O poder geral do magistrado poderia encampar a possibilidade
de concessão de ofício, tendo em vista o CPC/2015?

37 – O que é liminar? A liminar em mandado de segurança seria o que? Qual a


natureza da liminar? Qual a diferença entre liminar e tutela antecipada? Se eu
ajuizar uma ACP ou pedir uma tutela antecipada há alguma diferença prática?

38 – Imaginemos que você, Promotor, ajuíza ACP pleiteando antecipação de


tutela num determinado sentido e o juiz concedeu – lide de natureza
consumerista. No transcorrer do processo foi feita perícia e o laudo pericial foi no
sentido de que o réu não teve nenhuma culpa em relação ao dano ocorrido. A
respeito dessa antecipação de tutela, se o juiz usou para fundamentar o fumus
boni iuris na culpa do réu de ter causado o dano, pode ser revogado no meio do
processo? Pensa numa relação de consumo, por exemplo. Existe previsão legal
para o juiz revogar antes da sentença?

39 – Quais são as providências preliminares que as partes podem ser requeridas


ao juiz? Quais providências o juiz poderá tomar?

40 – Após o despacho saneador, as partes podem ser opor por recurso ou


manifestação simples?

41 – Após o despacho saneador pelo juiz, as partes podem apresentar ajustes


quanto às matérias que serão o objeto da prova?
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42 – O despacho dos juízes sobre especificação de provas deve ser proferido


antes ou depois da organização e saneamento do processo?

43 – O que o juiz deve fazer quando um dos pedidos se mostrar incontroverso?


Contra a decisão cabe qual recurso? Cabe sustentação oral?

44 – Ainda existe no CPC atual o livre convencimento motivado do magistrado?

45 – A Sra. acredita que existe hierarquia entre as provas? Fundamente. Mesmo


sendo um documento público? Se não há hierarquia entre as provas, como é
possível desprezar prova testemunhal diante da presença de prova documental
nos autos?

46 – Em qual momento poderá haver a inversão do ônus da prova? Qual é a


classificação das provas? Há uma classificação quanto ao objeto da prova?

47 – Existe um direito à prova?

48 – Fale um pouco sobre o procedimento de produção antecipada de provas.


Existia a produção antecipada de provas no CPC/73?

49 – Discorra sobre o Princípio dispositivo e quais as exceções legais previstas no


CPC. A inversão do ônus da prova é possível de ofício?

50 – Discorra sobre o Princípio da inafastabilidade da jurisdição, fazendo um


paralelo com as soluções consensuais dos litígios, citando alguns exemplos no
CPC.

51 – De acordo com as normas fundamentais, havendo conflitos entre princípios


e regras qual deve preponderar? Qual deve ser o papel da jurisprudência nesse
contexto?

52 – Discorra sobre o Princípio da boa-fé em alinhamento com o instituto da


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supressio. Qual o posicionamento do STJ?

53 - O juiz pode decidir com fundamentos distintos dos que foram apresentados
pelas partes? Não seria uma ofensa ao Princípio da Congruência?

54 – A prova indiciária pode ser considerada hábil para o processo civil? A sra
citou o princípio do livre convencimento motivado. Ele persiste no sistema
processual atual?

55 – Como meio de prova para o dano matéria, é possível a prova ser unicamente
testemunhal? Uma pessoa vitimada por um desastre de barragem, por exemplo,
pode se beneficiar com apenas prova testemunhal?

56 – Discorra sobre a prova emprestada, conceituando-a. Quando ela poderá ser


usada?

57 – Qual a conexão entre um processo e outro de onde advenha a prova


emprestada, com análise de conteúdo fático? As partes devem ser as mesmas?

58 – Diferencie o cumprimento de sentença e o provisório (em termos práticos).


É necessária, no cumprimento provisório, a exigência de caução?

59 – É possível o parcelamento do valor devido no cumprimento de sentença


(antiga moratória legal do CPC/73)?

60 – Quais os meios de defesa possíveis do devedor no cumprimento de


sentença? É necessária à garantia do juízo?

61 – Qual é o tratamento que o CPC confere ao cumprimento de sentença em


decorrência da prestação de alimentos? A prisão civil possui alguma regra
especial que mereça destaque?

62 – No cumprimento de sentença de obrigação de quantia certa a intimação para


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pagamento em 15 dias deve ser pessoal ou na pessoa do advogado? Esse prazo


deve ser contato em dias úteis ou corridos?

2. GRUPO TEMÁTICO IV
2.1 Direito Material Coletivo (difusos, coletivos e individuais homogêneos)
Dr. Antônio Joaquim Schellenberger Fernandes

1 – Dentre os princípios e diretrizes do SUS previstos na lei 8.080, defina os


Princípios da regionalização e redes de serviços de saúde.

2 – Em um município em que não temos leito de terapia intensiva, qual a


responsabilidade do gestor municipal e como se organiza essa responsabilidade?
Qual a responsabilidade do gestor onde existe esse serviço? Como é repartida?

3 – Alguém na sua comarca necessita de recursos tecnológicos para tratamento


em UTI. Para atender esse caso, quais informações, como Promotor, são
necessárias colher para saber se a pessoa tem ou não esse direito?

4 – Conceitue área institucional e cidade sustentável.

5 – De que forma os Tribunais, especialmente o STJ, tem lidado com esse tema
de desafetação de áreas institucionais?

6 – A Sra., como Promotora de Justiça, recebe representação dizendo que


determinada área destinada à construção de um centro de saúde está sendo
desafetada para ser doada (pela Administração) a um clube de tiro da cidade.
Para instruir esse procedimento, quais informações e providências devem
adotadas?

7 – No que diz respeito à alimentação, qual e o bem jurídico protegido? De que


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forma o nosso sistema protege a criança no que diz respeito à alimentação, com
foco no ECA e na legislação que protege a primeira infância?

8 – Identifique, no âmbito da defesa do consumidor, quais os institutos correlatos


ao tema de segurança alimentar de crianças e adolescentes. Alguns alimentos
podem ser considerados perigosos?

9 – Além das práticas comerciais, há outro ponto do CDC que trata da tutela da
segurança alimentar?

10 – Imagine, como promotor, que o Sr. receba uma representação com a notícia
de que uma grande indústria de alimentos visita escolas na cidade e oferece
eventos com distribuição gratuita de alimentos aos alunos do ensino
fundamental. Quais seriam as normas aplicáveis? No bojo de uma investigação,
visando uma recomendação ou IC, que informações o Sr. colheria para
demonstrar os requisitos dessas normas hipoteticamente aplicáveis?

11 – Quando é que se pode dizer que alguém se caracteriza como pessoa com
deficiência intelectual? Na legislação específica, quais diretrizes que a lei dá para
que seja feita a avaliação biopsicossocial?

12 – O nosso sistema de proteção à pessoa com deficiência contém dispositivos


destinados a situação excepcionais, como a de pandemia?

13 - Na aplicação do Estatuto, como é a distribuição de responsabilidade entre os


entes federativos? Qual o papel da União, Estados e Municípios? No âmbito as
saúde? E no âmbito da assistência social como é a divisão de competências?

14 – Imagine o Sr. como promotor e chega ao seu conhecimento a noticia de que


uma pessoa com deficiência intelectual do sexo feminino não tenha recebido a
atenção devida de seu curador (tio/homem), apresentando lesões corporais,
subnutrição, dificuldade de se vestir sozinha e se alimentar. Qual seria o
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enquadramento na legislação de proteção e quais diligências deve ser


promovidas para instruir IC, recomendação ou possível ACP? Que informações
colheria para formar um juízo e a partir daí adotar providências pertinentes? Em
relação ao Município, quais órgãos poderiam atuar?

15 – Crianças e adolescentes têm direitos e garantias. Gostaria que fizesse a


conceituação dos direitos e das garantias na saúde e na educação, se possível
exemplificando.

16 – Especificamente, no campo da tutela coletiva, pensando nos direitos, dê-me


sua visão sobre o que é um direito subjetivo e como ele é observado no âmbito
coletivo?

17 – Uma criança diagnosticada com epilepsia tem prescrição médica para uso de
remédio à base de canabidiol. Tendo em vista a jurisprudência, quais requisitos
devem ser demonstrados para saber se ela teria direito subjetivo ou não? O Sr.
saberia me dizer o que é um tratamento experimental?

18 – Um grupo de pais o procura na promotoria. Os seus filhos são deficientes


intelectuais. Uma atuação comum das Promotorias é atender ao público e
orientá-lo a respeito dos direitos. Quais direitos têm essas crianças e como ter
acesso a tais direitos? Partir do princípio que os pais são ignorantes/leigos a
respeito do tema.

19 – O que é uma APP e qual a sua função? O que seria uma vereda?

20 – Gostaria que o Sr. descrevesse o regime jurídico de proteção das veredas


(permitiu ao candidato exemplificar com o regime jurídico de proteção das
APP’s).

21 – É permitido acesso (intervenção) às APP?


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22 – Pergunta de caráter pratico: o Sr. como Promotor de Justiça, em local onde


há muitas veredas, é instado a promover a proteção dessas APP’s. Apresente um
plano de ação. O que o Sr. faria para promover a proteção das veredas na sua
Comarca?

23 – O que é a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o que são temas


transversais dentro da BNCC?

24 – Tema: Família e diversidade cultural. Como a Lei de Diretriz e Bases trata


desses dois temas?

25 – Como Promotor o Sr. recebe um convite para falar em uma escola no dia do
meio ambiente – tema transversal. O tema é: “espaços protegidos”. Como o Sr.
comunicaria esse tema às crianças? Como falar aos estudantes?

26 – Qual a definição do direito à identidade, especialmente quanto à cultura,


religião e etnia?

27 – Seria possível distinguir identidade genética e identidade social?

28 – Pensando nas questões de identidade relativamente ao idoso, quais são as


políticas de atendimento ao idoso que todo Município deve executar e como as
políticas podem preservar essa identidade? Fale sobre políticas de assistência
social e à saúde (no tocante à identidade).

29 – A Sra., como Promotora de Justiça, recebe um grupo de idosos e a Comarca


está em processo de discussão de novo plano diretor. Tais idosos querem ter seus
interesses resguardados no plano. Conversando com os idosos, o que a Sra. diria
a eles sobre a forma como o Estatuto da Cidade protege a identidade do idoso?

30 – No direito brasileiro, qual é o regime imposto aos animais? A Sra. conhece


alguma proposta de modificação desse regime? Como a matéria é tratada no
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direito comparado?

31 – Nesse quadro, quais instrumentos legais têm sido utilizados para a proteção
de animais de tração nas cidades? Há na legislação federal algum diploma?

32 – Caso prático: Como a Sra. agiria como promotora na cidade onde há o uso
intensivo de animais de tração. Num IC para investigar, quais as fontes de
informações (que tipo de perguntas) devem ser colhidas para definir possíveis
ações?

33 – Gostaria que o Sr. dissesse se há diferença entre transtorno mental, doença


mental e deficiência mental. Como classificaríamos o dependente químico?

34 – Quais seriam as diferenças entre os regimes jurídicos? Qual o regime


aplicável no caso de caracterizar a deficiência mental?

35 – O Sr., como Promotor, chega às suas mãos o caso de uma mulher jovem, 32
anos, em situação de rua. Ela tem problemas com alcoolismo e drogadição. Está
grávida de 5 meses. Se encontra em atendimento ambulatorial em um pronto-
socorro, pois foi vitima de acidente. O Sr. recebe um relatório do serviço de
assistência social do Município. O que fazer?

36 – Em uma ACP ambiental, o MP atuando como fiscal da ordem jurídica pode


emitir parecer contrário à pretensão do autor? Está vinculado?

37 – Identifique uma situação (um exemplo) onde no processo coletivo seja


admitida a participação do MP na qualidade de amicus curiae.

38 – A LACP estabelece que admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os


Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos
interesses e direitos de que cuida esta lei. Criticou-se esse dispositivo ao
argumento de que violaria o Princípio Federativo. Qual o argumento para rebater
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esse fundamento?

39 – Considerando que o MP atua nos IRDR’s, inclusive deverá assumir a


titularidade em caso de desistência ou de abandono, é correto afirmar que as
questões sujeitas a esse incidente sempre poderão ser objeto de ACP?

40 – As ACP podem versar sobre tudo aquilo que é submetido ao IRDR? Existe
uma diferença de matéria de fundo?

41 – O Ministério Público de Minas Gerais pode promover a execução judicial das


sanções/multas impostas pelo Tribunal de Contas?

42 - Cabe astreinte na exibição de documento ou coisa? Tem previsão legal? Sabe


se o valor da multa, acaso elevado, pode ser revisto depois do transito em julgado
da decisão?

43 – As partes podem escolher o perito? O negócio jurídico processual, nesse


caso, é típico ou atípico? Há algum requisito para que possam escolher o perito?

44 – Acerca da hermenêutica jurídica, vamos começar com alguns conceitos. O


que é moralidade administrativa? O que é o direito ao respeito de criança e
adolescente?

45 – Sobre o diálogo das fontes, explique em que consiste tal técnica. Quais os
tipos de diálogos e como eles encaixariam entre a moralidade administrativa e o
ECA?

46 – A sra como Promotora se depara com a situação: um professor é afastado


da rede municipal de ensino porque assediou uma aluna de 13 anos. Após
afastado, é aprovado no concurso de professor do Estado. Ele pode assumir o
cargo? O que a sra faria para impedi-lo de estar em sala de aula? Como a sra
fundamentaria?
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47 – Quais são as instituições legalmente responsáveis pelas medidas integradas


de proteção da mulher em face da violência familiar e doméstica?

48 – Parte importante dessas medidas integradas está ligada à educação. Que


outras fontes normativas interagem com a Lei Maria da Penha para que sejam
implementados programas educacionais que disseminem valores éticos de
irrestrito respeito a DPH com a perspectiva de gênero, raça e etnia.

49 – A Sra. é Promotora em uma comarca que tem elevados índices de violência


domestica. Diante disso, toma iniciativa para estabelecer protocolos de
erradicação de violência, convidando instituições para a reunião. A Sra. quer levar
dados e informações para discussão na reunião. Que informações a Sra. vai colher
previamente para expor às instituições convidadas - para que seja proposto um
plano de ação?

2.2 Direito Processual Coletivo


Dra. Célia Beatriz Gomes dos Santos
Dr. Leonardo Castro Maia

1 – Discorra sobre a possibilidade do MP usar a Recomendação como instrumento


de controle de constitucionalidade.

2 – Exemplifique quais efeitos decorrentes da desconsideração do não


cumprimento da recomendação pelo gestor público.

3 – Quais Princípios regem a recomendação?

4 – A prévia instauração de IC é requisito para expedir recomendação? De alguma


forma pode ser expedida sem instaurar o IC ou não é cabível em nenhum caso?
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5 – O acordo judicial entabulado pelo MP nos autos de uma ACP permite o órgão
de execução liberdade de atuação maior do que aquela em razão de
compromisso firmado extrajudicialmente?

6 - É possível expedir recomendação como medida substitutiva de CAC ou de


ACP?

7 – Caso no bojo do IC, no curso da instrução, o membro do MP conclua tratar-se


de atribuição de outro ramo do MP como ele deverá proceder?

8 - Estabeleça a diferença entre os institutos de denunciação da lide e o


chamamento ao processo nos aspectos que interessam ao processo coletivo.
Quando a Sra entende ser cabível a denunciação da lide?

9 – Não obstante a previsão legal do art. 6º, § 5º da LAP, é possível a admissão de


associação em uma Ação Popular como litisconsorte? [§ 5º É facultado a qualquer
cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular].

10 – No que consiste a legitimação bifronte da Pessoa Jurídica no Processo


Coletivo? Tem previsão legal? Pode aplicar em qualquer outro tipo de ação?

[(...) § 3º As pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja
objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar
ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do
respectivo representante legal ou dirigente.]

11 – Para parte da doutrina a inversão do ônus da prova prevista no art. 6º, VIII,
CDC não deveria ocorrer na hipótese da ação ter sido ajuizada pelo MP sob o
argumento de que não seria parte hipossuficiente. A Sra. concorda?

12 – Em uma ACP proposta pelo MP o promotor requer a realização de perícia,


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oportunidade em que o magistrado nomeia perito entre aqueles habilitados e


inscritos em cadastro mantido pelo Tribunal, determinando a intimação do MP
para adiantamento dos honorários periciais. Como deve proceder o Promotor de
Justiça diante dessa decisão? Qual seria o recurso cabível?

13 – A perícia ambiental produzida no bojo de IC firmada apenas por um técnico


pode ser utilizada nos processos penal e civil sem a necessidade de repetição?
Em que termos? A Sra. tem conhecimento de alguma regra específica sobre essa
questão envolvendo direito ambiental?

14 – Premissa da pergunta: art. 88 do CDC c/c parágrafo único do art. 13 [Art. 13.
O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
[(...) Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá
exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua
participação na causação do evento danoso].

Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso
poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de
prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide.

Nos casos dos arts. 12 e 14 havendo pagamento por outros fornecedores há


possibilidade de direito de regresso via denunciação da lide? Nessas hipóteses,
nos termos do CDC, ocorria via denunciação ou fica sujeita a regra especifica que
veda a denunciação da lide?

15 - Conceitue processo coletivo, tutela jurisdicional coletiva, ação coletiva.

16 – Qual a distinção entre processo coletivo comum e o processo coletivo


especial?

17 – Comente sobre o princípio da disponibilidade motivada da ação coletiva.


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18 – Em uma ação coletiva, o MP pode atuar como fiscal da ordem jurídica. Existe
a obrigatoriedade de continuidade da ação em caso de abandono ou desistência
do autor originário?

19 – Não dando continuidade a ação, há algum tipo de controle ministerial em


não dar continuidade à ação coletiva?

20 – Gostaria que o Sr. se manifestasse se o IRDR é entendido ou não como uma


técnica de processo coletivo.

21 – Há diferença, em nosso ordenamento, entre direitos e interesses? Qual


seria?

22 – Os interesses sociais, referidos na CF, podem ser diretamente associados às


entidades de direito público? Em que medida? Fundamente.

23 – A jurisprudência admite a atuação do MP na defesa de direitos patrimoniais


disponíveis pertencentes a titulares individuais (individuais homogêneos)?
Acrescente um exemplo da hipótese.

24 – Em sede de tutela coletiva, qual a regra para identificação da litispendência.

25 – O processo individual que se iniciou após o ajuizamento da ação coletiva que


lhe é correspondente deve ser extinto ou suspenso?

26 – Devidamente cientificado da existência da ação coletiva correspondente a


ação individual nos termos do art. 104 do CDC, o autor (do processo individual)
deixa transcorrer o prazo de 30 dias sem manifestação. Qual a consequência
dessa inércia?

27 – O MPT firmou na Justiça do Trabalho TAC com o centro de educação infantil


onde ficou ajustado que a instituição não poderia liberar menores de 18 anos por
ela atendidos para trabalho em estacionamento públicos na cidade nem em local
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de realização de eventos festivos. Mais tarde, insatisfeita com esse acordo, a


instituição requereu autorização, na Justiça Estadual, alvará para que
adolescentes entre 16 e 18 anos, possam vender rotativos no Município. O alvará
foi concedido. Manifeste sobre o prisma da competência.

28 – O art. 16 da LCP estabelece: “A sentença civil fará coisa julgada erga omnes,
nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for
julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer
legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de
nova prova”. Como interpretar essa limitação?

29 – Considerando a ação de improbidade administrativa como modalidade de


ação que integra o microssistema processual coletivo, pergunta-se: a decisão na
ação de improbidade se sujeita a coisa julgada segundo o art. 103 do CDC e art.
16 da LACP? Nessa hipótese de obedecer às regras do microssistema, qualquer
legitimado pode intentar ação de improbidade nas hipóteses que a primeira for
julgada improcedente por insuficiência de provas? Supondo que haja julgamento
por improcedência do pedido, o outro legitimado poderia?

30 – No que diz respeito à aplicação do microssistema processual coletivo, é


correto afirmar que o CPC é aplicado de forma residual aos processos coletivos?

31 – Qual o fundamento empregado para amparar o entendimento de que as


sentenças de improcedência de pedidos formulados na ação civil pública de
improbidade administrativa se sujeitam ao reexame necessário? Qual é o
fundamento contrário a esse entendimento?

32 – Questão prática: o MP interpôs AI buscando modificação de decisão


monocrática proferida em ACP. O relator não conheceu o recurso por falta de
previsão do art. 1.015, CPC. Foi interposto agravo interno e um dos argumentos
foi tese da taxatividade mitigada. Gostaria que o Sr. se manifestasse com outro
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fundamento.

33 – Quais são as três fontes do Fundo Estadual de direitos difusos e coletivos -


FUNDIF? Cite três.

34 - Em uma condenação a indenização por dano a interesses individuais


homogêneos, caso não haja liquidação execução pela totalidade dos titulares, o
que acontece com o valor da condenação?

35 – Quais princípios estariam consubstanciados na norma do fluid recovery?

36 – Os Municípios podem instituir fundos de reconstituição?

37 – Os fundos aptos ao recebimento de valores por lesões de direitos devem ter


participação social?

38 – o Sr. sabe dizer se o MP deve participar na gestão desse fundo?

39 – O Sr. entende que é correta a afirmação de que a sentença genérica,


conforme art. 95, do CDC, é uma sentença sem força executiva própria?

40 – Quais os requisitos necessários para que uma associação tenha legitimidade


ativa para promover uma ação com base no CDC? Há necessidade de autorização
expressa dos associados? Inclusive para as ações coletivas?

41 – No curso de uma ação coletiva de consumo vom a demanda já estabilizada ,


a autorização autora foi dissolvida, sendo que outra associação pretendeu
assumir polo ativo. O réu alegou não ser possível a sucessão processual nesse
caso. Os autos foram encaminhados ao MP. Qual o seu parecer?

42 – É possível que nos autos de ACP de consumo o autor coletivo entabule


acordo reconhecendo a improcedência do pedido inicial?

43 – Quais são as situações que devem ser suspensas as ações consumeristas


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individuais em razão da tramitação de uma ação coletiva?

44 – Como se dá a repercussão da decisão coletiva no caso individual? Depende


de algum comportamento do autor individual? Se Ele é comunicado e o autor
individual requerer a suspensão, qual o efeito que repercute na ação individual?
Ele fica sujeito à coisa julgada da ação coletiva? Há um prazo (comunicação)?

45 – Ajuizada uma ação para proteção de direito previsto no estatuto do idoso o


pedido foi acolhido, mas o autor não promoveu a execução da sentença. Qual a
solução prevista na lei?

46 – Em uma ACP que busca fornecimento de medicamentos para menor ajuizada


pelo MP contra o Estado de Minas Gerais, qual o prazo para interposição de
recurso de apelação?

47 – Comente sobre a doutrina que defende a possibilidade de inversão do ônus


da prova nas ações de improbidade administrativa. Aponte os argumentos
contrários a esse entendimento e a orientação dos Tribunais?

48 – A petição inicial da ação de improbidade não foi recebida ao fundamento de


que o dolo exigido para configurar a tipificação do ato ímprobo não estaria
devidamente caracterizado. Como Promotor, o Sr. recorreria? Qual recurso? Sob
qual fundamento?

49 – Considerando a possibilidade de imposição ao agente ímprobo de proibição


de contratar com o poder público ou de receber benefícios ainda que por
intermédio de PJ da qual seja sócio majoritário, esta PJ deve ser necessariamente
litisconsórcio passivo na ação de improbidade? O Sr., como Promotor, incluiria
essa pessoa no polo passivo? É admissível a intervenção dessa PJ? Em caso
afirmativo, em qual circunstância? Ela fica sujeita a decisão?

50 – É possível a utilização de HC para discutir questões relativas à guarda e


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adoção de crianças e adolescentes?

51 – É possível que por convenção processual seja conferida legitimação


extraordinária a um ente para a propositura de ação coletiva? Consegue lembrar
de alguma exceção, com possibilidade de convenção?

52 – É correto afirmar que a legitimidade coletiva é disjuntiva? O que significa


essa característica?

53 – Há quem alegue na doutrina que a disjuntividade não seria absoluta. Qual o


fundamento dessa afirmação?

54 – Gostaria que a Sra. comentasse a doutrina que vislumbra a possibilidade de


um indivíduo atuar no polo ativo de ACP (não se tratando de ação popular).

55 – o artigo 127, da CF, dispõe:

Art. 127. O Ministério Público é instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.

Pergunta-se: interesses sociais e individuais são fenômenos e/ou categorias


distintos?

56 – A Sra. acredita que os direitos individuais poderiam, conforme o caso, ser


considerados? (desdobramento da questão 1).

57 – Sobre a tutela de direitos individuais disponíveis, a jurisprudência exige


alguma característica?

58 – Qual a consequência da falta de legitimidade coletiva ativa? Nessa hipótese,


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o processo deve ser extinto? Existe algum princípio sobre a posição adotada?

59 – A obrigatoriedade na realização de audiência preliminar de conciliação e


mediação nos termos do CPC/2015 aplica-se ao procedimento da Ação Popular?
Então o cidadão teria legitimidade para transacionar sobre questões que
afetariam diretamente outros cidadãos?

60 – O CAC firmado no curso de uma ACP reclama apreciação do que foi pactuado
pelo CSMP?

61 – Comente sobre a possibilidade de declaração de inconstitucionalidade de lei


em sede de ACP.

62 – O parágrafo único do art. 21 da Lei do Mandado de Segurança coletivo


estabelece que os direitos protegidos podem ser coletivos e individuais
homogêneos. Como fica a proteção na tutela dos direitos difusos? Podem ser
protegidos pelo MSC?

63 – A propositura da ação coletiva interrompe o prazo prescricional para as


ações individuais? Fundamente.

64 – O rol de legitimados a impetração do MSC previsto no art. 5º da Constituição


é taxativo ou exemplificativo? Há possibilidade de impetração pelo MP? Qual o
fundamento? Em qual hipótese?

65 – O pedido para concessão de medida cautelar de indisponibilidade de bens,


com esteio na Lei 8.429, art. 7º, tem natureza de tutela de urgência?

66 – Gostaria que a sra me desse dois exemplos práticos da tutela inibitória no


processo coletivo.

67 – Podemos dizer que a tutela inibitória é uma espécie de tutela cautelar?


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68 – Em uma ação cautelar, preparatória de ação de improbidade, foram


deferidas várias medidas liminares contra várias agentes públicos, como quebra
de sigilos de dados etc. As decisões foram cumpridas em momentos distintos.
Qual o início do prazo para a propositura da ação principal (30 dias)?

69 – Comente sobre eventual possibilidade de concessão da tutela de urgência


antes da admissão do IRDR. A sra acha possível?

70 – Em uma ACP em que se pede liminar para suspensão da eficácia de um


decreto municipal que autorizou a doação de uma área pública institucional a
uma associação privada, é necessária a oitiva prévia da Fazenda Pública? Nesse
caso, a sra como Promotora faria requerimento para a oitiva? A sra saberia
informar qual princípio afirmaria a desnecessidade da oitiva prévia? Qual a
consequência da não oitiva?

71 – A sra entende ser possível a execução provisória da multa diária devida em


razão do descumprimento da decisão judicial em uma ACP? Em quais termos?

72 – Concedida a tutela antecipada, nos termos do art. 303, CPC, em situação na


qual a urgência é contemporânea à ação principal, a petição se limitou ao
requerimento da tutela e indicação do pedido final. O que acontece se o autor
emendar a inicial e o réu não recorrer? O feito deve ser extinto nessa hipótese?

73 – Cite três mecanismos de autocomposição existentes no âmbito do Ministério


Público.

75 – O renomado membro do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro


Emerson Garcia escreveu artigo intitulado: “A busca pela solução consensual de
conflitos na tutela coletiva, faculdade ou obrigação do MP?”. Comente e
responda a questão.

76 – Sobre o ANPC, comente sobre o instituto e o que a doutrina vem entendendo


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sobre o tema.

77 – Quais (ou qual) características das deliberações emitidas nas audiências


públicas realizadas no âmbito do MP? Tem natureza vinculante?

78 – Explique, objetivamente, o que vem a ser justiça restaurativa? Existe


diferença entre ela e a Justiça retributiva? Qual?

79 – Em que consiste a confidencialidade no âmbito da mediação? Em quais


situações a confidencialidade pode ser afastada? Cite hipóteses.

80 – Como compatibilizar a confidencialidade com a natureza pública da tutela


de interesses coletivos que o MP atua? (Sob o ponto de vista dos interesses
tutelados pela instituição do MP, explicou o examinador).

3. GRUPO TEMÁTICO I

3.1 Direito Constitucional. Direito Eleitoral


Dr. Renato Franco de Almeida

1 – Existe na nossa constituição previsão de eleição sem voto?

2 – O que a doutrina chama de estatuto dos congressistas?

3 – É possível Deputado Federal (então ministro de estado) responder por


processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar em razão de fato
praticado enquanto ministro de estado? Qual a sua opinião?

4 – Qual ou quais agentes compõem a chefia do Poder Executivo? Os Ministros


de Estado compõem a chefia do PE?

5 – O MP enquanto instituição está inserida no Princípio da Separação e


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Independência entre os Poderes?

6 – A Sra. pode conceituar Federalismo dual?

7 – Qual a natureza jurídica do Poder Constituinte Originário?

8 – Há direito adquirido oponível ao Poder Constituinte Originário?

9 – Qual a relação entre PCO e o Reformador, de um lado, e o Controle de


constitucionalidade de outro?

10 – Há normas constitucionais inconstitucionais? Sim ou não? Fundamente. Há


uma exceção?

11 – Em sua opinião, dentro dos modelos de controle de constitucionalidade, qual


seria o mais democrático e por qual razão?

12 - Em qual constituição brasileira foi inserida o controle de constitucionalidade


concentrado?

13 – A CF prevê, em duas hipóteses, a propriedade no inciso XX, do art. 5º, e no


artigo 170. Há diferença entre uma propriedade e outra?

14 – Por que a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só é


permitida por exceção?

15 – Segundo a CF, quais são as classes socioeconômicas existentes no Brasil?

16 – Em qual Casa do Congresso Nacional, em regra, inicia-se a tramitação de um


Projeto de Lei?

17 – As espécies normativas previstas no art. 59, da CF, são vinculadas para todas
entidades federadas ou cada ente pode criar a sua?
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18 – O que é iniciativa reservada do processo legislativo? Se essa iniciativa for


reservada ao Presidente da República, por exemplo, pode a Câmara dos
Deputados pode iniciar o projeto de lei?

19 – A Constituição atual é dirigente? Fundamente.

20 – A Constituição dogmática é uma constituição antidemocrática?

21 – Em que tipo de constituição é possível o controle de constitucionalidade?


Então na constituição flexível não é possível o controle de constitucionalidade?

22 – Pode haver declaração de inconstitucionalidade de lei estadual tendo como


parâmetro a Constituição da República?

23 – Pode o Prefeito de um Município deixar de aplicar uma lei federal ao


argumento de que é inconstitucional? E deixar de aplicar uma lei municipal?

24 – É constitucional uma cláusula prevista na Constituição do Estado que


modifique, de alguma forma (aumentado ou diminuindo), as atribuições do
Ministério Público previstas na legislação de regência?

25 – A nomeação do PGJ pelo Governador do Estado viola a autonomia do MP?


Fundamente.

26 – Os dispositivos da CRFB que organizam o MP são cláusulas pétreas?


Fundamente.

27 – O CNMP pode aplicar a pena disciplinar de perda do cargo ao Promotor de


Justiça?

28 – Quais os motivos históricos da aparição dos Direitos Fundamentais? Existem


direitos fundamentais de 4ª dimensão?

29 – O Poder Constituinte Reformador/derivado pode criar direitos e garantias


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fundamentais acobertados pela cláusula de imutabilidade? Se tornarão cláusulas


pétreas?

30 – Qual a sua opinião sobre o Princípio da proibição de retrocesso.

31 – Qual a ideologia que a CF/88 adotou?

32 – Há diferença entre Estado de Direto Liberal e Estado Democrático de Direto?

33 – Os Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) possuem


normatividade? Se sim, qual alcance?

34 – Qual a distinção entre regras e princípios na Teoria do Direito como


Integridade de Ronald Dworkin?

35 – O Princípio da reserva do possível pode obstar a concretização de uma


política pública prevista na Constituição? Fundamente. A Sra. mencionou que o
STF não pode atuar como legislador negativo, então poderia atuar como
legislador positivo?

36 – A Sra. acha que os incisos do artigo 5º possuem aplicabilidade imediata como


preceitua o § 1º? Mesmo na classificação de José Afonso haveria ao menos uma
eficácia limitadora em relação à atuação do legislador?

3.2 - Direito Administrativo. Direito Financeiro e Tributário. Teoria Geral do


Ministério Público (Leis Orgânicas: Doutrina. Legislação.)

Dr. Marcos Pereira Anjo Coutinho


Dr. Fábio Reis de Nazareth

1 – Conceitue o direito fundamental a boa governança abordando a utilidade


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dessa norma na administração pública contemporânea. E a utilidade no viés


pragmático na administração contemporânea - que não é mais a burocrática?

2 - O planejamento administrativo é uma recomendação ou uma imposição a


administração? Qual é a vantagem no controle da admiração pública pelo viés do
planejamento em relação ao controle do resultado eficiente?

3 – A administração policêntrica é aquela dotada de variadas esperas com


autonomias decisórias diferentes, tem a participação de múltiplos atores para a
consecução de interesses públicos. Esse tipo de administração não é mais fincada
na ideia de hierarquização entre a administração e órgãos de cúpula do governo.
Quais os princípios que guiam a atuação da administração? (Princípios Expressos
e implícitos)

4 – Um prefeito institui cadastro de pessoas classificadas em processo de seleção


simplificada (processo seletivo simplificado) para futuras contratações (cadastro
de reserva) em hipóteses previstas em lei. Quais Princípios expressos e tácitos
são satisfeitos com essa prática administrativa? (a pergunta pressupõe a
constitucionalidade da contratação temporária em situações previstas em lei e
em caráter excepcional)

5 – O que é financiamento de campanha e quais são as formas admitidas


atualmente?

6 – Defina “caixa 2 eleitoral” e esclareça se existe tipo penal relativo a essa


conduta.

7 – Faça uma correlação entre o crime de caixa dois e crime de corrupção


envolvendo financiamento de campanha. O Sr. considera que esse crime de
corrupção só seria possível se vinculado ao caixa dois?

8 – Nesses casos em que existem doações não contabilizadas de campanha e


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crimes conexos com crime de corrupção eleitoral, qual foro competente para
julgar eventual processo criminal? (falsidade ideológica + crime de corrupção).

9 – Um motorista de um banco estatal que atropela um pedestre na direção de


veiculo a serviço da aludida PJ durante seu trabalho faz incidir a responsabilidade
civil do Estado? Em quais circunstâncias?

10- O Prof. Nelson Rosenvald registra que discutir as funções da responsabilidade


civil é um avanço (...) – o examinador cita um trecho do livro e, após, elabora a
pergunta. Indique quais seriam as funções do instituto da responsabilidade civil
do Estado?

11 – Uma empresa poluidora do meio ambiente em sede de ACP comprovou


cabalmente causa excludente da irresponsabilidade civil. É viável a
improcedência dos pedidos formulados na ACP diante disso?

12- A Teoria do risco administrativo se aplica a função judiciaria típica?

13 – As regras constitucionais sobre o Poder de Tributar são materialmente


constitucionais ou formalmente constitucionais?

14 – Qual a correlação entre o Poder de Tributar e o Pacto Federativo?

15 – As imunidades tributárias podem ser consideradas cláusulas pétreas?

16 - As imunidades estão vinculadas aos Direitos Fundamentais?

17 – A imunidade que incide sobre os templos de qualquer natureza é


incondicionada ou condicionada, segundo o STF? Seria imune a remessa de
valores de valores de Igrejas do Brasil para o exterior?

18 – As entidades assistenciais que exerçam atividade econômica lucrativa estão


abrangidas pela imunidade tributária?
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19 – Um serviço público de transporte coletivo prescinde de procedimento


licitatório? Existe alguma excepcionalidade à regra de licitação?

20 – É admissível o dano in re ipsa, que basta a demonstração do fato, nas


situações em que o prefeito contrate diretamente o serviço em situações que não
estão presentes os requisitos autorizadores de dispensa ou inexigibilidade de
licitação?

21 – Quais as modalidades de licitação previstas no ordenamento jurídico


nacional? Qual o intuito ao se criar a modalidade pregão?

22 – O que ocorre quando, no curso do processo licitatório, as empresas


apresentam propostas com sobrepreço, acima do preço de mercado praticado?
E se somente uma empresa apresenta o sobrepreço?

23 – Qual é o limite constitucional expresso para o exercício do direito de livre


manifestação do pensamento? Sob o aspecto normativo, qual o fundamento para
se limitar o exercício do direito de livre manifestação do pensamento?

24 – Um diretor de Teatro, após a exibição da sua peça, que continha cenas


simulando atos sexuais, foi vaiado pela plateia constituída de adultos, e o diretor
apresentou as nádegas. O STF entendeu que a conduta do diretor foi atípica. Qual
o fundamento?

25 – Um escritor de obras antissemitas, filiado a ideologias nazistas, foi


denunciado pelo crime de racismo pelo MPRS. O STF entendeu que a conduta era
típica e caracterizava o crime de racismo. Qual o fundamento?

26 – O chamado “discurso de ódio” na opinião do STF insere-se no exercício da


livre manifestação do pensamento? Haveria atipicidade?

27 – No gênero contrato da administração existem os contratos privados e os


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contratos administrativos. Qual a diferença central entre as duas espécies?

28- O que são cláusulas de privilégio ou cláusulas exorbitantes?

29 – Na hipótese de extinção do contrato de concessão por decurso de prazo sem


processo de licitação concluído destinado a substituição desse contrato, o que
pode ser feito para evitar a descontinuidade da prestação do serviço público.

30- Trace a diferença entre contratos administrativos propriamente ditos,


convênios administrativos e consórcios públicos.

31 – Em relação aos aspectos dos princípios da publicidade e impessoalidade,


qual deve ser a finalidade da publicidade institucional?

32 – Existe limite para realização de publicidade institucional sem promoção


pessoal do gestor público em ano eleitoral? Existe limite orçamentário no ano
eleitoral?

33 – É possível a nomeação, durante o ano eleitoral, de candidatos aprovados em


concursos públicos? Qual o ato administrativo no curso do certamente deve ser
realizado antes desse período eleitoral? No caso de concurso homologado antes
do período eleitoral teria prazo para que ocorra essas nomeações?

34 – Caso concreto: o prefeito derrotado no pleito eleitoral no qual buscava a


reeleição, no ultimo mês do mandato publica decreto de nomeação de todos os
candidatos aprovados visando dificultar o início da atuação do novo gestor. Como
o MP pode atuar em um caso deste? Sobre o enfoque da pessoa nomeada haveria
direito adquirido à nomeação?

35 – Onde se situa o PROCON Estadual na estrutura da Lei Orgânica do MPMG?

36 – Entre as funções do PROCON existe a instauração de processos


administrativos. As Promotorias instauram IC. Existe alguma diferença entre os
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processos administrativos do PROCON e os referidos IC’s?

37 – Para reunir os elementos de convicção em IC, quais atos o Promotor de


Justiça pode realizar nos moldes do que informa a LONMP? O que o Promotor de
Justiça pode requisitar?

38 – O Procurador Geral de Justiça encaminha PL à AL sobre cargos. No curso do


PL há uma emenda que altera substancialmente o PL. O processo legislativo está
viciado?

39 – O que o princípio da independência funcional? Quem exerce a


independência funcional? Quais são os órgãos de execução do MP nos termos da
LONMP?

40 – Como o candidato vislumbra o exercício da independência funcional no


contexto de metas no âmbito do MP e sobre o entendimento de determinadas
matérias pelo Conselho Superior ou decisões da Procuradoria sobre
determinadas temáticas?

41 – Quanto ao poder de arrecadação de tributos, pode se caracterizar o


federalismo brasileiro como centrípeto ou centrifugo?

42 – No que tange ao ICMS, poderia definir o fato gerador e a base de cálculo,


bem como os entes federativos que possuem competência legislativa acerca do
tributo?

43 – A regra geral é que o ICMS seja devido na saída, mas há possibilidade de


substituição tributária. Um exemplo é o comércio de petróleo, em que a
Petrobras tornou-se responsável pelo reconhecimento do tributo em toda a
cadeia. Contudo, o produto passa por mais de um Estado. Como compatibilizar a
substituição tributária em transações interestaduais e o pacto federativo?
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44 – Sendo o federalismo uma cláusula pétrea, seria possível uma emenda que
revogasse o ICMS e criasse um único imposto de competência da União?

45 – Os elementos do ato administrativo são positivados em lei? Quais são os


elementos?

46 – Qual a lei que traz a positivação dos elementos?

47 – Na medida em que o intérprete e o texto normativo não mais se encaixam


integralmente na estrutura sujeito-objeto, ou seja, na medida em que a
subsunção dos fatos ao tipo sofre temperamentos, não possuindo exatidão,
como o candidato abordaria a questão do poder administrativo e ato vinculado
na atualidade? Essa classificação antiga persiste com os mesmos matizes
atualmente?

48 – Em que consiste a característica da autoexecutoriedade dos atos


administrativos? Todo ato administrativo possui esse atributo? Justifique.

49 – A autotutela administrativa implementa ex oficio em toda a sua plenitude a


luz do Direito Administrativo atual?

50 – A criação e difusão de fake News durante o período eleitoral constitui algum


tipo de infração eleitoral? Enquadra-se em abuso econômico ou abuso político?

51 – Com relação a esse tipo de abuso, qual a ação eleitoral apropriada?

52 – É possível a cassação do registro de candidatura e do diploma através de AIJE


após a diplomação do candidato eleito?

53 – É possível a instauração de IP de oficio pelo Judiciário, sem intervenção do


MP, para fins eleitorais?

54 – As provas eventualmente produzidas em IP para investigação de infração


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eleitoral podem ser utilizadas em AIJE já proposta?

55 – Um agente público busca enriquecer a margem da lei, realizando


dolosamente conduta com esse fim, consubstanciada na cobrança de dinheiro
para a prática de determinado ato, mas não aufere vantagem ilícita. Flagrado, foi
pego em flagrante com um pacote de dinheiro nas mãos por conta da relevância
do fato no âmbito penal. Como enquadraria esse fato no âmbito da improbidade?
Existe tentativa de ato de improbidade?

56 – A descrição formal da conduta ímproba, segundo os Tribunais Superiores,


exige a exposição de dolo ou de culpa na petição inicial? E nas hipóteses de dano
in re ipsa? O que diz a jurisprudência dos Tribunais Superiores?

57 – Um agente público, embriagado após vitória de seu time de futebol, destruiu


veículo pertencente ao poder público. É imprescritível a busca pelo ressarcimento
ao erário nesse caso de acordo com os Tribunais Superiores?

58 – Crime de responsabilidade praticado pelo prefeito (DL 201/67) obstaculiza a


discussão da correlata improbidade administrativa?

59 – Qual a importância da Dignidade da Pessoa Humana no conceito de Estado


Democrático de Direito?

60 – Diz o Professor Paulo César Busato, Procurador de Justiça do PR, que o


Ministério Público de 88 foi dotado de claro espírito político democrático, na
medida em que entendemos MP democracia como expressão de governo que
respeita interesses de grupos sociais oprimidos. O Sr. concorda com esse conceito
de democracia? Qual a verdadeira função do MP na defesa da ordem
democrática?

61 – O Sr. considera que o MP seria uma garantia fundamental do cidadão?


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62 – Nas constituições de 46 e 67 o MP estava inserido dentro da estrutura do PJ,


mas ainda assim já havia prerrogativas de vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de subsídios. Diferentemente ocorre na Itália, já que o MP integra
o PJ. Do ponto de vista brasileiro, seria possível EC ou uma nova constituição que
retornasse o MP para dentro da estrutura do PJ?

63 – Conceitue o direito à moralidade administrativa, exemplificando duas


hipóteses de violação dessa diretriz constitucional.

64 – Como filtrar a ética e a moral normativa de concepções pessoais do


intérprete?

65 – Entre os princípios instrumentais de organização da Administrativa Pública,


encontram-se o controle, a especialidade, a hierarquia, dentre outros. Explique a
descentralização e a desconcentração, indicando também se a extensão da
hierarquia persiste na Administração Pública atual.

66 – Há diferença entre o direito a proteção à confiança e segurança jurídica?

67 – Quais os fundamentos normativos da continuidade do serviço público? O


serviço público remunerado por tarifa pode ser interrompido?

68 – Em que sentido o princípio da anterioridade nonagesimal pode ser


considerado uma garantia fundamental?

69 – Com relação ao IPTU, o fato gerador incide no dia primeiro dia do ano.
Considerando os Princípios que limitam o Poder de Tributar, quando uma lei
municipal que tem por finalidade majorar alíquota do IPTU deve ser aplicada para
que possa entrar em vigência no exercício financeiro anterior?

70 – A revogação de lei municipal que prevê isenção de IPTU está sujeita aos
princípios da anterioridade nonagesimal e anualidade?
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71 – É cabível a incidência/cobrança de IPTU na hipótese de imóvel urbano


particular invadido/ocupado por “sem-teto”?

72 – A função de controle da administração apresenta duas vertentes no que diz


respeito à sua natureza jurídica. Quais seriam os pontos essenciais que
configuram e conformam o controle da administração pública na ordem jurídica
brasileira administrativista? Quais são as características desse controle?

73- O MP realiza a função de controle? Quais as modalidades de controle


realizadas pelo MP na fiscalização dos Poderes Públicos?

74 – Entre os critérios de controle existes há um controle que se dá por vinculação


e outro que ocorre por subordinação. Como é possível definir essas modalidades
de controle?

75 – Comente a relação entre o direito de petição e o controle administrativo.


Existe relação?

76 – Falar em democracia é falar de um tema complexo. Não há um conceito


fechado de Democracia, variável ao longo do tempo. Hoje se considera que a
democracia não é um sistema perfeito, mas é o que nós temos. O Ministro
Barroso cita que a democracia constitucional foi a forma de governo que venceu
ao longo do séc. XX. Falar em democracia é falar no poder politico que está nas
mãos do povo. E assim está na CRFB no art. 1º:

Art. 1º (...)
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.

Quais espécies de democracia estão inseridas nesse dispositivo?


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77 – Conforme o conceito analítico de Bobbio sobre democracia deliberativa, só


existirá democracia se os direitos das minorias forem observados/resguardados,
inclusive o direito de se tornar maioria. Como o MP, defensor da ordem
democrática, deve atuar para a defesa da democracia deliberativa e efetiva no
Estado Democrático de Direito que não se baseia somente ao voto, mas no
respeito da Dignidade Humana?

78 – A CRFB estabelece em diversas passagens a participação direta do povo no


exercício do poder politico. A Sra. poderia citar quais as formas previstas na
Constituição de participação popular direta no exercício do poder político?

79 - A CF também se refere a participação popular na definição de diretrizes de


politicas publicas. Os conselhos são formados pela participação popular na
definição de politicas políticas. Sobre esses conselhos como forma de
participação do povo, é possível a participação de um membro do MP com direito
a voto?

80 - Em 2019 o PR editou Decreto que extinguiu todos os conselhos na esfera


federal. O STF suspendeu os efeitos desse Decreto. Qual teria sido o motivo usado
pelo STF para suspender o Decreto do Presidente da República?

81 – A LRF dialoga com quais normas jurídicas constitucionais (expressas ou


tácitas) da Administração Pública? Dialoga com Princípios?

82- O Professor Diogo de Figueiredo Moreira Neto ao traçar um paralelo entre


moralidade administrativa e prudência fiscal ressaltou o caráter nuclear dessa
norma fiscal. O que é direito à prudência fiscal?

83 – Em situação de crise financeira, podem os vencimentos de servidores


públicos sofrerem redução?

84- É permitido ao Poder Executivo restringir o repasse aos demais Poderes (PL e
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PJ) e ao MP? Qual o fundamento? (Separação dos Poderes).

85 - Não é raro em nosso país haver casos em que Municípios realizam


proselitismo e clientelismo fiscal, deixando de instituir ou negligenciando a
cobrança de tributos de sua competência, como o IPTU. O ente que não institui e
arrecada IPTU ofende a LRF?

86 – No pós-positivismo, qual seria a natureza jurídica do Poder Constituinte?

87 – Trace um parâmetro geral sobre a forma que o constitucionalismo evoluiu


ao longo dos tempos, especialmente em relação aos Direitos fundamentais.
Como o Estado Liberal, Social e Democrático de Direito tutela os direitos
fundamentais?

88 – Há uma concepção universal do que seria o EDD (Estado Democrático de


Direito). Haveria uma mescla entre o poder exercido através dos representantes
do povo ou diretamente pelo povo com a finalidade de defesa dos direitos
humanos e fundamentais. O EDD pode ser também uma faca de dois gumes, pois
permite o que Bobbio chamou de “ditadura da maioria”. Como as minorias
devem ser tratadas dentro do EDD? O Sr. considera legítimo o exercício do poder
político do Estado em uma Constituição Outorgada?

89 – No EDD a quem compete a proteção dos interesses das minorias?

90 – O que é a Administração patrimonialista? Por que não é correta a expressão


Administração Pública patrimonialista? Cite dois exemplos de patrimonialismo na
Administração Pública.

91 – Qual o modelo de Administração Pública delineado na ordem constitucional


brasileira? Subsistem na CF/88 normas jurídicas constitucionais oriundas da
Administração burocrática?
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92– Existem na academia vozes que defendem outros modelos de Administração


Pública, como o dialógico e propulsivo. Porque esses modelos, como o dialógico,
que possuem fundamento na Teoria discursiva de Habermas, não são adotados?
Por que se fala em reforma gerencial e não dialógica? Qual o fundamento
jurídico?

93 – A Administração Publica atual pode se valer de Organizações Sociais para


consecução de suas finalidades? Como é instrumentalizada, em regra, a relação
jurídica bilateral entre a Administração Pública e o Terceiro Setor?

94 – Qual o papel relevante do contrato de desempenho na Administração


Pública? Refiro-me ao artigo 37, § 8º, da CF/88.

95 – No início da teoria do poder constituinte, Sieyès entendia que o titular do


poder constituinte era a nação. Qual a distinção entre povo, nação e pátria?

96 – Sobre o direito internacional constitucional, o que é o poder constituinte


supranacional? Qual o titular?

97 – Pode fazer a diferenciação entre asilo político e refúgio?

98– Nessa esteira de violação de direitos humanos, aconteceu em 2019 um fato


envolvendo refugiados vindos da Venezuela para o Brasil. Naquela oportunidade,
o Presidente mandou fechar a fronteira. O asilo é ato discricionário do Presidente
da República. O refúgio também é um ato discricionário do Presidente da
República? Qual o fundamento para o recebimento de refugiados?

99 – O art. 39 da CF dispõe que “A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e
planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas”. Caso concreto: A Sra, como Promotora, se
depara no Município em que vai trabalhar com dois regimes jurídicos, um na
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administração direta (estatutário) e outro na única autarquia da municipalidade


(celetista). Isso é possível? É possível a coexistência de regimes jurídicos
distintos?

100- Diferencie agentes políticos, servidores públicos, agentes particulares


colaboradores e agentes de fato.

101 – Caso concreto: Como promotora observa a presença de cargos em


comissão que não correspondem à chefia, assessoria e direção, tratando-se de
funções ordinárias da administração. Exemplos: Auxiliar administrativo, cargo na
atividade meio como motorista da prefeitura, jardineiro etc. Superado o debate
da nulidade desses vínculos, seria possível a realização de concursos públicos
para todos esses cargos? Seria lícito ao MP impor concurso público para todos
esses cargos?

102- Como Promotora de Justiça a Sra verifica a existência de contratações


temporárias nulas sem a observância da indispensabilidade da prévia realização
de concurso público. Há efeitos jurídicos que permanecem válidos oriundos dessa
relação jurídica nula?

103 – O que seria o Poder Constituinte Difuso? A Sra. considera essa manifestação
(do Poder Constituinte Difuso) como mais democrática do que o próprio Poder
Constituinte Originário?

104 – Quanto à eficácia das normas programáticas, existe diferença quanto à sua
eficácia para a perspectiva do positivismo e do pós-positivismo (na visão de
Kelsen e Dworkin)?

105 – Quais seriam os destinatários das normas programáticas? Quais Poderes?

106 – O que seria sentença aditiva? Cite um exemplo recente de interpretação


conforme. Imagine a situação hipotética de um país que elegeu como Presidente
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da República um candidato Evangélico e que a maior parte dos Congressistas


seguissem a mesma ideologia conservadora, de modo que para eles não haveria
necessidade de criminalizar a homofobia. O PJ poderia agir (via sentenças
intermediárias) ou haveria ofensa ao regime democrático?

4. GRUPO TEMÁTICO II

4.1 Direito Penal e Criminologia

Dra. Maria Araújo Pereira Fonseca

1 - Quais as espécies de concausas?

2 - O artigo 13, do CP adota uma teoria da causalidade. Qual seria?

3 - O erro médico exclui a imputação ou não?

4 - Explique a teoria da causalidade na teoria da imputação objetiva.

5 - Como o nexo de causalidade ocorre na teoria finalista?

6 - A Lei 13964/19 alterou o rol dos crimes hediondos. O sr sabe citar pelo menos
5 inovações?

7 - Quais crimes definidos na Lei Antiterrorismo (Lei 13260) podem ser


qualificados como hediondos?

8 – O rompimento da tornozeleira eletrônica configura falta disciplinar de


natureza grave? A Sra. saberia dizer qual dispositivo da LEP fundamenta a
questão?

9- É legal a suspensão do trabalho externo do preso em razão da pandemia? Há


entendimento divergente do STJ sobre essa matéria?
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10 – Qual a distinção entre cassação e a revogação da suspensão condicional da


pena?

11 – Cite três situações em que levará à cassação do Sursis da pena.

12 – A prorrogação do livramento condicional é automática? A Sra. conhece


alguma súmula ou entendimento nesse sentido?

13 – Qual a diferença entre a prorrogação e a suspensão do livramento


condicional? A Sra. se recorda do dispositivo legal em que a suspensão está
prevista?

14 – O que é o dolo global ou unitário? O que é o dolo cumulativo?

15 – Defina conduta no âmbito das principais teorias do delito? Comece pela


teoria causalista.

16 – Ainda sobre o tratamento da conduta, a examinadora cita Juarez Cirino. A


teoria finalista, no entanto, não se distancia muito do sistema neokantista. Qual
o ponto em comum na definição de conduta?

17 – Quais são as hipóteses de exclusão de culpa, como elemento normativo do


tipo?

18 – O consentimento do ofendido exclui o tipo do artigo 149-A, CP (tráfico de


pessoas)?

19 – Quais são as causas interruptivas da prescrição? E o acórdão confirmatório


da condenação?

20- O inadimplemento da pena de multa obsta a extinção da punibilidade do


apenado?

21 – Explique se forma objetiva as espécies de prescrição da pretensão punitiva?


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22 – Um indivíduo que possui arma de fogo com registro vencido pratica crime?

23 – Gostaria que o Sr. apontasse três causas de extinção da punibilidade que não
estão previstas no artigo 107 do CP.

24 – O que é o erro psiquicamente condicionado? É um erro de tipo ou proibição?

25 – O que é erro de tipo acidental e quais as suas modalidades?

26 – Explique o tratamento do erro de proibição para a teoria psicológica


normativa da culpabilidade e para a teoria normativa pura da culpabilidade.

27 – O agente que age supondo uma situação de necessidade inexistente, incide


em qual tipo de erro?

28 – Eventual não comparecimento da ofendida à audiência prevista no art. 16,


da Lei 11340/06 pode ser considerada retratação tácita?

29 – o Art. 24-A, da Lei Maria da Penha é crime de menor potencial ofensivo? E


as contravenções?

30 – A violência perpetrada pelo neto contra a avó pode incidir a LMP?

31 – Defina o princípio da exteriorização ou materialização do fato.

32 – Explique as teorias que definem a relação entre a tipicidade e a


antijuridicidade.

33 – É possível a aplicação do princípio da insignificância na hipótese de furto


qualificado?

34 – Por que os crimes omissivos impróprios recebem a denominação de omissão


qualificada? Quais são as hipótese de crimes omissivos impróprios?
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35 – Quais são as críticas que a doutrina faz aos crimes omissivos impróprios?

36 – Como são classificados os tipos com elementos subjetivos distintos do dolo?


Dentro dos tipos anormais, quais espécies de delitos de tendência?

37- O que é culpa indireta ou mediata?

38 – Situação fática: um indivíduo A atira em B com a intenção de matar. B é


socorrido com vida. Motorista de ambulância leva B ao hospital, mas perde o
controle do veículo. B vem a morrer em decorrência do acidente. Analise essa
conduta à luz da teoria finalista e da imputação objetiva.

39 – Segundo o art. 28 da Lei 11.343, as medidas de PSC e comparecimento a


programa de curso educativo tem duração de 5 meses. Se reincidente, o prazo é
de 10 meses. De que reincidência trata esse § 4º, do art. 28?

40 – Gostaria que o Sr. falasse sobre os requisitos para configuração do tráfico


privilegiado.

41 – A prática de atos infracionais pretéritos impede a configuração do tráfico


privilegiado?

42 – A doutrina faz uma classificação das leis penais em branco. Gostaria que a
Sra. falasse sobre tal classificação.

43 – Gostaria que a Sra. conceituasse a lei penal em branco ao avesso ou inverso


e a lei penal em branco ao quadrado.

44 – Como ficam os efeitos da condenação na hipótese de abolitio criminis?

45 – Qual deve ser a lei aplicada se, no decorrer de um crime permanente ou


continuado, advém uma lei penal mais grave?

46 – Quais são as hipóteses de aplicação do princípio da consunção?


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47 – O que é o princípio da continuidade normativo típica?

48 – Como se comprova a reincidência no processo penal? Recentemente o STF


decidiu flexibilizar ainda mais esse entendimento (sumulado citado), a Sra tem
conhecimento dessa decisão?

49- O artigo 97 assim dispõe: Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua
internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com
detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.

No caso de crime apenado com reclusão o juiz deve determinar a internação? O


que o juiz levará em conta para definir se será internação ou tratamento
ambulatorial?

50 – No concurso de causas de aumento de pena previstas ambas na parte geral,


como deve se dar a fixação da pena? Qual é o princípio aplicável (Incidência
isolada ou cumulativa)? E se houver a incidência de uma causa de aumento e
outra de diminuição, ambas na parte geral?

51 – Explique os três significados do Principio da vedação do bis in idem. É um


Princípio absoluto?

52 – É cabível a substituição da PPL por PRD nas hipóteses de crimes de lesão


corporal leve, ameaça e constrangimento ilegal?

53 – É possível medida socioeducativa ser extinta por perda de objeto se, maior
de idade, o agente continua a delinquir? Qual o fundamento?

54- Qual é a finalidade da medida socioeducativa?

55 – Quais são os tipos de excesso nas justificantes elencados pela doutrina?

56 – O que é excesso exculpante?


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57 – Defina culpabilidade formal e culpabilidade material.

58 – Quais são os elementos da culpabilidade? Quase são as dirimentes em cada


elemento? Cite uma causa supralegal de excludente de culpabilidade.

59 – O indivíduo A entrega a direção do veículo a B, inabilitado. O indivíduo B é


abordado dirigindo de forma normal, sem gerar perigo de dano. Quais as
tipificações das condutas de A e B?

60 – O que se entende por ponte de ouro antecipada? A ponte de ouro


antecipada está relacionada à Lei Antiterrorismo.

61 – Identifique as teorias que definem o momento da consumação do furto e


roubo. Qual o momento de consumação dos crimes?

62 – Com relação a essa teoria, é possível falar em tentativa no furto?

63 – Cite quatro hipóteses, previstas no CP, em que se aplica a autoria mediata.

64 – A autoria mediata exclui a autoria e a participação?

65 – Caso prático: em 2007 alterações no contrato social de uma construtora


constataram nomes de duas pessoas que não eram sócios (configurando o crime
de falsidade ideológica). Em 2011 e 2012 novas alterações foram feitas e a
informação verdadeira sobre os sócios foi emitida, reiterando os efeitos da
falsidade. Qual o marco temporal para início do prazo prescricional nesse caso
(falsidade ideológica)?

66- Qual a diferença entre os crimes de maus tratos e tortura castigo?


Imaginemos que a Sra. receba IP que apura a situação de um agente que
submeteu uma pessoa a sua guarda e autoridade a uma correção abusiva e
violenta. A Sra vai direcionar a produção da prova. O que a Sra. vai tentar
produzir?
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67 – Aplica-se o Princípio da insignificância aos crimes de apropriação indébita


previdenciária? Fundamente.

68 – Para existência do crime de corrupção passiva é imprescindível o vínculo


entre a atividade do agente e a vantagem requisitada?

69 – O que é corrupção própria e imprópria. Está relacionada à corrupção passiva.

4.2 Direito Processual Penal

Dr. André Estevão Ubaldino Pereira

1 - Em relação ao desaforamento, quais são os motivos que justificam?

2 - Quem pode provocar o desaformento?

3 - É possível o reaforamento?

4 - O desaforamento pode acontecer em quais momentos do processo?

5 – Sabe-se que se o órgão do MP vai à replica, a defesa pode ir a treplica. Pode


a defesa inovar na tréplica?

6 - Há pouco mais de 100 anos quando os Estados tinham seus próprios CPP,
doutrinadores criticavam os critérios para recrutamento dos jurados. Pergunta:
tendo em vista as modificações introduzidas no critério de recrutamento dos
jurados, ainda existe crítica?

7– A lei 11.343 (procedimento dos crimes de tóxicos) fala sobre os laudos


provisório e definitivo. Esse instituto do laudo provisório (laudo de constatação)
é uma criação da lei 11.343 ou encontra paralelo na legislação brasileira em outra
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norma - ou direito comparado?

8 – O CPP admite que a intimação do acusado da sentença de pronúncia ocorra,


inclusive, de forma editalícia. Pergunta: essa intimação do pronunciado por via
editalícia independe da espécie de citação a que tenha sido submetido o
acusado?

9 – Em referência ao artigo o 302, inciso I, que traz o flagrante delito, pergunto:


em situação de flagrante pela pratica do artigo 28, L. 11343, caberia condução
imediata da pessoa à presença do juízo do JEC? E o encaminhamento se dá para
a autoridade judiciária ou para a Delegacia de Polícia, perante a Autoridade
Policial?

10 – Se o fato se der na Comarca, na qual não existe atuação do JEC no período


noturno e a situação ser de evidente flagrante pelo artigo 28, da LD, basta
apreensão da droga e encaminhamento à Autoridade Policial ou é imprescindível
a condução do agente para lavratura do TCO?

11 – E se o sujeito se recusar a assinar o termo de comparecimento?

12 – na esteira da reforma do processo penal, o nosso CPP adotou expressamente


a oralidade como uma marca importante para fins de instrução, de forma que as
alegações finais ocorrem oralmente. Pode o MP valer-se de um pen drive e juntar
as alegações finais, quando da audiência de instrução e julgamento.

13 – Pode a defesa se opor à pratica por alegar violação à ampla defesa, quando
ela não trouxe material para fazer a juntada?

14 – Numa instrução do processo de tráfico de drogas, o interrogatório foi o


primeiro ato da instção, em que confessou a prática da infração penal. Depois
foram ouvidas as testemunhas. Na ocasião, a defesa nada alegou sobre a
realização do interrogatório. Posteriormente, em apelação, insurge que o
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interrogatório deveria ter sido o último ato. Como o sr argumentaria em sede de


contrarrazões recursais?

15– no processo do Tribunal do Júri, o agente é denunciado pelo feminicídio. A


defesa recorre contra a pronuncia e o Tribunal de Justiça decota a qualificadora.
O MP atuante na 2ª instancia, leva essa discussão ao STJ. Porém, tratando-se de
réu preso, o processo retorna e é julgado pelo Tribunal do Júri, pelo qual é
condenado por homicídio simples. No dia seguinte, vem do STJ a notícia dando
provimento ao RESp do MP, que o TJ atuou de maneira equivocada quanto ao
decote da qualificadora. O que o Promotor atuante em 1ª instância faria?

16 – O “pacote anticrime” promoveu extensas modificações, inclusive no que diz


respeito à prisão preventiva. Indago ao Sr. se em relação a esse ponto há na lei
incongruências e pontos conflitantes que desafiam a jurisprudência e doutrina?

17 – Por que foi que se introduziu esse óbice – de decretação de prisão preventiva
de ofício (já que o pacote anticrime era no sentido de recrudescer a
criminalidade)?

18 – O CPP no seu art. 301 estabelece que “Qualquer do povo poderá e as


autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito”. Indago ao Sr. se existe na Constituição, leis e
Convenções restrições à prisão em flagrante? Quais?

19 – O artigo 74, do CPP, estabelece em seu caput: A competência pela natureza


da infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência
privativa do Tribunal do Júri.. O artigo é guarnecido por três parágrafos e o
§ 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para
infração da competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais
graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua competência
prorrogada. Qual o sentido desse parágrafo?
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20 – Vou me referir a um caso real ocorrido em MG: alguns anos atrás, em uma
Comarca, um indivíduo exportou uma quantidade expressiva de cocaína, que foi
para um pais estrangeiro. O fato chegou a conhecimento das autoridades
públicas brasileiras, por meio de ordem de levantamento de garantia
constitucional por juízo estadual. O indivíduo foi condenado e expulso do país
onde a droga chegou Seria aplicável a norma brasileira?

21 –A competência seria do juízo federal ou estadual?

22 – O CPP, no título referente à prisão, medidas cautelar e LP, em seu artigo 285,
pú, trata do mandado de prisão e diz o seguinte:

Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o


respectivo mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome,
alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável
a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe
execução.

As disposições relativas ao requisito do mandado desafiam alguma crítica? Há


algo que esteja em desacordo com a sistemática atual sobre as prisões por
mandado?

23 – O art. 322, do CPP, trata da permissão concedida à Autoridade Policial para


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o arbitramento da fiança:

Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder


fiança nos casos de infração cuja pena privativa de
liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro)
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida
ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito)
horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Sabemos que esse artigo tem a redação dada pela Lei de 12403/ 2011. Como a
matéria era antes disciplinada? E desde a alteração, quais critérios devem ser
observados pela Autoridade Policial no momento de arbitrar a fiança?

24 – Nos sabemos que em 2008 deu-se a edição da SV 11, do STF, que estabeleceu
o seguinte:

Súmula Vinculante 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a
que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado.

O sr poderia informar quais os fundamentos fáticos que explicaram e justificaram


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a edição da Sumula? A Súmula consistiu no direito brasileiro uma inovação?


Acaso negativa a resposta, de onde adveio a inspiração para o enunciado?

25 – O art. 119 do CPP se refere à restituição de coisas apreendidas e o faz para


nos dizer o seguinte:

Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100


do Código Penal não poderão ser restituídas, mesmo
depois de transitar em julgado a sentença final, salvo
se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé.

Sabe-se que os arts. 77 e 100 são referências à antiga Parte Geral do CP, hoje
relacionados ao art. 91. Substancialmente as coisas do art. 91 são as mesmas
outrora definidos nos arts. 77 e 100.

Teria o legislador se equivocado ao fazer essa ressalva (no sentido de que as


coisas podem ser restituídas ao lesado de boa-fé)? Ou não tem mais aplicação?

26 – Questão de ordem prática ocorrida: temos aqui numa determinada comarca


do interior, uma particularidade que e a existência de uma unidade do Exército
brasileiro. Nessa unidade serve um contingente considerável de militares. Alguns
meses atrás, alguns militares, sem fardas e fora do serviço, embriagados, se
depararam com guarnição de corpo de bombeiros. Os bombeiros militares
estavam tentando evitar o suicídio, quando os militares do exército,
embriagados, apareceram e promoveram dois fatos típicos contra os bombeiros:
Desacataram e desobedeceram. Houve a formalização dessas condutas e ai então
pergunto: houve duvida sobre a quem competiria julgar os militares do exercito.
A quem competiria o conflito de competência que eventualmente se
estabelecesse entre juízos de 1º grau potencialmente competência para julgar.
Imaginando JF comum, Justiça especialidade militar, JE. De quem é a
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competência?

27 – Observados as nuances do caso concreto, estabelecido conflito apenas entre


justiça militar federal e a justiça estadual, a quem competiria julgar o processo?

28 – Examine, à luz da CF, a disposição do art. 152 (incidente de insanidade


mental do acusado). Fale sobre a sua constitucionalidade ou discrepância do
referido artigo.

Art. 152. Se se verificar que a doença mental


sobreveio à infração o processo continuará suspenso
até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do
art. 149.
§ 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação
do acusado em manicômio judiciário ou em outro
estabelecimento adequado.
§ 2o O processo retomará o seu curso, desde que se
restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a
faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem
prestado depoimento sem a sua presença.

29 – O artigo 581, do CPP, relaciona as hipóteses em que, a princípio, seria


admissível RESE. Em seguida, o art. 582 nos diz o seguinte:

Art. 582 - Os recursos serão sempre para o Tribunal de


Apelação, salvo nos casos dos ns. V, X e XIV.
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será
para o presidente do Tribunal de Apelação.
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar
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inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão


preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória
ou relaxar a prisão em flagrante;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;

Essas referências são feitas ao artigo 581, em que são relacionadas às hipótese
que desafiam RESE. Ou seja, em todos os casos de RESE, a apelação será dirigida
ao Tribunal, salvo nos casos descritos naquela norma. Nesses casos, o recurso
será dirigido a quem? Se ordinariamente o recurso é dirigido à instancia superior
e o artigo 582 ressalva que algumas hipóteses os recursos não são dirigidos à
instancia superior, a quem serão dirigidos?

30 – No CPP há os artigo 589 e 601, sendo certo que o primeiro dispõe:

Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será


o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias,
reformará ou sustentará o seu despacho, mandando
instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem
necessários.
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho
recorrido, a parte contrária, por simples petição,
poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso,
não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso,
independentemente de novos arrazoados, subirá o
recurso nos próprios autos ou em traslado.

Já o artigo 601 estabelece que:


Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão
remetidos à instância superior, com as razões ou sem
elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso
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do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de


trinta dias.

Nesses dois artigos, é possível que o recurso seja encaminhado à superior


instância sem as razões. Prevalece a interpretação? De fato, hoje é possível?

31 – O CPP entre as raras hipóteses de recuso de ofício, inclui o reexame quando


da prolação de uma decisão concessiva de HC. Por que o CPP inseriu essa rara
hipótese?

32 – Qual a interpretação da Sra. a respeito do artigo 598, do CPP, em especial


quanto ao vocábulo grifado: “que não terá, porém, efeito suspensivo”. O artigo
dispõe:

Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do


Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for
interposta apelação pelo Ministério Público no prazo
legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas
no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como
assistente, poderá interpor apelação, que não terá,
porém, efeito suspensivo.
Parágrafo único. O prazo para interposição desse
recurso será de quinze dias e correrá do dia em que
terminar o do Ministério Público.

33 – Sobre o Princípio da soberania dos veredictos: esse Princípio encontra


restrições ou limitações no direito brasileiro? Quais seriam elas?

34 – Como desdobramento da pergunta anterior: esse Princípio da soberania dos


veredictos já sofreu violações?

35 – Falar-se em Princípio da unidade processual significa falar em Princípio da


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unicidade? São expressões sinônimas? Qual seria o fundamento legal ou


constitucional desse Princípio?

36 – O advento da LEP (Lei 7.210) trouxe uma verdadeira comemoração por parte
da doutrina, pois entendeu que a nossa lei era avançada à época de sua entrada
em vigor. Com o correr dos anos, algumas modificações ocorreram. Não tínhamos
originalmente na lei a figura do RDD. Como foi, do ponto de vista formal,
introduzido (quando surgiu) o RDD no direito brasileiro (fora da LEP)? Que
motivos levaram o direito brasileiro a adotar esse regime? Desde sua introdução
do direito o Sr. se recorda quais as principais modificações ocorridas nesse regime
(após a LEP)?

37 – A LEP estabelece, originalmente, um regramento para o exame


criminológico. Esse regramento sofreu algumas alterações com o correr do
tempo. Quais alterações foram essas? Quais foram os benefícios ou malefícios
que advieram dessas modificações?

38 – Acerca do princípio da unidade que o direito processual penal brasileiro


adota, sob qual Constituição ele foi imposto e em virtude de que foi imposto?

39 – Quanto à comunhão da prova, o que significa e o que não significa? Ou seja,


qual a extensão do princípio?

40 – É compatível o princípio do duplo grau de jurisdição com o foro por


prerrogativa de função?

41 – Sobre a compatibilização de princípios constitucionais, gostaria que a sra.


explicasse a (in) compatibilidade da soberania dos veredictos e da reformatio in
pejus indireta.
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Jurados excluem a qualificadora, apenas a defesa recorre. Tribunal rescinde e


determina novo julgamento. Nesse novo julgamento o Promotor poderá alegar a
qualificadora?

42 – A mesma lógica de serem consideradas no segundo julgamento as


qualificadoras recusadas em um primeiro julgamento também se aplicaria às
agravantes?

43 – Existe um Princípio relativo aos crimes de Ação Penal Privada que é o


Princípio da indivibilidade. Na doutrina existe polêmica sobre a aplicabilidade ou
não em matéria de Ação Penal Pública. Explique essa divergência, principalmente
considerando os contornos e consequências do referido Princípio. O Princípio da
Indivisibilidade é aplicável à Ação Penal Pública?

44 – O CPP a partir de uma modificação introduzida em 2008 através da Lei 11.719


previu que o juiz ao ser apresentado denúncia ou queixa a rejeitará, entre outras
hipóteses, se entender ausente alguma das condições da ação. Imaginemos que
o juiz não se dê conta no momento da denúncia da falta de condição da ação,
descobrindo somente após a resposta escrita do acusado. Teria o juiz alguma
outra oportunidade para promover a rejeição da denúncia? Considerando que a
Sra, independente, pode adotar o pensamento que lhe pareça mais correto, do
ponto de vista Principiológico qual seria a solução mais correta (segundo a sua
visão)?

45 – Em setembro de 2018 entrou em vigor a lei 13.718 que atribuiu ao crime de


estupro uma determinada espécie de ação. Antes foi objeto de intensa polêmica
durante décadas sobre a espécie de ação a que deveria estar sujeito e a que
estava sujeito o crime de estupro. Qual polêmica a lei 13.718 colocou fim?

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