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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10A REGIAO
18ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA - DF
ATOrd 0000965-51.2022.5.10.0018
RECLAMANTE: WAGNER DE JESUS SANTOS NEVES
RECLAMADO: ASSOCIACAO SAUDE EM MOVIMENTO - ASM E OUTROS (2)
1. Relatório
2. Fundamentos
Inépcia
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Rejeita-se.
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milhões, quinhentos e setenta e oito mil setecentos e vinte e seis reais e quarenta
centavos), conforme contrato (42815097)”.
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empregados. Não há, nos autos, prova de que tenha a 2ª reclamada feito a retenção de
pagamento à 1ª reclamada ante o descumprimento da prestadora, de modo a obrigá-la
a adimplir as obrigações trabalhistas devidas.
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culpa, que lhe é presumida, será elidida e não lhe será imputada a responsabilidade
subsidiária. Ressalte-se que a responsabilidade objetiva, como exceção à regra geral,
tem aplicação apenas quando expressamente prevista e não há no nosso
ordenamento jurídico previsão alguma no sentido de ser objetiva a responsabilidade
do tomador pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do prestador
de serviços. Também não se trata de prática ilícita por si só, pois não é proibida a
terceirização de serviços pela Administração Pública, infelizmente. Nesse contexto,
inaplicável ao caso o art. 37, § 6º, da Carta Política, cuja incidência pressupõe a atuação
da Administração nas funções típicas do Estado, isto é, na sua atividade-fim, não na
prestação de atividade-meio, cujo objetivo é simplesmente dar suporte e viabilizar a
prestação final do serviço público. Diante disso, nada mais razoável que o
reconhecimento da responsabilidade subjetiva do Poder Público nos casos de
terceirização "lícita", que, nesta qualidade, por não ser o agente direto do dano,
responderá subsidiariamente pelas verbas trabalhistas não adimplidas pelo real
empregador. E, também neste aspecto, nada mais legítimo, porque à Administração
incumbe, ainda mais contundentemente do que ao particular, velar pela observância
dos direitos trabalhistas, não podendo, também, valer-se do empenho da força de
trabalho de outrem sem a devida contraprestação. Na hipótese dos autos, é
incontroverso o contrato de prestação de serviços celebrado entre as reclamadas, bem
como a prestação de serviços da reclamante à segunda reclamada. Todavia, não há
elementos produzidos que demonstrem a efetiva fiscalização do ente público à
prestadora dos serviços, inércia esta que faz corroborar a tese da culpa in vigilando.
Conclui-se, pois, que a situação em exame amolda-se ao contexto jurídico acima
descrito, atraindo, desta forma, a aplicação da Súmula 331, V, do Colendo TST, de sorte
a responsabilizar, subsidiariamente, a segunda reclamada pelo inadimplemento das
obrigações trabalhistas pela empregadora, primeira reclamada. No julgamento da ADC
nº 16/DF, o Excelso STF declarou a constitucionalidade do art. 71, parágrafo 1º, da Lei nº
8.666/93 e houve consenso no sentido de que o Colendo TST deve investigar com mais
rigor se a inadimplência tem como causa a falha ou falta de fiscalização pelo órgão
público contratante. A declaração de constitucionalidade do dispositivo não conduz à
impossibilidade de condenação subsidiária da Administração. Ao contrário, na
configuração de culpa in vigilando da Administração é possível a responsabilização"
(Relator Desembargador Mário Macedo Fernandes Caron, Ac. 2ª Turma, Proc. 00642-
2011-002-10-00-8 RO).
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Justiça gratuita
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declaração de hipossuficiência feita pelo empregado não foi suprimida pela Lei nº
13.467/2017, permanecendo esta declaração como prova idônea de insuficiência de
recursos do litigante aspirante aos benefícios da Justiça gratuita, mesmo para as
reclamações ajuizadas e as sentenças publicadas após a vigência da referida lei,
mormente quando não há elementos que evidenciem a ausência dos pressupostos
para a gratuidade” (Processo nº 0002273-76.2018.5.10.0111, Ac. 3ª Turma do Eg.
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Relator Juiz Antonio Umberto de Souza
Júnior).
Honorários advocatícios
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poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da
decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário’. Significa afirmar que o Supremo
Tribunal Federal vedou apenas a compensação automática de créditos prevista na
redação original dos referidos preceitos, prevalecendo, no entanto, a possibilidade de
que, no prazo da suspensão de exigibilidade de dois anos a que se refere § 4º artigo
791-A da CLT, o credor demonstre a alteração do estado de insuficiência de recursos do
devedor, por qualquer meio lícito, circunstância que autorizará a execução das
obrigações decorrentes da sucumbência, ao passo que, com relação aos honorários
periciais previstos no artigo 790-B da CLT, a supressão indica que a União deve arcar
com a obrigação, quando o beneficiário da justiça gratuita seja sucumbente, não mais
se cogitando do aproveitamento de créditos” (RRAg-20406-67.2018.5.04.0004, 3ª
Turma, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 25/11/2022).
Atualização monetária
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Ofícios
3. Conclusão
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Intimem-se as partes.
Encerrou-se a audiência.
Nada mais.
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https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/23053021241961900000035541660?instancia=1
Número do processo: 0000965-51.2022.5.10.0018
Número do documento: 23053021241961900000035541660