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0005
ACÓRDÃO
(7ª Turma)
GMAAB/tpn/
VOTO
1 – CONHECIMENTO
2 – MÉRITO
fls. 3
“(...)
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Penalidades Processuais.
Alegação(ões):
- violação do(a) Código de Processo Civil, artigo 80, inciso I; artigo 81.
- divergência jurisprudencial indicada a partir da folha 189 (8 arestos).
O autor insiste na exclusão da multa por litigância de má-fé. Sustenta
que houve um simples equívoco do recorrente ao elaborar a petição inicial.
Consta do v. Acórdão:
Isso porque embora tenha solicitado demissão do emprego, requereu
que os reflexos das horas extras incidissem em aviso prévio indenizado e na
multa de 40% do FGTS, cujos títulos, contudo, não condizem com a forma da
resilição contratual.
Por sua vez, a multa foi fixada em 1% sobre o valor atribuído à causa e,
portanto, em percentual inferior àquele previsto pelo artigo 81 do Código de
Processo Civil e, quanto ao percentual de indenização da parte contrária, no
caso, a ré, não existe, no Código de Processo Civil em vigência, percentual a
ser fixado, ficando o mesmo a critério do julgador.
Releva notar que ao contrário do que apregoa o apelo, não há que se
falar em erro material quanto ao pedido de reflexos de horas extras no aviso
prévio indenizado e na multa de 40% do FGTS, em se se tratando de pedido
de demissão.
Não obstante a indicada afronta aos artigos 80 e 81 do NCPC, bem
como o dissenso interpretativo suscitado, inviável o seguimento do apelo,
uma vez que a matéria, tal como tratada no v. Acórdão e posta nas razões
recursais, reveste-se de contornos nitidamente fático-probatórios, cuja
reapreciação, em sede extraordinária, é diligência que encontra óbice na
Súmula n.º 126 do C. Tribunal Superior do Trabalho.
DENEGO seguimento quanto ao tema.
Duração do Trabalho / Sobreaviso/Prontidão/Tempo à disposição.
Alegação(ões):
fls. 4
À análise.
Conforme se depreende da leitura do v. acórdão regional, o
reclamante abusou do seu direito de ação, na medida em que, tendo conhecimento de
que a resilição contratual se deu por pedido de demissão, pleiteou em juízo reflexos de
horas extras sobre o aviso prévio indenizado e sobre a multa de 40% do FGTS, direitos
não amparados pela respectiva forma de extinção do contrato de trabalho firmado
entre as partes.
O art. 18, § 1º, da Lei 8.036/90 prevê que o direito à multa de 40%
sobre os depósitos do FGTS se dá apenas na hipótese de despedida pelo empregador
sem justa causa, in verbis:
não tratou da matéria por esse enfoque nem tampouco foi instado a fazê-lo por meio
de embargos de declaração, estando, portanto, preclusa a questão, nos termos da
Súmula 297, I, do TST.
Logo, caracterizada a má-fé a justificar a multa imposta,
incólumes os arts. 80 e 81 do CPC.
NEGO PROVIMENTO.
À análise.
O reclamante sustenta que é fato incontroverso a inexistência de
acordo coletivo entre as partes para a compensação da jornada realizada em plantões
(pág. 341).
Todavia, verifica-se dos termos do v. acórdão regional que o
mesmo foi silente quanto à existência, ou não, do referido acordo, constando apenas
que “O autor reconheceu quanto interrogado, depoimento a fls. 86, que ‘em média de labor
era de 01 final de semana trabalhado para 02 de descansos’, ou seja, o trabalho realizado
em plantões era compensado com folgas”.
fls. 7
ISTO POSTO