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DO TRABALHO DE TERESINA/PI
RECURSO ORDINÁRIO
de acordo com as razões em anexo, as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao
Egrégio Tribunal Regional da Região. Ressalta o recorrente que o recurso é tempestivo
e que as guias de preparo recursal acompanham a presente peça processual.
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Advogado
OAB
AO JUÍZO DA 90ª VARA DO TRABALHO DE TERESINA/PI
RAZÕES RECURSAIS
Colenda Turma
Nobres Julgadores
1. DOS FATOS
Alega a recorrida Débora Pimenta, que trabalhou como auxiliar de coveiro na sociedade
empresária Morada Eterna LTDA, de 30/02/2018 a 07/01/2019, quando foi dispensada
sem justa causa, recebendo, por último, o salário de R$ 1,00 mensais, conforme anotado
na CTPS. Em razão disto, ajuizou reclamação trabalhista em face da recorrente.
e) Cerceamento de defesa
2. PRELIMINARMENTE
Outrossim, a Lex Fundamentalis, em seu art. 5º, LV, assegura aos litigantes o direito
ao contraditório e à ampla defesa, com meios e recursos a elas inerentes. Dentre
propalados meios está incluída a produção de provas.
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja reconhecida a inépcia da
inicial, com consequente extinção do feito sem resolução do mérito, conforme o art.485,
inciso I, do CPC.
3. DO MÉRITO
Razão não lhe assisti, uma vez que é indevido o pagamento integral do valor, consoante
dispõe o art. 71, §4º, da CLT, a não concessão ou a concessão parcial do intervalo
intrajornada mínima, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais,
implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprido, com
acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal de trabalho, não tendo que
se falar em reflexos nas demais parcelas. Diante do exposto, requer a reforma da
sentença para que seja considerado apenas o intervalo suprimido, de natureza
indenizatória, no caso em apreço.
O juízo a quo deferiu indenização de R$ 6,00 a título de dano moral por acidente de
trabalho em razão de doença degenerativa da qual a trabalhadora foi vítima, conforme
laudos médicos juntados aos autos.
Não obstante consoante previsto no art. 20, §1º, alínea a da Lei nº 8/91 não são
consideradas como doença de trabalho a doença degenerativa, não tendo que se falar em
responsabilidade do empregador ao pagamento de indenização por dano
extrapatrimonial.
Desta forma, requer a reforma da sentença para que seja indeferida a indenização por
danos materiais em decorrência de acidente de trabalho por conta da doença
degenerativa.
Insurge-se a recorrente quanto à devolução dos descontos em dobro, uma vez que não
existe previsão legal na CLT para tanto, e ainda consoante previsto no art. 5º, inciso II
da CF deve-se observar o principio da legalidade.
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja indeferida a devolução em
dobro pelas faltas justificadas, por falta de previsão legal.
Foi deferido pagamento correspondente a 1 cesta básica mensal, pois a sua entrega era
prevista na Convenção Coletiva que vigorou no ano anterior (de janeiro de 2017 a
janeiro de 2018) e, no entendimento do julgador, uma vez que não houve estipulação de
uma nova norma coletiva, a anterior foi automaticamente prorrogada no tempo.
Razão não lhe assiste, uma vez que a norma coletiva não tem ultratividade, na forma do
art. 614, § 3º da CLT, motivo pelo qual é indevida para a trabalhadora, pois ela foi
admitida após o término da Convenção Coletiva anterior.
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que seja indeferido o pagamento a
reclamante a título de cesta básica mensal
Razão não lhe assiste, uma vez que suplanta o limite legal estabelecido, que é de 15%,
conforme o art. 791-A da CLT, motivo pelo qual deve ser reduzido.
Dessa forma, requer a reforma da sentença, para que seja o percentual deferido,
reduzido, observando os limites legais da CLT.
Local e Data.
Advogado
OAB/n.