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Processo n° 013.12.2022.5.01.0085
Prevê o art. 10-A, da CLT, que “o sócio retirante responde subsidiariamente pelas
obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio,
somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato”.
Nota-se que a ação ajuizada ultrapassou o prazo de dois anos previsto na legislação
trabalhista, tornando-se o Reclamante, assim, parte ilegítima para figurar no polo passivo do
presente feito.
Assim, requer-se a exclusão do Reclamado do polo passivo, com a extinção do
processo sem resolução do mérito com relação a este.
O Reclamante também assevera que, por residir em local distante da sede da empresa
e necessitar de dois ônibus para chegar ao local de trabalho, faz jus ao pagamento de horas in
itinere.
Dispõe o art. 58, § 2º, da CLT, que “o tempo despendido pelo empregado desde a sua
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou
por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.”
O Reclamante argumenta que, por conta do trabalho que desempenhava, tinha funções
similares às de digitador, tendo direito a intervalo de 10 minutos a cada 90 minutos
trabalhados, nos moldes do art. 72, da CLT.
Todavia, sabe-se que este é um direito garantido aos trabalhadores que laborem
ininterruptamente em atividade específica e contínua de digitação, tendo em vista a
natureza estafante dessa função e diante dos riscos que podem causar à saúde.
No caso concreto, a digitação realizada pelo Reclamante não era contínua, mas, sim,
esporádica. Posto isso, não há que se falar no direito aos intervalos mencionados.
Ainda, pelas mesmas razões expostas no tópico “2.4”, o Reclamante pleiteia receber
um plus salaria de 30%, pelo suposto acúmulo de função de auxiliar de escritório e digitador.
a) O recebimento da contestação;
b) Preliminarmente, o cancelamento e a redesignação da audiência;
c) Preliminarmente, o reconhecimento da ilegitimidade passiva do Reclamado;
d) A produção dos meios de prova admitidos em direito, em especial juntada,
requisição e exibição de documentos complementares; depoimento pessoal do
Reclamante, sob pena de confissão; e testemunhal;
e) No mérito, caso vencida a preliminar arguida, a improcedência dos pedidos.
f) A condenação do Reclamante ao pagamento de custas, despesas processuais e
honorários de sucumbência.
Local e data.
Advogado, OAB.