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Processo Penal:

1 - Inquérito policial (6 blocos)


2 - Ação penal (6 blocos)
3 - Prisão, medidas cautelares e liberdade
provisória (8 blocos)
4 - Procedimento comum – ordinário, sumário
e sumaríssimo (Lei n. 9099/95) (12 blocos)
5 – Recursos (8 blocos)
Inquérito policial
INQUÉRITO POLICIAL
CONCEITO
• Procedimento administrativo
• Preparatório
• Dispensável
• Conduzido pela polícia judiciária (caráter repressivo – Polícia
Civil e Polícia Federal) – MP: controle externo da atividade
policial (art. 129, VII, CF)
• Formar a opinio delicti do Ministério Público ou para a
propositura da ação pela vítima
• Colheita de provas urgentes
• Polícia administrativa X polícia judiciária
ESTATUTO DA OAB

Art. 7º São direitos do advogado:


XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação,
mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer
natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo
copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob
pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e,
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele
decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso
da respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos;
Instauração do Inquérito Policial
Art. 5º, CPP
• De ofício;
• Por requisição do Ministério Público
• Por requerimento do ofendido ou seu representante
legal (art. 5º, § 2º - do despacho que indeferir o
requerimento de abertura do inquérito caberá recurso
para o chefe de polícia);
• Pela prisão em flagrante.
Delação por terceiro:

Art. 5º, § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da


existência de infração penal em que caiba ação pública poderá,
verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e
esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar
inquérito.
Instauração por Portaria X Auto de prisão em flagrante
Atenção casos de ação penal condicionada à representação ou
ação penal privada (art. 5º) – interferência da espécie de ação
penal na instauração do IP
§ 4º - O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.
§ 5º - Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente
poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha
qualidade para intentá-la.
Observação:
A instauração de inquérito policial não interrompe a prescrição.

Causas interruptivas da prescrição:

Art. 117 CP - O curso da prescrição interrompe-se:


I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.
Notitia Criminis
• Cognição direta/imediata/espontânea;
• Cognição Indireta/mediata;
• Cognição coercitiva;
• Cognição inqualificada (denúncia anônima –
delação apócrifa – delatio criminis anônima – notitia
criminis inqualificada).
DENÚNCIA ANÔNIMA

As notícias anônimas ("denúncias anônimas") não autorizam, por si sós, a propositura de ação
penal ou mesmo, na fase de investigação preliminar, o emprego de métodos invasivos de
investigação, como interceptação telefônica ou busca e apreensão. Entretanto, elas podem
constituir fonte de informação e de provas que não podem ser simplesmente descartadas pelos
órgãos do Poder Judiciário. Procedimento a ser adotado pela autoridade policial em caso de
“denúncia anônima”: 1) Realizar investigações preliminares para confirmar a credibilidade da
“denúncia”; 2) Sendo confirmado que a “denúncia anônima” possui aparência mínima de
procedência, instaura-se inquérito policial; 3) Instaurado o inquérito, a autoridade policial
deverá buscar outros meios de prova que não a interceptação telefônica (esta é a ultima ratio).
Se houver indícios concretos contra os investigados, mas a interceptação se revelar
imprescindível para provar o crime, poderá ser requerida a quebra do sigilo telefônico ao
magistrado. STF. 1ª Turma. HC 106152/MS, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 29/3/2016 (Info
819).
PRAZO PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (EM DIAS)
PRESO SOLTO
REGRA GERAL 10 30
(Art. 10, CPP)
LEI DE DROGAS 30 + 30 90 + 90
(Art. 51, Lei 11.343/06)

IP MILITAR 20 40 + 20
(Art. 20, CPPM)
IP FEDERAL 15 + 15 30
(Art. 66, Lei 5.010/1966)
CRIMES CONTRA ECONOMIA POPULAR E 10 10
SAÚDE PÚBLICA
(Art. 10, § 1º, Lei 1.521/1951)
Inquérito policial federal (art. 66 da lei 5.010/1966)
Art. 66. o prazo para conclusão do inquérito policial será de quinze dias,
quando o indiciado estiver preso, podendo ser prorrogado por mais
quinze dias, a pedido, devidamente fundamentado, da autoridade
policial e deferido pelo juiz a que competir o conhecimento do processo.
***PRESO: pode ser prorrogado por mais 15 dias.
***SOLTO: como não existe prazo específico para o encerramento do
inquérito policial federal nos casos de indiciado solto, aplica-se a regra
geral contida no art. 10 do CPP, ou seja, a polícia federal deverá concluir
as investigações no prazo de 30 dias.
Prorrogação do prazo do investigado preso:

Art. 3º-B, § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá,


mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério
Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15
(quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída,
a prisão será imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
Art. 6º, CPP – rol exemplificativo e não obrigatório, não exclusivo, da
autoridade policial.
Além dessas iniciativas/diligências pela autoridade policial, o ofendido e
o indiciados poderão requerer diligências.

Artigo 14 - O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão


requerer qualquer diligencia, que será realizada, ou não, a juízo da
autoridade.
Atribuições/representações da Autoridade policial
ainda na fase do inquérito policial

Art. 13, CPP: “Incumbirá ainda à autoridade policial (CUIDADO COM OS VERBOS)
“I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento
dos processos”;
“II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público”;
“III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias”;
“IV - representar acerca da prisão preventiva”.

*** impossibilidade de condução coercitiva de investigados (art. 260, CPP)


O CPP, ao tratar sobre a condução coercitiva, prevê o seguinte:

Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório,


reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a
autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.

O STF declarou que a expressão “para o interrogatório” prevista no art. 260


do CPP não foi recepcionada pela Constituição Federal.
Assim, não se pode fazer a condução coercitiva do investigado ou réu com o
objetivo de submetê-lo ao interrogatório sobre os fatos.

STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgados em 13 e 14/6/2018 (Info 906).
Não foi analisada a condução de outras pessoas como:

Ofendido:
Art. 210, § 1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o
ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade.

Testemunhas:
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo
justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou
determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da
força pública.
Medidas cautelares pessoais (prisão preventiva e medidas cautelares
diversas):

Art. 282, § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a


requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal,
por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do
Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,


caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação
da autoridade policial. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Prisão temporária (Lei nº 7.960/89):

Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face


da representação da autoridade policial ou de requerimento do
Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável
por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz,
antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
Arbitramento de fiança:

Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança


nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima
não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela
Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao
juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Exceção: Lei Maria da Penha

Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de


urgência previstas nesta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº
13.641, de 2018)
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do
juiz que deferiu as medidas. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial
poderá conceder fiança. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções
cabíveis. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
Exame de insanidade mental:
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do
acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério
Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão
ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
§ 1º O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito,
mediante representação da autoridade policial ao juiz competente.
§ 2º O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o
exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal,
salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo
adiamento.
Restituição de coisas apreendidas:

Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada


pela autoridade policial ou juiz, mediante termo nos autos,
desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
Suspeição:

Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos
do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer
motivo legal.
Conclusão (ADIs 6.298, 6.299, 6.300, 6305 - Min. Luiz Fux)
Ex positis, na condição de relator das x, com as vênias de praxe e
pelos motivos expostos:
(...)
(b) Concedo a medida cautelar requerida nos autos da ADI
6305, e suspendo sine die a eficácia, ad referendum do
Plenário,
(b1) da alteração do procedimento de arquivamento do
inquérito policial (28, caput, Código de Processo Penal);
Antes:
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia,
requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de
informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas,
fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este
oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o
juiz obrigado a atender.

• Ativismo judicial característico de uma estrutura inquisitória


• Contaminação do juiz que, desde o início, manifestava sua intenção de ver
aquele suposto autor do fato processado
• A vítima não tinha fala
Depois:
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos
informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão
ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019)
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito
policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a
matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a
respectiva lei orgânica. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e
Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia
do órgão a quem couber a sua representação judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
Considerações:
• O inquérito policial tramitará diretamente entre a Polícia e o MP
• O juiz das garantias só será provocado nos casos previstos em lei (art. 3°-B do
CPP), aí incluída a prorrogação de prazo do inquérito quando o investigado
estiver preso (art. 3º-B, VIII);
• Vai ao encontro da disposição Constitucional do artigo 129 de que o
Ministério Público é o titular e protagonista da ação penal pública.
• Não há como o juiz insistir na continuidade da persecução penal
• Na própria estrutura do MP
• Só será efetivamente extinto após a revisão obrigatória da instância superior
da própria instituição ministerial (instância superior e colegiada).
• Inclusão da vítima no procedimento de arquivamento - é dado um ar mais
democrático à posição tomada pelo Ministério Público.
Motivos do arquivamento (artigos 395 e 397, CPP):
• Atipicidade
• Existência manifesta de excludente de punibilidade
(atenção certidão de óbito falsa)
• Existência manifesta de causas de excludente de
culpabilidade (doutrina)
COISA JULGADA FORMAL E MATERIAL
Para o STJ, o arquivamento do inquérito policial com base na existência de causa
excludente da ilicitude faz coisa julgada material e impede a rediscussão do caso penal. O
mencionado art. 18 do CPP e a Súmula 524 do STF realmente permitem o
desarquivamento do inquérito caso surjam provas novas. No entanto, essa possibilidade só
existe na hipótese em que o arquivamento ocorreu por outras circunstância, quando gera
apenas a coisa julgada formal (Info 554).
Para o STF, o arquivamento de inquérito policial em razão do reconhecimento de
excludente de ilicitude não faz coisa julgada material. Logo, surgindo novas provas seria
possível reabrir o inquérito policial, com base no art. 18 do CPP e na Súmula 524 do STF.
STF. 1ª Turma. HC 95211, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/03/2009. STF. 2ª
Turma. HC 125101/SP, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli,
julgado em 25/8/2015 (Info 796). STF. Plenário. HC 87395/PR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 23/3/2017 (Info 858).
Arquivamento implícito/tácito (objetivo e/ou subjetivo)
O MP não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato
tido por delituoso, NÃO se podendo falar em arquivamento
implícito em relação a quem não foi denunciado. Isso porque o
parquet é livre para formar sua convicção, incluindo na denúncia
as pessoas eu ele entenda terem praticado o crime, mediante a
constatação de indícios de autoria e materialidade (STJ. 6 turma,
RHC 34.223-SP, julgado em 06/05/2014).
Arquivamento indireto

Não tendo o órgão do Ministério Público atribuições para atuar no


feito, deverá requerer a remessa dos autos ao juízo competente, onde
atuará o Promotor com atribuições para o caso.

Exemplo: Promotor atua perante o Tribunal do Júri e entende que o


crime é de latrocínio (competência da vara criminal comum –
súmula 603 do STF), motivo pelo qual requer o envio dos autos à
Vara Criminal Comum.
Se o juízo discordar – art. 28, CPP.
Arquivamento provisório

Ausência de condição de procedibilidade (art. 38, CPP).

O arquivamento poderá perdurar até que a vítima


represente/volte a representar.
Indiciamento

Lei 12.830/2013

Art. 2º, § 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-


se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do
fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas
circunstâncias.
INDICIAMENTO
A atribuição para efetuar o indiciamento é privativa da
autoridade policial (Lei nº. 12.830/13, art. 2º, § 6º), não sendo
possível que o juiz, o MP ou uma CPI requisitem ao delegado de
polícia o indiciamento de determinada pessoa. Nesse sentido: O
indiciamento é ato privativo da autoridade policial, segundo sua
análise técnico - jurídica do fato. O juiz não pode determinar que o
Delegado de Polícia faça o indiciamento de alguém. Nem o
membro do MP. STF. 2ª Turma. HC 115015/SP, rel. Min. Teori
Zavascki, julgado em 27/8/2013.
INDICIAMENTO
Em regra, a autoridade com foro por prerrogativa de função pode ser indiciada.
Existem duas exceções previstas em lei de autoridades que não podem ser
indiciadas: a) magistrados (art. 33, parágrafo único, da LC 35/79); b) membros do
MP (art. 18, parágrafo único da LC 75/73 e art. 40, parágrafo único, da Lei nº.
8.625/93. Excetuadas as hipóteses legais, é plenamente possível o indiciamento de
autoridades com foro por prerrogativa de função. No entanto, para isso, é
indispensável que autoridade policial obtenha uma autorização do Tribunal
competente para julgar esta autoridade. Atenção: não é o ministro relator que faz o
indiciamento. Este ato, como já citado acima, é privativo da autoridade policial. O
Ministro relator apenas autoriza. STF. Decisão monocrática. HC 133.835/MC, Rel
Min. Celso de Mello, julgado em 18/04/2016 (Informativo 825).
ART. 14-A
DEPOIS DA LEI 13964/19
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal
(polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de
bombeiros militares; polícias penais federal, estaduais e distrital) figurarem como investigados em inquéritos policiais,
inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos
relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as
situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá
constituir defensor.
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento
investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 horas a contar do recebimento da citação.
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1o deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a
autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da
ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 horas, indique defensor para a representação do investigado.
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições dispostas no
art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da
Ordem.

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